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PUB PUB Candidatura a Lisboa POLÍTICA. Distrital do PSD pretende avançar com a candidatura de Fernando Seara a autarquia. Concelho, 6 PUB Linha de Sintra - Passageiros contestam aumentos Escola Segura SOCIEDADE. Policiamento junto a estabelecimentos escolares decorre há vinte anos. Cacém, 13 JOMA: Crise Financeira ATLETISMO. Juventude operária de Monte Abraão pode fechar portas até final do ano, Desporto, 11 Concelho, 4

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Edição 38 do Correio de Sintra

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Page 1: Edicao 38

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Candidatura a LisboaPOLÍTICA. Distrital do PSD pretende avançar com a candidatura de Fernando Seara a autarquia. Concelho, 6

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Linha de Sintra - Passageiros contestam aumentos

Escola SeguraSOCIEDADE. Policiamento junto a estabelecimentos escolares decorre há vinte anos. Cacém, 13

JOMA: Crise FinanceiraATLETISMO. Juventude operária de Monte Abraão pode fechar portas até final do ano, Desporto, 11

Concelho, 4

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2 Correio de Sintra 6 de Fevereiro de 2012 A abrir

Um morador da freguesia de Belas denunciou na internet o estado em que se encontra a estrada da Rua Dr. Sá Marques (Idanha). Segundo o morador,

já passaram mais de quinze dias após a realização de obras no local e a situação continua por resolver.

Salta à vista...

Numa altura em que nos bastidores dos partidos se discute uma eventual nova intervenção do FMI, a nível local os mesmos partidos convergem sobre a reforma da administração local. Parece cada vez mais certo que a reforma vai mesmo avançar, quer se queira quer não. É consentâneo que a generalidade dos partidos concorda com esta mexida, mas divergem nos moldes desta alteração, sobretudo a nível da intervenção do território, que não deve ser desenhado a régua e esquadro, mas ter em conta as necessidades das populações. Os partidos devem ter em conta que uma agregação ou extinção de freguesias no meio urbano é diferente do que o fazer num meio rural onde as juntas de freguesia são, por vezes, dos poucos serviços públicos de proximidade que ali se encontram.Pedem-se mais competências para as juntas de freguesia, mas também mais financiamento. Atualmente, as competências das juntas podem ser próprias, como a gestão de cemitérios, ou delegadas pelas câmaras municipais, muitas vezes sem a correspondente transferência de meios financeiros adequados. Na prática, infelizmente, na delegação de competências tratam apenas dos espaços verdes e limpam as valetas. No entanto, em tempos de crise sobrepõem-se a outras instituições do Estado e, fruto de todo um trabalho de proximidade, intervém junto de situações de pobreza e fome da sua população. Mas a reforma administrativa tem que alterar o papel das assembleias de freguesia e revolucionar mesmo este órgão autárquico que

não consegue chegar aos cidadãos. Muitos devem desconhecer, mas estas reuniões de fiscalização são públicas e raramente há populares a assistir e a participar. Importa perceber se se deve a um absoluto desinteresse pelas questões decididas em assembleias de freguesia, ou se se deve à ineficácia e, por vezes, ao amadorismo do trabalho desenvolvido pelos eleitos políticos neste órgão autárquico. Ou, mais grave, se será pela falta de divulgação das mesmas.Discutem-se questões de pormenor, que em nada contribuem para a melhoria da qualidade de vida das populações que os elegem. Não se consegue perceber como é que nas assembleias de freguesia se levam à discussão moções que, à partida, se sabe que não terão qualquer objetividade. Exemplo: não é numa assembleia de freguesia que se decide quais serão, ou não, as freguesias abrangidas pela reforma da administração local. Se em Agualva, Pêro Pinheiro ou Massamá se votar contra a extinção ou agregação de freguesias no município essa demonstração de intenção não terá qualquer peso a nível do Governo. Peca apenas por ser uma demonstração de intenções.Esta reforma administrativa pretende interferir não só ao nível da extinção de freguesias mas também na redução de empresas municipais, algumas delas ingeríveis financeiramente, mas também reduzir os membros políticos nas câmaras e nas juntas de freguesia. Esperemos que defina também, de uma vez por todas, o papel da fiscalização sobre estes órgãos. JOAQUIM JOSÉ REIS

editorialQual o papel real das assembleias de freguesia?

DR

CASAL DO RIO DO PORTOAcesso pela Rua Azinhaga da Sardinha ou pelo Largo do Rio do Porto, onde funciona o Parque de Estacionamento gratuito na Volta do Duche, na Vila Velha.

NOTASA recuperação desta ruína tem-se vindo a arrastar desde 2005, pois está projetado nascer das ruínas do edifício o Museu Dorita de Castel-Branco, criando-se um paralelismo cultural com o Museu Anjos Teixeira.

PROPOSTA DE INTERVENÇÃOReabilitar todo o Casal do Rio do Porto seguindo o projeto do Museu Dorita de Castel-Branco ou outro.

http://www.sintraemruinas.blogspot.com/

SIN

TRA

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UíN

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4 Correio de Sintra 6 de Fevereiro de 2012

SOCIEDADE. Os utilizadores da Linha de Sintra estão indignados com o agravamento do preço dos transportes públicos. Muitos fazem contas para apurar se ainda é vantajosa financeiramente a utilização deste meio de transporte.

