edicao edição 44

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Psiquiatria DOENÇAS QUE AFETAM CRIANÇAS E ADULTOS Ortopedia TUDO QUE VOCÊ PRECISA SABER PARA MELHOR QUALIDADE DE VIDA Cirurgia Plástica RINOPLASTIA, PROCEDIMENTO CIRÚRGICO QUE MELHORA A AUTO-ESTIMA CARDIOLOGIA Especialistas revelam caminhos para saúde do coração ponto médico

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PsiquiatriaDOENÇAS QUE AFETAM CRIANÇAS

E ADULTOS

OrtopediaTUDO QUE VOCÊ PRECISA SABER PARA

MELHOR QUALIDADE DE VIDA

Cirurgia PlásticaRINOPLASTIA, PROCEDIMENTO

CIRÚRGICO QUE MELHORA A AUTO-ESTIMA

CARDIOLOGIAEspecialistas revelam caminhos para saúde do coração

pontomédico

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Av. Resplendor, 563 - Sala 213 - Centro Comercial Itapuã tapuã - Vila Velha/ESContato Comercial: Tel.: (27) 3063-2111

Caro leitor,

Apesar da quantidade crescente de informa-ções que circula sobre a gravidade dos problemas cardiovasculares, incluindo o que é preciso fazer para manter a saúde do coração, são muitos os que ainda subestimam os cuidados para manter o bom funcionamento de um órgão tão vital. E o resultado, por falta de informação ou não, não poderia ser outro: são 350 mil mortes a cada ano, causadas por infarto, AVC e insuficiência cardíaca.

Somos capazes de relatar casos de amigos queridos ou familiares que nos deixaram afetados por essas doenças. Eu mesmo sou um deles. Recentemente, perdi um grande amigo que partiu por problemas cardiovasculares antes dos 50 anos. Pessoa ímpar a qual devo um grande aprendizado na minha vida profissional e pesso-al. Sensibilizado, não poderia deixar de fazer um alerta, sempre necessário, para que dispensemos atenção e cuidado aos nossos corações.

Para isso, vamos conferir dicas e esclarecimen-tos feitos por especialistas que vão nos auxiliar a cuidar melhor desta “máquina” tão importante para nosso corpo. São orientações que vão além, mas também incluem atenção aos já conhecidos vilões da saúde do coração: uma alimentação desregrada, o uso excessivo de álcool e tabaco, e o sedentarismo.

Para concluir, deixo com vocês sabias palavras de um grande mestre, que entende bem a na-tureza humana, líder da religião budista, o Dalai Lama. Indagado sobre o que mais o surpreendia na humanidade, ele disse: “Os homens... Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E, por pensarem ansiosamente no futuro, se esque-cem do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... E morrem como se nunca tivessem vivido”.

Boa Leitura!

Expediente

DIRETOR GERAL: Valmir Xavier - [email protected]

Tel.: (27) 99600-1805

DIRETOR COMERCIAL: Jhonata T. Viegas

DIAGRAMAÇÃO: Valter Guia dos Santos - [email protected]

JORNALISTAS - Jussara Baptista - 00896/99 - Simone Kobe - 2207/ES

FOTOGRAFIA: Rodrigo Souza

IMPRESSÃO: Gráfica GSA

Editorial

VALMIR XAVIERDIRETOR GERAL

Confira nesta edição

informação em várias

especialidadespara seu bem estar

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Sumário

SOLARES 5Nova realidade para idosos

e suas familias

16ORTOPEDIACorredor, como estáo seu joelho?

22ORTOPEDIAOs ombros suportam o mundo

26ORTOPEDIADesfazendo os mitos sobre o joanete

30ORTOPEDIATenossinovite: causa dores e desconforto em mulheres em idade produtiva

34PSIQUIATRIAda Infância e Adolescência

CARDIOLOGIA44Cuidados buscam saúde do coração

dos bebês ainda no ventre

CARDIOLOGIA48Hipertensão pode ter cura em estágio inicial

ULTRASONOGRAFIA52O ultrason na gravidez

CARDIOLOGIA58Emilcardio no avanço dostratamentos cardiológicos

ORTOPEDIA40Ácido Harulônico:

alívio para dores no joelho

39SOCIALColuna Ponto Médico

TURISMO18O primeiro hotel de lazer de Pedra Azul

CIRURGIA PLÁSTICA10Remodelagem do nariz

FISIOTERAPIA25Uso de celulares e dor no pescoço

PSIQUIATRIA28Psicofobia: um sério problema social que

impacta a Saúde Pública

CRÔNICA33Viver muito e ser feliz:

uma opção pessoal

42TURISMOBelém do Pará:Sabores e temperos da selva

46ORTOPEDIAAcidentes de trânsito podemser traumas para toda a vida

50ORTOPEDIASe os joelhos não doessem mais...

56ODONTOLOGIAOrtopedia Funcional dos Maxilares

GINECOLOGIA36Incontinência urinária

pode levar a depressão

UROLOGIA14Após os 40 anos, atenção

especial à próstata

8CARDIOLOGIAComo anda o seu coração?

12ORTOPEDIAReconstrução e alongamento ósseo

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• 5 www.revistapontomedico.com.br

Projeto Amor AntigoA Casa de Repouso Solares, em

Itaparica, Vila Velha, vai iniciar uma campanha para que os interessa-dos no trabalho voluntário adotem um idoso para visitas regulares. “Vai ser bom para os dois lados. Para os idosos, que terão compa-nhia; e, para quem fizer as visitas, porque vai aprender com a experi-ência acumulada de quem já viveu muito”, explica a fisioterapeuta Rafaella Papalino Lopes Magnago, que administra a Solares. Os inte-ressados podem entrar em conta-to com a casa de repouso, que fica na Rodovia do Sol. O telefone para mais informações é: (27) 3389-4484.

Uma característica cul-tural no Brasil ainda associa a internação

em casas de repousos com os estigmas do abandono e da solidão. Com o envelhe-cimento da população bra-sileira, no entanto, a exem-plo do que já ocorreu em países da Europa e nos Esta-dos Unidos, esse paradigma já está sendo revisto. E com vantagens tanto para o ido-so quanto para sua família.

A resistência com as causas de repouso se dão, muitas vezes, pelo julga-mento da sociedade, que associa o ato ao abando-no da família, uma posição que, em tempos modernos, precisa ser revista. “O idoso sozinho em casa corre mais riscos, porque ele, como uma criança, precisa de al-guém ao lado dele durante 24 horas do dia. Pode ha-ver consequências graves, como o caso de uma vovó que morava sozinha e, um dia, sofreu uma queda. Ela ficou três dias no mesmo lugar até que um conhecido sentiu sua falta e resolveu visitá-la. Isso é muito sério”, explica a fisioterapeuta Ra-faella Papalino Lopes Mag-nago, que administra a Casa de Repouso Solares, em Ita-parica, Vila Velha, e é mestre em fisiologia com base em envelhecimento e doutoran-da em Biotecnologia com ênfase em Alzheimer.

Segundo a profissional, a casa de repouso é um au-xílio profissional para que o

idoso tenha qualidade de vida. “É difícil para o pró-prio idoso reconhecer que não pode mais ficar sozi-nho, sobretudo pela socie-dade matriarcal e patriarcal em que vivemos, onde eles são responsáveis por cuidar. Eles acham que não preci-sam, mas, quando chegam aqui, não querem ir embora mais”, explicou Rafaella.

RotinaA Casa de Repouso deve

ser vista com novos olhos, menos preconceituosos, tanto pelo idoso quanto por sua família, por apresentar inúmeras vantagens para os dois lados. “Durante a velhi-ce, é importante ter rotinas e, outra alternativa para o ido-so, a de ir morar com um fi-lho, pode quebrá-la. Ele dei-

xa de ser prioridade, se ele almoçava cedo, por exem-plo, pode ser que tenha que almoçar mais tarde. Não é proposital, mas as necessi-dades não são direcionadas para ele”, completa Rafaella.

Segundo a fisioterapeu-ta, na Casa de Repouso, os idosos criam vínculos com os cuidadores, têm suas necessidades atendidas e seus desejos são priorida-des. Além disso, ele passa a se sentir útil e fazer parte de uma nova família, forma-da pelos colegas de quarto, por exemplo. “Se torna uma grande família, há festas, palestras e ele pode fazer o que ele gosta na hora que ele deseja”.

Troca de experiênciaPara as famílias que

ainda tem receio e alguma resistência, a dica é co-nhecer a instituição e con-versar com famílias que já passam por esse processo. Lembrando que os paren-tes continuam tendo papel central na vida do idoso e devem participar ativamen-te. “A instituição nunca fará o papel da família. E, mui-tas vezes, ela passa a ser mais presente depois da internação”, disse Rafaella.

Tanto idosos quanto suas famílias terão que se ajustar a um novo tempo, deixando de lado a culpa. “Vivemos uma nova rea-lidade, de pessoas atare-fadas, que precisam lutar pelo sustento de suas fa-mílias e até ajudar a com-plementar a renda dos ido-sos”, completou Rafaella.

Dra. Rafaella Papalino Lopes Magnago

Nova realidade para

IDOSOS e suas famílias

Melhor Idade

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Cardiologia

Órgão pulsante da vida, o coração trabalha ininter-

ruptamente reagindo a todas as nossas emoções: ora calmo, ora acelerado, às vezes melancólico e muitas vezes estressado.

Dados do Ministério da Saúde apontam que as doenças cardiovasculares são a principal causa de mortes entre a população brasileira e responsáveis por 31,8% dos óbitos. Des-sas complicações, o infarto agudo do miocárdio é res-ponsável por 100 mil mor-tes por ano.

O médico cardiologista e cirurgião cardiovascular, Dr. José Carone Júnior, explica que ninguém está livre desse mal. “Qual-quer pessoa pode vir a sofrer um infarto e o risco de mortalidade é alto. No entanto, ele é mais comum em homens com mais de 40 anos, sedentários, que estão acima do peso, fu-mantes, que são hiper-tensos ou diabéticos. Em mulheres, após a meno-pausa, o evento também é comum”.

O Dr. Carone expli-ca que, para funcionar normalmente, o coração precisa ser nutrido com sangue arterial. Quando alguma obstrução nas ar-térias coronarianas impe-de que esse sangue circule

normalmente, o infarto do miocárdio acontece. “Os casos clássicos são acom-panhados de dor opressiva no peito, que irradia para o braço e exige socorro rápido. Sobreviver a um evento como esse requer acompanhamento médico constante e mudança nos hábitos de vida”.

A boa notícia é que os infartos podem ser evita-dos. “Consultar um cardio-logista periodicamente é sempre a melhor escolha. E de um modo geral, a dica é manter uma alimentação saudável e a prática regular de atividade física. Hábitos nocivos à saúde, como taba-gismo, bebidas alcoólicas, sedentarismo e estresse, de-vem ser evitados”.

Para quem já apresenta algum problema corona-riano, o Dr. Carone explica que atualmente as possibi-lidades de tratamento são variadas. “O avanço cientí-fico da medicina é um gran-de aliado. Com um bom acompanhamento médico e seguindo rigorosamente as orientações é possível manter uma excelente qua-lidade de vida”, afirma Dr. José Carone júnior.

COMO ANDA O SEU?O BRASILEIRO NÃO ESTÁ CUIDANDO BEM DO CORAÇÃO

Dr. José Carone Júnior

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Ortopedia

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Remodelagem

DO NARIZO nariz negróide é característico da

raça negra e apresenta-se com o dorso baixo. É preciso muita técnica

e sensibilidade por parte do cirurgião para que a correção seja feita sem

estigmas para o paciente.

A raça negra, assim como os orientais (japoneses, coreanos, chineses),

têm um nariz geralmente de pele espessa, baixos e lar-gos. A forma natural do nariz costuma incomodar algumas pessoas que possuem essa característica étnica.

Ávidos por ter um nariz esteticamente mais afinado, esse deseja apresenta-se como um desafio para o cirur-gião plástico. “Temos termos muitas técnicas e recursos e não podemos desconsiderar o que o paciente deseja, mas é necessário uma conversa franca para que o paciente entenda o que harmoniza melhor com o perfil do rosto dele”, disse o cirurgião plásti-co Adriano Batistuta.

O médico explica que pode-se considerar levantar e afinar o nariz utilizando um material para suspendê-lo. São colocados enxertos de cartilagens na ponta e dor-so do nariz. Geralmente são usadas cartilagens do próprio paciente (do septo nasal, das orelhas e até das costelas). Até osso pode ser usado.

