movimento vivace - edição 40 – abr.2012

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1 Veículo de divulgação oficial da OSRP - Distribuição gratuita - Ano IV - n°40 - Abril - 2012 Tocando a Vida Projeto socioeducativo chega ao bairro Ipiranga de Ribeirão Preto

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Revista oficial da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto.

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Page 1: Movimento Vivace - edição 40 – abr.2012

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Veículo de divulgação oficial da OSRP - Distribuição gratuita - Ano IV - n°40 - Abril - 2012

Tocando a VidaProjeto socioeducativo chega ao bairro Ipiranga de Ribeirão Preto

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Page 3: Movimento Vivace - edição 40 – abr.2012

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Palavra da Diretoria

DULCE NEVESVice-presidente OSRP

Por que a OSRP é um bem cultural? Ela eleva Ribeirão Preto à categoria das

poucas cidades que têm uma orquestra que se apresenta regularmente e faz jus

à composição erudita e popular. É uma orquestra i�nerante que sai do palco mais

nobre da cidade, o Theatro Pedro II, para as praças, parques ou igrejas. Mas a

OSRP vai além. É uma orquestra ousada e há muito tempo mostrou que, mais

que fazer cultura, quer descobrir e profissionalizar jovens talentos.

Levar a música erudita para populações de bairros carentes é um trabalho que

nossos músicos e professores fazem como se fosse um sacerdócio. E é através

do projeto Tocando a Vida que crianças e jovens aprendem a cantar e tocar um

instrumento musical. Queremos vê-los um dia nos palcos das melhores salas

de concerto. Queremos que conquistem o mundo e transformem lágrimas em

sorrisos, sendo autores de suas próprias histórias.

Diferentemente dos países de origem de muitos dos nossos músicos – no

Leste Europeu –, a música erudita não faz parte do ensino regular brasileiro e o

acesso às vagas de cursos de canto ou instrumento oferecidas pelas universidades

públicas ou par�culares é um caminho que exige muito inves�mento. E aos

14 anos, muitos adolescentes mal podem ir à escola porque têm de ajudar no

orçamento domés�co – quando não têm de sustentar a família. Se isso é triste,

imagine esses jovens atraídos pelo tráfico de drogas?

Trata-se de uma realidade que todo mundo conhece. Por isso, o projeto

Tocando a Vida é um orgulho para a OSRP. E certamente para os parceiros

que abraçaram esta causa – é o caso do RibeirãoShopping, parceiro do Núcleo

João Rossi, no Conjunto Habitacional João Rossi, em Ribeirão Preto, e da RTE-

Rodonaves Transportes e da Cia de Bebidas Ipiranga, as novas parceiras para o

Núcleo Ipiranga, que acaba de nascer no bairro de mesmo nome.

Onde queremos chegar? Queremos que essas crianças e jovens atendidos nos

nossos núcleos apresentem-se um dia no palco do Theatro Pedro II, integrem

nossa orquestra e sentem-se em uma das carteiras das melhores universidades

de música. É ousado, mas a experiência tem mostrado que essas crianças e jovens

são mais ousados ainda. E isso tudo vale muito a pena!

Ousadia

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Publicação mensal da Associação Musical de Ribeirão PretoRua São Sebas�ão 1002 - CentroTel (16) 3610-8932 - www.osrp.org.br

PresidenteDécio Agos�nho Gonzalez

Jornalistas responsáveisBlanche Amancio - MTb [email protected] Antunes - MTb [email protected]

Colaboração: Eduarda [email protected] & Cia Comunicação - Tel (16) 3916-2840

DIRETORIA EXECUTIVA

Décio Agos�nho Gonzalez

Presidente

Dulce Neves

1º Vice-Presidente

Silvio Trajano Contart

2º Vice-Presidente

Fábio Mesquista Ribeiro

Diretor Jurídico

Taís Costa Roxo da Fonseca

Diretora Jurídica Adjunto

Dácio Campos

Diretor de Patrimônio

Lisete Diniz Ribas Casagrande

Secretário Geral

Leonardo Carolo

Secretário Adjunto

José Mario Tamanini

Diretor Financeiro

Enio de Oliveira e Souza Junior

Diretor Financeiro Adjunto

José Arnaldo Vianna Cione

Diretor InsTtucional/Orador

CONSELHO FISCAL

Afonso Reis Duarte

Antonio Gilberto Pinhata

Delcio Bellini Junior

Larissa Moraes Di Ba�sta

Luiz Camperoni Neto

Paulo Cesar Di Madeo

CONSELHO DELIBERATIVO

João Agnaldo Donizete Gandini

Presidente

José Gustavo Julião de Camargo

Secretários

Abranche Fuad Abdo

Adriana Silva

Alberto Dabori

Amando Siui� Ito

Carmen Rita Cagno

Demetrio Luiz Pedro Bom

Dinah Pousa Godinho Mihaleff

Edilberto Janes

Elvira Maria Cicci

Emerson Francisco M. Rodrigues

Idelson Costa Cordeiro

Itamar Suave

Jay Mar�ns Mil-Homens Junior

José Donizete Pires Cardoso

Juracy Mil-Homens

Lais Maria Faccio

Lucas Antonio Ribas Casagrande

Luis Orlando Rotelli Rezende

Maria Carolina Jurca Freitas

Maria Cecilia Manzolli

Raul Marmiroli

Sander Luiz Uzuelle

SebastiãodeAlmeidaPradoNeto

Sebas�ão Edson Savegnago

Tamara Cris�na de Carvalho

Valdo Barreto

Vale�m Herrera

Willian Natale

Diretoria

Expediente

Indice

EspecialAcordes que transformam o ambiente 05

Notas 09

Arquivo HistóricoAs homenagens de “Seu” Aluísio a ex-músicos 10

Circuito Musical 12

Notas de Concerto 16

ProgramasConcerto Internacional 18JuventudeTem Concerto 23Concerto Pascal 26

Assistente de comunicação / diagramaçãoBruna Zanuto - [email protected]

FotosIbraim leão, Gisele Haddad, Lara Costa, José Antonio eBruna Zanuto

Pesquisa históricaGisele Haddad

Fotolito e impressãoSão Francisco Gráfica e Editora Ltda.

Tiragem: 1.500 exemplares

Os ar�gos assinados não representam obrigatoriamentea opinião do veículo

Edição anteriorAno IV - n°39 - Fevereiro/Março - 2012As revistas MovimentoVivace tambémestão disponíveis no site da OSRP

E-mails

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Assessoria de Imprensa

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[email protected]

[email protected]

Contato OSRP

Redes Sociais

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h~ps://twi~er.com/#!/OSRP

h~p://www.youtube.com/denisusov

Page 5: Movimento Vivace - edição 40 – abr.2012

5

Especial

5

Um canto já pode ser ouvido. São as

crianças do Conjunto Habitacional

João Rossi, em Ribeirão Preto – um

dos bairros mais violentos da cidade –,

entoando canções de Natal e músicas

populares. As vozes começam a ser

lapidadas e não demorarão a ganhar

forma e cor, mas já têm brilho. Os olhos

de Laura Pillar Peralta da Silva, 8 anos,

exprimem uma espécie de felicidade,

desconhecida para a menina até o dia

em que foi levada pela mãe à quadra de

esportes do bairro.

Lá, Laura encontrou Snizhana Drahan,

a ucraniana, agora naturalizada brasileira,

regente dos coros da OSRP, para as

primeiras aulas de canto do projeto

Tocando a Vida, lançado em agosto de

2011 na comunidade. A professora,

que já regeu o coro da histórica fábrica

russa de aviões Antonov e deu aulas

Acordes que transformamo ambiente

de canto na Universidade Popular da

Ucrânia, assumiu a responsabilidade de

transformar as vozes infan�s.

Alexandra Mari Peralta, a mãe, tem

40 anos e para sustentar a casa cuida dos

filhos de amigas que precisam trabalhar

fora. No apartamento de 41m2, recebe

diariamente sete crianças. Enquanto isso,

a menina Laura cursa a 3ª série do ensino

fundamental na única escola do bairro.

As aulas de canto no projeto Tocando a

Vida mudaram a ro�na de muita gente no

João Rossi. Laura ficou mais concentrada

na escola, diz a mãe. “Ela �nha dificuldade

para memorizar e, como precisa decorar

as músicas, passou a ficar mais atenta”,

acredita Alexandra.

Além de Laura, tem a vizinha Adriane

de Oliveira Norberto, 12 anos, que até

então não sabia o que era estudar canto.

“Eu sempre gostei de cantar e agora quero

ficar mais afinada”, sonha a garota. A mãe

Fernanda Rosa de Oliveira conta que ela

está até falando melhor. “Falava muito

rápido, sem pausa”.

As vizinhas são apenas dois exemplos

dos resultados com o primeiro semestre

de aulas no Conjunto João Rossi. “Todas

as mães gostaram da ideia, pois não há

nada no bairro além da escola... aqueles

que não vão para o canto ficam ao Deus

dará”, resume Alexandra.

ParaaprofessoraSni, comoéchamada,

“fácil não é, nem para os profissionais,

mas a vontade de aprender e a alegria que

essas crianças trazem para a aula ajudam

muito no resultado”. Ela abraçou a causa

e, da mesma forma que prepara cantores

profissionais para concertos, faz com que

as crianças descubram a própria voz. “É

preciso respirar na medida, na hora certa,

usar a quan�dade exata de ar para cada

Alunos da EMEF Elisa Duboc ouvindo o quarteto da OSRP

Page 6: Movimento Vivace - edição 40 – abr.2012

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frase musical, descobrir os sons, os tons

das notas, aprender a posicionar cabeça e

o corpo e, ainda, produzir os sons das notas

musicais a par�r de locais determinados na

boca”, explica.