A 1 de fevereiro entrou em vigor a nova tabela de preços dos passes e bilhetes dos

comboios da Linha de Sintra. O Governo avançou que, em média, o custo de transporte aumentou cinco por cento, mas a Comissão de Utentes da Linha de Sintra e a Comissão de Utentes da Mobilidade do Concelho de Sintra consideram que “estamos perante uma habilidosa manipulação estatística para esconder que, para a maioria dos utilizadores, a subida dos preços dos passes sociais será bastante superior, sendo também muito prejudicados os jovens e os reformados”.

As comissões explicam que os preços do Passe Intermodal L1 (4_18, sub23 e terceira idade) aumentaram 57,48 por cento face a dezembro de 2011, que o L12 aumentou 57,37 por cento e que o L123 aumentou 57,59 por cento.

A 2 de fevereiro, dia de greve dos transportes que em Sintra não se fez sentir, alguns dos utilizadores da linha ferroviária disseram ao Correio de Sintra que os preços agora praticados põem em causa a capacidade financeira das famílias.

Rosa Santos desloca-se diariamente do Cacém para Lisboa há mais de uma década. A passageira contesta a realização de mais uma greve no setor dos transportes por considerar que “não surge na melhor altura para o país” e lamenta o aumento dos preços.

“Este foi a terceira vez, no espaço de um ano, que aumentaram os

transportes. Agora tive um aumento de cerca de dez euros no passe e pago, por mês, 66,10 euros. É muito caro”, disse.

Nelson Tavares também contesta o aumento sucessivo nos preços dos transportes e pondera trocar de meio de transporte.

“Já estou farto disto. Começo a pensar que ficava mais barato ir de carro, até

porque lá em casa somos três a utilizar e a pagar os passes da CP. A 66 euros cada um, mais vale gastar esse dinheiro em gasolina porque as viagens são mais cómodas e ainda poupamos à volta de sessenta euros por mês”, disse.

Os utilizadores da linha ferroviária começam assim a ponderar trocar os comboios pelos veículos automóveis.

“Este é o último mês em que vou de comboio. Começa a ficar mais caro e nem as filas no IC19 me parecem tão complicadas como há uns anos atrás. Eu e a minha mulher vamos começar a levar o carro para Lisboa durante uma semana e na outra vamos de boleia com colegas nossos. Assim fica mais barato para nós e também para eles. É muito mais cómodo e não há o risco de apanharmos greves como estas”, disse José Alves.

Rogério Antunes partilha da mesma opinião: “Tenho um passe social de terceira idade e, em 2009 pagava cerca de 24 euros e agora pago 49,80. É incrível, é mais do dobro do que pagava há três anos. Não me resta alternativa a não ser pegar no carro cada vez que tenho que sair de casa”, considerou.

Para a Comissão de Utentes da Linha de Sintra, os aumentos na área dos transportes são penalizadores para as famílias que vivem no concelho.

“As pessoas tentam organizar a sua vida familiar para as deslocações para empregos e escolas e deixam de andar de transporte coletivo para utilizar as viaturas. Este aumento é reforçado com o pagamento do estacionamento das estações e desta forma as pessoas vão mesmo deixar de utilizar os comboios”, disse ao Correio de Sintra o porta-voz da comissão, Rui Ramos.

O responsável adiantou que “estas medidas surgem para possibilitar, mais tarde, a privatização da Linha de Sintra que há uns anos tinha cerca de 270 mil utilizadores e que hoje em dia tem menos de duzentos mil”.

“Estes aumentos vão ser um desastre para a Linha de Sintra pois a tendência é a diminuição do número de utilizadores. Já fica mais barato uma família ir para Lisboa de carro do que de comboio, porque é seguramente mais barato”, afirmou. JR.

Passageiros contestam aumentos dos preços dos transportes públicos

JR

Greve de 2 de fevereiro não afetou circulação na Linha de Sintra.

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Preços dos transportes públicos aumentaram três vezes no espaço de um ano.

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56 de Fevereiro de 2012

SOCIEDADE. O Metropolitano de Lisboa adiou a abertura da estação de metro da Reboleira para 2014. A empresa avança que as dificuldades em obter financiamento junto das instituições financeiras obrigam ao adiamento que prejudica milhares de residentes no concelho de Sintra.

A construção da estação da Rebo-leira foi anunciada em 2008 pela então secretária de Estado

dos Transportes, Ana Paula Vitorino. O contrato da estação da Reboleira previa a construção de uma galeria dupla de cerca de duzentos metros, um término de 280 metros e uma estação com cais de cem metros de comprimento de ‘interface’ com a atual estação de com-boios da Reboleira, na linha ferroviária de Sintra.

Com a construção desta estação, os passageiros da Linha de Sintra tinham a possibilidade de sair na Reboleira e entrar diretamente na Linha Azul de metro em direção ao Colégio Militar.

A empresa explicou que as dificul-dades de financiamento obrigaram a

uma redução “significativa” dos inves-timentos. No entanto, garantiu que não vai abandonar qualquer dos inves-timentos previstos: a remodelação das estações do Areeiro, Colégio Militar e Baixa-Chiado e o prolongamento da Linha Vermelha ao Aeroporto, que ficará concluído em junho deste ano.