O problema é que por ser o nariz baixo, o septo (parte de cartilagem que separa as suas entradas do nariz), é pe-queno, e disponibiliza pouco material, insuficiente para dar altura ao nariz. “As cartilagens das orelhas são curvas e não

propiciam enxertos de carti-lagem retos, para colocar no dorso do nariz e ganhar altura. Já as cartilagens das costelas dão volume abundante, mas além de deixar uma cicatriz no tórax costumam distorcer com o tempo, podendo en-tortar o nariz com o passar dos anos”, falou o médico Adriano Batistuta.

Há solução?Recentemente surgiu uma

técnica a base de polietileno poroso – um material biocom-patível, bem tolerado pelo or-ganismo e já muito usado em próteses de mento (queixo), malar, mandíbula, etc.

A peça usada no nariz é modelável, podendo ser ajus-tada à forma do nariz, auxilia na projeção do dorso nasal, dando altura e afinando o na-riz. A ponta, porém, deve ser modelada com enxerto de cartilagem ainda, pois por ser um material rígido, o polie-tileno poroso não se adapta tão bem às estruturas moles como a ponta do nariz.

Com o uso do polietile-no poroso, a rinoplastia em negros e asiáticos saltou de padrão. Apesar da pele se manter espessa, conseguiu-se uma melhor definição da for-ma do nariz e manutenção do resultado, dificilmente obtido apenas com material do pró-prio paciente.

“O nariz fino é objeto de desejo, mas é necessário uma conversa franca para que o paciente entenda o que harmoniza melhor com o perfil do rosto dele.”

Dr. Adriano Batistuta, cirurgião plástico

Cirurgia Plástica

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Remodelagem

DO NARIZ

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Ortopedia

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Ortopedia

Revista Ponto Médico: Para que serve a reconstru-ção e alongamento ósseo?

Dr. Jansen Cuzuol Ri-beiro Filho: Ela corrige desigualdades de com-primento dos membros superiores ou inferiores, sendo aplicado para tratar deformidades ou falhas ósseas tanto de crianças como adultos. O tratamen-to também é indicado em caso de pseudoartroses,

O médico ortopedista Jansen Cuzuol Ribeiro Filho é especialista no Estado do Espírito Santo quando o assunto é Reconstrução e Alongamento Ósseo. Técnica avançada de excelentes resultados, o médico esclarece dúvidas dos leitores da Revista Ponto Médico.

no ritmo e na periodicida-de do alongamento. Iliza-rov descobriu, através de experimentos, que se você pega um osso vivo e corta ao meio, produzindo uma fratura, começa a afastá-lo a uma velocidade constan-te e com a mesma frequ-ência, conseguimos formar um osso novo. Logo, com

osteomielites e fraturas.

Como funciona?As técnicas de alonga-

mento e transporte ósseo apresentaram uma grande evolução após os estudos de Gavrill A. Ilizarov que, em 1951, na cidade de Kur-gan, Sibéria/Rússia, desen-volveu uma metodologia com o uso de fixador exter-no circular, conhecido po-pularmente como ‘gaiola’, baseada na estabilidade,

os experimentos, se tornou possível fazer o alonga-mento ósseo.

O osso pode ser alon-gado em qualquer idade?

Sim, o osso guarda um potencial de crescimento sempre, lembrado que a

O tempo de tratamento varia conforme o caso. O

alongamento osseo máximo é de um milímetro por dia,

portanto, em trinta dias ganharíamos três centímetros.

Para se consolidar o regenerado ósseo ( osso novo)

leva-se o dobro ou o triplo do tempo que se alongou.

RECONSTRUÇÃO E ALONGAMENTO ÓSSEO é a novidade da medicina ortopédica

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imagens e que facilita mui-to vida e auxilia a recupe-ração dos meus pacientes.

Depois a pessoa pre-cisa fazer fisioterapia e movimentação?

A reabilitação é um dos pontos mais importan-tes do tratamento. É bom lembrar que os músculos sofrem com atrofias e as articulação com bloqueios relativos durante o proces-so de alongamento ósseo. O paciente não deve ficar no leito e a marcha, com apoio parcial com mule-tas, é recomendada e esti-mula a formação óssea. O paciente deve fazer exer-cícios diários de flexão e extensão das articulações que estão acima e abaixo do segmento operado, bem como em todo corpo. Orientamos o paciente a buscar tratamento fisiote-rápico especifico para po-tencializar a recuperação.

É um tratamento caro?

Quando trabalhamos com operadoras de saúde esse valor já é pré-deter-minado variando apenas devido à complexidade do caso e procedimentos a se-rem realizados. O que vai determinar o valor do tra-tamento médico no caso de o paciente arcar com os custos do tratamento seria a gravidade da patologia e o tipo de material a ser usado. Existem os fixado-res circulares feitos em liga metálica que possuem um custo baixo, porém devido ao peso e tamanho podem causar certo inco-modo. Em contrapartida existem os monolaterais feitos em titânio ou fibra de carbono que são ex-tremamente mais leves e confortáveis porem com um custo elevado.

Existe o alongamento ósseo por estética?

Sim. É comum principal-mente entre os orientais. Eles querem se parecer com os ocidentais (em al-tura) e usam muito o alon-gamento estético, buscam esse tratamento única e exclusivamente para ga-nho de comprimento dos membros (principalmente inferiores). Podemos ga-nhar em um alongamento de fêmur em torno de 12 cm e um uma tíbia em tor-no de 7 cm. É uma técnica especifica, onde podemos usar uma haste intramedu-lar (dentro do osso) asso-ciado ao fixador externo monolateral, com essa téc-nica ganhamos em estabili-dade e liberamos o pacien-te com um tempo muito menor de uso do fixador (técnica de alongamento sob haste).

O paciente precisa de algum acompanhamento psicológico?

Acho importante, prin-cipalmente nos casos mais graves, pois é um tratamento relativamente demorado. Nos casos de alongamento por baixa estatura (estético) se torna fundamental.

Quais são os cuidados domiciliares durante o tratamento?

Uma série de práticas fazem com que as tarefas do dia a dia sejam mais fá-ceis durante o tratamento. Os pacientes são estimu-lados a andarem durante certo período do tratamen-to com auxílio de muletas. Sugiro pequenas modifica-ções em casa como uso de cadeiras para banho, elimi-nar tapetes para facilitar a deambulação, evitar subir e descer escadas. A parte de curativos são orienta-dos e demonstradas pela equipe de enfermagem para que se possível sejam realizados em ambiente domiciliar diminuindo as idas ao hospital. E sempre mantemos contato com os pacientes. Mantenho um grupo de paciente via Whats zap onde eu res-pondo duvidas recebo

idade é um fator impor-tante e que na criança e no jovem este potencial é extremamente maior e, portanto o regenerado ósseo é formado em um tempo menor.

É sujeito a complica-ções? É muito dolorido?

Desde o primeiro alon-gamento ósseo, realiza-do as complicações são cada vez menores, devido ao aumento do conheci-mento e a melhora das técnicas de alongamento ósseo e a evolução dos fixadores. Não há quase nenhuma contraindicação no tratamento. Claro que o sucesso do tratamento e da redução do número de complicações depende muito da colaboração do paciente. Processos infla-matórios nos trajetos dos pinos são as complicações mais comuns porem de fá-cil resolução.

Quanto tempo dura?O tempo de tratamento

varia conforme o caso. O alongamento osseo máxi-mo é de um milímetro por dia, portanto, em trinta dias ganharíamos três cen-tímetros. Para se consoli-dar o regenerado ósseo ( osso novo) leva-se o dobro ou o triplo do tempo que se alongou. Um paciente que alonga 3 cm de um osso permanece geral-mente 6 meses com o fixa-dor externo.

RECONSTRUÇÃO E ALONGAMENTO ÓSSEO é a novidade da medicina ortopédica

Desde o primeiro alongamento ósseo realizado as complicações são cada vez menores, devido ao aumento do conhecimento e a melhora das técnicas de alongamento ósseo e a evolução dos fi-xadores. Não há quase nenhuma contraindicação no tratamento. Apesar de parecer uma coisa agressiva, não é”

Jansen Cuzuol Ribeiro Filho, ortopedista especialista em Re-construção e Alongamento Ósseo

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Os homens já evoluíram bastante quando o as-sunto é cuidado com

a própria saúde. Mas ainda é preciso um cuidado especial aos males ligados ao aparelho repro-dutor; entre eles, a Hiperplasia Prostática Benigna (HPB), que é o crescimento da próstata.

Esse mal, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, acomete 25% dos homens na faixa dos 40 a 49 anos, podendo atingir 80% dos que ultrapassa-ram os 70 a 79 anos de idade. Embora muitos pacientes sejam assintomáticos, 50% deles, a par-tir dos 60 anos, se queixam de algum grau de dificuldade para urinar, o que pode estar ligado à HPB.

O urologista Gustavo Ruschi Bechara explica, nesta entrevista à Revista Ponto Médico, so-bre os sintomas e como tratar a doença, que é bastante comum durante o envelhecimento mas-culino. Confiram:

Revista Ponto Médico: O

que é a Hiperplasia Prostática Benigna (HPB)?

Dr. Gustavo Ruschi Bechara: É uma condição bastante

freqüente que afeta muitos ho-mens a partir dos 45 a 50 anos. A próstata cresce, progressiva-mente, à medida que o homem envelhece, podendo comprimir o canal por onde passa a urina (uretra). Quando isso ocorre, tor-na-se difícil a passagem da urina e surgem os primeiros sintomas relacionados à doença, como jato urinário mais fraco ou difi-culdade para urinar. Entretanto, esses sintomas podem também ser causados por outros pro-blemas, como infecção urinária, inflamação da próstata (prostati-te), cálculo de bexiga (litíase ve-sical), entre outros. Mas é impor-tante ressaltar que a Hiperplasia Prostática Benigna não é uma neoplasia e não está relaciona-da ao risco de desenvolvimen-to do câncer de próstata.

Quais os sintomas da Hi-perplasia Prostática Benigna?

Os principais sintomas re-lacionados ao crescimento da próstata são: • Jato urinário fraco ou fino. • Aumento da frequência mic-cional, sobretudo à noite. • Sensação de esvaziamento in-completo da bexiga.• Dificuldade de iniciar a micção. • Gotejamento da urina ou ne-cessidade de fazer força para manter o fluxo urinário contínuo.

Como diagnosticar a HPB? A Sociedade Brasileira de

Urologia recomenda que todo homem, a partir dos 50 anos, marque uma consulta com o urologista para avaliação ini-cial. Aqueles com maior risco para câncer de próstata devem procurar o urologista a partir dos 45 anos. É por volta dessa idade que começam a surgir os primeiros sintomas relacionados à HPB. O toque retal é um exa-me extremamente importante não somente para descartar a hipótese de câncer de prósta-ta, mas também para avaliar o tamanho e a consistência da próstata. O exame de sangue realizado, Dosagem do Antíge-no Prostático Específico (PSA) é complementar ao exame físico realizado pelo urologista. É im-portante ressaltar que alguns exames complementares, como ultrassonografia e fluxometria podem ser solicitados para auxi-liar o diagnóstico da HPB.

Qual é o tratamento para a HBP?

O tratamento depende da intensidade dos sintomas e o quanto eles afetam a qualidade de vida do paciente. No caso de sintomas leves, pode-se op-

tar pela observação e mudança de hábitos de vida. Por exem-plo, o médico pode orientar a respeito da ingestão de certos alimentos que podem intensifi-car os sintomas acima citados, como: bebida alcoólica, bebida gaseificada, café, chá, chocolate, alimentos com condimentos e outros. Se os sintomas se torna-rem mais intensos está indicado o tratamento clínico ou cirúrgi-co. Dependendo dos sintomas e dos resultados dos exames, o médico pode recomendar ou-tras opções, entre elas estão: observação, medicamento oral, ressecção Transuretral da Prósta-ta (RTUP), terapia a laser, cirurgia aberta.

Como prevenir a HPB?A HPB está, intimamente,

relacionada ao envelhecimen-to masculino. Até o momento, nenhuma recomendação defini-tiva sobre medidas preventivas podem ser fornecidas devido à falta de dados conclusivos.

Quais são as complicações da doença?

Caso não tratada adequada-mente, a próstata pode crescer a ponto de ocluir por completo o canal da urina causando a re-tenção urinária. O paciente com retenção urinária não consegue esvaziar a bexiga, podendo oca-sionar grandes incômodos, além de infecções urinárias, cálculos de bexiga, podendo até mesmo resultar em perda progressiva da função renal. Logo, é de grande importância que todo homem, a partir dos 50 anos ou na pre-sença dos sintomas acima cita-dos, procurem o urologista para maiores esclarecimentos.