O projetoO projeto Tocando a Vida foi idealizado

pela Associação Musical de Ribeirão Preto,

mantenedora da OSRP, para formação de

instrumen�stas e cantores. Ele começou

com a parceria junto à Ins�tuição Aparecido

Savegnago, de Sertãozinho-SP, em 2009. Lá,

crianças e jovens aprendem instrumento

e canto através de parceria com a OSRP. E

há também cursos de informá�ca, língua

inglesa e artes para filhos de funcionários

da rede de supermercados e para a

comunidade.

Com o sucesso da experiência, a

diretoria da OSRP decidiu implantar núcleos

em parceria com a inicia�va privada. Em

Ribeirão Preto, o primeiro núcleo – no

Conjunto João Rossi – foi implantado em

parceria com o RibeirãoShopping. Desde

então, 40 crianças a par�r de 6 anos de

idade, aprendem canto coral. Com quatro

meses de aulas, elas se apresentaram

na programação de Natal no Shopping,

cantando peças clássicas natalinas junto

com cantores do Coro Lírico da OSRP.

“O Tocando a Vida é um projeto

ousado na medida em que interfere

em um cenário extremamente carente,

oferecendo oportunidade de inserção

social e profissional. Além de formar

profissionais capazes de atuar como

instrumen�stas ou cantores no mercado

de trabalho, o projeto obje�va preparar

músicos para disputarem vagas nos

cursos de graduação em música nas

universidades públicas da região – Escola

de Comunicação e Artes da USP-Ribeirão

e UFSCar-Universidade Federal de São

Carlos – além das ins�tuições par�culares,

como a UNAERP - Universidade de Ribeirão

Preto”, explica Dulce Neves, vice-presidente

da OSRP.

A equipe de professores tem grande

experiência profissional e vasta formação

acadêmica. O coordenador pedagógico

Lucas Galon é professor universitário e

Laura Pillar Peraltada Silva“A aula de canto meajuda muito”.

Snizhana Drahan“A vontade de aprendere a alegria que essascrianças trazem para aaula ajudam muito noresultado”.

Hélita Moraes

Lucas Galon“A cada d i a no ssurpreendemos comos resultados”.

Dulce Neves“Música erudita paracr ianças e jovens,oferecendo a elesa oportunidade deu l t r apassa rem oslimites de sua própriacondição social”.

compositor. “Procuramos educar para vida,

para arte. E não para o aprendizado tão-

somente da técnica de um determinado

instrumento”, diz o professor. Lucas tem

uma ligação an�ga com a OSRP – seu �o-

avô Augusto Seabra foi violinista e violista

na Sinfônica por alguns anos. “Eu mesmo

fui violista da orquestra entre 2004-2005.

Como compositor, �ve o prazer de assis�r

estreias de duas de minhas principais obras

sinfônicas junto à OSRP”, conta.

H á u m m ê s a O S R P a d q u i r i u

instrumentos musicais para as aulas no

Núcleo João Rossi: são 17 violinos, 7 violas,

8 violoncelos, 1 teclado, 4 contrabaixos, 14

flautas sopranos, 15 flautas contraltos, 6

flautas tenores e 1 flauta baixo.

No início de abril, o segundo núcleo em

Ribeirão Preto foi inaugurado. O Núcleo

Ipiranga já está com inscrições abertas.

Vai funcionar na ONG Caminhando para

o Futuro, na Rua Taba�nga 427. O novo

núcleo nasceu das parcerias da OSRP com

a Cia. de Bebidas Ipiranga e RTE-Rodonaves

Transportes.

A vida no João Rossi

O João Rossi é considerado o

terceiro bairro com maior índice

de violência em Ribeirão Preto – o

município tem cerca de 200 bairros,

organizados administrativamente

em 16 subsetores , segundo

a S e c r e t a r i a M u n i c i p a l d e

Planejamento.

O comércio de drogas é feito à

luz do dia e o tráfico é o responsável

pelos índices crescentes de

pros�tuição infan�l, furtos, roubos,

violência ~sica e assassinatos.

O Jardim João Rossi fica no setor

S-5 Sul, que abrange os bairros

Residencial Flora, Flórida, Jardim

Califórnia, Vila Ana Maria, Jardim

Nova Aliança, Condomínio Estação

Primavera, Condomínio Residencial

Moema e parte do Alto da Boa

Vista. Esta região da cidade conta

com 15.724 habitantes em 7.760

domicílios e tem bairros altamente

valorizados do ponto de vista

imobiliário. Destes habitantes de

toda esta região, 11.264 estão no

Conjunto Habitacional Jardim João

Rossi, vivendo em seus 88 prédios

com 2.816 apartamentos.

Roberto Galhardo

Conjunto Habitacional João Rossi

Page 7: Movimento Vivace - edição 40 – abr.2012

7

A vida tem que serum grande espetáculo.O compromisso que a Vila do Ipê tem

com a cidade de Ribeirão Preto vai muito

além de oferecer empreendimentos imobiliários

de altíssima qualidade. A Vila do Ipê acredita

que qualidade de vida é um conceito muito

mais amplo em que a cultura tem um papel

fundamental. Por isso, além do nosso apoio,

a Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto

sempre terá o nosso aplauso.

Valorizando a cultura.

Page 8: Movimento Vivace - edição 40 – abr.2012

8

Material de divulgação do projeto

Projeto pedagógico

Trabalhamos com uma espécie de

tripé e procuramos equacionar o perfil

de determinados grupos de alunos.

Com alguns, nosso trabalho

é voltado à inserção cultural e

intelectual no mundo das artes.

Basicamente, tocarão um instrumento

e futuramente formarão um grupo

com acesso ao repertório da música

de diversos esti los, mas como

ouvintes e frequentadores de recitais

e concertos, e não como profissionais

da música. Neste caso, trata-se de uma

formação disciplinar complementar às

a�vidades escolares.

Temos um segundo grupo, para o

qual buscamos o resgate social puro

e simples. São crianças muitas vezes

vitimizadas, algumas com sérios

problemas psicológicos e cogni�vos,

emqueasociabilizaçãoeinclusãosocial

são nossos alvos; independentemente

do desempenho musical ou mesmo do

comportamento. A questão aqui é a

inclusão dessas crianças.

Vale dizer que não acredito na

separação dos grupos na prá�ca. Os

aspectos levantados em nosso tripé,

apenas os professores discutem e

determinam uma conduta de acordo

com os casos. É uma forma de educar

segundo certas necessidades básicas.

O terceiro grupo consiste naqueles

alunos que apresentam desde o início,

e durante seu desenvolvimento, uma

óbvia propensão musical. Neste

caso, os professores exigem o nível

necessário para direcioná-los para

uma formação profissional. Pela

minha experiência, num projeto

da nossa natureza, normalmente

podemos esperar que entre 20%

e 25% dos alunos se tornem bons

profissionais da música. Além de

podermos contar também com

uma boa margem de futuros bons

professores de música.

Lucas Galon

Concerto de Natal no Theatro Pedro II em dezembro de 2011, com crianças do João Rossi e de Sertãozinho

Page 9: Movimento Vivace - edição 40 – abr.2012

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Notas

Faleceu no dia 19 de março a mezzo-soprano

Fernanda Cou�nho, integrante do Coro Lírico da

Escola e Canto Coral (ECC).

Diretoria da Orquestra Sinfônica de Ribeirão

Preto e da ECC solidarizam-se com a família.

Falece a mezzo-soprano FernandaCoutinho

OSRP homenageia JúlioVoltarelli

A OSRP presta homena-

gem ao pesquisador Julio

Voltarelli pelo grande trabalho

acadêmico e pela dedicação à

orquestra. Voltarelli foi sócio

da Sinfônica por muitos anos

e faleceu dia 21 de março.

O célebre músico aposentado Augus-

to Seabra acaba de completar 90 anos.

Seabra foi músico da OSRP entre 1942 e

2002 tendo sido spalla durante três anos.

A prova de sua versa�lidade e espírito

coopera�vo está no fato de já ter atuado

como violinista, violoncelista e violista,

instrumento que se dedicou até o fim da

carreira de músico profissional na OSRP.

Ex-spalla da OSRP Augusto Seabra completa 90 anos

Augusto Seabra

Seabra e outros músicos davam ver-

dadeiros saraus durante viagens de ôni-

bus da OSRP pelas cidades do interior de

São Paulo.

Dentre outras figuras do passado re-

cente da OSRP, o violinista Milton Bergo,

spalla por muitos anos da OSRP, esteve

presente, e homenageou o aniversari-

ante com seu violino.

Page 10: Movimento Vivace - edição 40 – abr.2012

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Arquivo Histórico

Fonte: Arquivo Pessoal Aluísio da Cruz Prates

Maestro Spártaco Rossi

Fonte: Arquivo Pessoal Aluísio da Cruz Prates

Aluísio da Cruz Prates

As homenagens de “Seu” Aluísio a ex-músicos

Desde 2006, quando soube do trabalho

de pesquisas sobre a OSRP e a história

da música de Ribeirão Preto, o clarine�sta

Aluísio da Cruz Prates, “Seu” Aluísio,

sempre telefona para informar o paradeiro

de an�gos músicos e para falar de alguma

foto ou partitura que encontrou. Filho

do escritor e memorialista Prisco da Cruz

Prates e com recém-completados 87 anos,

adora falar da ro�na musical da cidade “de

an�gamente”.

