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FECHAMENTO AUTORIZADO. PODE SER ABERTO PELA ECT INFORMATIVO UNIMED SOROCABA Ano 06 | Junho 2016 EDIÇÃO ESPECIAL REMUNERAÇÃO PÁG. 4

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FECHAMENTO AUTORIZADO. PODE SER ABERTO PELA ECT

INFORMATIVO UNIMED SOROCABA

Ano 06 | Junho 2016

EDIÇÃO ESPECIAL REMUNERAÇÃO

PÁG. 4

Page 2: EDIÇÃO ESPECIAL REMUNERAÇÃO - unimedsorocaba.coop.br · meio do acróstico “CUIDAR”, ... normal o surgimento de dúvidas sobre um ou outro ponto. ... (pontualidade, assiduidade,

é um informativo dirigido aos cooperados da Unimed Sorocaba. Se você deseja anunciar no nosso Informativo, entre em contato pelo email [email protected]

Marketing (15) 3332.9237: Simone Ramiro (coordenadora), Jenniffer Moura (analista), Guilherme Pedroso Stella (designer gráfico), Isadora Gonçalves (assistente) Textos: SZS Assessoria de Imprensa (15) 3202.3515 | Fotos: Arquivo Unimed Sorocaba | Diagramação: NucleoTCM Comunicação Integrada | Tiragem: 1.145 exemplares | Contato e Sugestões: [email protected] | SAC 0800 77 10 500

NÚMEROS UNIMED SOROCABAMAIO/2016USUÁRIOS Total 82.204Particular 10.222Empresa 64.317Funcionários 4.324Cooperado 3.341

CONSULTAS POR MÊSEmergência - Sorocaba 10.297Emergência - Intercâmbio 10.191Eletiva - Sorocaba 40.416Eletiva - Intercâmbio 35.929

COOPERADOSTotal 1.082Ativos 1.057Inativos 25

PSConsultas 20.488Rede Credenciada 3.629Rede Própria Adulto 10.872Rede Própria Infantil 5.987

INTERNAÇÕESTotal 2.168Rede Própria 1.947Rede Credenciada 221

PLANO COOPERADO ÚLTIMOS 12 MESES

Sinistralidade Regulamentado 119,97%

Sinistralidade Não Regulamentado 34,34%

ÚLTIMAS NOTÍCIAS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA UNIMED

• Valores Organizacionais – Foi aprovada a atualização dos valores organizacionais por meio do acróstico “CUIDAR”, com os respectivos significados: Excelência, Humanização, Inovação, Sustentabilidade, Ética e Cooperação.

• Processo de extensão do prazo para integralização de cota-parte – Aprovou-se que, se o cooperado que, atualmente, beneficia-se da extensão de prazo de integralização por participar de escala do HMS ficar três meses consecutivos sem produção proveniente da atividade pactuada no TAC, o saldo devedor para a integralização do Capital Social será recalculado e dividido pela diferença entre o total de 60 parcelas e o número de parcelas efetivamente pagas em caráter definitivo.

INTERCÂMBIO UNIMED SOROCABAA unidade de Intercâmbio da Unimed Sorocaba está localizada na Rua Salvador Correa, 458. O espaço atende beneficiários de outras singulares, fornecendo autorização de guias para consultas e procedimentos e, também, cuida da via contrária, ou seja, valida o atendimento dos clientes locais em outras Unimeds. “Para expressar a grandeza do setor, podemos considerar que 50% dos atendimentos da Cooperativa são decorrentes de clientes de outras singulares”, conta César Amauri Quibao, gerente de Operações. A média diária é de 400 atendimentos presenciais. Além disso, o intercâmbio funciona ininterruptamente por meio de software na interface direta com os prestadores e conta com a retaguarda telefônica da Central de Atendimento. Com a intermediação da Unimed de Sorocaba, as autorizações são feitas pela Unimed de origem do cliente, que é quem, de fato, possui a relação contratual com o mesmo. “Todo processo de autorização executado pelo Intercâmbio é regulado pela Unimed Brasil”, explica César. “O Intercâmbio proporciona resultado favorável à Cooperativa e permite uma escala operacional que pode ser traduzida em nosso principal objetivo: o trabalho médico”, pondera.