Urologia

Saúde do Homem:

APÓS OS40 ANOS,

atenção especial à próstata

Dr. Gustavo Ruschi Bechara

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Ortopedia

Os capixabas que não perdem uma corrida de rua devem ficar

atentos aos problemas orto-pédicos que podem ocorrer devido a prática. O estímulo à corrida é saudável, a cada dia surgem novas propostas de corridas.

A mais conhecida delas é a 10 Milhas Garoto que já possui milhares de inscritos.

O médico Vladimir de Almeida, ortopedista com especialização em joelho e ombro, também é corredor e dá dicas preciosas para os praticantes.

“Esse esporte oferece benefícios para a saúde do corpo, sem que seja preciso um grande investimento em equipamentos. Porém, o es-porte requer cuidados para evitar lesões, principalmente

nos joelhos. O impacto de cada passada numa corrida impõe aos joelhos uma so-brecarga que chega a cinco vezes o peso do corpo do praticante. Com o tempo, se não houver o preparo ade-quado da musculatura dos membros inferiores, o joelho passa a sofrer um processo de desgaste, levando a le-sões meniscais e cartilagino-sas”, revelou o médico.

Além de um piso mais duro, a prática de corrida nas ruas também conta com um percurso diferenciado, com subidas e descidas que in-terferem na biomecânica do corpo. “Quando a corrida é praticada em aclive ou de-clive, os grupos musculares mais envolvidos mudam e as forças que agem nos jo-elhos também. Nas subidas,

o trabalho muscular é maior e, com isso, existe uma dimi-nuição no ritmo e um menor impacto sobre os joelhos. Nas descidas, há a tendên-cia de aumentar o ritmo e, com isso, o impacto pode ser maior e a musculatura do quadríceps passa a ser utili-zada para frear a velocidade da descida. Esse mecanismo provoca uma sobrecarga no tendão patelar, no tendão quadriciptal e cartilagem da articulação patelofemo-ral, podendo desencadear lesões nestas estruturas”, esclarece o ortopedista Vla-dimir de Almeida.

Lesões mais comuns As lesões mais frequen-

tes são condropatia patelar (condromalácia), a síndrome do trato iliotibial (joelho de corredor) e as canelites (que podem evoluir para fraturas na tíbia por estresse). “A con-dromalácia é um problema que acomete a cartilagem da patela, que perde sua con-sistência normal. Se não for tratado, ele pode progredir para fissuras e perdas cartila-ginosas mais extensas. Essa é uma lesão muito comum en-tre os corredores”, explicou.

As lesões nos joelhos podem acometer tantos cor-

redores de longas como de curtas distâncias. “Em todas as modalidades, as estruturas dos joelhos são fortemente afetadas. Os corredores de curta distância se utilizam da explosão muscular para atin-gir grandes velocidades e, por isso se expõem a impac-tos maiores, porém com cur-ta duração, enquanto que os corredores de longa distân-cia têm impactos menores por mais tempo”, comenta especialista.

O tratamento varia de acordo com a patologia, mas, de forma geral, é fei-to por meio do reequilíbrio muscular, sessões de fisiote-rapia, um bom programa de treinamento e um bom tênis. “As condromalácias respon-dem bem ao tratamento e o paciente volta a praticar as corridas depois de dois a três meses, em média”, revela o ortopedista.

O tratamento cirúrgico é menos frequente, mas possí-vel em casos específicos. “A técnica empregada no trata-mento cirúrgico dependerá do grau da lesão apresen-tada e, principalmente, das causas que levaram ao seu aparecimento”, concluiu o médico ortopedista Vladimir de Almeida.

CORREDOR,A saúde do corredor é um aspecto fundamental para garantir bons resultados. Dores nas articulações são comuns e precisam de acompanhamento médico.

Vladimir de Almeida, ortopedista com especialização em joelho e ombro

como está o seu joelho?

“Existem lesões comuns aos corredores. Para todas elas énecessário acompanhamento médico constante.”

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Ortopedia

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Turismo

O PRIMEIRO HOTEL DE LAZER DE PEDRA AZUL, A

POUSADA DOS PINHOSMANTÉM TRADIÇÃO EM MELHORES SERVIÇOS

Neste ano de 2015, uma telenovela tor-nou Pedra Azul, loca-

lidade do município de Do-mingos Martins, conhecida nacionalmente. Na narrativa, as paisagens de uma das re-giões mais bonitas do Espíri-to Santo servem de cenário para encontros românticos dos personagens principais da trama. Mas muito antes de ganhar o horário nobre da TV, o primeiro empreen-dimento de hospedagem foi responsável por alavancar o potencial turístico desta par-te mágica das montanhas capixabas: o Hotel de Lazer Pousada dos Pinhos.

Em meio a tantas bele-zas naturais − o empreen-dimento, cercado de verde e que está no local que tem o terceiro melhor clima do mundo −, chama a atenção por sua estrutura integrada ao meio ambiente, varia-das opções de lazer, além de qualidade e tradição no atendimento.

Situada numa área rural, as instalações convivem em harmonia com a Mata Atlân-tica, espaços reflorestados, animais e pássaros silves-tres. Não é por acaso que a Pousada dos Pinhos é des-tino certo para quem busca momentos de relaxamen-

to, convívio com a natureza e também um espaço para desfrutar do friozinho e ares das montanhas. São chalés e apartamentos aconchegan-tes com todos os itens de conforto, alguns com vista deslumbrante para a Pedra Azul.

Assim, os visitantes le-vam de volta lembranças de momentos especiais desfru-tados com companheiros, amigos e familiares. Mas não apenas isso, a Pousada dos Pinhos é também uma boa opção para os que dese-jam realizar eventos, sejam pessoais, empresariais, reli-giosos ou corporativos, de

pequeno, médio ou grande porte.

HistóriaO destino da Pousada

dos Pinhos estava atrelado há muitos quilômetros das terras capixabas, além-mar, em Portugal. No período pós-guerra, sem emprego e perspectiva de um futuro melhor, imigrantes cruzaram o Atlântico para tentar uma nova vida no Brasil. Entre eles estava o Dr. Julio de Oliveira Pinho; português, que após servir o exercito e participar da segunda guer-ra mundial, resolveu se unir a parentes que já estavam

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no País. O ano era 1955. Em terras brasileiras, Dr. Julio conhece a esposa Maria Na-zareth Roubach Oliveira, e os dois resolvem estabelecer as novas raízes na região mon-tanhosa do Espírito Santo.

Formado em agrono-mia, com especialização na produção de vinhos, Dr. Julio trabalhou por muitos anos com agricultura em Pedra Azul. Por meio de seus conhecimentos, ele foi responsável em ajudar po-pulação local a desenvolver a agricultura e diversificar a produção. Mas, na década de 70, resolveu migrar para o comércio, se tornando só-

cio do primeiro restaurante português da região. Anos depois, em 1982, com ajuda da esposa e filhos, constrói o hotel de lazer numa pro-priedade chamada Sítio dos Pinhos, coincidentemente o nome da família.

A Pousada dos Pinhos foi inaugurada com apenas 15 apartamentos, um res-taurante e pequena estrutu-ra de lazer. Hoje, possui 85 apartamentos e uma ampla estrutura, que são adminis-trados pelos descendentes do saudoso português na-turalizado brasileiro que dei-xou um inestimável legado à região de Pedra Azul.

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Ortopedia

Parte do corpo que, normalmente, não re-cebe os cuidados me-

recidos são os ombros. De estrutura extremamente complexa, com um design que provê máxima ampli-tude para os movimentos, os ombros merecem, sim, uma atenção especial. Uma das analogias para as estruturas é o de sustenta-ção, como versou o poeta Carlos Drummond de An-drade: “os ombros supor-tam o mundo”. Quem tem ombros que não funcionam bem ou estão dolorosos passa a perceber a impor-tância deles para uma série de movimentos e, sobre-tudo, para a sustentação e mobilidade das mãos.

Um dos mais renovados especialistas em ombros do Estado e do País, e também

OS OMBROSSUPORTAM O MUNDO*

referência internacional no assunto, sem dúvida, é o ortopedista e traumato-logista Jair Simmer Filho, que dá uma orientação im-portante para quem deseja evitar o mau funcionamento desta parte tão importan-te do corpo: o equilíbrio.

Para prevenir desgas-tes e problemas nas arti-culações e tendões que formam os ombros a prin-cipal orientação é evitar o sedentarismo. Por outro lado, o excesso de cargas em exercício também é prejudicial. “Para proteger os ombros, é preciso man-ter o equilíbrio. Nem ficar sedentário, mas também não exagerar nas cargas durante a musculação, por exemplo. Tem gente que é conhecido como ‘guerrei-ro de fim de semana’, que

quer resultados rápidos”, brinca Dr. Jair ressaltando que essa prática leva mui-ta gente com graves pro-blemas ao seu consultório.

A dica do doutor é: pro-curar um professor habi-litado de Educação Física e realizar exercícios prote-tores, que melhoram a ati-vação da musculatura dos ombros, juntamente com os demais exercícios para as demais partes do corpo. Outras orientações incluem não fumar, além de manter o peso e as taxas de co-lesterol e glicemia em dia.

Dr. Jair explica que os problemas dos ombros têm causas variadas, en-tre elas o desgaste natu-ral dos tendões causado naturalmente pela idade. Além disso, fatores here-ditários e atividades reali-

zadas durante a vida que podem causar danos às estruturas ósseas, além das consequências do uso prolongado do cigarro.

TrajetóriaDr. Jair Simmer Filho

formou-se na Universi-dade Federal do Espírito Santo (Ufes) em 1995. Em seguida, fez quatro anos de residência médica em Ortopedia Geral na Santa Casa de São Paulo, onde também foi chefe do Plan-tão de Urgência e Emer-gência em Ortopedia. De-cidiu-se especializar-se em Ombro, estudos também realizados na Santa Casa de São Paulo, por con-siderar um desafio a ser enfrentado na época. Até então, havia poucos es-pecialistas nessa área, em

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suas próprias palavras, um território pouco explorado.

Formação complementar no exterior

Com sua já extensa ba-gagem de conhecimentos adquiridos no Brasil, Dr. Jair resolveu aprofundar os estudos no exterior. Para isso, deixou a Santa Casa de São Paulo e embarcou para os Estados Unidos para aprender com um dos gran-des mestres da cirurgia de ombro, Dr. Snyder, que atua na cidade de Los Angeles.

Entre 2001 e 2002, o médico fez uma nova espe-cialização na Universidade de Zurique na Suíça com o também mestre na cirur-gia de ombro, Dr. Christian Gerber, que é renomado em artroplastia, interven-ção também chamada de

prótese de ombro, e tam-bém em cirurgias reparado-ras dos tendões do ombro.

Dr. Jair Simmer, que dá aulas em Congressos no Brasil, Argentina e Es-tados Unidos, trabalhou dois anos no Comitê de Ensino e Treinamento da Sociedade Brasileira de Cirurgia de ombro e Coto-velo (SBCOC). Também é consultor educacional de uma grande multinacional num programa que ajuda médicos Ortopedistas bra-sileiros a desenvolver habi-lidades na cirurgia de om-bro no Brasil. Foi, durante três anos, instrutor de uma fundação de ensino suí-ça, que ensina o médicos Ortopedistas a tratar me-lhor as fraturas e traumas.

Depois da formação em São Paulo e no ex-terior, o médico decidiu voltar para sua cidade natal, Vitória, onde estão suas raízes. Dr. Jair Sim-mer Filho, como o próprio nome entrega, é filho do também ortopedista Jair Simmer. Mas o profissional mantém contato constan-te com os mais renomados especialistas do exterior. Fez inúmeras visitas aos serviços de cirurgia de om-bro e cotovelo, como o da Universidade de Harward, com o Dr. Júpter (Cambri-dge, Massachusetts), além do Dr. Stephen Burkhart de San Antonio (Texas) e com o Dr. Jeffrey Abrams da Universidade de Prin-centon (Nova Jersey).

A Evolução do tratamen-to do ombro

Dr. Jair Simmer explica que tecnologias, criadas a partir dos anos 90 e 2000, ajudaram a desenvolver novas técnicas de cirur-gia de ombro, a principal delas é a artroscopia, pro-cedimento cirúrgico que permite olhar para o in-terior de uma articulação usando um equipamento chamado artroscópio, o que possibilitou inter-

venções menos invasivas. “Até os anos 80, a cirurgia de ombro ainda era um desafio para a Ortopedia. Muitos procedimentos não alcançavam o êxi-to desejado”, explicou.

Segundo Dr. Jair, como não havia um entendi-mento das doenças que atingiam os ombros, o diagnóstico mais comum era o de bursite. “Hoje, o que era apenas um diag-nóstico se desdobram em inúmeros e tratamentos específicos”. Tudo isso - o avanço tecnológico, científico e o avanço da indústria de materiais e implantes mais delicados - tornou possível a exe-cução e o aprimoramento das cirurgias de ombros.