O Metropolitano de Lisboa avançou que depois da conclusão deste último

prolongamento “será possível dispor dos meios financeiros necessários para concluir o prolongamento da linha Azul à Reboleira”. A empresa garante que, neste momento, está a “ser revisto o projeto de acabamentos e instalações, de forma a adotar soluções inovadoras e menos onerosas, em consonância com as restrições que a conjuntura deter-mina”. Ainda em 2012 “será iniciado o

procedimento de concurso público com vista à finalização desta expansão. O investimento deverá estar concluído no primeiro semestre de 2014”.

O vereador da autarquia da Amadora com o pelouro dos Transportes disse ao Correio de Sintra que as obras da cons-trução da estação de metropolitano da Reboleira estão “paradas desde junho”, e que teme que a obra de prolonga-mento da Linha Azul venha a ser sus-pensa definitivamente.

Gabriel Oliveira considerou que a sus-pensão da obra “é um disparate”, expli-cando que a estação da Reboleira iria funcionar como um interface da CP e do metropolitano de Lisboa, com capaci-dade para servir milhares de pessoas.

“Permitiria às pessoas que vêm do colégio militar irem diretamente para o comboio e terem uma forma de distri-buição de passageiros completamente diferente. Estamos a falar de uma linha que não muda só a vida da Amadora mas muda, fundamentalmente, a vida do concelho de Sintra, porque é muito diferente sair em Sete Rios ou Entre-campos, ou apanhar a linha no seu prin-cípio”, disse. JR.

Adiamento da estação da Reboleira prejudica sintrenses

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DR

Obras da extensão da linha encontram-se praticamente concluidas.

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6 Correio de Sintra 6 de Fevereiro de 2012 Concelho

Concelho

POLÍTICA. A distrital de Lisboa do PSD pretende avançar com a candidatura de Fernando Seara a uma câmara municipal na área da Grande Lisboa nas autárquicas de 2013. Segundo apurou o Correio de Sintra, a autarquia de Lisboa deve ser a escolhida.

O presidente da câmara de Sintra termina o seu terceiro e último mandato em 2013

e, recentemente, avisou que estava a preparar o regresso à advocacia e ao ensino na universidade, mas não exclui avançar a outra autarquia.

O presidente da Comissão Polí-tica Distrital de Lisboa do PSD, Miguel Pinto Luz, anunciou a 31 de janeiro que pretende dar “mais um desafio” ao autarca, quando este terminar o man-dato à frente da câmara de Sintra.

“Estamos quase em 2013, data em que termina o seu último mandato como presidente da Câmara Muni-cipal de Sintra, e sabemos que tem a legítima intenção de ir para casa e de regressar às suas aulas. Desengane-se, senhor professor, nem pense nisso”, afirmou Miguel Pinto Luz, diri-gindo-se a Fernando Seara.

Durante uma sessão de apresen-tação do programa do PSD, o respon-sável adiantou: “O distrito precisa de si, o partido precisa de si e o país precisa

de si. Em 2013 vamos dar-lhe mais um desafio”.

Estas declarações surgem depois de afirmações de Fernando Seara, em que disse estar a preparar o regresso à advocacia e ao ensino na universidade, dos quais tem “saudades”.

“Quero regressar à minha vida pro-fissional. Tenho saudades de ir a tri-bunal. O meu gabinete continua com a minha secretária, com o meu com-putador e com os meus livros. E de quinze em quinze dias já lá vou para olhar para os livros e já estou a recom-prar alguns para me atualizar. Princi-palmente em algumas áreas proces-

suais”, disse o autarca ao Correio de Sintra, à margem da última Assem-bleia Municipal que decorreu no Palácio Valenças.

No entanto, quando questionado se vai deixar a política após 2013, Fer-nando Seara adiantou que nunca con-seguirá “deixar a política”. O autarca não exclui assim a possibilidade de avançar com uma candidatura a outra autarquia. “Não tenho capacidade para antecipar o que quer que seja”, sublinhou.

Fernando Seara é um dos 21 sócios da firma Correia, Seara, Caldas & Asso-ciados e tem como principais áreas o

Direito Administrativo, Direito Consti-tucional, Direito Comunitário, Direitos Reais e Direito do Desporto. O autarca líder da Coligação Mais Sintra (PSD e CDS-PP) foi professor assistente no Ins-tituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa e professor auxiliar convidado dos Departamentos de Direito da Uni-versidade Internacional e da Universi-dade Lusíada de Lisboa.

O presidente da câmara considera que, apesar de ser ainda cedo para fazer um balanço dos três mandatos à frente do município de Sintra, cargo que exerce desde 2002, esta experi-ência de mais de dez anos à frente da autarquia será benéfica no exercício da advocacia, sobretudo na área do Direito Administrativo.“Acho que Sintra me proporcionou um enriquecimento pes-soal, teorético e empírico para construir modelos teóricos sobre a organização política administrativa de um território”, frisou.

O PSD começa assim a preparar as candidaturas às autarquias da Grande Lisboa, onde vários dos atuais autarcas terminam os últimos mandatos. Carlos Carreiras, sucedeu a António Capucho em Cascais, a meio do mandato, e deve ser a aposta do partido. Em Sintra, o vice-presi-dente, Marco Almeida, já manifestou a intenção de ser o próximo candidato do PSD. JR

PSD prepara convite a Seara

DR

Fernando Seara (à dta) durante uma visita de Cavaco Silva ao concelho de Sintra.

