edição especial portas abertas 2014

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EDIÇÃO ESPECIAL Ano 2, N° 3 - 2014 ISSN 2317-1200 versão impressa ISSN 2317-0298 versão online Engenharia informativo da escola de Reitor Carlos Alexandre Netto aprecia minicurso de Produção de Concreto e Argamassa, do Laboratório de Ensaios e Modelos Estruturais (LEME). /engenhariaUfrgs @engUFRGS /engenhariaUfrgs A edição 2014 do Portas Abertas da Escola de Engenharia, parte do Portas Abertas da UFRGS, foi novamente um sucesso, como atestaram as centenas de visitantes, que de forma empolgada, tomaram conta dos corredores dos pré- dios da Escola durante o mesmo. Essa edição extra do Informativo da EE reporta alguns dos momentos mais interessantes e registra para a posterida- de esse encontro que ajuda a revelar di- ferentes faces da nossa Escola para a so- ciedade. O mesmo vem se consolidando como um momento muito especial do ano, no qual nos esforçamos para mos- trar a diversidade de nossa atuação de maneira lúdica, buscando despertar vo- cações e ilustrar um pouco do que fa- zemos. Novamente fomos prestigiados pela presença do Reitor e de vários ou- tros membros da Administração Cen- tral, que sempre se impressionam com o ambiente vibrante e alegre que se gera na Escola durante esse dia. Como em quase tudo, o sucesso é fruto de muito trabalho e transpiração. Uma equipe engajada de voluntários, formada majoritariamente pelos técni- cos da EE, liderada pela Liliani Gaever- sen, Assessora do Gabinete da Direção; pela Akie Yoshika, da Secretaria do Conselho de Graduação e pela Profa. amy Hayashi, Presidente do CON- GRAD, trabalhou desde o início do ano para planejar o evento. Todos esses es- forços não seriam exitosos sem a par- ticipação e comprometimento de uma grande e qualificada parcela da nossa comunidade. Em torno de 370 membros da Escola se voluntariaram a participar envolven- do-se para planejar, montar e oferecer aos visitantes 41 diferentes atividades, das mais distintas áreas do campo da engenharia. Ao passear pelos corredo- res, visitando as exposições e palestras, se notava claramente a complexidade da Escola, e ficava evidente a dedicação e cuidado que foram investidos para gerar ações interativas, lúdicas e inte- ressantes, estruturadas em uma lingua- gem adequada. Foi uma demonstração muito agradável de como os membros da EE sabem ser inovadores e criativos, quando estimulados e apoiados para isso. Muitos dos jovens que estiveram aqui saíram entusiasmados e ainda mais motivados a estudar engenharia. Talvez a maior dúvida deles agora seja qual dos diferentes cursos escolher. Fica de fato difícil decidir quando temos a atenção dividida entre tantas alternativas atra- entes, entre elas os protótipos de veícu- los e aeronaves da mecânica; os robôs do pessoal da mecânica e do controle e automação, os telhados verdes e as ofici- nas de argamassas da civil, a exposição de minerais e de cavas da Minas, os cur- sos de croquis do pessoal da expressão gráfica ou as demonstrações do pessoal de Engenharia de Materiais e Metalúr- Portas abertas na Escola de Engenharia gica. Com certeza deve ter sido difícil também para nosso júri convidado re- comendar qual a atividade destaque e que deve receber o prêmio da Direção em breve. Tenho convicção, todavia, que todos que participaram do Portas Abertas EE saíram daqui com um conhecimento um pouco maior sobre os diferentes campos da engenharia e suas aplicações mais evidentes. As palestras oferecidas por vários cursos foram muito concor- ridas e receberam muitos votos positi- vos dos visitantes. A Direção gostaria de saudar a todos que se envolveram com o evento e co- laboraram para seu êxito. E agradecer a cada um dos visitantes que nos presti- giaram. Esperamos que em breve alguns de vocês estejam fazendo parte de nossa comunidade, quem sabe nos ajudando a organizar o próximo Portas Abertas EE. Abraços a todos, Direção da EE Por Luiz Carlos Pinto da Silva Filho

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Portas Abertas 2014 edição especial nº 2

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Page 1: Edição especial portas abertas 2014

EDIÇÃO ESPECIAL Ano 2, N° 3 - 2014ISSN 2317-1200 versão impressa

ISSN 2317-0298 versão online

Engenhariainformativo da escola de

Reitor Carlos Alexandre Netto aprecia minicurso de Produção de Concreto e Argamassa, do Laboratório de Ensaios e Modelos Estruturais (LEME).

/engenhariaUfrgs @engUFRGS/engenhariaUfrgs

A edição 2014 do Portas Abertas da Escola de Engenharia, parte do Portas Abertas da UFRGS, foi novamente um sucesso, como atestaram as centenas de visitantes, que de forma empolgada, tomaram conta dos corredores dos pré-dios da Escola durante o mesmo.

Essa edição extra do Informativo da EE reporta alguns dos momentos mais interessantes e registra para a posterida-de esse encontro que ajuda a revelar di-ferentes faces da nossa Escola para a so-ciedade. O mesmo vem se consolidando como um momento muito especial do ano, no qual nos esforçamos para mos-trar a diversidade de nossa atuação de maneira lúdica, buscando despertar vo-cações e ilustrar um pouco do que fa-zemos. Novamente fomos prestigiados pela presença do Reitor e de vários ou-tros membros da Administração Cen-tral, que sempre se impressionam com o ambiente vibrante e alegre que se gera na Escola durante esse dia.