O Segredo do SucessoDr. Jair Simmer Filho,

sem dúvida, é um dos mais respeitados e bem--sucedidos ortopedistas de sua geração. E qual se-ria o segredo para o seu sucesso? Para o especia-lista, o fundamental é ter foco, fazer o que gosta e tratar os pacientes de maneira única e especial.

Com as palavras, o próprio médico: “Tem que gostar de estudar, de se aprimorar e tam-bém gostar de cuidar de pessoas. O médico nunca pode parar de es-tudar, tem que se atuali-zar, tem que ter conhe-cimento, mas também precisa desenvolver a parte humana, gostar de tratar e de cuidar de seus pacientes”.

Dr. Jair Simmer Filho

*Título do poema deCarlos Drummond de Andrade

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Ortopedia

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Recentemente foi trans-mitida em rede na-cional uma matéria

sobre o uso de celulares e dor no pescoço. Foi uma reportagem muito boa que trouxe uma repercus-são interessante que vale a pena falarmos um pou-co mais sobre o assunto.

O que mais foi ressal-

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DOR NOPESCOÇO

tado na notícia foi que ca-beça abaixada para olhar o celular causa sobrecarga na nuca. Isso está correto? Sim, mas temos que tomar alguns cuidados para não ficarmos em estado de alerta e pensarmos: Nos-sa! Não posso mais curvar meu pescoço para baixo?

O problema em relação

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às nossas posturas do dia a dia é que estamos ficando muito tempo em determi-nadas posições e não esta-mos movimentando nosso corpo como deveria.

O que quero dizer é que ao longo do dia es-tamos olhando muito nos celulares, fazemos o mo-vimento de inclinação da

cabeça para baixo várias vezes ao dia e muitas pes-soas não fazem, por exem-plo, o movimento de jogar a cabeça para trás olhando para cima como um mo-vimento compensatório e de alivio de tensão. Outra posição favorável seria dei-xar a pescoço retinho com o queixo projetado para trás algumas vezes ao dia.

Dessa maneira, lem-brando-se de realizar mo-vimentos e posturas de alivio podemos prevenir a sobrecarga diária na arti-culação do pescoço e evi-tar lesões e dores futuras.

Outra dica importan-te é que ao utilizarmos os celulares, ler livros e revistas é importante tra-zermos os objetos até o nosso olhar deixando o pescoço em uma posi-ção mais neutra. Até a nossa visão agradece!

E uma frase que car-rego comigo é Colu-na Saudável é Coluna em Movimento! Tenha isso sempre em mente.

Uso de celulares e

Fisioterapia

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A operação de joanete é uma das mais dolo-rosas que existe. Ver-

dade ou mito? Não adianta operar o joanete porque ele volta depois. Verdade ou mito? Mito! Ainda existem muitas ideias erradas sobre um problema que tira o sono de muita gente: o famoso jo-anete, ou Halux Valgo, uma saliência formada no antepé pela proeminência do osso e outras estruturas como car-tilagem e cápsula articular, e que costuma ocasionar muita dor.

De acordo com o ortope-dista de pé Marcelo Nogueira Silva, o joanete costuma atin-gir o primeiro metatarso (osso longo que liga o dedão à par-te central do pé). Ele ocorre quando o dedão (ou hálux, de acordo com a nomencla-tura médica) sofre um desvio lateral na direção do segundo dedo. O joanete aparece não porque uma nova estrutura óssea tenha crescido, mas porque houve um desalinha-mento entre os ossos e arti-culações dos dedos dos pés. Com a evolução do quadro, o dedo maior pode empurrar, sobrepor-se ou colocar-se de-baixo dos outros dedos. Tam-bém pode atingir o 5º meta-tarso, quando fica conhecido como joanete do alfaiate ou joanetilho.

Desfazendo os mitos sobre o

JOANETE Normalmente, há uma

predisposição genética her-dada pela família da mãe, uma doença associada ao cromos-soma X. Mas também pode ser desencadeada pelo uso de calçados apertados e de salto, por isso também, mais comum em mulheres. “As formas dos sapatos femininos são mais afuniladas na frente, comprimindo os dedos dos pés”, explica o ortopedista de pé Marcelo Nogueira Silva.

Diagnóstico e TratamentoSegundo o especialista,

os joanetes são divididos em leves, médios e graves, e o diagnóstico é definido a partir da análise dos resultados dos raios-x. Acrescenta ainda que não existe tratamento padrão. O médico avalia as condições e necessidades de cada pa-

ciente – faixa de idade, estilo de vida, estado geral da saú-de, intensidade dos sintomas, por exemplo – antes de pro-por um tratamento conser-vador ou cirúrgico. O trata-mento conservador não visa à correção da deformidade, mas aliviar as dores e impedir a progressão do desvio.

Há casos mais graves que exigem solução cirúrgica, que também têm resultados estéti-cos por corrigir a proeminência do osso. Segundo Dr. Marcelo Nogueira, existem mais de cem técnicas diferentes de cirurgias que permitem corrigir a defor-midade, a fim de restaurar as funções perdidas e eliminar os sintomas dolorosos. E o prin-cipal: o avanço da tecnologia na Medicina permite que a dor seja muito menor, com a utiliza-ção de novas microserras, me-

nos agressivas, e mini parafu-sos; além de analgésicos mais potentes. “Em alguns casos, é feito um bloqueio analgésico para prevenir dores por cerca de 24 horas após a cirurgia”, ex-plicou. A recuperação, por sua vez, é de cerca de três meses.

E há ainda cirurgias sem cortes, minimamente invasi-vas, indicadas para joanetes de graus mais leves. A técnica percutânea, por exemplo, per-mite que o procedimento seja realizado em regime ambulato-rial, sem internação, por meio de pequenos orifícios por onde são introduzidos os instrumen-tos para corrigir a deformidade.

Para prevenir os joanetes ou evitar que eles aumentem de tamanho, a primeira medida é trocar os sapatos apertados e duros por outros mais folgados e macios, sem salto ou com salto baixo. O bico deve ser ar-redondado ou quadrado para acomodar melhor os dedos e diminuir o atrito nas zonas de pressão. Outros recursos tera-pêuticos como a utilização de protetores ortopédicos sobre a área deformada da articula-ção e de separadores entre os artelhos para manter o dedão afastado do segundo dedo não costumam ser eficientes.

Recomendações importantes:• Redobre a atenção e cui-dados na hora de com-prar sapatos. Eles preci-sam acomodar os pés com conforto para não interfe-rir na distribuição equili-brada do peso do corpo.• Lembre, na hora de com-prar calçados, que os pés aumentam um pouco de tamanho no fim do dia ou quando envelhecemos. Por isso, é sempre melhor que a ponta dos dedos não se encoste à frente do sapato.• Não use o mesmo par de sapatos ou de tênis por dias seguidos para evitar o atrito sempre no mesmo ponto dos pés.• Ande descalço, sempre que possível, especialmente em terrenos irregulares ou na areia, para fortalecer os de-dos e articulações dos pés.• Aplique gelo sobre o joa-nete para aliviar a dor e redu-zir o processo inflamatório.• Procure um ortopedista, se seus pés estiverem doloridos ou notar alguma alteração no seu formato e aparência.

Dr. Marcelo Nogueira

Ortopedia

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“Doutor, estou vindo aqui depois de ter ido a vários mé-dicos, de varias especialida-des, e eles me disseram para procurar um psiquiatra, mas já sinto isso a muito tempo”.

É com essa fala, que mui-tos dos pacientes che-gam aos consultórios

psiquiátricos. E mesmo com todo o sofrimento emocional, a demora e esquiva na pro-cura do tratamento é muito frequente. Isso acontece em função da falta de informação e do preconceito em relação às doenças mentais.

Psicofobia é o medo, o preconceito ou a discrimina-ção contra portadores de do-enças ou transtornos mentais. Existem várias formas de pre-conceito e é muito comum a negação da doença pelo próprio paciente, tentando acreditar que trata-se de algo passageiro.

A situação é tão grave, que a Associação Brasilei-ra de Psiquiatria (ABP) criou a campanha “A Sociedade Contra o Preconceito”, da qual participaram importan-tes personalidades - que fi-zeram ou ainda fazem acom-panhamento psiquiátrico -, entre elas, o humorista Chico

PSICOFOBIA:Um sério problema social que impacta a Saúde Pública

Anysio, a atriz Cassia Kiss e o jornalista e escritor Ruy Castro.

Dentre as 10 principais causas de afastamento do tra-balho em todo o mundo, cin-co são decorrentes de trans-tornos mentais e a depressão aparece em primeiro lugar. No entanto, a psiquiatria trata de diversas doenças, que atu-almente são muito comuns, como os transtornos alimen-tares, de ansiedade, do sono, entre outros. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, os transtornos men-tais afetam mais de 400 mi-lhões de pessoas no mundo.

De acordo com o psiquia-

tra Dr. Fábio Olmo Cardoso, em seu consultório não é di-ferente. “O preconceito con-tra o portador de transtorno mental atrasa a chegada do paciente ao tratamento e pre-judica muito a adesão. Isso é muito relevante, se notarmos a alta prevalência dos trans-tornos mentais na atualidade. O número de pessoas que poderiam estar sendo trata-das e mantendo sua capaci-dade de trabalhar, de estudar, de conviver em sociedade e exercer a sua cidadania é muito alto, e por falta de tra-tamento, elas acabam sendo excluídas do convivo social,

seja pela dificuldade de sair de suas casas, dificuldade de fazer uma viagem por medo de entrar no avião, ou pela dificuldade de utilizar um sim-ples elevador, por exemplo.

Dr. Fábio alerta para as diversas doenças que neces-sitam de acompanhamento psiquiátrico. “É importante frisar que as doenças psiqui-átricas não se resumem a de-pressão e esquizofrenia. Sin-tomas de ansiedade, insônia, alteração de comportamen-to, medos excessivos, impul-sos e compulsões, uso de álcool e outras drogas, po-dem estar sendo causados pela existência de uma do-ença psiquiátrica , que deve ser diagnosticada e tratada.”

Para o Dr. Fábio, a po-pulação precisa se cons-cientizar de que qualquer pessoa pode ser acometida por transtornos mentais e deve ser tratada. “O que exclui hoje o paciente psi-quiátrico da sociedade, não é a doença, e sim a falta de tratamento e o preconcei-to que ainda existe sobre esse assunto. Então, porque negar que as doenças men-tais existem? Melhor seria aceitar que as vezes não estamos bem e que preci-samos de ajuda medica”.

Psiquiatria

Dr. Fábio Olmo Cardoso

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As doenças que com-prometem as arti-culações das mãos

atingem mais o sexo femini-no numa proporção de três para um, ou seja, a cada três pessoas com esses proble-mas, apenas um é homem. A explicação está em al-guns fatores. O primeiro deles está ligado ao fato de as mulheres acumularem mais funções. Além do tra-balho formal, por exemplo, elas costumam estar mais envolvidas com os afazeres do lar. Também estão mais suscetíveis as trabalhadoras domésticas, que acumulam danos às estruturas nervo-sas e ósseas pelo esforço da atividade. Entre esses males está a tenossinovite, que consiste na inflamação do revestimento da bai-nha que reveste um ten-dão chamado de sinóvia.

De acordo com o Dr. Armando Barbosa Salles, que é ortopedista espe-cializado em mão, existem dois tipos mais comuns de tenossinovite: a digital, que impede o movimen-to dos dedos; e outra que atinge a região do punho, também chamada de Te-

nossinovite De Quervain.O especialista explica

que a tenossinovite é uma inflamação na bainha do tendão flexor. Além das mulheres, estão mais susce-tíveis pessoas entre 30 e 50 anos de idade por estarem em idade produtiva. Ativi-dades diárias que envolvam o uso da mão e do punho, em movimentos repetitivos, podem contribuir para o de-senvolvimento da doença.

Como diagnosticar e tratar?Para diagnosticar a te-

nossinovite, o médico irá

examinar a mão para ver se o paciente sente dor quan-do é aplicada pressão. Tam-bém irá realizar um teste chamado teste de Finkels-tein, em que a pessoa do-bra o polegar sobre a palma da mão e dobra os dedos para baixo sobre o polegar e realiza desvio ulnar do punho. A finalidade desse exame é verificar se há dor. Também pode ser indica-do para diagnostico ultras-som também conhecido como exame de imagem.