EDITORIAL MAIS COM MENOS

Na semana em que escrevo este editorial, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, fez um apelo ao Congresso pela aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que fixa um teto para os gastos do governo. Este, por sua vez, pretende fazer com que as despesas só possam crescer com base na inflação do ano anterior. O Ministério da Fazenda propôs ao Palácio do Planalto que a PEC preveja um prazo de 20 anos. Depois de mais de uma década, parece que, finalmente, o governo e a sociedade empresarial começam a pensar da mesma forma – pelo menos, no que tange à gestão financeira. Ou seja, não se pode gastar mais do que se tem em caixa. Antes mesmo que os indicadores econômicos e financeiros começassem a sinalizar um cenário cada vez mais sombrio, logo no início de 2015, a Unimed Sorocaba já vinha trabalhando com perspectivas mercadológicas não muito anima-doras. Infelizmente, estávamos certos. Diante daquele panorama, passamos a repro-gramar as datas em que faríamos investimentos mais significativos, como as novas construções e ampliações da infraestrutura, e a pensar como podíamos melhorar nossos processos internos para diminuir os custos. Como já vínhamos planejando essas melhorias há algum tempo, não foi difícil implementar algumas delas e acelerar a conclusão de outras.

O Portal de Imagens é um bom exemplo. A ferra-menta já permitiu a redução do impacto ambiental e proporcionou à Cooperativa uma economia significativa em alguns meses. Paralelamente, criamos uma campanha para conscientizar os clientes e cooperados a diminuírem a solicitação de exames e laudos impressos. No Hospital, o programa de reaproveitamento de água e o programa de economia de energia, implantado há alguns anos, tornou-se ainda mais relevante, assim como a otimização do uso dos enxovais e a instalação de mais bebedouros, o que gerou uma substancial redução no consumo das águas minerais engarrafadas e, consequente-mente, nas despesas gerais. Além dessas medidas, outras foram adotadas e algumas serão operacionalizadas brevemente. É importante destacar que nenhuma delas reduziu a qualidade de vida dos cooperados ou dos colaboradores – nem, muito menos, das operações da Unimed Sorocaba. Foi, justamente, o contrário.Vimos na prática que é possível fazer mais com menos.

Um forte abraço.

José Francisco Moron Morad PRESIDENTE DA UNIMED SOROCABA

2 EM DIA COM O COOPERADO § JUNHO 2016

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EspecialREMUNERAÇÃOA remuneração dos cooperados sempre foi tratada com muita atenção pela Diretoria Executiva. Sabemos que, para muitos deles, a Unimed Sorocaba é a principal – senão a única – fonte de renda. Por isso, consideramos impera-tiva a construção de uma base com normas claras para regulamentar desde sua periodi-cidade à fórmula para calcular os reajustes. Devido às particularidades desta Cooperativa, foi necessário construir um modelo próprio para gerenciar as remunerações sem causar desequilíbrio ou injustiça profissional.A tarefa tem sido desafiadora. Justamente por esta razão, a política de remuneração vem sendo aprimorada constantemente. Afinal, trata-se de um processo contínuo, fruto de estudos, observações e análises de determinantes diretas e indiretas. Nesta edição especial do Em Dia com o Cooperado, abordaremos as principais questões ligadas à remuneração dos cooperados. Optamos por dividir as infor-mações por segmentos, em vez de elaborar um texto longo e, possivelmente, cansativo para ser lido.Contudo – e dada a amplitude do tema aqui tratado –, será perfeitamente normal o surgimento de dúvidas sobre um ou outro ponto. Por isso, queremos reafirmar que estamos sempre à disposição para escla-recê-las pessoalmente.

Reajustes com metodologia e periodicidadeDe quatro anos para cá, os valores pagos para consultas, procedimentos, plantões (in loco ou de disponibilidade) e visitas aos pacientes internados mudaram. Desde então, as corre-ções passaram a ser baseadas em metodologia coerente e com periodicidade pré-estabelecida. Atualmente, todas as remunerações pagas aos cooperados e ocupantes de cargos do Hospital – como diretores, coordenadores, planto-nistas e, inclusive, médicos que atuam como auxiliares de colegas em cirurgias – passam por revisões anuais e em datas pré-estabelecidas. Os valores pagos para os plantões in loco e os de disponibilidade, por exemplo, passaram a ser reajustados no mesmo momento e, hoje, estão atrelados a um porcentual da hora-ba-se-plantão vigente.

