edição de julho de 2015

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Visite-nos em: www.vivacidade.org - E-mail: [email protected] Ano 10 - n.º 108 - julho 2015 Diretor: Miguel Almeida - Dir. Adjunto: Ricardo Vieira Caldas PUB Município aposta na modernização para atrair turistas ao concelho Reportagem Vivacidade Gasómetro 2015 Três dias de música, animação e festa > Págs. 8 e 9 Run River Há uma nova escola de atletismo em Rio Tinto > Pág. 34 Desporto Praias fluviais de Gondomar Movimento em Defesa do Rio Tinto acusa Município de “embuste” na revisão do Plano Diretor Municipal > Pág. 30 Política Um dia com o presidente de Junta Nuno Coelho quer ver pelo menos duas obras concretizadas em Baguim até ao final do mandato > Págs. 28 e 29 PUB GANHE 2 INSCRIÇÕES PARA A CORRIDA 10 KM SAIBA MAIS NA PÁGINA 16 PASSATEMPO são destino de férias para milhares de pessoas > Págs. 24 e 25

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Edição de julho de 2015

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Page 1: Edição de julho de 2015

Visite-nos em: www.vivacidade.org - E-mail: [email protected]

Ano 10 - n.º 108 - julho 2015 Diretor: Miguel Almeida - Dir. Adjunto: Ricardo Vieira Caldas

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Município aposta na modernização para atrair

turistas ao concelho

ReportagemVivacidadeGasómetro 2015Três dias de música, animação e festa> Págs. 8 e 9

Run RiverHá uma nova escola de atletismo em Rio Tinto> Pág. 34

Desporto

Praiasfluviais de Gondomar

Movimento em Defesa do Rio Tinto acusa Município de “embuste” na revisão do Plano Diretor Municipal> Pág. 30

Política

Um dia com o presidente de JuntaNuno Coelho quer verpelo menos duasobras concretizadasem Baguim atéao final domandato

> Págs. 28 e 29

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GANHE 2 INSCRIÇÕES PARA A CORRIDA 10 KMSAIBA MAIS NA PÁGINA 16PASSATEMPO

são destino de fériaspara milhares de pessoas

> Págs. 24 e 25

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2 VIVACIDADE JULHO 2015

Editorial

FICHA TÉCNICA

Registo no ICS/ERC 124.920Depósito Legal: 250931/06

Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida (TE-873)Redação: Ricardo Vieira Caldas (CP-9828) Pedro Santos Ferreira (CP-10017)Departamento comercial: Serafim Ribeiro (Tel.: 910 600 079)Paginação: Carina Moreira

Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de ComunicaçãoSocial, S.A.Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Baguim do MonteAdministrador: José Ângelo da Costa PintoDetentores com mais de 10% do capital social: Lógica & Ética, Lda.Sede de Redação: Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Baguim do MonteTel.: 910 600 078 / 919 275 934

Colaboradores: Alcina Cunha, Ana Gomes, Ana Portela, André Campos, Andreia Sousa, António Costa, António Valpaços, Catarina Martins, Diana Ferreira, Domingos Gomes, Elisabete Castro, Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva, Isabel Santos, Joana Resende, Joana Simões, João Paulo Rodrigues, João Pedro Sousa, José António Ferreira, José Luís Ferreira, José Pedro Oliveira, Luís Alves, Manuel de Matos, Manuel Teixeira, Margarida Almeida, Michael Seufert, Paulo Amado, Pedro Oliveira, Rita Ferraz, Rui Nóvoa, Rui Oliveira, Salomé Ferreira, Sandra Neves, Rita Lopes e Tiago Nogueira.

Impressão: UnipressTiragem: 10 mil exemplaresSítio: www.vivacidade.orgFacebook: facebook.com/vivacidadegondomarE-mail: [email protected]: [email protected]

PRÓXIMA EDIÇÃO27 de agosto

Toda a gente sabe que os invernos são o pior inimigo dos pisos das vias de circula-ção. E o povo até compreende que, na época das chuvas, os buracos aumentem quer em quantidade, quer em tama-nho. Mas sempre se espera que, chegada a primavera, os responsáveis pelas vias públi-cas – sejam eles as autarquias ou as Estradas de Portugal - cuidem de recuperar as vias degradadas.

O concelho de Gondomar, já aqui foi escrito por diver-sas vezes, tem as suas vias em péssimas condições, sobretu-do as de maior circulação de tráfego. Fruto, claro está, não apenas do rigor dos invernos, mas também da falta de con-servação nos últimos anos.

Quando o atual executi-vo camarário tomou posse, as principais vias de circu-

lação estavam em péssimas condições, porque o anterior executivo praticamente não investiu nos pisos no último mandato. Como a herança financeira é pesadíssima, e a crise agravou o quadro dos recursos municipais, a Câma-ra Municipal pouco mais tem podido fazer para além de tapar alguns buracos, e fazer algumas melhorias em vias estruturantes, como a estrada de D. Miguel.

Infelizmente o que se tem feito é muito pouco para as necessidades existentes. Há centenas de ruas em péssimas condições, e há vias nuclea-res, como a Estrada Nacional 15, do Alto da Serra a S. Ro-que, que estão a ficar em mi-seráveis condições.

Se nada for feito até ao próximo outono, o inverno será calamitoso para o que

resta destes pisos de elevada circulação. É público e notó-rio que tem havido a preocu-pação de fazer alguma coisa. É o caso da nova rotunda em construção no início da Rua Castro Meireles, em Baguim do Monte, com a EN 15, a que se juntam as melhorias que a mesma avenida já teve, ao longo de todo o seu percurso. Mas há muitas outras em es-tado deplorável.

Mas, como se disse, não são apenas as vias principais que estão degradadas. No interior das freguesias há si-tuações gritantes. Entre mui-tas outras, basta circular pela urbanização Jardins da Mis-silva, em Baguim do Monte, para verificar o estado em que se encontram a maioria das ruas. O mesmo se poderá di-zer de muitas outras, por todo o concelho. Urge, pelo menos, um plano de emergência… ■

Tapem-se os buracos… Antes das chuvas BISTURI | Henrique Villalva

Na Ferraria, em Rio Tinto, o riotintense Lino Santos criou, pelo quarto ano consecutivo, uma cascata S. Joanina aberta ao público. O trabalho custou cerca de 700 euros e inclui elementos como o campo do S.C. Rio Tinto, a estação de comboios, a Igreja e o próprio rio Tinto. Para o ano, Lino Santos garante uma nova e maior cascata.

Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para [email protected]

José Ângelo PintoAdministrador da Vivacidade, S.A.Economista e Docente Universitário

Caros Leitores,Mais uma edição muito especial do

Vivacidade. Todas são especiais, bem sei. Mas esta é especial pois é o reflexo de mais algumas alterações que estamos sempre a promover para que o jornal fique mais forte, mais eficaz e mais orientado para o resultado.

Isto passou pela implementação de um plano detalhado que está agora na sua fase final. Iniciou-se há alguns meses atrás quando decidimos desenvolver um novo site que foi um enorme sucesso, passou pela implementação dos podcasts e da parceria para um noticiário semanal com a GondomarFM – outro enorme sucesso! - e passa agora pela melhoria de alguns pormenores gráficos, que dão uma leitura mais fácil ao jornal e tornam a edição em PDF de leitura mais agradável. Espero que seja mais um sucesso!

Mas os leitores vão ficar especialmente deliciados com este Vivacidade. O nosso maior problema, depois de quase nove anos de melhoria contínua, é sermos capazes de manter o que está bem e continuar a melhorar. Para isso precisamos que os leitores, colaboradores, anunciantes e todos aqueles que se revêm na forma isenta, profissional, competente e eficiente de fazer jornalismo local que desenvolvemos e em que somos pioneiros e inovadores, continuem a

apoiar-nos e a ajudar-nos a desenvolver o projeto.

Contaram-me há dias que um anunciante pediu para não sair nesta edição o seu anúncio, pois o que fez publicar na edição anterior resultou tão bem que provocou uma rutura na capacidade de entregar o produto anunciado. Fico contente. Apesar da quebra imediata na receita. Porque anunciar no Vivacidade RESULTA. Como tenho dito muitas vezes, é uma das marcas mais conhecidas em Gondomar. Anunciar no Vivacidade traz vendas concretas e potencia os resultados.

Claro que qualidade significa, não só termos marcas de bom nome a anunciar no jornal, mas também um trabalho de análise, sugestão, melhoria e adequação das propostas comerciais que muito nos têm distinguido e muito têm ajudado os nossos anunciantes e que tem sido reforçado, pois acreditamos que a produção de anúncios de qualidade resulta em vendas de qualidade para os nossos anunciantes.

E gosto de lembrar que fazemos tudo mantendo sempre intacta a nossa máxima: “os factos são factos, mas a opinião é livre”, porque acreditamos que emitir e ter opinião nos dias que correm é ser diferente, especialmente quando a opinião é discordante das maiorias.

Boas Férias!

SUMÁRIO:

BrevesPágina 4

ReportagemVivacidadePáginas 8 e 9

SociedadePáginas 6 a 22

DestaquePáginas 24 e 25

CulturaPáginas 23 a 26

PolíticaPáginas 27 a 30

DesportoPáginas 31 a 36

OpiniãoPáginas 37 a 39

Empresas & NegóciosPágina 40 a 42

LazerPáginas 44 e 45

EmpregoPágina 46

Esta viatura encontra-se mal estacionada na Avenida da Conduta em Fânzeres, o que proporciona aos ciclistas que usufruem da ciclo via um desvio que seria desnecessário.

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BrevesAndré Pereira e Pedro Ferreiraconquistam medalhas

O atleta riotintense do SL Benfica, André Pereira, sagrou-se campeão na-cional dos 3000 metros com obstáculos e atingiu os mínimos para o europeu de sub-23. Já o atleta Pedro Ferreira par-ticipou nos Campeonatos Mundiais na China e obteve o 2.º lugar.

PortoCartoonregressou a Gramido

A Casa Branca de Gramido tem patente uma exposição do PortoCartoon 2015, integrada no XVII PortoCartoon World Festival. Os trabalhos expostos correspondem à secção “Tema Livre” do PortoCartoon 2015, cujo tema principal foi a Luz.

Prémio Nacional de Poesia da Vila de Fânzeres

Está aberto o período de entrega de tra-balhos para a 24ª ediçãoo do Prémio Nacio-nal de Poesia da Vila de Fânzeres, realizado pela UF de Fânzeres e São Pedro da Cova. Até 21 de agosto os interessados podem apresentar as obras que querem submeter a concurso.

“4 Paredes Portuguesas” é a primeira peça do Teatro do Projet’Arte

O grupo de Teatro do Projet’Arte es-treou no início de junho a peça “4 Paredes Portuguesas” no auditório do Projet’Arte. A peça retrata a vida das famílias portugue-sas e os problemas associados. Durante o espetáculo é solicitada a participação do público.

Rotunda de Vale de Ferreiros em construção

Os trabalhos para a construção da ro-tunda de Vale de Ferreiros, no entronca-mento entre a Rua D. António Castro Mei-reles e a Estrada Nacional n.º 15, já estão em andamento. A obra pretende resolver o problema de constrangimento do tráfego automóvel gerado no local.

“Gestão de Campos de Férias” no Geoclube

O Geoclube – Associação Juvenil Ciên-cia, Natureza e Aventura - realizou, nos dias 4 e 5 de junho, na Casa da Juventude de Rio Tinto, uma formação integrada no “Programa Formar” do Instituto Português

de Desporto e Juventude, com o tema “Ges-tão de Campos de Férias”. A próxima for-mação realiza-se entre os dias 18 e 19 de setembro e tem como tema a “Liderança e Inteligência Emocional”

Município implementa atendimento social descentralizado

Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, assinou, a 29 de ju-nho, um acordo de colaboração com os pre-sidentes das Uniões de Freguesias de Foz do Sousa e Covelo, Melres e Medas e da Junta de Freguesia da Lomba que visa a implementação

de um serviço de atendimento social descen-tralizado. O funcionamento será assegurado pelos técnicos do Município com o objetivo de “aproximar a população das freguesias mais distanciadas do centro urbano aos serviços de ação e desenvolvimento social”.

Atletas da Ala Nun’Álvaresconquistam títulos

Os mesatenistas Miguel Neves e Cátia Martins, da Ala Nun’Álvares de Gondomar, foram campeões regionais de pares senio-res mistos ao vencer por 3-1 a dupla Pedro Oliveira/Maria Nogueira na final. A atleta Marta Santos sagrou-se campeã regional de juniores feminino ao vencer as atletas do CTM Campo, Juliana Martins e Juliana Rocha, por 3-0.

Plano Estratégico para a Educação Especial aprovado

A Assembleia Municipal de Gondomar aprovou, a 22 de junho, o Plano Estratégi-co para a Educação Especial e a atualização proposta à Carta Educativa. O documento mereceu aprovação por unanimidade de todas as forças políticas representadas na AM.

Hospital-Escola obtém reconhecimento da ERS

O Hospital-Escola da Universidade Fer-nando Pessoa recebeu a classificação má-xima (5 estrelas) no relatório do Sistema Nacional de Avaliação em Saúde (SINAS), pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS), ao cumprir todos os critérios essenciais para a prestação de cuidados de saúde com qualidade.

Gondomar Culturalsagrou-se tricampeão nacional sub-15 feminino

A equipa sub-15 feminino do Gondo-mar Cultural conquistou novamente o tí-tulo de campeã nacional, após vencer, no último jogo do campeonato, a equipa do Paredes por 4-3. As atletas Beatriz Fernan-des Pereira e Ana Leonor Ribeiro merece-ram distinção no sete ideal da prova.

Isabel Santos reeleita presidente da Comissão de Direitos Humanos da OSCE

A vice-presidente da bancada do PS, Isabel Santos, foi reeleita, a 8 de julho, em Helsínquia, para a presidência da Comis-são da Democracia, Direitos Humanos e Assuntos Humanitários da Assembleia Par-lamentar da Organização para a Segurança na Europa (OSCE). O drama dos refugiados é uma das prioridades da gondomarense.

João Rocha é campeão nacional de juniores

O atleta João Rocha, da equipa Rodabi-ke/ACRG, sagrou-se campeão nacional de juniores do Campeonato Nacional de Cross Country Olímpico (XCO), em Loulé.

Festividades em honrado Nosso Sr. dos Aflitosjá tem cartaz

No dia 30 de julho têm início as festi-vidades em honra do Nosso Senhor dos Aflitos da Triana, em Rio Tinto, com a atuação dos Som Livre Band, pelas 21h30, após a missa com homília. No dia 31 so-bem ao palco os artistas João Norte e Mar-cus Machado e bailarinas. A 1 de agosto a noite fica marcada pelo XXXVIII Festival Internacional de Folclore da Associação Folclórica Cantarinhas da Triana e, um dia depois, sai à rua a procissão.

“Caminhos de Santiago”no Clube Gondomarense

O Clube Gondomarense vai organizar, a 17 de julho, pelas 21h30, uma palestra sobre os “Caminhos de Santiago”, declarado o primeiro Itinerário Cultural Europeu. A conversa será moderada por Manuel Araújo que promete re-velar histórias, lendas e curiosidades sobre o percurso até Santiago de Compostela.

José Martino é o novo presidente do UD Sousense

O antigo vice-presidente do UD Sousen-se, José Marino, foi eleito por unanimidade da Assembleia Geral do Clube para o cargo de presidente da direção. Segundo o novo

presidente, o objetivo é “manter o nível de excelência da época passada”, “aumentar o número de sócios” e “chamar os mais jovens para competir nas camadas jovens”.

Foto DR

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6 VIVACIDADE JULHO 2015

Obras necessárias para a Obra ABCA Obra ABC - Instituição Particular de Solidariedade Social situada em Rio Tinto - que acolhe rapazes de famí-lias carenciadas que necessi-tem de um lar provisório, tem vários projetos em mente para obras de remodelação nos vá-rios edifícios da instituição. O objetivo passa sempre pela “melhoria da integração dos jovens.” O Vivacidade foi co-nhecer a realidade desta IPSS.

Sociedade: Rio Tinto

Texto e foto: Rita Lopes

Inicialmente, o principal objetivo da Obra ABC passava por acolher rapazes e raparigas que tinham “capacidades intelectuais para estudar mas não tinham possibilidades financeiras.” Em conversa com José Camilo Neves, pároco responsável pela instituição, este revela ao Vivacidade que, ao longo do tempo, o objetivo inicial foi-se alterando. “Nos anos 90 optámos só por ficar com rapazes, tendo mudado mesmo o âmbito do acolhimento que temos. De momento só acolhemos rapazes, que são retirados através do Tribunal de Família e Menores ou das Comissões de Proteção de Crianças e Jovens de Risco que nos são entregues, de quem cuidamos”, explica.

José Camilo refere também que, com

uma IPSS a caminho dos 52 anos de existência, a capacidade de integração dos jovens na Obra ABC obteve melhorias nos últimos anos. “Vai sempre melhorando e vai-se sempre reajustando ao trabalho que temos a nível institucional. O objetivo, a maioria das vezes, é esse. O tipo de resposta que damos hoje não pode ser o tipo de resposta que dávamos há cinco anos, nem certamente será o mesmo que se dará daqui a cinco anos. Temos muito que nos ir adaptando à lógica envolvente”, afirma Camilo.

Para melhorar a capacidade de integração dos jovens existe um acordo de cooperação com a Segurança Social, de onde se retira a maior verba. “Mas necessitamos de outros apoios, nomeadamente financeiros, para podermos existir e aqui passa pelas pessoas amigas, pelos benfeitores. Nós temos pessoas que colaboram connosco há mais de 40 anos”, acrescenta o padre.

Redes Sociais ajudam napromoção da Obra ABC

Segundo José Camilo, a IPSS procura apresentar, desde sempre iniciativas para obter fundos que ajudem na subsistência da Obra. “Atualmente estamos a preparar o calendário do próximo ano, que é uma das fontes de receita da instituição, a venda do calendário anual”, divulgou. Na prática, a Obra ABC produz, com o apoio de artistas locais, um calendário que depois vende com o único objetivo de recolher fundos para a instituição. Existem também outras formas de divulgar o trabalho deste centro de acolhimento e a Obra fá-lo, através do Facebook, como por exemplo com a utilização de fotografias de pessoas com cartazes, com as frases de apoio à

instituição: “Eu apoio a Obra ABC” e “Eu ajudo a fazer sorrir”. “Estou convencido de que, com isto, mostramos a instituição e as pessoas interessam-se um bocadinho por conhecer o nosso trabalho, a nossa problemática de todos os dias e também estão muito mais predispostas a colaborar connosco, quer seja na divulgação da nossa instituição, seja mesmo a nível de apoios concretos. Nós dependemos muito dos apoios que as pessoas nos dão”, lembra o pároco.

José Camilo com projetos deremodelação em mente

Para o responsável pela IPSS, todos os apoios contam e, para além do aspeto financeiro, é necessário construir e remodelar o espaço físico da instituição. Existem também, segundo o padre, empresas de remodelações que ajudam na melhoria dos espaços da instituição. “A última esteve cá num projeto que envolveu mais de 100 pessoas de todo o país. Eles vêm e fazem algumas alterações no espaço, normalmente com a duração de um dia. Uma dessas intervenções esteve durante uma semana aqui e interveio num dos espaços porque perceberam as nossas necessidades e quiseram colaborar connosco”, afirma Camilo.

Relativamente às obras recentes, os

Fundada a 8 de dezembro de 1963, pelo Padre Ivo Tonelli, a Obra ABC iniciou-se na zona da Boavista, no Porto, passando depois para Erme-sinde. Após várias mudanças, a IPSS acabou por se fixar em Rio Tinto.

jovens da Obra ABC têm uma opinião unânime: “foram inovados bastantes espaços, os espaços passaram a ter melhores condições, passaram a ter uma estética mais apelativa aos nossos olhos”, dizem.

Atualmente estão institucionalizados na IPSS riotintense 18 jovens, sendo o número mais baixo com que se depara a instituição. “A Segurança Social ‘obrigou-nos’”, lamenta o padre Camilo. “Temos de fazer uma remodelação dos espaços ao nível dos quartos dos rapazes. Os quartos ainda estão muito numa espécie de camaratas à moda antiga, e temos que construir quartos com casa de banho própria, uma espécie de quartos individuais, triplos ou duplos”, revela Camilo Neves. E é este o grande projeto para o Verão que está agora no pensamento do responsável pela Obra.

“Nós calculamos que deve rondar os oitenta mil euros [a obra] e estamos à espera de aprovações a nível camarário, para depois termos as aprovações da Segurança Social e o projeto final para podermos construir”, afirma José Camilo que espera ver o projeto realizado em breve. “Temos outro projeto que nos candidatamos há pouco tempo, numa das casas aqui perto que é nossa e que gostaríamos de remodelá-la, para que os nossos rapazes tenham uma vida quase independente, governem a sua casa, tratem da sua comida e da sua roupa”, acrescenta o pároco. “É apenas outro projeto [que rondará os setenta mil euros], que gostaríamos também de avançar brevemente para que, nessa casa, possamos ter esses rapazes num caminho de pré-autonomia”, finaliza José Camilo Neves. ■

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Festival Gasómetro 2015: UHF, Os Stukas e muito mais nomaior evento cultural de S. Pedro da CovaA 15ª edição do Festival Gasómetro ficou marcada pelo re-gresso ao palco da banda sampedrense Os Stukas, da déca-da de 60. A formação local arrancou em grande o festival de três dias, com o concerto “5 Bandas, 4 Gerações”, que contou ainda com a banda UHF e o espetáculo freestyle de Paulo Martinho.