Quercus recupera espécies da PeninhaSOCIEDADE. A associação ambientalista Quercus vai receber o apoio financeiro da SANEST para que continue a conservação e recuperação da flora da Peninha, área situada no Parque Natural de Sintra-Cascais, no âmbito de um projeto de micro-reservas biológicas.

A micro-reserva biológica da Peninha está inserida na rede de vinte micro-

reservas que a Quercus gere a nível nacional e corresponde a uma parte da herdade que é proprie-dade do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade na serra de Sintra.

Segundo Nuno Sequeira, da Quercus, o protocolo assinado com a SANEST permite trabalhar na conservação e preservação de espécies que “apenas existem nesta zona”, como o Cravo de Sintra e o Cravo Romano. O responsável adiantou que este acordo per-

mite ainda criar percursos pedo-nais para a realização de visitas e retirar espécies “exóticas” infes-tantes como o chorão ou as acá-cias.

“Pensamos que todas estas medidas terão impacto nesta zona, permitindo que seja valorizada. É importante que estas zonas passem a ser protegidas, porque são áreas com valores importantes a nível natural”, disse o responsável.

Nuno Sequeira adiantou que as micro-reservas são pequenas áreas com uma gestão dirigida à conser-vação de habitats, fauna, comu-nidades vegetais e endemismos botânicos raros ou ameaçados, em terrenos adquiridos pela Quercus ou então geridos em conjunto com os proprietários.

No final da iniciativa, o pre-sidente do conselho de admi-nistração da SANEST, Arnaldo Pêgo, disse que, por se tratar de uma empresa cujo setor incide no ambiente, “é lógico que estas ativi-dades são importantes”.

“O objetivo é patrocinarmos a recuperação de espécies que existem aqui. É habitual asso-ciarmo-nos a este tipo de inicia-tivas”, disse o responsável, adian-tando que a empresa vai financiar o projeto com 7500 euros.

Numa parte da área abrangida, será ainda feita a florestação espe-

cialmente vocacionada para a recu-peração do carvalhal de carvalho-negral e, noutra área, a associação vai proceder à eliminação de sil-vados e manutenção de espaços mais abertos adequados ao desen-volvimento das espécies arbustivas e herbáceas.

REDAÇÃO

Comissão de Utentes em vigília junto ao centro de saúde de Belas.

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76 de Fevereiro de 2012 Correio de SintraPUB

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8 Correio de Sintra 6 de Fevereiro de 2012PUB

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96 de Fevereiro de 2012 Correio de SintraPUB

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10 Correio de Sintra 6 de Fevereiro de 2012PUB

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116 de Fevereiro de 2012 Correio de Sintra

Ciclismo do Sintrense filia-se à UVP/FPC

ATLETISMO. Aos 39 anos de existência, o JOMA, Juventude Operária de Monte Abraão, é um clube histórico do município de Sintra, com vários títulos nacionais no currículo, mas as dificuldades financeiras e a falta de infra-estruturas próprias põe em causa a sua sobrevivência.

O alerta lançado pela direção do clube, durante a cerimónia comemorativa do 39.º aniver-

sário, tem sido uma ameaça constante nos últimos anos.

“A falta de verbas e a dívida contraída ao banco têm sido insustentáveis. Que-remos continuar o trabalho que temos vindo a construir, mas precisamos de apoios para o fazer”, disse João Pedro Cardoso, lamentando “o sistemático incumprimento das promessas feitas por responsáveis autárquicos”.

Apesar de os muitos troféus alcan-çados a nível nacional e internacional, a situação do clube agrava-se diaria-mente por não possuir nenhum espaço desportivo. Além de não usufruir da

única pista de atletismo do concelho, localizada no complexo desportivo do Real Sport Clube, o JOMA não possui carrinhas suficientes para transportar os atletas ao Centro de Alto Rendimento (CAR) de Atletismo no Jamor e à pista do Monte da Galega, no concelho da Ama-dora, dois locais habituais de treino.

Sem solução imediata à vista para

colmatar a falta de instalações próprias, os atletas continuam a deslocar-se aos centros de treino por meios próprios.

Filipa Martins, campeã nacional nos escalões juvenil e júnior com o símbolo do clube, disse ao Correio de Sintra que “a única solução” que encontrou para poder treinar no CAR foi recorrer aos transportes públicos. “Faço o trajecto de

comboio várias vezes por semana, mas é a minha maneira de ajudar o clube que está a atravessar um momento difícil”, disse a atleta.

Andreia Felisberto, atleta há cerca de dez anos no JOMA, partilhou a mesma opinião e considerou “fundamental que os desportistas permaneçam no clube”. “Este ano tive a possibilidade de sair para um clube de maior dimensão, mas não o fiz por respeitar o emblema do JOMA e por sentir que o clube precisa de obter bons resultados através dos seus atletas inscritos em competições nacionais”, sublinhou.

