edição #40

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Jornal dos alunos da Ufes, veiculado em Outubro de 2009.

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  • Jornal Experimental do curso deComunicao Social da Universidade

    Federal do Espirito SantoAv. Fernando Ferrari, s/n, Goiabeiras,

    Vitoria-ES CEP: 29.075-910

    Site: www.noentanto.com.brTwitter: @jornalnoentanto

    Email: [email protected]

    Turma 2009/2Ana Elisa Bassi, Angeli dos Anjos,Carlos Scherrer, Cssia Ramos, DrieliVolponi, Edzio Peterle, FabrcioGimenes, Fernanda Batista, FernandaMarchesini, Francine Leite, Igor Chagas,Laio Medeiros, Luana Dalla Bernardina,Lucas Schuina, Luiza Boulanger, MaluDamiani, Marcelle Desteffani, MarianaDornelas, Myra Novais, MichelliPassmozer, Naiara Gomes, Pedro Monteiro, RicardoDobrovosky, Rochana Bravim, Sabrinados Santos, Srgio Vitor Rangel, SoraiaCamata, Tamiris Vieira, Tatiana NegrisVictorhugo Amorim, Vincius Rocha.

    EditoresFernanda Marchesini,Igor Chagas, Luana Dalla Bernardina, Pedro Monteiro e

    Srgio Vitor Rangel

    Diagramao e ArteFabrcio Gimenes, Igor Chagas e Srgio

    Vitor Rangel.

    Professor OrientadorVictor Gentilli

    Grfica: Grfica ResplendorTiragem: 1.000 exemplares

    No Entanto #40

    Apresentao #40

    A avenida Fernando Ferrari uma das mais importantes avenidas da Grande Vitria. Em sua extenso, localiza-se o bairro de Goiabeiras, onde destacam-se a Associao das Paneleiras e a Universidade Federal do Esprito Santo. Mas quem foi Fernando Ferrari? Porque tal avenida tem o seu nome?

    Fernando Ferrari nasceu no Rio Grande do Sul, em 1921, e se dedicou a poltica. Foi deputado federal pelo estado gacho e, em 1960, se candidatou a vice - presidente da Repblica. Morreu em 1963, em um acidente areo. Em sua homenagem, a avenida que liga a Ponte da Passagem ao aeroporto de Vitria recebeu seu nome.A equipe do No entanto esteve no Acervo

    Geral da Prefeitura de Vitria, onde ficam guardados os documentos importantes da Cmara, inclusive projetos de leis pra nomeao de ruas. Porm, o projeto de lei da Fernando Ferrari no foi encontrado e ningum do Acervo soube responder o porqu de tal homenagem.

    Setembrino Pelissari, prefeito de Vitria nos perodos de 1967-70 e 1975-78, declarou que no sabe dizer o porqu da avenida levar tal nome. Mas, segundo ele, Fernando Ferrari foi um poltico muito estimado do Brasil. No governo de Pelissari, as faixas da avenida Fernando Ferrari foram duplicadas, passando de duas para quatro faixas.

    Ainda no governo dele, a obra de 4,8 mil m da avenida Dante Michelini, iniciada no governo de Lcio Toscano Aragon, foi concluda. Ao contrrio de Fernando Ferrari,

    que foi um poltico do Rio Grande do Sul, Dante Barros Micheline foi um rico produtor de caf, muito importante no Esprito Santo, que abriu as portas para a exportao do produto.

    Em 2004, foi proposto um projeto de lei pra mudar o nome da av. Dante Micheline para Professor Renato Pacheco. Entretanto, a lei no entrou em vigor, j que, em respeito aos Micheline, a famlia de Pacheco no aceitou a troca. E por que no mudar o nome da av. Fernando Ferrari para av. Renato Pacheco? J que ele foi professor da Universidade Federal do Esprito Santo, historiador capixaba e escreveu vrias obras sobre o estado.