Como em quase tudo, o sucesso é fruto de muito trabalho e transpiração. Uma equipe engajada de voluntários, formada majoritariamente pelos técni-cos da EE, liderada pela Liliani Gaever-sen, Assessora do Gabinete da Direção; pela Akie Yoshika, da Secretaria do Conselho de Graduação e pela Profa. Thamy Hayashi, Presidente do CON-GRAD, trabalhou desde o início do ano para planejar o evento. Todos esses es-forços não seriam exitosos sem a par-ticipação e comprometimento de uma grande e qualificada parcela da nossa comunidade.

Em torno de 370 membros da Escola se voluntariaram a participar envolven-do-se para planejar, montar e oferecer aos visitantes 41 diferentes atividades, das mais distintas áreas do campo da engenharia. Ao passear pelos corredo-res, visitando as exposições e palestras, se notava claramente a complexidade da Escola, e ficava evidente a dedicação

e cuidado que foram investidos para gerar ações interativas, lúdicas e inte-ressantes, estruturadas em uma lingua-gem adequada. Foi uma demonstração muito agradável de como os membros da EE sabem ser inovadores e criativos, quando estimulados e apoiados para isso.

Muitos dos jovens que estiveram aqui saíram entusiasmados e ainda mais motivados a estudar engenharia. Talvez a maior dúvida deles agora seja qual dos diferentes cursos escolher. Fica de fato difícil decidir quando temos a atenção dividida entre tantas alternativas atra-entes, entre elas os protótipos de veícu-los e aeronaves da mecânica; os robôs do pessoal da mecânica e do controle e automação, os telhados verdes e as ofici-nas de argamassas da civil, a exposição de minerais e de cavas da Minas, os cur-sos de croquis do pessoal da expressão gráfica ou as demonstrações do pessoal de Engenharia de Materiais e Metalúr-

Portas abertas na Escola de Engenhariagica. Com certeza deve ter sido difícil também para nosso júri convidado re-comendar qual a atividade destaque e que deve receber o prêmio da Direção em breve.

Tenho convicção, todavia, que todos que participaram do Portas Abertas EE saíram daqui com um conhecimento um pouco maior sobre os diferentes campos da engenharia e suas aplicações mais evidentes. As palestras oferecidas por vários cursos foram muito concor-ridas e receberam muitos votos positi-vos dos visitantes.

A Direção gostaria de saudar a todos que se envolveram com o evento e co-laboraram para seu êxito. E agradecer a cada um dos visitantes que nos presti-giaram. Esperamos que em breve alguns de vocês estejam fazendo parte de nossa comunidade, quem sabe nos ajudando a organizar o próximo Portas Abertas EE.

Abraços a todos,Direção da EE

Por Luiz Carlos Pinto da Silva Filho

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2 | Informativo da Escola de Engenharia | Edição Especial - Portas Abertas 2014

Na edição extra do Informati-vo em 2013 finalizei o texto nesta mesma seção com a expectativa de que muitos daqueles estudantes que nos visitaram viessem a ter a Escola como uma rotina em suas vidas por tornarem-se estudantes de algum de nossos cursos de engenharia. Não temos como saber se isso aconteceu, mas é provável que em alguns casos sim. Percebe-se a estima que os estu-dantes do nosso estado têm por essa instituição, e em meio ao sonho de estudar conosco a visita representa muito dessa aspiração. Ser aprovado na UFRGS é uma meta estudantil que muitos jovens traçam e quando

realizada é citado pelos familiares, pela imprensa que cobre a área de educação, admirado pelos amigos, estampado em faixas em frente às casas, incluído nas estatísticas dos cursos preparatórios que fazem ma-rketing destacando que “muitos dos nossos ex-alunos foram aprovados na UFRGS”. Existe toda uma cultura que valoriza por demais ser um estudante dessa universidade.

Um dos primeiros passos, além de estudar, pode estar em uma vi-sita nesse dia que tem se especiali-zado para esse encontro. Mais uma vez houve uma grande reunião na fria manhã de sábado, que esse ano

agendou o dia 17 de maio. Um sem número de jovens acompanhados de colegas, familiares e amigos adentra-ram os prédios da Escola Nova, da Engenharia Elétrica, da Engenharia Mecânica, e da Engenharia Química no campus centro, para conhecer e confirmar a escolha por um curso de engenharia. Essa, sem dúvida, é uma visita para confirmar aptidões.

Inúmeras apresentações de pes-quisas e demonstrações de equi-pamentos dividiram a atenção dos visitantes, como as exposições das equipes ligadas à SAE Brasil, à formu-la SAE, ao Baja Tchê e à Pampa Aero-design, que aguçaram curiosidades.

Engenharia visitadaA aula experimental organizada

pelo diretório acadêmico da Enge-nharia de Produção foi um momento para ser destacado, já que a exibição da maioria das atividades é para ser visualizada, explicada por algum professor ou estudante, e nesse caso, promoveu a interação entre graduan-dos do curso e do público que esco-lheu participar dessa atividade, que se propôs a explicar um dos muitos fundamentos da profissão.

Na edição 2015 do Portas Abertas muitos irão nos visitar, alguns irão nos revisitar. De qualquer maneira, todos serão bem-vindos.