Embora tenha sentido o agravamento financeiro da instituição desportiva ano após ano, Andreia Felisberto reco-nheceu que a aposta na escola de for-mação poderá ser “uma solução para os problemas financeiros existentes”. “O JOMA forma excelentes atletas que participam em grandes campeonatos nacionais, tanto em atletismo como em judo e futsal. Mesmo com menos con-dições, o clube vai continuar a erguer o nome de Sintra a nível nacional”, disse.

Alexandre Oliveira Pereira

Desporto

Filipa Martins e Andreia Felisberto no Centro de Alto Rendimento de Atletismo do Jamor.

AOP

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CICLISMO. A secção de ciclismo do Sport União Sintrense filiou-se à Federação Portuguesa de Ciclismo (UVP/FPC). Para o responsável pela modalidade, Pedro Queirós, a cooperação com a entidade desportiva permitirá ao clube integrar provas internacionais.

Após uma primeira filiação com a federação nos anos 90, com uma equipa de ciclismo de

estrada, a secção do Sintrense volta a associar-se ao organismo nacional. “A filiação com a UVP/FPC nasceu devido ao interesse da secção se tornar ofi-cial. É a única entidade integrada na União Ciclística Internacional que per-

mite competições tanto em Portugal como no estrangeiro”, disse ao Cor-reio de Sintra Pedro Queirós. O respon-sável pela secção adiantou ainda que o clube teve que se adaptar às exigên-cias da federação, reformulando a sua estrutura interna. “A filiação na UVP/FPC obriga a que a secção deixe de ser um grupo de amigos de BTT ou de ciclo-turismo para passar a tratar de coisas mais sérias, nomeadamente é-nos obri-gatório possuir um director desportivo, treinadores devidamente certificados pela Federação e pelo Instituto do Des-porto de Portugal e atletas com exames médicos”, sublinhou Pedro Queirós.

Apesar das dificuldades financeiras do clube, para o responsável, o objectivo

da secção passa por “dignificar o con-celho e o Sintrense, através de provas realizadas de norte a sul do país”.

“Pretendemos, nos próximos meses, para além de sermos um clube de ciclismo empenhado na participação em provas, poder organizar vários eventos oficiais como o Troféu de BTT Sintra, o Encontro Regional de Escolas de Ciclismo e também vários eventos de lazer na vila de Sintra onde a família esteja presente a pedalar”, explicou.

A secção possui equipas constituídas por jovens dos cinco aos 12 anos que participam em provas regionais, sobre a égide da UVP/FPC e organizadas pela Associação de Ciclismo de Lisboa.

AOP

JOMA pode fechar portas até ao final do ano

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12 Correio de Sintra 6 de Fevereiro de 2012

ATLETISMO. Ainda faltava meia hora para as dez da manhã e muitos amantes de atletismo já se encontravam em frente ao Palácio da Pena para marcar uma viragem na história do Grande Prémio Fim da Europa, que este ano não obteve ajuda financeira da autarquia sintrense.

Equipado de azul e de mochilas às costas, Tiago Mar-ques foi uma das cerca de 300 pessoas que aceitou o desafio lançado pela organização ao longo do mês de janeiro. Pre-parado para percorrer 17 qui-lómetros que separam a Serra de Sintra e o oceano Atlân-tico, o participante preparava-se para se associar ao novo formato por considerar o pro-jeto inédito. “É a primeira vez que se juntam alguns apaixo-nados pelo atletismo para rea-lizar uma prova que, depois de ser cancelada pela câmara, não tinha hipótese de se con-cretizar”, disse ao Correio de Sintra Tiago Marques. Para o

participante, a primeira edição do Treino Fim da Europa tem um “sabor especial”. “É posi-tivo para o atletismo ver tantas pessoas a acreditar na modali-dade. Este projeto mostra que é possível realizar provas a custo zero. Além da prática física, a iniciativa fomenta valores como a solidariedade e a coo-peração, pois nasce graças à vontade de um conjunto de pessoas em manter a tradição do Fim da Europa”, sublinhou Tiago Marques.

Depois de algumas reco-

mendações por parte dos orga-nizadores e da GNR, que esteve presente ao longo do percurso, a prova arrancou pouco depois das 10:00. Com o Palácio da Vila atrás das costas, os parti-cipantes subiram a rampa da Pena, em direcção à Estrada dos Capuchos. O objectivo era chegar à Azóia. Depois da tra-vessia da aldeia, o Cabo da Roca estava mais perto. Cerca de duas horas de percurso, e o ponto mais ocidental da Europa continental já estava à vista de todos os participantes.

Sem registo de incidentes, o treino verificou uma adesão que superou as expectativas da organização. “Aquilo que era para ser uma iniciativa livre, de celebração da corrida no dia que lhe estava agendado, transformou-se num fenómeno que me surpreendeu. A forte adesão a este projeto revelou que a cidadania também pode ser exercida através do des-porto”, disse um dos organi-zadores do projecto, Fernando Andrade. O membro da organi-zação adiantou também que, apesar da falta de verba, todos os procedimentos legais foram cumpridos, como se de uma prova oficial se tratasse.

“A autarquia não realizou a prova, mas emitiu a respetiva licença livre de taxas, o que já foi uma grande ajuda. Também, apesar de não ter existido cortes nas estradas para a rea-lização do treino, a segurança e a vigilância estiveram coorde-nadas pela GNR”, explicou Fer-nando Andrade. AOP

Desporto

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Treino substituiu Grande Prémio Fim da Europa

Prova teve início junto ao Palácio Nacional de Sintra.