Reportagem Vivacidade

Entre as cinco bandas da freguesia e a histórica banda de rock UHF, liderada pelo vocalista e guitarrista António Manuel Ribeiro, era difícil adivinhar qual o concerto mais desejado pelo público.

Na inauguração da 15ª edição do Festival Gasómetro, organizado pela Associação Social Estrelas de Silveirinhos, João Martins, presidente da associação, destacou o “momento único e histórico para a freguesia” protagonizado pelo concerto “5 Bandas, 4 Gerações” que reuniu a mítica banda Os Stukas, formada por Rui Fonseca, Pedro Aguiar, Alfredo Pereira e Manuel Vieira.

O dirigente associativo realçou ainda o apoio de Domingos Cardoso, um dos impulsionadores do momento musical preparado para o arranque do Gasómetro 2015.

Após os discursos das entidades institucionais [ver caixa], na sessão solene de abertura do Gasómetro, fez-se a festa com os acordes do primeiro conjunto de

ritmos modernos em S. Pedro da Cova, Os Stukas. O público lotou o espaço destinado ao concerto e aplaudiu a resiliência dos músicos sexagenários em palco. Seguiram-se mais quatro bandas de quatro gerações distintas a encerrar a primeira noite.

O concerto do segundo dia ficou a cargo dos UHF, banda formada em Almada, em 1978. António Manuel Ribeiro recordou os êxitos “Menina Estás à Janela” e “Matas-me com o Teu Olhar”, entoados pelo público no único espetáculo com entrada paga do festival.

Já o último dia ficou reservado para o tradicional espetáculo de manobras acrobáticas de carro e moto de Paulo Martinho. A acompanhar a grande atração do dia realizou-se ainda um sarau de dança e um concerto de fado ao jantar.

O Gasómetro regressa no próximo ano ao largo da feira nas comemorações do 27.º aniversário de elevação de S. Pedro da Cova a Vila. ■

Texto e fotos: Pedro Santos Ferreira

Mais fotos

> A banda UHF foi cabeça de cartaz da 15ª edição do Festival Gasómetro

> Os Stukas regressaram ao palco 45 anos depois> O festival ficou marcado pelo concerto inaugural

Page 9: Edição de julho de 2015

9VIVACIDADE JULHO 2015

Festival Gasómetro 2015: UHF, Os Stukas e muito mais nomaior evento cultural de S. Pedro da Cova

Reportagem Vivacidade

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Vozes do Gasómetro:

Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar:“A Câmara de Gondomar não falha com a palavra e além do apoio logístico que demos, vamos dar o apoio financei-ro. O Gasómetro não acabará por nossa causa porque é um grande momento de participação cultural em S. Pedro da Cova”

Daniel Vieira, presidente da União das Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova:“Esta iniciativa partiu de uma ideia que se transformou em sonho e num sonho que se transformou em projeto realizado. Esta é uma terra de músicos que se orgulha de o ser e ao associarmos a elevação a vila ao Gasómetro procuramos promover a freguesia além portas”

Leonor Ferreira, presidente da Assembleia de Fre-guesia de Fânzeres e São Pedro da Cova:“O Gasómetro é uma homenagem à cultura, à gente da nossa terra, ao seu passado e à sua história. Este festival é uma referência cultural em Gondomar”

Maria Rocha:“Venho ao Gasómetro desde a primeira edição. Este ano está mais animado e tem mais divertimentos para as crianças”

Ana Silva:“Venho sempre ao Gasómetro porque gosto do festival”

José Rocha:“Venho todos os anos ao Festival Gasómetro e esta é a maior festa da freguesia. Gostei muito do concerto inau-gural”

> João Martins, da Associação Social Estrelas de Silveirinhos, e Domingos Cardoso

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10 VIVACIDADE JULHO 2015

Sociedade

Parceria entre Geoclube e CINDOR leva 20 formandos à Polónia

Gondomar regressou a 1515para celebrar Foral Manuelino

O Geoclube (Associação Ju-venil de Ciência, Natureza e Aventura) e o CINDOR (Centro de Formação Pro-fissional da Indústria de Ourivesaria e Relojoaria) uniram esforços e levaram, em parceria, 20 formandos de vários cursos de Ourive-saria ao projeto ‘Erasmus+ Saved from oblivion - Tra-ditional Crafts’ a Lublin, na Polónia.

A Feira Quinhentista orga-nizada pelo Município de Gondomar, entre os dias 19 e 21 de junho, comemo-rou os 500 anos de atribui-ção do Foral Manuelino a rigor.

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VIVA MODAAlcina CunhaConsultora de Imagem

Sabe qual é o seu tipo de corpo?

www.alcinacunha.com

Quando se fala na arte de saber vestir, a moda e o estilo são dois aspetos sempre muito mencionados, dando a impressão que são os pontos fulcrais. Bem, há algo ainda mais importante por detrás, algo que, se for ignorado vai estragar todo o estilo e todo o trabalho da moda. Estou a falar de saber vestir-se consoante o seu tipo de corpo. Ou seja, saber adaptar o seu estilo e a moda de forma a valorizar os aspetos do seu corpo que mais gosta, e esconder os que não gosta.

Quando conhece bem o seu tipo de corpo, torna-se muito mais fácil escolher o que vai vestir, pois sabe o que lhe fica bem. Tendo essa perceção como base, pode brincar com a moda pois a hipótese de erro é menor.

Mas afinal o que é o tipo de corpo? Antes de mais é importante referir que não existem duas pessoas iguais. Mas existem aspetos físicos que um grupo amplo de pessoas partilham. A esse grupo é dado um nome de um tipo de corpo, como por exemplo, o corpo ampulheta.

Como cada grupo partilha de características físicas idênticas, é fácil criar regras de vestir para cada grupo de forma a valorizar essas mesmas características. Ao saber em que grupo é que se insere, é mais simples para si aprender a melhor forma de se vestir.

Atualmente existem vários meios onde aprender essas mesmas regras. Como Consultora de Imagem ensino este tema aos meus clientes, tanto nas sessões de consultoria de imagem, como nos workshops que realizo. Posso dizer que este tema é o que mais marca e transforma positivamente as pessoas.

Assim sendo, antes de tentar saber qual o último grito da moda ou qual o estilo que mais o representa, tente saber antes qual o seu tipo de corpo, e assim o que o vai valorizar. ■

Entre os dias 11 e 16 de junho, o projeto que surgiu de uma parceria entre o Geoclube, o Polski Instytut Rozwoju e o CINDOR, levou duas dezenas de formandos à Polónia, com o objetivo de criar uma cooperativa entre jovens formandos

Cerca de 30 expositores – artífices, artesãos e mercadores – portugueses e espanhóis divulgaram a história local e nacional, através da representação do comércio de época na Feira Quinhentista, realizada nos jardins da Biblioteca Municipal de Gondomar.

“Temos muitos gondomarenses que se interessam muito pela história do concelho e têm participado com a Câmara na organização das comemorações dos 500 anos do foral. A Feira Quinhentista tem o especial objetivo de alertar a população para

e empreendedores de Portugal e da Polónia, com vista a defender artes em vias de extinção.

Durante os dias que passaram na Polónia os formandos tiveram a oportunidade de visitar artífices locais que trabalham o ferro e o barro e também terem formação sobre empreendedorismo e a constituição de cooperativas. Para além disso visitaram um campo de concentração e conheceram uma sobrevivente desse mesmo campo.

Segundo as instituições, a parceria internacional surgiu “num

o significado desta data”, afirmou à Lusa, o vereador da Cultura de Gondomar, Luís Filipe Araújo. O cenário retratou a época do século XVI com apresentações, danças, passeios a cavalo, demonstrações com cuspidores de fogo, exposições de armas, aves e répteis.

A Feira Quinhentista foi inaugurada com uma sessão solene realizada no auditório da Biblioteca Municipal marcada pela exposição

momento em que a empregabilidade juvenil é um problema que é urgente resolver.” “Com esta parceria entre as três instituições pretende-se que os jovens gondomarenses tenham mais e melhores perspetivas de emprego num futuro próximo”, explicam.

Entre os dias 28 de julho e 3 de agosto, 10 formandos da Polónia irão visitar Gondomar, o CINDOR e os artífices da Viagem Medieval em Santa Maria da Feira como forma de trocar ideias e formas de trabalhar com vista à preservação das artes e ofícios tradicionais. ■

do documento original - patente até 6 de dezembro - cedido pela Câmara Municipal do Porto.

Na inauguração teve lugar uma conferência a cargo do professor Ribeiro da Silva, sobre o tema “Participação do povo na preparação dos Forais Manuelinos: o caso do foral de Gondomar” e foi apresentada uma medalha comemorativa da data, a “Linha do Tempo”, criada pelo escultor Zulmiro de Carvalho. ■

Foto DR

Foto DR

Fotos:PSF

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12 VIVACIDADE JULHO 2015

Sociedade

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António Araújo Ramos é o novo presidente do Rotary Club de GondomarO Rotary Club de Gondomar tem, desde o dia 30 de junho, um novo presidente. António Araújo Ramos assume, pela terceira vez, o cargo de diri-gente do clube, substituindo Nuno Cruz. A cerimónia da tomada de posse teve lugar em Gramido, Valbom.

“Manifesto aqui e agora a inteira disponibilidade e o total empenhamento para que, em conjunto, possamos alcançar os objetivos e as metas a que nos propomos”, começou por referir o novo presidente do Rotary Club de Gondomar, António Araújo Ramos, no início do seu discurso da tomada de posse. “Não deixarei de vos transmitir que o Rotary pretende a melhoria da nossa comunidade, dando apoio a quem mais carece de ajuda, a integração de mais gente jovem no nosso

Texto e foto: Ricardo Vieira Caldas

ideal de servir e a gratificação de agir de acordo com o lema intemporal do Rotary Internacional: Dar de si antes de pensar em si”, continuou o atual dirigente do clube.

Os rotários de Gondomar reuniram-se num restaurante da zona do Polis, em Gramido [onde atualmente decorrem as reuniões mensais] e participaram na cerimónia de tomada de posse de António Araújo Ramos. Na vice-presidência do clube ficou Mário Marques Moreira e João Abreu Costa ficou como secretário. Fernando Martins Ferreira assumiu a tesouraria e Ernesto Silva é o novo diretor de protocolo. Fátima Lamas é a presidente eleita para o ano rotário 2016/2017.

Ao Vivacidade, o agora ex-presidente, Nuno Cruz, elogiou a experiência e dedicação do novo dirigente. “O António Ramos já foi presidente do clube e tem uma grande experiência no Rotary, por isso o clube fica bem entregue. É uma pessoa dinâmica com um percurso profissional e cívico que dispensa apresentações. Nesse sentido, o Rotary de Gondomar fica bem entregue”, afirmou.

Quanto ao balanço que faz do seu mandato, Nuno Cruz assinala “a mudança de instalações que ficaram mais amplas e

com outras condições, reduzindo a despesa mensal.” “Além disso, realizamos um evento, a “Noite de Fados”, e vamos agora entregar o apoio financeiro angariado [400 euros] à Associação Nuno Silveira. No Natal angariamos 130 euros à Ordem dos Capuchinhos. Termino o mandato com sentimento de dever cumprido. Podia fazer mais mas o tempo é curto, foi um ano. Conheci companheiros de outros clubes e aprendi muito”, concluiu o ex-presidente.

O Rotary é um dos primeiros clubes de serviço à comunidade, criado em

1905 por Paul Harris, e conta com mais de 18 mil clubes em todo o mundo. Os principais objetivos dos rotários são o desenvolvimento do companheirismo, a prática de elevados padrões de ética nos negócios e profissões, a prática desses ideias na vida pessoal, profissional e comunitária e a promoção da compreensão internacional e da boa vontade.

Em Gondomar, o clube tem apoiado algumas instituições destacando a Associação de Apoio ao Deficiente Nuno Silveira, uma IPSS de Fânzeres. ■

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Sociedade

Unidade de Saúde de Baguim do Monte pronta para 18 mil utentes em 2017

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O Centro de Saúde de Baguim do Monte deverá entrar em funcionamento em “meados de 2017”, segundo a Adminis-tração Regional de Saúde do Norte (ARS-N). A obra, com um orçamento de mais de 1,2 milhões de euros, já abriu concurso público e servirá 18 mil utentes.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

O concurso público para a empreitada de construção de um edifício foi publicado a 10 de julho em Diário da República (DR) e, à Lusa, a ARS-N explicou que o investimento total é da ordem dos 1.275.000 euros, sendo 1.100.000 para construção e 175.000 destinado ao equipamento. O prazo de execução da obra é de 630 dias após a atribuição da empreitada, enquanto o valor base do procedimento é de cerca de 800 mil euros.

O terreno cedido pela Câmara Municipal de Gondomar e localizado entre a rua da Carreira e a rua D. António Castro Meireles [ver mapa] vai finalmente ser ocupado com o novo equipamento e servirá 18 mil utentes. A Unidade de Saúde Familiar “Lusíadas” e Unidade de Cuidados na Comunidade de Baguim do Monte que atualmente assistem a população baguinense vão, assim, transferir os seus utentes para o novo Centro de Saúde.

Sem conseguir, para já, precisar o número de recursos humanos que irão trabalhar nesta nova unidade, fonte da ARS-N apontou à Lusa que “as futuras instalações foram dimensionadas para a prestação de serviços da carteira básica preconizada atualmente e adequada às características da população que vão servir”.

A Câmara Municipal referiu, em comunicado, que o “Município colocou este processo em marcha há mais de dez anos”, vincando que o arranque “só se tornou possível agora depois do atual executivo ter aceitado incluir esta obra no mapeamento das verbas a atribuir no âmbito do Portugal 2020”. ■

Serviços à disposição dos utentes na nova Unidade. promoção da saúde e prevenção da doença nas diversas fases da vida. cuidados em situação de doença aguda. acompanhamento clínico das situações de doença crónica e patologia múltipla. cuidados no domicílio e integração . colaboração em rede com outros serviços, setores e níveis de diferenciação, numa perspetiva de `gestor de saúde` do cidadão

Foto DR

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Sociedade

As Festas em Honra de S. Ben-to das Peras e S. Cristóvão, em Rio Tinto, decorreram de 3 a 12 de julho. Apesar “do grande esforço” da Comissão de Festas, Câmara Municipal e Junta de Freguesia, a autar-quia admitiu que se assistiu, este ano, a um “decréscimo” nos visitantes e vendedores da romaria.

A Casa da Juventude de Rio Tinto trouxe a moda aos seus jardins, junto à Quinta das Freiras, no dia 4 de julho.

De 3 a 12 de julho, Rio Tinto voltou a receber a romaria a S. Bento das Peras e S. Cristóvão. Apesar do cartaz alargado de ini-ciativas religiosas e lúdicas, o presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Nuno Fon-seca, considera que existe um “decréscimo” na organização destas festas. “A Comissão de Festas fez um esforço grande para melho-rar o evento que teve um apoio fundamen-tal do Município, que fez um pagamento extraordinário de uma banda – Os Inicia-

O evento “Há Moda na Casa” contou com 25 novos modelos que desfilaram na passerelle montada no exterior da Casa da Juventude, orientados pela estilista Suzel Silva.

Ao Vivacidade, Paula Soares, respon-sável pela Casa da Juventude, explicou o conceito do evento. “Já tínhamos a ideia de fazer este desfile há alguns anos. Este ano completamos 10 anos de atividade da Casa da Juventude e achamos que era a oportunidade ideal para realizar o desfile. O evento é aberto a novos criadores e mo-delos e tem três áreas: moda, acessórios de moda e joalharia”, contou.

“Decréscimo” nas Festas deS. Bento das Peras e S. Cristóvão

“Há moda na Casa”da Juventude de Rio Tinto

dores – mas nota-se um decréscimo nas fes-tas e é necessário olhar para as mesmas de outra forma”, admite o autarca. Para Nuno Fonseca “a Comissão de Festas, a Junta e a Câmara têm que reunir-se” de forma a, por exemplo, “repensar o posicionamento das festas, os divertimentos e outro conjunto de fatores”. “Houve um decréscimo no número de vendedores e vamos tentar perceber por-que é que isto aconteceu”, acrescenta.

Quanto a ajudas, “a Junta já dá um apoio muito forte.” “Podem surgir novos

A vereadora da juventude da Câmara Municipal de Gondomar, Sandra Almei-da, também marcou presença na iniciati-va. “Se as coisas forem bem trabalhadas e o público jovem cativado a casa fica cheia. Os castings organizados para os modelos foram um sucesso”, lembrou a autarca.

apoios mas os que damos já são relevantes. Espero que no próximo ano se aumente a aposta nas Festas. Este ano o apoio da Junta foi ligeiramente superior em relação ao ano passado. Além disso, demos apoio logístico e apoiamos a realização de algumas inicia-tivas inseridas no programa”, esclarece o presidente.

Na opinião de Nuno Fonseca, “os diver-timentos deveriam mudar de localização porque estão distanciados da zona da festa, o Largo da Igreja.” “Parece que existem duas

No casting para o “Há moda naCasa” participaram 14 raparigas e 11 rapazes, numa iniciativa integradano 10.º aniversário da Casa daJuventude.

A cerimónia contou com váriasdezenas de espectadores. ■

festas diferentes. Um local alternativo seria a Avenida do Rio Tinto, por exemplo, mas se-ria necessário reforçar a apetência elétrica do local”, conclui.

Entre outras coisas, as Festas a S. Bento das Peras e S. Cristóvão contaram este ano com um sarau desportivo, vários concertos, um festival de folclore, fogo de artifício e todas as celebrações religiosas habituais, terminando às 18h do dia 12 de julho com a procissão em honra de São Bento das Peras e S. Cristóvão. ■

Texto e fotos: Ricardo Vieira Caldas

Fotos DR

> Mariana Moura na passerelle > Ana Sofia Carvalho

Mais fotos

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SociedadePUB

A Casa da Juventude de Gon-domar retomou a iniciativa “Conversas com Gente Nova” com os convidados Adalberto Figueiredo, ex-inspetor da Ju-diciária, a 9 de julho, e Pedro Fraga, campeão europeu de remo, a 15 de julho. As con-versas foram moderadas pelo Vivacidade.

A Casa da Juventude de Gondomar (CJG) recebeu a 9 de julho, Adalberto Figueiredo, ex-inspetor da Judiciária. O convidado falou da sua vida enquanto au-toridade e respondeu a várias questões do público, maioritariamente jovem.

Em conversa, o convidado revelou que a entrada para a polícia aconteceu por aca-so. “Na altura precisava de dinheiro”, recor-dou Adalberto Figueiredo.

No período reservado ao público as questões debruçaram-se sobre a atuação da polícia. “Nem os juízes têm conhecimento para julgar um polícia. A pior coisa que se faz é comprar uma arma. Para utilizar uma arma é preciso ter uma preparação que nem os policias têm. Eu sei a dificuldade que é pegar numa arma. Praticamente nin-guém sabe disparar”, referiu o convidado.

Por fim, uma das questões mais coloca-das foi sobre o consumo de drogas, à qual

“Conversas com Gente Nova” trouxeramAdalberto Figueiredo e Pedro Fraga a Gondomar

o ex-inspetor da Judiciária aconselhou a plateia a nunca experimentar. “Vi casos de filhos que mataram pais”, lamentou Adal-berto Figueiredo.

“Queremos garantir a qualificação para os Jogos Olímpicos”

Pedro Fraga, atleta olímpico e campeão europeu de remo, foi o segundo convidado a passar pela CJG. Perante uma sala lota-da o remador do Sporting CP falou sobre a carreira, as exigências da modalidade, a competição ao mais alto nível e os Jogos Olímpicos de 2016.

“Comecei a remar no rio Douro e o convívio com a modalidade levou-me a competir a nível nacional e internacional. Consegui bons resultados e dediquei-me totalmente ao remo, com o objetivo de par-ticipar nos Jogos Olímpicos. Em 2008, em Pequim, conquistei o 8.º lugar em Londres e agora já só penso em garantir a qualifica-ção para os Jogos Olímpicos do Rio de Ja-neiro, em 2016”, começou por dizer Pedro Fraga.

Durante a conversa o público da Casa da Juventude questionou o atleta sobre vários aspetos pessoais e profissionais. O remador olímpico não deixou de referir a importância de conciliar a carreira com os estudos como uma forma de “tornar-nos mais aptos e interventivos na sociedade”.

A iniciativa contou também com a pre-sença do treinador Rui Oliveira e da verea-dora do Desporto, Sandra Almeida. ■

Fotos DR

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O JORNAL VIVACIDADE OFERECE DUAS INSCRIÇÕES NA CORRIDA DA GONDOMAR NIGHT RUN ÀS PRIMEIRAS DUAS PESSOAS QUE FAÇAM “LIKE” NAS PÁGINAS DE FACEBOOK DO VIVACIDADE E DA GONDOMAR NIGHT RUN E QUE RESPONDAM CORRETAMENTE À QUESTÃO:

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Sociedade

Universidades Seniores de Gondomar comemoraram final do ano letivoAs Universidades Seniores de Gondomar celebraram o fi-nal do ano letivo 2014/2015 em festa. Alunos, professores e diretores reuniram-se em Rio Tinto e S. Cosme para finalizar a época de aprendi-zagem.

