edição 242 - janeiro 2015

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Caldas Country 2014 - Um dos maiores festivais de música do país teve um novo layout e sistema de sonorização | Yamaha PM10 - Novo sistema possui mais recursos e flexibilidade para o som ao vivo. Console promete atender diversas aplicações | Iluminação: Fábio Júnior - Cenário da turnê do cantor uniu simplicidade com o clássico | Cubase 8 - Lançamento da nova versão vem com mais tecnologia embarcada | Software: transforme o Ableton Live no seu programa principal no estúdio | Logic Pro: conheça novas funções | Pro Tools: como usar a automação a seu favor

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SumárioSumárioAno. 21 - janeiro / 2015 - Nº 242

14 Vitrine

Um sistema de monitoração inear sem fio da Audio-Technica e

o subwoofer JBL 118S sãoalgumas das novidades para omercado de 2015.

20 Rápidas e Rasteiras

A Matrix da Arturia já tem nova

versão para projetos em estúdio eao vivo, e a Powersoft lança novalinha de amps.

26 Gustavo Victorino

Confira as notícias mais quentesdos bastidores do mercado.

28 Play Rec

Claudio Zoli lança novo trabalhototalmente inédito e autoral que

revela o lado produtor e arran-jador do artista. Já Pedro SáMoraes, junto com o produtor IvoSenra, produz um CD com rigorestético raro.

30 Reinvenção

Construído com um novo

sistema, o console RIVAGE

PM10 da Yamaha promete uma

configuração mais flexível,

conferindo mais qualidade e

versatilidade ao som ao vivo.

34 A volta do Unidyne

A Shure resgata o tradicional

Unidyne, primeiro mic uni-

direcional dinâmico em uma

nova versão limitada com

desenho original, porém com as

devidas melhorias em durabilida-

de e qualidade de som.

68 Produção Musical

Gravar as guitarras usando o

pedal de delay pode ser umaeconomia de tempo na mixagem,por exemplo, mas não é tãosimples como em um show. No

estúdio, a técnica adquirealgumas particularidades.

72 Baixista e produtor

O que pensa e como trabalha um

baixista que também é produtormusical. Nesta edição, DéPalmeira fala como é conciliar asduas funções.

96 Vida de ArtistaTuto era uma amigo chegado, queveio morar comigo, e deixou as fes-tas de lado. Tempos depois foi mo-

rar na Europa e nunca mais ouvifalar até que depois de 20 anos re-cebi um e-mail...

A nona edição de um dosfestivais de música

sertaneja mais popularesdo Brasil trouxe algumas

mudanças no formato,reunindo mais de 26

atrações em 30 horas demúsica. A importância de

festivais como esse se tornacada vez mais notória

tanto para a economia dolocal onde acontecem os

eventos quanto para aorganização e

profissionalização do showbusiness no mercado

nacional.

4040

ExperimentalismoMisturar o eletrônico, o erudito e o rock resultou no Além do Princípio do Prazer,

segundo disco do guitarrista Pedro Sá Moraes, que contou ainda com o produ-

tor Ivo Senra e o técnico de som Roger Freret que tornaram real a ideia de som

esculpido, descaracterizando os instrumentos, como o baixo no sintetizador.

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NESTA EDIÇÃO

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78 Vitrine

A PR Lighting apresenta o XLED

1037, um produto que une potência

e flexibilidade. Enquanto a Chauvet

lança o GigBAR IRC, um mul-

tiequipamento perfeito para bandas

e produtores.

80 Rápidas e rasteiras Lux

A Core Lighting apresenta nova

equipe de operação nos EUA e a

turnê do Slipknot troca a marca dos

equipamentos de iluminação.

CADERNO ILUMINAÇÃO82 Iluminação cênica

Uma das características da

iluminação cênica é tambémtransmitir sensações e significa-dos próprios em uma apresenta-ção por meio de uma seleçãode elementos e equipamentos.

88 Fábio Junior

Para atender a um pedido do

próprio cantor, Maçã e Carioca

criaram um designer para o

show um cenário que variou

do simples ao clássico.

48 Tecnologia

Presente no Brasil há mais de

uma década, a TOA fincouseu alicerce nos valoresinstitucionais segurança,confiabilidade e emoção. Hojeoferece soluções tecnológicasque atendem os clientes commáxima excelência.

52 Cubase

Lançado em dezembro, a

versão 8 do Cubase Pro vemrepleta de novas tecnologiasembarcadas.

Expediente

DiretorNelson [email protected] administrativaStella [email protected]@backstage.com.brCoordenadora de redaçãoDanielli [email protected]ãoHeloisa BrumTraduçãoFernando CastroColunistasCezar Galhart, Cristiano Moura, GustavoVictorino, Jorge Pescara, Lika Meinberg,Luciano Freitas, Luiz Carlos Sá, MarcelloDalla, Ricardo Mendes e Vera MedinaEdição de Arte / DiagramaçãoLeandro J. Nazá[email protected] Gráfico / CapaLeandro J. NazárioFoto: Agência Kah / Divulgação

Publicidade / AnúnciosPABX: (21) [email protected]

Webdesigner / MultimídiaLeonardo C. [email protected] AlvesPABX: (21) [email protected] de CirculaçãoErnani [email protected] de CirculaçãoAdilson SantiagoCrí[email protected]

Backstage é uma publicação da editoraH.Sheldon Serviços de Marketing Ltda.

Rua Iriquitiá, 392 - Taquara - JacarepaguáRio de Janeiro -RJ - CEP: 22730-150Tel./fax:(21) 3627-7945 / 2440-4549CNPJ. 29.418.852/0001-85

Distribuída pela DINAP Ltda.Distribuidora Nacional de Publicações,

Rua Dr. Kenkiti Shimomoto, 1678Cep. 06045-390 - São Paulo - SPTel.: (11) 3789-1628CNPJ. 03.555.225/0001-00

Os artigos e matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. Épermitida a reprodução desde que seja citada a fonte e que nos seja enviadacópia do material. A revista não se responsabiliza pelo conteúdo dosanúncios veiculados.

56 Logic

Nesta edição, uma forma de aperfeiçoar a

técnica e conhecer melhor as novas funçõesdo Logic com o recurso da automação.

60 Ableton

Mais novo programa a ser usado nos estúdios,

o Ableton, já na sua versão 9, tem maturida-

de suficiente para ser usado como Main Daw.

64 Pro Tools Mais um passo em busca de um fim na

“briga” com a automação. Além de maistécnicas, também serão apresentadosrecursos do Pro Tools HD.

CADERNO TECNOLOGIA

Música de ruaO projeto mundial que contempla músicos em praça pública com quali-dade de estúdio, o Playing for Change passou pelo Brasil, arrebatou al-

guns músicos brazucas e lançou seu terceiro álbum com uma gama de pe-culiaridades entre o som ao vivo e o de estúdio.

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CARTA AO LEITOR | www.backstage.com.br

ano que se inicia certamente virá carregado de pensamentospositivos, projetos, esperanças de crescimento econômico

entre outras boas intenções inerentes a todo começo ou troca deperíodo. Para os otimistas, provavelmente será melhor do queaquele que passou. Para os realistas, uma incógnita pelo menosnos cinco primeiros meses.Se considerarmos os indicadores econômicos divulgados no se-gundo trimestre do ano passado, quando a indústria registrouqueda na produção industrial de quase 10%, não há tantos moti-vos para comemorar. Por outro lado, ao invés dos fatos, podemosnos ater às previsões palacianas e pensar que a economia podechegar a um crescimento de 0,8% do PIB (Produto Interno Bruto),gerando certo crescimento do país.Talvez o vilão da história seja mesmo o dólar, que mereceu todas ascondenações que lhe foram imputadas durante todo o ano de2014, ou os escândalos de corrupção, ou ainda o processoendêmico de má gestão do dinheiro público do país. Apostemosnesta terceira opção, que na verdade acaba sendo um conjunto detodas as anteriores. Sem uma gestão eficiente, todo organismo ouinstituição está fadado ao não crescimento ou mesmo à falência.Até mesmo os gigantes não escapam desse destino.Infinitos exemplos de bancarrotas e suas consequências estão poraí. Recentemente, tivemos mais um para engrossar a lista: a ma-lharia Sulfabril, que ficou conhecida nacionalmente por ter comogarotos-propaganda Os Trapalhões e ocupava a segunda posiçãoentre os fabricantes de malha na América Latina. A companhia,hoje em processo de concordata, não conseguiu um interessadosequer no leilão realizado em dezembro*.No entanto, como já dizia o maestro Tom Jobim, “o Brasil não épara iniciantes” e gatos escaldados que todos nós somos, isso nosleva à certeza de que, na esfera governamental, nada será da formaque está sendo prevista ou dita. Resta aos crédulos, e também aosrealistas, fazer o dever de casa, sem a ilusão de que ficar parado equietinho enquanto o mundo gira nunca foi estratégia eficienteem nenhuma parte do mundo capitalista.

Boa Leitura.

Danielli Marinho

*Informações via Jornal Folha de São Paulo.

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Ô da

poltrona!

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14 M2M IN-EARwww.proshows.com.br

Desenvolvido para atender as exigências dos músicos, o sistema de monitoração sem fio M2MAudio- Technica In-Ear oferece excepcional desempenho, se tornando também um sistemaalternativo e mais prático aos monitores convencionais de chão. Combina recursos profissio-nais e configurações simplificadas, proporcionando mais qualidade, sem proble-mas de feedback e desordem causada por monitores de chão. Com resposta defrequência altamente confiável e estável,sua tecnologia segura e eficiente permiteser usada com até 10 sistemas simultâne-os compatíveis por faixa. Possui constru-ção robusta para uso diário. O equipa-mento possui ainda 100 canais UHFselecionáveis e três modos do receptor:mix pessoal, estéreo e mono.

SUBWOOFER JBL 118Swww.harman.com

Exclusivamente desenvolvido para auxi-liar na reprodução de baixas frequências,o subwoofer JBL 118S é a opção perfeitapara reforço nos graves, sendo um exce-lente complemento para as linhas JS eSPM da JBL. Com componentes pro-jetados através de software de cálculo porelementos finitos, proporciona uma res-posta plana e de grande eficiência, semaumentar o peso. Possui amplificador de300 W RMS, classe AB e entradas e saí-das do tipo XLR. O painel traseiro contacom controle de ganho, conectores deentrada e saída HPF, conectores de entra-da e saída Line R e L, além de LEDs indi-cadores e seletor de tensão.

LSP 500 PROwww.sennheiser.com

O sistema é um verdadeiro avanço na tecnologia de áudio pro-fissional portátil, já que está livre de cabos e conta com trêscanais para microfones sem fio, conexão Bluetooth que permi-te reproduzir e programar músicas à distância, assim como umaporta USB para gravação do evento ou reprodução de áudios.Cada alto-falante conta com duas baterias substituíveis, comindicador de carga, ainda que seu uso necessite apenas de umadelas e, por isso, a segunda fica de reserva para substituiçãoquando for necessário. O LSP 500 PRO foi criado com umdesign elegante e discreto, com revestimento de poliuretanoque o protege contra impactos. Sua leveza o torna fácil de sertransportado, pois pesa apenas 13,6 kg, e seu tempo de duraçãoem uso contínuo é de até quase 8 horas com o uso das duas ba-terias componentes do alto-falante.

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BATERIA DTX400Kwww.yamaha.com.br

Aos apaixonados pelo groove, sejam bem-vindos à tribo! A DTX400K proporcionaa experiência autêntica de tocar bateriaem um kit eletrônico compacto. Ela vemcom o controlador de pedal hit hat, pedaldigital de bumbo e ainda Pad´s de 7,5” detons e caixa desenvolvidos para maior du-rabilidade e melhor tocabilidade. Seunovo módulo oferece 169 sons de altaqualidade, 10 funções de treino inte-rativas com Voice Guidance e 10 músicasde acompanhamento.

NEO210244www.taigar.com.br

O line array modelo Neo210244possui falantes de 10 polegadasmodelo 10MG600 e 2 drives depolimide da B&C. Destacam-secomo características do produto720 WRMS AES, cobertura hori-zontal de 130°, resposta de fre-quência de 80Hz - 20kHz, o siste-ma vem conquistando os técnicosdo Brasil.

HD 598www.seinnheiser.com.br

Este é um fone de ouvido estéreo com fio. O HD 598 tem aTecnologia Eargonomic Acoustic Refinement (E.A.R.). Vem comlã celulose compactada nos fones, o que resulta no som de alta qua-lidade e outros destaques que contribuem para o conforto, como afaixa de cabeça de couro sintético e as almofadas auriculares. Preçosugerido: R$1359,00

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MATADORwww.harman.com

A JBL Selenium apresenta a nova geração de sua consa-grada linha de subwoofers Matador. Os modelos12SW20A e 15SW20A, com 600 WRMS, e 12SW21Ae 15SW21A, com 800 WRMS, oferecem alto desempe-nho além de um visual totalmente novo, ambos nasversões 12” e 15”. Os subwoofers registram maior rendi-mento em relação às versões anteriores, com alta sensibi-lidade e cone de celulose não prensada que garante ótimotimbre e qualidade sonora. Com carcaça em chapa de açocarbono, possui excelente resistência, contando aindacom protetor do conjunto magnético em borracha. Pos-sui sistema de ventilação com maior refrigeração na bo-bina, podendo suportar altas potências sem perda no de-sempenho e fácil instalação. Os modelos 12SW21A e15SW21A contam ainda com cone vermelho.

LYCO UHXPRO-02MMwww.lyco.com.br

A Lyco está inovando mais uma vez. Ostransmissores e receptores do sistemaLYCO UHXPRO-02MM, possuem 100frequências disponíveis em cada microfo-ne, fazendo com que a operação fique maisestável e confiável. Conta com recepçãoPLL multicanal, frequência UHF, qualida-de sonora perfeita e busca automática decanal. O equipamento confere fácil sincro-nização por infravermelho, apenas ali-nhando o sensor do transmissor com o doreceptor por meio de um clique, com exce-lente relação custo-benefício.

VIOLÃO C40MIIwww.yamaha.com.br

Retomando as tradições, o violão C40MII traz um acabamentoultra-fino e acetinado. O produto tem cordas de nylon, tampoem spruce, corpo em meranti, escala em rosewood e tarraxascromadas que deixam um som natural e incrível.

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MÚSICA MAIS ANTIGA DO MUNDO

SHANGAI PRO LIGHT + SOUND

NOVA VERSÃO DO MATRIX DA ARTURIAA empresa produtora de software e hardware para o mercado de músicaanuncia que já está disponível a nova versao do Matrix-12 V, que pro-mete voltar às suas raízes, trazendo de volta o clássico som analógico dopolysynth Oberheim. Na verdade, é como se o Matrix-12V emulassetodos os parâmetros originais do Oberheim. Para mais informações,visite os sites www.arturia.com/matrix-12-v/overview ou http://youtu.be/OWmQVUP88DQ

Quem perdeu a deste ano, já pode começar a se programar. Com um públicode mais de 24 mil visitantes em 2014, a organização da Prolight + SoundShanghai já divulgou a data da próxima edição, em 2015. Será entre os dias14 e 17 de outubro, no Shanghai New International Expo Centre.Para mais informações, acesse www.prolightsound-shanghai.com ouentre em contato pelo e-mail: [email protected].