AOP

Real Sport Clube inaugura novo relvadoO clube de Massamá inaugurou, no dia 21, o novo relvado sintético do campo de jogos n.º 2 do Complexo Desportivo, em Monte Abrãao. A execução do projeto contou com a comparticipação financeira da câmara de Sintra no valor de cento e quarenta mil euros e consistiu na remoção do antigo relvado, no nivelamento do terreno e na colocação do relvado sintético. Estiveram presentes na cerimónia de inauguração, o vice-presidente da câmara e responsável pelo pelouro do Desporto, Marco Almeida, e o presidente do Real Sport Clube Massamá, José Manuel Libório. Segundo Marco Almeida, o projeto tornou-se possível devido à sinergia de vontades entre o clube e a autarquia. “Além do apoio camarário, só se conseguiu ter o relvado porque o Real, através dos seus dirigentes, teve a capacidade de chegar à banca e solicitar o empréstimo, já que a Câmara faz o pagamento a três ou quatro anos”, disse.

Breves

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136 de Fevereiro de 2012

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Escola Segura afasta criminalidadeSOCIEDADE. Há mais de um ano que o agente Vilela deixou a equipa de policiamento de proximidade para fazer parte da Escola Segura na PSP de Agualva-Cacém. É uma presença constante nas imediações dos estabelecimentos de ensino da cidade, onde trabalha na prevenção e irradicação de comportamentos desviantes dos alunos.

Sempre viveu na freguesia de Agualva. Frequentou a Escola Secundária Ferreira Dias e

o facto de ser polícia na cidade onde nasceu faz com que “conheça a lei e o outro lado da lei”. Mas “trabalho é trabalho” e junto à Ferreira Dias, ou à Gama Barros, é já conhecido por muitos dos alunos e encarregados de edu-cação. “Atuo dentro da proximidade. A Escola Segura diminui a criminalidade e a interação com os alunos passa muito por usar a linguagem deles. Eles sentem que estamos presentes e também nos procuram para pedir ajuda”, disse o ele-mento policial ao Correio de Sintra.

O agente adiantou que muitas vezes é abordado por alunos que lhe per-guntam o que fazer em casos de bullying ou de furtos de telemóveis, alguns dos crimes que ocorrem dentro das escolas

um pouco por todo o país e que mais têm sido denunciados na comuni-cação social. Mas até hoje, ainda não deteve nenhum aluno, uma vez que a maior parte ainda não tem 16 anos e não podem ser detidos. “Já houve mais furtos de telemóvel do que agora. Não tem havido muitos delitos por aqui, mas quando há são logos identificados os infratores”, disse. Os pais consideram que a presença destes agentes junto aos estabelecimentos de ensino são importantes como efeito dissuasor da criminalidade. “A presença deles é importante porque antes de acontecer

alguma coisa, eles funcionam como pre-venção. Esta é uma zona de circulação para a estação e a polícia tem que ter cuidados especiais. O trabalho deles é muito positivo e, por vezes, até andam aqui dentro da escola”, disse ao Cor-reio de Sintra o presidente da Asso-ciação de Pais da Escola Secundária Ferreira Dias, Álvaro Silva. O programa Escola Segura teve início em 1992 e resultou de um protocolo entre o Minis-tério da Administração Interna e o Minis-tério da Educação. O objetivo é garantir segurança junto aos estabelecimentos escolares e nas suas proximidades.

Segundo o comandante da esquadra da PSP de Agualva-Cacém, o sub-comis-sário Tiago Fernandes, as equipas da Escola Segura fazem muito mais do que prevenção da criminalidade, uma vez que também identificam e sina-lizam casos marginais. “Fazem todo um trabalho de prevenção e de repressão, porque também prendemos, se for preciso. E também participamos ocor-rências criminais dentro das escolas e fazemos ações sobre prevenção rodo-viária, sobre delinquência juvenil, sobre bullying e sobre prevenção de furtos nos transportes públicos”, disse o sub-comissário. O comandante da esquadra adiantou que os alunos têm que ver o polícia como um amigo e lembrou que ainda recentemente a proximidade das equipas da Escola Segura impediu um confronto entre grupos rivais. “Um grupo da Tapada das Mercês e um do Cacém marcaram um encontro, junto à disco-teca Alcântara, em Lisboa, para fazer um ajuste de contas. Um dos miúdos denunciou isto ao agente e no sábado à noite andámos junto às estações à pro-cura dos grupos e de armas brancas. Acabou por não acontecer nada”, disse.

O responsável adiantou que outro dos objetivos deste programa passa por afastar a venda de drogas junto às escolas. REDAÇÃO

Agualva - Cacém

JR

Agente Vilela e o comandante da esquadra de Agualva-Cacém, sub-comissário Tiago Fernandes.

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14 Correio de Sintra 6 de Fevereiro de 2012

OpiniãoQueluz - BelasVigília por um novo hospital e melhores condições de saúde

SAÚDE. Mais de cinco dezenas de pessoas protestaram a 27 de janeiro junto às urgências do Hospital Amadora-Sintra, numa vigília contra a “degradação” das condições de saúde nos dois municípios. Pela primeira vez um protesto decorreu dentro do perímetro do hospital.