Já os valores das consultas passaram, de 2012 para hoje, de R$ 56 para R$ 72. É uma evolução de, aproximadamente, 30%.

Entenda as contasPara calcular o reajuste dos valores das consultas, a Unimed Sorocaba leva em consideração a média ponderada de todos os atendimentos realizados por cada um dos cooperados para os clientes que atendem nos Planos A e B – hoje, remunerados em R$ 72 e R$ 144, respectiva-mente. Atualmente, esse valor médio é de R$ 84. Evidentemente, ao fechar os resultados do seu consultório, cada cooperado obterá sua própria média ponderada. Se, num mês, ele atender mais clientes do Plano A em comparação ao B, sua média ponderada será menor e vice-versa. Nos últimos anos, a Cooperativa paga uma produção extra ao ano para os cooperados. Assim, o valor real dos pagamentos, sejam eles das consultas, hora-base-plantão ou quaisquer outros, é 8,33% (1/12) maior que o valor nominal. No caso das consultas, por exemplo, chega a R$ 91 (R$ 84 * 1,0833).

Valor/hora/base/plantão é a base para todos os cálculosTodas as remunerações têm como referência a hora-base-plantão. Esta, por sua vez, passou a ser calculada levando em conta diversos fatores, desde os indicadores de desempenho econômico e financeiro da Cooperativa até a inflação, por exemplo. “Temos conseguido equilibrar três importantes vetores”, destaca Paulo Hungaro Neto, vice-pre-sidente da Unimed Sorocaba. “O primeiro é remunerar de maneira justa o cooperado; o segundo, fazer com que essa remuneração não afete a saúde financeira da instituição e o terceiro, não favorecer o trabalho clínico em detrimento ao hospitalar e vice-versa”, explica.

MeritocraciaHá alguns anos, a remuneração dos coope-rados que atuam em determinados setores do Hospital passou por uma importante mudança. Ela começou a ser baseada numa série de fatores diretamente atrelados ao seu comprometimento e envolvimento com a Cooperativa e pode receber acréscimo de até 30%. É fundamental ressaltar que a remuneração variável se compara a uma bonificação. Assim, ela nunca reduz os rendimentos pagos aos cooperados – ou seja, ninguém é “penalizado” por não pontuar neste ou naquele fator. Este modelo remuneratório adota, como princípio básico, a meritocracia individual. O primeiro setor a implantá-lo foi a Emergência. Em seguida, vieram as UTIs Adulto e Infantil e a Unidade Semi-Intensiva. A remuneração variável repercutiu positivamente na Cooperativa. Já foi possível constatar um aumento da adesão e fidelização dos coope-rados nos setores em que atuam, bem como a satisfação dos clientes.

Este modelo contempla três pilares distintos:

• Inclusão (estabelece os critérios de elegibili-dade para fazer parte da remuneração variável: ser cooperado, premissa indispensável; carga horária mínima a ser cumprida no setor, entre outros);• Exclusão (pontualidade, assiduidade, índice de reclamações fundamentadas e pertinentes feitas por clientes contra eles no SAC, entre outros); • Pontuação (faixas de pontos que determinam o grau de envolvimento do cooperado com a carreira médica e atuação no Hospital, como sua adesão aos protocolos, participação nos programas do CEUS, capacitação profissional e carga horária dispensada ao setor).

Modelo próprio da Unimed SorocabaO programa de remuneração variável foi ideali-zado pela Unimed Sorocaba. Ele já agregou aperfeiçoamentos e, certamente, passará por novos ajustes. “Como se trata de um modelo próprio, ele está em constante análise e discussão. Sempre que for preciso, faremos correções para torná-lo o mais justo possível”, reforça Paulo Hungaro. Todos os setores do Hospital podem adotar esta política de remuneração. “Basta que o plantonista discuta o assunto com o seu coordenador”, orienta. “Caberá ao coordenador levar a proposta à Diretoria e, havendo concor-dância, a Diretoria Executiva e o Conselho de Administração farão as deliberações finais para efetivar a implantação”, finaliza.

CBHPMAtualmente, a Unimed Sorocaba utiliza a edição 2012 da CBHPM, sem qualquer deflator. Isto significa que a Cooperativa aplica a tabela plena como referência para remunerar os procedimentos executados pelos cooperados. Por outro lado, os intercâmbios estaduais e nacionais aplicam deflatores de 10% na tabela de 2010 e de 5% na de 2012. A participação efetiva dos diretores da Unimed Sorocaba nas instâncias do Sistema Unimed busca pela equiparação dessas tabelas. Um exemplo desta conduta foi a conquista recente para que o redutor do intercâmbio nacional passasse de 20% para 5%.