> Jantar da US Rio Tinto > Festa da US Gondomar > Sarau da UGIRT

A Universidade Sénior de Rio Tinto (USRT) comemorou, a 25 de junho, o final do ano letivo com um jantar de gala que reuniu mais de 160 pessoas na Quinta da Morgadinha, em Rio Tinto.

Ao Vivacidade, Nuno Fonseca, pre-sidente do Conselho Executivo da USRT mostrou-se satisfeito pelo primeiro ano de atividade. “Este ano tem um significado muito especial. A USRT sedimentou-se e

Texto e fotos: Pedro Santos Ferreira

foi o maior projeto que criamos, com uma adesão fantástica, mais de 150 alunos e que ultrapassou as nossas expectativas”, disse o autarca.

O presidente da Junta de Rio Tinto não esqueceu a cedência da Câmara de Gon-domar de uma parte do Centro Cultural Amália Rodrigues e espera iniciar o próxi-mo ano letivo nas novas instalações. “Nes-te momento estão a decorrer as obras de adaptação do espaço que vão trazer outras valências e os alunos vão passar a usufruir da USRT de manhã, à tarde e à noite”, disse o autarca.

Ao nosso jornal, o presidente do Con-selho Executivo da USRT deixou escapar uma novidade para o ano letivo 2015/2016. “Vamos ter uma disciplina ligada à história de Rio Tinto que será lecionada pela pro-fessora Fátima Silva”, revelou Nuno Fonse-ca.

O jantar contou também com a pre-sença do vice-presidente da Câmara de Gondomar, Luís Filipe Araújo. A iniciativa serviu também para galardoar os alunos e

professores com a entrega de diplomas.

US Gondomar: “Estamos a evoluir qualitativamente”

Em Gondomar (S. Cosme), no audi-tório da Igreja dos Capuchinhos lotado, celebrou-se, a 26 de junho, o final do ano letivo da Universidade Sénior de Gondo-mar (USG). A instituição fundada em 2006 com 55 alunos, ultrapassa hoje os 300 alu-nos. Para José António Macedo, presidente do Conselho Geral da Associação Rede de Universidades da Terceira Idade (RUTIS), a USG continua a “evoluir qualitativamen-te” mas, na opinião do autarca, o edifício centenário da Ala Nun’Álvares de Gondo-mar, sede da USG, atingiu o limite de capa-cidade e terá que ser “remodelado dentro das possibilidades”.

Aos alunos, o presidente da União das Freguesias de Gondomar (S. Cosme), Val-bom e Jovim, sublinhou a importância da “partilha de conhecimento” e destacou o Prémio de Mérito e de Boas Práticas So-ciais recentemente atribuído à instituição.

A noite de festa ficou marcada pela atuação de vários alunos da USG.

UGIRT: Sarau encerrou primeiro ano de atividade

Em Rio Tinto, a Universidade Grande Idade de Rio Tinto (UGIRT), finalizou o primeiro ano letivo com a realização de um sarau, a 26 de junho, no Salão Paro-quial da freguesia.

Ao Vivacidade, Maria José Guimarães, diretora da UGIRT, realça o ano “pleno de boas práticas”. “Desenvolvemos um projeto com especial enfoque nos riotintenses com mais de 49 anos de idade, indo de encontro às suas expectativas de vida saudável e de alargamento dos conhecimentos a vários e diferentes níveis, do Património, às Litera-turas, às Línguas, à Informática, às Danças, Teatro, Pintura, Desenho, Música e Jardi-nagem”, destaca a diretora da instituição.

Durante o Sarau os alunos mostraram as suas “artes” e a evolução que a frequên-cia do 1.º ano na UGIRT lhes proporcio-nou. ■

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Foto DR

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Sociedade

POSTO DE VIGIAManuel TeixeiraJornalista e Professor Universitário

As lições da crise grega são aviso para Portugal

1 – Qualquer que seja a evolução da crise grega a curto ou a médio prazo, já toda a gente percebeu que estamos perante uma tragédia política e económica sem precedentes para qualquer país pertencente à constelação da União Europeia. O povo grego estaria longe de imaginar que o custo das suas opções políticas seria tão elevado. E em desespero de causa procurou, no referendo, dar um sinal inequívoco aos seus parceiros europeus de que não suportaria mais austeridade.

O “NÃO” dos gregos foi um grito de desespero, compreensível em qualquer país que estivesse submetido ao mesmo sufoco. De resto, compreensível também porque o seu Governo utilizou toda a máquina oficial de propaganda para convencer os cidadãos a votar “NÃO”. O que o Governo não fez foi explicar as consequências de uma tal opção, apostando tudo na ideia de que o “NÃO” reforçaria a capacidade negocial do primeiro-ministro Tsipras junto de Bruxelas.

2 – A verdade é que os bancos fecharam as portas por falta de dinheiro, e os cidadãos cedo começaram a sentir o efeito da terrível tenaz. De cimeira em cimeira, de reunião em reunião, logo se percebeu que a opção política dos gregos só podia trazer ainda mais austeridade, mais dificuldades e maior incerteza sobre o futuro. Independentemente dos acordos com a União Europeia, o presente e o futuro do povo grego continuará a ser um inferno, não se sabe por quantos anos.

Dentro ou fora da moeda única, com ou sem perdão de dívida, a curto ou a média prazo, ninguém tem dúvida que a economia grega vai continuar no fundo do poço. Da mesma maneira que os próprios gregos pressentem que, afinal, vão pagar muito caro os desvarios das políticas do tempo das vacas gordas. Quando toda a gente pensava que dever ou não dever era a mesma coisa, porque um dia “alguém haveria de pagar a fatura”, eis que o cobrador bateu à porta…

3 – Aqui chegados, é tempo de retirar as devidas lições. Antes de mais, os próprios gregos. No olho do furacão, ninguém pode fugir ou escapar às responsabilidades que são, naturalmente, repartidas. Em segundo lugar, a própria União Europeia, e o seu aparelho decisório. Todos foram longe de mais, como se nunca chegasse o momento da verdade. Quando uns e outros acordaram, era tarde para voltar atrás.

Por fim, também os portugueses devem fazer o seu próprio balanço. Porque também nós estivemos à beira do mesmo abismo, e sabemos o que nos custou agarrar as escassas amarras que nos foram oferecidas. Mas se hoje estamos em terra firme, nem por isso podemos dizer que nos afastamos do abismo. Sim, porque é uma miragem sonhar com uma solidariedade que não existe, nem existirá nesta velha Europa, feita manta de retalhos, de compromissos e de interesses… ■

Lipor inaugurou acessopedonal ao Parque Aventura

“Crianças em Movimento”levou milhares à Quinta das Freiras

A Lipor e os Mu-nicípios Associados inauguraram, a 22 de junho, o caminho pedonal de acesso ao Parque Aventura de Baguim do Monte.

A Junta de Freguesia de Rio Tinto promoveu, a 21 de junho, a iniciati-va “Crianças em Movi-mento” que juntou mi-lhares de pessoas numa festa que marcou o en-cerramento do ano leti-vo em família.

Integrada numa estratégia de sustentabilidade e no projeto de biodiversidade que promove com diversos parceiros, a Lipor inau-gurou um caminho pedonal de acesso ao Parque Aventura, com o objetivo de promover a mobilida-de sustentável e o acesso ao espaço verde, sem ser necessária a deslo-cação numa viatura própria. Para o efeito a empresa criou uma par-ceria com a Comboios de Portugal (CP), para oferecer ao público pa-cotes de viagens mais atrativos.

À margem da inauguração, Marco Martins, presidente da Câmara de Gondomar, confessou ao Vivacidade o desejo de “ligar

Mais de 3000 pessoas parti-ciparam na iniciativa “Crianças em Movimento”, organizada pela Junta de Freguesia de Rio Tin-to em parceria com os projetos Triplo Salto E5G e Projet’Arte. A festa assinalou o encerramento do ano letivo 2014/2015, para as crianças do 1.º, 2.º e 3.º ciclo.

O evento teve disponíveis vá-rias atividades: ateliês e oficinas, espetáculos com música, teatro e danças, workshops, aula de yoga para crianças e pais, aulas de Kempo, Kung Fu, Afrokids, di-versões, insufláveis, jogos tradi-cionais, palhaços, parede de es-calada, slide, Kids Jam Sessions,

uma zona de alimentação e ainda uma zona de contacto com a po-lícia, bombeiros e proteção civil.

A iniciativa direcionada para as crianças, jovens e famílias fi-cou marcada pela diversão dos participantes que percorreram os espaços de diversão à disposi-ção de todos. ■

Texto:Pedro Santos Ferreira

Foto DR

Acesso disponívelde maio a setembro, nos seguintes moldes:

3ª e 5ª feiraPara grupos organizados que visitem o Parque Aventura, mediante marcação prévia;

Sábados e DomingosAberto à população em geral, no horário de funcionamento do Parque Aventura.

o Parque Aventura ao Polis, em Valbom, através de um percurso traçado ao longo do leito do Rio Tinto”, um sonho cada vez mais exequível para o autarca.

Já José Fernando Moreira, ve-reador do Ambiente, admite que há “cada vez menos desculpas para não visitar a Lipor” e desafia os munícipes a conhecer o espaço de lazer, gratuito e ao serviço da população. Desde 2010, o Parque Aventura teve cerca de 140 mil visitantes. O espaço surgiu com o objetivo de recuperar os passivos ambientais das zonas envolventes e abre à comunidade anualmente, entre maio e setembro. ■

Foto DR

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Sociedade

Reticências Produções:empresa audiovisual riotintense entre asmelhores a filmar e fotografar casamentosEm 2006, o fotógrafo Sílvio Pinto fundava em Rio Tin-to a Reticências Produções, empresa audiovisual de ca-samentos. Hoje, com o apoio do irmão Pedro Pinto, a em-presa conta com várias dis-tinções internacionais e tra-balhos premiados.

E se a história de um casamento fosse contada como um filme de Hollywood? É esta a proposta da Reticências Produções, empresa audiovisual sediada em Rio Tinto e premiada nacional e internacionalmente pelos trabalhos documentais e originais de casamentos que produz.

A empresa surgiu em 2006, fundada por Sílvio Pinto, 34 anos, fotógrafo, que mais tarde viria a desafiar o irmão gémeo, Pedro Pinto, a filmar um casamento. “Tremia todo quando via a noiva mas aceitei o desafio”, lembra o responsável pelo vídeo.

Ao Vivacidade, Sílvio Pinto explica o conceito. “Procuramos fazer um trabalho documental porque todos os casamentos têm histórias diferentes e nós tentamos acompanhar todo o processo do dia de casamento, desde os noivos a vestir a roupa até à cerimónia na igreja e festa final”, refere o fotógrafo.

O registo cinematográfico teve, em 2010, uma adaptação pioneira em Portugal, a inclusão de captação de imagens aéreas. A técnica implementada por Pedro Pinto vincou a tendência cinematográfica dos filmes de casamento e trouxe à Reticências Produções um vasto leque de distinções [ver caixa] nas categorias de vídeo e fotografia.

“As fotografias e os filmes de casamento são trabalhos para a vida e temos que esforçar-nos para proporcionar momentos especiais aos noivos. As pessoas já conhecem o nosso registo e colaboram sempre connosco”, afirma Sílvio Pinto.

A colaboração dos noivos facilita o trabalho de pós-produção mas é a criatividade que “faz a diferença”. O tempo e a luz são os principais obstáculos nos casamentos, contudo a dupla consegue sempre “dar a volta e arrancar as histórias dos noivos”.

Texto e foto: Pedro Santos Ferreira

O bom desempenho da empresa já levou os irmãos aos Estados Unidos da América, Canadá, Alemanha, Suíça, França, Espanha, Inglaterra, entre outros países.

A próxima aposta consiste na mudança de instalações da zona das Areias, Rio Tinto, para a zona do Seixo, junto à Estrada Dom Miguel. “Quisemos melhorar as condições de trabalho e vamos manter-nos por Gondomar porque temos orgulho na nossa terra”, conclui Sílvio Pinto. ■

Prémios atribuídos à Reticências Produções:

Vídeo: 1.º Lugar – “Best Pilot” no European Event Videographers Association Contest 2014;2.º Lugar – “Same Day Edit” no Inspiration Awards (5ª e 6ª edição);Top 15 – European Event Videographers Association;

Top 20 – Videomakers – Inspiration Photographers International 2015;Foto:2.º Lugar –BES Photo 2014;2.º Lugar – International Photography Awards (IPA) 2014;13 fotos premiadas no Inspiration Photographers Awards – 6ª edição;

FotoDR

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> Pedro e Sílvio Pinto fundaram a Reticências Produções em 2006

> Os filmes contam as histórias dos noivos

> Na internet estão disponíveis vários trabalhos da empresa > Casamento de Patrícia com Isac

> Casamento de Ana e Ricardo

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Sociedade

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Rio Tinto recebeu oprimeiro Espaço doCidadão do Município

Família desalojada preocupa Junta deBaguim do Monte

Ana Paula Barbosaé a nova diretora do Agrupa-mento de Escolas de Valbom

Foi inaugurado, a 22 de ju-nho, o primeiro de dez Espa-ços do Cidadão, no Centro Cultural de Rio Tinto Amália Rodrigues.

A Junta de Freguesia de Ba-guim do Monte tem estado a acompanhar de perto uma família recentemente desa-lojada após um incêndio que destruiu por completo o es-paço onde habitavam quatro pessoas.

Ana Paula Barbosa, 49 anos, professora de inglês na Escola Secundária de Valbom, é a nova diretora do Agrupamento de Esco-las de Valbom. A tomada de posse realizou-se a 2 de julho, na Escola Dramática e Musical Valboense.

O presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, o vice-presi-dente, Luís Filipe Araújo, a vereadora do Atendimento Municipal e da Modernização Administrativa, Aurora Vieira e o presiden-te da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Nuno Fonseca, inauguraram o primeiro de dez

“Foi um autêntico desastre. Uma família ficou desalojada e nós queríamos alojá-la imediatamente porque a proprietária, uma senhora idosa, com quatro filhos, todos adultos, teve que ir para casa de uma irmã mas ao fim de dois dias tiveram que sair”,

“É um orgulho muito grande assumir a liderança deste agrupamento. Estar à fren-te deste agrupamento diz-me muito e é um privilégio”, confessou Ana Paula Barbosa ao Vivacidade.

A nova diretora do Agrupamento de Escolas de Valbom (AEV) tomou posse perante uma sala de espetáculos lotada, na Escola Dramática e Musical Valboense.

À margem da cerimónia, em entrevista ao nosso jornal, a professora de inglês da Escola Secundária de Valbom confessou o orgulho no novo cargo. “É uma grande res-ponsabilidade que estou pronta a assumir.

Com a colaboração de todos vamos con-seguir que o agrupamento seja aquilo que nós queremos”, disse a diretora.

Como primeira meta, a professora tra-çou a motivação da comunidade escolar valboense para atingir o melhor resultado, através de uma política de “diálogo e parti-lha” com os professores e alunos.

Aurora Vieira, vereadora da Educação do Município, e José António Macedo, pre-sidente da União das Freguesias de Gon-domar (S. Cosme), Valbom e Jovim, mar-caram presença na tomada de posse. ■

Espaços do Cidadão de Gondomar. Os munícipes podem agora dirigir-se

ao Centro Cultural de Rio Tinto Amália Rodrigues para aceder aos serviços digitais disponibilizados pela Administração Cen-tral e Local. No local são prestados todos os serviços públicos que estão disponíveis online, de forma a reduzir tempos de espera e custos de forma a aumentar a eficiência e produtividade dos funcionários da Admi-nistração Pública.

Segundo o Município, os Espaços do Ci-dadão são “estruturas de prestação de aten-dimento digital assistido aos cidadãos e às empresas, incluindo serviços municipais”. ■

começa por explicar Nuno Coelho, presi-dente da Junta de Baguim do Monte.

“Começamos imediatamente um movi-mento para a reconstrução da casa porque estas pessoas precisam de um teto e têm que comer”, admite Nuno Coelho.

A família tem merecido a atenção da delegação gondomarense da Cruz Verme-lha Portuguesa que tem garantido um apoio alimentar diário.

Ao Vivacidade, o autarca explica o “mo-mento difícil” vivido após o alerta telefóni-co. A situação foi entretanto resolvida com o realojamento temporário – três a quatro meses - da família, graças a uma apólice do seguro.

Findo este período temporário, a famí-lia poderá voltar a ficar desalojada caso não seja encontrada uma solução. ■

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> Nuno Coelho no local do incêndio

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Sociedade

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Grupo de Ação Local de Gondomar quer mais emprego para os jovens

“Rota da Filigrana”apresentada no 1.º aniversário da Loja do Turismo

O Grupo de Ação Local de Gondomar apresentou a 26 de junho um Plano de Ação Local que visa aumentar a empregabilidade jovem no território da União das Fre-guesias de Gondomar (S. Cos-me), Valbom e Jovim.

A Câmara Municipal de Gon-domar comemorou o 1.º ani-versário da Loja do Turismo de Gondomar, a 27 de junho, com a apresentação do projeto turísti-co “Rota da Filigrana” e a inau-guração da exposição “O Rosto da Filigrana”, na Casa Branca de Gramido.

Após dois anos de trabalho a nível local com os agentes locais e europeus fruto do projeto JOBTOWN, a estratégia definida pelo Grupo de Ação Local de Gondomar para promover a empregabilidade jovem no concelho foi apresentada no auditório da CINDOR.

O projeto GOLD (Gathering Opportu-nities for Local Development) tem como objetivo principal o aumento da empre-gabilidade jovem no território da UF de Gondomar (S. Cosme), Valbom e Jovim através do estabelecimento de parcerias lo-cais e conduzidas pelo Grupo de Suporte

Local, programadas num período de 2014 a 2020, com o apoio do Investimento Eu-ropeu e Fundos Estruturais, em especial, o Fundo Social Europeu e o Fundo Europeu do Desenvolvimento Regional.

O projeto final do Grupo de Ação Local foi apresentado numa cerimónia marcada pelas apresentações de oportunidades de estágio e emprego jovem nas instituições europeias e do programa Garantia Jovem.

No final foi assinado um acordo para o fomento do emprego e empregabilidade jovem no território da UF de S. Cosme, Valbom e Jovim. ■

A passagem do primeiro aniversário da Loja Interativa de Turismo de Gondomar, na Casa Branca de Gramido, foi assinala-da pelo Município numa cerimónia onde foi apresentado o projeto turístico “Rota da Filigrana” e a inauguração da exposição “O Rosto da Filigrana”, ambos pelo vereador do Turismo, Carlos Brás.

O percurso planeado pela autarquia e dedicado aos turistas identificou 360 pontos de interesse no território gondomarense, a que se juntam tradições com produtos con-solidados, saberes técnicos e equipamentos turísticos. O projeto pretende dar aos visi-

tantes a oportunidade de aprender e experi-mentar técnicas ancestrais como a cinzela-gem e estampagem, sendo possível comprar diretamente e ao melhor preço verdadeiras obras de arte, após conhecer o autor e todo o processo produtivo.

Durante a apresentação Carlos Brás as-sinalou o “potencial turístico” do concelho e a necessidade de oferecer “um produto dife-renciador”. “Este produto é articulado com os principais autores da ourivesaria do con-celho. Queremos dar a conhecer aos turistas o processo produtivo na próxima época bal-near”, disse o vereador do Turismo. ■

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Foto PSF

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Sociedade

OPINIÃO

Em época de férias são várias as questões que se colocam aos consumidores, nomeadamente, em caso de imprevistos. Por exemplo, um consumidor que tenha comprado uma viagem numa agência e que por motivos de doença, por exemplo, se veja impossibilitado de viajar, poderá cancelar essa viagem?

Caso se torne impossível efetuar a viagem organizada e não tenha possibilidade de a ceder a terceiro, tem o direito de cancelar a viagem, a todo o tempo, ainda que tal não se opere de forma gratuita. Efetivamente, o que acontece é que a agência deve reembolsá-lo dos montantes que pagou, mas vai deduzir no entanto, os encargos a que justificadamente o inicio do cumprimento do contrato e a rescisão tenham dado lugar, por exemplo, despesas com reservas, emissão de bilhetes e documentos acrescidos de 15% do preço da viagem. Muitas agências estipulam, nas condições gerais do contrato, a taxa de cancelamento (na maior parte das vezes, correspondente ao valor do sinal). Se o cancelamento for feito já muito perto da data da partida, é maior o montante a pagar pelo consumidor, correndo, por vezes, o risco de perder quase a totalidade do preço da viagem.

Anabela Ferreira

Para qualquer pedido de informação ou apoio para resolução de conflitos de consumo e situações de sobre-endividamento, dirija-se à DECO ([email protected]) ou ao Gabinete de Defesa do Consumidor da Câmara Municipal de Gondomar. A autarquia dispõe de um protocolo de colaboração com a DECO e presta apoio gratuito aos munícipes.

Milhares assistiram aoregresso das marchaspopulares a S. Pedroda Cova As marchas populares voltaram a S. Pedro da Cova. Onze anos de-pois, a tradição voltou a encher a freguesia com atuações de mais de 500 marchantes.

Foram milhares as pessoas que se juntaram no passado dia 3 de julho, perto da Junta de Fre-guesia de São Pedro para assis-tir ao espetáculo, integrado nas festas aos Padroeiros São Pedro e São Paulo, protagonizado por seis grupos marchantes. Pelo recinto passaram os grupos dos Leões de Tardariz e Jardim de Infância “o Pedrocas”, do Rancho Folclórico do Passal, do Cen-tro Desportivo e Recreativo do Passal, da Associação Recreati-va Cultural e Desportiva de Vila Verde, da Associação Estrelas de

Silveirinhos, da Associação So-cial de Silveirinhos e Orfeão de S. Pedro da Cova.