Ex-músico da OSRP se empenha para homenagear os colegas músicos abrindo processos para que seus nomes sejam

colocados em logradouros da cidade

Apresentação da Banda do 3º Batalhão daPM de Ribeirão Preto no aniversário do Pe.Donizeti, em Tambaú-SP. Foto de 1957.

Spártaco Rossi regendo a OSRP nadécada de 1960

Aprendeu música em Batatais, no

quartel da Polícia Militar, com o maestro

Alfredo Pires aos 20 anos. Decidiu estudar

sax soprano porque era o instrumento

disponível e a também a necessidade

da banda naquele momento. Passou

para clarineta em 1954, por ocasião da

aposentadoria do sargento José Joaquim

de Oliveira (Juca), pois “o naipe precisou”,

dizendo ainda “passei apertado porque

a clarineta é muito mais di}cil; o sax tem

chaves e a clarineta tem os ori}cios para

tampar com os dedos”.

Entrou na OSRP a convite do maestro

da banda da PM de Ribeirão Preto,

Celestino Libanoli, que atuava na

orquestra. Sentiu dificuldades com a

mudança de conjunto musical. ”Foi di}cil

porque a dinâmica da banda é diferente

da sinfônica, �ve que estudar para tocar

um som mais aveludado”. Enrico Ziffer era

o maestro �tular da orquestra entre 1957

e 1962. Aluísio atuou na OSRP entre 1961

e 1982. Antes disso, tocou sob a batuta

de Ignázio Stábile, �tular de 1938 a 1955,

quando ainda era saxofonista na banda

da PM e esta era convidada a tocar com a

orquestra a Abertura 1812 de Tchaikovsky,

por causa dos �ros de canhão que estão

na par�tura da obra.

Estudou com o maestro Spártaco Rossi

(1910-1993)entre1962e1970,então�tular

na OSRP. Com ele teve aulas par�culares

de teoria musical e depois fez mais dois

anos de teoria e prá�cas instrumentais no

Colégio Metodista. “Ele chegou aqui muito

legal comigo, pedia cópias de músicas pelo

mimeógrafo, me ensinou transposição

musical porque minha clarineta era em Si

bemol e às vezes apareciam par�turas em

Dó ou Lá e eu �nha que dar conta”.

Só saiu da orquestra em 1982 após

uma cirurgia de vesícula, quando não

mais conseguiu con�nuar. Tocava então

em cerimônias de casamentos com os

colegas violinistas Gilberto e Luiz Baldo.

Até a década de 1990, os músicos da

OSRP não recebiam salário, tocavam

por amor à música e ganhavam “no

máximo um jantar no

Pinguim ou na sede da

Sinfônica... agradeça

que a sinfônica existe,

aos abnegados do

passado”, diz referindo-se aos colegas

músicos fundadores da OSRP.

Em 1993 ficou sabendo da morte de

Spártaco Rossi e desde então começou as

providências com a ajuda da filha, Gláucia

Aparecida Prates, para que o nome do

maestro fosse designado a um logradouro

público. Agora, depois de quase dez

anos conseguiu, assim como também

conseguiu anteriormente pelo nome do

ex-músico, primeiro flau�sta e fundador

da orquestra Caetano Lania (1908-1992)

e do maestro Alfredo Pires (1900-1982),

aquele que lhe ensinou música no quartel.

“Virar nome de rua é importante porque

muita gente vira nome de rua sem ter feito

nada, e estes muito fizeram e trabalharam

pela Orquestra Sinfônica e pela música de

Ribeirão Preto”, finaliza.

Page 11: Movimento Vivace - edição 40 – abr.2012

11

Atendimento integrado, qualificação humanae investimento tecnológico. Em outras palavras:o hospital mais completo de Ribeirão Preto.Considerado um dos hospitais mais bem equipados do país, o Hospital São Francisco é um complexo hospitalar modelo, onde a tecnologia está aliada ao humanismo e à inovação. O nível internacional de sua estrutura possibilita a realização anual de mais de 1.000 procedimentos cirúrgicos de alta complexidade e faz dele o maior hospital privado de Ribeirão Preto e região. Com alto padrãode hotelaria, o Hospital São Francisco também se destaca pela atualização constante de sua equipee pela qualifi cação de seu corpo clínico, com médicos que atuam nas mais diversas especialidades.São mais de 66 anos cuidando de pessoas, antecipando tecnologias e buscando novas formasde oferecer a mesma excelência de sempre.

167 Leitos18 Salas Cirúrgicas30 Leitos de Terapia Intensiva5 Leitos de Cuidados EspeciaisHemodinâmicaProntuário InformatizadoHospital-Dia

Centro Avançado deDiagnóstico por ImagemUnidade de Oncologia ClínicaUnidade de Emergência comPlantão em NeurologiaCentro de HemodiáliseCentro de Radioterapia

Centro de Negócios:16 2138.3234 / 2138.3285www.saofrancisco.com.br

Page 12: Movimento Vivace - edição 40 – abr.2012

12

Circuito Musical

Dia 7/3

Os violinistas Ilia Iliev e Eduardo Oliveira, ao

lado da violista Michele Picaço e do violoncelista

Jonathas da Silva marcam presença na palestra

do escritor Augusto Cury, durante o lançamento

d a A c a d e m i a d a

I n t e l i g ê n c i a e m

Ribeirão Preto.

O quarteto da OSRP

apresenta um programa

com obras de es�los e

compositores variados

como Wolfgang A.

Mozart, o tangueiro

A s t o r P i a z z o l l a ,

John Lennon e Paul

McCartney, Guerra

Quarteto da OSRP se apresenta napalestra do escritor Augusto Cury

Eduardo Oliveira, Ilia Iliev, Michele Picaço e Jonathas da SilvaAugusto Cury

Peixe, Zequinha de Abreu e J. Sebas�an Bach.

A Academia da Inteligência é dirigida pela

psicóloga Camila Cury, escritora e filha do

psiquiatra Augusto Cury.

Page 13: Movimento Vivace - edição 40 – abr.2012

13

Dia 10/3

Sob a regência de Gian Luigi Zampieri,

a OSRP apresenta o concerto n° 1.203,

com a presença da cantora lírica Daniella

Carvalho, aclamada pela crí�ca por sua

“voz de vinho escuro e expressivo”.

A apresentação conta com a

par�cipação do Coro da OSRP, Coral Art

Musik e Coral Municipal Fabiano Lozano

ensaiados por Claudinei de Oliveira. A

maestrina do Coro da OSRP Snizhana

Drahan, também integrou o grande coro.

O concerto conta com as peças

Abertura (Don Giovanni) e Singt dem

großen Bassa Lieder (Coro final da ópera

O Rapto de Serralho), de Mozart; Vissi

d’Arte (Tosca), Tu che di gel sei cinta

(Turandot), Donde lieta (La Bohème),

Che tua madre (Madame Bu�erfly), de

Puccini; Gloria all’Egi�o (Coro da ópera

Aida - 2° ato), de Verdi e Sinfonia n° 4 em

Mi menor Op. 98, de Brahms.

Antes do concerto, o presidente da

OSRP Décio A. Gonzalez pede um minuto

de silêncio em homenagem a Zezé Najem,

gerente ar�s�ca do Theatro Pedro II, que

faleceu em março. Durante a homenagem,

ovioloncelistaRichardGonçalvesapresenta

um solo da peça Élégie, de Fauré.

Solista soprano Daniella Carvalho

Richard faz homenagem a Zezé Najem Violista Guilherme Carvalho e Gian Luigi

Solo dos trompetistas Alessandro e Naber

Maestro Gian Luigi

Série ConcerSérie Concertotos Internacionais traz asosoprprano Daniella Carvalho

Page 14: Movimento Vivace - edição 40 – abr.2012

14

Dia 11/3

O primeiro Juventude Tem Concerto

do ano é regido pelo maestro convidado

Gian Luigi Zampieri e apresenta trechos

das óperas de Don Giovanni e Le Nozze

di Figaro, de Mozart, e a Sinfonia n° 4, IV

movimento, de Brahms.

O concerto conta com a par�cipação

dos solistas Wladimyr Carvalho (barítono)

Série Juventude Tem Concertofica mais interativa

ConvidadosporReginaldoNascimento,

os meninos do Projeto Guri presentes

na apresentação sobem ao palco e

acompanham o concerto sentados juntos

com os músicos. No final da apresentação,

o maestro Gian Luigi conversa com o

Solistas Cristina Modé e Wladimyr Carvalho

Flautista Riane Benedini

Naber de MesquitaViolinista Denis Usov

Percussionista Walison Souza Violinista Marcelo Soares Oboísta Rodrigo Alves Reginaldo Nascimento

Famílias marcam presença no Juventude Teatro lotado

e Cris�na Modé (mezzo-soprano).

Durante a apresentação o maestro-

assistente da OSRP Reginaldo Nascimento

fa z i nte r ve n çõ e s ex p l i ca n d o a s

características e detalhes de alguns

instrumentos e conversa com os músicos

sobre caracterís�cas de cada um deles,

aumentando a intera�vidade da série.

público e fala sobre sua vinda para o Brasil.

O Juventude Tem Concerto é

patrocinado pela Telefonica há 15 anos,

com o obje�vo de formação de plateia e

despertar nas crianças e adolescentes o

gosto pela música erudita.

Page 15: Movimento Vivace - edição 40 – abr.2012

15

Dia 25/3

7 mil pessoas comparecem em concerto da OSRP em ArarasA OSRP se apresenta em Araras, no

Largo da Basílica, na Praça Barão, em

comemoração aos 150 anos da cidade.

O concerto é regido pelo maestro

italiano Gian Luigi Zampieri e tem em

seu repertório o Hino de Araras de I. G.