A vigília foi organizada pela Comissão de Utentes de Saúde de Sintra, que em janeiro fez

várias ações semelhantes junto a cen-tros de saúde, a exigir melhores condi-ções nesta área. A comissão defende a colocação de mais médicos de família e enfermeiros nos centros de saúde, a revisão das taxas moderadoras e a construção de um novo hospital.

“Viemos ao Hospital Amadora-Sintra porque atualmente serve 650 mil pes-soas, praticamente o dobro para o que

está capacitado. E há a questão das taxas moderadoras, em que cada vez mais a saúde é só para quem tem capa-cidade para pagar. Estamos a assistir à degradação do Serviço Nacional de Saúde”, disse ao Correio de Sintra a porta-voz da comissão, Paula Borges.

A responsável adiantou que esta uni-dade de saúde “não tem capacidade para dar resposta a tantos utentes” e que é “urgente” encontrar uma solução, como a construção de um novo hospital em Sintra, onde moram mais de 400 mil pessoas e desses, 136 mil não têm médico de família.

Como exemplo, Paula Borges referiu o serviço de pediatria, que naquela sexta-feira estava “muito cheio, sem lugar para as pessoas se sentarem e com as crianças ao colo”.

Esta foi a última vigília em janeiro organizada pela comissão de utentes de Sintra, depois de várias ações junto

de centros de saúde. “Encontrámos um Serviço Nacional

de Saúde entregue a um Governo que acha que os portugueses são cidadão de terceira categoria. Estes equipa-mentos não acolhem as necessidades das pessoas, muitos deles estão degra-dados e encontram-se em prédios de habitação, com dois e três andares sem elevador”, disse.

No entanto, a comissão já avançou que vai fazer mais iniciativas seme-lhantes durante o ano de 2012.

A vigília contou com a presença da Comissão de Utentes de Saúde da Ama-dora, que refere que a situação neste município é idêntica à de Sintra.

“Na Amadora moram mais de 176 mil pessoas e 70 mil não têm médico de família. Há falta de enfermeiros, de equi-pamentos e de condições nos nossos centros de saúde”, disse o porta-voz da comissão da Amadora, António Tre-moço. JR.

JR

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Comissões de utentes de saúde protestaram junto às urgências do Hospital Amadora-Sintra.

Quinta Nova de QueluzOs deputados do CDS e do PSD na Assem-bleia da República rejeitaram a 3 de fevereiro o projeto de resolução do Bloco de Esquerda que recomendava ao Governo a cedência da Quinta Nova de Queluz à população. O BE defendia que os espaços exteriores da Quinta Nova devem ser incluídos no complexo verde constituído pelo parque Felício Loureiro e pe-los jardins do Palácio Nacional de Queluz e da Matinha. Segundo o partido, após a saída da Estradas de Portugal da Quinta Nova de Que-luz, em 2009, este espaço alberga atualmente um conjunto de serviços administrativos do Exército, impedindo a utilização pública das zonas verdes.

Jovens detidos por roubosA Policia de Segurança Pública (PSP) deteve dois jovens, de 18 e 20 anos, suspeitos de vários roubos em plena via pública através de coação física e ameaça de arma branca. De acordo com a PSP, os jovens atuavam preferencialmente em Queluz, Mem Martins e Cacém. Os suspeitos foram detidos a 26 de janeiro e as autoridades estimam que o montante dos assaltos ascende aos 2500 euros. Após as investigações, as autoridades conseguiram estabelecer ligação entre os de-tidos e pelo menos “cinco crimes” praticados nos últimos seis meses. O modo de atuação consistia em roubar as vitimas através de coa-ção física com recurso a arma branca ou pelo método de esticão.

Mulher sequestrada em QueluzUma mulher foi obrigada a levantar 400 eu-ros numa caixa-multibanco a 28 de janeiro, depois de ter sido sequestrada na rua Alda Nogueira, em Queluz. Depois de ter sido co-agida fisicamente a entrar num Opel Corsa às 4:15, a mulher foi obrigada a revelar os có-digos dos cartões multibanco. Ao fim de 15 minutos, os dois assaltantes deixaram a mul-her na mesma rua. De seguida, vários carros-patrulha da PSP perseguiram a dupla até ao Cacém, onde os assaltantes embateram con-tra uma viatura, acabando por conseguirem fugir. Durante a perseguição, uma das viaturas da PSP despistou-se, mas os agentes não so-freram quaisquer ferimentos.

Breves

Pediatria do Hospital.

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156 de Fevereiro de 2012

Quando Manuela Ferreira Leite se candidatou a Pri-meira-Ministra, muito se

comentou aquela sua constante obsessão pelo Défice. De facto, o Empreendedorismo, as Pequenas e Médias Empresas (PMEs), a dita Dívida do Estado e a urgência pre-mente de a controlar, eram pre-sença constante nos seus dis-cursos.

Corria pachorrento o ano de 2009 e surgiam no horizonte mais umas eleições legislativas, as pri-meiras em que a crise em Portugal e na União Europeia prometia agitar a opinião pública. Por um lado, pro-postas realistas de rigor orçamental e controlo da despesa pública, de outro, o canto da sereia, negando a evidência.