    Homenagens

    Antigamente os nomes de ruas, parques, praas, avenidas e escolas recebiam nome de capixabas que foram muito importantes para o Estado. A praa Costa Pereira que considerada o corao da cidade, por exemplo, uma homenagem a Jos Fernandes Costa Pereira Jnior que foi presidente da Provncia no perodo de janeiro de 1860 a janeiro de 1863. Assim como Costa Pereira, Dr. Henrique Atade Lobo Moscoso que foi presidente da provncia no perodo de 1888 a 1889 teve seu nome atribudo ao antigo parque Campinho, hoje parque Moscoso. Nas ltimas dcadas tm acontecido diferente. Os nomes atribudos a lugares pblicos so na maioria de polticos, sobretudo indicao de vereadores ou de pessoas de fora que o caso da av. Fernando Ferrari.

    AvenidaFernando Ferrari

    Foto: Drieli Volponi

    Os nomes atribudos a lugares pblicos so na maioria de polticos, sobretudo indicao de vereadores ou de pessoas de fora que o caso da av. Fernando Ferrari.

    No qualquer publicao que alcana a edio 40. E mais, chega com apenas cinco anos de circulao. Problemas passados e superados provocaram a circulao irregular em alguns semestres. Chegaremos na edio 43 ainda este ano. Estaramos na 60, se tudo corresse bem.A grande imprensa no nossa referncia. Mas nos gratifica vermos que duas pautas desta edio resultaram em matrias em um dos nossos jornales. E na edio de domingo. Nossa matria de capa sobre as Olimpadas e a universidade pblica foi uma delas; aquela sobre o voluntariado, outra. Mas nossa abordagem, em ambas, foi diferenciada. sempre bom lembrar: este um jornal experimental feito por alunos do terceiro perodo do curso.

  • O trabalho voluntrio ganhou destaque nos ltimos anos no Brasil. No final da dcada de 90, os veculos de comunicao, com o apoio do governo federal, lanaram uma campanha com o slogan: Seu corao voluntrio tudo o que voc faz bem pode fazer bem pra algum. A campanha enfatizava a importncia da ajuda voluntria para melhoria social, o que aumentou o interesse da populao pelo assunto.

    A partir dessa campanha, o nmero de estudantes interessados no trabalho voluntrio aumentou c o n s i d e r a v e l m e n t e , uma vez que os estudantes perceberam no voluntariado uma oportunidade de ajudar pessoas e ainda serem valorizados no mercado de trabalho. Isso porque, aps a Organizao das Naes Unidas (Onu) instituir 2001 o Ano Internacional do Voluntariado, empresas despertaram sua ateno para esse tipo de atividade como fator diferencial.

    Existem hoje, no Esprito Santo, vrias ONGs, entidades e grupos que contam com o trabalho voluntrio. Um exemplo a Associao Capixaba Contra o Cncer Infantil (Acacci), que tem uma casa de apoio, localizada em Jardim Camburi, para acolher as crianas e os seus responsveis,

    auxiliando-os financeiramente e com acompanhamento psicolgico.

    Outra entidade social o Centro de Valorizao Vida (CVV), programa de apoio emocional pessoas com problemas decorrentes de questes pessoais e sociais. Rita, voluntria h 21 anos do Centro, diz que ser voluntria

    se superar a cada dia. Ela conta que cada problema uma experincia diferente e que, alm do apoio emocional dado ao prximo, h tambm uma superao pessoal.

    Projetos educacionais como o Vida Urgente visa a educao no trnsito por meio da mobilizao da sociedade com iniciativas culturais e educativas. Tem

    como objetivo preservar a vida. Juarez de Oliveira Jnior, 19 anos, coordenador dos voluntrios, diz que participa desse projeto para o benefcio do prximo e tambm pessoal. Ele acrescenta que o primeiro passo para ser voluntrio do Vida Urgente dar o exemplo.

    Ainda existem programas culturais que so desenvolvidos nas periferias. Um exemplo o Terrazine, uma Unidade Produtiva que desenvolve jornais, fanzines e cartilhas na regio de Terra Vermelha, em Vila Velha, buscando a comunicao comunitria. Dettmann, um dos diretores, conta que a maior dificuldade para dar prosseguimento ao projeto a carncia de estudantes que se candidatem iniciativa voluntria. No ano passado ns tivemos que parar com o jornal porque no tnhamos ningum para diagram-lo, afirmou.