Oliveira, o Hino Nacional Brasileiro de F.

A apresentação faz parte da Semana

do Município promovida pela Prefeitura

Municipal de Araras e pela Intervias –

concessionária de rodovias do Grupo OHL

que atua na região - e conta com o apoio

da Secretaria Municipal de Ação Cultural

e Cidadania e da EPTV Central.

Secretár io Marcelo Daniel , prefe i toNelson Brambilla, maestro Gian Luigi esuperintendente da Intervias Dalton Lage

M. Silva, Prelúdio de Bachianas Brasileiras

n° 4 de H. Villa-Lobos, Suíte n° 3 “Ária” de

J. S. Bach, Música para os Reais Fogos de

Ar�ficio de G. F. Haendel, O Trenzinho do

Caipira das Bachianas Brasileiras n° 2 de

H. Villa-Lobos e o Barbeiro de Sevilha de

G. Rossini.Divulgação Intervias

Page 16: Movimento Vivace - edição 40 – abr.2012

16

Notas de Concerto

Le siège de Corinthe (O assédio deCorinto) Abertura | Gioachino Rossini(1792 - 1868) - Foi a primeira ópera em

língua francesa do italiano, composta por

volta de 1826. Dividida em três atos e com

libreOode Luigi Balocchi e Alexandre Soumet,

essa obra é uma readaptação de outra ópera

deRossinichamadaMaomeOoII, cujo libreOo

é de César Della Vale e retrata a guerra entre

turcos e venezianos. O �tulo se refere ao

sultão turco-otomano Mehmed II, conhecido

como O Grande Conquistador de Istambul.

A ópera MaomeOo II, concluída por volta de

1820, não foi muito bem aceita na cidade

italiana de Nápoles e, na tenta�va de garan�r

o sucesso da apresentação em lugares

como Paris e Veneza, Rossini modificou

significa�vamente alguns elementos da obra

que, segundo ele, foram os responsáveis pela

di~cilaceitaçãoporpartedaplateia.Em1826,

a ópera passou por uma reformulação mais

radical, quando o compositor acrescentou

um ato, totalizando três. A língua que então

passou a ser francesa, assim como o �tulo –

Le siège de Corinthe – e também o enredo

que foi ampliado. Resumidamente, a história

do Assédio de Corinto fala sobre o cerco e a

destruição e o declínio da cidade grega de

Missolonghi em 1826 pelos turcos, durante a

Guerra da Independência Grega. A referência

aoCorintoéalegórica,masMehmedIIdefato

si�ou a cidade em meados de 1450.

Não é raro nos depararmos com abertu-

ras operís�cas executadas como peças inde-

pendentesnorepertóriodeconcerto.Comoo

próprio termo já denota –Abertura–, trata-se

deumacomposiçãocujopropósitoprincipalé

o de introduzir ou preparar os ouvintes para

uma obra maior, no caso, uma ópera. No sé-

culo XIX a abertura se desvinculou de seu uso

restrito de caráter introdutório e se tornou

um gênero independente, tal como acon-

teceu com os prelúdios instrumentais, que

também serviam como introdução para pe-

ças posteriores e que, no decorrer dos anos,

tornaram-se peças autônomas. Geralmente,

as aberturas operísticas funcionam como

uma espécie de sinopse musical da trama,

em que os principais elementos melódicos

e mo�vicos são apresentados, ajudando na

ambientação do público para o que se segue.

Na abertura de O assédio do Corinto encon-

tramos o melhor do vocabulário rossiniano,

com a força instrumental que lhe é peculiar,

com tuNorquestrais de passagens vigorosas

e melodias esfuziantes na parte das cordas

que engendram um jogo bem ar�culado de

instrumentações e �mbres.

Stabat Mater | Gioachino Rossini (1792 -1868) - Vários compositores se aventuraram

em compor obras baseadas no texto Stabat

Mater, desde renascen�stas como o italiano

Giovanni Pierluigi da Palestrina (1525 - 1594),

barrocos como Domenico Scarlatti (1685

- 1757), até clássicos como Joseph Haydn

(1732 - 1809), chegando aos dias atuais atra-

vés de compositores como Arvo Pärt (1935)

e Penderecki (1933). O Stabat Mater é um

poemareligiosocujaorigemestáarraigadano

contexto do século XIII. Era um texto usado na

liturgia romana, servindo como sequência da

missa ou assumindo a função de um hino. O

texto começa com a frase “Stabat mater do-

lorosa”, que significa “Estava a mãe a sofrer”,

cujo propósito reside na descrição da dor de

Maria ao ver o filho Jesus crucificado.

Até meados do século XIX, oStabatMater

era reservado quase exclusivamente para o

o~cio religioso. Com o passar dos anos, o

gênero foi ganhando terreno no repertório

de concerto das grandes orquestras e através

de novas perspec�vas por parte dos com-

positores, que agora ampliavam o potencial

narra�vo da obra com mais liberdade. É o

caso de Rossini que durante quase toda a

vidadedicou-seaogênerooperís�coe,então,

decidiu se aventurar em obras de natureza

religiosa, sendo o seu Stabat Mater a mais

conhecida e consagrada dessas obras. Por

volta de 1831, em viagem à Espanha, Rossini

recebeu encomenda de um conselheiro do

Estado, o arquidiácono Fernández Varela,

porém, por culpa de uma complicação de

seu estado de saúde, teve de interromper o

trabalho, deixando a conclusão à responsa-

bilidade de seu amigo e também compositor

italiano Giovanni Tadolini (1789 - 1872). A

versão finalizada por Tadolini estreou em

1833 e só em 1841, após a morte de Varela,

aquele que encomendou a obra, Rossini iria

de fato terminar a composição, subs�tuindo

as seções compostas por Tadolini pelas suas

próprias. A versão defini�va de Rossini foi

estreada em Paris, em 1842.

A obra é composta para quatro solistas:

soprano, mezzo-soprano, tenor e baixo,

guarnecidos por um coro misto, além da

orquestra. Contém dez seções, que se al-

ternam em relação ao �po de formação do

grupo, ou seja, em algumas seções há o uso

de duos, solista acompanhado pelo coro, ou

então os quatro solistas simultaneamente, e

assim por diante, dependendo da necessi-

dade expressiva de cada passagem ou cena.

É interessante notar que Rossini deixa trans-

parecer sua vertente operís�ca, através da

drama�cidade da orquestração, dos gestos

melódicos e de demais elementos como, por

exemplo, a segunda seção nomeada Cujus

animam, para tenor, que nos lembra uma

ária de bravura de algumas de suas óperas.

O StabatMaterde Rossini se reveste de uma

beleza ímpar, capaz de preencher o ambiente

comumasolenidadeenvolvente, impregnada

de intensa drama�cidade.

AsHébridas (AGrutadeFingal),Op. 26Abertura | Felix Mendelssohn Bartholdy(1809 - 1847) - Mendelssohn é natural da

cidade alemã de Hamburgo. Pianista, organis-

ta, compositor e regente, é frequentemente

citado como um dos mais prolíficos nomes do

período de transição entre o classicismo e o

início do roman�smo, além de ser o principal

responsável por reviver as obras do grande

mestre do barroco, Johann S. Bach, até então

eramdesconhecidaseausentesnorepertório

de concerto. O es�lo de Mendelssohn ainda

está muito atrelado aos preceitos clássicos da

clareza e do controle absoluto da forma mu-

sical, porém, já avança rumo ao roman�smo

através da u�lização de um vocabulário har-

mônico mais denso e rebuscado, e do lirismo

presente nos contornos de suas melodias.

Por volta de 20 anos, em 1829, visitou a

costa oeste da Escócia, onde se encontra o

arquipélago das ilhas Hébridas. Ficou inspira-

do pela paisagem, principalmente pela gruta

de Fingal, uma caverna localizada na ilha de

Staffa. Com essa inspiração, um ano depois,

em 1830, nasce sua obra então chamada deA

Ilha Solitária. Numa revisão feita em meados

de1832,oprópriocompositormudouo�tulo

para As Hébridas, também frequentemente

chamada deAGruta de Fingal em referência

aos arquipélagos visitados por ele.

A Gruta de Fingal é uma Abertura e,

como é bem caracterís�co da era român�ca,

não tem o propósito de preceder uma peça

concertante ou ópera; aqui, já temos um

desprendimento do gênero em relação à

Page 17: Movimento Vivace - edição 40 – abr.2012

17Por Dario Rodrigues Silva

sua função: é uma obra que se autosusten-

ta, com autonomia e independência. O que

antes era usado como peça de introdução ou

preparação para uma obra maior, no roman-

�smo, passa a ser um gênero independente.

O mesmo ocorreu com os prelúdios, que

�nham função de introduzir ou ambientar os

ouvintes para o que viria a seguir, ou também

com os intermezzos, peças musicais tocadas

entre uma cena ou ato de uma ópera, e

muitos outros gêneros que no roman�smo se

emanciparam da função principal e se torna-

ramobras independentes,comcaracterís�cas

próprias. Outro aspecto que enquadra essa

obra genial em solo român�co é o programá-

�co. Embora não possua enredo ou história

comobaseparaseudesenrolar–oquedefini-

ria o termo programá�co – ela pode ser assim

considerada por ter uma imagem, ambiente

ou perfil que serviu como inspiração, ou seja,

a Gruta de Fingal. Eis um aspecto absoluta-

mente român�co: a representação musical

metafórica de lugares, paisagens, lembranças

e tudo mais que servisse de inspiração.