O presidente da União das Freguesias de Fânzeres e S. Pe-dro da Cova, Daniel Vieira, con-firmou ao Vivacidade o sucesso desta edição. “Foi uma grande iniciativa e uma aposta ganha. Lançamos o desafio às coletivi-dades e tivemos uma resposta muito positiva, confirmada com o êxito da iniciativa e com a par-ticipação das pessoas. A forma com que cada marcha se apre-sentou e o cuidado que tiveram traz-nos grande satisfação. É positivo registar que as marchas regressaram em grande e da nossa parte tudo faremos para que no próximo ano voltem a sair à rua”, confirmou o autar-ca. “No entanto, é necessária a disponibilidade das estruturas”, lembra Daniel Vieira.

Segundo a UF de Fânzeres e S. Pedro da Cova, assistiram ao espetáculo “alguns milhares de pessoas”, sendo “difícil avançar com um número em concreto”.

Marchas com iniciativas ainda este ano

Daniel Vieira acredita que para o ano as coletividades da freguesia vão voltar a erguer as marchas pela altura das fes-tas. Para isso contarão com o apoio de algumas entidades como a UF e a Câmara Muni-cipal. “Houve uma disponibi-lidade da CMG e acreditamos que existe um compromisso de avançar com uma verba. O presidente assistiu e verificou a participação e a dimensão da iniciativa”, referiu.

Já com um pé nas marchas de 2016, o autarca não quer deixar passar as deste ano sem deixar que a iniciativa fique gravada na memória dos sam-pedrenses. “Temos ideia de realizar novas iniciativas em torno das marchas ainda este ano. Estamos a pensar numa forma que possa preservar o que aqui se passou, através de vídeo ou da edição de um do-cumento que preserve essa me-mória”, concluiu. ■

Texto e foto:Ricardo Vieira Caldas

Foto PSF

> Associação Social Estrelas de Silveirinhos

> A. R. C. S. Silveirinhos, Orfeão deS. Pedro da Cova e NNEE

> Rancho Folclórico do Passal > “Leões de Tardariz e J.I. Pedrocas

> Associação R. C. e Desportiva de Vila Verde

> Centro Desportivo e Recreativo do Passal

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23VIVACIDADE JULHO 2015

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Obras sociais dasparóquias distinguidasno 20.º aniversário dacidade de Rio TintoAs paróquias de Corim, Rio Tinto e Baguim do Monte fo-ram distinguidas pelas obras sociais realizadas, na ceri-mónia de comemoração do 20.º aniversário de elevação de Rio Tinto a cidade.

A cidade de Rio Tinto comemorou o 20.º aniversário com várias iniciativas rea-lizadas ao longo do mês de junho. A ses-são solene realizou-se a 20 de junho, num auditório improvisado no Centro Escolar de Baguim do Monte, onde foram distin-guidas as obras sociais das paróquias de Baguim, Rio Tinto e Corim com medalhas de mérito da cidade, entregues pelos pre-sidentes das Juntas de Baguim do Monte e Rio Tinto, Nuno Coelho e Nuno Fonseca, respetivamente.

Manuel Santos, representante do pa-dre Lucindo Silva, da paróquia de Baguim, o diácono Manuel Gomes, da paróquia de Rio Tinto e o padre Godofredo, da paró-quia de Corim, agradeceram as distinções e prometeram continuar a trabalhar dia-riamente para ajudar a combater “as difi-culdades sociais da cidade de Rio Tinto”.

Título trouxe identidade aos rio-tintenses

A entrega das medalhas de mérito foi precedida dos discursos das entidades po-líticas representadas nas Assembleias de Freguesia de Rio Tinto e Baguim. Perante um auditório lotado, Nuno Fonseca, pre-sidente da Junta de Rio Tinto, recordou a importância do título atribuído em 1985. “Este título dignifica-nos e apesar de não trazer mais financiamento, traz-nos uma identidade própria que ninguém nos pode tirar”, lembrou o autarca que viu com bons olhos o desenvolvimento das duas “fre-guesias irmãs” nos últimos 20 anos.

Por sua vez, o conterrâneo Nuno Coe-

X Encontro de Bandas da Cidade de Rio Tinto:A 10ª edição do Encontro de Bandas da Cidade de Rio Tinto contou com a participa-ção de 22 bandas filarmónicas no palco do Largo do Mosteiro. Mais de 1000 músicos atuaram no encontro integrado nas comemorações do 20.º aniversário da elevação de Rio Tinto a cidade.

lho, presidente da Junta de Baguim, subli-nhou a “união entre as duas freguesias” como uma das mais valias conquistadas com o título de “Cidade”.

“Temos a obrigação de fazer jus-tiça pelo atraso que Rio Tinto teve”

Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, encerrou a ses-são solene após recordar os investimentos da autarquia em Rio Tinto e Baguim [cer-ca de 4,5 milhões de euros]. O edil deixou ainda uma promessa e duas prendas para as freguesias: “Temos a obrigação de fa-zer justiça pelo atraso que Rio Tinto teve, exemplo disso é a inauguração da Loja do Cidadão, em Rio Tinto, e o financiamento de 1,4 milhões do Município destinados à construção do Centro de Saúde de Ba-guim do Monte”. ■

Cultura

Fotos PSF

> Paróquia de Corim

> Paróquia de Baguim

> Paróquia de Rio Tinto

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24 VIVACIDADE JULHO 2015

Destaque

Sandra Coval(Lomba, Gondomar)

“Costumo frequentar à praia da Lomba e gosto muito. É uma praia mais sossegada, não tem tanta confusão e eu gosto de sítios calmos. A água é mais quente, e prefiro o rio, mesmo para crianças acho melhor.”

Carlos Leite (Santa Maria da Feira)

“Foi a primeira vez que vim à praia da Lomba. Estou a gostar do que vejo. Tenho uma praia a 10 quilómetros de casa e esta fica a 20 mas decidi vir por causa das águas. As águas do mar em Portugal são muito frias e não dão para tomar banho.”

Liliana Coval(Lomba, Gondomar)

“O rio Douro é muito grande, tem uma praia a uns quilómetros daqui, uma uns quilómetros mais a baixo e tem outra aqui, do outro lado, e só havia salmonelas nesta. Não acredito nestas análises. Esta questão toda é pela política, infelizmente.”

A época balnear abriu a 15 de junho e em Gondomar conta, este ano, com a classificação de duas praias fluviais, Lomba e Zebreiros. Para 2016 deverá designar-se oficialmente uma ter-ceira, a praia de Melres, mas para este ano já está tudo a postos para receber o “boom” de turistas do mês de agosto.

A partir de 18 de julho estão criadas as condições de segurança e de lazer para acolher os amantes do turismo balnear nas praias fluviais. A designação de praia fluvial aos antigos areais da Lomba e Zebreiros – este último que apenas se designou este ano – fez com que o Município apostasse na requalificação do espaço envolvente.

Para Carlos Brás, vereador do Turismo da Câmara Municipal de Gondomar, a prioridade era classificar a praia de Zebreiros, “a mais próxima da classificação porque já havia um histórico de análises”, comenta o autarca.

Para o ano segue-se a praia de Melres, “também com resultados positivos de análise à água” e depois o areal de Moreira [também em Melres]. “Definimos como objetivo desde a campanha eleitoral que teríamos de criar condições de segurança e de lazer para que as pessoas possam beneficiar daquele equipamento e daquele espaço que está à volta do Rio Douro”,

Texto e fotos : Ricardo Vieira Caldas

explica ao Vivacidade, Carlos Brás.Para requalificar o espaço envolvente,

melhorar os acessos à praia de Zebreiros e colocar equipamento e nadadores salvadores em permanência, a Câmara Municipal vai gastar cerca de 300 mil euros. “Está a ser feito um ajuste direto através da Junta de Freguesia. Fizemos um contrato com a junta para cedência dos módulos de bar, casas de banho e postos de socorro, e a própria Junta tratará este ano da contratação dos nadadores salvadores. No próximo ano a ideia é fazer um concurso público que possa incluir também Melres”, comenta o autarca.

Para Isidro Sousa, presidente da União das Freguesias de Foz do Sousa e Covelo, a classificação da praia, aprovada a 5 de maio, “foi uma mais valia”. “As pessoas vêm em maior número para a praia. As coisas estão completamente diferentes. As obras de remodelação são um investimento que considero muitíssimo bom”, indica ao

Vivacidade. Quanto ao aluguer do bar, Isidro preferia que o equipamento fosse gerido por uma instituição ao invés de uma empresa privada.

As recentes remodelações da praia de Zebreiros são oficialmente inauguradas a 18 de julho, pelas 11h, apesar de tudo já estar em funcionamento. “A partir de 15 de julho entram os nadadores salvadores efetivos até 15 de setembro”, finaliza o presidente da Junta.

Segundo o vereador do Turismo, a

Praia de Zebreiros passou com distinção na vistoria da Polícia Marítima. “Muito acima da média”, refere Carlos Brás.

Por construir, ou remodelar, ficam – numa segunda fase – os acessos à praia que, segundo Isidro Sousa, poderão ser feitos através da construção de uma nova via que atravessa um terreno dos Serviços Municipalizados de Águas e Saneamento (SMAS) ou por uma quinta, através de terrenos privados.

Praias fluviais de Gondomar prontaspara receber turistas na época balnear

> A praia de Zebreiros é inaugurada a 18 de julho, pelas 11h, após as obras de remodelação

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25VIVACIDADE JULHO 2015

Destaque

Ruben Pereira(Gondomar)

“Decidi vir hoje à praia de Zebreiros. Costumava vir cá há uns anos mas já não vinha há muito tempo. Uma das vantagens desta praia é não haver vento.”

Fátima Santos(Gondomar)

“Pessoalmente gosto mais das praias fluviais porque sinto-me mais à vontade com os miúdos aqui no rio. Já frequentei a praia de Zebreiros há uns anos atrás e entretanto soube que andavam em remodelações e vim. Gostei e tenho vindo.”

VOX POPPRAIA FLUVIAL OU

MARÍTIMA?

Praia da Lomba começou a estação com bandeira vermelha

As análises feitas no início da época balnear confirmavam a existência de salmonelas nas águas do Douro que banhavam a praia da Lomba. Perante este cenário, os nadadores salvadores foram obrigados a erguer a bandeira vermelha e proibir os banhos públicos. A 9 de julho, a Direção Regional de Saúde do Norte deu como “aptas” as águas para a época balnear.

Para o presidente da Junta de Freguesia

da Lomba, Rui Vicente, a questão da análise da qualidade da água foi uma “situação difícil de gerir dado que a afluência à praia é bastante grande”. “As pessoas queriam vir para a praia da Lomba, a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal fizeram um grande esforço nos últimos meses para criar condições para as pessoas que visitam a praia e esta situação das salmonelas veio estragar o cenário em volta de todo este trabalho”, admite o autarca que logo acrescenta que “não deixa de ser caricato esta demora toda em torno das análises”. “O delegado de saúde identificou salmonelas em setembro do ano passado e até lá nunca mais se preocupou com as análises e agora em cima da época balnear é que se lembraram todos das análises. É caricato mas nós como uma entidade de

bem pensamos que todos trabalhamos de uma forma séria e queremos o melhor para a comunidade e para o concelho e por isso não me passa pela cabeça que esta seja uma questão política”, refere Rui Vicente.

Fluvial vs. MarítimoRui Vicente não tem dúvidas. Desde

o ano passado que o seu novo executivo tem-se preocupado bastante com as condições da praia, garante ao Vivacidade. “Isso pode-se ver, colocamos passadiços de forma a que a mobilidade na areia seja mais fácil e colocamos alguns chuveiros. Estamos também a intervir nos acessos à praia e esperamos, dentro de pouco tempo, ter uns acessos muito melhores à praia e uma orientação de trânsito muito mais calma para o conforto de todos ainda nesta

época balnear”, explica. A procura pelas praias fluviais vem de

quem dá preferência ao “sossego” e aos banhos com água mais calma e quente, garantem os visitantes. Rafael Moreira é um dos socorristas da praia fluvial da Lomba e confirma as vantagens das praias banhadas por rios, onde os problemas com os banhistas são menores. “No mar é sempre tudo mais aleatório, nunca se sabe o que se espera, as pessoas não conhecem as correntes, tem mais fundões, é mais complicado e no rio, se respeitarem as regras, nunca vai surgir uma anomalia, um afogamento ou algum pânico por parte de um banhista”, esclarece. Em Gondomar, praia só mesmo no rio e por esta altura do ano milhares de pessoas preferem esta opção. ■

Foto DR

> O início da época balnear na Lomba teve bandeira vermelha > A praia da Lomba fica lotada aos fins de semana

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Cultura

O auditório da Junta de freguesia de S. Pedro da Cova acolheu, a 4 de julho, a entrega de prémios do 32.º Concurso de Qua-dras Populares ao S. Pedro. O vencedor foi, pela segunda vez consecutiva, o Poeta X, emigrante na África do Sul.

Texto e fotos : Ricardo Vieira Caldas

Poeta X repete proeza e vence 32.º Concurso de Quadras Populares ao São Pedro

“Um concurso que ultrapassou os li-mites da freguesia”, garante a União das Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova, responsável por mais uma edição do Con-curso de Quadras Populares ao São Pedro. A iniciativa conseguiu, uma vez mais, jun-tar concorrentes de todo o país, sendo o 1.º classificado natural da freguesia de S. Cosme, atualmente a residir na África do Sul. Ao todo foram apresentados a concur-so 375 trabalhos, dos quais 328 de adultos e 47 na categoria sub-18, num total de 83 autores, dos quais 10 apresentaram-se pela primeira vez. Para além do Poeta X, que ficou em primeiro lugar, os vencedores da 32ª edição foram Camélia, em 2.º lugar, e Mara, em 3.º. Na categoria sub-18 a vence-dora foi a participante com o pseudónimo de “princesa” [ver caixa].

Na cerimónia, o presidente da UF de Fânzeres e S. Pedro da Cova, Daniel Viei-ra, saudou o público presente e destacou a forte participação na iniciativa. “Este con-

1.º ClassificadoSão Pedro! De Pá e PicaVou na rusga p’ra lembrarQuem com o suor em bicaFez esta Terra singrar!Poeta X

2.º ClassificadoHá quem faça mil projetosP’ra ver vidas destruídasE quem, debaixo dos tetos,Meu S. Pedro, faça vidas!Camélia

3.º ClassificadoS. Pedro, saias modernas,Como balões, são engano,Pois vejo excesso de pernas…Ou será falta de pano?!Mara

Menções Honrosas:S. Pedro do céu descendoNuma nuvem de orvalhadasChega à festa convivendoCom seu povo de mãos dadas.Mensagem

Em São Pedro tudo é bom;Canto, dança, diversão…Lindas marchas, luzes, som,Fé, cultura e tradição!Amantes das Tradições

No São Pedro há balões,muitos foguetes no ar,bailinhos de corações;quase prontos a estourar!Filho do Santo

Na rusga diz-me que sim…Em casa diz-me que não…

As Quadras premiadasÓ São Pedro, dai-me a chaveP’ra lhe abrir o coração!Papoila

Na fogueira das paixões,Vai, São Pedro, a mocidade:Ardem sonhos, ilusões-Restam cinzas de saudade…Vivida

Ai, S. Pedro, nesta altura,Anda, de cravo na mão,Muito “balão” em figuraA vender tanta ilusão!...Eleitor

Ó meu S. Pedro, eu fico,Em cada ano que passa,A ver o meu “manjerico”Perdendo frescura e graça!Solteirona

Categoria Sub 181.º LugarQuero bailar no São PedroCom fulgor na noite inteira.Sou jovem, não tenho medoDe me queimar na Fogueira.Princesa

Menções Honrosas:Com chinelinha calçadaE tua saia de folhos,És a menina prendadaDa menina dos meus olhos.Romântica

Ó São Pedro pescadorQue pescas num outro marTu sabes pescar amor…Vem ensinar-me a pescar!Pica

curso já ultrapassou as barreiras e os limi-tes geográficos da freguesia, do concelho e do país. Procuramos promover o gosto pela quadra, neste caso concreto, junto dos mais jovens. Queremos sempre contar com a participação da população na vida cultural das nossas freguesias”, lembrou o autarca.

Eugénia Faria, funcionária da União de Freguesias e membro do júri, também dis-cursou na entrega de prémios e confirmou a qualidade dos trabalhos. “Ao júri apraz registar a qualidade dos trabalhos apre-sentados. Na categoria sub-18 o júri regista com tristeza a fraca adesão das camadas mais jovens a estas iniciativas culturais. Este facto leva a pensar em novas formas e processos de cativar esta faixa etária”, ex-plicou. No final da entrega de prémios, o júri decidiu homenagear Anabela Cardoso, uma professora na freguesia, vítima mortal num acidente rodoviário ocorrido recente-mente. ■

> A cerimónia realizou-se no auditório da Junta de Freguesia de S. Pedro da Cova

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Política

Face à “situação de exceção” que o Município vive, a autarquia de Gondomar decidiu, a 8 de julho, em reunião pública descentra-lizada realizada em Rio Tinto, uma série de medidas de reestru-turação da despesa.

Município corta nas despesas numa“situação financeira de exceção”

As propostas aprovadas com um voto con-tra da CDU e outro do PSD e mais uma abs-tenção social-democrata, serão aplicadas já no segundo semestre deste ano e apontam para a redução de 1% da transferência sobre a massa salarial dos trabalhadores da Autarquia para a Associação Mutualista dos Trabalhadores do Município de Gondomar, 0,5% da transferên-cia sobre a massa salarial dos trabalhadores da Autarquia para o Centro Cultural e Desportivo dos Trabalhadores do Município de Gondo-mar e 15% da verba sobre a componente va-

riável das transferências para as Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários. A estas medidas junta-se a redução de cerca de 18%, decidida na anterior reunião de Câmara Municipal, na cabimentação feita para o Pro-grama de Apoio ao Movimento Associativo de Gondomar. A autarquia explicou, através de um comunicado, que “a situação financeira de exceção deriva do processo de execução fiscal relativo à devolução de verbas do Fundo Social Europeu indevidamente utilizadas no valor de 6,22 milhões de euros, mais juros e custas, num total que ronda os 11 milhões de euros.” Segun-do o Município, “apesar do esforço promovido pelo executivo, quer através da interposição de recurso para o Tribunal Central Administrati-vo, quer através de diligências junto do Gover-no, solicitando um regime excecional para o perdão de juros e para o alargamento do prazo de pagamento, não há ainda qualquer garantia de êxito do peticionado, nem sinal de que tal possa vir a acontecer.” Sendo assim, “volvidos

três meses, o executivo tem vindo a preparar e a promover um conjunto de medidas de ex-ceção, com vista a gerar uma poupança que possibilite proceder ao pagamento e liquida-ção do processo de execução fiscal no prazo de 24 meses, esperando que neste período não se tornem definitivas outras condenações contra o Município.”

“Factos apontados não justificam medidas excecionais”, diz CDU

A CDU não votou favoravelmente nas propostas apresentadas pelo executivo munici-pal, apresentando uma declaração de voto. Os comunistas “admitem como naturais as preo-cupações subjacentes à proposta, com a racio-nalização de gastos dos dinheiros públicos” mas não consideram que “os factos apontados constituam uma surpresa nem justifiquem medidas excecionais em áreas importantes como as corporações de bombeiros, as organi-zações de trabalhadores ou as juntas de fregue-

sia.” “De facto, com exceção, porventura, do caso do Parque de Estacionamento da Areosa, que surgiu inopinadamente em cima da to-mada de posse deste executivo, da diminuição das receitas por via da crise financeira, ou das políticas lesivas do Poder Local impostas pelo Poder Central, a situação financeira do Muni-cípio devia ser do conhecimento do PS, já que sempre teve vereadores em todos os mandatos anteriores”, menciona a CDU na declaração de voto, enviada às redações. “Mas em vez de alguma prudência inicial na despesa, com cri-térios bem definidos e uma comunicação clara da situação aos munícipes, a maioria optou por afirmar-se através de despesas evitáveis em contextos de restrições financeiras: fosse no, no nosso entender desnecessária, mudança da marca do concelho, fosse no excesso de even-tos e festas – e na respetiva publicidade – que claramente pretenderam marcar a diferença, com retorno duvidoso para o Município”, refe-re ainda o documento. ■

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Política

“A população quer que eu continue e há uma leique me impede de continuar”

Há dez anos à frente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte, Nuno Coelho não quer pen-sar no dia em que vai ter que abandonar o cargo. Apesar de ser a favor da rotatividade dos cargos políticos, o autarca não esconde que “acha injus-ta” a lei que impede a população de querer man-ter alguém a comandar os destinos da freguesia. O Vivacidade acompanhou um dia na rotina de Nuno Coelho.

Texto e fotos: Ricardo Vieira Caldas e Pedro Santos Ferreira

O relógio marca 8h50 quando Nuno Coelho, presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte, chega a uma confei-taria situada em frente ao edifício da Junta para tomar o pequeno-almoço. Enquanto se vai atualizando com as notícias publica-das pela imprensa diária, tem já na mente a agenda para o dia. “Vou ao cemitério quase todos os dias, passo pela Cruz Vermelha e dou prioridade a ir aos locais perceber os problemas das pessoas”, começa por dizer.