MIXAGEM AVANÇADA

Entre os dias 19 e 21 de janeiro,acontece o Curso de MixagemAvançada, em Vitória (ES). Esteserá um curso específico para mi-xagem, abordando mixagem de pro-jetos em estúdio e projetos ao vivo.Destinado tanto a pessoas que nãoconhecem o processo, quanto àque-las que já conhecem, mas queremaprender novas técnicas e evoluir aqualidade das suas mixagens, o en-contro também contempla profissi-onais já estabelecidos que queremconhecer uma abordagem de mi-xagem diferente da sua.O Curso de Mixagem Avançadaaborda técnicas de compressão eequalização, processamento parale-lo, roteamento de sinal, técnicas deside-chain e ducking, organizaçãode sessão de mixagem, mixagem

compatível mono-estéreo, utiliza-ção múltipla de efeitos via bus-send,compressão em mix bus e também aparte artístico-estética da mixa-gem. O curso será totalmente práti-co compreendendo quatro mó-dulos, cobrindo mixagens de dife-rentes artistas e estilos, em situaçõesde estúdio e ao vivo. As mixagensserão iniciadas a partir do zero, dis-cutidas e comparadas com as mi-xagens originais. O evento é umainiciativa do músico Ricardo Men-des, em parcerias com a loja VitóriaAudio e Música e a Quanta, comapoio da Revista Backstage. As ins-crições podem ser feitas pelo telefo-ne (27) 3235-8400 ou pelo [email protected]. O valor do curso completo,com 4 dias de aula, é R$ 200,00

O compositor e pianista Fernando Moura

criou uma versão para a mais antiga músi-

ca do mundo. O Hurrian Hymn nº 1 tem

cerca de 3,4 mil anos e sua partitura, em

escrita cuneiforme, foi descoberta em pla-

cas de argila durante escavações arque-

ológicas, nos anos 50, na antiga cidade

de Ugarit, atualmente parte da Síria. Se-

gundo especialistas, a canção dedicada

à deusa Nikkal teria sido usada durante as

semeaduras de grãos. A versão do músico

brasileiro pode ser ouvida ou baixada gra-

tuitamente na página http://migre.me/

nohgg. A gravação, foi feita no estúdio de

Fernando, no RJ, e o músico explica que,

por respeito ao tema, foi cuidadoso, tocan-

do rigorosamente o que está na partitura. A

orquestração e a divisão em vozes pelos

teclados é que formam o arranjo, mas

Fernando avisa que não mudou nada, “in-

clusive o fato de a canção terminar em

suspensão harmônica, algo que pode

soar estranho a ouvidos contemporâneos

mas que é de se esperar de algo com-

posto antes de Bach.” O rigor de

Fernando também o levou a não esticar a

interpretação além do registrado na parti-

tura, resultando em faixa de 1 minuto.

NEUMANN E D&BAUDIOTECHNIK JUNTASA d&b audiotechnik fechou par-

ceria para cooperar com a Neu-

mann&Müller (N&M) Event Tech-

nology, cujo objetivo é trazer alta

qualidade em eventos com equipa-

mentos state-of-the-art. A parceria

entre as duas companhias envol-

vem o fornecimento de alto-falantes

da nova série Y-Series, da d&b, por

cinco anos. Durante esse tempo, a

d&b vai fornecer inclusive os mó-

dulos da Y-Series para line array e

seu correspondente subwoofer

cardioide Y-SUB, além do novo am-

plificador D80.

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Em comemoração aos 20 anos de car-

reira e a volta de Rodriguinho, o grupo

de pagode Os Travessos gravou um

DVD histórico em novembro, em Porto

Alegre (RS), na casa de shows Pespi

On Stage. O registro eternizou a turnê

Tarde ou Cedo, nome do CD lançado

este ano pela Sony Music. O cenário,

NOVA LINHA DE AMPS POWERSOFT

A Gobos do Brasil promoveu emsua sede, em São Bernardo do Cam-po, São Paulo, um workshop paraapresentação ao mercado da novaSérie X de amplificadores Power-soft, composta pelos modelos X4 eX8, cuja principal característica éunir em um só produto funcionali-dades de um rack de som inteiro.Para mostrar as tecnologias e possi-bilidades do equipamento, o even-to, realizado no dia 02 de dezembrocontou com a participação do itali-ano Mario Di Cola, engenheirosênior de áudio da Powersoft; Fabi-ano Rezende, proprietário da Fly

Audio Solution; do suporte técnicoda fábrica Powersoft no Brasil; e deGilberto Morejon, gerente Comer-cial da marca para a América Latinae Caribe. Esteban Risso, diretor Co-mercial da Gobos do Brasil, condu-ziu a abertura do evento, seguidopelo gerente de áudio da empresa,Valdinei Vieira “Jabá”, que fez a in-trodução do trabalho da Powersoft.A marca trouxe ao mundo do áudioprodutos inovadores que impressio-naram e aumentaram as expectativaspara equipamentos do tipo, como oDigam-7000, lançado em 1995, osK10 e K20 já nos anos 2000, e a M

Series de 2010. O engenheiro Re-zende apresentou as principais tec-nologias de energia incluídas no mo-delo X8, como a Three Phase LoadBalancing, a legendária PowersoftGreen Audio Power, assim como obalanceamento de energia com PFC(correção do fator de potência).Já a demonstração do que o X8 e a XSeries podem fazer por meio doaplicativo Armonia ficou a cargode Mario di Cola. Por meio do app,o usuário pode ajustar todas as con-figurações de equalização, Limiter,Matrix, Crossover. Di Cola mos-trou também como os tablets esmartphones são utilizados comodisplay do aparelho, conectando-os por meio de uma rede wi-fi gera-da pelo próprio equipamento, alémdas facilidades de se checar e con-trolar diferentes configurações.No final do encontro, uma surpre-sa: a equipe demonstrou como oaparelho, que trabalha monofá-sico, bifásico e trifásico, consegue iralém da variação entre 85VAC e440VAC. O sistema, ligado emduas fases, recebeu 220V, teve a car-ga aumentada para 250V e, a partirdaí, a tensão foi sendo reduzida atéque, em 30V, o X8 finalmente desli-gou. Os convidados tiveram tam-bém a oportunidade de esclarecerdúvidas sobre os produtos da novasérie, como segurança e latênciamáxima, como também puderamvisitar as instalações da Gobos doBrasil e conhecer melhor o traba-lho feito pela empresa.

todo formado de painéis de LED, exibi-

ram imagens de videoclipes antigos e

atuais do grupo, além de muitos efeitos

especiais. Entre as principais surpresas,

a participação da cantora Ludmilla, que

levou o público ao delírio ao apresentar,

ao lado de Os Travessos, a música inédi-

ta Vacilo. Além dela, Eder Miguel encan-

tou com a interpretação de Meu Que-

rubim e Ah! Mr. Dan animou todos

com o sucesso Alô. Com praticamen-

te a formação original, tendo no baixo

Edi, na percussão Rodrigão e Cho-

rão, nos vocais Rodriguinho e Filipe

Duarte, o grupo apresentou grandes

sucessos da carreira.

OS TRAVESSOS GRAVAM DVD EM PORTO ALEGRE

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Encontros de lojistas e técnicos em ApucaranaConvenção anual e Seminário técnico

Encerramento do seminário

Churrascada de costela de boiPocket shows no almoço

Nos dias 13, 14 e 15 de novembro a Oneal, tradicional fabricantede produtos de áudio, realizou a sua convenção anual para os vende-dores e lojistas e um seminário técnico sobre as características dosseus sistemas de Line Array Evo. Estiveram presentes no eventolojistas de todo Brasil, vários técnicos de bandas, responsáveis pelosom de várias casas noturnas e boates e operadores de áudio de diver-sas igrejas. Foram dois dias de palestras e demonstrações práticas decomo montar e operar um sistema de Line. O encerramento aconte-ceu com vários shows no “Espaço Garage”.

Primeiro dia do seminário

Funcionários e representantes da Oneal

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RUIM PARA TODOSAlguns negócios são bons para todos oslados, outros beneficiam apenas umaparte. A saída de Nenrod Adiel, daSonotec, foi o típico caso em que todosperderam.

GANÂNCIA E BAGUNÇAOs preços praticados pelas companhiasaéreas brasileiras no mês de dezembro eque em grande parte permanecerão atémarço são um verdadeiro acinte à livreconcorrência e evidenciam uma libera-ção da ganância com sutil cartelização.Sem qualquer controle ou monito-ramento, as empresas cobram preçosabsurdos pelo simples fato de que nãosão fiscalizadas e quem deveria fazê-lotem com elas uma conhecida relação li-bidinosa de favores históricos. O pre-texto da carga tributária é o mesmo uti-lizado pelas montadoras de carros quenos vendem lixo a peso de ouro. As ba-daladas promoções são tipicamente“engana bobo”. Nesse período do ano,contratar shows que envolvam desloca-mentos de longa distância e equipe nu-merosa pode ter um custo logístico igual

ou até maior do que o cachê do próprioartista. Há trechos domésticos que cus-tam mais caro que uma passagem para osEUA ou Europa.

PALCOSAs modernas arenas construídas peloBrasil para a realização da Copa doMundo vêm se transformando nosprincipais palcos de shows de grandeporte no país. Com instalações confor-táveis, boa logística e estacionamentoprivativo, aos poucos elas se transfor-mam no endereço dos grandes espetá-culos por aqui. Aliás, coisa que há déca-das já se faz mundo a fora.

MEDOA inadimplência volta a assustar im-portadores e fabricantes. As chamadas“parcerias comerciais” que envolvemcréditos volumosos de médio prazo vi-raram operações de alto risco. Muitagente já balançou e até quebrou por isso.

NOVOS TEMPOSCom os caixas quebrados, corrupçãoendêmica e carência por todos os lados,os maiores contratantes brasileiros co-meçam a fazer água na hora de progra-mar seus grandes eventos. Estados emunicípios, historicamente esbanja-dores, hoje choram pitangas em Brasíliaem busca de recursos para cumprir comseus compromissos básicos com a popu-lação. Salvo raras exceções e exemplosde boa gestão, a coisa por conta disso vaimal na hora de contratar artistas deponta. Como consequência, os cachêsnotadamente começam a cair, afinal ar-tista também tem contas para pagar.Apesar de bom para o marketing políti-

Quem insistia emnegar os problemas

econômicos do Brasilnotadamente o fazia

por convicçãoideológica ou

interesse obscuro. Osprivilégios, os

desmandos e acorrupção

generalizadacorroeram a

economia do país quejá foi visto até como

emergente no cenáriointernacional.

Mentiram, muitosacreditaram e a

conta chegou.

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GUSTAVO VICTORINO | [email protected]

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co, os grandes shows com dinheiropúblico começam a perder força.

SUCESSO SEMPREEm sua recente passagem pelo país,Paul McCartney mais uma vez ar-rasou, emocionou e se emocionou,deixando o Brasil com um eternogostinho de quero mais. O ex-Beatle é o maior artista pop do pla-neta e o público dos seus shows é aprova disso. De 8 a 80, Paul sempretem uma canção que inevitavel-mente vai “pegar” você. Lágrimasnos seus espetáculos já são lugar-comum.

LIMITESou contra qualquer tipo de censu-ra, mas acho que algumas letras defunk precisam de limites. Incitaçãoe apologia ao crime são práticas ve-dadas e previstas no Código Penalnos seus artigos 286 e 287. Tem mú-sicas (?!?) rodando até em rádiosque pregam práticas criminosas eviolência gratuita se constituindoem verdadeiros atentados à socie-dade. Tem até apologia ao estupro. Etudo isso consumido e norteandoparte da nossa juventude. Tá maisdo que na hora de alguém entrar emcampo e dar um basta nisso. É preci-so enquadrar a babaquice desses ir-responsáveis. Alô, Ministério Pú-blico, câmbio... !!!

PERGUNTINHAVocê pagaria mais para ter canaisde clipes musicais no seu pacote deTV por assinatura? As operadorasacham que sim...

SACANAGEMAs velocidades anunciadas pelosprovedores de internet é umagrande sacanagem ao induzir oconsumidor a erro. Eles colocam ataxa em bits quando na verdade ataxa deveria ser em bytes, ou seja,um oitavo do anunciado. Um byteequivale a 8 bits, portanto se vocêacha que tem 10 megas, na verdadetem 1,25 megabites. Quase umacarroça para os padrões modernos.E mesmo essa velocidade medíocreé utopia para o serviço que nos for-necem a preços extorsivos. Alô,Anatel, câmbio... !!!

GOSPELA crise chegou ao até então inaba-lável mercado gospel. As vendasdespencaram e os cachês estão des-cendo dos céus. Por sua atipicida-de, o segmento de música religiosasempre foi imune à maioria dosproblemas do mercado. A coisa pa-rece ter mudado e muitos empresá-rios e profissionais do meio já ad-mitem que a prudência e o bom sen-so também foram incorporados àmúsica gospel. E a exuberância se foi.

CANSOUAvisei que precisavam mudar algopela fadiga da proposta e dos per-sonagens. Mesmo publicamentenão assumido, o programa TheVoice já perdeu mais de um terçoda audiência em comparação comas edições anteriores. E continuadespencando. Em 2015 volta oprograma Superstar que projetoubem mais os seus vencedores que o

irmão mais velho que não conse-gue mais decolar. As propostas sãoboas e os programas também, masprecisam de dinâmica e isso exigemudanças tópicas. A poderosaGlobo ignorou isso. Apesar de so-brar dinheiro, faz um bom tempoque talento e criatividade estão emfalta por lá. O Ibope que o diga...

HOMENAGEM?!?Certos discos, shows e vídeos feitospara lembrar artistas famosos soammuito mais como sacanagem do quehomenagem. As chamadas “versõespessoais” andam numa ruindadeconstrangedora. Mesmo nomes doprimeiro time da música brasileiraparecem ter perdido o senso de esté-tica e qualidade musical na hora degravar música alheia como releitura.O babado fica parecendo mera joga-da comercial. E quase sempre é...

OBVIEDADEA música popular é o retrato de umpaís... Um país é o retrato dos seuspolíticos... De onde se conclui quea coisa por aqui vai muito mal.

ROCK IN RIONeste ano, o maior festival de mú-sica do mundo completa 30 anosde existência. A cidade do Rio deJaneiro, matriz do Rock in Rio,será o palco das comemorações quejá começam a ser anunciadas. Oprojeto inicial é fazer um revivaldas principais atrações que partici-param das três décadas do evento.E mais uma vez, a pluralidade será atônica da festa.

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PLAY

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DANIELLI MARINHO | [email protected]

Este é o primeiro trabalhosolo de cantor, que assinaa autoria e a produção detodas as faixas, além degravar todos os instru-mentos e vozes no disco.Baladas, canções intimis-tas e a influência do rockpesado dos anos 70 e 90podem ser conferidas nos

arranjos. Reginaldo, que também é autor de diversas mú-sicas da banda Vanguart, gravou no Estúdio Inca, emCuiabá, tendo a ajuda e co-produçao de Thiago Marques.O disco, que é totalmente independente, traz cançõesque falam da vida, dos amores e a importância do que seencontra, ao invés daquilo que se perdeu.

NOSSO LUGARReginaldo Lincoln

Após cinco anos sem lan-çar um disco de inéditas,Claudio Zoli vem comum novo trabalho queconsidera ser um divisorde águas em sua carreira.Intitulado Amar Ama-

nhecer, o novo álbum é to-talmente inédito e auto-ral e revela o lado produ-

tor e arranjador musical do artista. O disco traz elemen-tos baseados nas raízes musicais de Zoli, que vão do soulao jazz, além de sua tradicional pegada dançante soul.Com inspirações românticas, o CD é embalado por deli-ciosas bossas e balanços. O artista, que encontrou essenovo caminho e novos acordes enquanto acertava a afi-nação do seu violão, diz que teve como inspiração o gran-de amor da sua vida. O resultado são faixas que remetemà celebração à natureza e ao amor correspondido.