Por Paulo Fernando Zanardini Bueno

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Informativo da Escola de Engenharia | Edição Especial - Portas Abertas 2014 | 3

Ana Caroline Rodrigues, 17, e Milene Natalia Rigo, 16, vieram de Erechim para aproveitar a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre os cursos de engenharia. Perderam a Aula Experimental da Enge-nharia de Produção, realizada pelo Diretório Acadêmico do curso, mas puderam conhecer os projetos do Núcleo Orientado para a Inovação da Edificação, ligado ao Departamento de Engenharia Civil. “Não pude-mos participar da dinâmica pois chegamos atrasadas, mas agora vamos aproveitar para ver um pouco da Engenharia Civil”, disseram as amigas.

Por Gabrielle Müller e Paulo Fernando Zanardini Bueno

Aula criativa

Dentro da programação e do obje-tivo do Portas Abertas da UFRGS, o Diretório Acadêmico dos Alunos da Engenharia de Produção (DAProd) e a da Empresa Júnior da Engenharia de Produção (EPR) realizaram, no anfiteatro 500 do prédio da Engenha-ria Nova, uma Aula Experimental do Curso de Engenharia de Produção.

A aula experimental ocorreu por 1h e como objetivo introduziu con-ceitos de Lean Manufacturing. Du-rante a atividade, os visitantes se familiarizaram com esse conceito muito usado pelos profissionais da área e descobriram um pouco mais de como ele pode ser aplicado. A dinâmica já havia sido realizada no ano anterior, em menor proporção. O que surpreendeu os organizadores nesta edição foi a recepção do públi-co participante.

O Lean Manufacturing também é conhecido como Sistema Toyota de Produção, e consiste em uma filoso-fia de gestão que busca minimizar os

chamados sete tipos de desperdício (superprodução, tempo de espera, transporte, excesso de processamen-to, inventário, movimento e defeitos). Dividida em dois momentos, os cha-mados Ciclos Produtivos, a dinâmica buscava simular a fabricação de uma carta.

Todos os visitantes que estavam no auditório foram divididos em grupos de 6 a 7 pessoas e receberam como material para a tarefa folhas em tamanho A4, canetas e envelopes. A produção era composta de quatro etapas: cortar a folha A4 ao meio, es-crever uma frase no rodapé de cada metade, dobrá-las e colocá-las dentro do envelope. O produto final era o envelope fechado com a folha dobra-da e escrita dentro.

No primeiro momento, os visi-tantes recebiam as orientações para a realização da tarefa em um tempo de três minutos, mas estavam livres para concluí-la da maneira que achassem mais conveniente. Depois desse pri-

meiro momento, a comissão or-ganizadora aju-dava os alunos e apontava alguns caminhos para a conclusão do que havia sido propos-to, além de inse-rir didaticamente alguns conceitos básicos de Lean Manufacturing.

Ao final da etapa, foi feita uma avaliação de produtividade. Lucas Fredo, presidente do DAProd e um dos coordenadores da dinâmica ex-plica um pouco mais sobre isso. “O parâmetro de comparação entre os dois ciclos foi a quantidade de pro-dutos produzidos pelos grupos. A grande maioria dos grupos havia produzido mais na segunda etapa, ficando evidente que uma melhor or-ganização da produção acarreta em um aumento da produtividade”.

Ele também comentou que a co-missão organizadora se surpreen-deu com o resultado da dinâmica.

“A atividade teve uma ótima aceita-ção, principalmente por fugir das tão tradicionais palestras e aulas exposi-tivas. Foi extremamente satisfatório ouvir alguns alunos dizendo que fi-nalmente haviam decidido para qual curso prestariam vestibular”, come-morou ele. Ainda, segundo Lucas, o que impulsionou a equipe para or-ganizar a atividade, que já havia sido realizada na edição 2013 do Portas Abertas, é a ideia de que, ao aplicar na prática os conceitos de produção, a assimilação do conhecimento se torna mais proveitosa.

Ana Caroline e Milene, em frente ao prédio da Engenharia

Estudantes da Engenharia de Produção instruindo a atividade

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4 | Informativo da Escola de Engenharia | Edição Especial - Portas Abertas 2014

Por Paulo Fernando Zanardini Bueno

Portas “cada vez mais” abertasA professora Thamy Cristina

Hayashi representou o Conselho de Graduação na comissão de organiza-ção do Portas Abertas na EE. Entre-vistada pelo Informativo destacou a experiência de preparação, avaliou a edição de 2014 e sugeriu ideias para melhorar o próximo evento.

Informativo Escola de Engenha-ria: Como foi participar da organi-zação do Portas Abertas 2014?

Em 2013 eu apenas fiz as apresen-tações da comissão de graduação da engenharia mecânica. Participar da organização foi trabalhoso, eu não ti-nha ideia da dimensão do evento. A minha contribuição para a avaliação das atividades foi restrita. O Portas cresceu bastante de 2013 para 2014. O evento tem de conciliar rapidez com apresentação. Aqueles que que-rem ver tudo passam pela apresenta-ção e vão para outra. Os que tiverem interesse em cursar, se virem um ví-deo explicando a produção dos pro-

jetos e uma simulação no local, vão fazer isso com mais atenção.

Informativo EE: Como a senho-ra avalia a edição do Portas Abertas 2014?