O atual mandato - o último de Nuno Coelho - é um assunto que o presidente da Junta de Baguim prefere não abordar. O autarca considera “injusta” a lei que impe-de um presidente candidatar-se a mais de dois mandatos - de quatro anos - consecu-tivos. “Ou continuo na política ou tenho que entrar noutra área”, lamenta ao Viva-cidade. Arquiteto de profissão, Nuno Coe-lho crê que ainda é cedo para abandonar a política, apesar de achar que o seu cargo enquanto autarca exige muito trabalho. “Não é fácil ser presidente de Junta. Tem que ter capacidade crítica, não pode ser um indivíduo demasiado distante e tem que ter empatia suficiente para sentir os

problemas dos cidadãos”, adianta sem se querer alongar muito sobre o tema.

Na Junta há cinema para os alunos da Centro Escolar de Baguim. A iniciativa se-manal impulsionada pelo presidente, que prefere ver “o auditório ocupado”, é o “pri-meiro contacto de muitas crianças” com a sétima arte.

Já no gabinete do executivo, Nuno Coe-lho, despacha requisições, documentos e processos da autarquia. Entre os pedidos mais urgentes destacam-se os casos de “de-semprego, procura de habitações e apoios sociais”. Os aspetos sociais são, de resto, uma constante preocupação do autarca so-cialista. Na Junta de Freguesia de Baguim do Monte há, por exemplo, formação con-junta para a população e a abertura da épo-ca balnear para crianças e idosos, com via-gem e monitorização a cargo da autarquia. Ainda na área social, o mais recente pro-jeto da Junta de Baguim, a delegação gon-domarense da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), instalada na antiga Escola Básica de Torregim, merece a atenção diária de Nuno Coelho que tem acompanhado de perto a evolução das obras no edifício sede

Veja mais

> O projeto mais recente: Cruz Vermelha Portuguesa

> Pequeno almoço perto da Junta de Freguesia

> O autarca tem acom panhado o trabalho dos voluntários da CVP

Page 29: Edição de julho de 2015

29VIVACIDADE JULHO 2015

Política

“A população quer que eu continue e há uma leique me impede de continuar”

e o apoio prestado à população.Ao nosso jornal o presidente revela a

próxima valência a ser inaugurada na CVP. “A Casa Abrigo de Emergência Social vai ter uma tipologia T3 para situações de emergência, ou seja, vítimas de violência doméstica que vão ficar protegidas durante uma ou duas semanas, no máximo. A casa terá as condições mínimas de habitação: três quartos, uma sala, uma cozinha e uma casa-de-banho”, explica o autarca.

Durante a manhã, Nuno Coelho apro-veita ainda para visitar o cemitério da fre-guesia onde estão a decorrer obras de re-modelação. “Vamos criar um espaço para as cinzas com várias roseiras e uma oliveira plantada”, afirma. O equipamento é uma das principais fontes de rendimento da Junta e já sofreu várias intervenções na sua estrutura. Uma das próximas poderá ser a criação de uma zona verde com relvado se-melhante aos memoriais americanos.

Duas obras “obrigatórias”antes de acabar o mandato

À data desta reportagem ainda não ti-nha sido lançado o concurso para a cons-

trução do Centro de Saúde de Baguim do Monte, no entanto, Nuno Coelho apontou a obra como uma das lutas que gostaria de ver conquistadas antes de abandonar o cargo. “Só fico descansado quando tiver a primeira pedra lançada mas sei que o Centro de Saúde vai começar a ser cons-truído antes de eu sair”, deixa escapar ao Vivacidade. A segunda empreitada que o autarca quer ver concluída prende-se com a construção de uma cobertura para o Po-lidesportivo do Crasto, equipamento que serviria ainda para a instalação de hortas comunitárias.

Já em construção está a desejada ro-tunda de Vale de Ferreiros, após vários anos de reivindicação baguinense. “É uma obra fundamental à fluidez do trânsito que deve demorar cerca de um mês a ficar pronta”, explica o presidente.

Para a concretização da obra a Junta conta com o apoio da Câmara de Gon-domar e Nuno Coelho admite uma “me-lhoria” na relação com o executivo lidera-do por Marco Martins. “O executivo do Município de Gondomar partilha a nossa forma de pensar”, conclui o autarca. ■

> Obras de remodelação na CVP > O bom relacionamento com os funcionários da Junta

> No carro, ouvem-se as notícias do dia

> Nuno Coelho visita o cemitério da freguesia diariamente

> O autarca faz reciclagem na Junta> Atendimento aos cidadãos no gabinete do autarca> Pequeno almoço perto da Junta de Freguesia

> O autarca tem acom panhado o trabalho dos voluntários da CVP

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30 VIVACIDADE JULHO 2015

Política

“Reviravolta do PDMno centro de Rio Tinto”, acusa o MovimentoMarco Martins não percebe contestação eafirma que fez “o que sempre defendeu”A Assembleia Municipal de Gondomar aprovou, por maioria, a 29 de junho, a proposta de Plano Diretor Municipal (PDM) apresentada pelo executivo. A discussão pública já terminou mas o Movimento em Defesa do Rio Tinto (MDRT) acusa a autarquia de um “tremendo embuste” no que diz respeito à proposta para o Centro Cívico de Rio Tinto.

Texto e fotos: Ricardo Vieira Caldas

“De uma maneira deliberada a Câma-ra Municipal de Gondomar apresentou uma proposta, com vários aspetos posi-tivos, que foram totalmente trucidados na versão final, aprovada em reunião de executivo”, afirma o MDRT. “A limitação da capacidade de construção no chama-do Centro Cívico de Rio Tinto não pas-sou de uma promessa falsa do presidente da CMG. Esta zona voltará a ser mais um alvo para a especulação imobiliária”, aler-ta o movimento, que fez questão de mar-car presença na Assembleia Municipal. O ponto em questão foi retirado da ordem de trabalhos no próprio dia, pelo presi-dente do órgão deliberativo, Aníbal Lira.

O presidente do Município, Marco Martins, diz não perceber “toda esta con-testação”. “O assunto não foi discutido hoje porque o presidente da Assembleia Municipal achou melhor dado que não estava previamente agendado. Acabou por ser adiado. No entanto, não percebo a contestação porque foi a melhor solução encontrada para realizar o que sempre defendi para aquela zona, até quando era presidente de Junta”, explicou ao Vivaci-dade, à margem da Assembleia Municipal de 29 de junho. Aníbal Lira também expli-cou a retirada do ponto da ordem de tra-balhos. “Há sempre uma reunião antes da Assembleia com os líderes dos partidos. Acertei com eles uma ordem de trabalhos e desse acerto não constava esse ponto. Entretanto o presidente ligou-me e disse que esse ponto ia à reunião de Câmara e pediu-me para acrescentar à Assembleia.

Assim o fiz mas depois refleti e disse que os líderes dos grupos parlamentares não tinham conhecimento desse ponto por isso decidi retirar para analisarmos na próxima Assembleia Municipal. Ninguém se opôs e foi retirado”, comentou.

“Gondomar continua a ser palco de jogos de interesses”

Segundo o MDRT, os terrenos co-nhecidos como Quinta do Cristóvão [na parte de cima da avenida do Rio Tinto, junto ao Centro de Saúde] foram pro-postos como zona verde a 15 de maio, na proposta do PDM colocada à discussão. Já em discussão pública, na reunião rea-lizada em Rio Tinto, “ficou claro, pela voz do vice-presidente da CMG que afinal a classificação deste terreno poderia mudar radicalmente”, explica o movimento. “Um terreno que, antes deste PDM, fazia parte da Reserva Agrícola Nacional passou de um momento para o outro a ter elevada capacidade de construção”, lê-se num co-municado do MDRT. O grupo refere que “por um acaso do destino, o presidente da CMG propõe-se, na mesma semana, comprar à Lar D’Ouro – Sociedade de Construções Lda., dois terrenos na zona do centro de Rio Tinto”. “Não temos dú-vidas, Gondomar continua a ser palco de jogos de interesses, que em nada contri-buem para um futuro melhor deste con-celho. Não vemos nada de transparente neste processo que, claramente, envolve personagens de um passado recente com

os atuais líderes autárquicos”, continua o movimento.

Marco Martins explicou ao Vivacida-de que “esta foi a forma de revogar o plano de pormenor que previa a construção de quatro torres no antigo território da feira de Rio Tinto e o Fórum Cultural no terre-no entre a Avenida e o Metro.” “O terreno da parte de cima, com o Centro Paroquial do lado esquerdo e o Centro de Saúde do lado direito pode ter construção, a parte de baixo tem que ser para o Parque Ur-bano. O que a Câmara fez foi optar pela via do direito privado para poupar di-nheiro e acautelar um processo judicial futuro. Tínhamos vários problemas com aquela zona. Havia um contrato de pro-messa de 1996, em que a Câmara pagaria aquele terreno a 75€ por metro quadrado e dava capacidade construtiva de ambos os lados superior ao atualmente permiti-do. A Metro pagou esse terreno a 110€ em 2008/2009 quando expropriou a linha do metro. O que fizemos foi negociar e pagar a 46€ por metro quadrado e impedir que mais tarde viesse o proprietário reclamar aquela faixa de terreno que a Avenida ocupou em 1996”, esclarece. “Resolvemos o processo, fizemos um bom negócio para a Câmara, pagamos a metade do preço e evitamos processos judiciais futuros. Não percebo esta especulação. O que está ser feito é o que sempre defendi como presi-dente de Junta. Queremos construir um parque urbano e não permitir que haja construção no antigo parque urbano”, acrescenta o presidente da Câmara. ■

O PDM pelas vozes da Assembleia

António Valpaços (CDU)

“Assistimos a uma continuidade na forma como o processo de revisão do PDM foi levado a cabo durantes estes últimos dez anos, envolvido num ambiente de secretismo conduzindo a que, deliberadamente, a população e os eleitos municipais fossem afastados da definição das grandes opções estratégicas para o planeamento e gestão do território do nosso concelho.”

Sandra Cunha (PSD)

“Não foram respeitados os compromissos assumidos pelos executivos anteriores, relativamente à execução de determinadas infraestruturas, que implicaram a ocupação de terrenos privados, que não foram tidos em conta nesta revisão do PDM. Gostaríamos de saber o porquê do período de discussão pública para esta revisão do PDM, ter sido demasiado diminuta (embora a lei o permita).”

Rui Nóvoa (BE)

“Um PDM não é para legalizar a ocupação ou o uso que tem sido feito dos solos. Um PDM não pode ser visto como instrumento para que qualquer meia - dúzia de promotores imobiliários obtenha brutais mais-valias urbanísticas, mas antes como projeto de cidade, que valorize a participação cívica na qualificação do território.”

Luís Filipe Araújo, vice-presidente da Câmara (PS)

“Gondomar é o que é, não tem uma Torre dos Clérigos, queremos que seja um concelho com qualidade vida, que seja capaz de fixar os gondomarenses. Estamos cientes que ainda temos uma fraca qualidade de espaço público e uma necessidade de reorganizar o espaço público. Os PDM’s não são a salvação deste assunto mas podem definir regras para estes planeamentos.”

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Desporto

A 2ª Gala “Os Gondoméri-tos, realizada pelo Gondomar Futsal Clube, a 20 de junho, no Centro Social e Paroquial de Valbom, premiou atletas e dirigentes do clube no encer-ramento da época 2014/2015.

Pelo segundo ano consecutivo a gala “Os Gondoméritos” do Gondomar Futsal Clube distinguiu atletas das três modalida-des - futsal, atletismo e dança – pelo de-sempenho realizado esta época.

Deolinda Pinto e Pedro Gonçalves apresentaram o evento que contou com cerca de 500 pessoas no Centro Social e Paroquial de Valbom.

“Esta iniciativa só foi possível porque o clube possui homens e mulheres fan-tásticos que dão tudo o que têm e o que não têm, o que nos distingue claramente

Gondoméritos premiaram atletasdo Gondomar Futsal Clube

Formação regressa na próxima época:Durante a gala Telmo Viana deixou duas novidades aos sócios e simpatizantes do clube. Na próxima época o clube volta a ter camadas jovens [já estão a decorrer as captações] e vai apresentar um novo site, totalmente reformulado.

de muitas outras associações”, disse Telmo Viana, presidente da direção do Gondo-mar Futsal Clube.

Entre os premiados no atletismo desta-cam-se os atletas Pedro Tapadas, Atleta do Ano na vertente estrada, Lucinda Sousa, Atleta do Ano na vertente trail, e Paulo Al-ves, Prémio de Mérito na vertente atletis-mo. Na dança André Castro foi galardoado com o prémio de Mérito Desportivo. Já no futsal Paulo Silva, foi Mérito Desportivo, Amado Marques obteve o Desempenho do Ano, Paula Madureira, Colaborador do

Ano e a Câmara Municipal de Gondomar foi Parceiro do Ano do Gondomar Futsal Clube. A finalizar a gala José Lucílio, co-nhecido por “Cilo” foi distinguido com o Prémio Mérito e Gratidão.

Sandra Almeida e Maria João Marinho, vereadoras do Município de Gondomar, José António Macedo, presidente da União das Freguesias de Gondomar (S. Cosme), Valbom e Jovim, Manuel Pinto, presidente da Federação das Coletividades do Con-celho de Gondomar, Graciano Martinho, presidente da Associação Comercial e In-

dustrial de Gondomar e Jaime Martins, diretor geral da empresa Águas de Gon-domar, entre outros, marcaram presença no evento. A noite contou ainda com dois momentos de entretenimento protagoni-zados pelo humorista Óscar Branco e Dia-na Fonseca. ■

Fotos DR

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Desporto

O Sport Clube de Rio Tinto organizou, entre os dias 20 e 21 de junho, o Rio Tinto Cup, competição de 5 e de 7 anos que contou com cerca de 500 atletas dos escalões sub-7 até aos sub-12.

A Piscina Municipal de Rio Tinto celebrou, a 1 de julho, 20 anos de existência. O equi-pamento com 3500 utilizado-res diários poderá agora ser alvo de algumas melhorias no seu interior.

O Mosteiro FC sagrou-se vencedor do 18.º Torneio de Futsal sub-13 de Gondomar, ao bater na final a Juventude Desporti-va de Gondomar “A” por 2-1, no Multiusos de Gondomar.

A primeira edição da Rio Tinto Cup levou centenas de atletas e adeptos ao está-dio do Sport Clube de Rio Tinto. Durante dois dias realizaram-se vários jogos aber-tos ao público com o objetivo de promover experiência competitiva e o confronto des-portivo entre as 36 equipas, dos 17 clubes representados.

Em competição estiveram atletas nas-cidos entre 2003 (sub-12) e 2008 (sub-7) do SC Rio Tinto, CF Perosinho, CR Ataen-se, Dragon Force Ermesinde, Dragon For-

José Silva, responsável pelo equipamen-to desde a sua abertura, traçou ao Vivaci-dade um balanço positivo e garantiu que as piscinas sempre prestaram um serviço de qualidade à população. “Os utilizadores que temos reconhecem essa prestação de serviços. Temos cerca de 3500 utilizadores em média, dos quais 1800 estão em aulas aqui”, indicou. A direção da piscina or-ganizou uma pequena cerimónia e várias atividades lúdicas para não deixar passar a data. A autarquia também foi convidada para um bolo de aniversário. “O próximo passo é uma reestruturação no edifício”, esclareceu José Silva. “Não conseguimos mexer nos tanques porque estão fechados a toda a volta. No edifício estamos a prever fazer obras assim que haja disponibilidade financeira da autarquia. Os tempos não são fáceis e não podemos pedir o impossível.

O pavilhão Multiusos de Gondomar acolheu a 5 de julho a final da 18ª edição do Torneio de Futsal sub-13 do concelho de Gondomar. A competição organizada pela Es-cola Desportiva e Cultural de Gondomar teve como vencedor o Mosteiro FC – que partici-pou no torneio pela primeira vez - equipa que bateu a Juventude Desportiva de Gondomar “A” por 2-1, na final.

No total, passaram pelo campo 20 equipas que disputaram vários jogos de exibição. Para o fim ficaram os jogos de apuramento de 3.º e

Rio Tinto Cup promoveu futebolde formação com 500 atletas

Piscina Municipal serve riotintenses há 20 anos

Mosteiro FC venceu 18.º Torneio de Futsal Concelhio sub-13

ce Matosinhos, Estrelas FC Fânzeres, GD Águas Santas, Geração Benfica Matosi-nhos, Gondomar SC, Lusitanos FC Santa Cruz, Rebordosa AC, SC Castelo Maia, SC Freamunde, SC Montezêlo, UD Sousense, UD Valonguense e Vilanovense FC.

“Este é um primeiro grande evento destinado a atletas mais jovens. A ideia partiu do coordenador de toda a formação do SC Rio Tinto, António Gonçalves, em conjunto com André Queirós e dois trei-nadores das camadas jovens. Decidimos

fazer esta festa para homenagear os nossos miúdos e dar-lhes competitividade porque não têm competições regulares durante o ano”, explicou Francisco Freitas, diretor de comunicação do SC Rio Tinto.

O Rio Tinto Cup ficou marcado pelo ambiente de festa nas bancadas e no relva-do.

“Resultados motivam-nos para continuar no próximo ano”

Ao Vivacidade, Nuno Fonseca, presi-

dente da Junta de Rio Tinto, entidade que apoiou a competição, mostra-se satisfeito com o resultado obtido na primeira edição.

“O SC Rio Tinto apresentou-nos um projeto interessante e não tivemos receio em investir financeira e logisticamente neste torneio. As competições infantis têm uma envolvência maior do que alguns tor-neios de seniores porque envolvem muito as famílias e só vejo motivos para a Rio Tinto Cup continuar no próximo ano”, concluiu o autarca. ■

Também temos um projeto que passa por re-modelar o edifício”, acrescentou. Da parte do Município, Luís Lobo, adjunto da vereadora do Desporto esteve presente na cerimónia e acredita que no próximo ano as obras pos-sam começar. “Estava previsto começar este ano, mas tendo em conta os constrangimen-tos financeiros que surgiram, em princípio, no próximo ano vamos reformular a piscina. Já é necessário porque o equipamento está a ficar velho e é necessária uma reorganização do espaço. Temos dois ginásios mas não es-tão preparados para a afluência que esta pis-cina tem. Não há oferta suficiente para a pro-cura que existe. Esta é a mais antiga por isso vai ser reformulada. Há mais seis piscinas no concelho, para além desta”, indicou.

“Esta foi a primeira piscina construída em Gondomar e é a que tem mais alunos em todo o concelho”, lembrou Luís Lobo. ■

4.º lugares e final.O 3.º lugar ficou entregue à Casa do FC

Porto de Rio Tinto que venceu nas grandes penalidades o CRD Santa Cruz, após o empate em 3-3 no tempo regulamentar da partida.

No final da competição foram entregues os prémios individuais da competição. Tiago Basto, atleta do CRD Santa Cruz, foi distin-guido como melhor jogador e marcador da prova. O Mosteiro FC levou para casa o troféu de Melhor Defesa. Já o Prémio Disciplina foi entregue ao Grupo Zés Pereiras do Passal. ■

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Desporto

Ismael Queirós, vencedor da meia maratona:

“A criação da meia maratona foi positiva para a prova, para os atletas e para Gondomar. A prova ainda tem algumas lacunas mas vai evoluir e atrair cada vez mais atletas”

Vozes dos vencedores:

Fátima Silva, vencedora da meia maratona:

“Fiquei muito feliz com a vitória e gostei muito do percurso. A organização está de parabéns”

Bruno Ferreira, vencedor da mini maratona:

“Esta prova tem margem para crescer e está bem organizada. Se tiver oportunidade tenciono voltar no próximo ano para defender o título”

Marta Marques, vencedora da mini maratona:

“Ganhar é sempre bom. A prova era dura, tinha muitas subidas mas valeu a pena o esforço”

Ismael Queirós venceuI Meia Maratona D’Ouro RunA zona ribeirinha de Gondo-mar voltou a reunir milhares de pessoas na 1ª edição da Meia Maratona D’Ouro Run. Ismael Queirós, atleta do Maia Atlético Clube, venceu a prova marcada por um am-biente festivo.

Texto: Pedro Santos FerreiraFotos: Pedro Santos Ferreira e Ricardo Caldas Vieira

Uma hora e 15 minutos foi o tempo necessário para Ismael Queirós percor-rer os 21 quilómetros traçados para a Meia Maratona D’Ouro Run. O atle-ta do Maia Atlético Clube (Maia AC) participou pela segunda vez na prova e mostrou-se “felicíssimo” com a con-quista do primeiro lugar. “O mais im-portante é conviver e gerar cumplici-dades mas estou feliz por ter ganho a meia maratona”, afirmou o vencedor.

Na categoria feminina Fátima Silva, do Clube Desportivo da Póvoa, venceu a I Meia Maratona D’Ouro Run. Bru-no Ferreira, na categoria masculino e Marta Marques, do Maia AC, na cate-goria feminino, conquistaram a lide-rança da prova de 10 quilómetros.

No final o ambiente entre corre-dores e caminhantes foi de festa com a boa disposição a marcar o encerra-mento da D’Ouro Run.