SADTA análise estabelecida em calendário próprio para os reajustes utiliza o mesmo momento para também discutir as remunerações dos procedi-mentos médicos e do SADT. Vale destacar que o SADT continua apresentando significativa diferença entre os valores praticados para atender os usuários locais e do intercâmbio.

Auxiliares passam a receberDurante a última gestão da Diretoria Executiva (2012-2016), os cooperados que atuavam como auxiliares em cirurgias passaram a ser remunerados com mais 15% da hora paga pela disponibilidade. Até então, eles recebiam

Um grande abraço.

Paulo Hungaro Neto VICE-PRESIDENTE DA UNIMED SOROCABA

JUNHO 2016 § EM DIA COM O COOPERADO 4

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ANOTE EM SUA AGENDA:

n O próximo Dr. Saudável será no dia: 23/07

n Programa Mexa-se: Participe. Tel. (15) 3333-1505 ou diane.santos@ unimedsorocaba.coop.br

n Casa do Cooperado: Rua Salvador Corrêa, 485, Jd. Vergueiro Tel. (15) 3333-1520/1521 WhatsApp: 99806-7758 e facebook.com/groups/ casadocooperado unimedsorocaba

n Diretoria Executiva: Av. Juscelino Kubitschek Oliveira, 736, Jd. Vergueiro Tel. (15) 3332-9250

n Diretoria Clínica/Diretoria Técnica HMS: Rua Antônia Dias Petri, 135, Pq. Santa Isabel Tel. (15) 3229-3020

n Setor de Eventos: Avenida Barão de Tatuí, 520 - Jd. Vergueiro. Tel. (15) 3141-2239

n Central de Suporte Autorizador: 0800 77 40 700

n Ouvidoria: Rua Riachuelo, 480, Centro - Tel. (15) 3332-9212

n Disk Auditoria: Tel. (15) 99803-7330

n SOS Unimed: 0800 772 3772

apenas o valor do procedimento. Para as escalas em disponibilidade cirúrgica, criou-se uma normativa que estabelece a reclassificação anual, na qual é analisada a demanda e produção de cada escala cirúrgica. Com este sistema, tornou-se possível remunerar os médicos auxiliares. O modelo estabelece o escalonamento em níveis pelos quais, dependendo da sua evolução, os valores dispensados com as horas em disponibilidade e a produção da escala podem condicionar a reversão da disponibilidade para o atendimento in loco, passando a ser remunerado por hora.

Aumentos com responsabilidadeA política de reajuste das remunerações envolve uma série de fatores, dentre os quais está a responsabilidade de não afetar a saúde financeira da Cooperativa em curto, médio ou longo prazo. Esta condição pode ser constatada atualmente. Mesmo com os reajustes concedidos nos últimos anos, as sobras distribuídas anualmente aos cooperados não sofreram nenhum impacto negativo. Analogicamente, a produção mensal pode ser comparada a uma antecipação da sobra anual. Por isso, caso os reajustes sejam dispostos acima da realidade, eles impactam direta e proporcionalmente no resultado da Cooperativa e na distribuição das sobras.

Mais receita e menos despesasPara conceder aumento, é imperativo ter lucro. Quando esta premissa não é respeitada, a saúde financeira da empresa fica comprometida. Nos últimos anos, a Unimed Sorocaba adotou políticas para manter suas sobras, apesar das turbulências da economia e política. Na verdade, conseguiu até aumentá-las. No último ano, por exemplo, elas atingiram a casa dos 5%.Para alcançar este resultado, a Cooperativa conseguiu ampliar sua receita e diminuir suas despesas, o que incluiu dois fatores importantíssimos: reduzir os desperdícios e aperfeiçoar os processos. Um ótimo exemplo da redução de despesas via melhoria dos processos foi disponibilizar o acesso online aos exames de imagem. Isso evitou a impressão de milhares de exames, reduzindo o gasto anual médio de R$ 850 mil para R$ 330 mil – ou seja, uma economia de, aproximadamente, 60%.