O prêmio destaque incentiva a participação, mas também incentiva certa competição. As atividades são interessantes, mas, no caso da me-cânica, não reflete a atuação de um engenheiro mecânico, não mostra a constituição dos projetos. A vota-ção dos visitantes despertou minha curiosidade. Em relação ao ano pas-sado o Portas cresceu muito, por isso penso que precisamos iniciar bem antes o planejamento de 2015, e as-sim estabelecer regras e estabelecer os objetivos. Ou limitar o tamanho, ou estender o tempo. Se a UFRGS quer tornar esse evento uma vitrine, precisamos repensar a duração e dis-tribuir mais para outros campi. Os visitantes não conseguem ver todas as atividades.

Informativo EE: O que pode ser melhorado para a edição 2015 do Portas Abertas?

Estávamos comentando na orga-nização que talvez em 2015 tenha-mos de limitar a participação, cada curso pode participar com menos atividades e um número menor de pessoas, porque não se consegue pla-nejar. Em 2015 eu devo ter encerrado meu mandado no Conselho de Gra-duação. Para a próxima edição não atuarei na organização, mas deixo como sugestões a possibilidade de se pensar em uma forma de monitora-mento, de projetar em telas a fala do diretor da EE e do coordenador da Congrad, pois as pessoas não conse-guem participar de tudo que é ofer-tado na programação. Podemos usar mais dos recursos de mídia, e tornar o evento mais interativo. Tornarmos o evento mais didático e menos vi-sual nas apresentações, para fazer os visitantes perceberem o contexto dos projetos, as dificuldades e as soluções.

Podemos fazer atividades que mostrem o papel do engenheiro e explicar a atuação como profissional com mais detalhes. Podemos arti-cular nos estudantes trabalhos para monitorar os visitantes, por exemplo, um leitor de código de barras para levantarmos dados como o contro-le de fluxo de pessoas, a votação das atividades, etc. Há cursos que podem

oferecer essas soluções, isso são coi-sas que nós podemos fazer, e lançar-mos o desafio para desenvolver esses aplicativos. A direção pode organizar um concurso para essa tecnologia ser usada na Escola de Engenharia. Os problemas de engenharia que os estudantes passam para construir os protótipos podem ser mais explora-dos. A última palestra do professor Altair Sória Pereira foi mais próxi-ma dos presentes, focou em questões mais didáticas, como o ensino de en-genharia, a história da Escola, e aca-bou sendo mais uma conversa.

A UFRGS é uma marca, “um so-nho de consumo dos estudantes”, isso é muito bonito de ver, mas temos de alimentar de forma adequada esse sonho. Na engenharia podemos dizer isso: as pessoas tem uma ideia equi-vocada da profissão. Há uma queixa no mercado que os nossos cursos são mais teóricos, porque forma-mos engenheiros generalistas, é uma queixa da formação dos engenhei-ros das Universidades Federais. Se pensarmos na formação, precisamos passar pela teoria até chegar à apli-cação em um carro como o Formu-la SAE. Quando os alunos cursam a disciplina de cálculo, por exemplo, se assustam com o grau de exigência, e o Portas Abertas pode desmistificar essas entre outras questões. O Portas Abertas tem um potencial incrível.

Família Stankiewicz posa próximo ao motor V-8 (amarelo)

Professora Thamy, coordenadora do Conselho de Graduação

Everton, Andresa e Fran-cisco Stankiewicz, de apenas 7 anos, aproveitaram a ma-nhã do sábado para visitar o Portas Abertas. Eles foram ao museu do motor, e o meni-no se encantou pelo modelo V-8, exposto no saguão do prédio da Engenharia Mecâ-nica. “É bem forte”, respondeu Francisco ao ser perguntado sobre por que havia gostado da engrenagem. “É a primeira vez que a gente vem. O ob-jetivo é que ele comece a ter interesse por essa área para depois decidir o que vai fa-zer”, afirmou a mãe.

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Informativo da Escola de Engenharia | Edição Especial - Portas Abertas 2014 | 5

Por Gabrielle Müller e Paulo Fernando Zanardini Bueno

Por Paulo Fernando Zanardini Bueno

Concreto multiuso

ENGENHARIA TUBE EXTRA

Engenharia aplicada

e doado depois”, falou a professora explicando a política de trabalho do laboratório.

Muitos visitantes se interessavam pela demonstração de rompimen-to de concreto e tijolo. Uma prensa hidráulica é usada para esse expe-rimento, aplicando uma carga no corpo de prova. Quando a amostra se rompe, o processo para e a carga aplicada para que ele se rompesse fica registrada. Esse teste serve para mos-trar a diferença entre os tipos de tijo-lo e concreto, e caracterizar como os materiais comportam-se de maneira diferente.

A professora Denise explica que o tijolo furado, chamado de bloco seis furos, rompe-se inesperadamente, enquanto que o tijolo ou bloco ma-ciço dá sinais de que a estrutura nele apoiada é mais pesada do que ele pode suportar. “Em uma obra, não podemos apoiar uma laje em um ti-jolo furado porque, se ele romper, cai toda a estrutura e pode causar um grande acidente. O maciço não, ele avisa. Pode ser por uma fissura na pa-rede, onde tu vai enxergar a fissura e, até ele cair, temos alguns meses para resolver o problema na obra. O bloco seis furos não avisa e, quando rompe, rompe”, advertiu ela.