AMAR AMANHECERClaudio Zoli

O álbum, que levou cin-co meses para a finaliza-ção, teve inspiração etranspiração em cada fra-se, cada movimento, emcada expressão contidaneste trabalho. Ao ladode seu inseparável par-ceiro Giggio e das poeti-sas Valéria Mindel e Car-

la Vercesi, Lulli compôs, arranjou e produziu esse beloálbum contendo 12 músicas inéditas em italiano.

LULLI CHIAROLulli Chiaro

O segundo álbum solodo cantor e compositorcarioca Pedro Sá Moraesé um trabalho construí-do com rigor estéticoraro, que convida o ou-vinte a viagens mais pro-fundas e transformado-ras. Fundamentado emconhecimento vasto da

tradição do samba e de outros gêneros essenciais damúsica brasileira, Além do Princípio do Prazer tem a me-lodia como soberana e conta com a excelência vocal dePedro, difícil de encontrar nas produções atuais. Masimpõe desafios singulares, avança com ousadia porinovações estruturais e sônicas, pensa e faz repensar acanção. E isso recompensa imensamente o ouvinte.Ivo Senra assina a produção musical do álbum, tocatodos os sintetizadores e é autor dos arranjos, que têmcontribuições de Pedro Sá Moraes.

ALÉM DO PRINCÍPIO DO PRAZERPedro Sá Moraes

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DANIELLI MARINHO | [email protected]

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os 40 anos que se passaram desdeque a Yamaha lançou seu primeiro

console para som ao vivo, a série PMvem sendo responsável por um impor-tante marco e reforço na história dasonorização, tendo em vista que muitasoutras inovações se tornaram ferramen-tas-padrão que hoje são essenciais aosprofissionais. Lançando uma nova gera-ção de consoles PM, a empresa apresentaa Rivege PM 10, o carro-chefe que pro-mete definir a direção das futuras gera-ções. Como herança do nome PM, oequipamento traz verdadeira inovaçãopara envolver a cena do som ao vivo.O ponto de partida ideal para a criati-vidade sonora é um som puro, como emuma reprodução natural. Esse conceitoé tão arraigado no apelo da Yamaha paraos designers das mixers que se tornouuma filosofia da empresa. Isso significaque o som produzido no palco tem queser precisamente captado. Só entãopode ser efetivamente “colorido” para oimpacto desejado. Claro que a mesmafilosofia é expressa na RIVAGE PM10.

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[email protected]

Fotos:Divulgação

A base de tudo está no desenvolvimen-to do design do novíssimo MicrofoneHíbrido Pré-amplificado, ou HybridMicrophone Preamplifier, com uma se-ção analógica que representa o conceitode Som Natural Yamaha na sua maisavançada forma. Na plataforma digital,o modelo envolvido de tecnologia digi-tal Yamaha VCM recria as característi-cas da Rupert Neve Designs e o proces-samento SILK para alcançar um sommusical e espacial extraordinário. O ca-nal EQ e os dinâmicos foram atua-lizados, oferecendo capacidade de ex-pansão para um controle de som bastan-te expressivo.Os plug-ins internos, que costumam darsuporte aos engenheiros de som criativos,também sofreram uma extraordináriaevolução, resultado de um esforço particu-lar da Yamaha e colaboração com outrosfabricantes. Adicionado ao novo modeloVCM dos aclamados EQ e unidadescompressoras dos 70 e 80 que foi desen-volvido junto com a Rupert Neve, a pri-meira colaboração com a TC Electronic

Neste novo console, aYamaha adicionou

mais recursos, maiorqualidade e

versatilidade para osom ao vivo.

Construído com osistema RIVAGE

PM10, ele pode serconfigurado de

forma flexível e éideal para atender às

exigências emqualquer aplicação.

REINVENTANDO

O SOM AO VIVOO SOM AO VIVO

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resultou na inclusão de dois ex-cepcionais processadores de re-verb. Uma extensa seleção de plug-ins, incluindo os tipos popularesdos consoles digitais da Yamaha, dáaos engenheiros as ferramentasnecessárias para criar um som per-feito em qualquer situação.Tudo foi programado para reprodu-zir e criar o som mais musical pos-sível. O RIVAGE PM10 é o produ-to de uma extensiva pesquisa edesign com objetivo de atender aum propósito: alcançar a mais altaqualidade sonora possível.O sistema RIVAGE PM10 temcomo característica um Estilo deOperação Híbrida, ou Hybrid O-peration Style, que leva os mais va-liosos aspectos dos consoles de mi-xagem digital da Yamaha para umnível refinado que dá aos enge-nheiros um controle expressivo,sem precedentes. O sistema con-

siste em uma superfície de contro-le, um ou dois mecanismos DSP,mais de oito racks I/O e pode teruma configuração flexível, de for-ma que cabe em aplicações de qual-quer escala e complexidade.

Outra novidade são os canais EQde 4 bandas paramétricas, e os ca-nais de saída, que são equipadoscom EQ de 8 bandas paramétri-cas, com 4 tipos de algoritmos que

incluem novas variações desen-volvidas. O algoritmo Precisetorna fácil acertar e controlarpontos específicos do EQ e oalgoritmo Aggressive foi dese-nhado para a maior parte das res-

postas musicais, enquanto o algo-ritmo Smooth oferece um con-trole natural e suave. Há ainda oLegacy, um algoritmo que dá umaresposta familiar nos equalizado-

O RIVAGE PM10 é o produto de uma

extensiva pesquisa e design com objetivo de

atender a um propósito: alcançar a mais

alta qualidade sonora

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res, padrão já conhecido nos consolesYamaha como PM1D e PM5D.

FILTRO OVERLAY

Para respostas rápidas e mudanças re-pentinas. Esta é a principal função doOverlay, outra novidade na caracterís-tica do console que pode expandir no-tavelmente o uso da memória da cena.Este filtro pode ser sobreposto em umamix que está sendo feita para aplicarcompensações nos níveis de fader e dasmandadas da matriz independentes dacena que foi “chamada”. Um exemplode como esse recurso pode ser útil équando ocorre algum imprevisto du-rante a apresentação, demandandoajustes de nível para o canal correspon-dente. Usando o filtro Overlay é possí-

Características da PM10

Capacidade de mixagem:

44.1/48/88.2/96 kHz

144 input channels

72 Mix buses, 36 Matrix buses

Stereo buses A and B (ou Mono bus)

Cue A/B, Monitor A/B

Controle de superfície (CS-R10)

Display: 15" touch panel x 2

Faders: 38 (12+12+12+2)

Custom Fader banks: 6 x 2 on each bay

User Defined keys: 12 x 4 banks

User Defined knobs: 4 x 4 banks

Touch and Turn knobs: 2

Analog I/O: 8 in / 8 out

Slot: 2 MY slots

AES/EBU: 4 in / 4 out (with SRC)

Ports: GPI (8 in / 8 out), Word Clock Out,

MIDI In/Out, 5 USB (1 for 2-track recording),

Video Out (DVI-D)

DSP Engine (DSP-R10)

Slot: 2 MY slots, 4 HY slots (TWINLANe, Dante)

Input Channel

A/B, Gain Compensation, Digital Gain, HPF,

LPF, 4-band PEQ, 2 Dynamics, Delay, 2

insert points (x4 daisy-chain), Direct Out

Output Channel

HPF, LPF, 8-band PEQ, Dynamics, Delay

(on channel and port), 2 insert points (x4

daisy-chain)

Memória de cenas

Número de cenas: 1000

Funções: Recall Safe, Focus Recall, Fade

Time, Preview, Overlay Filter, Isolate

Plug-ins

384 plug-in slots

45 types of plug-ins

Software

RIVAGE PM10 Editor (Windows)

vel fazer uma mudança relativa tempo-rária para aquele canal e logo em seguidarevertê-lo para o nível original.

DETALHES

BASTANTE CONVENCIONAIS

Os encoders principais do painel daRIVAGE PM10 são circundados poranéis em forma de ferradura que indicama cena atual. Esse tipo de formato foi de-senhado para proporcionar ótima visibi-lidade quando, por exemplo, os encoderssão vistos de cima. Uma pequena lâmpa-da foi colocada no painel frontal especifi-camente para iluminar um teclado emouse que possam ser colocados ali. Esseé outro pequeno detalhe que pode con-tribuir significativamente para melhorara performance da operação.

Os encodersprincipais do painelda RIVAGE PM10

são circundados poranéis em forma de

ferradura queindicam a cena

atual. Esse tipo deformato foi

desenhado paraproporcionar ótima

visibilidadequando, porexemplo, os

encoders são vistosde cima.

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o longo dos últimos 90 anos, a

Shure Incorporated desenvolveu efabricou diversos produtos inovadores

para o setor de áudio. No entanto, ne-nhum causou maior impacto nem foi

mais emblemático do que o microfoneUnidyne, que rendeu à companhia, em

janeiro de 2014, o Milestone Award,concedido pelo Institute of Electrical

and Electronic Engineers (IEEE) pelatecnologia Unidyne. Para marcar essa

conquista e comemorar o 75º aniversá-rio do desenvolvimento e da dispo-

nibilização do microfone Unidyne 55, a

A

[email protected]

Fotos: Divulgação

Shure decidiu colocar no mercado omodelo Unidyne de edição limitada:

Microfone dinâmico cardioide 5575LE.Nessa nova versão especial de aniversá-

rio para o icônico microfone, o 5575LEreproduz o desenho original, com as de-

vidas melhorias em durabilidade e qua-lidade de som. Um admirável passatem-

po para colecionadores, o 5575LE edi-ção limitada de série apresenta o ele-

mento cardioide Unidyne III atual, aclássica grelha externa grande, etiqueta

de época e fundição em zinco, com aca-bamento prateado no suporte de mesa.

UNIDYNEE L E V O LT O U !

Em comemoraçãoao 75º aniversário

do microfoneUnidyne, o

primeiro microfoneunidirecional

dinâmico deelemento único do

mundo, a Shuredecidiu trazer oequipamento de

volta, mas portempo determinado.

Page 35: Edição 242 - Janeiro 2015

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O microfone vem emum estojo em alumínio com o logotipo

do 75º aniversário e inclui duas fotosimpressas do Unidyne e um certifica-

do de autenticidade, apresentando um

tributo da presidente do conselho daShure, Rose L. Shure.

De acordo com Scott Sullivan, DiretorSênior de Gestão Global de Produtos

da Shure Incorporated, o Unidyne é omicrofone mais reconhecido do mun-

do, usado por incontáveis cantores,incluindo Elvis e Sinatra, bem como

por numerosos artistas contemporâ-neos. “O 5575 homenageia o amado e

clássico Unidyne 55, apresentando es-tética clássica e características de de-

sempenho para artistas e coleciona-dores”, acrescenta o executivo. Lan-

Para saber online

www.shure.com.br

Nessa nova versão especial de

aniversário para o icônico microfone, o

5575LE reproduz o desenho original, com as

devidas melhorias em durabilidade

çado em 1939, o Unidyne 55 foirapidamente adotado como o mi-

crofone escolhido para locução,discurso público, gravação e rá-

dios de duas vias. Conforme apopularidade do 55 crescia, ele

ganhou espaço em vários ambi-entes musicais que consolida-

riam seu legado e status icô-nico como “o microfone que

não precisa de nome”. Para aindústria da música, o Uni-

dyne 55 ofereceu controle demicrofonia e redução de ruí-

do ambiente. Nas mãos decantores profissionais e de

Chefes de Estado, o Uni-dyne 55 ficou conhecido

como uma presença cultu-ral familiar e um sinal de qualidade.

Seu design veio a simbolizar o quemuitos pensam quando ouvem a pa-

lavra “microfone”. O Microfone di-nâmico cardioide Unidyne 5575LE

edição limitada estará disponível em

fevereiro de 2015. Consulte seu dis-tribuidor para mais informações.

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FLORESTAsom que você escuta em Além do

princípio do prazer, segundo disco doguitarrista carioca Pedro Sá Moraes(Delira Música), não saiu de uma horapara outra, não. Durou seis meses degestação e, acima de tudo, muito pensa-mento, muitas reuniões e muita discus-são entre ele, o produtor Ivo Senra, obaterista Lucio Vieira e o técnico desom Roger Freret. “Eu e Ivo começamosa definir tudo em conjunto e, antes demais nada, pensamos numa unidade po-ético-sonora”, conta Pedro. O peso e osefeitos quase fantasmagóricos de guitar-

Ricardo Schott

[email protected]

Fotos: Tomás Rangel / Divulgação

ra em músicas como Alarido e Ela Verti-

gem surgiram da busca dos músicos e doprodutor pelas “fibras” de cada canção, epela procura por um som que mesclasserock, eletroacústica e sons eletrônicos.“Ouvimos com muita atenção discos deGilberto Gil, Bjork, Radiohead, SigurRos, coisa de pop experimental. E muitagente que faz a interface entre uma mú-sica mais ‘comum’ e a música eletrônica,mas não essa música eletrônica de pista.Algo mais ambiental”, conta, lembran-do que álbuns de música erudita do sécu-lo 20 também passaram pelos toca-dis-

O

FLORESTAD E E X P E R I M E N T A Ç Õ E S

Disco novo dePedro Sá Moraes

busca “fibras”musicais e usa o

estúdio como umgrande aliado.

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cos dos músicos. “Fomos planejan-do que as músicas saíssem da zonade conforto acústico, um pouco as-sociada à MPB. O Ivo teve umagrande contribuição nisso, porqueé um cara que produziu o últimodisco do Gabriel Moura e é forma-do em música pela UFRJ. Conheceos dois lados, da MPB mais pop edo som mais experimental”, fala.Os grooves de músicas como Ahora da estrela, Não quer que o mun-

do mude, Pra nós e outras foram to-dos inventados, sem seguir pa-drões. “Não tem nada pronto nodisco, tipo ‘isso é um blues’, ‘isso éum samba’. Fomos deixando tudoimplícito em vez de explicitar ogroove. Em A hora da estrela, temuma mistura de funk e maculelêque só se revela depois de uns doisminutos”, ressalta. Para intensificar essa ideia de som“esculpido”, Ivo fez todos os baixosdo disco no sintetizador. “A ideia eramexer nos parâmetros. Nada contrao som do baixo”, diz, rindo. “Masqueríamos um som que não fosse pe-culiar, que não fosse exatamenteigual ao som do instrumento”,acrescenta. A inspiração para brin-car com o instrumento nosintetizador veio, em se tra-tando do experimentalismode Pedro, até de onde menosse espera. “Nos inspiramosbastante em coisas da Ma-donna, em Toxic, da Britney,sabia?”, espanta. “Eunuco

tem um baixo synth dobran-do com piano, e um baixocom bumbo, que nos remetea canções como essas”.No encarte, diz que Ivo faz“intervenções eletroacús-ticas”. Uma verdadeira mis-tura de ruídos de vozes e deinstrumentos aguarda quemescutar o disco com fonesde ouvido. “Tem vozes eguitarras arranhadas emalgumas músicas. Muita

coisa que o Ivo pegou de um bancode ruídos. Não tem nada samplea-do pela gente, mas usamos isso. EmAlarido, que abre o disco, tem umacolagem que vai do começo ao fim

da faixa e que une uns ruídos meioangustiados de guitarra, com unhanas cordas. Em A hora da estrela,misturamos guitarra e uns baru-lhos de copo quebrando, além dediversos ambientes sonoros. Aideia era remeter ao atropelamen-to da Macabeia, no fim do livro demesmo nome, da Clarice Lispec-tor”, conta. “E em muitos momen-tos, a guitarra é uma floresta deplug-ins. Ligamos a guitarra numpré-amplificador transistorizado e

fomos construindo timbres emcima”, comenta. Na guitarra, Pedrousa módulos de delay da PC Elec-tronics, pedais como Cry Baby e, sóum pouco, pedal de distorção - ape-

sar de preferir a distorção pura esimples do amplificador mesmo.Entre as guitarras que usou, umaGibson SG e uma Fender.O repertório de Além do Princípio

do Prazer (cujo conceito foi cons-truído em torno da obra do psica-nalista Sigmund Freud e seu livrode mesmo nome) foi composto porPedro com amigos como ThiagoAmud, João Cavalcanti (Casua-rina) e o próprio Ivo Senra - algunsdeles pertencentes ao Coletivo

Chama, de compositores. Efoi tudo mixado num estú-dio que Pedro já consideravao ideal para terminar o dis-co: o Sterling Sound, emNova York. “Fizemos com oJoe LaPorta, que trabalhoucom a Bjork. Não pudemosir até lá e ficamos com certomedo: ‘caraca, será que ele vaientender o que a gente estáfazendo?””, brinca. “Mas deutudo certo”.Com o disco pronto, a i-deia é apresentá-lo por aí evoltar a Nova York, ondePedro chegou a fazer showscom sua banda. “Passamospor alguns estados ameri-canos e foi bem legal”, re-corda o músico.