DRG – Ferramenta já disponível No Sistema Unimed, já existem experiências de utilização da ferramenta Diagnosis Related Groups (DRG), que, basicamente, avalia o resultado assis-tencial de cada paciente a partir da premissa de que as complicações oneram significativamente os resultados dos hospitais. A base do DRG é uma metodologia criada e implantada na década de 60 nos Estados Unidos. Atualmente, ele é utilizado em quase todo o mundo. No Brasil, a ferramenta foi ajustada por uma equipe de médicos PhD em gestão de saúde e está integralmente adequada aos códigos brasileiros de classificação de doenças. Na prática, um software específico define em categorias os tratamentos hospitalares, partindo da combinação de dados dos pacientes, como diagnósticos, idade e procedimentos.

Auditoria exerce papel fundamental no controle dos gastos.As OPMEs são um dos principais impactos no resultado da Cooperativa. De 2012 a 2015, o valor total gasto com esse tipo de material saltou de R$ 15 milhões para mais de R$ 24 milhões, exata-mente o dobro das últimas sobras distribuídas aos cooperados em março deste ano. As ações regula-tórias nas análises prévias das solicitações eletivas e nas do pós-atendimento resultaram, somente em 2015, em mais de R$ 3 milhões. Deste montante, cerca de 65% eram de OPMEs não autorizadas, cuja recusa foi amparada em auditoria médica terceirizada e especializada.

Prontuário eletrônico ajudará a aumentar o resultado final. Ainda quanto às formas de aumentar o resultado por meio da redução de despesas e otimização dos recursos, o Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), que deverá estar pronto em breve, exercerá papel fundamental. Esta ferramenta vem sendo customizada para se adaptar às necessidades da Unimed Sorocaba e dos seus cooperados. Com ela, o médico saberá, no ato da consulta, quais exames seu paciente realizou recentemente; terá acesso aos resultados online para evitar a redundância de pedidos; agilizará as avaliações clínicas e dinamizará sua agenda; tornará mais rápidas as autorizações e diminuirá a presença física dos usuários nas unidades de autorização, entre outros benefícios.

Judicialização: armadilha à saúde financeiraUma das maiores preocupações de todas as operadoras de planos de saúde é o crescente número de liminares e decisões desfavoráveis concedidas pelos juízes de primeira instância. Em favor de supostos direitos dos clientes, a Justiça tem, na maioria das vezes, ignorado totalmente as disposições da ANS. No caso das liminares, a situação é mais injusta, pois obriga a operadora a cumprir a determinação judicial imediatamente, sob pena de multas diárias milionárias. Mesmo que a decisão seja derrubada numa instância superior, o procedimento já terá sido realizado e o dinheiro gasto com ele, praticamente, nunca mais será recuperado. Mitigar a judicialização é imperativo. A decisão judicial, interpondo uma liminar, passa necessariamente pela solicitação de um médico. Este entendimento deve ser o balizador das suas orientações e condutas, para que não se permitam interpretações duvidosas ou que extrapolem a cobertura contratual do cliente. Hoje, a Unimed Sorocaba tem uma provisão da ordem de, aproximadamente, R$ 5 milhões. A necessidade crescente de provisões para eventos desta natureza, que envolvem procedimentos, OPMEs e a possibilidade de danos morais reque-ridos pelos clientes, é determinante e impactante no resultado da Cooperativa.

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ENTENDA COMO FUNCIONA A ANÁLISE DE EVENTO ADVERSO GRAVEO evento adverso grave é uma lesão ou dano não intencional decorrente do cuidado prestado dentro de uma instituição de saúde. Este pode resultar em incapacidade, disfunção (temporária ou permanente), prolongamento do tempo de permanência no local ou morte do paciente que não pode ser atribuída à evolução da doença de base. Desde 2013, a Unimed Sorocaba realiza as notificações externas de eventos adversos graves. A medida cumpre a determinação da RDC 36, de 25 de julho de 2013 – ou seja, que todos os fatos dessa natureza devem ser notificados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) por meio do Notivisa. Paralelamente, a Organização Nacional de Acreditação (ONA) também é comunicada sobre a ocorrência, pois trata-se também de uma obrigatoriedade. O Hospital Dr. Miguel Soeiro (HMS) tem o objetivo e o compromisso de prestar uma assistência segura e de qualidade aos seus clientes. “Por mais que pareça utopia, a ausência de erros é uma meta a ser alcançada”, afirma Gustavo Ribeiro Neves, diretor clínico do HMS. “Para atingi-la, ou reduzir drasticamente o número de falhas, é necessário investigar as ocorrências dos eventos adversos. Assim, identificamos suas causas e trabalhamos ações que possam, efetivamente, minimizá-las”, enumera. “Com isto, contribuímos para aumentar a satisfação dos nossos beneficiários”, completa.