Outra observação da profes-sora Denise foi com relação ao con-creto. Segundo ela, ele é frágil, mas, quando usado com armadura, fissu-ra devagar em caso de sobrepeso, o que garante uma maior resistência da peça. O concreto sem armadura suportou 23 toneladas ao ser expos-to ao teste de resistência. Já o con-creto armado suportou uma carga de 69 toneladas, que equivale, apro-ximadamente, ao peso de 69 carros empilhados.

O graduando de engenharia Civil, Guilherme Gonçalves de Almeida, explicou que o concreto de alta resis-tência é muito utilizado em metró-poles, onde é necessário um maior aproveitamento do espaço devido ao tamanho dos terrenos e ao grande número de unidades a serem cons-truídas quando se trata de um pré-dio, por exemplo. “Em um pilar de concreto convencional conseguimos

Um dos locais mais visitados pelo público durante o Portas Abertas foi o Núcleo Orientado para a Inovação da Edificação (NORIE), que reuniu os projetos em um de seus laborató-rios, ao lado do prédio da Engenha-ria Nova. A equipe do Informativo da Escola de Engenharia participou de uma visita guiada pela professora Denise Carpena Coitinho Dal Molin do Grupo de Tecnologia de Materiais e Sistemas Construtivos do NORIE.

Já no início da visita, a professo-ra Denise nos apresentou uma gama infinita de objetos construída com concreto dos mais variados tipos. Primeiramente, um protótipo de obra, que demonstra todas as fases de uma construção, com peças en-caixáveis. Em seguida, nos levou até uma bancada repleta de itens como porta retrato, concretos moldados de diversas formas e uma guitarra feita em concreto. “E funciona!”, diverte--se ela, que também comenta sobre o peso do instrumento: “é muito pesa-da”. A guitarra de concreto pesa em torno de 7 Kg, o dobro do peso médio de uma confeccionada em madeira.

Logo ao lado, há os chamados concregramas, que são blocos de con-creto vazados, moldados de forma a possibilitar a plantação de grama nos espaços vazios. A professora explica que é um pavimento permeável, ou seja, permite que a água da chuva escoe naturalmente, sem precisar de sistemas artificiais, evitando inunda-ções. Pode ser usado em calçadas ou vias de tráfego de veículos, e é uma das alternativas que vem sendo pro-curadas para resolver problemas de escoamento da chuva para o sistema pluvial de grandes cidades devido ao seu custo ser mais baixo do que o da construção de grandes reservatórios enterrados.

Denise ressalta que grande parte das peças expostas foi feita utilizando materiais que sobram dos experimen-tos em aula e das pesquisas realizadas no NORIE. “Tudo que vai sobrando de concreto não é posto fora. Aqui-lo que vai sobrando nós moldamos e encaminhamos para escolas e asi-los carentes. Aqui, tudo o que sobra, que vem de aula, vai sendo moldado

O UFRGS Portas Abertas 2014 na Escola de Engenharia apresen-tou uma intensa programação com exposições de muitos projetos e pes-quisas. Muitas dessas demonstra-ções de aplicação da engenharia des-tacaram-se pela ação de máquinas e equipamentos exibindo a capacida-de e a criatividade do nosso corpo discente e docente, o que enriqueceu o evento e agradou o público. Esco-lhemos algumas dessas ações para

compor a vídeo-matéria dessa edi-ção extra.

O “Engenharia Tube” propõe a interatividade com o canal YouTube, formato em que disponibiliza vídeo--matérias e vídeos compactos. Quer mais detalhes? Acesse o endereço www.youtube.com/engenhariaUfrgs ou pelo QR Code e assista.

Professora Denise apresenta protótipo de obra que mostra todas as fases da construção.

aplicar uma carga aproximada de 20 toneladas. Se colocarmos um concre-to armado, que suporta em média 70 toneladas, conseguimos diminuir a área, e então se consegue um maior aproveitamento do espaço. Isso é muito útil em obras onde os terrenos são muito valorizados e precisamos utilizar muito bem aquele terreno para um estacionamento ou para uma loja”, pontuou ele.

Segundo ele, outro local onde o concreto armado poderia ser utili-

zado para aumentar a resistência e a durabilidade das construções são as regiões litorâneas, por causa da ma-resia. “A maresia ataca o concreto e a armadura dele. Tendo um concre-to com alta resistência, ganha-se em durabilidade. Ou seja, ele protege melhor a armadura, que é a parte em que o sal da maresia pode corroer, e o concreto fica mais resistente”, salien-tou Guilherme.

#EngenhariaTube

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6 | Informativo da Escola de Engenharia | Edição Especial - Portas Abertas 2014

Engenharia para voar

O desejo de voar esteve presente no imaginário de muitas gerações, em estórias e histórias. Pertence à mi-tologia grega a estória que registra os primeiros sonhos humanos de voar representado por Ícaro, personagem que tentou voar com asas feitas de penas de pássaros fixadas com cera, muito leve, e pelas intempéries do clima provocaram a queda daquele herói. Um marco para a história é o voo com o avião 14-Bis, do brasileiro Santos Dumont, no ano de 1906, em Paris.