A obra se desenvolve sobre a tensão

causadaentredois temas:oprimeirodeperfil

mais calmo, que cria um clima desolado e

solitário, aspecto que fica claro no primeiro

�tulo dado pelo compositor –A Ilha Solitária

–, e o segundo, cuja força expressiva lembra

o movimento das ondas, da agitação do mar,

o que nos proporciona um constante jogo

de sensações entre esses dois pólos, ora

nos levando para o interior da caverna e nos

envolvendo com sua solidão obscura; ora

nos arremessando à turbulência das ondas

do mar, compondo uma paisagem musical

intensa e arrebatadora.

Concerto para Violino em Mimenor,Op. 64 | Felix Mendelssohn Bartholdy(1809 - 1847) - Mendelssohn começou a

escrever esse concerto por volta de 1838 e

só o finalizou em 1845, dois anos antes de

morrrer. O concerto se consolidou como uma

das peças mais importantes para o repertório

de violino, tanto pela beleza e sofis�cação,

quanto pelo desafio técnico e sonoro que

oferece aos intérpretes. Está divido em

três movimentos, seguindo a configuração

tradicional clássica de andamentos (rápido

– lento – rápido): o primeiro é um Allegro

molto appassionato, o segundo um Andante

e o terceiro e úl�mo umAlegreOonontroppo

– Allegromolto vivace. Embora a divisão dos

movimentos remonte a uma prá�ca clássica,

assim como o uso da forma sonata no primei-

romovimento,Mendelssohninovaemmuitos

aspectos como na entrada do solista logo no

início do primeiro movimento –Allegromolto

apassionaOo –, não comum nos concertos

clássicos que geralmente começavam com

umaintroduçãodaorquestrausandomo�vos

que seriam posteriormente apresentados

pelo solista, ou então, o tema principal era

primeiramente apresentado pela orquestra

para que em seguida fosse entregue ao solis-

ta (dupla exposição). Neste concerto, solista

e orquestra exploram juntos as principais

ideias temá�cas, em um diálogo constante.

Outroaspecto inovadorresidenacadênciado

primeiro movimento – parte solo, geralmente

usadaparaqueointérpreteexibasuadestreza

técnica ao instrumento e também como ele-

mento expressivo e estrutural da obra – que

em um concerto clássico tradicional ocorreria

no final do movimento, porém, Mendelssohn

a coloca antes da re-exposição, ou seja, antes

do reaparecimento do tema principal com o

qual o movimento começa. O segundo anda-

mento–Andante–éreves�doporumintenso

lirismo que muito nos lembra suas Canções

semPalavras,peçasparapianocujaforçapoé-

�ca reside na expressividade melódica. Outro

fator que reforça essa comparação é a forma

ternária sob a qual o segundo movimento

está estruturado, o que é bem comum no

gênero canção. Outra reminiscência do perí-

odo clássico se encontra no terceiro e úl�mo

movimento – AllegreOo non troppo - Allegro

moltovivace– o qual se encontra na forma de

umaSonata-Rondó,gênerobastanteu�lizado

duranteoperíodoclássico,queencerraaobra

com um brilhan�smo sonoro proveniente da

solista e do TuN orquestral.

É uma obra de requinte e que serviu de

molde para muitos compositores, tanto pelo

equilíbrio no controle da forma, quanto pelas

inúmeras inovações presentes nas estruturas

internas dos movimentos, e também na con-

solidação da linguagem român�ca.

Paixão Segundo São João, BWV 245 |Johann Sebastian Bach (1685 - 1750 -Obra-primadobarrococompostaemmeados

de 1724 e estreada em Leipzig em uma Sexta-

-Feira Santa. Trata-se de um oratório sacro,

cujo �tulo já demonstra a intenção da obra:

a representação dramá�ca dos principais even-

tos da semana santa cristã, através dos relatos

do Evangelho de São João. Bach também com-

pôs umaPaixãoSegundoSãoMatheus, porém,

a de São João é mais expressiva e dramá�ca.

Há ainda outra obra de natureza semelhante,

a Paixão Segundo São Lucas, que não possui

auten�cidade comprovada. Uma questão intri-

gante em relação àPaixãoSegundoSão Joãoé

que não há uma versão que se possa chamar

de defini�va, já que várias foram encontradas.

No entanto, a versão de 1740, possivelmente

uma revisão feita pelo próprio Bach, é frequen-

temente usada como referência para muitas

execuções atuais.

Bach fez uso dos capítulos 18 e 19 do

Evangelho de João, da bíblia luterana, e tam-

bém de outros textos não litúrgicos para a

construção e junção da obra. Os personagens

principais – Jesus, Pôncio Pilatos e Pedro – são

representados por solistas. Há também a figura

de um narrador, chamado Evangelista, e de

personagens coadjuvantes – um servo e uma

criada – que par�cipam de cenas, realçando

o drama e os acontecimentos. Os recita�vos

e árias são apresentados pelos solistas, e

demais partes musicalmente recitadas são

de responsabilidade de Evangelista. As árias

são primordiais para o desenvolvimento do

enredo, pois contam de maneira destacada

os momentos mais intensos da história, como

a via-sacra, a crucificação e assim por diante.

O coro possui várias funções, como a de fazer

comentários sobre as cenas, exaltar a glória

de Deus, ou lamentando determinadas pas-

sagens, mas a principal e mais contundente é

a de representar o povo, como no julgamento

de Cristo, momento no qual o coro se levanta

para representar a mul�dão. A obra está di-

vidida em duas grandes partes: na primeira,

uma cena acontece no Vale do Cédron, local

próximo a Jerusalém, e a outra acontece nas

dependências do sumo sacerdote Caifás, em

seu palácio. Na segunda parte, são mostradas

três cenas: uma situação com Pôncio Pilatos,

outra no Calvário e a úl�ma no local do sepul-

cro. A obra toda é emoldurada pelo uso de

grandes corais que abrem e encerram a peça.

Assim acontece a representação, através da

constantealternânciaentrepersonagens,coros

e as árias em uma das mais belas e dramá�cas

representações religiosas do período barroco.

Page 18: Movimento Vivace - edição 40 – abr.2012

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Programa

Regente convidado: Gian Luigi Zampieri

Solistas: Adélia Issa (soprano), Gisele Ganade (mezzo-soprano), Ozório

Christóvam (tenor) e Carlos Eduardo Marcos (baixo)

Regente do Coro: Gisele Ganade

Parccipação: Coro Minaz

G. Rossini - O Cerco de Corinto - Abertura

G. Rossini - Stabat Mater

Concerto Internacionalnº 1.207

7 de abril de 2012 | 21hTheatro Pedro II

Page 19: Movimento Vivace - edição 40 – abr.2012

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Gian Luigi ZampieriRegente convidado

É considerado um dos úl� mos alunos do grande maestro Franco Ferrara. Organista e maestro, nasceu em Roma em 1965, estudou

com Francesco De Masi, Carlo Maria Giulini, Gennadi Rozhdestvensky e Leonard Bernstein, frequentando o curso de aperfeiçoamento

dell´Accademia Nazionale di S. Cecilia em Roma e dell´Accademia Musicale Chigiana di Siena, onde, em 1988, recebeu o diploma como

regente de orquestra. Em 1980, com 15 anos, foi nomeado organista � tular da Basilica di S. Maria em Trastevere, onde permaneceu

a� vo por vinte anos.

Venceu a 5ª edição (1997) do Concurso Internacional “A. Pedro| ” como regente de orquestra e também foi premiado no Concurso

Internacional “C. Zecchi” (1989).

Já se apresentou com as mais importantes e pres� giadas orquestras, dentre elas: Orchestra Sinfonica da Radio de Moscou (Russia);

Orchestra Filarmonica di Bucarest (Romênia); Haifa Symphony Orchestra (Israel); Orquesta de Euskadi (País Baixo Espanha); Orchestra da

Camera Radio Bucarest (Romênia); e na Itália, Teatro S. Carlo de Napoles; Orchestra di Padova; Orchestra Sinfonica Siciliana ; Orchestra

Internazionale d´Italia; Orchestra di Roma e de Lazio; Orchestra Sinfonica Abruzzese; Orchestra Sinfonica di Sanremo; I Filarmonici

di Verona; Roma Sinfonie~ a; Opera di Tirana (Albania); Orchestra “Haydn” di Bolzano; Arena di Verona; Teatro dell´Opera di Roma;

Orchestra J-Futura di Trento.

Regeu vários solistas de renome como: Stefano Zanche~ a, Glauco Bertagnin, Francesco Manara, Francesco Pepicelli, Enrico Dindo,

Ricardo Gallèn, Duo Melis, Massimo Quarta, Florin Ionescu-Gala� , Stan Zanfi rescu, Vincenzo Bolognese, Nello Salza, Peter Sadlo, Ricardo

Gallèn, il Duo Chitarris� co Melis, Alessandro Safi na oltre a Shirley Verre~ , Pietro Ballo, Peter-Lukas Graf, Mariana Sirbu, Rocco Filippini,

Daniela Mazzucato, Mario Ancillo| , Carla Fracci, Antonio Salvatore, Massimo Mercelli etc.

Foi assistente de Gennadi Rozhdestvensky na London Symphony, na BBC Symphony, e é professor da´Accademia Chigiana. Foi

assistente do grande maestro Lorin Maazel.

Desde a metade dos anos 1980 se dedica à divulgação das obras de Astor Piazzolla pelo qual é considerado, pela crí� ca, um dos

maiores experts no campo internacional.

Organista da Corte di Borbone Reali das Duas Sicilias, desde 1996 é Cavaleiro de Merito dell´Ordine Costan� niano di S. Giorgio.

Realiza conferências e seminários sobre técnica instrumental e forma musical sobre o tema “La Sinfonia Juppiter: Mozart construção

entre o justo e o perfeito”. Na Itália é professor de estudos orquestrais no Conservatório do Estado desde 1986.