O processo de análise de evento adverso grave é realizado da seguinte maneira: � Primeiramente, é feito o Registro de Ocorrência (RO, via sistema M.V.), que pode ser anônimo ou identificado. Há, ainda, o Registro do Evento, que pode ser enviado ao e-mail do Escritório da Qualidade ([email protected]);

� Em seguida, é realizada uma investigação interna. Os prontuários eletrônico e físico são analisados e os envolvidos participam de entrevistas, a fim de estabelecer a cronologia do ocorrido;

� Após concluída essa fase, os fatores causais são identificados e analisados; � Feito isto, a ONA e Anvisa são notificadas oficialmente; � Depois dessas notificações, junto à área envolvida, as oportunidades de melhorias são avaliadas e os planos de ação, traçados; � Finalmente, passa-se a acompanhar estes planos de ação até que os objetivos sejam alcançados.

Segundo a enfermeira Karina Pereira de Oliveira, uma única notificação pode evitar que novos problemas ocorram. “A insegurança de que a notificação será julgada é outro fator determinante para a recusa em informar. Porém, isso não justifica, pois todas as informações são muito valiosas”, observa. Outro problema é a apatia de alguns profissionais em notificar os problemas. “Infelizmente, alguns deles não fazem notificações por acreditarem não ter tempo ou por não considerá-las essenciais”, explica o diretor clínico do HMS. “Isso é grave, pois temos responsabilidade sobre a segurança dos nossos pacientes”, completa.

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CAMPANHA INTERNA VISA À IMPORTÂNCIA DO PREENCHIMENTO CORRETO DAS CERTIDÕES DE ÓBITOEm breve, a Comissão de Óbito do Hospital Dr. Miguel Soeiro (HMS) lançará uma campanha interna com o objetivo de ampliar, ainda mais, a consciência dos cooperados sobre a importância de preencher corretamente as certidões de óbito emitidas dentro da instituição. As recomendações terão como foco principal os campos A, B e C, nos quais são descritos os fatores e a causa que contribuíram para a morte da pessoa. Segundo José Feliciano Delfino Filho, vice-diretor clínico e presidente da Comissão de Óbito do HMS, a certidão de óbito é um documento de reconhecimento jurídico e legal, que garante uma série de direitos aos familiares e cessa, oficial e legalmente, a existência jurídica e fiscal de quem faleceu. O médico relembra que, historicamente, até o final do século XIX, cada país tinha seu modelo deste registro. Somente em 1925, a Organização da Saúde, pertencente à Liga das Nações, decidiu constituir uma comissão para estudá-lo e padronizá-lo em nível mundial. A versão final foi concluída em 1948 e adotada pela maioria dos países em 1950. Regularmente, a Comissão de Óbito verifica o preenchimento dos atestados e, quando observa inadequações, alerta o médico responsável para suas devidas retificações.

“Nosso intuito é que, cada vez mais, este documento processado

dentro do HMS reflita exatamente a causa mortis”, define o

vice-diretor clínico. “Colaboramos com os cooperados em caso

de inconformidade no preenchimento. Além disso, contribuímos

para abastecer, com fidedignidade, informações internas que

auxiliam em estudos de casos e que estão de acordo com as

exigências dos órgãos públicos de saúde”, prossegue.

“Com a campanha, queremos aprimorar este processo. Fazemos

parte de uma instituição de excelência, que busca, permanente-

mente, aperfeiçoar-se em tudo o que faz”, acrescenta José Delfino.

Outro ponto importante é que as certidões de óbito disponíveis

no HMS só podem ser usadas dentro da instituição. Os atestados

são emitidos, padronizados e numerados com controle por

órgãos públicos – ou seja, é ilegal que sejam utilizados em outros

locais, assim como não podem ser emitidos para pessoas que

faleceram fora do hospital.

“Esta ação oferece a oportunidade de conhecer este instrumento

legal, que pode fornecer valiosas informações para o estudo de

casos”, pontua o médico.