Fomos planejando que as músicas

saíssem da zona de conforto acústico, um

pouco associada à MPB. O Ivo teve uma

grande contribuição nisso... (Pedro)

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ntes de colocar para rodar por aí oprojeto Playing For Change (que reú-

ne artistas de rua de todo o mundo, aolado de figurões, e acabar de lançar o CDPlaying For Change 3 - Songs around the

world) o americano Mark Johnson eraengenheiro de gravação no histórico es-túdio novaiorquino Hit Factory.Um dia, no caminho para o trabalho,no fim dos anos 90, desceu até o metrôe viu que a estação estava mais cheia

Ricardo Schott

[email protected]

Fotos: Divulgação

do que de costume. O motivo da su-perlotação era um show realizado pordois monges, um deles tocando violão,que emocionava a todos. Foi aí queMark, então um sujeito premiado comGrammies e com anos e anos de expe-riência em estúdios, percebeu - comoele mesmo costuma dizer - que a me-lhor música poderia estar fora do estú-dio, pelas ruas, em vez de estar fechadaentre quatro paredes.

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MÚSICAMÚSICADE RUA

Projeto ‘PlayingFor Change’

capta músicos empraça pública

com qualidade deestúdio.

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“O Playing For Change veio da ideiade que podemos construir um futuromelhor para todos. Mas isso se todosnós trabalharmos juntos e criarmosinspiração e esperança. A música é amelhor ferramenta para juntar gentee curar países, culturas e corações fe-ridos. Começamos tudo com umcara tocando Stand by me (de Ben E.King) na guitarra e isso virou ummovimento de integração mundialatravés da música, com um coração euma canção”, diz Mark com exclusi-vidade à Backstage.O projeto começou em 2002 comMark e seu parceiro Whitney Kro-enke viajando todo o mundo e gra-vando vários artistas, com câmerase equipamento de gravação portá-teis. Quando viu o artista de ruacaliforniano Roger Ridley cantan-do Stand by me, em 2004, ficou tãoimpressionado com sua voz que

decidiu gravar vários artistas derua, inclusive Ridley, cantando amúsica. O clipe da canção (aquelamesma que foi sucesso com JohnLennon nos anos 70) já teve maisde 65 milhões de views.Os CDs e DVDs do PFC (que temtambém uma banda com algunsdos músicos já aproveitados noprojeto, e que se apresentou re-centemente no Brasil) envolvemum trabalho todo especial, comcaptação de sons em estúdio e nasruas. Mark usa amigos que são ver-dadeiros “magos do áudio”, comocostuma chamar. Um deles é Mi-ckey Houlihan, que está no PFCdesde o comecinho. Como sãocâmeras e equipamentos de grava-ção portáteis, a equipe usa umjogo de baterias recarregáveis fei-to especialmente para ela. Não énecessário plugar nada.

“Quando comecei, usava bateriasda marca Golf Cart. E eventual-mente, baterias de carro. O equi-pamento era muito pesado. Hoje épossível usar equipamentos míni-mos para simular na rua a altíssimaqualidade de um bom estúdio”, diz.Hoje Mark usa um preamp da Gra-ce Design feito especialmente parao projeto, um conversor de 8 ca-nais da Apogee, um Pro Tools LEcom seis canais (dois digitais equatro analógicos). “Os microfo-nes são importantíssimos”, contaMark, que ainda mantém a micro-fonação da época em que gravouem estúdio com o cantor PaulSimon, com microfones da marcaSchoeps. E diz que o mais legal detodo o processo é o aprendizado. “Aprendemos como gravar e cap-tar performances inspiradas, comodeixar o microfone perto o sufici-ente para captar tudo e longe o su-ficiente dos sons mais altos. A basedo projeto está no conforto domúsico enquanto toca, já que es-ses artistas estão nas ruas fazendoo que querem”, contou à revistaamericana TapeOP.À Backstage, Mark falou que atrupe do Playing For Change jáveio ao Brasil algumas vezes paraconhecer músicos de rua e agre-gou brasucas a seus discos e DVDs.“O disco novo tem músicos de ruade Belo Horizonte (MG) partici-pando, ao lado de artistas de mais32 países. E de nomes grandescomo Keith Richards (RollingStones), Los Lobos e Sara Ba-reilles”, conta. “Amo ouvir a mú-sica de cada país quando viajo. Eouvir músicos de rua é uma ma-neira boa de entender a músicade diferentes lugares do mundo.Eles oferecem a qualquer um queestá passando pelas ruas a chancede ouvir boa música. E na rua nãotem filtro, é música pura diretodo coração de quem toca até opúblico”, assegura.Mark Johnson no Congo

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C O U N T R Y

maior festival de música sertanejado Brasil, o Caldas Country Show,

em sua 9ª edição, contou com 26 atra-ções em 30 horas de muito sertanejo,animando um total de 40 mil pessoasnos dois dias. Dentre as atrações Jorge& Mateus, Henrique & Juliano, Hum-berto & Ronaldo, Chitãozinho & Xo-roró, Milionário & José Rico, Luan San-tana, Cristiano Araújo, Gustavo Lima,Gabriel Gava, Bell Marques e Tomateno trio e muito mais. O mestre de ceri-mônia foi nada mais nada menos que

Sara Montalvão

[email protected]

Fotos: Agência Kah / Divulgação

O

ASSUME NOVO LAYOUTum dos maiores locutores de rodeio dopaís, Cuiabano Lima, que há alguns anossabe colocar essa galera “no 12”. As tendas-galpão da empresa PaulistaFeeling Eventos foram novidade e uti-lizadas na área dos camarotes com PARLEDs que, somados, contribuíram paraum conceito moderno para o evento.Os painéis de LED com 14 metros dealtura deixaram a galera bem pertinhodo seu artista favorito e ninguém per-deu nada do que rolou nos dois dias defesta. Além disso, outra novidade foi

Foram dois dias demuita agitação noparaíso das águas

termais, no coração doBrasil. A cidade de

Caldas Novas, municípiode Goiás, que acolhe os

apaixonados pelamúsica sertaneja, já tem

em novembro duasprincipais datas no

calendário da cidade,ganhando até do

Réveillon.

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no camarote Prime, que este anocontou com uma boate exclusivacom DJ’s utilizando o sistema so-noro FZ Áudio da Pazini. “O sis-tema sonoro utilizado no ExtraVip também foi FZ Audio com odobro de material e de potência.”,explicou Elizon Soares de Souza –gerente de som da Pazini.

A responsável pelagigantesca estrutura do festivaltambém é a empresa Pazini,que também ficou a cargo dasonorização do evento. Esteano o sistema de PA contoucom o dobro de potência e cai-xas do ano passado, sendo 50caixas EAW 760, amplifica-ção Lab.gruppen das sériesFP6400 e FP10000. “Na hou-se mix usamos os consolesVenue D-Show, Profile e Ya-maha PM5D RH”, enumeraElizon, acrescentando que aconfiguração do sistema deline array foi feita em 4 li-

nhas, center e outfill. De acordocom o gerente de som, este ano nãohouve necessidade de usar as tor-res de delay dentro dos camarotesem frente. Na StageMix foram usa-dos 2 Yamaha PM5D RH, 1 Profile,com os Backline sendo usados deacordo com o Rider de cada banda.A sonorização foi aprovada por um

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dos mais respeitados técnicos de PA doBrasil, Nilson Grécio, o “Circuiti”, PAdo Chitãozinho & Xororó: “utilizamosuma Yamaha PM5D RH da Pazini. Usoa Yamaha faz quase 30 anos e é um equi-pamento muito bom, o som está muito

bem distribuído no local, todos no recin-to irão ouvir bem, porque tem os Outfillmontados nas laterais, com certeza vaiser bacana”, afirmou, comentando que oshow de uma das duplas mais esperadasdo evento chama-se Do tamanho do nosso

amor, uma turnê que vem sendo apresen-tada na estrada ao longo do ano. “Comono ano passado começamos a turnê bemaqui, algumas músicas novas irão sertocadas, mas o show basicamente é omesmo”, ressaltou.Cleiyver Rossi, técnico de PA da duplaMilionário & José Rico, que usou uma D-Show da Pazini, comentou que além de tergostado de usar o console, também gostou

Robson - técnico de PA de Henrique & Juliano

Anderson Butão - técnico de PA do Gustavo LimaCircuit, PA do Chitaozinho & Xoxoró

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Vista geral da arena onde aconteceu o Caldas Country

Uso a Yamaha fazquase 30 anos e éum equipamento

muito bom, o somestá muito bem

distribuído no local,todos no recinto irão

ouvir bem, porquetem os Outfillmontados nas

laterais... (Circuit)

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Lista de equipamentos

Lista de equipamentos de iluminação:

40 - Nick NRG 1201 – DTS

24 - Raptor - DTS

25 - X-5 Strobo - SGM

24 - Beam 3000 - DTS

20 - Nick 600 - DTS

24 - Spot MMX 800 - ROBE

16 - Ribaltas P-5 - SGM

10 - Delta 10 Arquitetural - DTS

80 - Mini Brutt - HPL

88 - PAR LED RGBW 3w - New Led

01 - Grand MA Light 2

01 - Grand MA Ultra Light 2

01 - On PC Wing - MA

01 - NPU - MA

02 - 08 Port Node - MA

02 - 02 Port Node - MA

01 - Sistema Fiber Fox House Mix /Palco

Todo o Sistema de Comunicação hou-

se mix/palco e plateia foram via fibra

ótica e rede, sendo usados um total de

16 universos DMX, palco e plateia, e

toda a iluminação interna do evento foi

controlada pelo sistema MA, conjuga-

do com o palco.

80 - MOVIE LIGHT

150 - PAR LED

200 - SET LIGHT

80 - LUMENCO 400

50 - LUMENCO 2000

180 - LAMPADAS PAR 64

COLO BEAM 700 – ROBE

MH3 BEAM RUSH – MARTIN

XR9 – DTS

XR8 – DTS

COLOR BEAM 700 (fabricante Robe )

MH3 BEAM RUSH (fabricante Martin)

XR9 SPT (fabricate dts)

XR8 WASHE (fabricante dts)

Lista de equipamentos de sonorização:

Sistema de PA:

50 caixas EAW 760

Amplificação Lab.gruppen das series FP

6400 e FP 10000

Consoles:

Venue D-Show, Profile e Yamaha PM 5D

04 Controladores de Sistema Linea mode-

lo LNR 26, 02 EAW UX 8800

Sistema de Palco (Monitor)

06 KF 850

06 SUB 850

02 SUB Drums 850

Amplificação Crest Audio

02 controladores de Sistema XTA DP224

02 consoles Yamaha PM 5D

01 Venue Profile

20 Monitor Spot EAW SM 400

Backline

06 Mic Shure UR4D+

05 Mic Sennheiser EW 500 G3

02 AMP - Marshall JCM 900

03 Amp - Fender Twin Reverb

02Amp - Ampeg SVT PRO

02 Amp - Gk 800

50 Pantograficas

02 Baterias Pearl completas

Sistema de sonorização do Camarote

Prime: FZ áudio

Sistema de som do Camarote Extra Vip:

30 Caixas J 08A FZ

10 Caixas J 212A FZ

20 Caixas Sub 218A FZ

04 Monitor Spots EAW SM 400

04 CDJ Pioneer 2000

02 Mixer Pionner DJM 900 Nexus Limitend

01 Console Soundcraft 32 Si Expression

Console de PA usada na house mix

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do sistema de PA do evento. JulianoRangel, técnico de PA do Luan Santana,reforçou que a empresa locadora sempre oatendeu bem. “Hoje, inclusive, com umequipamento bem legal. O show do Luané um show diferenciado no meio do serta-nejo universitário e aqui, por ser um festi-val, não dá para mostrar muita coisa, émais mesmo o repertório que ele vem fa-zendo durante a turnê, alguns painéis,efeitos”, acrescentou.

ILUMINADORESGANHARAM ESTÚDIOA Pazini também foi responsável pelailuminação geral junto com a empresagoiana Back Light que fez um grandetrabalho. Outra novidade foi que todaa estrutura de iluminação foi controla-da de um único local. “Com um sistemaGrandMA2, gerenciado via cabos de fi-bra ótica. Estamos com dois consoles,um GrandMA2, 1 light e 1 ultralight,mais uma Onepcwing, 2 8port node, 1NPU”, falou Uerique Costa, um dosresponsáveis técnicos.Segundo Robson, técnico de luz do Suces-so das Galáxias, que se apresentou pelaprimeira vez no Caldas Country, “estavatudo perfeito, tudo que eu precisei estavalá, bastante movies, muitos aparelhos.Esta mesa tem todo suporte que o técnico

Equipe da Pazini

Equipe de som da Pazini

Elison, gerente de som, e Pardal (à direita)

Marcelo Félix (PA) e Ivan Moura (LD) - Jorge & Mateus

Com um sistemaGrandMA2,

gerenciado viacabos de fibra

ótica. Estamos comdois consoles, um

GrandMA2, 1 lighte 1 ultralight,

mais umaOnepcwing,

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de luz precisa, nos dá muita precisão. Sevocê quer um efeito, ou qualquer outracoisa, ela te dá resposta rápida”, avalia.Os critérios para o mapa de palco fo-ram obedecendo os projetos que asbandas já utilizam em estrada e turnês.“A gente se baseia numa quantidadede aparelhos que seja dentro do queeles já usam no seu dia a dia, até parafacilitar, porque a maioria já viaja como sistema MA, então o técnico chega epraticamente já tem 80% ali pronto”,comenta Uerique Costa.

UMA DÉCADA DE FESTIVAL“O maior desafio deste ano foi na par-te de cenografia. Foram usados os pa-inéis P6 e P10 a 7, layout novo para ofestival, com a iluminação utilizandoa grandMA2. Também foi montadoum estúdio para os iluminadores. En-tão o desafio foi montar este projeto

de uma forma que atendesse a todosos artistas e equipes da melhor ma-neira possível”, expõe CristianoMartins, sócio-proprietário da Par-ceria Produz de BH.O evento, que superou a expectativa depúblico, que era de 30 mil pessoas paraos dois dias, confirma a data como umadas principais para a cidade de CaldasNovas, uma cidade turística, hoje com oquinto maior número de leitos do Bra-sil, posicionada em uma faixa econômi-ca muito importante no País. “Hoje adata do Caldas Country é mais forteaté que o Réveillon, que era a datamais forte quando o festival se iniciou.E esta é uma data complicada, 15 denovembro, que é final de ano e já temmuita chuva. Conseguimos fazer nessadata um período forte no ano. E a cida-de se movimenta em todos os senti-dos, abrangendo todos os segmentosde comércio local”, relembra Cristia-no. Ano que vem serão 10 anos deCaldas Country Show e, segundo oproprietário da Parceria Produz, jáestá sendo montando o projeto 2015,em cima da nova formatação que foiapresentada em 2014. A intenção émodernizar mais, trazer um layoutinovador para comemorar uma décadade Caldas Country.