Esse desejo ajuda a entender por que o protótipo de avião desenvol-vido por um grupo de universitários exposto durante o evento UFRGS Portas Abertas na Escola de Enge-nharia chamou bastante a atenção. Ele foi projetado pela equipe Pampa Aerodesign, formada por 13 alunos das engenharias Mecânica e de Con-trole e Automação, que competirão esse ano nas categorias Regular e Ad-vanced da 16ª Competição SAE Bra-sil Aerodesign. De 30 de outubro a 02 de novembro de 2014, 226 equipes de alunos de engenharias de mobilidade se reunirão em São José dos Campos, no estado de São Paulo, para mostrar seus protótipos e disputar o título de campeão nacional, além de uma vaga na competição internacional.

A competição internacional é or-ganizada pela Society of Automotive Engineers (SAE), instituição interna-cional que conta com quase 140 mil engenheiros e especialistas técnicos que buscam desenvolver novas tec-

nologias para aplicação nas indús-trias aeroespacial, automotiva e de veículos comerciais. Segundo Gusta-vo Thiesen, capitão da equipe Pampa Aerodesign e aluno da engenharia Mecânica da UFRGS, somente as melhores equipes vão para a dispu-ta mundial. “A competição brasileira é muito forte, é a maior do mundo. Normalmente, quem ganha o [cam-peonato] brasileiro ganha o [campe-onato] mundial. Sempre tem aquele pensamento de que a tecnologia está somente fora do nosso país, mas isso não é verdade.” afirmou.

Para inscrever um avião na com-petição é necessário escrever um re-latório e ter um projeto do avião, que deve ser cargueiro. A equipe que levar mais peso no avião vence. O regula-mento é atualizado a cada competi-ção, e uma limitação nova é inserida. Assim, mais equipes diferentes ven-cem a disputa e podem apresentar seus projetos na competição inter-nacional. “Bem no início da equipe Minuano, no ano de 2002, a UFRGS conseguiu chegar em terceiro lugar, e depois em quinto. Foram resultados bem expressivos”, disse Gustavo.

Ele contou também um pouco da história da equipe na UFRGS, que ficou cinco anos inativa e trocou de nome para tomar um novo fôlego e voltar a competir. “A UFRGS tinha uma equipe desde 2000, que atuou até 2007. A Universidade passou al-guns anos sem ter equipe porque não houve uma renovação do pessoal que se formou. Em 2011 nós trocamos o

nome, de Minuano para Pampa, e, em 2012, fomos para a nossa primei-ra competição. Nem levamos avião porque estávamos começando, e tí-nhamos que lidar com muitos trâmi-tes burocráticos. Em 2013 consegui-mos ir pra competição com o avião e, agora, em 2014, já estamos bem mais organizados que no ano anterior”, afirmou Gustavo, salientando o tra-balho realizado pela atual gestão.

O tempo parado ainda não foi recuperado pela equipe. Thiesen afirma que a Pampa tem competido sem pensar na premiação, apenas se esforçando para, num futuro próxi-mo, poder almejar algum prêmio. “Esse ano a gente nem pensa em ser campeão, porque como a equipe fi-cou alguns anos inativos, as outras equipes evoluíram nesses cinco anos e a UFRGS ficou estacionada. Como teve uma descontinuidade na equipe, acaba que a gente tem que conse-guir muito conhecimento básico que as outras equipes já têm de anos de trabalho. Então, a gente está se esfor-çando, tentando fazer nosso melhor, sermos organizados, para que a par-tir, talvez, do ano que vem, ou daqui dois anos, a gente consiga já começar a disputar alguma coisa e almejar al-gum prêmio”, animou-se.

O objetivo dos alunos é contri-buir para a Universidade no campo da pesquisa, transformando a Pampa Aerodesign em um projeto de pes-quisa onde os alunos possam investir no conhecimento de forma prática

e não só teórica. Desde a fundação da equipe nova, já foram produzi-dos dois Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) com base no projeto desenvolvido na Pampa. Na equipe antiga, foram três TCCs e duas apre-sentações no Salão de Iniciação Cien-tífica (SIC) da UFRGS, sendo que um desses ganhou o prêmio destaque do SIC.

“A UFRGS é uma universidade bastante teórica, que foca bastante em conceitos. É nos projetos de pesquisa que os alunos aplicam as teorias en-sinadas. É possível aplicar conheci-mento de pesquisa nisso, e não achar que são apenas alunos ‘brincando de avião’. É conhecimento, é legal, é um projeto que a gente quer que seja le-vado a sério, mas também cabe a nós mostrarmos resultado e organização. Queremos que a Universidade sinta orgulho de ter esses projetos”, finali-zou Gustavo Thiesen.

A Pampa Aerodesign participa da Competição SAE BRASIL Aerode-sign representando a UFRGS e esse ano levará projetos para as categorias Regular e Advanced. As equipes são desafiadas anualmente com novos regulamentos baseados em desafios reais enfrentados pela indústria aero-náutica como, por exemplo, otimiza-ção multidisciplinar para atendimen-to de requisitos conflitantes, redução de peso por meio de otimização es-trutural, instrumentação e ensaios em vôo dos protótipos, entre outros.

Por Gabrielle Müller e Paulo Fernando Zanardini Bueno

Parte da equipe Pampa Aerodesign

Aeronave projetada pela Pampa Aerodesign

Page 7: Edição especial portas abertas 2014

Informativo da Escola de Engenharia | Edição Especial - Portas Abertas 2014 | 7

Organizando a recepção

No dia 17 de maio, durante a edi-ção 2014 do UFRGS Portas Abertas, os prédios da Escola de Engenharia receberam a visita de diversos alunos de segundo grau e outros interessados em conhecer seus cursos. A realiza-ção do evento, no entanto, não seria possível sem a participação e organi-zação dos técnicos administrativos da Universidade.