    Embora haja mais jovens voluntrios hoje do que h 20 anos, esse nmero ainda no satisfatrio. preciso que a populao se interesse mais pela iniciativa voluntria no s por satisfao pessoal, mas tambm social e profissional, uma vez que ser voluntrio exercer a cidadania.

  • A realizao dos Jogos Olmpicos de 2016 no Rio de Janeiro enche o povo brasileiro de esperana. Desde a preparao at os jogos e o legado que fica para o futuro, a realizao de tamanho evento pode trazer inmeros benefcios em diversos aspectos. A estimativa do Ministrio dos Esportes indica a criao de 120 mil empregos anuais a partir deste ano at os jogos e de 130 mil nos dez anos subseqentes, em todo Brasil. O Rio passar por uma reformulao urbana, social e econmica que deve se refletir em outras partes do pas. Sobretudo, o esporte nacional tem a chance de se consolidar entre os melhores do planeta.

    Esporte para quem?

    De acordo com o professor Joo Carlos Bouzas Marins, da Universidade Federal de Viosa (UFV), o esporte brasileiro tem evoludo nos ltimos anos. notvel que modalidades pouco expressivas h algum tempo atrs, como handebol, jud, natao, ginstica, atletismo, entre outras, tm ganhado visibilidade. Ele acredita que em cinco ou dez anos as equipes brasileiras desses esportes se afirmaro definitivamente entre as principais do mundo.

    Joo Carlos acredita que a criao de um Ministrio dedicado exclusivamente ao esporte, em 2003, teve um resultado muito positivo. Ele destaca a Lei de Incentivo ao Esporte, atravs da qual patrocnios e doaes para projetos desportivos e paradesportivos so descontados do

    Imposto de Renda de pessoas fsicas ou jurdicas, entre as principais medidas. Essa lei tem aumentado, gradativamente, os investimentos no esporte de base, contribuindo assim com a formao de atletas de alto nvel. O nosso povo formado por uma mirade de tipos e talentos que se adqua a todo e qualquer

    esporte. hora de fazer uso desse potencial que nos inerente.

    Entretanto, cabe ao governo investir no esporte de alto rendimento ou no lazer? O que o Estado tem a ganhar investindo no esporte competitivo? O professor Valter Bracht, h trs anos na direo do Centro de Educao Fsica da Ufes v o esporte de alto rendimento como um grande negcio. Se um negcio, a iniciativa privada que cuide. O Estado tem que estar preocupado com a massa da populao. E esta no pratica o esporte que a elite esportiva pratica.

    Por que ento o poder pblico tem investido esforos bilionrios para trazer eventos como os Jogos Pan-americanos, a Copa

    do Mundo e as Olimpadas? Por que no reverter tais cifras para oferecer a mnima condio s aulas de educao fsica nas escolas pblicas? Porque, na busca pela legitimao do governo, se apela para o sentimento patritico., responde Valter. Porque h no imaginrio popular uma grande comoo pela medalha olmpica,

    completa.

    O governo federal tambm tem programas voltados para a democratizao da prtica esportiva voltada para o lazer, como o caso do Programa Segundo Tempo. Mas, segundo Bracht, essas aes ficam ofuscadas pelo grande esforo de se realizar grandes eventos no pas. A prioridade do governo no medida no discurso, mas na destinao de recursos.

    O campus e o esporte

    O professor Valter tem um projeto de revitalizao dos espaos dedicados prtica do esporte-lazer aqui na Ufes. reas que, como mostrou a edio nmero 34 do No Entanto, encontram-se em precria situao, assim como outros tantos espaos da universidade. Mas, de acordo com o prprio professor, a construo de uma moderna pista de atletismo, voltada para o esporte de alto rendimento, tem prioridade. Eu gostaria muito de ver na universidade algo que possa ser usado o ano todo pela nossa comunidade, mas para isso muito difcil a obteno de recursos.

    Paralelamente pista de atletismo, existe

    Se um negcio, a iniciativa privada que cuide. O Estado tem que estar preocupado com a massa da populao. E esta no pratica o esporte que a elite esportiva pratica.

  • um projeto de extenso que atenderia cerca de 860 crianas em cinco municpios do estado. O professor Jos Carlos dos Anjos, que est a frente do projeto da pista, afirma que a vinda das Olimpadas para o Brasil, contribuir decisivamente para a captao de recursos.