Estrutura & Luz

House de iluminação do Caldas Country - sistema grandMA

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tuando no segmento de proteçãopatrimonial, aceitou o desafio de

criar soluções que auxiliem as pessoas ase sentirem mais seguras, principal-mente frente ao aumento da crimi-nalidade nas grandes metrópoles. Nomercado de comunicação, seu senso cri-ativo busca atender não apenas quemtransmite uma mensagem, mas tambémtodo aquele que a recebe. Já no mercadode áudio profissional, a TOA faz uso detoda a sua expertise para oferecer solu-ções tecnológicas que atendam com ex-celência seus clientes, independente do

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local que receberá seus equipamentos.Combinando experiências obtidas nes-sas três áreas de atuação, novas possibi-lidades foram naturalmente surgindo ea inovação se tornou regra na empresa.O resultado? O reconhecimento quelhe tornou presença certa em grandesempreendimentos como no AeroportoInternacional de Tóquio (um dos maismovimentados do mundo na atualida-de), no Estádio Nacional de Beijing(popularmente conhecido como “ONinho de Pássaro”), construído para asOlimpíadas e Paraolimpíadas de 2008,realizadas na China, e no Tietê PlazaShopping, em São Paulo.Buscando sempre trabalhar com respeito,tanto para com as pessoas quanto para

Luciano Freitas é técnico

de áudio da Pro Studio

americana com forma-

ção em ‘full mastering’

DO JAPÃO PARA O MUNDO!TOA:TOA:

Presente no Brasil há mais de dez anos, porémpouco conhecida por aqui, a japonesa TOA(pronunciam-se as letras individualmente),

tradicional fabricante de áudio profissional,comunicação e equipamentos de proteção

patrimonial, alicerçou seus valores institucionais notripé “Segurança, Confiabilidade e Emoção”.

M-9000 M2 - Mixer Modular

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com o meio ambiente, a TOA obte-ve as certificações internacionaisISO 9001 e ISO 14001, que reconhe-cem os padrões de qualidade e geren-ciamento sustentável adotados emseus processos construtivos.Mais que equipamentos, o lema daempresa é oferecer bom som, e paraisso coloca no mercado brasileirouma linha de produtos que temtudo para agradar nossosprofissionais mais exigen-tes. Conheça alguns dessesprodutos, os quais mere-cem certamente nossosolhares mais atentos:

M-9000M2: um mixerdigital versátil que permi-te ao usuário customizá-loconforme as suas necessi-dades por meio de mó-dulos opcionais instala-dos no seu painel traseiro.Cada um desses módulos,além de possibilitar a en-trada e a saída de áudio noequipamento (expansívelaté 8 x 8 canais simultâne-os), adiciona a ele um con-junto de ferramentas (pro-cessadores) de áudio, entreelas equalizadores paramé-tricos de 10 bandas, filtrosde passagem de altas e baixasfrequências (HPF e LPF), proces-sadores de dinâmica (compressor egate), loudness (reforço de determi-nadas frequências quando o equi-pamento está produzindo baixosníveis de sinal nas saídas) e delay

(permite o alinhamento do tempode projeção sonora no sistema de

caixas acústicas). Toda a configu-ração do equipamento (níveis desinal, endereçamento de canais eparâmetros das ferramentas deáudio) pode ser salva em uma dassuas memórias de cena (32 alo-cações disponíveis) para rápida re-cuperação de complexos ajustes.Além das memórias de cena, o usuá-rio conta com as memórias de pagi-

nação (32 alocações disponíveis),pelas quais é possível definir dife-rentes níveis de prioridade paracada canal de entrada, fazendocom que canais com baixo nível deprioridade sejam automaticamenteatenuados quando detectada a pre-sença de sinal nos canais com alto

DA-550F

HX5B - Line Array

nível de prioridade (ducking effect,

permitindo ainda ajustes comple-mentares nos canais com o mesmonível de prioridade). Ainda no que-sito “mixagem semiautomática”,duas outras funções do equipa-mento merecem destaque: a NOM(Number of Open Microphones),que atenua o volume (SPL) geralquando certo número de microfo-nes encontra-se ativos simulta-

neamente (auxilia no contro-le de possíveis microfonias),e a possibilidade de controledo volume geral de uma de-terminada saída tendo co-mo referência o ruído defundo do ambiente sonori-zado (requer o microfoneAN-9001 e o módulo AN-001T instalados no equipa-mento). Para o total con-trole do M-9000M2, seu fa-bricante disponibiliza aousuário um aplicativo (soft-ware para ser instalado emum computador) capaz deacessar remotamente todasas suas funções, além de umalinha com 7 diferentes mo-delos de controladores ex-ternos (até 20 podem operar

simultaneamente quando ins-talado o módulo RC-001T) e acompatibilidade com controlado-res das empresas Crestron e AMX.Para quem necessita de uma opçãocom amplificador incluso, a em-presa TOA oferece a linha A-9000M2, com todas as funcionali-dades do M-9000M2 em versõescom saídas amplificadas de 60, 120e 240 watts de potência.

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DA-550F: amplificador digital classeD, com 4 canais totalmente indepen-dentes, cada qual com sua fonte de ali-mentação individual, (garante desem-penho contínuo e confiável) oferecen-do 500 watts em cada um destes canais.O equipamento opera com eficiênciade 85%, consumindo quase um terço amenos de energia quando comparadoaos amplificadores analógicos conven-cionais. Fabricado com gabinete com-pacto e leve (duas unidades padrãorack EIA, pesando apenas 9 kg), seusistema de dissipação de calor permitea montagem de até cinco unidades semque haja a necessidade de espaços aber-tos para ventilação entre as mesmas. HX-5: sistema de caixas acústicas LineArray projetado para minimizar asanomalias de locais altamente rever-berantes, melhorando a inteligibili-dade sonora, seja em ambientes inter-nos ou externos. Montado em um gabi-nete de polipropileno com 4 trans-dutores de 5” para graves e 12 trans-dutores para agudos (tweeters), pro-porcionando 600 watts de programa-ção contínua (sensibilidade de 99dB),o produto oferece 4 diferentes ângulosde dispersão (15º, 30º, 45º e 60º) alte-rados manualmente e pode ser instala-

do na parede, no teto (vertical ou hori-zontalmente), ou mesmo em pedestais.Sua resposta de frequências vai de70Hz a 20KHz (-10dB) e se estende até40Hz quando usado em conjunto como subwoofer FB-120B.

SR-H3L e SR-H3S: outro sistema decaixas acústicas no formato Line Array,porém em uma versão bem mais compac-ta (em formato de coluna), com 16transdutores (2,8”) instalados vertical-mente em dois diferentes ângulos (5º e15º), minimizando a diferença de volu-me (SPL) entre as áreas a ela mais próxi-mas e as mais distantes (garante um cam-po sonoro mais uniforme). São altamen-te recomendadas para locais com super-fícies interiores altamente refletivas,como centros de conferências, salas deespetáculos e igrejas, tendo em vista suadispersão sonora ser focada, reduzindo asreflexões no teto e nas paredes do ambi-ente. Produzida em dois diferentes mo-delos (SR-H3L e SR-H3S, sendo estaangulada em 20º), o produto cobre o es-pectro sonoro entre 90Hz a 17KHz (SR-H3S), entregando 360 watts de energiasonora contínua.

SRH3S - Line Array emFormato de Coluna

Para saber online

[email protected]

ZM9014- Controlador para M-9000M2

D001-T - Módulopara M-9000M2

A-9060M - Mixer Modular Amplificado

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amos começar pelo que é mais evi-dente neste upgrade: a sensação de

grata surpresa com as novas tecnologiasimplementadas. Como é bom ver o quea nova versão traz de novidade. Já recebie-mails e telefonemas com comentáriose dúvidas. Somos todos “fofoqueirostecnológicos”! Graças a Deus! Vou co-meçar a listar estes novos recursos deuma forma geral e posteriormente tere-mos tutoriais específicos. Por ser muitacoisa precisarei de duas edições paracumprir o ritual de uma forma interes-sante. Começaremos neste número eseguimos na próxima edição com a se-

V

Olá amigos,Nesta edição minha intenção era seguir com mais

um tutorial sobre LOOP MUSIC no Cubase. Mas eisque no dia 4 de dezembro foi lançado o CUBASE PRO

8. Como reza a nossa tradição na Backstage desde oCubase 5, eu paro nossos “seriados de tutoriais” para

noticiar as novas versões em primeira mão.Entonces: Que viva la tradición!

Marcello Dalla é

engenheiro, produtor

musical e instrutor

A E V O L U Ç Ã OCUBASE PRO 8CUBASE PRO 8

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gunda parte da análise. Vou anexar aos itens o link decada vídeo da Steinberg.Novo engine – O processamento do Cubase 8 foiredesenhado. Na verdade deriva-se da implementaçãodo Nuendo 6.5 com base no AsioGuard 2 que otimiza ofuncionamento do driver ASIO enquanto executa asrotinas de soma dos canais, de gerenciamento do funci-onamento, de alocação de mídias, de processamento deplug-ins etc. Maior eficiência, utilizando plenamente opotencial do processamento em 64 bits. Todo oprocessamento é beneficiado pela nova implemen-tação. A figura 01 mostra um diagrama comparativo.Os projetos com muitos canais chegam a abrir 4 vezesmais rápido que na versão 7.5. Os mixers chegam aabrir duas vezes mais rápido em sessões grandes.

VCA Faders – Podemos controlar vá-rios faders através de um fader linkadoque não é um group channel. O VCAFader não é um canal com rotea-mento, ele é apenas um fader de con-trole remoto que aparece no mixer co-mandando os canais que determina-mos. Isso abre muitas possibilidades desubmixes. Por exemplo, se temos umVCA Fader comandando os canais dabateria, podemos ajustar o volume de

todo o instrumento com apenas 1 fader. Ok, até o mo-mento fazíamos isso usando a função link e o groupchannel. O que o VCA fader permite é justamente umcontrole mais direto e intuitivo disso. Ao mesmo tempopodemos aplicar e editar automações diretamente noVCA Fader. Uma das vantagens de controlar assim assubmixes é que não corremos o risco de mudar a relaçãode dinâmica entre canais e seus compressores pre e postfader. As relações permanecem as mesmas e o resultadofinal é de fato ajuste apenas de volume sem mudanças detimbre. A figura 02 mostra o VCA Fader. Assistam napágina: http://www.steinberg.net/en/products/cubase/start.html video VCA Faders, wave meters.

RENDER IN PLACE - Aí está uma função que émuito bem-vinda. Aliás, eu mesmo esperava por eladesde o Cubase 7. Precisamos a todo momento gerararquivos parciais vindos de submixes, instrumentosvirtuais, clips processados etc. Com o Render in Placeconseguimos gerar o áudio resultante de um canal oude um clip (bounce) com os plug-ins insertados atu-ando ou não. O canal pode ser de áudio ou de MIDI. Eainda fica à nossa escolha exportar trechos, eventosou canais inteiros. Há muitas formas de usar o Renderin Place. Além de renderizar o arquivo selecionadocom os equalizadores e demais plug-ins do própriocanal, temos a opção de renderizar também com osefeitos no bus master (bus stereo). Esta função é exce-lente quando estamos utilizando instrumentos virtu-ais muito pesados como orquestrações virtuais.Renderizando os trechos MIDI já finalizados, econo-mizamos processamento e liberamos a máquina paratrabalhar trechos adicionais.

As figuras 03 e 04 mostram os menus do Render inPlace e suas opções. O vídeo da Steinberg é o “Renderin Place” em http://www.steinberg.net/en/products/cubase/start.html

WAVEMETERS NO MIXER – Mais uma imple-mentação herdada do Nuendo 6. É de uma prati-cidade absurda este recurso. O fato de observarmosas waves no próprio mixer, reúne num só ambiente

Figura 01 - Gráfico comparativo entre o processamento do Cubase 7,5 e 8

Figura 02 - VCA fader

Figura 03 - Render in place

Figura 04 - Render in place

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visual referências importantíssimas nahora da mixgem. A figura 05 mostra oWavemeter. A linha central do meterreflete o cursor na timeline, na posiçãoda música. As waves se deslocam debaixo para cima percorrendo a tela. Vi-sualmente já referenciamos as waves aseus respectivos canais. O vídeo é omesmo VCA Faders, Wavemeters porvolta de 5 minutos 53 segundos http://www.steinberg.net/en/products/cu-base/start.html

GERENCIAMENTO DOS WORK-SPACES E NOVA JANELA DOSVSTs – Agora podemos gerenciar nossosworkspaces e janelas avulsas de uma forma

extremamente intuitiva. Os componentesvisuais de um projeto podem ser colocadosna barra de tarefas como se fossem apli-cativos diferentes com seus respectivosícones. Podemos acessá-los a qualquer mo-mento, e customizar e nomear os work-spaces se tornou mais prático e rápido. Ovídeo New Windows layouts, workspacesem http://www.steinberg.net/en/products/cubase/start.html mostra esses recursos.A janela dos VSTs ganhou mais espaçona janela principal de projeto facilitan-do o gerenciamento e programação dosinstrumentos virtuais. A figura 07 mos-tra como ficou a janela dos VSTs divi-dindo em abas com o Media Bay. O aces-so ao Media Bay ficou mais rápido. Po-

Figura 05 - Wavemeters

Figura 06 - Workspaces e nova janela de VSTs | Figura 07 - Janela de VSTs e aba Media Bay

Os componentesvisuais de um

projeto podem sercolocados na

barra de tarefascomo se fossem

aplicativosdiferentes com

seus respectivosícones. Podemos

acessá-los aqualquer

momento, ecustomizar e

nomear osworkspaces se

tornou maisprático e rápido.

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Para saber online

[email protected]

www.ateliedosom.com.brFacebook: ateliedosom | Twitter:@ateliedosom

demos acessar as livrarias de tim-bres e VST presets diretamentedele e jogar no projeto. Os mecanis-mos de procura de todos os arquivosestão mais poderosos em seus meta-dados e referências.

AUTOMAÇÃO COMPLETA EGERENCIAMENTO DE “VIR-GIN TERRITORY” – E tem maisNuendo 6 dentro do Cubase 8. Apoderosíssima automação do Nuen-do, que utilizamos ostensivamenteem mixagens de filme veio imple-mentada no Cubase 8 para utilizar-mos em música. De agora em diante,pontos de descontinuidade ou de“vazios” de automação (virginterritory) podem ser trabalhadosmais organizadamente. Músicaslongas, peças eruditas, trilhas so-

noras, shows ao vivo gravadosinteiros, enfim coisas de longaduração com automação com-plexa ganham mais recursos. Asfiguras 08 e 09 mostram os pai-néis da nova automação.No próximo artigo seguiremoscom os novos instrumentos virtu-ais, novos e poderosos plug-ins,novas livrarias e mais recursosdesta usina de produção e criaçãomusical chamada Cubase Pro 8.NOTA: Estejam atentos ao CO-NAPROM. Visitem a página http://www.conaprom.com.br/marcello-dalla e me escrevam caso precisemde mais informações. Forte abraço eaté a próxima !