Page 20: Movimento Vivace - edição 40 – abr.2012

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SOPRANOSAlana Galhardo Zuchini, Alessandra Lodoli, Alessandra Valim, Ana Carolina Furlan, Ana Cris� na Mengelle, Ana Mira, Bruna Denadai, Carolina Franco, Carolina Simões, Conceição de Paula, Cris� na Curtarelli, Daniela Bombonato, Elisabete Malta, Eunice Cruz, Gabriela Francheck, Gabriela Momesso, Isabella Mengelle, Júlia Balieiro, Laís Schiarreta Frasse� o, Lara Stocco, Lílian Giovanini, Lourdes Moreira, Lúcia Sant’Ana, Márcia Cantano, Márcia Carvalho, Maria Ignacio, Mariana Cunha, Natália Mar� ns, Raquel Alves de Queiroz, Roberta Dantonio, Roseana Gomes Solon, Samantha Gordo, Sandra Bento, Silvia Penha, Stella Vilar, Taís Pacini, Vitória Coimbra.

CONTRALTOSAndrea Luzzi, Bruna Aono, Bruna Conechoni, Calima Carneiro, Cândida Alem, Claudete Musa, Daniela Alves, Daniela Tosta Bruderhausm, Débora Camacho, Fernanda Fagundes Muraca, Fernanda Marx, Gabrielle Nellis Bragaglia, Laís Cantano, Lilian Luchesi, Luara Pepita, Maria Célia Tambasco, Mariana Carlucci, Marina Barbosa Garcia Lippi, Marina Belelli, Marina Pereira, Mônica Fejes, Mônica San� ago, Regina Sisdelli, Silvia Sella, Simone Amoreira.

TENORESAlexandre Galante, Andrei Frateschi, Cláudio Frateschi, Fábio Salles de Andrade, Luiz Henrique Franco, Márcio de Pádua, Matheus Ferreira, Mí� a D’Acol, Ozório Christovam, Paulo Telles Filho, Pedro Coelho, Rafael Ramos, Rafael Stein, Sasha Ganade, Stefano Giroto.

BAIXOSAnderson Dias, André Rosse} , Caio Conechoni, Camilo Calandreli, Cláudio Cellani, Eduardo Name Risk, Fábio de Moraes, Flávio Quin� no, Gabriel Locher, Gianni Sabino, Lucas Curtarelli, Luiz Carlos Braga, Marcelo Barbosa Junior, Marcos Pinafo, Matheus de Souza, Matheus Ramo Borges, Paulo Barato, Paulo Sérgio de Lima, Plínio Salmazo Vieira, Ricardo Vieira Elias, Roberto Augusto, Sérgio Henrique Pinafo, Ulrich Ganade D’Acol, Victor Mundin.

Regente: Gisele GanadePianistas preparadores: Fernando Henrique Oliveira (coral) e Flávia Botelho (solistas)

Coro

Gisele GanadeRegente do Coro Minaz e solista mezzo-soprano

Nascida em Campinas-SP, cursou regência na Unicamp de 1985 a 1990, estudou canto com Niza de Castro Tank e Leilah Farah e viola

com José Eduardo Gramani. Integrou orquestras jovens da Sociedade Lítero Musical de Ribeirão Preto e de Campinas como violista.

Foi orientadora de técnica vocal do Coralusp (Ribeirão Preto), Madrigal in casa, Coral IBM e Coral Petrobrás (Campinas). Ministrou

oficinas de canto na PUC de Campinas, Conservatório Carlos Gomes de Campinas, Casa da Cultura de Araraquara, Escola Municipal de

Música de Jabo�cabal, Oficina Cultural Cândido Por�nari de Ribeirão Preto, 22° Fes�val de Música de Londrina. Integrou os corais do

Theatro Municipal de São Paulo. É criadora da Cia. Minaz, onde atua como diretora musical, regente preparadora vocal e solista tendo

realizado montagens de óperas, musicais e concertos como: La Serva Padrona (Pergolesi), A Flauta Mágica e Bodas de Fígaro, Barbeiro

de Sevilha, Cavalleria Rus�cana, Pagliacci, La Traviata, a cantata Carmina Burana, os musicais Ópera do Malandro, Sal�mbancos, Hair,

Queen, Beatles, inúmeros concertos com corais orquestras e solistas como Missa da Coroação, Missa Brevis in D e Réquiem (Mozart),

Stabat Mater (Pergolesi), Missa di Gloria (Puccini), Chorus 10 (Villa-Lobos). Ocupa a Cadeira número 49 da Academia de Letras e Artes

de Ribeirão Preto. Recebeu da Câmara de Vereadores o �tulo de “Cidadã Ribeirão-pretana” em 1999.

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Adélia IssaSoprano

Uma das mais importantes cantoras líricas brasileiras, Adélia Issa iniciou seus estudos de cantocom Herminia Russo em São Paulo e frequentou a Manha~an School of Music, em Nova York, ondetambém par�cipou de workshops de cena lírica ministrados por Lou Galterio, da New York CityOpera. Fez cursos de aperfeiçoamento operís�co com Graziella Sciu| e, mais recentemente, comNico Castel, na Metropolitan Opera de Nova York. Em música de câmara, trabalhou sob a orienta-ção do renomado pianista Dalton Baldwin. Tem se apresentado por todo o Brasil, Estados Unidose Europa, em recitais, concertos sinfônicos e em óperas, sob a regência de Eleazar de Carvalho,Isaac Karabtchevsky, Eugene Kohn, John Neschling, Alceo Bocchino, Roberto Minczuk, RobertoRicardo Duarte, Aylton Escobar, Osvaldo Colarusso, e vários outros maestros de igual renome.Tem atuado como solista junto às principais orquestras brasileiras, em obras como Stabat Materde Rossini, Paixão Segundo São Mateus de Bach, Les Noces de Stravinsky, Sinfonia n° 4 de Mahler,Missa em Dó menor de Mozart, Réquiem de Verdi, Nona Sinfonia de Beethoven e A Criação deHaydn, entre inúmeras outras. Dentre suas atuações mais importantes em ópera destacam-seUn Ballo in Maschera de Verdi, ao lado do tenor Carlo Bergonzi, Carmen de Bizet, com PlácidoDomingo e Fidelio de Beethoven, com regência de Stefan Lano. Foi solista nas primeiras audiçõesmundiais de obras de Camargo Guarnieri, Francisco Mignone, Gilberto Mendes, Kilza Se|, PauloCosta Lima, e no Réquiem de Cláudio Santoro, com regência do compositor. Par�cipou tambémdas primeiras audições brasileiras de Strophen, do polonês K. Penderecki, com regência de FábioMeche|, e do Réquiem do húngaro F. Hidas, com regência de László Marosi.

Carlos Eduardo MarcosBaixo

Pianista e cantor, Carlos Eduardo graduou-se em Música, estudou canto lírico com Mitzi Frölich,Caio Ferraz e Benito Maresca. Dentre os principais papéis estão as óperas Die Zauberflöte e Le Nozzedi Figaro (Mozart), Aida, Otello, Nabucco e La Forza Del Des�no (Verdi), Salome, Der Rosenkavaliere Ariadne Auf Naxos (R. Strauss). Par�cipou das estreias mundiais das óperas brasileiras O AnjoNegro (Ripper), A Tempestade (Miranda), Eros-ion! (Chagas), Olga (Antunes), e O Rei que NinguémViu (Travassos). Na área de música sacra e sinfônica já cantou Saul e The Messiah (Haendel), Jo-hannes Passion, Ma~häuspassion, Magnificat, Messe H-moll, Christ Lag in Todesbanden, Wachetauf, ruw uns die S�mme e Ich Habe Genug (Bach), entre outros. Já cantou sob a regência de AbelRocha, Alex Klein, Aylton Escobar, Carlos Moreno, Cláudio Cruz, Celso Antunes, Francesco La Vec-chia, Gianluca Mar�nenghi, Ira Levin, Isaac Karabtchevsky, Jamil Maluf, José Luis Domínguez, JoséMaria Florêncio, John Neschling, Karl Mar�n, Kris�an Commichau, László Marosi, Luís FernandoMalheiro, Lutero Rodrigues, Mara Campos, Mário Zaccaro, Naomi Munakata, Nicolau de Figueiredo,Oswaldo Ferreira, Parcival Módolo, Rani Calderon, Richard Armstrong, Roberto Minczuk, RobertoTibiriçá, Rodrigo de Carvalho, Samuel Kerr, Silvio Viegas, Tiago Pinheiro, Túlio Colaccioppo, VíctorHugo Toro, Walter Lourenção, entre outros.

Ozório ChristóvamTenor

Formado em Comunicação Social pela Unesp-Bauru, cursa o úl�mo ano de Música na USP/Ribeirão Preto. Desde muito jovem estuda canto lírico com a professora e maestrina Gisele Ganade,integrando como coralista e solista os espetáculos produzidos pela Cia. Minaz. Par�cipa regular-mente de workshops com grandes cantores do cenário lírico brasileiro. Nestes anos, par�cipoucomo solista em montagens como a cantata profana Carmina Burana (Carl Orff), o espetáculode ópera estúdio de A Flauta Mágica (Mozart), I Pagliacci (Leoncavallo), a Missa Brevis, a Missada Coroação e o Réquiem (Mozart), este úl�mo juntamente com a OSRP, a Ópera do Malandro(Chico Buarque) e o musical Hair (Rado e Ragni); tendo sido regido por maestros como, CláudioCruz, Roberto Minczuk, Achille Picchi e Tulio Colacioppo entre outros. Desenvolve atualmenteentre apresentações de concertos e óperas, trabalhos em pesquisas musicológicas, publicandoar�gos e par�cipando de congressos nacionais e internacionais, como o 13th Interna�onal RIdIMConference em Salvador e VI Congresso da Sociedade Chilena de Musicologia em San�ago/Chile.É professor de História da Música na Cia. Minaz.