Segundo Dr. Armando, o tratamento pode envolver

fisioterapia e, em alguns ca-sos, cirurgia. O objetivo do tratamento é aliviar as do-res, que podem ser muito intensas, e reduzir a infla-mação. Descansar ou man-ter os tendões afetados parados é essencial para a recuperação.Para isso, os profissionais podem indicar tala ou cinta removível para ajudar a manter os tendões imobilizados. Além disso, aplicar calor ou frio à área afetada também ajuda a re-duzir a dor e a inflamação, assim como medicamentos anti-inflamatórios e injeções locais de corticosteroides.

Depois de recuperado, os exercícios são impor-tantes para fortalecimen-to dos músculos ao redor do tendão afetado para evitar a volta da lesão.

Os principais sinais e sinto-mas de tenossinovite são:

• Dor e edema no lo-cal com piora dos movi-mentos e limitação fun-cional da região afetada.

•Febre, inchaço e verme-lhidão podem indicar uma infecção, especialmente se uma punção ou corte tiver ocasionado esses sintomas.

Ortopedia

TENOSSINOVITE causa dores e desconforto em mulheres em idade produtiva

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Dr. Armando Barbosa Salles, médico ortopedista especialista em mão

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Ortopedia

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Os jovens que me perdoem, mas dedico-lhes uma justa e carinhosa inveja. Eles são privilegiados: têm à disposição todos os meios para viver 100 anos. A maior

parte das informações que levam à longevidade surgiu há poucos anos, e minha geração não conseguiu incorporá-las aos seus hábitos. Ademais, somente agora a prevenção passa a ser um “bom negócio”, porque já temos dados suficientes para isso.

É fácil perceber a importância da saúde para o ser humano do novo século. Pelo menos um terço das matérias de capa de nossas revistas semanais é dedicado à saúde. Surpreendentemente, a doença perdeu seu marketing e cada vez mais impera o desejo de evitá-la. Doença, hoje, não está com nada. Saúde, malhação, dieta e alimentação saudável são os temas do momento. Além disso, beleza e bem-estar acompanham a busca da saúde. Cirurgia plástica está em alta. Ponte de safena está em baixa. Suplementos vitamínicos e minerais, em alta. Remédios, em baixa. O sonho de consumo de todos é uma semana em um SPA de qualidade. Nossos parques nunca viram tantos corredores e caminhadores.

Dr. Fernando A. LuccheseFonte: www.doutorcoracao.com.br

Sinal dos tempos? Pode ser, mas não sem alguma surpresa. Ninguém suspeitava, por exemplo, que as atribulações do século XX nos conduziriam a uma busca mais intensa do prazer e da felicidade. Ninguém imaginava há 25 anos que saúde e estilo de vida saudável seriam o grande negócio do início do século XXI.

Acho que sei definir a razão de toda esta transformação. Mais do que nunca, mulheres e homens buscam o prazer e a felicidade, porque compreendem a redefinição do que é saúde. Hoje, devemos considerar saudável um indivíduo que vive em estabilidade física, mental e espiritual, ou cujos territórios familiar, profissional ou financeiro lhe dêem prazer e não lhe causem atribulações.

Portanto, sob este foco, saúde e felicidade são as mesmas coisas. Quem não é saudável não pode ser feliz. Inacreditavelmente, ao associarmos saúde com felicidade, estamos gerando uma equação cuja resultante é a longevidade. Portanto, viver muito é uma opção pessoal, basta procurar ser saudável e feliz.

Os jovens que me perdoem, mas, se eu soubesse disto aos 20 anos, teria assumido, comigo mesmo, o compromisso de viver 100 anos.

Viver muito e ser feliz:uma opção pessoal

Crônica

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Psiquatria

Os transtornos men-tais presentes na idade adulta, como

depressão e ansiedade, também podem surgir des-de a infância e, para evitar o sofrimento dos pequenos, a família e a escola devem estar atentas aos possíveis sintomas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, os quadros psiqui-átricos atingem entre 10 a 15% das crianças e adoles-centes e se manifestam de diferentes formas, variando de acordo com a etapa do desenvolvimento e com o ambiente ao redor.

Para a Psiquiatra espe-cialista em Psiquiatria da Infância e Adolescência, Christiane Tesch, há trans-tornos mais comuns em de-terminadas fases da vida. Na idade pré-escolar, em torno dos seis anos, por exemplo, são mais comuns quadros de ansiedade como a Angústia de Sepa-ração: situação em que há extrema recusa em separar--se da figura de maior liga-ção afetiva.

Já os casos de Transtor-no de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) são mais facilmente diagnosti-cados em crianças na idade escolar, em torno dos sete ou oito anos, embora seus sintomas já estejam pre-sentes antes dessa idade. Quadros psiquiátricos mais graves, como Autismo In-fantil e Deficiência Mental, podem ser identificados em crianças mais novas, em torno dos primeiros 30 me-ses de vida.

Os sintomasAlterações importan-

tes de comportamento em crianças e adolescentes são um sinal de alerta de que é preciso buscar orienta-ção médica. Descartados os diagnósticos ligados à parte física do funciona-mento do corpo, é neces-sário buscar auxílio da Psi-quiatria. “Geralmente, os pais e a escola têm muitas dúvidas sobre quando há necessidade de uma crian-ça ou adolescente procurar tratamento psiquiátrico e, normalmente, são eles os primeiros a perceber as al-terações no modo de vida ou na adaptação dos pa-cientes e, assim, contribuir na identificação precoce de problemas psiquiátricos, no momento em que o tra-tamento seria mais eficaz”, alerta a psiquiatra.

Segundo Christiane Tes-ch, os sintomas aparecem, muitas vezes, de forma não essencialmente verbal e ne-cessitam de um ambiente de avaliação mais partici-pativo, em que muitas in-formações diagnósticas são colhidas por meio de jogos ou desenhos. Além disso, a avalição envolve não só a criança, mas também a família, a escola e, possivel-mente, outros profissionais que a assistem.

Tratamento De acordo com a Psi-

quiatra, a abordagem tera-pêutica em infância e ado-lescência precisa levar em consideração os diversos fatores que desencadearam os sintomas e contar com os pais e familiares como im-portantes atores no proces-so de cuidado. Além disso, outros profissionais (pedia-

tras, neurologistas, fonoau-diólogos, psicólogos, peda-gogos) precisam atuar em conjunto, incluindo o am-biente escolar no contexto do tratamento.

Os passos recomen-dados passam pela orien-tação aos pais e à escola, prescrição de medicamen-tos e, quando forem indica-das, terapias psicológicas; além do incentivo à prática esportiva e atividades lúdi-cas. “Dessa forma, conse-guimos cercar a criança e o adolescente de um am-biente favorável à melhora e incentivador do desen-volvimento emocional”, afirmou a especialista.

Sintomas em que pre-cisamos ficar atentos na criança em idade escolar:• Redução significativa no

rendimento ou interesse escolar

• Desinteresse ou desâni-mo em atividades antes desejadas

• Distanciamento de ami-gos ou familiares

• Alterações do sono• Agressividade, inquieta-

ção e irritabilidade• Preocupação e ansiedade

excessivasSintomas em que preci-

samos ficar atentos no ado-lescente:• Redução significativa no

rendimento ou interesse escolar

• Abandono de atividades, amigos ou familiares

• Alterações do sono ou apetite

• Agressões frequentes ou reações violentas

• Provocar danos a si mes-mo

• Pensamentos de morte ou suicídio

• Mentiras e fugas

PSIQUIATRIAda Infância e Adolescência

Dra. Christiane Tesch

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Dra Crhistiane Andriollo TeschPsiquiatra - CRM ES 10322

Av. Champagnat 583, sala 503 – Ed. Nilton de BarrosPraia da Costa – Vila Velha - Tels.: (27) 3141 0624 | (27) 3343 0624

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Perda involuntária de uri-na, após fazer algum tipo de esforço, como tossir e

espirrar, ou por vontade súbita e forte de que não dá tempo de chegar ao banheiro, pode significar incontinência uriná-ria. A doença, que afeta 20% da população em geral, pode provocar o isolamento social e até mesmo provocar depres-são, de acordo com especia-lista Dr Fabio Leal a inconti-nência urinária é “bastante limitante”, já que mexe com a rotina pessoal e profissional.

A incontinência pode afas-tar o paciente de seu convívio social. Por exemplo, a pessoa que tem o problema e está no teatro se sente incomodada de ter que sair diversas vezes no meio da peça. Ou, durante uma viagem, ela precisa pa-rar o carro para ir ao banheiro mais de uma vez. Muita gente deixa de assumir certas ativi-dades profissionais por causa da bexiga hiperativa [um dos tipos de incontinência urinária]. A incontinência tem uma forte interação com depressão.

Mulheres com idades en-tre 43 e 65 anos são mais pro-pensas a sofrer depressão por problemas de saúde comuns,

como incontinência urinária, descobriu uma pesquisa da Universidade de Adelaide .

Como poder ocorrer em qualquer idade a autoestima das mulheres mais jovens ten-de a ser duramente atingida pela incontinência urinária, en-quanto as mulheres mais velhas são mais resistentes e aceitam a condição. Questões-chave para as mais jovens, como vida sexual, familiar, esportes e la-zer, são afetadas pela doença.

Além do impacto na rotina social, a perda involuntária de urina traz outros impactos na saúde do paciente, explica o especialista.

A pessoa pode ter infec-ção por uso de fralda, der-matite de contato, já que a pele fica próxima da urina; ela também sente dores e dificuldades para usar certos tipos de vestimentas. O custo da incontinência é alto, pois, muitas vezes, há gastos com fraldas, além de o paciente precisar se abster de realizar certos tipos de atividades.

A incontinência urinária se dá com o enfraquecimento do músculo que segura a urina e é desencadeada por múlti-plos fatores, como o parto nas mulheres. Os dois tipos mais prevalentes são: a de esforço, em que a pessoa perde urina após tossir e espirrar, e a bexi-ga hiperativa em que a pessoa é acometida por uma vontade tão forte e inesperada que não dá tempo de chegar ao banheiro. Em ambos os casos, pessoas acima de 40 anos têm mais chance de ter inconti-nência e esse o risco aumenta com o envelhecimento, porem pode ocorrer em mulheres mais jovens.

Incontinência urinária pode estar associada ao de-sinteresse sexual, atingindo muito mais as mulheres que

os homens, 35% das mulhe-res após a menopausa sofrem com perda de urina após fazer esforço e 40% das mulheres gestantes vão apresentar um ou mais episódios de inconti-nência urinária na gestação ou após o parto.

Além da menopausa e o do parto, obesidade, diabetes e tabagismo também são fato-res de risco para a incontinên-cia urinária de esforço.

Quem sofre do problema deve avaliar também os fato-res comportamentais que in-fluenciam a vontade de ir ao banheiro, como beber muito café, tomar muito líquido, be-bida alcoólica e até comida muito condimentada. Só o médico vai caracterizar o tipo de incontinência urinária e definir o melhor tratamento, que depende do tipo de in-continência que cada um pos-sui. Hoje em dia existem basi-camente 5 tipos, que são eles: Incontinência por esforço, de urgência, mista, por transbor-damento e enurese noturna.

O tratamento da inconti-nência por esforço é basica-mente cirúrgico (cirurgia de Sling), mas pode ser diminuída com exercícios especiais que ajudam a reforçar a musculatu-ra da região pélvica. A incon-tinência urinária de urgência pode ser tratada em métodos farmacêuticos ou por fisiote-rapias. Já o tratamento para incontinência urinária mista é feito com exercícios de forta-lecimento da musculatura pe-rineal com fisioterapia.

Na maioria dos casos a incontinência urinária não re-quer cirurgia, e hoje em dia a maioria dos tipos pode ser curada, tratada ou conduzida, às vezes simples mudanças comportamentais geram uma melhora significativa na quali-dade de vida.

Ginecologia

URINÁRIApode levar à depressão

Incontinência

Dr. Fábio Leal

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Ortopedia

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A bela Ana Paula Julião, entre o irmão Vitor e o cunhado Aguilar Calazans em evento social na Ilha.

[email protected]

O mago da fotografia Rodrigo Souza e Stela Cruz

O casal André Melo e Bárbara Dutra, em clic exclusivo para a revista Ponto Médico.

Dr. Vinícius Fraga Mauro em visita a Pequim.

Dra Ellen Lage, a filhota Alice e o marido Janc Aguiar,em férias no Arraial D´Ajuda.

O jovem empresário de sucesso Jhonatas Cabral

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Ortopedia

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Todos já experimenta-mos algum tipo de dor incomum, misteriosa e

às vezes persistente, em al-gum momento de nossas vi-das. Sentir uma dor ou outra no dia a dia faz parte da vida de todo mundo, seja para quem trabalhou duro o dia inteiro ou para quem sentou de mau jeito por 12 horas. A maioria das pessoas não se importa com esses sinais do corpo e, geralmente, a dor desaparece da mesma forma que apareceu. Porém, exis-tem aqueles que são por-tadores de dores crônicas em várias partes do corpo; entre elas, estão os joelhos.