    A Universidade Federal de Viosa, por sua vez, aparece como exemplo de como as instituies superiores de ensino podem desempenhar um papel fundamental no esporte, seja no desenvolvimento de atletas de ponta, seja na extenso do campus para a comunidade. Viabilizado pela lei de incentivo fiscal, o Ncleo de Esporte de Base (Nuesba) um audacioso projeto que concentrar seis equipes olmpicas durante a preparao para os jogos de Londres em 2012.

    Coordenado pelo professor Joo Carlos Bouzas, o Nuesba, juntamente com o Laboratrio de Performance Humana (Lapeh), tem como principal objetivo aprimorar a performance de atletas e identificar novos talentos. Para isso, conta com uma equipe multiprofissional (educao fsica, nutrio, fisioterapia e cardiologia) e uma moderna infra-estrutura aberta tambm s atividades de lazer da comunidade.

    Joo Carlos afirma que a interao entre as diversas atribuies do campus ensino, pesquisa e extenso permite difundir e aplicar conhecimento cientfico para estabelecer as diretrizes bsicas na preparao de atletas de alto nvel. Sua equipe formada por professores especializados, estudantes-bolsistas,

    tcnicos de nvel superior e profissionais reconhecidos. O Ncleo tambm oferece programas personalizados para qualquer pessoa que procure melhor desempenho esportivo, condicionamento fsico ou qualidade de vida. Ainda so desenvolvidas campanhas de combate hipertenso, ao tabagismo e a maus hbitos alimentares.

    A verba destinada s universidades pblicas est bem abaixo do ideal. O Ministrio dos Esportes ainda o de menor receita. O poder pblico oscila entre o seu verdadeiro papel, de oferecer esporte e lazer para a populao, e o papel de empresa que investe no esporte espetculo. preciso muita determinao poltica para se viabilizar projetos que atendam os verdadeiros anseios da sociedade.

    Montinho artilheiro: a pssima situao dos gramado da Ufes se estende s quadras.

    Situao precria: Qual esporte se pratica neste espao?

    Fotos: Drieli Volponi

  • A equipe do No Entanto visitou a tradicional Festa da Polenta, em Venda Nova do Imigrante (ES), em busca das razes do evento e, entre as tpicas atraes regionais, encontrou fortes traos de uma realidade moderna. Na busca pelo sucesso de pblico, diversos shows, tendas e artistas assinalam as mudanas ocorridas. De um lado tendas eletrnicas, shows de rock a banda Tits foi a grande atrao deste ano e musica sertaneja, do outro, o tombo da polenta, queijo gigante, eleio da rainha da festa e apresentaes musicais italianas. Frente a isso, paira no ar uma pergunta pertinente: as festas do interior ainda preservam suas razes?

    Histria

    A Festa da Polenta nasceu h 30 anos, idealizada pelo padre Cleto Caliman, no municpio de Venda Nova do Imigrante. O evento, no incio, no passava de um encontro comunitrio, que promovia o voluntariado e o cooperativismo entre as famlias italianas colonizadoras da regio h mais de cem anos. Ao longo das dcadas, as propores aumentaram e o que era um grande almoo transformou-se em um evento conhecido nacionalmente pelo seu apelo gastronmico e pela propagao da cultura italiana existente na regio. Dessa forma, a Festa da Polenta, assim como muitas outras, caiu definitivamente nas graas do pblico em geral sobrepujando as fronteiras de suas comunidades.

    A cultura do descartvel

    A maioria das festas regionais ainda preserva de maneira slida a cultura

    presente em suas razes, o que garante a transmisso dos costumes entre as geraes. No entanto, tais manifestaes buscam sobrevivncia em mundo marcado pela efemeridade e pela cultura do descartvel, no qual transmitir esses legados seculares no tarefa fcil. O que hoje se v so indivduos que, a todo tempo, se reinventam em cenrios que acabam acompanhando essa metamorfose. Surge ento a dvida:

    gostar do atual trair a cultura?