Figura 08 - Virgin terriories automation

Figura 09 - Virgin territories

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á sabemos como acessar a automa-ção e criar os pontos de automação

de acordo com nossa necessidade. NaFigura 1, podemos notar que a trilha 5intitulada Lead possui alguns parâ-metros automatizados. Para acionar oufechar a visualização de todos os parâ-metros que estão automatizados, bastaclicar no triângulo, conforme a Figura 2.Neste caso, especificamente estou usan-do um sintetizador virtual (Massive, da

J Native Instruments) e automatizei umdos parâmetros (Auto Filter) e duasmandadas (Reverb e Delay). Para in-cluir um novo parâmetro a ser auto-matizado, basta clicar no símbolo +,conforme Figura 3, e para excluir, clicarno símbolo X, os quais aparecem emcada uma das trilhas de automação, pas-sando o mouse pela região indicada.Depois de incluir uma trilha de auto-mação, basta seguir os passos para incluir

XLOGIC PROVera Medina é produtora, cantora,

compositora e professora de canto e

produção de áudio

APERFEIÇOANDO A TÉCNICA E CONHECENDO

AUTOMAÇÃON O VA S F U N Ç Õ E S N ONa edição anterior

falamos dosaspectos básicos de

automaçãoaplicada às trilhas

de um projeto. Aautomação permite

incluir maiordinâmica a umprojeto, seja em

termos de volume,balanço (pan) em

trilhas, assim comoaplicação de efeitos

sofisticados eautomação deparâmetros de

softwares virtuais.Ela pode ser

aplicada em váriosestágios de uma

produção, porém,geralmente é

ajustada na fase demixagem.

Figura 1

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os pontos de automação (conformeexplicado na edição anterior). É possí-vel incluir tantas trilhas de auto-mação quanto forem necessárias paraseu projeto, possibilitando a auto-mação simultânea de vários parâ-metros. Você pode reordenar as trilhasde automação, bastando clicar sobre aárea do parâmetro até aparecer umamãozinha e arrastar a trilha para a or-

dem desejada, conforme a Figura 4.Para dar zoom numa trilha deautomação, clique na área doparâmetro do lado direito entre alinha que separa uma trilha daoutra até que apareça uma se-tinha e a mensagem “IndividualTrack Zoom: valor”, conforme aFigura 5. Basta arrastar para cimaou para baixo para definir o zoomdesejado. Geralmente, para ma-nipular de forma precisa os pon-tos de controle, o zoom auxiliana execução desta tarefa.

Como já mencionamos, para geraras alterações nos parâmetros sãoadicionados pontos de controlenuma curva de automação. Estespontos são ajustados movendo-os para cima ou para baixo, es-querda ou direita. É possível veros valores numéricos atribuídosao realizar as alterações, bastaacompanhar na barra Transport.Uma forma prática de inserir doispontos de controle numa região éutilizar a ferramenta Marqueepara definir a região e depoisclicar uma vez sobre esta regiãocom a ferramenta Pointer.Mais uma dica: vá no menu LogicPro X > Preferences > AdvancedTools para ter certeza que está assi-nalado Show Advanced Tools, con-forme a Figura 6. Agora escolhauma região no seu projeto e vá aomenu Mix > Create Automation.Você terá duas opções (Figura 7):1) Create 1 automation point

at region borders: neste caso,vão ser criados em todas as tri-

Figura 2

Figura 3

Figura 4

Figura 5

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lhas de automação um ponto de con-trole de automação no início e outrono fim da região definida.2) Create 2 automation points at

region borders: neste caso são criadosdois pontos de controle de automaçãosobrepostos no início e fim da regiãodefinida. Basta clicar sobre a linha entreos pontos e arrastá-la para cima ou parabaixo para ver os 4 pontos.Se for necessário alterar o valor doparâmetro de uma trilha inteira, vá aoespaço dos valores da trilha e clique so-bre o campo onde está o valor geral. Apa-recerá uma palavra “Trim” (Figura 8) e

duas setas (uma para baixo e outra paracima). Clique sobre o campo e arraste omouse para baixo e para cima e verá quetoda a automação se altera.No menu de ferramentas, há uma opçãochamada Automation Curve Tool (Figu-ra 9). Esta ferramenta permite que vocêconsiga fazer curvas na automação, con-forme pode ser visto também na Figura 9,além das linhas que são determinadas au-tomaticamente ao definir pontos de con-trole de automação. Esta opção só está dis-ponível se a opção “Show AdvancedTools” estiver assinalada no menu LogicPro X > Preferences > Advanced Tools.

Figura 6

Figura 7

No menu deferramentas, há

uma opçãochamada

AutomationCurve Tool

(Figura 9). Estaferramenta

permite que vocêconsiga fazer

curvas naautomação,

conforme pode servisto também na

Figura 9, alémdas linhas que

são determinadasautomaticamenteao definir pontos

de controle deautomação

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Há também várias formas de de-letar os pontos de controle de au-tomação individualmente, em gru-po ou em várias trilhas. Novamente,é importante que a seleção “ShowAdvanced Tools” esteja assinalada,conforme já mencionado.Para deletar um único ponto decontrole, temos algumas opções:a) basta clicar duas vezes sobre oponto com a ferramenta Pointer,b) passe a ferramenta Eraser sobreo ponto, ou c) marque o ponto decontrole com a ferramenta Pointere pressione Delete no teclado docomputador, ou vá ao menu Edit >Delete. Esta última opção tambémse aplica quando você quiser dele-tar vários pontos de controle. Es-colha com o Pointer todos os pon-tos que deseja deletar e pressioneDelete ou menu Edit > Delete, ve-rificando antes que nenhuma re-gião está selecionada para nãoapagá-la também.Além destas opções, é possívelacessar várias funções úteis pelomenu Mix > Delete Automation.•Delete Visible Automation on

Selected Track: remove a automaçãodo parâmetro que estiver ativo.•Delete All Automation on Se-

lected Track: remove toda a auto-mação da trilha selecionada.•Delete Orphaned Automation

on Selected Track: remove toda aautomação que não tem mais apli-cação em alguma região. Quandosão efetuadas cópias entre trilhas,a automação pode ficar sem um re-lacionamento com alguma parte.•Delete All Automation: removetoda a automação de todas as trilhas.•Delete Redundant Automation

points: remove os pontos de con-trole que não fazem sentido na tri-lha por aparecerem de forma repe-tida sem haver alteração de parâ-metro, por exemplo. Esse é um co-mando extremamente útil, princi-palmente em cópias de automação.Para copiar partes da automaçãonuma mesma trilha é possível es-colher os pontos a serem copiados,clicar Command + C, colocar ocursor no local onde se quer copiare clicar Command + V. Outra for-ma é manter pressionado Option,escolher os pontos a serem copia-dos e arrastar a seleção para onde sequer copiá-la. Para copiar umaautomação de uma trilha para ou-tra, basta selecionar e copiar (Com-mand + C) da primeira trilha, es-colher a outra trilha, posicionar ocursor onde quer copiar o trecho eclicar Command + V.Para mover um trecho da auto-mação, basta marcar a parte desejadae arrastar o mouse para seu destino.Para mover a automação a partir deum determinado ponto, basta clicarem Option, selecionar o ponto ini-

cial e todo o restante da automaçãoserá movido simultaneamente.Existem outros comandos que po-dem ser ajustados. Muitos estão nomenu Mix, assim como neste me-nu existe um caminho para Auto-mation Preferences, o mesmo queexiste no menu Logic Pro X >Preferences > Automation. Estemenu pode ser configurado comalgumas funções padrão de acordocom suas preferências. Por exem-plo, é possível escolher se a auto-mação deve ser movida ou nãoquando as regiões são movidas. Oparâmetros disponíveis são:•Never (Nunca): a automaçãonunca será movida com as regiões.•Always (Sempre): a automaçãoserá sempre movida com as respec-tivas regiões.•Ask (Perguntar): abrirá sempreuma tela com a pergunta se a au-tomação deve ou não ser movidacom a região.Acho que conseguimos abrangeros principais aspectos da auto-mação no Logic Pro X. Existemalgumas funções mais avançadasque podem ser acessadas nos me-nus citados, assim como tambémdando um clique com o mouse dolado direito, estando numa re-gião de automação, surgindo ummenu suspenso com algumas op-ções já estudadas.Pratiquem bastante e façam bomuso da automação! Até a próxi-ma edição.

Figura 8

Figura 9

Para saber online

[email protected]

www.veramedina.com.br

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ABLE

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LIVE

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o caso do ABLETON Live, por serum programa relativamente jo-

vem, ter uma interface revolucionária eum pouco (mas não muito) diferente,no início os conservadores levantarammuitas dúvidas a respeito:- O Audio Engine deixava a desejar- O Mixer não tem Sub-Mix- O Interface não permite multi-Display- Blá, blá, blá...

Tudo isso já superado pela ABLETON,o Live hoje em sua versão 9 se mostraum “Daw” versátil, moderno e, em mui-tos aspectos, superior aos concorrentes,principalmente se você produz músicaeletrônica, mas não só!Ciumeiras ou tititis à parte, vamos aoque realmente importa: como é oABLETON Live no seu estúdio como“Main Daw”!Se você está interessado no ABLETONLive como seu “Daw” no estúdio, aconse-lho a se concentrar no “Arrangemente

N

ABLETON LIVEABLETON LIVECOMO “MAIN DAW”

Lika Meinberg é produtor, orquestrador, arranjador, compositor,

sound designer, pianista/tecladista. Estudou direção de

Orquestra, música para cinema e sound design na Berklee

College of Music em Boston.

PROGRAMA PRINCIPALNO ESTÚDIO

View” primeiro. Abra o Live e aperte a te-cla “Tab”. Pronto, “Arrangemet View”!

Em um primeiro look, o ABLETONLive é muito semelhante a qualquer ou-tro “Daw”...

Tem tudo o que os outros programastêm: endereçamentos, automação,Mute, Pan, Rec, Solo. Talvez a única di-

Há algum tempomuitos jovens

produtores vêmpedindo meu

conselho em usaremo ABLETON Livecomo Main *Daw

(*Digital AudioWorkstation) no

estúdio.Via de regra,

produtores maisantigos, com

certeza usam outrosprogramas em seusestúdios: Pro Tools,

Logic, Cubase,Sonar etc. São

todos programasque estão no

mercado há muitosanos, muito bemdesenvolvidos e

cada um tem suasqualidades a

salientar.

Arrangemet View

Track

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ferença marcante entre o ABLE-TON Live e os outros programas éque parece que você está olhandono espelho, os comandos ficam dolado direito da interface, o quenão é um grande problema.

Ao gravar algum áudio voce podeeditar os Fades in/outs com muitaflexibilidade. (realçado em verde eseta azul)

Mas muito além disso, você podeeditar parametros MIDI e auto-mação individualizados para cada

segmento de áudio ou MIDI grava-dos (seta verde).

Além das edições esperadas paraáudio, você pode fatiar o clip áudiopara outros tracks.

Pode converter uma harmônia(áudio) em MIDI Track (tem umlogaritmo para isso).Também pode converter um Solo(áudio) em MIDI Track.

Você pode converter um DrumLoop (ou qualquer loop) em umnovo MIDI Track.Aliás, o programa já separa os slicese cria um “Drum Rack”(tema abor-

dado em capítulo passado). OQuantizer do Ableton Live émuito competente.Você tem umaAdaptative Grid (variável) comcinco presets e um Fixed Grid(fixo) com os valores-padrão,além do Quiálteras. Nada absolu-tamente a reclamar. Pelo contrá-rio muito competente!

MIDI Parâmetros são muito bemimplementados. Você poderá au-

tomatizar tudo que nescessitar.Completamente editável ...

O Mixer pode ser que não tenha asCores ou Ícones insinuantes de al-guns programas do mercado. Masisso tem uma razão fundamental:preservar sua máquina para proces-

Fades e Parâmetros:

Clicando aqui (realce vermelho indicado pelaseta amarela acima) você pode acessar os

Fades e parâmetros de automação(Volumes,Pans, Fxs,On / Off,Midis diversos...)

Ins:

Você tem aqui acesso às entradas do programa,e o número de entradas depende da suaInterface de audio/MIDI. Você pode receber

áudio de outras aplicações (no caso Sibelius 7) eoutras fontes (seta amarela acima)

Outs:

Os outputs (saídas) para o seu Mixer ou seus

Monitores são configurados aqui.(setavermelha abaixo)

Color Wave Form and fades

Parâmetros individuais

Permites slice e convert

MIDI parâmetros bem implementados

Se você está interessado no ABLETON

Live como seu “Daw” no estúdio, aconselho a se

concentrar no “Arrangemente View” primeiro.

Abra o Live e aperte a tecla “Tab”.

MIDI Edition

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ABLE

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samento. O Ableton Live não precisa deuma máquina top de linha, principal-mente no caso de Laptops, para rodar sa-tisfatoriamente.Nos outros aspectos, o Mixer é muitoeficiente e flexível.Para aqueles que reclamam (sem conhe-cerem), eis aqui um exemplo de comoconfigurar tracks em Sub-Mixer:Crie, por exemplo, quatro (04) tracks:Cordas (Violino,Viola, Cello, DoubleBass). Selecione as quatro com a teclashift. Clique com o botão direito (ou Crtl(Comm Mac) + G para Group ou Un-groups, como mostra a seta vermelha).Veja que foi criado um novo Track“Group”. Clique com o botão direito emcima (Crtl (Comm Mac) + R) e re-nomeie como Strings como mostra a

imagem (Check mark cor laranja).Mexa o Fader do track canal (realçadocom o quadrado verde) e observe que eleé o canal master desse grupo de canais.Se a pergunta é: posso usar o AbletonLive como o “Daw” no meu estúdio?Eu diria: Sim!Agora se a pergunta for: Devo usar oAbleton Live como o programa princi-pal do meu estudio?Eu responderia que só depende de você!Lembre-se que nós passamos esse tempode Tutorial/Review só explanando sobreo Ableton Live “Arrangement View”.Acrecente a isso as qualidades inovado-ras do Live: “Session View”, “Warp”,“Launch”, “Browser”, “Plugins” (inclu-sive Vsti compatibilidade), ”Max forLive”, “ReWire” e você certamente nãoterá dúvidas qual “Daw“ deveria esco-lher para o seu estúdio!Boa sorte a todos!

Para saber online

Facebook - Lika Meinberg

www.myspace.com/lmeinberg

Mixer

Sub Mix

Agora se apergunta for: Devo

usar o Ableton Livecomo o programaprincipal do meu

estudio? Euresponderia que só

depende de você!Lembre-se que nós

passamos essetempo de Tutorial/

Review sóexplanando sobre o

Ableton Live“Arrangement

View”

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Page 64: Edição 242 - Janeiro 2015

PRO

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NO PRO TOOLS

este último artigo, vamos darmais um passo em busca de um

fim da “ briga” com a automação.Além de mais técnicas, também se-rão apresentados alguns recursos doPro Tools HD.

N

AUTOMAÇÃO

QUEM NUNCA FICOU “BRIGANDO” COM UMA?

Cristiano Moura é produtor, en-

genheiro de som e ministra cur-

sos na ProClass-RJ

PARTE 3

Já vimos osfundamentos da

automação etambém algumastécnicas e atalhos

para ajudar afacilitar este

processo. Aindaassim, acredite,

ainda não vimosnem 20% das

possibilidades detrabalho com

automação do ProTools. Para se

aprofundar mais,além de cursosoficiais em Pro

Tools oferecidos nomercado, há

também um canaldo YouTube

(www.youtube.com/proclassrj) com

videoaulasgratuitas sobre este

assunto.

AJUSTANDO NÍVEISDIFERENTES EM CADA PARTEÉ muito comum que um instrumentomereça um ganho num certo trecho damúsica e outro ganho em outra parte.Um caso clássico seria a diferença entre

Videoaulas gratuitas sobre Pro Tools

Page 65: Edição 242 - Janeiro 2015

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uma estrofe e um refrão.Nestes casos, com a fer-ramenta “Smart Tool”(fig.2) acionada, pode-mos selecionar o trecho

em questão e com o mouse na parte superior da sele-ção, arrastar suavemente a linha de automação paracima e para baixo.Repare que, se o usuário quiser alterar o nível de ganhonum clip inteiro, nem é necessário fazer a seleção. Bastamesmo posicionar o mouse acima da linha e arrastar.Com esse procedimento, é possível rapidamente acentu-ar e reforçar dinâmicas que os músicos já realizaram nagravação. Em outros casos, o mesmo recurso é utilizado deforma oposta. Ou seja, para minimizar uma dinâmica.