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Page 23: Movimento Vivace - edição 40 – abr.2012

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08 de abril de 2012 | 10h30Theatro Pedro II

APRESENTA

Programa

Regente: Reginaldo Nascimento

Solista: Carlos Eduardo Santos (violino)

F. Mendelssohn - As Grutas de Fingal - Abertura

F. Mendelssohn - Concerto para Violino em Mi menor

nº 1.208

Ministério daCultura

Page 24: Movimento Vivace - edição 40 – abr.2012

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Reginaldo NascimentoRegente

Iniciou seus estudos na Congregação Cristã do Brasil na cidade de São Paulo. Posteriormente estudou na Universidade Livre de

Música – Oficina Três Rios, sob a orientação dos professores Nadilson Gama (violino) e Teresinha Schnorenberg (música de câmara).

Foi integrante da Orquestra Sinfônica Juvenil do Estado de São Paulo, Orquestra de Câmara do SESC Vila Nova, Orquestra Sinfônica

Municipal de Barretos e Orquestra Sinfônica do Estado do Mato Grosso. Par�cipou como bolsista e músico convidado dos fes�vais de

Curi�ba, Prados e I Fes�val Internacional de Campos do Jordão em 2004, dentre outros. Foi regente-�tular da Orquestra Filarmônica

Jovem de Ribeirão Preto entre 2000 e 2002. Fundador da Orquestra de Câmara do ex�nto Conservatório Carlos Gomes de Ribeirão Preto.

Em 1999, fazendo parte do corpo docente do Conservatório Estadual Renato Frateschi, em Uberaba-MG, foi regente e solista, além

de coordenar a gravação do CD “Ecos de uma vida” com composições de Alberto e Renato Frateschi.

Como solista, apresentou-se frente a todas as orquestras já citadas, incluindo a OSRP, de onde é membro desde 1993. Como vio-

linista recebeu aulas de Elina Suris (Rússia), Silvje Balaz (Croácia), Zdnek Bros (República Tcheca). E como regente teve aulas com os

maestros Jorge Salim e Zen Obara (Japão).

Atualmente recebe orientações de violino e regência do maestro e violinista Cláudio Cruz e, desde a temporada de 2010, é regente-

-assistente da OSRP. É graduando do curso de Música da ECA-USP Ribeirão Preto e regente-fundador da Orquestra de Câmara de

Ribeirão Preto desde 2009.

Em 2011 foi selecionado entre jovens maestros do mundo para par�cipar do 4th Conductor’s Academy Masterclass em Radom na

Polônia e regeu a Radomska Orkiestra Kameralna. Também em 2011 foi maestro-assistente do 42º Fes�val Internacional de Inverno

de Campos do Jordão.

Em 2012 par�cipará do masterclass de regência com a maestrina Ilona Mésko e a MÁV Symphony Orchestra na Hungria no mês de agosto.

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Carlos Eduardo SantosViolinista

Diplomado em violino com o �tulo de bacharel em Música-Habilitação em Violino, pela EMAC-UFG, na classe do professor Ales-

sandro Borgomanero (GO). Par�cipou de vários cursos com renomados ar�stas do cenário nacional e internacional, tais como: Evgenia

Popova (Bulgária), Paulo Bosísio (RJ), Albrech Breuninger (Alemanha), Daniel Guedes (RJ), Omar Guey (SP), Rodolfo Bonucci (Itália),

Carmelo de Los Santos (EUA) e Elisa Fukuda (SP).

Foi violinista da Orquestra Sinfônica de Goiânia, Camerata Goiazes, Orquestra Sinfônica do Estado de Mato Grosso e com esta tem

gravado diversos CD´s.

Por uma temporada foi violinista da Orquestra Sinfônica Brasileira onde esteve sob a batuta de Lorin Maazel.

Em 2011, esteve na Espanha onde par�cipou de uma turnê para aperfeiçoamento técnico em Barcelona. Atualmente, recebe

orientações técnicas e musicais do violinista e spalla da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo Cláudio Cruz e atua como músico

contratado da OSRP e Orquestra Filarmônica de São Carlos.

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Programa

Regente: Reginaldo Nascimento

Solistas: Gustavo Costa (tenor), Wladimyr Carvalho (barítono), Cris�na

Modé (mezzo-soprano), Renata Ferrari (soprano) e Carlos Gonzaga

(barítono)

Regente do Coro - Snizhana Drahan

Parccipação - Coro de Câmara da OSRP

J. S. Bach - Paixão Segundo São João

Concerto Pascalnº 1.212

6 de maio de 2012 | 18hCentro Cultural Palace

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Cristina ModéMezzo-soprano

Formada no curso de Licenciatura em Educação Ar�s�ca com habilitação em Música pela Uni-

versidade de Ribeirão Preto. Graduada em Instrumento - Piano e em Fonoaudiologia. Especialista

em Voz, pelo CEV-SP. Atuou como docente no curso de Musicoterapia, nas matérias de Prá�ca

Vocal e Distúrbios da Voz e da Fala e no curso de Direito na matéria de Oratória, da Universidade

de Ribeirão Preto. Em 2006, 2007 e 2008 deu aulas no curso de Fonoaudiologia da USP, como pro-

fessora convidada, na matéria de Voz Profissional. Par�cipou da montagem das óperas-estúdio: “A

Flauta Mágica” (1992); “Bodas de Fígaro” (1993); “Don Giovanni” (1996), em Ribeirão. Atualmente,

atua como professora de canto e fonoaudióloga em sua clínica par�cular, e regente do Coral da

Unaerp e do Chorus Vox. Apresenta-se regularmente como cantora lírica (mezzo-soprano) em

recitais, audições e saraus na cidade de Ribeirão Preto e região. Atualmente é solista da Escola de

Canto Coral da OSRP. Atualmente é solista da Escola de Canto Coral da OSRP.

Wladimyr CarvalhoBarítono

Em 1987 iniciou estudos de canto lírico. Atualmente tem como orientadora e professora a

cantora lírica Céline Imbert. Integrou o elenco de diversas montagens de ópera-estúdio: “As Bodas

de Fígaro” (Fígaro), “A Flauta Mágica” (Papageno), de Mozart, “La Serva Padrona” (Uberto), de

Pergolesi e “O Barbeiro de Sevilha” (Dom Basilio), de Rossini. Realiza vasto repertório sacro como

solista: “Oratório de Natal”, “Magnifi cat”, “Cantata 142”, “Cantata 56”, “Cantata 82”, “Cantada 147”,

“Paixão Segundo São João” e “Paixão Segundo São Mateus”, de Bach, “Missa Brevis em Ré Maior

K 194”, “Missa da Coroação” e “Missa de Requiem”, de Mozart, “Missa em Sol Maior”, de Schu-

bert, “Missa de Gloria”, de Puccini, sendo esta com primeira execução no Brasil, em concertos em

Ribeirão Preto e Campinas (SP) em 2003, sob a regência do maestro italiano Antonio Pantaneschi.

Par� cipou de vários concertos como solista, sob a batuta de maestros como Sérgio Alberto de

Oliveira, Marcos Pupo Nogueira, entre outros nomes importantes. Atualmente é solista da Escola

de Canto Coral da OSRP. Atualmente é solista da Escola de Canto Coral da OSRP.

Snizhana Drahan é formada em Regência Coral pela Academia Nacional de Música da Ucrânia

(1998). Em 1998 e 1999 foi regente e professora de Regência na Faculdade de Música da Uni-

versidade de Pedagogia (Ucrânia). Trabalhou como regente do Coral Infan�l da Igreja Ortodoxa,

com o qual fez turnê pela França, e como regente no Grande Coral Infan�l da Fábrica de Aviões

Antonov, com o qual fez turnê pela Bulgária. Desde 1999 desenvolve intenso trabalho pedagógico

na área de canto e canto coral no Brasil ministrando oficinas de regência e canto na região junto

com a Secretaria de Estado da Cultura e Oficina Cândido Por�nari. Fundou vários grupos corais que

funcionam até os dias de hoje, organizou e par�cipou como cantora de inúmeros recitais e shows.

Desde agosto de 2008, coordena a Escola de Canto Coral (ECC) da OSRP, cujos coros adulto e infan�l

vêm se apresentando no decorrer desses anos no Theatro Pedro II. Em 2007, concluiu o mestrado

na área de Musicologia (ECA-USP) e, atualmente, está desenvolvendo a pesquisa na área de voz

em nível de doutorado na USP-Ribeirão Preto.