    Diferentes olhares

    Como pudemos observar, a Festa da Polenta ainda preserva em grande escala os costumes e o esprito de unio da comunidade, alm de contar com a presena de famlias inteiras durante todo o festival gastronmico. Mesmo diante de um frio intenso caracterstico da regio das montanhas, o calor o humano era incontestvel.

    Reginaldo Batista, 38, morador recm chegado cidade, acredita que a festa durante o dia consegue congregar a

    populao harmonicamente. Desde que me mudei para c, h seis meses, essa a primeira vez que vejo as pessoas em perfeita unio. As atraes dirias integram e transmitem o lado legal da cultura aqui existente, aponta. Em contrapartida, a realidade ao anoitecer um pouco diferente. No lugar das famlias e do esprito cultural, percebe-se a invaso de pblico proveniente das mais diversas localidades, que vo

    desde a capital do estado, Vitria, at visitantes do Norte fluminense. Tal pblico, mais jovem, aparece em busca das atraes badaladas da atualidade e da curtio de uma noite de festa. Eu estou aqui procura de diverso. Bons shows, gente bonita e animada so as marcas das festas do interior. Durante a noite que tudo fica melhor, confirma Kssio Nunes, 22, estudante de turismo, de Vitria.

    Uma colher do velho, pra uma do novo

    A Festa, assim como tantas outras festas regionais, sobrevive no mundo atual buscando a unio entre cultura e entretenimento. Essa dicotomia, muitas vezes, feita de maneira clara e saudvel, sem prejuzos para nenhuma das partes. Contudo, propagar cultura propagar idias e ideais para um pblico cada vez mais variado, que necessita de certo direcionamento entre as eternidades da semana e os costumes seculares. Muita coisa j foi posta mesa, e o resultado no deve ser uma grande salada indigesta.

    A propsito: vai uma polenta a?

  • Teatro

    Dia 28 de outubro, s 20h, a Cia. 4comPalito apresenta o espetculo Quixote, baseada na obra O Engenhoso Fidalgo Dom Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes. Nos dias 29 e 30 de outubro, tambm s 20h, h a apresentao da pea Shirley Valentine. Destaques para a presena da atriz Betty Faria no papel principal e de Guilherme Leme na direo. As duas apresentaes teatrais sero feitas no Teatro Universitrio da Ufes, com classificao indicativa de 14 anos O preo dos ingressos varia de R$ 15 (inteira) a R$ 7,50 (meia entrada para estudantes e idosos). Clientes e funcionrios do Banco do Brasil tambm pagam meia - benefcio vlido, inclusive, para o acompanhante.

    Dana

    A Quasar Cia. de Dana se apresenta com S Tinha Que Ser Com Voc, um espetculo que combina dana com msicas de Elis Regina e Tom Jobim. Ser no dia 1 de novembro, s 20h, tambm no Teatro Universitrio da Ufes. Com classificao livre e entrada franca (senhas sero distribudas na bilheteria do teatro uma hora antes do espetculo).

    Msica

    O show Brasil Clssico Caipira mistura msica caipira e erudita no dia 27 de outubro, s 20h. J o show Al...Al? 100 anos de Carmen Miranda, que comemora o centenrio de um dos maiores cones da msica brasileira, ser realizado s 20h do dia 31 de outubro (destacando a apresentao de Ruy Castro, que escreveu uma biografia de Carmen). As duas apresentaes musicais se daro no

    Teatro da Ufes e os preos dos ingressos so R$ 15 (inteira) a R$ 7,50 (meia entrada).

    Cinema

    O Cine Metrpolis exibir um filme do cineasta francs Jaques Demy a cada dia do CCBB Intinerante, a partir das 20h. Destaque para Os Guarda-Chuvas do Amor, ganhador da Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes e que poder ser conferido no dia 31 de outubro.

    Ideias

    Os jornalistas Zuenir Ventura e Daniel Piza debatem Jornalismo Literrio no dia 27 de outubro, com mediao de Sinval Paulino, editor do jornal A Tribuna. O debate acontece na sala 1 do Prdio Multimdia do Centro de Artes da Ufes. As senhas para a entrada sero distribudas no local uma hora antes do evento.