Encarregada da gestão do UFRGS Portas Abertas dentro da Escola de En-genharia, Liliani Gaeversen coloca o sucesso que a Escola vem alcançando dentro do evento como consequência do empenho de sua equipe durante o projeto e comenta ao Informativo a res-peito de sua experiência.

A edição deste ano ainda contou com uma novidade: os participantes puderam escolher a melhor atividade entre as apresentadas, respondendo um pequeno questionário. Essa iniciativa procurou incentivar a participação de um maior número de atividades e a pre-miação será divulgada posteriormente.

Informativo EE: Como foi o seu envolvimento na organização do UFRGS Portas Abertas 2014?

Meu envolvimento vem desde o ano passado, quando vim para direção da

Escola e o professor Luiz Carlos me incumbiu da gestão do Portas Aber-tas. Basicamente, fiquei responsável pela organização das reuniões e acom-panhamento das ações vinculadas ao evento, buscando atuar de forma que este ocorra da melhor maneira pos-sível, com o menor número de falhas. Essa gestão, entretanto, não é mérito meu apenas, nosso sucesso se dá gra-ças à competência e envolvimento de toda a equipe participante. Este ano tivemos a agradá-vel surpresa em relação ao aumento considerável no número de colaboradores inscritos, pertencentes aos diversos Departamentos e Grupos de Pesquisa, conta-bilizado aproximadamente 370 participantes – docen-te, discentes e TA´s.

Informativo EE: De que forma a experiência na edição de 2013 in-fluenciou para a realiza-ção de 2014?

Nossa equipe teve um amadurecimento bem significativo. Em compa-ração ao ano anterior, no-

tei um engajamento mais afinado dos participantes, permitindo assim que as coisas fluíssem com maior facilida-de. Nossa resposta foi mais rápida em situações pontuais em que precisáva-mos atuar com agilidade, no intuito de permitir que a Programação fosse cumprida dentro dos prazos estabeleci-dos. Em várias situações, já sabíamos o que daria certo, o que não deveria ser repetido e adotamos algumas novas medidas de atuação, como por exemplo com relação às equipes volantes (que interagem diretamente com os alu-nos), no controle de espaço físico que foi melhor encaminhado, mesmo den-tro de nossas limitações. Cito também maior rapidez na preparação de mate-rial gráfico, divulgação antecipada das ações, atendimento eficiente do pessoal do CONGRAD, da Direção, do NTIC/Comunicação.

Informativo EE: Quais foram os maiores obstáculos encontrados du-rante o evento?

Passamos por algumas situações técnicas em que a solução não cabia ao nosso grupo: pane de elevador; falta de energia em três momentos, o que ter-minou acarretando atraso nas Palestras da Unidade. Houve também maior de-mora que a prevista na entrega de ca-misetas e vales, a qual poderia ter sido evitada se os participantes tivessem retirado o material com antecedência (conforme já havia sido divulgado). Também vivenciamos casos não pre-

vistos pela organização geral do evento, especificamente a falta de atendimento para casos de emergência. Este ano, dois alunos participantes necessitaram de atendimento. Como foi divulgado com pouca antecedência que contaría-mos com a fala do Reitor nesta edição, não foi possível viabilizarmos a trans-missão simultânea. São questões não previstas para um evento desse porte que poderão ser resolvidas para as pró-ximas edições.

Informativo EE: Como essa experi-ência refletiu na sua vida profissional?

Trabalho aqui há alguns anos e, até então, não tinha ideia do quão impor-tante é esse evento no âmbito da nos-sa Universidade. Acredito que a partir da participação no Portas Abertas é criado um canal de comunicação não apenas com a sociedade de um modo geral, mas se estimula a própria inte-gração dos colegas com a sua unidade, com a sua instituição. Não adianta ser uma universidade de excelência, tem que levar nossas competências e po-tenciais ao conhecimento do público, mostrando o que é feito na Instituição, a capacidade que a universidade tem em termos de pesquisas, de cursos. Foi excelente essa experiência, em termos pessoais, que me possibilitou interagir com outros segmentos, com colegas, visitantes e me inteirar das expectativas dos jovens ingressantes.

Por Vitória Comarin

Equipe de organização do Portas Abertas na EE

Liliani Gaeversen na recepção do Portas Abertas

Page 8: Edição especial portas abertas 2014

A versão online está disponível emwww.issuu.com/engenhariaUfrgsAcesse pelo QR Code(aconselhável ter aplicativo para leitura de pdf )

Realização

Gabinete da DireçãoEscola de Engenharia UFRGS

LEME para a tecnologia

O Laboratório de Ensaios e Mo-delos Estruturais (LEME), ligado ao Departamento de Engenharia Civil (DECIV) da Escola de Engenharia, também esteve presente no UFRGS Portas Abertas 2014, com a exposição de alguns dos trabalhos desenvolvidos no local. Alguns deles foram bastante procurados, como o concreto perme-ável, a câmera termográfica, que cha-mava atenção dos que passavam, e o minicurso de argamassa e concreto, oferecido aos visitantes de hora em hora.