Para quem sofre desse mal, o avanço da Medicina tem trazido um alívio nos últimos anos, uma fórmula que tem como base o ácido hiarulônico, alternativa que tem se mostrado eficiente para o tratamento de doen-ças que atingem as estrutu-ras do joelho e que acabam ocasionando fortes dores.

Quem explica a novi-dade é o ortopedista Gus-tavo Nascimento Ottoni, especialista em joelho. “É

pode trazer até seis meses de alívio para dores no joelhoÁCIDO HIARULÔNICO

tipo um gel que ajuda a re-duzir o processo inflamató-rio e lubrifica o joelho, que ganha mais mobilidade. Começou a ser usado no Estado, mais frequentemen-te, nos últimos dois anos”, explicou o especialista.

Segundo Dr. Gustavo Ottoni, o tratamento é indi-cado para paciente em que o desgaste de cartilagem já está instalado e também para os casos de gonartrose (artrose no joelho). Apesar de ainda ser considerado de alto custo, o uso do áci-do oferece custo-benefí-cio aos pacientes: por um lado, por suspender o uso de medicamentos anti-in-flamatórios por via oral ou venosa por até seis meses e, por outro, por aumen-tar a qualidade de vida.

Segundo o especialista, a dor causada pelo desgas-te do joelho acomete mais as mulheres acima dos 50 anos e pessoas com históri-co anterior de lesões, como os jogadores de futebol. Também interferem fatores genéticos. A recomenda-ção do médico para todos

que querem evitar danos às estruturas do joelho é, so-bretudo, evitar ficar acima do peso e sempre preparar a musculatura das penas antes de praticar ativida-des físicas de alto impacto.

LubrificaçãoDe acordo com Dr. Gus-

tavo Ottoni, nos joelhos com osteoartrite, o fluído da arti-culação (chamado fluído si-novial) pode falhar e não for-necer o amortecimento que a estrutura precisa. Dessa forma, o ácido suplementa o fluído do joelho para aliviar a dor e melhorar o choque na-tural da articulação. Por isso, é também chamada de vis-cosuplementação ou repo-sição viscoelástica. Feito de uma substância natural que lubrifica e deixa a junta “al-mofadada”, o ácido pode fornecer até seis meses

de alívio da dor no joelho com apenas uma injeção.

O tratamento é um pro-cedimento simples, feito no consultório, que leva poucos minutos. Após a injeção, o paciente pode assumir as atividades nor-mais do dia a dia, mas deve evitar qualquer atividade exaustiva por cerca de 48 horas. “Cada um responde diferentemente, mas num estudo clínico, os pacientes experimentaram o início do alívio um mês após a inje-ção”, explica Dr. Gustavo.

E com uma vantagem: o ácido não possui efeitos colaterais sérios, associados com muitos comprimidos para a dor. Os efeitos foram geralmente leves a mode-rados e não duraram muito tempo, como rigidez, incha-ço ou acúmulo de fluidos dentro ou à volta do joelho.

Dr. Gustavo Ottoni

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Buscar adjetivos para definir Belém, capital do Pará – no extremo

Norte do País, é um exer-cício demorado. Rodeada pela floresta amazônica, en-canta pelo exotismo e pe-los sabores únicos. Quem nunca esteve na região tem a impressão de estar entran-do em outro país. Por outro lado, a viagem é um encon-tro com as origens do povo brasileiro.

A primeira diferença está no clima: quente e úmido. Belém registra temperatu-ras médias de 26 graus e índice pluviométrico de até 3.215 por ano (Vitória re-gistra 1.275). Todo dia, uma chuva passageira deixa sua marca. Há anos, quando o ecossistema da floresta não havia sido afetado, era cos-tume marcar encontros an-tes e depois da chuva, que era pontual em despencar

todos os dias, por volta das 15 horas.

Dos armazéns reforma-dos na Estação das Docas, inaugurado em 2000, se tem uma rara vista das águas que rodeiam a cidade. Ali, na baía de Guarujá, rios se encontram e abrem as por-tas para quem vem de lon-ge. Além do cartão postal de Belém, Docas oferece ao visitante um resumo da cul-tura local. Há espaços para eventos, para a rica culinária cabocla e para as artes. Em frente aos armazéns se des-cortina o casario antigo, par-te do conjunto arquitetônico do estado.

Em Belém, hábitos in-dígenas estão por todos os lados. Na comida, no arte-sanato, no modo de vida, na língua e nas feições angu-lares do paraense. Inquieto e colorido, o complexo Ver o Peso é formado por uma

feira livre, um mercado de carne e peixe – a estrutura original é de ferro inglês – e pelo mercado municipal. Ali se encontra de tudo. De licores de ervas a pratos tí-picos, passando por frutas perfumadas e mariscos. É um verdadeiro shopping popular ao ar livre, funcio-nando no ritmo da gente do lugar. Garrafas com por-ções “mágicas” garantem felicidade. O Viagra natural aflora a virilidade masculina e há extratos que prometem a volta do amor perdido ou a conquista de uma paixão impossível.

Colonização lusitana Apesar da força nativa, a

colonização portuguesa dei-xou marcas. Belém é consi-derada a mais portuguesa de todas as cidades brasi-leiras, no que diz respeito à arquitetura e aos hábitos. A

Cidade Velha é o ponto de partida dessa colonização. A maior atração é o palácio episcopal ou Igreja de San-to Alexandre, abandonado durante anos e que for re-formado no início dos anos 2000. Hoje abriga o Museu de Arte Sacra. Ainda na Ci-dade Velha estão o Forte do Castelo, a Catedral Metro-politana de Belém, também chamada de Igreja da Sé; o solar do Barão de Guajará, o Palácio Lauro Sodré (Museu do Estado) e o Palácio Antô-nio Lemos (o Museu de Arte de Belém).

Outro símbolo da impo-nência lusitana é a Praça da República, com suntuosos edifícios de traçado neoclás-sico, que marcam o período glorioso do Ciclo da Borra-cha. Naquela época, Belém era conhecida como Prince-sinha do Norte. A praça é o endereço do Teatro da Paz,

BELÉM DO PARÁ,sabores e temperos da Selva

Turismo

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onde o maestro Carlos Go-mes encerou sua atividade artística. Exuberantes man-gueiras centenárias cobrem as avenidas próximas, outra marca da cidade.

A influência italiana resis-te no palacete Bolonha, obra do arquiteto Land, também responsável pela reforma da Igreja da Sé. Antiga re-sidência dos governadores, o Parque da Residência, na Avenida Magalhães Barata, tornou-se área de lazer pú-blica. Agrupa um orquidário, restaurante, cafés, anfiteatro e lojas de artesanato.

Santuário da floresta tropicalPisar em Belém é conhe-

cer a região amazônica. Por isso, é importante visitar o Museu Emílio Goeldi, san-tuário da fauna e da flora da região. Criado em 1866 pelo naturalista que dá nome ao local, o museu ocupa uma

área de 5,2 hectares, com parque zoobotânico, aquá-rio e uma exposição per-manente de arqueologia e etnologia.

A instituição é uma flores-ta tropical em miniatura, com belos exemplares de vitórias--régias, castanheiros-do-pará e palmeiras de açaí, além de mais de 600 animais, como araras vermelhas, peixes-boi, onças e cobras. Fica na Ave-nida Magalhães Barata, 367, bairro Nazaré.

CulináriaDepois de provar da co-

mida de Pará, a única certe-za que fica é que o Criador presenteou o povo da re-gião amazônica com sabo-res sem igual. Do prato mais conhecido – pato no tucupi – às iguarias estranhas à pri-meira vista, a culinária para-ense encanta pelo paladar e aguça os sentidos.

A mandioca é o ingre-diente básico. Dela se ex-trai o tucupi (sumo podero-so), presente na caldeirada, uma espécie de sopa com peixe, camarão e legumes. A maniçoba, por sua vez, é feita da maniva, as folhas es-pessas da mandioca brava. O sumo, altamente tóxico, é fervido durante oito dias antes de servido com carnes salgadas. O prato é uma es-pécie de feijoada em que o extrato verde ocupa o lugar do feijão.

O tacacá nunca falta na mesa do paraense, servido na tradicional cuia indígena. Feita de goma de tucupi é cozido até virar mingau, de-pois temperado com alho, chicória e alfafa e servido com camarão seco e folha de jambu, erva que deixa os lábios anestesiados. Já as frutas impressionam pela diversidade. Dessas, o açaí é o rei absoluto, mas também destacam-se o cupuaçu, castanha-do-pará, tapere-bá, bacuri, ajuru, bacuripari, pupunha, biriti e uxi, entre várias outras. Melhor que es-crever ou ler, é provar. Uma experiência inesquecível aos olhos, olfato e ao paladar.

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Ortopedia

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Cardiologia

O avanço da Medicina tem permitido intervenções e procedimentos nunca

antes imaginados. Os benefícios têm sido múltiplos, como uma maior expectativa e qualidade de vida para pacientes de todas as idades, incluindo também aqueles que ainda se encontram no ventre materno e que podem ter seu diagnóstico e tratamen-to feitos antes ou após o nasci-mento. Entre esses males estão as patologias que afetam o co-raçãozinho dos pequenos, alvo da Cardiologia Intervencionista Pediátrica.

Um dos especialistas no tratamento de recém-nascidos com essa nova área de atuação é o cardiologista Vinícius Fraga Mauro. O médico realiza inter-venções em bebês, logo após o nascimento, para tratar alguns distúrbios do coração. As técni-cas consistem em procedimen-tos menos invasivos que podem ter inúmeras vantagens para as crianças, que são muito sensíveis e correm mais riscos com cirur-gias abertas convencionais.

Cuidados desde a barrigaO Dr. Vinícius Fraga expli-

ca, no entanto, que as mulheres devem redobrar os cuidados e a

atenção durante a gestação para prevenir futuros problemas nos corações dos bebês. Para isso, devem seguir detalhadamente o pré-natal. “Depois que engra-vidam, as mulheres devem ter uma série de cuidados. O mais importante deles é seguir a ris-ca todos os protocolos previstos nos exames de pré-natal”, alerta o especialista.

Dentre os procedimentos de rotina, segundo Dr. Vinícius, entre a 11ª e 14º semanas de gestação, é fundamental a rea-lização de um exame conhecido como translucência nucal, que, entre outras anomalias, pode indicar a presença de Síndro-

me de Down. “Se a prega nucal apresentar espessura superior a 2,5 mm, há grandes chances de o feto apresentar Síndrome de Down, a qual correlacio-na-se com defeitos cardíacos em 50% dos casos”, explicou.

Por volta dos seis meses de gestação, por sua vez, segundo Dr. Vinícius Fraga, é realizado um exame de ultrassonografia de rotina que analisa o formato dos órgãos do bebê, inclusive o cora-ção com suas divisões, suas co-nexões e sua disposição espacial no tórax. “Se nesta fase, algum problema for detectado pelo obstetra, será solicitado outro exame mais específico, o Ecocar-diograma Fetal, feito agora por um cardiologista pediátrico. Este exame poderá detectar a presen-ça das cardiopatias congênitas”.

Cuidados redobrados na gravidezO especialista alerta ainda

que a mulher grávida precisa, com orientação médica, suspen-

der o uso de alguns medicamen-tos, além de ficar bem longe do cigarro, do álcool e de outras drogas que também podem com-prometer a formação do coração. Também fazem parte das orienta-ções evitar exames com radiação, engravidar em idade avançada (acima dos 35 anos) e o contato com pacientes com doenças in-feciosas. Segundo o Dr. Vinícius Fraga, apesar dos avanços da Medicina, em 95% dos casos ain-da não é possível precisar o que causou a má formação do cora-ção do bebê.

Entretanto, uma vez detecta-das as deformidades no coração do feto, ao nascer, o bebê poderá passar por procedimentos cirúr-gicos ou por cateterismo, estes últimos disponibilizados pelo Dr. Vinícius. Dentre eles, correções via cateter de defeitos nos septos cardíacos, que são as paredes do coração, cujos tratamentos po-dem ser feitos sem a necessidade de cortes. Além disso, canais que eram para estar fechados após o nascimento e que persistem aber-tos podem ser ocluídos via cate-terismo. Essas técnicas também servem para corrigir pequenas falhas de cirurgias anteriores.