“Mais uma vez o balanço é po-sitivo”

Ao Vivacidade, Carlos Ferreira, or-ganizador e responsável pela empresa EventSport, faz um balanço positivo da aposta no alargamento do percurso para os 21 quilómetros. “Conseguimos atin-gir cerca de 2.400 inscrições, a grande maioria na meia maratona que foi uma aposta conseguida. Na caminhada re-gistamos cerca de 700 pessoas e admito que ficou um pouco aquém do que pre-tendíamos mas esperamos melhorar no próximo ano”, refere o responsável pelo evento.

Contudo, Carlos Ferreira acredi-ta que a prova ainda tem capacidade para crescer e espera atingir os quatro mil participantes na próxima edição. No próximo ano o organizador espera ter “prémios mais significativos”, com o apoio dos patrocinadores, para os ven-cedores das provas e para os atletas com idade mais avançada.

Câmara Municipal de Gondomar quer continuidade da prova

Após o final da I Meia Maratona D’Ouro Run, a vereadora do Desporto do Município de Gondomar, Sandra Al-meida, revelou a intenção de manter a prova e a meia maratona.

“Esta é uma corrida muito alegre, muito positiva, com um grande am-biente e que queremos manter. O local é privilegiado e queremos que as pessoas se divirtam enquanto promovem o seu bem-estar”, afirmou a vereadora, em en-trevista ao nosso jornal. ■

> Ismael Queirós cruzou a meta 1h15m após a partida

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Desporto

RunRiver, a nova escolade atletismo de Rio TintoA RunRiver – Escola de Atletismo de Rio Tinto é o mais recente projeto de formação de jovens com vontade de praticar a modalidade.Ao Vivacidade, os fundadores revelam os mo-tivos que levaram à criação de uma “estrutura que desse apoio aos jovens”.

Mudançasna capital, estabilidadeno Olival

VIVA DESPORTOTiago NogueiraJornalista / estudante de psicologia

Com Rui Vitória no comando, o Benfica terá, no mínimo, cinco jogadores da formação no plantel principal rejeitando, com isto, ir pelo caminho mais fácil, visto que muita da qualidade dos futebolistas portugueses é potencializada durante a formação, mas na hora da verdade não é devidamente aproveitada. Infelizmente, o jogador que chega do estrangeiro tem lugar cativo no nosso futebol. Porém, tendo em conta as atuais circunstâncias do país, auguram-se excelentes oportunidades para os atletas portugueses, que tantas vezes são subvalorizados. O nosso futebol está ansioso para que tal aconteça.

Jorge Jesus viajou apenas três quilómetros, mas com um risco enorme. O futebol é feito de vitórias e se estas começarem a desaparecer do horizonte, tudo ficará diferente e os méritos do passado serão facilmente esquecidos por muitos dos que veneravam os seus êxitos. O técnico natural da Amadora trocou o SL Benfica, onde foi bicampeão nacional, pelo clube de coração, o Sporting CP. Saiu da equipa encarnada com a sensação de dever cumprido, recuperou a glória nacional e respeito internacional, sendo que pelo meio potenciou uma série de jogadores, tanto a nível desportivo como financeiro. O desperdício de Bernardo Silva, a maior joia da formação das águias, foi uma das manchas no seu currículo, bem como as fracas prestações na Liga dos Campeões. No entanto, é indiscutível que Bruno de Carvalho fez uma jogada de mestre neste mercado, ao retirar o melhor treinador do campeonato ao seu rival sendo que este vai chefiar a armada sportinguista rumo a um título nacional que foge desde 2002. As subidas ao plantel principal de Gelson Martins e de Wallyson - duas pérolas da equipa B do Sporting - são um reconhecimento de Jesus de que algo diferente teria que ser feito. Se os erros do passado deste treinador servirem de catapulta para a sua aprendizagem, o sucesso estará, inequivocamente, mais perto.

Longe das polémicas e a reforçar-se com bastante qualidade está o FC Porto. André André e Sérgio Oliveira são dois excelentes jogadores, perfeitos conhecedores do campeonato e que, acima de tudo, sentem o clube e possuem a famosa Mística, que anda desaparecida pela bela cidade Invicta. De facto, no futebol o tamanho importa... O tamanho do coração. Muitas vezes um jogo de futebol é decidido num pormenor e a enorme paixão e intensidade com que se disputa cada lance pode ser a chave que fará abrir a porta da vitória. De França chegou também Imbula, um jovem box-to-box recheado de intensidade, muito forte fisicamente e com um excelente pé esquerdo. Estão reunidos os ingredientes para uma época fantástica, resta-nos então esperar ansiosamente por ela. ■

A 15 de setembro deste ano, a RunRiver – Escola de Atletis-mo de Rio Tinto vai inaugurar oficialmente a sua atividade com o início dos treinos – às terças e quintas, entre as 18h45 e as 19h45 – na Escola Básica Infanta D. Mafalda. O proje-to fundado por Avelino Ne-ves, Carlos Tavares, Eduardo Brandão, Paulo Almeida e Rui Pedro Alves, surge da “neces-sidade de criar uma estrutura que desse apoio aos jovens que gostam de atletismo”, admite Rui Pedro, responsável pela gestão administrativa e finan-ceira da RunRiver.

A ideia surgiu em abril, após uma primeira reunião do grupo ligado à modalidade, e destina-se a crianças e jovens entre os oito e os 14 anos. “Es-tamos a preencher um vazio

em Rio Tinto porque já havia necessidade de criar uma es-cola de atletismo na freguesia”, adianta Eduardo Brandão, au-xiliar do treinador Carlos Ta-vares.

No primeiro ano a RunRi-ver - Escola de Atletismo de Rio Tinto prevê acolher um máximo de 15 crianças mas contempla a hipótese de au-mentar o conjunto de técnicos para dar resposta a um possí-vel aumento da procura.

A associação espera cativar os adeptos do atletismo com a organização regular de treinos abertos à população, aos sá-bados, na Quinta das Freiras. Nos objetivos do clube está a formação de uma “equipa de veteranos que possa envere-dar por outras vertentes do atletismo”, liderada por Paulo

Almeida, vice-presidente da RunRiver.

Entretanto, os três atletas já inscritos vão despertando a curiosidade de quem os vê treinar. Os atletas riotintenses André Pereira e Pedro Ferreira associaram-se ao projeto como padrinhos. A demonstração de carinho orgulha Carlos Ta-vares, técnico com formação certificada do Instituto Nacio-nal do Desporto e treinador de ambos, pela “ajuda e inspi-ração que vão dar aos futuros atletas”.

A RunRiver – Escola de Atletismo de Rio Tinto vai ser gerida pelo Centro Social de Soutelo e terá como sede a Escola Martim Fernandes. A inscrição das crianças e jovens terá um custo mensal de oito euros. ■

Texto e foto: Pedro Santos Ferreira

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Desporto

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O Estrelas Futebol Clube de Fânzeres organizou, a 20 de junho, uma iniciativa inteira-mente dedicada aos guarda--redes. António Filipe, joga-dor do Paços de Ferreira na época passada, foi o convida-do de honra.

As obras em curso em quatro campos de futebol de Gondo-mar seguem a bom ritmo e poderão começar a ser con-cluídas durante o mês de ju-lho. O investimento do Muni-cípio é superior a 1,2 milhões de euros.

Cerca de 40 atletas participaram na ini-ciativa Dia do Guarda-Redes, organizada pelo Estrelas FC de Fânzeres, no campo fanzerense. A ideia partiu de Carlos Leite, treinador de guarda-redes do clube, que a meio da época passada aceitou o desafio lançado pelo coordenador da formação do Estrelas de Fânzeres.

“Passei a coordenar o treino dos guar-da-redes do clube até aos sub-17 e vim a assumir essa função na equipa sub-19 e

Dia do Guarda-Redes reuniu 40 atletasno Estrelas de Fânzeres

Campos sintéticos começam a ficar concluídos

sénior. A ideia de realizar esta iniciativa foi surgindo aos poucos”, explica ao Viva-cidade.

Assim, a 20 de junho concretizou-se a ideia que contou com a adesão de atletas do clube, do concelho e do distrito do Por-to. O guarda-redes gondomarense Antó-nio Filipe, que representou os pacenses em 2014/2015, foi convidado a dar conselhos aos jovens atletas. “O objetivo de realizar este evento especificamente para guar-

da-redes surgiu da necessidade de atrair jovens para esta posição tão específica. Se olharmos para a 1ª Liga a maioria dos guarda-redes são estrangeiros”, lamenta Carlos Leite.

Durante a manhã a iniciativa foi dirigi-da aos mais novos com a realização de um treino específico e um almoço com os trei-nadores e António Filipe na sede do clube. A tarde ficou reservada para o exercício “batalhas de guarda-redes” em cinco esca-

lões: sub-11, sub-13, sub-15, sub-17 e sub-19. “Gondomar é um concelho que gosta de futebol e que tem produzido vários talentos, no entanto, no que diz respeito à formação de guarda-redes o Estrelas de Fânzeres é o único clube do concelho com um espaço físico exclusivamente dedicado ao treino es-pecífico desta posição”, refere o treinador de guarda-redes do Estrelas de Fânzeres.

O Dia do Guarda-Redes terá nova edi-ção na próxima época. ■

A obra em estado mais avançado é a reparação e conservação do Complexo Desportivo de Valbom. Os interiores en-contram-se em acabamento e no exterior o relvado sintético já está aplicado, falta apenas a colocação do piso na pista do atletismo, que vai dispor de uma caixa de saltos.

No Gondomar Sport Clube arrancou também a aplicação da relva sintética, após a conclusão da instalação de toda a infraestrutura de água e eletricidade. O campo do Clube Atlético de Rio Tinto re-

gista uma situação semelhante.Na Foz do Sousa, no campo do Gens

Sport Clube, iniciou-se a instalação da tela que suporta o tapete de relva sinté-tica.

O Município está a proceder à insta-lação dos relvados sintéticos com o apoio de fundos comunitários para a construção de mais dois campos sintéticos e aguarda aprovação por parte do Instituto Por-tuguês do Desporto e Juventude (IPDJ) para lançar mais duas candidaturas, para o Ataense e o Sport Clube de Rio Tinto. ■

Fotos DR

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Desporto

A 2ª edição do CCD Urban Night Bike realizou-se a 11 de julho e contou com cerca de 200 participantes a percorre-rem as ruas de S. Cosme, Fân-zeres, Baguim do Monte e RioTinto. Paulo Ferreira, padri-nho da prova, dá conta do “enorme sucesso” da iniciati-va.

O concelho de Gondomar vai receber, no próximo dia 25, a primeira corrida noturna. A sessão de apresentação da prova, intitulada “Gondo-mar Night Run”, realizou-se a 14, junto à capela do Monte Crasto. Ao Vivacidade, Luís Pereira, organizador, mostra-se confiante no “sucesso” da prova.

A prova de ciclismo “Urban Night Bike”, do Centro Cultural e Desportivo dos Trabalhadores da Câmara Municipal de Gondomar (CCD Gondomar), regres-sou ao concelho a 11 de julho. Mais de 200 participantes pedalaram cerca de 10 quilómetros num percurso traçado entre as freguesias de S. Cosme, Fânzeres, Rio Tinto e Baguim do Monte.

“Estamos muito felizes pela iniciativa

A primeira edição da Gondomar Night Run está marcada para a noite de 25 de julho, às 21h, em frente à Câmara Municipal de Gondomar. A corrida de 10 quilómetros e a caminhada de seis têm como principal atração o cená-rio noturno que será percorrido pelos atletas inscritos.

Ao Vivacidade, Luís Pereira, or-ganizador da prova, explica as “no-

II CCD Urban Night Bike contou com200 atletas

Gondomar vai receber a primeiracorrida noturna

que superou as nossas melhores expec-tativas e foi mais uma vitória no despor-to gondomarense”, admite o ex-ciclista Paulo Ferreira, padrinho da prova junta-mente com Cândido Barbosa.

Segundo o principal promotor da 2ª CCD Urban Night Bike, o sucesso da iniciativa passou por uma aposta re-forçada na “divulgação do evento e do percurso”. “Fizemos um percurso idên-

tico aos traçados das provas da Volta à Portugal porque passamos pela Câmara de Gondomar, pela Junta de Freguesia de S. Cosme e pelas festas de Rio Tinto e tínhamos pessoas a aplaudir-nos como se fosse uma prova a sério”, afirma Paulo Ferreira.

A prova contou com o apoio da Câ-mara Municipal de Gondomar e da Fe-deração Portuguesa de Ciclismo. ■

vidades” da Gondomar Night Run. “A grande diferença prende-se com a realização de uma prova de atletismo à noite, mas felizmente os atletas mos-traram-se recetivos à novidade e está a ser um sucesso. Para quem gosta de ca-minhar também é uma oportunidade de conhecer novos percursos”, refere o responsável pela prova.

A corrida, aberta a maiores de 18 anos (os menores podem participar na caminhada desde que sejam acompa-nhados por um adulto), vai percorrer

ruas e ruelas antigas da freguesia de S. Cosme, com passagem pelo Mon-te Castro, um ex-líbris do concelho, e pelo Multiusos de Gondomar.

No percurso estão previstas várias subidas, a maior com um desnível positivo com “cerca de 250 metros”, contudo, os mais de 700 inscritos na Gondomar Night Run mostram-se an-siosos pelo dia da prova.

“Padrinhos” orgulhosos e Con-fraria ansiosa pela prova

Mónica Silva, atleta do SL Benfica e madrinha da Gondomar Night Run, não duvida do sucesso da primeira edição e atesta a “elevada qualidade da prova”.

Já João Gonçalves, presidente da Confraria de St.º Isidoro e Nª Sr.ª da Lapa, mostra-se satisfeito com a passa-gem dos atletas pela capela do Monte Crasto. “É um ex-líbris de Gondomar e tem que estar aberto a estas iniciativas”, afirma ao nosso jornal.

Apresentação realizou-se no local de partida

A cerimónia de apresentação da prova teve lugar no Monte Crasto, no dia 14 de junho, onde estiveram pre-sentes os atletas Daniel Vieira Pinheiro e Mónica Silva. Sandra Almeida, verea-dora do Desporto, frisou que a corrida “é excelente, não só para a promoção da saúde e do bem-estar, mas também para o desenvolvimento económico do concelho”. O Município é coorganiza-dor da prova. ■

Fotos DR

Foto PSF

> A organização junto à capela do Monte Crasto

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Opinião: Vozes da Assembleia da República

Da Mitologia GregaMichael Seufert | CDS-PP

Escrever sobre a Grécia ou qualquer acontecimento relacionado é de um enorme perigo. A situação evolui com uma velocidade tremenda recomendando máxima prudência antes de se fazerem avaliações definitivas. Mas façamos alguma revisão da matéria dada.

Como ponto prévio tem apenas de se assinalar que a Grécia tem gigantescas necessidades de financiamento para as suas contas públicas e precisava - e precisa - de apoio dos seus parceiros europeus. Tem sempre alternativas, claro, como declarar incapacidade de pagamentos (bancarrota) e sair do Euro. Mas se quiser evitar isso (e confesso que por vezes duvidei disso) o governo grego tem de

conciliar as suas vontades com as dos parceiros que garantem o financiamento. Uma estratégia de confrontação, como vimos da parte do curioso Varoufakis, cria enorme mal-estar em governos e povos que perdem - e ao longo do processo perderam por vezes - a vontade e o incentivo de colocar o seu dinheiro na berlinda para ajudar o governo grego. O culminar da estratégia de confrontação e de fuga para a frente foi a convocação de um referendo por parte do governo grego. Simplesmente porque a nenhum dos parceiros europeus ocorreu fugir da sua responsabilidade de governante para colocar uma matéria tão complexa como um programa de assistência financeira em

forma de referendo. Seriam os gregos os mais prejudicados se mais algum país decidisse fazer o mesmo. Aliás, a inutilidade do referendo foi depois reconhecida tacitamente pelo próprio governo grego: não houve nenhum momento nos dias após o referendo em que este ou o seu resultado fossem evocados para apoiar uma qualquer posição negocial. As negociações continuaram, desde logo com a ação do governo grego, como se nada se tivesse passado mas certamente com muito mais desconfiança de parte a parte.

Com este processo aprendemos, espero, a desconfiar de quem promete soluções milagrosas para processo negociais com parceiros que

têm os seus próprios interesses. Muitos foram os que acharam que Portugal deveria assumir uma estratégia de confrontação. Do lado do PS ouvimos que as pernas dos banqueiros até tremeriam se ameaçássemos não pagar a nossa dívida. António Costa disse que a vitória do Syriza dava força ao PS. Hoje é de reconhecer que razão tinha o primeiro-ministro: o discurso do Syriza era do campo dos contos de criança. A economia grega entretanto sofreu danos muito significativos - como Portugal sofreria se seguisse a irresponsabilidade de outros. Ainda bem que não o fizemos. ■

Os campeões da defesa da democracia vão ficar calados?Isabel Santos | PS

1. Concordando ou discordando com Augusto Santos Silva, sempre reconheci nele um homem corajoso, sem medo de dizer o que pensa e de arriscar pisar a fronteira do politicamente incorreto. O domínio da direita sobre os programas televisivos de opinião há muito que se tornou notório. Quando as eleições legislativas se aproximam a passo largos, eis que somos surpreendidos com a rescisão unilateral, por parte da TVI, do contrato com Santos Silva.

Sendo que até agora nada foi dito sobre o motivo de tal rescisão mas também não foi contrariada a tese de que se terá devido à crítica proferida pelo comentador, às constante mudanças de dia e de horário do programa,

assumo, com espanto, esta explicação.Ao quadro de hegemonia ideológica

instalada - que coloca em causa a pluralidade que se exige numa democracia - junta-se um incompreensível ataque à liberdade de expressão. Diante disto, ocorre-me perguntar: onde param aqueles que há alguns anos atrás falavam de claustrofobia democrática?

2. Aproxima-se a fase de apresentação das listas de candidat os a deputados à Assembleia da República. Antes disso, os partidos vão definindo critérios de formação das listas, programas eleitorais e alguns compromissos a assumir pelos respetivos candidatos. No meio das notícias sobre os anúncios dos diferentes

partidos em relação a estas matérias, eis que deparo com a revelação de que o PSD pretende impor a renúncia de mandato aos deputados eleitos nas suas listas que entrarem em “persistente divergência com as orientações do grupo parlamentar”.

Esta notícia faz-me perguntar se os dirigentes do PSD desconhecem a Constituição ou esta é para eles algo meramente instrumental, tal como as constantes violações da lei fundamental cometidas ao longo deste mandato foram indiciando. Gostaria apenas de lembrar que a Constituição diz que deputados exercem livremente o seu mandato. Algo que não combina com a imposição de uma obediência

acrítica ao diretório partidário que o PSD pretende instalar silenciando a expressão de opiniões divergentes. Volto a perguntar: onde param aqueles que há alguns anos atrás falavam de claustrofobia democrática?

3. É curioso acompanhar os anúncios das nomeações para os diferentes postos diplomáticos. Se houvesse dúvidas sobre a vitória do PS esta análise esclareceria tudo. Quando o barco começa a afundar... Não é preciso dizer mais nada!

4. Aproveito esta oportunidade para desejar a todos/as os/as leitores/as umas boas férias! ■

A Alteração da Lei de Proteção de Crianças e JovensMargarida Almeida | PSD

A Lei de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo constitui o instrumento legal agregador de uma cultura de partilha de responsabilidades e de base comunitária, entre as diferentes entidades com especiais competências em matéria de infância e juventude, sendo igualmente potenciadora da transversalidade necessária na intervenção de proteção concreta junto das crianças e dos jovens.

Capitalizando a experiência jurisprudencial, técnica e doutrinal obtida na aplicação prática do regime jurídico da Lei de Proteção de Crianças e Jovens, que decorreu da aplicação desta lei ao longo de 12 anos, o Governo decidiu proceder á sua alteração a fim de a tornar mais eficaz.

Assim, a alteração agora introduzida constitui um contributo para a operacionalização do funcionamento das entidades competentes em matéria de infância e juventude e procede à clarificação e reforço da articulação da intervenção de base no território, reforçando,

igualmente, o papel das instituições do setor social na prevenção de situações de perigo para crianças e jovens.

Pelo que, se intensificam os níveis de comprometimento das entidades que integram a comissão de proteção de crianças e jovens, com reflexos, na composição e operacionalização da sua modalidade restrita.

Por outro lado, procede-se a uma revisão profunda da matéria respeitante à prestação de apoio ao funcionamento das comissões de proteção por parte do Estado, mediante a clarificação, densificação e ampliação da prestação de apoio, quer na vertente logística, quer na vertente financeira.

De forma inovadora, cria-se um mecanismo que permite colmatar as dificuldades de funcionamento das comissões de proteção, quanto a recursos humanos, criando a possibilidade da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção de Crianças e Jovens celebrar protocolos relativos à afetação

de técnicos de apoio às comissões de proteção, com as entidades de origem, representadas na comissão alargada

Consagra-se a possibilidade de redefinição das competências territoriais das comissões de proteção, através da criação de comissões intermunicipais, quando tal se justifique, por acordo entre municípios adjacentes, com o intuito de potenciar a qualificação da resposta protetiva a crianças e jovens locais.

Introduz-se alterações em matéria de duração temporal dos mandatos dos comissários e presidente que permitem o melhor aproveitamento do conhecimento e experiência especializados, da motivação e do perfil dos comissários. Com esta alteração pretende dotar as comissões de proteção de uma presidência capaz de assegurar a promoção de funcionalidades diversificadas, nomeadamente a concertação dos vários serviços da comunidade local e a vertente preventiva, a articular com a rede social.