O povo acabou anestesiado pelas promessas de vida facilitada e con-fiou em comentadores e agentes políticos que, quais vendedores da ‘banha da cobra’, garantiam um futuro risonho e sem sacrifícios a troco de nada.

Afinal, que tínhamos nós que ver com a Dívida do Estado? Sim. Nós, o povo, tínhamos as nossas próprias dívidas para tratar. Querí-amos saber, isso sim, do subsídio de desemprego, das pensões, das

reformas, das portagens. E querí-amos saber de aeroportos novos, todos catitas, e comboios ultra rápidos (porque muito rápidos já nós tínhamos), que nos pusessem depressa em Espanha e na França. Isso é que era falar.

O Estado que pedisse dinheiro à Europa, ao FMI, a quem quisesse. Ou então que plantasse umas árvores que dessem notas de qui-nhentos. Toda a gente sabe que o Estado pode. O Estado pode tudo!

Afinal, as tais árvores eram um mito e a Europa e o FMI só emprestam dinheiro tendo como garantia que ele será bem gerido; que não será mais um remendo em pano roto. Havia, no entanto, uma premissa verdadeira: o Estado pode tudo. Pode portajar todas as SCUTs, aumentar o IVA, baixar as pensões e as reformas, mexer com os subsí-

dios, eliminar feriados e reorganizar o mapa administrativo. O povo des-cobriu (da pior maneira) que, afinal, o tal do Défice até lhe dizia respeito.

Mais descobriu que o TGV e o novo Aeroporto, independente-mente da sua necessidade, acarre-tavam custos incomportáveis, que

a atribuição indiscriminada dos Rendimentos Sociais de Inserção tinha que ser custeada por alguém, dando-se conta subitamente que não só lhe iriam pedir para pagar isso como também lhe iriam pedir para pagar anos de desvarios de governação fácil. Não há mesmo almoços grátis!

Agora, cabe-nos aceitar que Por-tugal, tal como o conhecíamos, acabou. Pelo menos pelos pró-ximos anos. Cabe-nos mudar de estilo de vida, de hábitos de con-sumo e aprender a poupar. Mas, sobretudo, cabe-nos ser agentes de mudança em sociedade. Dar o exemplo, levantar a cabeça e seguir em frente.

Em alturas como esta, somos obrigados a sair do marasmo e, pela primeira vez, arriscar. Todos os sonhos que mantínhamos guar-dados numa gaveta a sete chaves pedem para sair e a frustração faz-nos questionar: porque não? É che-gada a hora de acreditarmos em nós!

Este artigo não foi escrito ao abrigo do último acordo ortográfico

Helena CoelhoPresidente da JSD de Sintra

Afinal...

“… cabe-nos aceitar que Portugal, tal como o conhecíamos, acabou. Pelo menos pelos próximos anos. Cabe-nos mudar de estilo de vida ……

1

TERRUGEM

Buracas de Armês

146,86

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Fonte dos dados:Câmara Municipal de Sintra

1:2.000

Concelho de SintraInformação Geográfica

Legenda:Números de Policia

Pontos Cotados

Linhas de Água

Muros e Vedações

Curvas de Nível

Ruas

Rodovias

Área Classificada - Património Arqueológico

Freguesias de Sintra

Edificios

Referenciação Geográfica

Elipsóide de HayfordProjecção GaussDatum Planimétrico: Datum 73Datum Altimétrico: Marégrafo de Cascais

0 4020 Metros

Complexo de Arqueologia Industrial

Buracas de Armês

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TribunaTribuna

Funerária Serra das Minas abre também em Rio de Mouro

O empreendedorismo e o profis-sionalismo praticado pela equipa da funerária Serra das Minas dife-rencia esta empresa das demais. No âmbito da expansão da empresa, a funerária abriu, em janeiro, uma nova agência, em Rio de Mouro, junto à igreja.

Determinada em oferecer a exce-lência na condução e orientação de todo o processo lutuoso, a fune-rária diferencia-se por uma conduta de valores profissionais e morais que se estende a todos os que dela fazem parte.

“Num momento difícil como é o da perda de um ente querido, o nosso propósito é servir com sim-patia, dignidade e honestidade todos os clientes, de forma a aliviar a dor inerente ao tão complicado epi-sódio. Preocupamo-nos em tratar a família em sofrimento com um res-peito sublime e em elevar uma exis-tência sempre saudosa daquele que parte”, diz Hélder Correia, proprie-tário da agência.

Humanismo, dignidade, respon-sabilidade, solidariedade e inovação são as palavras-chave que distin-guem a Funerária Serra das Minas

neste mercado tão competitivo.“Presenteamos, aos clientes, um

serviço personalizado que prima pelo profissionalismo e pela elevada qua-lidade e modernização dos nossos serviços”, sublinha Hélder Correia.

Disponibilizando serviços como a tanoestética (tratamento e embele-zamento do falecido), a cremação, a transladação e a exumação, a agência possui um conjunto de artigos florais e religiosos para fune-rais.

Sedeada na Avenida João de Deus, n.º51 – B, em Rio de Mouro, perto da igreja paroquial, a agência está aberta das 9h00 às 20h00, apesar de garantir um serviço fune-rário permanente.

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