CUT VS. DELETEUma diferença sutil em alguns casos, mas não quandoestamos falando de automação. Primeiro vamos ver asfiguras e entender a diferença.Na figura 3A temuma seleção, e afigura 3B é o re-sultado de deletaros breakpoints deautomação. Re-pare que a curvaé adaptada paraos dois pontosanteriores.Já na figura 3C,estamos fazendoo comando de cut(Command+X nomac ou CTRL+Xno windows). Nes-te caso, o Pro Toolscoloca um novobreakpoint no iní-cio e no final decada seleção.Então agora repa-re na figura 4A e4B. O “Cut” po-de ser usado co-mo uma técnicapara se criar mudanças dinâmicas entre trechos comníveis distintos como visto mais acima.

MOVENDO CURVAS DE AUTOMAÇÃONo artigo anterior, mencionei que era possível movercurvas para a esquerda e para a direita em incrementos

pré-definidos coma função Nudge. Evale lembrar quetambém podemosmover curvas comcopy/cut e paste.Mas e quando que-remos que as cur-vas sejam movi-mentadas para ci-ma ou para baixo?Temos o comandoTrim, como dis-cutimos no iníciodo artigo, mas re-pare que ele temum pequeno efei-to colateral. Elecria novos break-points, respeitan-do a seleção e nemsempre isso é o i-deal. Caso seja ne-cessário alterar es-te comportamento, basta manter pressionado o botãoOption (Mac)/Alt (Win).

TRIM MODE (PRO TOOLS HD)Nem todo mundo tem acesso ao Pro Tools HD, sistemade grande porte da Avid. Mas ainda assim, se você al-meja trabalhar em algum lugar de grande porte, nadamelhor do que ter ao menos uma noção do que o ProTools HD pode te oferecer em termos de desempenhoe funcionalidade.

O Trim Mode (fig 5) é um modo que simplifica pratica-mente tudo que foi mostrado acima. Também permiteque estes comandos sejam feitos sem ajuda do mouse,diretamente numa superfície de controle. A ideia ésimples. A linha amarela funciona como uma “segun-

Fig. 2 - Smart Tool - Trim, Selector eGrabber selecionados ao mesmo tempo

Fig. 3A - Seleção que será apagada

Fig. 3B - Apagando com o comando Delete

fig. 3C - Apagando com o comando Cut

Fig. 4A - Curva de automação abrupta de umponto para outro

Fig. 4B - Com o comando Cut, a curvafoi amenizada

Repare que, se o usuário

quiser alterar o nível de ganho

num clip inteiro, nem é

necessário fazer a seleção.

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PRO

TOOL

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Para saber online

[email protected]

http://cristianomoura.com

da camada” de automação. Ou seja, é a“automação da automação”. Isso permi-te que você mantenha a automação ori-ginal (linha preta), e faça ajustes meti-culosos numa segunda “camada” (linhaamarela), e ainda veja os resultados (li-nha azul) sem sobreescrever ou “brigar”com sua automação original.

MANUAL WRITE (PRO TOOLS HD)O sistema Manual Write (fig. 6) foi de-senvolvido para escrever linhas deautomação em trechos longos. Bastaapertar o play, ajustar o nível desejado epressionar um dos botões para que omesmo valor seja mantido à esquerda, àdireita, ou num trecho específico.

PREVIEW MODE (PRO TOOLS HD)Todos sabemos que, uma vez que o pri-meiro breakpoint de automação for cri-ado, estamos eternamente fadados atrabalhar com a automação.Em outras palavras, se já tiver umaautomação acontecendo em qualquertrecho, não adianta mais dar play na ses-são e mexer no fader, pois ele irá retornarpara o valor estipulado pela automação.Por um lado isso é bom, pois garanteconsistência. Mas por outro é quaseuma maldição.E é aí que entra o Preview Mode. Ele ser-ve para fazer testes, mesmo que uma pis-ta já tenha alguma automação atrelada.Como o próprio nome diz, é uma ma-neira do usuário fazer uma “previsão”com outros valores sem ter a automação“puxando” o seu controle de volta parao valor já escrito.

Funciona da seguintemaneira: o usuário pri-meiro precisa acionar oPreview Mode (fig. 6).Uma vez acionado e asessão sendo repro-duzida, sempre que ousuário encostar emalgum controle, a au-tomação daquele pa-râmetro é temporari-amente “suspensa”,como se fosse um “by-pass” permitindo li-vre movimentação.

Então é isso, pessoal.Aproveito este mo-mento para agradecer todos os elogios,sugestões e contatos feitos com vocês,leitores da Backstage, em 2014, edesejar que 2015 traga uma renovaçãopositiva na vida de cada um de vocês.

Abraços e até a próxima!

Fig. 5 - Automation Trim Mode

Fig. 6 - Janela deautomação doPro Tools HD

O sistema ManualWrite (fig. 6) foi

desenvolvido paraescrever linhas de

automação emtrechos longos.

Basta apertar oplay, ajustar o nível

desejado epressionar um dosbotões para que omesmo valor seja

mantido àesquerda, à direita,

ou num trechoespecífico

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PROD

UÇÃO

MUS

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CONCEITOS

ois guitarristas, muito bons por sinal,o Daniel Calazans das bandas Casaca

e Nativix e o Tiago Leal da banda Khorus,vieram gravar aqui no meu estúdio e re-

solvemos gravar as guitarras usando o pe-dal de delay. Normalmente eu costumo

gravar o sinal seco com um delay de plug-in correndo por fora em uma pista auxiliar

para poder ter o controle em separado dodelay, tanto nos parâmetros, quanto no

equilíbrio na mixagem.No entanto, o Tiago Leal trouxe um pe-

dal de delay e queria o timbre específicodeste pedal. Como o pedal não era dele,não o teríamos à disposição posterior-

mente para inseri-lo na mixagem. Já oDaniel Calazans veio gravar no meu es-

túdio, mas o disco não seria mixadoaqui, e como haviam regulagens de

delay muito específicas, seria arriscadodemais mandar as guitarras secas e espe-

rar que quem fosse mixar conseguissereproduzir exatamente as regulagens

que já haviam sido pesquisadas na pré-produção. De outra forma, isso também

D

EQUILIBRANDOUMA MIXAGEM

Ricardo Mendes é produtor,

professor e autor de ‘Guitarra:

harmonia, técnica e improvisação’

PARTE 6

CONCEITOS

representa uma economia de tempopara quem vai fazer a mixagem.

Apesar de casos e motivos diferentes, asolução foi a mesma: gravar a guitarra

com o pedal de delay. Até aí, nada de-mais. Fazemos isso no show, colocando

um pedal de delay quando tocamos aovivo. O problema é que em um disco,

você pode, no decorrer de uma mixa-gem, ter que reavaliar o equilíbrio entre

o sinal limpo e o efeito. E se houver efei-to demais no sinal? Como retirar? Sim-

plesmente não dá para retirar...A solução então é separar o sinal. Quasetodos os pedais de delay tem duas saídas.

Se você usar uma saída só, ela enviará osinal limpo mixado com o efeito. Nor-

malmente o parâmetro que controlaeste equilíbrio chama-se “mix” ou

“level” no pedal de delay. Todavia, sevocê plugar nas duas saídas (outputs),

uma delas carregará o sinal direto (lim-po) e a outra o sinal só com o efeito

(delay). A questão é que se você tirareste sinal da saída que só tem o efeito e

Recentementepassei duas vezes

pela mesmasituação no estúdio

e resolvicompartilhar aqui

nesta série sobremixagem. Não é

exatamente sobremixagem, mas

acaba tendo umarelação com a

mixagem, entãoacho que posso

incluir por aqui...

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Para saber [email protected]

plugar diretamente em linha nainterface, o som ficará totalmente

diferente do som que virá do ampli-ficador microfonado. Eis o dilema:

queremos os sons do amplificador,

mas não queremos o delay nele;queremos o delay, mas não o quere-

mos com o som “de linha”. Comoresolver? Só há um jeito: usando um

segundo amplificador.

Nomeei os canais da seguinte maneira

• Guitarra Hi => o Shure SM-57 no centro do alto-falante do amplificador principal

• Guitarra Low => o Sennheiser MD-421 na borda do alto-falante do amplificador

principal • Amp Delay => o Shure SM-57 entre o centro e a borda do alto-falante

do amplificador secundário • Guitarra Amb => o Royer R-101 colocado a aproxi-

madamente um metro dos dois amplificadores.

O fluxo do sinal, no fundo, é bemsimples: sai da guitarra, entra no

pedal de delay (que tenha duas sa-ídas) e o sinal limpo vai para um

amplificador e o sinal com o delayvai para o outro amplificador.

Veja como eu montei o setup na

figura 1.No amplificador principal, onde

vai o som direto, eu coloquei umShure SM-57 no centro do alto-

falante para captar as frequênciasmais agudas, um Sennheiser MD-

421 na borda para captar as fre-quências mais graves. No ampli-

ficador secundário (no caso oVox), onde vai só o delay, colo-

quei apenas um Shure SM-57 en-tre o centro e a borda do alto-fa-

lante. Também fiz uma equa-lização diferente no amplificador

do delay, deixando-a um poucomenos brilhante do que no ampli-

ficador original. Um pouco maisdistante, coloquei um Royer R-

101 para captar a ambiência. Estesim, captou tanto o amplificador

com o som limpo quanto o ampli-ficador com o sinal com delay.

Se você tiver duas salas isoladas,pode colocar um amplificador em

cada sala para garantir que nãohaverá vazamento, mas isso não é

realmente necessário. Quando eugravei a primeira passada (sempre

paro para escutar a primeira pas-sada para ter certeza de que o som

está como eu quero), achei que osamplificadores estavam vazando

um no microfone do outro só umpouquinho acima do que eu que-

ria. Então simplesmente colo-quei o case da guitarra entre os

dois amplificadores (figura 2) efoi o suficiente para reduzir o va-

zamento a um ponto onde eu pas-sei a ter controle individual so-

bre cada um dos quatro canais.

Figura 1

Figura 2

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é Palmeira, músico, compositor eprodutor, tornou-se conhecido a

partir dos anos 80, como baixista da ban-da Barão Vermelho, grupo que ajudou afundar. Ao se desligar do grupo, em 1990,trabalhou como DJ durante três anos,produziu e assinou a direção musical deAdriana Calcanhotto nos álbuns Canta-

da (2002), Adriana Partimpim (2004) eAdriana Partimpim 2 (2008), além doDVD Adriana Partimpim – o show (2005),e ano passado produziu o CD Arca de

D Noé 3 com artistas como Chico Buarque,Marisa Monte, Ivete Sangalo, CaetanoVeloso, Zeca Pagodinho, Erasmo Carlos,Chitãozinho e Xororó, entre outros.Compôs e fez a produção musical da no-vela Da cor do pecado, da Globo, em 2004,e é autor de diversas trilhas para filmespublicitários e documentários.Compositor de sucessos como Pense e

dance, Minha flor, meu bebê, Seu pensa-

mento, Mulher sem razão, Mais feliz e Pre-

ciso dizer que te amo, suas músicas foram

DÉ PALMEIRADÉ PALMEIRAJorge Pescara é baixista, artista da

Jazz Station e autor do ‘Dicionário

brasileiro de contrabaixo elétrico’

Nas últimas ediçõestemos visto dicas de

gravação e mixagem debaixo elétrico. Agora

saberemos o que pensa ecomo trabalha um

baixista quando nafunção de (também)

produtor musical.Caros leitores, com

vocês André PalmeiraCunha (Barão

Vermelho, AdrianaCalcanhotto,

Panamericana)...

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es / D

ivu

lgação

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gravadas por vários artistas, taiscomo Marina Lima, Cássia Eller,Léo Jaime, Zizi Possi, Simone eEmílio Santiago, entre outros.Atualmente divide seu lado deprodutor, compositor e músicocom a banda Panamericana, aolado de Dado Villa-Lobos (ex-Le-gião Urbana) na guitarra; CharlesGavin (ex-Titãs) na bateria, e ocantor Toni Platão (ex-Hojerizah)nos vocais.Siga-nos para saber o que pensa Désobre produção musical... Na visãode um baixista!

Dé, gostaria de começar comuma breve exposição da sua car-reira artística...Bom, comecei cedo, entrei pela pri-meira vez num estúdio de gravaçãoaos 16 anos pra gravar o primeirodisco do Barão Vermelho, em 1982.Com eles gravei uns dez discos até1990, quando me desliguei da ban-

da e passei a atuar como freelancer.Acompanho artistas na estrada,no estúdio, produzindo, compon-do e fazendo direção musical.

Após estes anos todos na estrada enos estúdios, quais as reais mu-danças, nestes dois campos, quevocê pode traçar no avanço doáudio no Brasil?Como exemplo de avanço, eu pos-so citar a facilidade de se gravarcom qualidade que existe hoje em

dia. Há trinta anos era impossívelgravar com qualidade sem gastaruma verdadeira fortuna. Hoje vocêpode fazer coisas incríveis com um

simples laptop. Claro que tudo de-pende das ideias que se tem.Em se tratando de apresentaçõesao vivo, há trinta anos era bemcomplicado. Eram raras as empre-sas que tinham equipamento deboa qualidade. Hoje é tudo muitomais fácil. Mas penso que o princi-

Há trinta anos era impossível gravar

com qualidade sem gastar uma verdadeira

fortuna. Hoje você pode fazer coisas incríveis

com um simples laptop.

Show Panamericana 2014

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pal problema são os espaços para asapresentações. Até hoje, ainda encon-tramos espaços de acústica ruim. Mes-mo lugares recém-construídos. Achoque ninguém pensa em acústica na horade construir ou reformar um lugar quecomporte apresentações de música. E aí,não adianta ter o melhor equipamentodo mundo.

Como você, pessoalmente, define afunção de produtor musical de um pro-jeto? A participação efetiva no sucessode um álbum, quais os afazeres, fun-ções, deveres etc...Um produtor pode atuar de tantas etão variadas maneiras que é difícil de-finir. Depende do projeto. Certas ve-zes você chega e precisa dar apenasuma organizada, ver o tom das músi-cas, formatos, os arranjos etc. Em ou-tras, é preciso começar do zero, traba-lhar na parte de composições, mexernas letras e harmonia, melodia… Até

mesmo trabalhos que não têm a vercom música propriamente, como or-çamento, cronograma, produção exe-cutiva, por exemplo.

Quando você é chamado pra produziralgum projeto, o que que mais pesa,em primeiro lugar, nas decisões de es-colhas de músicos, estúdio etc.?Como eu disse, depende do projeto, dotipo de orçamento e ‘do quê’ o artistaprecisa. Ao contrário do que muita gentepensa, em gravação não existem regras.

Indo diretamente ao assunto gravação:você também pilota os equipamentos,ou prefere passar a missão somentepara o técnico do estúdio?Piloto quando preciso e gosto muitodisso, mas quando posso, nem encostono equipamento. Prefiro deixar a cargodo técnico e do assistente e me concen-tro em outras coisas como criar, que émais divertido (risos).

Até hoje, aindaencontramos

espaços de acústicaruim. Mesmo

lugares recém-construídos. Acho

que ninguém pensaem acústica na

hora de construirou reformar...