Para além de outras alterações, relevo como muito pertinente, a que se refere ao acolhimento de crianças e jovens, estabelecendo-se as bases que permitam concretizar, em sede de regulamentação do acolhimento familiar e do acolhimento residencial, as mais recentes diretrizes em matéria de promoção e proteção de crianças e jovens em consonância com os princípios orientadores legalmente previstos, designadamente o princípio do superior interesse da criança, concretizando-se na consagração da preferência que deve ser dada ao acolhimento familiar relativamente ao acolhimento residencial, em particular às crianças até aos seis anos de idade.

Esta nova legislação traduz a sensibilidade deste Governo em promover normativos que visam a Proteção e Defesa das Crianças e Jovens do nosso País. ■

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38 VIVACIDADE JULHO 2015

Opinião: Vozes da Assembleia da República / Vozes da Assembleia Municipal

Fazer a diferençaCatarina Martins | BE

Estamos no final da legislatura. É tempo de olhar

as soluções para o país, mas também de ajustar contas entre o que o Governo se propôs fazer e o que fez. Até porque a medida das falsas promessas de há quatro anos é a medida das falsas garantias de hoje.

Depois de prometer uma nova economia, equilibrar as contas, proteger salários e atacar privilégios, o país que temos é o avesso do prometido: em quatro anos a dívida pública aumentou como nunca, cortaram-se salários e pensões, o emprego destruído e instabilidade laboral enviou centenas de milhares para a

emigração, a natalidade caiu mais do que em toda a década anterior e, hoje, uma em cada três crianças vive na pobreza.

No país onde o emprego é cada vez mais uma miragem e onde o salário médio dos novos contratos se fica pelos 581 euros brutos; no país onde pais e avós se sacrificaram para que filhos e netos pudessem estudar, e que hoje os vêm partir para outros países ou viver no calvário da procura de um estágio; no país onde aos 30 anos ou se sai do país ou nem a casa dos pais se consegue deixar... A maior urgência é a criação de emprego. E a recuperação de salário. Só recuperando rendimento das famílias se pode resgatar o país. É urgente repor salários

e pensões. E é urgente garantir subsídio social de desemprego a todas as pessoas, sem outro rendimento, que estão sem emprego.

A recuperação do poder de compra de quem menos tem é tanto uma exigência de dignidade e direitos humanos como de recuperação económica. Esse rendimento é imediatamente injetado na economia, porque quem tem menos não investe em paraísos fiscais. Essa reanimação do mercado interno, invertendo o ciclo das insolvências e permitindo a criação de emprego, é o primeiro e determinante passo para a recuperação da economia. Não aceitamos que não haja recursos para o fazer. Em Portugal o rendimento do trabalho nestes anos baixou de

48% do PIB para 43%. Não é falta de dinheiro. É falta de o distribuir bem.Uma reforma fiscal efetiva, que alivie o IRS e vá cobrar impostos onde nunca foram cobrados, pode permitir devolver às famílias mais de seis mil milhões de euros de rendimento. A retórica da direita, sobre a necessidade de baixar a tributação do capital para atrair investimento, provou-se errada. Não atraíram qualquer investimento produtivo para o país. Alguém se lembra de uma única grande empresa que tenha vindo para o país?

Ser subalterno à finança pode dar belas fotografias em Bruxelas ou Estrasburgo, mas só afunda a Europa e Portugal. Este é o tempo de ter a coragem de defender o país. ■

O Edífico do HeroísmoJosé Luís Ferreira | PEV

Recentemente, por iniciativa da URAP - União

de Resistentes Antifascistas Portugueses, a Assembleia da República discutiu em plenário uma petição com milhares de subscritores, através da qual se solicitava a intervenção da AR para a concretização do “Tributo aos mártires do Seculo XX” no local onde funcionou a sede da PIDE, no Porto. A este propósito, recorde-se que desde o inicio da década de 30 do século XX até ao dia 25 de Abril de 1974 terão passado pelo edifício do Heroísmo, cerca de 7.600 cidadãos. 7.600 pessoas, democratas ou

antifascistas, que foram presas, interrogadas, sujeitas a humilhações e torturas várias, algumas chegando até à morte. O edifício, onde agora se localiza o Museu Militar do Porto, é assim um local emblemático da luta antifascista, fazendo parte do património e da memória da resistência. Memória que nunca poderá ser esquecida e a quem o país deve uma justa homenagem, porque todos os que resistiram são heróis e o local por onde todos eles passaram deve ser um ponto de encontro de todas as histórias que constituem afinal a nossa história enquanto país. Foi neste sentido que na década de oitenta foram realizadas diversas diligências para a classificação

do edifício como de interesse público, com vista a evitar a sua possível alienação, destruição ou descaraterização.

Nos últimos anos em particular o núcleo do Porto da URAP, assumiu uma persistente defesa do edifício, enquanto local de encontro da Memória Nacional, apresentando em 2009 um projeto, compatível com o Museu Militar, para a salvaguarda do património.

Mas em 2013, a URAP foi confrontada com um despacho do Ministério da Defesa, segundo o qual «não é oportuno qualquer evento deste tipo em instalações militares. Ora, esta postura do Governo não deixa de ser estranha, não

só porque este projeto em nada colide com o Museu Militar do Porto, ou com a sua exposição permanente, mas também porque a Memória não pode ser escondida nem esquecida. Uma Democracia deve recordar e ter presente o seu passado e sobretudo recordar todos aqueles que por ela lutaram e que a tornaram possível.

Por isso mesmo, vamos esperar que o Governo tenha estado atento ao debate e que mantenha o Museu do Porto, identificando os percursos e espaços ou salas utilizadas pela PIDE, para que todos aqueles que passaram pelo Edifício do Heroísmo, resistindo, continuem na nossa memória coletiva. ■

O Parque das SerrasJoana Resende | PS

Não deve t e r p a s s a d o despercebida a

assinatura do Acordo de Cooperação do Pulmão Verde entre os municípios de Gondomar, Paredes e Valongo, que visa a criação de uma Paisagem Protegida de Âmbito Regional – o Parque das Serras do Porto. Formado pelas serras de Santa Justa, Pias, Castiçal, Flores, Santa Iria e Banjas, este protocolo revela, antes de mais, uma forma nova de fazer política, baseada na participação, partilha, e visão de território metropolitano e não apenas municipal. Implica pois um consenso logo ao nível da leitura do território, nos seus recursos, expectativas e interesses público-privados. Por

outro lado, uma gestão partilhada do território e das infraestruturas entretanto criadas.

Vários estudos revelam que os que habitam em espaços mais urbanos desejam uma natureza humanizada, mais construída pelo homem, representativa do imaginário e do paraíso, onde predominam itens como os jardins ou o contacto com a natureza domesticada, os quais traduzem um ambiente mais saudável representado pelo campo. A nossa memória é alvo de constante evocação, na medida em que o nosso meio está repleto de lugares/objetos que criam imagens que a despertam; a paisagem evoca a nossa memória quando se torna documento mental do passado na nossa história, e se destaca pela

continuidade com o presente. É por esta razão que a estrutura ecológica deve ser fator essencial na formação do nosso território, não apenas na escala municipal, mas vista num plano macro-abrangente. A filosofia subjacente a este tema assenta no pressuposto que o Homem tem o cuidado de estudar novos modelos de colonização do território, de forma a garantir o equilíbrio entre a biosfera e a polis, com os quais as pessoas oriundas desses territórios se identifiquem. O projeto do chamado Pulmão Verde foi desenvolvido por uma equipa multidisciplinar, liderada pela Profª Teresa Andresen, arquiteta paisagista. Para além da paisagem única, o território é rico em ruínas castrejas, referências

mineiras milenares, e vestígios raros de espécies extintas. Com vista para o mar e paisagens únicas, será um destino de recreio certamente muito procurado, com percursos naturais e culturais, equipamentos de desportos radicais e uma ligação forte à gastronomia. No dia da assinatura do protocolo, Hermínio Loureiro (Presidente do CmdP), referiu que tinha sido “dado o primeiro passo” e que o caminho para a concretização do Parque das Serras será “um trabalho geracional”. Por isso, serão agora estudados quais os fundos disponíveis, municipais, intermunicipais e mesmo regionais, para que o nosso pulmão Verde seja impulsionado e implementado. ■

Dar voz aos problemas do Povo e do PaísDiana Ferreira | PCP

A legislatura que agora finda ficou marcada

pela profunda ofensiva contra os direitos do povo português e pelo ataque à soberania e independência nacionais, em resultado do Pacto de Agressão assinado entre PS, PSD e CDS e a troika estrangeira. Mais de quatro anos de retrocesso social e económico; agravamento da exploração e empobrecimento; destruição das funções sociais do Estado e dos serviços públicos; uma política fiscal de benefício ao grande capital; brutal aumento de impostos sobre os trabalhadores e o povo. Mais de quatro anos de saque ao património do Estado, com

privatizações criminosas, confirmando que o Governo PSD/CDS (com a conivência do PS) serve os interesses dos grandes grupos económicos e financeiros à custa da liquidação de direitos sociais e laborais, destruição do emprego e da economia e degradação do regime democrático.

A realidade do distrito do Porto é inseparável da realidade nacional e as consequências das políticas de sucessivos governos são notórias: destruição do aparelho produtivo, aumento do desemprego e da pobreza, menos serviços públicos, mais emigração, agravamento das desigualdades.

Conhecendo bem esta realidade, fruto até

do contacto permanente com os trabalhadores e as populações, e de reuniões com muitas entidades, os deputados do PCP na Assembleia da República, eleitos pelo distrito do Porto, tiveram uma intervenção constante, propondo soluções para os problemas identificados (através de iniciativas legislativas) e questionando o Governo (com perguntas, denunciando situações concretas).

Das várias iniciativas apresentadas, destacam-se, pela sua importância e por corresponderem a compromissos assumidos, as seguintes: Plano de Emergência Social para o distrito do Porto; Urgente e completa remoção dos problemas ambientais em São Pedro da

Cova; Revogação do processo de “subconcessão” a privados da STCP e da Metro do Porto; Reabertura e requalificação da Linha do Tâmega; Execução do Prolongamento da Linha Verde do Metro do Porto, da Maia até à Trofa; Criação de um regime especial de declaração de morte presumida em caso de naufrágio de embarcações de pesca; Criação de um regime especial de acesso à pensão de invalidez e de velhice para os trabalhadores das pedreiras. Os deputados do PCP cumpriram com a palavra dada. Estiveram junto dos trabalhadores e das populações nas suas lutas e levaram a discussão no Parlamento os seus problemas, apresentando soluções.

Dar mais força à CDU é dar mais voz ao Povo. ■

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39VIVACIDADE JULHO 2015

Opinião: Vozes da Assembleia Municipal

Câmara Municipal de Gondomar “descompromete-se” com a criação de um Parque Urbano em Tio Tinto!

António Valpaços | CDUNa proposta de revisão do Plano Diretor

Municipal (PDM) de Gondomar, que esteve recentemente em discussão pública, os terrenos da chamada “Quinta da Boavista” estavam classificados como espaços verdes, pelo que se entendia que o executivo do PS deixava em aberto que iria cumprir a promessa eleitoral de criar nesse espaço central de Rio Tinto um parque urbano que unisse a Quinta das Freiras ao Parque Oriental da cidade do Porto.

Para o espanto e revolta da população mais atenta, na versão final aprovada pela Câmara de Gondomar no passado dia 25 de junho, foi alterada a proposta inicial do PDM, sendo que foi dada capacidade construtiva à maior parte do terreno referido, impedindo, desta forma, a

população de Rio Tinto de poder vir a usufruir de um Parque Urbano digno desse nome.

A agravar toda esta situação o executivo de maioria PS dispõe-se a pagar ao proprietário daquele terreno o valor de 825 mil euros, pela ocupação da faixa de terreno onde foi construído o arruamento que serve, fundamentalmente, a futura urbanização e da faixa de terreno correspondente ao antigo leito natural do rio Tinto, entre o arruamento e a linha do Metro, que nem serve para plantar seja o que for.

É preciso relembrar que a construção do arruamento em causa (pago por todos os gondomarenses), poupa ao proprietário os gastos com as infraestruturas que,

necessariamente, teria que suportar para urbanizar um terreno, ao qual – repentinamente e sem qualquer justificação técnica – a maioria PS decidiu dar capacidade construtiva.

Paralelamente, na última reunião de Assembleia Municipal no passado dia 29 de junho, a Câmara Municipal pretendia aprovar este negócio que é em todo semelhante a outras “negociatas” celebradas pelo anterior executivo municipal.

No entanto, sentido o descontentamento da população e também o descontentamento de muitos dos eleitos municipais decidiu adiar a aprovação deste negócio contudo, quando a CDU questionou se esta decisão era para manter não obteve qualquer resposta, o que

diga-se, não é nada de novo.Sendo certo que o “negócio” tem que

merecer a aprovação em reunião de Assembleia Municipal apelamos à população para que se manifeste contra tudo isto, pela defesa de um Parque Urbano para Rio Tinto e para que negócios deste tipo passem, de uma vez por todas, a fazer parte exclusiva do passado.

É caso para dizer que mesmo com a saída de Valentim Loureiro e dos seus pares as “negociatas” em torno de terrenos e a especulação imobiliária não terminaram no nosso concelho. ■

Rui Nóvoa | BEFoi com algum entusiasmo que recebi a notícia de que Gondomar iria finalmente ter o seu PDM, infelizmente como diz o povo foi sol de pouca dura. A câmara desenvolveu todo o processo sem ouvir nenhuma força política da oposição. Com o argumento de que com a alteração da lei caso não fosse aprovado nesta data teríamos de começar tudo de novo. Aprovou-se um plano diretor como se estivesse a aprovar uma coisa qualquer.

A primeira observação crítica tem a ver com o afastamento da Assembleia Municipal do processo de elaboração deste Instrumento de Gestão Territorial. De acordo com a legislação autárquica, as assembleias municipais têm a competência de aprovar os planos municipais de ordenamento do território. O PDM que foi aprovado é o PDM que marcará nos próximos 10 anos a ocupação e uso dos solos, a preservação e qualificação da paisagem, os valores de ordem ecológica e ambiental e também a qualidade de vida das pessoas que vivem em Gondomar.

Ora apesar da significativa responsabilidade política da Assembleia Municipal, é bem visível

que esta Assembleia não teve qualquer papel relevante na sua elaboração.

Para que se saiba, a Comissão Mista de Coordenação apenas reuniu uma vez em 23/05/2006 e quando, por força duma infeliz alteração legislativa, foi convertida, em 2009, em Comissão de Acompanhamento, a situação ainda piorou. A Comissão de Acompanhamento que teve apenas um representante desta Assembleia na sua composição, apenas reunião três vezes: uma em 2010, outra em 2013 e uma em 2015. Isto significa que a participação da AM de Gondomar foi praticamente ZERO…

A gravidade desta situação é ainda maior porque em devido tempo o Bloco de Esquerda não apenas chamou a atenção para a necessidade de participação efetiva desta AM na elaboração do PDM, como chegou a fazer uma proposta concreta de constituição duma Comissão (formada por um elemento de cada grupo municipal) para Acompanhamento da elaboração do PDM de Gondomar. Infelizmente, como tantas vezes acontece, foi chumbada, apesar da proposta do Bloco ser uma forma de

concretizar o direito à participação dos eleitos na elaboração dos PDM’s. Convirá deixar uma breve reflexão sobre os efeitos da aplicação dos PDM’s no território nacional. Apesar da sua vocação reguladora, o certo é que no país, em apenas em 15 anos, a área construída cresceu 42%. Um acréscimo que se fez à custa do desaparecimento da vegetação natural e das zonas agrícolas situadas em redor das cidades. E ao contrário do que seria de esperar, a planificação urbanística muito contribuiu para a devastação dos recursos ambientais, florestais e agrícolas. Os PDM ampliaram brutalmente, para cerca de 30 milhões de habitantes, a área do solo edificável.

Assim também em Gondomar, e de acordo com os dados do Estudo Prévio, na década que terminou em 2000, o tecido urbano (áreas artificiais) cresceu mais de 50% (de 21 km2 para 33 km2), enquanto a área agrícola diminuiu 22%....

Mais de 70% da área urbana está ocupada por construção. Por isso, pode dizer-se que o principal desafio do planeamento do território

no séc. XXI será o de assegurar uma utilização sensata dos recursos disponíveis. Os dados importantes que constam nos documentos que constituem o PDM mostram o quanto há ainda que fazer para que Gondomar proporcione aos seus munícipes a qualidade de vida a que têm direito. Para além da inexistência de um Plano Rodoviário Municipal ou de um Plano de Ação para a Eficiência Energética (que o Bloco propôs em 25/11/2010), a baixíssima cobertura em creches (inferior a 40%) ou a falta de equipamentos para idosos, indicam os atrasos, as debilidades e as insuficiências que devem constituir prioridades para a atividade do Executivo. Um PDM não é para legalizar a ocupação ou o uso que tem sido feito dos solos. Um PDM não pode ser visto como instrumento para que qualquer meia - dúzia de promotores imobiliários obtenha brutais mais-valias urbanísticas, mas antes como projeto de cidade, que valorize a participação cívica na qualificação do território. ■

PDM, uma oportunidade perdida!Rui Nóvoa | BE

O exemplo gregoPedro Oliveira | CDS-PP

Pois é, esteve por um fio. Os nossos amigos gregos cansados

porventura, da apertada austeridade que vinham a sentir e deixando-se influenciar pelo populismo de um partido que irresponsavelmente lhes prometeu o céu na Terra, entregaram o seu governo, o seu futuro, à liderança desse partido que, o único resultado que conseguiu obter, foi “empurrar” os problemas financeiros do país com a “barriga”, até ao insustentável momento em que nada tendo almejado a não ser a grave deterioração da situação económica e social, se viram “obrigados” a tirar mais um “coelho da cartola” realizando um referendo que, independentemente do seu resultado, nada de positivo traria á atual realidade grega. É que um “sim” no referendo implicaria claramente o desmoronar da coligação grega no poder e o renascer de mais uma crise, entre as tantas

já existentes no país, lançando ainda mais a já muito frágil situação grega no labirinto do absurdo. Por sua vez, um “não” no referendo apenas acicataria os credores a tornarem-se bem mais incisivos, isto é, a abandonarem qualquer laivo de solidariedade que ainda tivessem e a exigir dos gregos uma definitiva postura de responsabilidade, sob pena de lhes acontecer o pior e se verem obrigados a abandonar o euro e a ficarem entregues a si próprios, numa conjuntura completamente hostil aos seus legítimos interesses enquanto nação.

É inimaginável como um país, ciente da absoluta dependência aos seus credores, a quem devem mais milhões que aqueles que alguma vez poderão pagar, lhes decide tão insensatamente fazer frente, como se estivessem em posição de decidir o que fosse na forma como aqueles lhes poderiam emprestar mais dinheiro. Um país que

inadvertidamente já se tinha colocado numa quase que humilhante posição de incumpridor das suas obrigações perante um desses credores, o FMI.

Ora, a verdade é que tendo o governo grego recusado a aceitar, há duas semanas, um acordo no “refrescamento” das condições que lhe permitissem receber o valor da última tranche do 2.º resgate ainda em vigor, por entender serem excessivas as obrigações emergentes desse acordo, acabou por inexoravelmente entregar-se a um acordo para um terceiro resgate cujas condições são manifestamente mais gravosas e, aí sim, efetivamente humilhantes para o povo grego, em função dos pressupostos com que o seu governo fazia depender, nos últimos meses, qualquer acerto com os credores.

Cremos objetivamente que o governo grego terá aprendido a lição e que perante tão

frustrante resultado, o povo grego pensará necessariamente, no futuro, mais que duas vezes, antes de votar em quem unicamente lhe soube só oferecer ilusões.

Nós, os portugueses, que tivemos que “comer o pão que o diabo amassou” nesta legislatura que está a terminar, percebemos perfeitamente, com o exemplo grego designadamente, as consequências de uma escolha eleitoral insensata, pelo que como dizem os nossos irmãos brasileiros, “não estamos nem aí”, de corrermos o risco de votar em quem crie as condições de ter que aprovar um acordo, acintosamente mais austero que aquele que, apesar de razoável, a nossa incompetência nos tenha levado a rejeitar ou a incumprir. ■

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40 VIVACIDADE JULHO 2015

Empresas & NegóciosPUB

O Colégio Paulo VI realizou, a 26 de junho, a XII Gala da instituição para distinguir e premiar, a diversos níveis, os representantes do estabeleci-mento de ensino.

Alunos e professores da Esco-la Profissional de Gondomar (EPG) visitaram, entre os dias 7 e 13 de junho, a zona da Baviera, na Alemanha, o último país a receber os seus parceiros no âmbito do Projeto Comenius – ‘Europe through our eyes’.

O Multiusos de Gondomar foi o lo-cal escolhido para a organização de mais uma Gala do Colégio Paulo VI, escola firmada nos valores e na busca incessan-te da excelência.