    A FLOR DO FIGO

    Nas minhas frias, fui ao interior de Minas Gerais e l conheci o jornalista Luiz Gonzaga Mineiro. Disse a ele que estava cursando jornalismo. Ele deu um sorriso e, ao contrrio de muitos da rea, afirmou que era uma boa profisso. Ele me contou parte de toda a sua histria do jornalismo poltico ao esportivo. E com todo o seu conhecimento, resolveu me testar. Perguntou se eu sabia o motivo de se falar que uma pessoa cresce s depois de ver a flor do figo.Pensei, na minha imaturidade, em algo relacionado ao sexo, mas preferi no chutar e disse que no sabia. Ele insistiu e perguntou se eu j tinha visto. Ri dos meus pensamentos e no disse nada. Ento ele me explicou que a flor do figo muito rara e demora a aparecer. A pessoa que v a flor do figo cresce, pois teve pacincia de esper-la nascer.Em tempos modernos, estamos acostumados com experincias rpidas e efmeras. Na televiso, por exemplo, notcias, e programas de entretenimento passam durante o tempo com poucos momentos para reflexo. Uma morte noticiada e logo depois comea a novela. De fato, poucos so os programas que promovem o debate. O Roda Viva, da TV Cultura, por exemplo, j antigo e um grande

    exemplo de programa que estimula a reflexo.Tal reflexo visto tambm no fato de as relaes amorosas mais duradouras estarem se tornando raras e o ato de ficar com

    uma pessoa j uma prtica comum na nossa sociedade. Perdemos o prazer da conquista

    e da apreciao de antigamente. Hoje gostamos, amanh no. Muitas vezes nem paramos para pensar

    nisso e apenas reproduzimos inconscientemente esse ato que j se tornou banal.Ver a flor do figo, portanto, numa poca em que se perdeu esse

    valor, uma grande virtude. Isso mostra que temos calma, inteligncia e sabemos apreciar bem alguma coisa. Poucos fazem isso. Poucos so os conscientes.No quero fazer desta uma

    crnica de auto-ajuda ou de conselhos filosficos da

    vida e muito menos de conselhos amorosos. Isso porque, como diz o ditado,

    se conselho fosse bom no se dava, se vendia. Alm do mais, talvez eu no fosse a melhor pessoa

    para aconselhar isso. Apenas compartilho essa experincia que tive de ter conhecido a tal da flor do figo.

    Por Victorhugo Amorim

    Acesse No Entanto online:www.NOENTANTO.com.br

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  • Cabelos roxos, rosas, azuis, brancos; chinelos com meias, sapatos trocados, unhas coloridas, cores contrastantes nas roupas, piercings, tatuagens, dread locks. Estilo patricinha, hippie, rockeiro, moderninho, engenheiro, empresrio... Quem nunca viu um desses na Ufes? Basta dar uma voltinha pela universidade, que logo voc encontra pessoas com estilos e gostos bem diferentes.

    Para o universitrio Joo Batista dos S. Lacerda, seu estilo diferente uma forma de fugir dos padres da sociedade, estilo a expresso da liberdade. As pessoas vivem numa padronizao e acham que esto sendo livres, quem foge disso ser altamente taxado pelas pessoas.

    Para alguns estudantes a escolha da roupa automtica, isso o que acontece com o entrevistado Grgorie Guardima, aluno do 3 perodo de Artes Plsticas, que acredita que a roupa tem um carter funcional, o que tem no guarda-roupa e serve, estou usando.

    Mas porqu tanto medo da padronizao?

    Segundo o psiclogo Elizeu Borloti, os adolescentes e adultos bem jovens experimentam roupas de modo a testar mais de um estilo ou uma mistura de dois ou mais estilos, os quais jamais identificam como o seu padro. Insistem em dizer que sua forma de vestir no padronizada porque a padronizao uma caracterstica aprisionadora, que no combina com a experimentao que marca a idade em que esto.

    Alm de criar seu prprio estilo, outros estudantes afirmam que escolhem as roupas de acordo com o humor do dia, cada temperamento que a gente tem, da vontade de colocar uma roupa diferente, afirma a estudante de Publicidade e Propaganda Vanessa Leite.

    E agora com que roupa...

    *Trechos retirados da msica Com que roupa? de Noel Rosa.