Snizhana DrahanRegente do Coro da OSRP

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Gustavo CostaTenor

Carlos GonzagaBarítono

Renata FerrariSoprano

Iniciou as a�vidades com música aos 12 anos de idade, no Coral Meninos Cantores de Campinas-

-SP, e também formou seu primeiro projeto na música popular. Tem se destacado como tenor

camerista solista. Em 2007, lançou seu primeiro disco profissional junto ao grupo QUIZ Grooves &

Cia (Independente). É bacharel em Música pela Universidade Estadual de Campinas. Teve aulas com

Adriana Giarolla Kayama, Edmundo Hora, Regina Machado, Rafael dos Santos, Mário Campos, Hilton

Valente, Marcelo Onofri, Marília Vargas, Jean Paul Fouchécourt (França), Gerd Türk (Alemanha),

Christoph Genz (Alemanha) e Jan Van Elsacker (Bélgica). Par�cipou de projetos como Ary Barroso

- uma homenagem, em 2003 em Campinas, sob direção do contrabaixista Jorge Oscar e da atriz

Sara Lopes; ópera A Flauta Mágica (W. A. Mozart), em Campinas, sob direção de Kathryn Hartgrove

(Georgia State University) em 2008; no mesmo ano, foi solista em Messiah (G. F. Haendel), com

a Orquestra Sinfônica da UNICAMP; em 2009, atuou como tenor solista nas montagens de Catulli

Carmina (Carl Orff), sob direção de Carlos Fiorini, e Bas�en Und Bas�enne (W. A. Mozart); em 2010,

par�cipou como solista na cantata “Carmina Burana”, em Campinas, sob direção e regência do

alemão Hans-Peter Schurz, além de atuar como solista na montagem comemora�va dos 400 anos

de Vespro Della Beata Vergine (Claudio Monteverdi), sob direção de Roberto Rodrigues. Integrou

o naipe de tenores do Coro OSESP em 2010 e 2011. Em 2011, foi selecionado para o coro oficial

do Schleswig-Holstein Musik Fes�val 2011, na Alemanha, e par�cipou como solista da cantata Car-

mina Burana, em Jundiaí-SP e Sorocaba-SP. É intérprete, diretor e produtor ar�s�co do espetáculo

“Delírico – o Mundoceano” - primeiro projeto solo, que estreou em 2009 em Campinas.

Bacharelando em Canto e graduado em Licenciatura em Música pela USP . Tem formação em

Qigong e Yoga Taoista, que são temas de suas pesquisas com interdisciplinaridade em música sob

orientação das professoras-doutoras Milena Flória-Santos e Yuka de Almeida Prado, realizando

pesquisas na área de saúde e de canto, com trabalho apresentado e publicado no Interna� onal

Symposium on Performance Science 2011 em Toronto, Canadá. Professor do Ins� tuto de Música de

Ribeirão Preto é aluno das professoras Yuka de Almeida Prado e Céline Imbert, tendo par� cipando

de master classes com os cantores Edmar Ferre� , Fernando Portari, Rosana Lamosa e Margrete

Enevold (Copanhagen – Dinamarca) entre outros.

Bacharel em Canto e Arte Lírica, pela ECA-USP, sob orientação da professora Yuka de Almeida

Prado. Em 2005 foi bolsista do 36º Fes�val Internacional de Inverno de Campos do Jordão sob

a orientação dos professores Fernando Portari e Rosana Lamosa. Em 2006 foi bolsista do 28º

Curso Internacional de Verão de Brasília, onde fez aulas com Marta Herr e André Vidal. Par�cipou

de diversos master classes, entre eles, com a mezzo-soprano russa Elena Obraztsova e Ricardo

Ballestero. Em 2007 ficou em 2º lugar no concurso Jovem Solista do Departamento de Música

da USP de Ribeirão Preto e estreou na ópera Rigole�o, de Verdi, como condessa de Ceprano no

Teatro Pedro II, de Ribeirão Preto. Realiza recitais e apresentações como solista em vários lugares.

Já atuou com o Quarteto Por�nari, na Sala São Paulo, par�cipou do projeto Cultura em Canto, no

Theatro Pedro II de Ribeirão Preto, e já solou junto à OSRP, na Igreja Santo Antonio de Pádua, e

no Concerto de Natal, sob regência do maestro Cláudio Cruz. Atualmente é solista da Escola de

Canto Coral da OSRP.

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SOPRANOS

Carla Barreto

Isabela Mestriner

Snizhana Drahan

Fernanda Onofre

MEZZO]SOPRANOS

Andrea Candido dos Reis

Cris� na Modé

Priscila Cubero

Tamara Pereira

Regente do Coro: Snizhana Drahan

Coro de Câmara da OSRP

TENORES

David Araujo

João Carlos Simão

Ricardo Fenerich

Cyrilo Gomes

BARÍTONOS

Alexandre Mazzer

Eliton de Almeida

Guilherme Vasconcelos

Thiago Garofalo

Pianista: Saimonton Reis

O Coro de Câmara da OSRP foi formado em 2011 por músicos/cantores profi ssionais que há vários anos aresentam-se como so-

listas em Ribeirão Preto e cidades da região, em vários eventos, com sua valoroza arte. Este é o primeiro coro profi ssional da região.

Dentre estes profi ssionais, existem muitos que já possuem carreira internacional, comprovando a qualidade e a profi ssionalização

dos integrantes deste coro.

A primeira apresentação ofi cial do grupo foi em novembro de 2011 em um concerto na Catedral Metropolitana de Ribeirão Preto.

O repertório do Coro de Câmara da OSRP inclui obras de Bach, Mozart, Haendel, Vivaldi, Puccini, Verdi e vários outros compositores

importantes da música erudita.

Além de promover cultura e alegria, o Coro de Câmara tem como proposta garan� r o acesso à música erudita por todos e realizar

apresentações com temá� cas diferentes.

O Coro de Câmara da OSRP possui uma página na internet: osrpcoral.blogspot.com.br. Neste endereço encontram-se todas as

informações dos corais da OSRP.

Para contratar o Coro de Câmara da OSRP, entre em contato pelo e-mail: [email protected] ou telefone (16) 3610-8932.

Institucional

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Presidente Décio Agos�nho GonzalezVice-presidente Dulce NevesGestora Mariangela Quar�mRegente convidado Gian Luigi ZampieriRegente-assistente Reginaldo Nascimen-to

VIOLINOS IDenis Usov °Marcelo SoaresAnderson OliveiraEstera Elzbieta Kawula****Petar Vassilev KrastanovEduardo Felipe C. de OliveiraMariya Mihaylova KrastanovaGiliard Tavares Reis

VIOLINOS IIAnderson Farinelli da Cunha °°Ilia IlievCarlos Eduardo SantosMarcio do Santos Gomes JúniorHugo Novaes QuerinoCamila Gallo Schneck*Jonas MafraJosé Roberto Ramella

VIOLASWillian Rodrigues °°Guilherme PereiraDaniel Isaias FernandesDaniel Fernandes MendesAdriel Vieira Damasceno*Michele da Silva Picasso*Fábio Schio **Gabriel San�ango Mateos**Victor Botene de Oliveira**

VIOLONCELOSRichard Gonçalves °°Jonathas da SilvaSilvana RangelSvetla Nikolova IlievaLadson Bruno MendesMônica Picaço*Robson Fonseca Ferreira**

CONTRABAIXOSMárcio Pinheiro Maia °°Walter de Fá�ma FerreiraVinícius Por~rio FerreiraLincoln Reuel Mendes

FLAUTASSara LimaSérgio Francisco CerriRiane Benedini

CLARINETASKrista Helfenberger MuñozBogdan Dragan

FAGOTESLamar�ne TavaresDenise Guedes de Oliveira Carneiro

Ficha TécnicaTROMPASEdgar Fernandes RibeiroFilipe RochaCarlos Oliveira Portela*Moises Henrique da Silva Alves*

TROMPETESNaber de MesquitaAlessandro da Costa

TROMBONESRicardo PachecoJosé Maria Lopes

TROMBONE BAIXOPaulo Roberto Pereira Junior

TÍMPANOSLuiz Fernando Teixeira Junior

PERCUSSÃOJéssica Adriana dos Santos Ornaghi***Kleber Felipe Tertuliano*Walison Lenon de Oliveira Souza***

ARQUIVO MUSICALLeandro Pardinho

ARQUIVO HISTÓRICOGisele Haddad

PRODUÇÃOLara CostaJosé Antonio Francisco

DEPTO. DE SÓCIOS E PATRONOSGerusa Olivia Basso

INSPETORJosé Maria Lopes

EQUIPE TÉCNICAElvis Nogueira Mota da SilvaRicardo Rosa Ba�sta

ASSESSORIA DE IMPRENSABlanche AmancioDaniela AntunesBruna Zanuto

° Spalla°° Chefe de naipe* Estagiários** Músicos licenciados*** Trainee**** Convidado

Ambient

Associação Comercial e Industrial

de Ribeirão Preto

Astec - Contabilidade

Augusto Mar�nez Perez

Banco Ribeirão Preto S/A

Brasil Salomão & Ma�hes S/C Advocacia

Caldema

Cia. Bebidas Ipiranga

Colégio Brasil

Construtora Carvalho

Construtora Said

Editora Atlas S/A

Estacionamento StopPark

Espaço Uomo

Fundação Waldemar Barnsley Pessoa

Grupo WTB

Hospital São Francisco Sociedade Ltda.

Hotel Nacional Inn

Interunion

Itograss Agrícola Alta Mogiana Ltda.

Jornal A Cidade

Leão Engenharia

Matrix Print

Maurílio Biagi Filho e

Vera Lucia de Amorim Biagi

Maubisa

Mesquita Ribeiro Advogados

Molyplast Com. Imp. e Exp. Ltda.

OHL Brasil

Price Auditoria

Proservices Informá�ca

RibeirãoShopping

Riberball

San Bruno’S Ro�cerie Doceria

Santa Helena Industria de Alimentos S/A

São Francisco Gráfica e Editora Ltda.

Savegnago Supermercado Ltda.

UNISEB COC

Stream Palace Hotel

Telefonica

Usina Alta Mogiana S.A. - Açúcar e Álcool

Usina Batatais S/A Açúcar e Álcool

Usina Moreno

Usina Santo Antonio

Usina São Francisco

Vila do Ipê Empreendimentos Ltda.

Patronos e Patrocinadores

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