“Os procedimentos menos invasivos começaram a avançar de 25 anos para cá, trazendo inúmeros benefícios às crianças. Os bebês são muito mais frágeis, mais sensíveis às mudanças de temperaturas e muito mais di-fíceis de conduzir, porque são vulneráveis à desidratação e a acidentes durante o procedi-mento”, explicou Dr. Vinícius.

Cardiopatias congênitas podem ser tratadas com a Cardiologia

Intervencionista Pediátrica

Cuidados buscam saúde do

CORAÇÃOdos bebês ainda no ventre

Dr. Vinicius Fraga Mauro, cardiologista intervencionista pediátrico

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O número de acidentes de trânsito no Brasil é assus-tador. A reabilitação se tor-na um calvário para muitos pacientes e pode demorar de seis meses a um ano, dependendo da fratura.

Pesquisa do Observató-rio Nacional de Segurança Viária revela que a cada 12 minutos, em média, uma pessoa morre num acidente de trânsito no Brasil. O as-sunto diz respeito a todas as pessoas e não se pode fi-car indiferente a esse dado.

Isso faz com que a So-ciedade Brasileira de Or-topedia e Traumatologia (Sbot) lance campanhas como “Carnaval sem Trau-mas”, para reduzir o núme-

ro de acidentes. A razão da Sbot se envolver nes-sa empreitada é que para cada pessoa morta, te-mos três ou quatro feridos.

O trauma físico provoca-do pelo acidente de trânsito é penoso. “A reabilitação se torna um calvário para mui-tos pacientes e pode demo-rar de seis meses a um ano, dependendo da fratura”, disse o médico ortopedista Tercelino Hautequestt Neto.

A funcionária pública Sil-via Baptista (40) passou por essa situação. “Fui atrope-lada, tive uma fratura grave de cotovelo e outra no om-bro. Foram quatro cirurgias, muitas e doloridas sessões de fisioterapia e uma se-

quela permanente no braço esquerdo. E olha que meu caso nem foi tão grave em relação a muitas pessoas que se acidentam e têm politraumatismos”, contou.

Prejuízos

As sequelas deixadas por uma batida podem ser desde uma perna ou braço quebrado até consequên-cias mais graves, como trau-ma craniano e lesões medu-lares. “As lesões no cérebro causam dificuldades mo-toras e cognitivas que, em algum grau, podem ser per-manentes”, diz o médico Tercelino Hautequestt Neto. Em alguns casos é preciso aprender a viver com as se-quelas e com as limitações.

O ortopedista chama a atenção para a educação no trânsito, pois o custo de um acidente é alto para quem sofre e para quem cuida do doente. “Muitos acidentados vão exigir que tenha alguém da família que o ajude no dia a dia. Antes era uma vida totalmente

Acidente X dinheiro

O Brasil gasta, em média, R$ 16,1 bilhões em decor-rência de acidentes de trânsito. Do montante, R$ 10,7 bi-lhões é o custo decorrente das mortes. O restante, R$ 5,4 bilhões, com os feridos. Os dados estão no Retrato da Se-gurança Viária 2014, elaborado pelo ONSV (Observatório Nacional de Segurança Viária), e compila informações do Datasus, ligado ao Ministério da Saúde, do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada) e da ANTP (Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros), de 2012.

ACIDENTES DETRÂNSITO podem ser traumas para a vida toda

É preciso respeitar as leis de trânsito

para ter saúde também.”

Tercelino Hautequestt Neto, ortopedista

normal, mas que ninguém dava conta. Já após o aci-dente a pessoa vê que, de repente, precisa de tudo, de ajuda, de um auxilio pra se locomover num curto espa-ço, então muda muito essa rotina, tanto de quem sofreu o acidente quanto dos fami-liares”, completou o médico Tercelino Hautequestt Neto.

Por isso é importan-te tomar cuidados para não ser vítima de aciden-te. O ortopedista Terce-lino Hautequestt Neto afirma que o uso do cinto de segurança pode impe-dir traumas mais graves.

O médico lembra que os passageiros no banco de trás costumam não usar o cinto, o que é um agravan-te. Muitos casos de lesões de medula foram causados por quem estava no ban-co de trás sem cinto e foi projetado com velocidade de até 120km/h. “É preciso respeitar as leis de trânsito para ter saúde também”, concluiu o médico Terce-lino Hautequestt Neto.

Ortopedia

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Cardiologia

Ela é uma das doenças mais comuns entre a população brasileira

atingindo de 20% a 30% da população acima dos 18 anos e metade dos homens acima dos 50 anos. Apesar disso, o desconhecimento, a falta de cuidados e o curso assinto-mático da doença tornam a hipertensão arterial uma pre-ocupação para os cardiologis-tas e também um problema para a saúde pública. Mas há uma boa notícia: se diag-nosticada na fase inicial, com mudanças para um estilo de vida mais saudável, os níveis pressóricos podem normali-zar fazendo com que a doen-ça regrida. Quem explica é o Especialista em Cardiologia e Hipertensão, o médico Eliu-dem Galvão Lima, que é Mes-tre pela UFMG e Doutor pela UFES.

De acordo com Dr. Eliu-dem, a doença tem uma fase inicial, chamada de estágio 1, em que os valores da pressão arterial são superiores a 140 (máxima) por 90 (mínima) mi-límetros de mercúrio (mmHg) e inferiores a 159 por 99. Nes-ta fase, se adotadas medidas não farmacológicas, como perda de peso, prática de atividade física regular, reedu-cação alimentar, redução da ingestão de sal, redução do estresse, de bebidas alcoóli-cas e abandono do cigarro, é possível evitar que a hiperten-são se instale. “Se após seis meses não houver redução desses índices, o tratamento farmacológico é iniciado”, ex-plica o doutor.

ExamesAlém do exame clínico

convencional, existem outros

que podem medir as varia-ções da pressão arterial, ava-liar os danos causados pela hipertensão aos órgãos alvo (coração, rins vasos e cérebro) e também se a medicação está alcançando o resultado esperado. Entre eles está o eletrocardiograma, que revela se há alterações nas câmaras cardíacas causadas pelo au-mento da pressão arterial.

Já o ecocardiograma é um exame de ultrassom que avalia o funcionamento das câmaras cardíacas e das vál-vulas diagnosticando compli-cações da hipertensão arterial sistêmica, como a disfunção diastólica (fase inicial do aco-metimento cardíaco) e a hi-pertrofia cardíaca. “Devido à alta prevalência da hiperten-são arterial em nosso meio, a avaliação das suas compli-cações cardíacas pelo eco-

cardiograma tornou-se uma das indicações mais frequen-tes do exame”, explicou Dr. Eliudem. Há também o teste ergométrico ou teste de es-forço, que detecta, precoce-mente, a hipertensão arterial por meio dos valores obtidos durante o esforço físico, que também são importantes na avaliação terapêutica e para orientação de exercícios em portadores da doença.

MapeamentoEntre todos, no entanto, o

mapeamento da pressão ar-terial (MAPA) é considerado, atualmente, o padrão ouro na avaliação diagnóstica, prog-nóstica e terapêutica da do-ença. O MAPA é um método de medição automática da pressão arterial realizada por dispositivo colocado na cintu-ra do paciente que infla uma

bolsa de borracha, chamada manguito, colocado no braço do paciente. As medidas são pré-programadas em compu-tador e realizadas durante 24 horas ou mais, sendo feitas a cada 15 ou 20 minutos du-rante o dia, enquanto o pa-ciente realiza suas atividades habituais e a cada 20 ou 30 minutos no período da noite. Esse exame fornece ao médi-co um relatório completo do comportamento da pressão arterial durante o período de realização das medidas.

Se não houver controle da pressão com adesão rigorosa ao tratamento, a doença pode causar lesões aos órgãos como cérebro, rins, coração, vasos e à retina. Além disso, 30% dos casos de Acidente Cerebral Vascular (AVC), co-nhecido como derrame, têm como origem a hipertensão. Por isso, o paciente deve vi-sitar o cardiologista uma vez por ano e fazer exames clíni-cos, que incluem o eletrocar-diograma, e realizar os labo-ratoriais (colesterol, glicose, creatinina, acido úrico e ou-tros), além dos complementa-res, quando necessários. “Na fase inicial do tratamento far-macológico, as reavaliações devem ser com maior frequ-ência para ajuste terapêutico e acompanhamento”, com-pleta o especialista.

Conheça os fatores não con-troláveis da Hipertensão:

• Hereditariedade.• Sexo (afeta mais os ho-mens).• Raça (mais frequente na raça negra).• Envelhecimento (acomete mais pessoas acima dos 50 anos).

HIPERTENSÃO pode ter cura em estágio inicial

Dr. Eliudem Galvão Lima

Dr. Eliudem Galvão Lima

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Começa com peque-nas dores ao subir uma escada ou fazer

movimentos repetitivos. O incômodo tem aspecto progressivo e, depois de constatar que aquelas po-madas “milagrosas” não fizeram efeito, é hora, fi-nalmente, de procurar um médico.

A artrose é uma doen-ça de caráter inflamatório e degenerativo das arti-culações (juntas) do orga-nismo, marcada pelo des-gaste das cartilagens que revestem as extremidades ósseas, causando dor e po-

Dores frequentes nos joelhos pode ser sinal da artrose, que surge em 80% das pessoas

com idade avançada.

dendo levar a deformida-des. As articulações mais acometidas pela artrose são as que suportam peso, como a coluna vertebral, os quadris e os joelhos. A doença é também conhe-cida como osteoartrose ou ostetoartrite.

“É a dor, em geral, que conduz o doente a pro-curar o médico. O joelho inchado é o segundo sin-toma. Outro sintoma mar-cante é a perda progressi-va do movimento”, disse o médico ortopedista Rouni-lo Furlani Costa, especia-lista em joelho.

Com o envelhecimen-to da população mun-dial, a artrose do joelho tem se tornado cada vez mais comum. Muitos fa-tores estão relacionados com o seu aparecimento e seu desenvolvimento, dentre eles o envelheci-mento, excesso de peso ou de trabalho na articu-lação acometida, exercí-cios que exijam impacto repetitivos sobre a articu-lação (como saltos), histó-ria familiar e tabagismo.

Encontram-se evidên-cias de artrose em algu-ma articulação na maioria das pessoas acima dos 65 anos. Mais de 80% daque-les acima dos 75 anos são acometidos pela artrose, ou seja, a prevalência da doença aumenta com a idade. Mulheres têm apro-ximadamente o dobro de propensão em compara-ção com os homens.

Exames e prevenção

Segundo o médico or-topedista Rounilo Furla-ni Costa, são solicitados exames de laboratório e de imagem para diag-nosticar o problema. Para aliviar as dores, podem ser administrados medi-camentos como analgési-cos e anti-inflamatórios e

empregar-se a fisioterapia e hidroterapia, que pro-movem melhora da dor tanto pelo uso de técnicas anti-inflamatórias quan-do pelo fortalecimento e alongamento musculares, protegendo assim as ar-ticulações e estimulando sua movimentação, evitan-do a rigidez articular.

Atualmente, existem medicamentos que além de aliviarem os sintomas, também chamados de modificadores da doen-ça, contribuem para im-pedir a piora do desgas-te, como a administração isolada ou associada da condroitina e glucosami-na, e o extrato insaponi-ficável de abacate e soja.

A artrose pode ser prevenida através da adoção de hábitos sau-dáveis, tais como, vigiar o peso, fazer uma die-ta variada e equilibrada, mudar de postura com frequência, tentando-se evitar aquelas que sobre-carregam as articulações.

“A prática de exercí-cios suaves, tais como, caminhar, nadar, peda-lar e fazer ginástica a um ritmo moderado contri-buem para a prevenção”, lembrou o ortopedista Rounilo Furlani Costa.

A prática de exercícios suaves, tais como, caminhar, nadar, pedalar e fazer ginástica a um ritmo moderado contribuem para a prevenção da artrose.”

ROUNILO FURLANI COSTA,ortopedista especialista em joelho

CAUSAS DA ARTROSE

Hereditariedade: há algumas evidências que mutações genéticas po-dem tornar um indivíduo mais propenso a artrose do joelho.Peso: o peso aumenta as pressões nas articulações, como no joelho.Idade: a cartilagem sofre alterações na sua resistência como qual-quer tecido do corpo humano com o passar do tempo.

Sexo: mulheres com mais de 50 anos de idade são mais propensas do que homens.

Trauma: lesão prévia no joelho, incluindo lesões esportivas, podem levar a artrose do joelho.

Esportes de alto impacto: jogadores de elite do futebol, corre-dores de longa distância e jogadores de tênis têm um aumento do risco de desenvolver artrose do joelho.