A iniciativa comemorativa do encer-

O grupo português contactou com alunos oriundos de cinco países parcei-ros: Alemanha, Itália, Polónia, Espanha e Bulgária que conviveram e interagiram de forma saudável e amistosa. Para além de contactarem com outra realidade educativa, tiveram oportunidade de vi-sitar alguns pontos turísticos da cidade de Kaufbeuren e da região da Baviera. A equipa experimentou também iguarias dos diversos países, conheceram can-ções e danças tradicionais. Concluiu-se

XII Gala do Colégio Paulo VI encerrou ano letivo em festa

Baviera recebeu alunos e professores da Escola Profissional de Gondomar

ramento do ano letivo 2014/2015 contou com a habitual atribuição dos prémios de mérito dos Quadros de Excelência Académica, de Excelência Não Curri-cular com Reconhecimento Nacional ou Internacional e de Excelência de Atitu-des e Valores, um dos momentos mais aguardados da noite.

O momento encerrou um ano de ce-lebração dos 50 anos de conquistas do Colégio Paulo VI.

“Saber, Fazer e Ser” foi o lema de uma noite de charme, glamour e prestígio fi-cará eternamente na memória da comu-nidade escolar.

assim a primeira participação da EPG num projeto desta dimensão, conside-rando que este tipo de iniciativas “são fundamentais para o enriquecimento dos seus alunos em termos educativos e culturais.” Nos últimos dois anos, os seis países referidos receberam os par-ceiros, sempre com o objetivo de “me-lhorar a qualidade e reforçar a dimensão europeia da educação, de modo a atin-gir todos os intervenientes da atividade educativa.”

Foto DR

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Empresas & Negócios

Situada na Rua D. Miguel (Entre--Cancelas), em Baguim do Monte, está uma das maiores empresas nacionais de venda de materiais de construção. Fundada em 1982, a Oliveira, Monteiro & Soares (OMS) surgiu “num período difícil para o setor da construção civil” mas nem por isso esmoreceu. Hoje, a empresa é uma das maiores do setor no distrito do Porto.

Segundo Manuel Monteiro, funda-dor da OMS, o negócio começou com a venda de apenas três produtos “o ti-jolo, a telha e as lajes” e expandiu-se para uma ampla oferta de materiais e serviços, desde o movimento de terras, passando por todos os produtos para pedreiro, trolha, pintor, entre outros, e terminando nos acabamentos finais. “Tudo para a construção e renovação da sua casa”, é o lema da empresa familiar.

“Fomos fornecedores da maioria das grandes obras nacionais. Felizmente es-tamos bem preparados para lidar com todo o tipo de construções, da maior à mais pequena”, explica ao Vivacidade.

Além do mercado nacional, a OMS é também fornecedora de mercados es-trangeiros, tais como França, Angola, Cabo Verde, entre outros mercados.

Por cá, o bom desempenho é eviden-ciado pelas distinções que a empresa vai conquistando. A mais recente surgiu com a atribuição do prémio PME Líder 2015, atribuído à empresa pelo IAPMEI desde 2008.

Oliveira, Monteiro & Soares: empresa de Baguim é referência na venda de materiais de construçãoEm 1982, Manuel Monteiro, Joaquim Oliveira e outros só-cios fundavam em Baguim do Monte a Oliveira, Monteiro e Soares, S.A. Trinta e três anos depois, a marca é referên-cia na venda de materiais de construção pois desde sempre apostou na inovação e cria-tividade dos seus produtos. Servir e respeitar os clientes são os princípios orientadores da empresa.

Produtos da construção aos acabamentos

“Temos todo o tipo de material des-de a fase do ‘grosso’ até à fase de aca-bamentos onde estamos a apostar numa oferta que abrange o que de mais mo-derno existe. Não é muito comum as empresas deste setor terem materiais para todas as finalidades”, destaca Ma-nuel Monteiro enquanto percorre as instalações da empresa.

No local estão expostas algumas ideias para casas de banho, uma mon-tra que facilita aos clientes a percepção do produto final. “Estamos preparados para receber os clientes que vêm à pro-cura de ideias novas”, afirma.

“Setor está em constanteinovação”

A OMS comemora este ano o 33.º aniversário e “mantém a aposta na inovação”, garantia dada por Manuel Monteiro. O negócio familiar inicia-do por uma equipa formada por três pessoas, tem hoje 29 funcionários dedicados, a quem é dada formação contínua e aptos a resolver todas as situações.

“Fomos pioneiros em muita coisa. Fomos os primeiros a utilizar paletes no tijolo, abobadilhas e outros. Fo-mos dos primeiros com carro grua. Fomos os primeiros com máquina de afinação de tintas no longínquo ano

de 1992. Já na altura se conseguia afinar 3000 cores. Hoje é infindável o número de cores que se consegue afinar” sublinha o fundador.

Ciente da importância da pre-sença da empresa na internet, Ma-nuel Monteiro promete também uma nova remodelação do site para breve. Atualmente, é possível visualizar e personalizar os produtos comercia-lizados pela OMS. “Estamos prepa-rados para fornecer todo o tipo de materiais, respeitando sempre a ex-pectativa do cliente. Temos preços competitivos e a nossa empresa está preparada para enfrentar novos desa-fios”, finaliza o fundador. ■

> O “showroom” nas instalações da empresa apresenta várias sugestões aos clientes

> Manuel Monteiro, fundador da OMS> Decoração e modernidade são exemplos desta coleção

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Empresas & Negócios

Há 14 anos nascia em Rio Tinto a Euriseguros, seguradora fundada pelos irmãos Vítor e Eurico Silva que herda-ram “uma vasta carteira de clientes” que obrigou à criação de um espaço próprio, em 2001. O primeiro estabelecimento, situado no Porto, deu lugar ao espaço riotintense, dois anos depois, na Rua da Boavista, junto ao Largo do Mosteiro.

Atualmente os clientes da segura-dora têm acesso a uma ampla oferta de seguros completada por uma “reposta integrada” às necessidades mais especí-ficas.

“Hoje em dia há seguros para todas as necessidades. O seguro de bicicleta ainda não é obrigatório, no entanto, as pessoas começam a ter necessidade de cobrir este risco e a procura é cada vez maior”, exemplifica Eurico Silva.

A evolução das necessidades dos clientes é acompanhada pela segurado-ra que abarca todas as áreas de risco: se-guros automóvel, de saúde, de casa, de acidentes de trabalho, de responsabili-

Euriseguros: 14 anos deconfiança em Rio TintoFundada em 2001, em Rio Tinto, a Euriseguros come-mora o 14.º aniversário com o sentimento de dever cum-prido na ajuda ao cliente. As-sumir o risco com confiança e dar uma resposta diferencia-dora são as prioridades da equipa da Euriseguros.

dade civil e ainda seguros de vida, além dos seguros personalizados à medida do cliente. Estão também disponíveis ao cliente aplicações financeiras e soluções bancárias como abertura de conta, cré-dito pessoal e de habitação, entre outros serviços.

A Sociedade de Mediação de Segu-ros trabalha com um leque alargado de companhias, entre as quais a Tranquili-dade, Liberty, Açoriana, Allianz, Fideli-dade e a Lusitânia.

O atendimento personalizado e o horário alargado – das 10h às 13h e das 14h às 19h - demonstram a preocupação com os clientes. “Muitas vezes o cliente nem imagina que existem soluções para os seus problemas e têm surpresas agra-dáveis. Os seguros não são iguais para todas as pessoas e têm que ser analisa-dos num contexto em que a população está inserida”, explica o sócio-gerente, Vítor Silva.

A Euriseguros tem instalações em

Rio Tinto, em Monção e está presente no mercado estrangeiro. “Hoje os mer-cados começam a ter necessidades mui-to específicas e a crise obrigou muita gente a ir trabalhar para o estrangeiro, por isso começam a surgir muitos pe-didos de seguro no estrangeiro e nós temos que apresentar formas de os con-seguir”, conclui Eurico Silva.

A próxima aposta da Euriseguros será na promoção de novas parcerias no Porto e em Portugal. ■

> O espaço de Rio Tinto situa-se na Rua da Boavista

> A Euriseguros aposta numa “resposta personalizada” ao cliente> Na foto: Liliana e Vítor Silva

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44 VIVACIDADE JULHO 2015

Lazer

Receita para 5 crepes:Ingredientes:. 50 g farinha. 1 ovo e uma gema. 125 ml leite meio Gordo . Manteiga q.b.. Sal q.b.. Salsa picada

Recheio. 200 queijo - creme. 50 g cogumelos laminados. 1 c. sopa de cebola picada. 1 c.sopa de azeite. 1 c. chá de manteiga. 100 gr Bacon. Queijo ralado. Sal e pimenta q.b.

Confeção:1. Faça os crepes. Coloque a farinha numa tigela, adicione os ovos, uma pitada de sal e vá juntando o leite aos poucos mexendo com uma vara de arames até obter uma massa ho-mogénea. Junte um pouco de salsa picada. Deixe a massa repousar uns 10 minutos. Faça as folhas numa frigi-deira untada com gordura.

2. Prepare o recheio. Corte o bacon em pequenas tiras e aloure-o numa frigideira bem quente sem gordura. Na mesma frigideira, depois de retirar o bacon, coloque o azeite e a mantei-ga numa frigideira e leve ao lume a derreter. Junte a cebola os cogumelos laminados e cozinhe-os até amolece-rem. Só então tempere-os de sal e pimenta. Desligue o lume.

3. Sobre cada crepe coloque cerca de 1 c. de sopa de queijo - creme, outra de cogumelos e outra de bacon e en-role o crepe. Disponha os crepes num recipiente de forno ligeiramente unta-do com manteiga e polvilhe com quei-jo ralado e leve a forno pré-aquecido a 200.ºC até o queijo gratinar. Retire do forno e sirva de seguida acompanha-do com salada.

Chef João Paulo Rodrigues* docente na Actual Gest

SOLUÇÕES:

Amor: Estará muito carente, procure ser mais optimista quanto ao seu futuro sentimental.Saúde: Tendência para dores de cabeça.Dinheiro: Período favorável, aproveite bem este momento para dinamizar a sua vida financeira.

Amor: Dê mais atenção aos seus familiares, eles também pre-cisam de si e sentem a sua falta.Saúde: Previna-se contra o colesterol evitando alimentos que lhe são prejudiciais.Dinheiro: Período bastante favorável. Pode ter uma promoção ou assumir novas responsabilidades no local onde trabalha.

Amor: A sua sensualidade e beleza vão partir muitos corações, não se surpreenda com uma declaração de amor. Saúde: Vigie a sua alimentação, consuma alimentos menos ca-lóricos e evite abusar do sal.Dinheiro: Esta é uma óptima altura para tentar reduzir os seus gastos pois conseguirá fazer poupanças neste período.

Amor: Cuide da sua aparência física para conquistar quem mais deseja ter a seu lado.Saúde: Poderá surgir uma infecção urinária, procure o seu mé-dico de imediato se notar algum sintoma menos comum.Dinheiro: Irá conseguir atingir os seus objectivos, graças a aju-das inesperadas que irão surgir.

Amor: Pense bem qual o caminho que deve seguir, procure não ferir os sentimentos dos outros.Saúde: Faça uma limpeza geral aos seus dentes para poder ter um sorriso radiante.Dinheiro: A vitalidade e esforço que tem demonstrado no traba-lho serão muito favoráveis para si.

Amor: O amor e o carinho reinarão na sua relação afectiva, aproveite para avançar para um compromisso mais sério.Saúde: Tente controlar as suas emoções para que o seu siste-ma nervoso não se ressinta de forma negativa.Dinheiro: Não haverá nenhuma alteração significativa na sua vida profissional, e as finanças estão estabilizadas.

Amor: Prepare um jantar especial romântico para a sua cara--metade. Saúde: Procure relaxar mais para não andar muito tenso. Aprenda a descontrair.Dinheiro: Poderá ser surpreendido negativamente ao verificar o seu saldo bancário, por isso previna-se contra surpresas menos agradáveis e aprenda a poupar!

Amor: Deixe o ciúme de uma vez por todas e aproveite bem os momentos de que dispõe a sós com o seu companheiro.Saúde: Cuidado com os excessos alimentares, anda a comer de mais.Dinheiro: Não peça um empréstimo neste mês, os tempos não estão favoráveis para contrair dívidas de qualquer género.

Amor: Se ainda não encontrou o amor da sua vida prepare-se, pois está mais perto do que imagina!Saúde: Faça exercício físico ao ar livre, o contacto com a Natu-reza far-lhe-á muito bem.Dinheiro: Provável aumento das suas finanças, pode aproveitar para pôr algum dinheiro de parte.

Amor: O amor poderá bater-lhe à porta, por isso fique atento e mostre-se disponível para a mudança.Saúde: Procure fazer uma vida mais saudável e corte de vez com qualquer vício. Dinheiro: Esta não é uma boa altura para investir em negócios de vulto ou compras que envolvam muito dinheiro.

Amor: Neste período a tendência é para andar hipersensível. Procure controlar as suas variações de humor para evitar dis-cussões desnecessárias.Saúde: Procure fazer uma alimentação mais equilibrada diversi-ficando os alimentos e apostando mais nos legumes e verduras.Dinheiro: Não corra riscos desnecessários no que toca a gastos e a investimentos, seja prudente.

Amor: Dê mais atenção ao seu companheiro, ele pode estar mais carente do que é habitual.Saúde: Vá ao médico e aproveite para fazer exames de rotina.Dinheiro: Seja mais exigente consigo, só assim conseguirá atin-gir o sucesso tão desejado e cumprir com os objectivos a que se propôs.

Os comportamentos e estilos de vida influenciam compro-vadamente a saúde, uma vez que constituem um denominador comum a praticamente todas as doenças crónicas não transmis-síveis. Segundo o relatório “A Saúde dos Portugueses. Perspetiva 2015” disponibilizado pela Direção Geral da Saúde e apresen-tado no passado dia 7 de julho, que traça o perfil da saúde dos cidadãos residentes no território nacional, há uma evolução positiva na generalidade dos indicadores de saúde, demonstra-da pelas tendências progressivas de cada vez maior esperança de vida, acompanhadas por um aumento do número de anos de vida saudável. Neste relatório é referido que os fatores de risco que mais contribuem para o total de anos de vida saudável perdidos pela população portuguesa são os hábitos alimentares inadequados (19%), a hipertensão arterial (17%), o índice de

massa corporal (13%) e o tabagismo (11%). Os alimentos com excesso de calorias e em particular com altos teores de sal, de açúcar e de gorduras trans (processadas a nível industrial) cons-tituem o principal problema. A insuficiente ingestão de fruta, de hortícolas, de frutos secos e sementes, bem como o excesso de consumo de carne processada contribuem para os hábitos alimentares inadequados. Comer menos do que três peças de fruta/dia constitui o risco alimentar evitável que mais contribui para a perda de anos de vida saudável, estimando-se em 141 mil os anos de vida potencialmente perdidos pela população portu-guesa em 2010.

Lembre-se que o mais importante para ter uma boa saúde é adquirir e manter comportamentos saudáveis ao longo da sua vida! Aconselhe-se com o seu médico de família. ■

HORÓSCOPO

Maria HelenaSocióloga, taróloga e apresentadora

Crepes recheados com queijo e baconRECEITA CULINÁRIA

26

3

9

1

5

62

1

7

4

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2

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62

8

31

4

9

7

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7

4

2

9

43

5

29

1

8

6

7

76

9

48

2

5

3

1

24

7

16

9

3

5

8

58

4

67

3

1

9

2

15

3

92

8

7

4

6

210 929 [email protected]

VIVA PREVENIDOElisabete CastroMédica, Interna de Medicina Geral e Familiar na Unidade de Saúde Familiar de Fânzeres

Pela sua saúde

Um maluco está a esfregar-se com cera, quando aparece o enfermeiro:- O que é que tu estás a fazer?- Estou a pôr cera.- Cera? Para quê?- Os outros são doidos varridos e por isso eu quero ser doido encerado.

Estavam dois amigos a conversar e um diz: - Sabias que li no jornal que de meia em meia hora é atropeladoum homem nesta cidade? - O quê? De meia em meia hora? Coitado do homem!

Page 45: Edição de julho de 2015

45VIVACIDADE JULHO 2015

Lazer

LELO e ZEZINHA

Rui Duarte Silva, Fotojornalista no Jornal Expresso - www.ruiduartesilva.com

Praia da LombaVIVA FOTO | Rui Duarte Silva

AGENDA CULTURAL VIVACIDADEMÚSICA

DESPORTO

DIVERSOS

Próxima Edição - 27 de agosto

EXPOSIÇÕESAté 24 de julho“Memórias...”, pintura de Jorge Dias, na Sede da ARGO

Até 31 de julho“À Superfície do Tempo – Viagem à Amazónia”, fotografias de Duarte Belo, na Biblioteca Municipal de Gondomar

Até 31 de julhoHistórias Ajudaris’ 13 – Pequenos Gestos Grandes Corações, na Bibliote-ca Municipal de Gondomar

Até 6 de setembroPortoCartoon 2015, na Casa Branca de Gramido

16h, 19 de julhoConcertos de Jardim – Croydon Youth Orchestra, no Lugar do Desenho da Fundação Júlio Resende

21h30, 25 de julhoNoites de Verão na Casa Branca, na Casa Branca de Gramido

21h30, 25 de julhoFolkGondomar D’Ouro 2015 – 43.º Festival Internacional de Folclore da Cidade de Gondomar, no Largo do Souto

15h, 2 de agostoFestival Internacional de Folclore de Fânzeres, em Fânzeres

CINEMA16h, 23 de julhoSessão de Cinema: “O Panda do Kung-Fu”, na Biblioteca Municipal de Gondomar

16h, 30 de julhoSessão de Cinema: “Spirit – Espírito Selvagem”, na Biblioteca Municipal de Gondomar

21h30, 25 de julhoI Gondomar Night Run,na Câmara Municipal deGondomar

21h30, 16 de julhoCafés Filosóficos, orientados por Tomás Magalhães Carneiro, na Biblio-teca Municipal de Gondomar

18 e 19 de julhoArtesanato Vista D’Ouro, mostra de artesanato, na zona Ribeirinha - Polis

21h30, 20 de julhoCiclo de Leituras Filosóficas, com Tomás Carneiro e um convidado, na Biblioteca Municipal de Gondomar

9h, 25 de julhoColheita de Sangue, na Escola EB 2,3 Frei Manuel de Santa Inês

A Câmara Municipal de Gondomar aproveitou a reu-nião descentralizada de Rio Tinto para lançar uma novi-dade tecnológica que não podia passar despercebida ao “Viva Tec”, a aplicação “Município de Gondomar”. O apli-cativo gratuito para smartphones Android, Windows e iOS torna possível acompanhar as várias iniciativas realizadas no concelho, indica ao utilizador os principais pontos de lazer através de um guia turístico do concelho, disponi-biliza informação meteorológica e permite ainda relatar sugestões e possíveis ocorrências nas ruas do concelho.

No lançamento da aplicação ficou também prome-tida para breve uma atualização que vai permitir consul-tar as farmácias de Gondomar e a recolha de aparelhos elétricos.

As obras em curso e o Orçamento Participativo são outras opções que o Município prevê atualizar nas próxi-mas versões da aplicação.

O aplicativo “Município de Gondomar” também disponibiliza uma ligação para a “SIGA2E”, a aplicação mobile destinada a todos os encarregados de educação do Município, integrada na Plataforma de Educação, que permite receber notificações das escolas ou da autarquia, consultar os dados por aluno, os pagamentos com refe-rências Multibanco ativas e a assiduidade dos educandos, nomeadamente nas cantinas escolares.

A aplicação “Município de Gondomar” está disponível na Play Store da Google e em breve ficará pronta a ser descarregada na Windows Store e na App Store.

O “Município de Gondomar” na palma da mãoVIVA TEC | Pedro Ferreira

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46 VIVACIDADE JULHO 2015

Emprego

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Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Costureira

588546272

Tempo completo. Contrato a termo

Valbom

Com experiência em malhas (corte e cose, ponto corrido e recobrimento)

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Comercial

588547120

Tempo completo. Contrato a termo

Rio Tinto

Com experiência e conhecimentos deinformática.

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Operador CNC

588570367

Tempo completo. Contrato sem termo.

Rio Tinto

Com experiência. Medida Estímulo Emprego.

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Cortadeira de tecidos

588571034

Tempo completo. Contrato sem termo

S. Cosme

Experiência em corte de tecidos em série ou “folha a folha”.

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Envernizador (Madeira)

588566729

Tempo completo. Contrato a termo incerto

Fânzeres

Com experiência mínima de 1 ano.

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Cortador de carnes

588568042

Tempo completo. Contrato a termo

Gondomar

Com experiência na função.

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Programador Software

588568783

Tempo completo. Contrato a termo

Rio Tinto

Com experiência mínima 1 ano (instalação e parametrização módulos). Estímulo Emprego

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Envernizador / Polidor

588572326

Tempo completo. Contrato a termo.

Jovim

Com experiência (pistola de verniz, velatura, tapa poros e acerto de cores).

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Motorista Pesados Mercadorias

588573224

Tempo completo. Contrato a termo

Jovim

Com experiência. Distribuição de produtos zona Norte. Com CAM.

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Vendedor em loja

588572568

Tempo completo. Contrato a termo

Rio Tinto

Disponibilidade para trabalhar fins semana.

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Engenheiro Mecânico

588570199

Tempo completo. Contrato a termo incerto

Foz Sousa

Conhecimentos da área de qualidade

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Marceneiro

588554581

Tempo completo. Contrato sem termo

Rio Tinto

Confeção de peças originais de mobiliário e design contemporâneo.

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) as-sociada a cada oferta de emprego.Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização e a sua publicação.

Centro de Emprego de Gondomar

Telefone 224 662 510R. Padre Augusto Maia, 26 / 4420 - 225 Gondomar

E-mail: [email protected]

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