A termografia é o nome dado à técnica de detectar, através de filmes ou sensores especiais, a distribuição da temperatura. Em outras palavras, se detectam variações de tempera-tura através de imagens, utilizando a radiação térmica emitida pelo movi-mento das moléculas que compõem os materiais. Diversos equipamentos podem ser utilizados para a aplica-ção da termografia, desde termôme-

Por Gabrielle Müller e Paulo Fernando Zanardini Bueno

tros infravermelhos, termovisores, até equipamentos mais modernos como câmeras termográficas.

O LEME possui uma câmera ter-mográfica capaz de capturar imagens termográficas de -40°C a 650°C, com precisão de 0,04°C. O equipamento vem sendo aplicado para o monitora-mento de situações como o compor-tamento de alvenarias quando sub-metidos a condições de incêndio, em elevadas temperaturas.

“Os visitantes mostraram-se mui-to interessados uma vez que a ima-gem produzida pela câmera não é a mesma de uma câmera fotográfica convencional. O interesse maior foi sobre suas aplicações no dia-a-dia da engenharia civil, assim como a forma de interpretar as imagens”, disse Lucas Reginato, mestrando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil (PPGEC).

Outro estande do LEME que atraiu muitos visitantes foi o do minicurso

de argamassa e concreto. Nele, a cada hora, era recebido um novo grupo que aprendia um pouco sobre materiais usados na fabricação de argamassa e concreto, e era ajudado a fazer o seu próprio experimento, misturando os ingredientes para formar amostras. Cada pessoa recebia um recipiente de plástico para armazenar o seu com-posto, que recebia um enfeite com o símbolo do laboratório. A intenção era, além da interação dos visitantes com os materiais expostos no labora-tório, fazer com que as pessoas conhe-cessem melhor o que é cada um e para quê servem.

Havia, ainda, a exposição de um material inovador: o concreto per-meável, que está crescendo no mer-cado e vem sendo muito utilizado em shoppings e outros grandes empre-endimentos. A diferença dele para o concreto comum é a permeabilidade à água da chuva. O concreto normal é impermeável, ou seja, não permite a passagem da água, acumulando-a na-turalmente e fazendo com que escoe de uma vez só para o sistema pluvial, o que ocasiona alagamentos em grandes cidades.

Já o concreto permeável retém a água da chuva, dispensando-a grada-tivamente no sistema de contenção pluvial e evitando, assim, os proble-mas ocasionados tanto pelo acúmulo de água quanto pela dispersão desse acúmulo de uma vez só no sistema. Ele pode ser usado também em pa-vimentos como calçadas e asfaltos, funcionando como a primeira fase do sistema de drenagem dentro da cadeia pluvial.

O LEME atua na investigação e de-senvolvimento da Engenharia Civil, desenvolvendo trabalhos em diversas áreas como modelagem de estruturas, comportamento experimental de es-truturas, patologia e recuperação de estruturas, diagnóstico de estruturas e durabilidade do concreto, recupe-ração de obras históricas e vida útil e manutenção de estruturas.

Os amigos Maykel Cassel e Daniel Heck, ambos de 17 anos, vieram de longe para prestigiar o evento na Escola de Engenharia, com foco nas enge-nharias Civil e Química. Eles cursam o último ano do Ensino Médio em uma

escola pública da cidade e es-tão se preparando para o ves-tibular. Para eles, a experiência foi bastante válida. “A gente nunca tinha vindo aqui, somos de Tapera, próximo de Passo Fundo, e nós não tínhamos no-ção de como era a Engenharia. Isso é um aprendizado a mais, que vai valer para a nossa vida. Eu gostei bastante”, pontuou Maykel. “São muitos cursos, tu não tem muita noção de qual escolher. São muitas oportuni-dades”, complementou Daniel.

Maykel e Daniel na entrada da Escola de Engenharia.

Mestrando do LEME apresenta Câmera termográfica

FICHA TÉCNICA

Reitor: Carlos Alexandre NettoVice-Reitor: Rui Vicente OppermannDiretor: Luiz Carlos Pinto da Silva FilhoVice-Diretora: Carla S. Ten Caten

O Informativo é uma publicação bimestral da Escola de Engenharia da UFRGSEsta é uma edição especial do Informativo

Porto Alegre, Ano 2, nº 3, 2014.

IdealizadorRamiro Sebastião Córdova Júnior

Editor-Chefe Luiz Carlos Pinto da Silva Filho

EditorPaulo Fernando Zanardini BuenoMTE/RS 17213

Corpo EditorialLuiz Carlos Pinto da Silva FilhoCarla Schwengber Ten Caten Paulo Fernando Zanardini Bueno Ramiro Sebastião Córdova Júnior

RedaçãoLuiz Carlos Pinto da Silva Filho Paulo Fernando Zanardini BuenoGabrielle MüllerVitória Comarin

FotografiaPaulo FernandoGabrielle Müller

Revisão Paulo Fernando Gabrielle Müller Vitória Comarin

Apoio Técnico de TIRamiro Sebastião Córdova JúniorBruno Valadão VieiraVinícius Rodrigues KalikoskiRicardo Aloísio

Diagramação Daniele Lemos dos SantosLuiza Aguiar

ImpressãoGráfica da UFRGS

Tiragem: 1.000 exemplaresCirculação: NTIC

Contato com o Informativo:Av. Osvaldo Aranha, 99 - sala 105CEP: 90035.190 – Bairro Farroupilha

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