Outras doenças: episódios repetidos de gota ou artrite séptica, doenças metabólicas e algumas condições congênitas podem tam-bém aumentar o risco de desenvolver artrose do joelho.

Ortopedia

SE OS JOELHOSNÃO DOESSEM MAIS...

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Rounilo Furlani CostaCRM-ES 5959

Ortopedia e TraumatologiaEspecialista em Joelho

Ortoclínica (Centro de Esp. Médicasdo Shopping Vitória)

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Ultrassonografia

O que é o ultrassom?O ultrassom (tam-

bém chamado de ul-trassonografia ou ecografia) é um exame não-invasivo que usa ondas de som para criar uma imagem do bebê, da pla-centa, do útero e de outros órgãos. Com ele, o médico tem acesso a informações im-portantes sobre o progresso da gravidez e sobre a saúde do bebê.

Pais e mães aguardam an-siosos pelo exame para que possam dar a primeira olha-dinha em seus filhos, e muitas vezes mostrar “fotos” para o resto da família. Isso sem con-tar a aguardada descoberta do sexo do bebê. Por mais emo-cionante que esse momento seja, ressalta Drª Adriana Ferri

NA GRAVIDEZo fundamental mesmo é lem-brar que o objetivo primordial do ultrassom será para checar se o bebê está se desenvolven-do bem.

Durante o teste, o ultrasso-nografista lança ondas de som em alta frequência para dentro do útero, e essas ondas atin-gem o bebê. O computador traduz os sons de eco que são recebidos de volta em imagens de vídeo, que revelam então o formato do bebê, sua posição e seus movimentos.

Para facilitar, ele passa um gel sobre a barriga e depois um aparelhinho sobre o gel. Existe também o ultrassom intravaginal, usado no comeci-nho da gravidez, até 11 sema-nas.

As ondas de ultrassom

também são usadas no apa-relho que os obstetras utilizam para ouvir os batimentos cardí-acos do bebê.

O ultrassom prejudica o bebê?

Estudos realizados ao lon-go dos últimos 35 anos não mostraram nenhuma indicação de que a ultrassonografia seja prejudicial. Há quem diga que o exame incomoda o bebê, mas não há pesquisas mais aprofundadas que comprovem isso. Como o som não é au-dível ao ouvido humano, não deve ser detectado pelo bebê. Ultrassons não envolvem radia-ção, como é o caso de raio x.

Por outro lado, os especia-listas recomendam não exa-gerar nesse tipo de exame, já

que ultrassons são uma forma de energia e pode ser que afe-tem o bebê, mesmo que ainda não se saiba como. O cuidado deve ser maior principalmente no primeiro trimestre, quando o bebê é mais vulnerável a fa-tores externos.

Para não ficar confuso de-mais, pense assim: não é pre-ciso ter medo de fazer ultras-sons, mas não fique fazendo um monte só por curiosidade de ver o bebê.

Quantos ultrassons são ne-cessários durante a gravidez?

O mais comum é fazer uma ultrassonografia por volta das 13 semanas (entre 11 e 14 se-manas) e uma mais detalhada perto das 20 semanas de ges-tação, o chamado ultrassom

O ULTRASSON

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morfológico. O ideal é fazer mais uma entre a 34ª e a 37ª semana, porém não há regra sobre o número total.

Segundo Dra Adriana Ferri o exame pode ser feito a qual-quer momento no comecinho da gravidez, para descartar uma gestação ectópica, e bem perto do nascimento, para ava-liar o nível de líquido amnióti-co, por exemplo.

Se por algum motivo só se puder fazer um ultrassom, o obstetra deve optar pelo da 20ª semana.

Ultrassom no primeiro tri-mestre

O obstetra pode pedir um ultrassom nos primeiros três meses de gravidez pelos se-guintes motivos:

Descartar um aborto espontâneoSe você tiver sangramento

vaginal no começo da gravi-dez, o médico pode pedir um ultrassom para descartar a pos-sibilidade de aborto. A partir de 7 semanas de gravidez, os batimentos cardíacos do bebê já devem estar visíveis (consi-derando um ciclo menstrual de 28 dias).

Quando se vê o coração do bebê batendo, a chance de a gravidez prosseguir sem problemas é de mais de 97 por cento. É importante lembrar que é muito difícil determinar exatamente quando a concep-ção ocorreu, por isso, se você não vir o coração do bebê ba-tendo no ultrassom, tente não se desesperar.

O médico deve esperar mais uma semana e pedir uma nova ecografia. Pode ser que o bebê tenha sido conce-bido mais tarde do que você imaginava.

Descartar gravidez ectópica ou molar

O sangramento vaginal (junto com outros sintomas) também pode ser indicação de uma gravidez ectópica ou molar. No caso de uma gravi-dez ectópica, quando o em-brião começa a se desenvolver fora do útero, o médico tenta-rá localizar o saco gestacional. Numa gravidez molar, em que a placenta é anormal e o bebê não é viável, o ultrassonogra-

fista visualiza uma figura bem diferente da que deveria ser a do bebê.

Determinar a idade gestacional Quando a mulher não sabe

a data de sua última menstrua-ção, o médico pode pedir uma ultrassonografia para determi-nar há quanto tempo ela está grávida, através da medição do bebê. Entre as 7 e as 13 se-manas de gestação, a medida craniocaudal (da cabeça até o bumbum do bebê) consegue determinar a idade gestacional com bastante precisão.

Determinar se há mais de um bebê Se você tiver se submetido

a tratamentos de fertilidade ou o médico desconfiar de gême-os ou múltiplos, ele vai pedir um ultrassom para saber quan-tos bebês há na sua barriga.

Translucência nucal Perto das 13 semanas, o

médico pode pedir uma ultras-sonografia para fazer o exame de translucência nucal, a medi-ção de uma dobra específica na nuca do bebê e a verifica-ção da presença do osso nasal, para suspeitar de sinais de pro-blemas genéticos como a sín-drome de Down. O momento ideal para a realização do exa-me é na 12ª semana.

Na maioria dos casos o re-sultado é tranquilizador, mas, se o médico desconfiar de al-guma alteração, pode sugerir a realização de exames ge-néticos mais invasivos, como a biópsia do vilo corial ou a

amniocentese. No ultrassom realizado nessa fase, ainda não dá para determinar com certeza o sexo do bebê, mas o ultrassonografista pode ar-riscar um chute, pelo ângulo do apêndice genital mas a chance de acerto não passa de 80 por cento.

Ultrassom no segundo trimestreNo segundo trimestre,

você deve ser submetida aos seguintes ultrassons:

Ultrassom morfológico Essa é a ultrassonografia

mais detalhada, que pode le-var mais de meia hora. Ela é feita por volta das 22 semanas, e nela já dá para ver o sexo do bebê. O ultrassonografista vai verificar o coração do bebê e suas câmaras, a formação do cérebro, os órgãos digestivos e outros sistemas. Também vai medir a cabeça do bebê e o fêmur, o osso da coxa, para ver se o crescimento está dentro da média.

No exame também é pos-sível determinar a localização da placenta. Se ela estiver blo-queando a abertura do colo do útero (placenta prévia), o médico vai pedir novos ultras-sons para ver se ela mudou de lugar. Na grande maioria dos casos ela muda. No caso de ela ainda estar cobrindo o colo do útero no fim da gestação, o bebê terá de nascer obrigato-riamente de cesariana.

O exame pode ser feito com Doppler, um sistema que mostra o fluxo de sangue no

útero, na placenta e no bebê, com as cores azul e vermelha.

Se o médico desconfiar de alguma anormalidade, pode pedir a realização específica de um ultrassom em três ou quatro dimensões, que dá uma imagem mais detalhada do bebê e é capaz de detectar problemas como o lábio lepo-rino, por exemplo.

Ou o médico pode pedir um ultrassom específico do coração do bebê, a ecocardio-grafia fetal.

Ultrassom no terceiro trimestreNo final da gravidez, o obs-

tetra pode pedir um ultrassom para determinar a causa de sangramentos vaginais (pro-blemas na placenta, por exem-plo), para acompanhar o cres-cimento do bebê, para verificar o nível do líquido amniótico e para determinar a posição do bebê e da placenta.

E se o ultrassom mostrar algum problema?

Não entre em pânico. Se-gundo Drª Adriana Ferri muitas vezes um novo exame é realiza-do algum tempo depois e elimi-na a desconfiança de que haja alguma coisa errada. São raros os casos em que o bebê realmente tem um problema, mas, se isso acontecer, as informações coleta-das na ultrassonografia ajudarão os médicos a oferecer o melhor tratamento possível.

Importante ressaltar de que se no momento do exa-me de ultrassonografia não encontrar nenhuma alteração não significa que ela não exis-ta pois nem toda alterações do bebê podem ser detecta-das pela ultrassonografia.

Problemas cardíacos, por exemplo, podem ser trata-dos com remédios enquanto o bebê ainda está no úte-ro. Outras anormalidades, como bloqueios no sistema urinário, podem ser tratadas com cirurgia ainda dentro da barriga. E saber com ante-cedência de eventuais pro-blemas ajuda os médicos a terem tudo organizado para dar o melhor atendimento ao bebê logo depois que ele nascer, além de colaborar para que você e sua família se preparem para enfrentar a situação.

Dra. Adriana Ferri

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Cardiologia

O dia a dia da Medi-cina conta com o auxílio precioso de

coadjuvantes não menos importantes no processo de trazer cura e aliviar o sofrimento de milhares de pacientes todos os dias. Entre esses atores, ganha destaque no Espírito San-to a empresa Emilcardio Produtos Hospitalares, que em 2016 completará 20 anos de distribuição de uma linha avançada para tratamento cardiológico, desde os equipamentos mais básicos como estimu-ladores e materiais para ci-rurgias cardíacas até os de última geração para corre-ções de arritmias, suporte circulatório e que fazem a substituição da função ventricular.

Há dois anos, o que os clientes − sobretudo mé-dicos, planos de saúde e hospitais − já compravam em sua prática diária, foi atestada pela Agência Na-cional de Vigilância Sani-tária, ANVISA, que conce-deu à Emilcardio Produtos Hospitalares a Certificação de Boas Práticas de Distri-buição e Armazenamento, RDC16/2013.

Do Rio para o Espírito SantoA história da Emilcar-

dio tem unido trajetórias de cariocas e capixabas. Celio Bastos, o fundador da empresa, é natural de Itaperuna, cidade do in-terior do Rio de Janeiro. Aos 16 anos, ele deixou a cidade natal para cur-sar Direito na Faculdade Federal Fluminense na cidade de Niterói. Forma-

do advogado, chegou a atuar durante 11 anos na iniciativa privada em um banco privado, até que sua trajetória sofreu uma grande mudança.

Influenciado pelo ir-mão Paulo Bastos, que veio para o Espírito San-to iniciar o trabalho com a venda de equipamen-tos médicos, Celio mu-dou para as terras ca-pixabas para ficar mais perto dos familiares e, alguns anos mais tarde, resolveu criar sua própria empresa, inicialmente especializada na área de Cardiologia. E maio de 1996, nascia a Emilcardio Produtos Hospitalares.

Anos mais tarde, a empresa especializou-se também em materiais para as áreas Vascular e Endovascular, atendendo médicos, planos de saú-de e os maiores hospitais

do Estado, incluindo a Grande Vitória e também o interior capixaba, em cidades como Linhares, Colatina e Cachoeiro de Itapemirim.

Empresa FamiliarPor volta do ano de

2004, Celio tem contado com a parceria do filho Fá-bio Almeida Bastos, de 32 anos. Formado em Publi-cidade e Propaganda, Fá-bio é o gerente comercial da empresa. Mais recen-temente também se uniu à equipe o outro filho, Leonar-do Bastos, de 30 anos, que é formado em Direito, atua na área administrativa e está começando a divisão de Neurocirurgia na empresa.

A Emilcardio é uma empresa que distribui e representa marcas de fa-bricantes nacionais e inter-nacionais, de países como Alemanha e Estados Uni-

no avanço dos tratamentos cardiológicos

dos. São os conhecidos Dispositivos Médicos Im-plantáveis (DMIs), cuja de-manda cresceu nos últimos anos em função de fatores como crescimento da po-pulação e avanço da Medi-cina, que tem permitido o uso de novas tecnologias nas cirurgias cardíacas, assim como diagnósti-cos bem mais precisos.

De olho na inovaçãoA empresa está sempre

antenada com as novas tecnologias e com a inova-ção do mercado. Mantém contato com profissionais, especialistas médicos, for-necedores do Brasil e do exterior, além de ter parti-cipação ativa em congres-sos e feiras dos setores que a empresa atua. “Estamos sempre nos atualizando, trazendo novidades daqui e também do exterior”, disse Fábio Bastos.

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