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Cite suas preferências em relaçãoa alguns plug-ins de gravação nahora do baixo elétrico. E, se pos-sível, dê algumas dicas de sua for-ma de utilizá-los.Em geral não uso plug-ins para gra-var. Dou preferência ao “hard-ware” mesmo. Uso sempre um bomcompressor ou um bom preamp.Mas depende muito do que a músi-ca pede e do que você tem à dispo-sição no momento.Um plug-in do qual estou gostandomuito é o EMI TG12345, da Waves,que pode ser até meio radical pracertas ocasiões, mas adoro a manei-ra como o compressor atua. Ele põeo baixo de uma maneira tão defini-da na mix e dá uma ‘esquentada’também muito legal. Os da Univer-sal Audio também são excelentes.Muita gente opta por usar simula-dores de amplificador. Eu gosto doAmplitube, que tem boas simula-

ções de amps Fender e Ampeg. Gos-to do modelo que simula o pré Fen-der TBP-1. É muito versátil e defi-nido. Uso sem simulador de alto-fa-lante. O que imita o Ampeg Classictambém é muito popular, mas é pre-

ciso cuidado, pois é fácil de o baixosumir na mix com esses softwares.Bom, entrar em detalhes de como usoplug-ins é meio complicado, porquenão tenho exatamente um método

que uso sempre. Em geral, dou a fa-mosa orelhada mesmo (risos).O EMI TG 12345 é um channelstrip baseado na famosa mesa desom dos estúdios Abbey Road dosanos 60/70. O que eu gosto nesse

plug-in é a maneira como o com-pressor atua, que na verdade é umaprimoramento feito pela Wavessobre o projeto original. A Wavesintroduziu um controle de mix,

Em geral não uso plug-ins para

gravar. Dou preferência ao “hardware”

mesmo. Uso sempre um bom compressor

ou um bom preamp.

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pelo qual você mistura o som compri-mido com o limpo, dando um efeito 3Dno som do baixo (ou qualquer som queesteja sendo processado). Gosto de se-parar o sinal do baixo em dois ou maiscanais, dependendo do efeito, e comesse plug-in isso facilita a vida quandonão se tem muito tempo. Diversos ou-tros plug-ins oferecem esse recurso de‘compressão paralela’, não é novidade,mas esse compressor soa de uma manei-ra muito interessante, dependendo decomo você ajusta a quantidade de com-pressão, o tempo de volta do efeito(recovery) e o mix.E ainda tem a parte de EQ, que é simples,mas soa muito bem, e o controle de drive,que quando ajustado sem extremos, dáaquele clip típico do som de baixo daMotown, do James Jamerson. Tudo issoajuda a colocar o baixo muito bem namix em relação aos outros instrumentos.Agora, puristas e adeptos do som maisclean ou hi-fi podem achar o TG 12345um pouco sujo demais. Eu gosto de bai-xo com distorção. Acho que usado namedida certa, é um efeito que ajuda a darpersonalidade e definir o som do instru-mento. Principalmente quando tococom palheta. E o TG 12345 faz isso bem.Outro plug-in que gosto apesar de nãousar muito, é o Amplitube 3 com o pa-cote de simuladores de amps Fender.Nele você encontra o TBP-1 que simulao preamp original. É muito bacana e

versátil. Ele tem quatro sessões, EQ,tube overdrive, Vari Q, room balance,além do master. Diferente de preampsmais modernos nos quais a posição flat éajustado com todos os botões em 12 ho-ras, o flat do TBP-1 é: grave-2, médio-10, agudo-2... Como nos dual showman.Então você só praticamente tem boost degrave e agudo e só tem corte de médios. Éum pouco limitado, mas esse é um tipo decircuito muito usado em vários prés,como o alembic, por exemplo. Pra melho-rar isso, a Fender colocou o Vari Q, que éum semi paramétrico, no qual você esco-lhe a frequência e dá boost ou cut. O roombalance é onde você dá o fine tuning naspontas. É usado em geral em situações aovivo, onde se pode encontrar salas quetêm muita, ou pouca, ressonância dos gra-ves. Esses dois controles são muito úteispara dar uma ‘limpada’ no baixo quando amix está muito tumultuada.Normalmente não uso o drive do TBP-1, ele soa ok se você quiser apenas daruma esquentada de leve. Mas o fortedesse plug-in mesmo é o som limpo e aomesmo tempo quente. Na maioria dasvezes usei esse plug-in com o simuladorde alto-falantes desligado, já que o bai-xo perde muita definição na minha opi-nião. É isto!

Você prefere gravar os baixos dos proje-tos em que participa, ou abre mão e seconcentra exclusivamente na produção?

Diversosoutros plug-ins

oferecem esserecurso de

‘compressãoparalela’, não

é novidade, masesse compressor soa

de uma maneiramuito interessante,

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de compressão

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Em geral eu mesmo gravo os bai-xos, primeiro porque é natural pramim e por incrível que pareça,consigo ouvir e perceber melhor osoutros instrumentos e ter uma no-ção mais ampla da gravação e doarranjo quando estou tocando jun-to. Pode parecer estranho mas issoacontece mesmo. Mas, tambémabro mão tranquilamente quandosei que o trabalho vai ganhar comoutro músico tocando.É uma questão de bom senso e nãotenho nenhum problema em cha-mar outro baixista pra gravar.Quem manda é sempre a música.

Um exemplo: estava produzindouma faixa pro CD Arca de Noé (lan-çado em 2013, pela Sony Music),cantada pela Marisa Monte. Está-vamos todos no estúdio trabalhan-do no arranjo, quando decidimosque era hora de gravar e sugeri quegravássemos todos juntos. MauroDiniz no cavaco, o Dadi no ukulelee eu no violão. Na hora, o Cesinha(baterista) pegou o baixo e fez umalinha bem simples, mas muito efi-caz. Não pensei duas vezes, ele fariao baixo da canção. Mais tarde atépensei em refazer o track, mas esta-va tão bom que desisti dessa ideia efoi pro disco assim. Quer dizer, comdois baixistas no estúdio, a grava-ção do baixo acabou sendo feita porum baterista! (risos)

De modo geral, como prefere asonoridade do baixo durante a

gravação de seus próprios bai-xos? Direto em linha, usandoamplificador microfonado, usan-do algum compressor? E quantoà equalização?Gosto de todas as maneiras. O quedefine como vai ser registrado é oarranjo, a sonoridade geral da fai-xa. Posso tanto usar uma simplesD.I. como montar um signal chaingigante (risos).Em geral, separo o sinal do baixoem dois canais. Um canal maissujo, ou mais comprimido, e ummais limpo. Dessa maneira vocêtem um pouco mais de controle.

Às vezes, gravo o baixo direto emlinha e faço o preamp depois, pas-sando o sinal do baixo por diferen-tes amps ou pedais. Adoro fazerisso. O legal mesmo é imaginar umsom pra faixa e ir experimentandoaté chegar lá.Achar um instrumento que com-bine, ou contraste, com o materialque está sendo gravado, o tipo decorda, a técnica que você usa, oequipamento, os pedais de efeito,os amplificadores, as caixas, os mi-crofones, a maneira de gravar, aedição… isso é muito legal e é sem-pre um aprendizado, porque cadavez é diferente da vez anterior.

Pra você há muita diferença emgravar na sala da técnica ao ladoda mesa de mixagem?Sim, muita diferença. Na técnica épossível ter uma idéia melhor do

som geral. O técnico está ali ao seulado, é bem mais confortável. Poroutro lado, gravar no mesmo am-biente que os outros músicos te dá,muitas vezes, um tipo de vibraçãoque não existe quando se grava emambientes separados.Nada supera uma banda inteira to-cando junto. Mesmo quando ape-nas o baixista e o baterista estãotocando juntos é bem melhor pelaconexão que rola. E isto fica real-mente impresso na gravação.

> Prefere usar os headphones ouos monitores de referência?

Prefiro os monitores,mas dependendo do es-túdio ou da situação, usoum fone.

E como você se sente aoser produzido por outraspessoas?Acho ótimo. Quandoestou produzindo gostode ter ao lado músicosque me dêem boas idéiase é isso o que eu tento fa-

zer quando estou sendo dirigido. Épreciso entender o que a pessoaquer e procuro fornecer ideias edeixa-la à vontade pra escolher oque achar melhor.

Com estas sabias e inspiradoraspalavras, nos despedimos... Até apróxima edição!Paz profunda .:.

Pode parecer estranho mas isso acontece

mesmo. Mas, também abro mão tranquilamente

quando sei que o trabalho vai ganhar com outro

músico tocando

Para saber online

[email protected]

http://jorgepescara.com.br

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MIC

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FACISAFACISAma das preocupações era garantiruma acústica de primeira qualidade

no Teatro e, por conta disso, foi criadoum projeto com desenhos específicos

que contribuem para a propagação sono-ra, como é o caso do forro e do tratamen-

to dado às paredes laterais, que eliminamo paralelismo. Materiais especiais de ab-

sorção também foram utilizados a fim deque o Teatro ganhasse uma característica

multifuncional, permitindo o uso do es-paço para diversos fins, respeitando as

variações sonoras de cada espetáculo,sem comprometer o áudio.

O isolamento sonoro, por exem-plo, é obtido por meio de utiliza-

ção de paredes duplas, materiaisisolantes no sistema de ar con-

dicionado, portas e acessos porantecâmaras acústicas. Para a

sonorização, os responsáveis

[email protected]

Fotos: Divulgação

pelo desenvolvimento do projeto opta-ram por um sistema de line array da marca

TOA, com processamento 7.1 em todosos ambientes, mais de 4 mil watts de po-

tência, divididos entre 27 caixas acústicasdistribuídas na plateia. Para a melhor dis-

tribuição do som foi utilizado um clustercentral modelo HX 5B com potência de

200W e 8 ohms de impedância. Para

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T E AT R O

UM LUGAR AO SOL DO NORDESTE

Boa acústica,sistema de som e de

iluminação deponta são apenas

algumascaracterísticas doTeatro Facisa, em

Campina Grande,na Paraíba. Comcapacidade para

abrigar mais de700 pessoas, o local

está preparadopara receber

eventos de diversosformatos.

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Lista de equipamentos

Sonorização:

Console:

Mix Digital Allen&Heath T.112 Live com IDR de 48 canais de entra-

da e 24 de saída. Controles Touchscreen e Analógicos.

PA:

Sistema de som line array speaker TOA Passivo.

Duas colunas de caixa, sendo (L) e com a mesma configuração

abaixo por coluna:

02 caixas SR-C8L com potência de 360W

02 caixas SR-C8S com potência de 360W

01 caixa C-15C subwoofer type bass reflex aéreo com potência

de 450W

01 subswoofer de base modelo FB120B 200W

Cluster Central modelo HX 5B

02 Amplificadores DA-250F Multichannel

02 Amplificadores DA-550F Multichannel

01 Receiver

Iluminação:

01 Mesa Avolites Pearl 2010

06 Moving Lights Spot 575 Coemar

02 Moving Lights Wash 575 Coemar

09 Refletores PAR Lite LED RGB Coemar

11 Refletores PAR Lite LED Variwhite

05 Refletores Variwhite de LED luz branca Coemar

11 Refletores Fullspectrum de LED RGB

04 Elipsoidal Source Floor 750 ETC

06 Refletores de LED Desire D40 ETC

06 Refletores de LED Vivid R ETC

04 Mini Brut

monitoração do palco, o modelo usado foi o HS-150B, compotência de 300W e 8ohms, também da TOA. O sistema ain-

da contou com um processador digital modelo DP-0206.

ILUMINAÇÃOOutro destaque foi o sistema de iluminação instalado no

Teatro, priorizando o uso da tecnologia LED. São cerca de80 refletores (equivalente a mais de 300 luminárias quen-

tes) com controle de variação RGB, permitindo uma eco-nomia de até 80% no consumo de energia elétrica, além de

menos manutenção, tendo em vista que a vida útil daslâmpadas LED pode chegar até a 20 vezes mais do que o sis-

tema convencional.Além dos LEDs, o projeto de iluminação conta com o uso

do Protocolo DMX, com pré-programas automáticos maiseficientes e com mais intensidade e o selo de qualidade

conferido pela Coemar, responsável por grandes projetosluminotécnicos no mundo, como Opera de Sidney.

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CADERNO ILUMINAÇÃOVI

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PROLED PH 8,92MMwww.proshows.com.br

Esse modelo outdoor da ProLED tem ganhado cada vez maisespaço no mercado. Trata-se de um painel leve, prático eversátil, sendo uma excelente opção para aplicações outdoorde alta definição. O painel de LED pode ser aplicado emmodo plano ou curvo e é ideal para estádios, shows e aplica-ções que sofram interferências climáticas. Seu diferencialestá no melhor custo-benefício, já que é um modelo outdoorque, apesar de econômico, proporciona imagens vivas, comaltas taxas de contrastes e brilho. Algumas característicasdo produto incluem: resolução (mm) de 8,92, densidade dePixels/m²: 12.545, LED tipo SMD 3 em 1, ângulo visual:140/140°, brilho (nits): 4.800, escala de cinza: 16 e refreshRate 800Hz.

XLED 1037www.proshows.com.br

O XLED 1037 entrou ao mundo da iluminação para fazer a dife-rença. É um produto que une potência e flexibilidade a um designinovador. Por trás das lentes frontais, o XLED 1037 conta com 37LEDs de alta potência, de 10W RGBW CREE americana, ofere-cendo um facho de luz homogêneo, com elevada saída. Tão eleva-da que é capaz de iluminar completamente grandes palcos, pistasde shows e pisos de estúdios. Conta com DMX de 24 canaiswireless para a escolha da mistura de cores desejada. O zoom comângulo variável de 13 a 52 graus proporciona um show deluminosidade, com mais brilho e durabilidade para as mais diver-sas necessidades criativas. Destacam-se ainda entre suas caracte-rísticas movimento Pan 540° e Tilt 270°, com correção de posi-ção automática, velocidade ajustável, com mecanismo de blo-queio e velocidade dos coolers ajustado automaticamente.

COLOURPOINT MK2www.corelighting.co.uk

O produto é uma bateria de lítio extra leve para LED que permite superluminosidade com total controle DMX, utilizando a mais novatecnologia quad chip RGBW. É possível ser usada para eventos exteriorese oferece uma potência de 2000 lúmens, que é capaz de iluminar mais de3 andares de um prédio, três árvores de médio porte e suas folhagens alémde ser excelente para efeitos wash em paredes, marquises, tendas e salas.As novas características incluem uma seleção de programas internos in-cluindo o colour scroll, modos de seleção master/slave e controle defrequência PWM dando uma operação bem livre de flick para operar emcâmeras em eventos ou shoots de videos, no caso de estúdios de TV ououtro local de broadcast. Uma saída DMX permite que o equipamentoseja usado como um receptor DMX sem fio para controlar outras luminá-rias DMX que estejam próximas.

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GIGBAR IRCwww.chauvetlighting.com

Pensando em dar um update no seu show incrementando na ilu-minação? O novo GigBAR IRC, da CHAUVET DJ, braço daChauvet especializada em iluminação semiprofissional, prometereunir quatro populares efeitos em apenas um equipamento, umpar de PAR LEDs, um par de LED derbies, laser verde e vermelhoe quatro strobos de LED. Ideal para DJs, bandas e produtores mó-veis, este multi equipamento é bastante leve (6.6 kg), vem combolsa para transporte, tripé e tomada wireless para um fácil deslo-camento e montagem, permitindo armar o show em minutos, emqualquer lugar. Independente do efeito selecionado, o GigBARvai produzir uma variedade enorme de cores, movimentos e pro-fundidades. A espinha dorsal desse equipamento são seus dois pa-res RGB, potencializados por 6 Tri-Color LEDs de 2.5 watts. DoisLED derbies produzem um total de 42 beams rotativos nas coresvermelho, verde e azul, capazes de dar um preenchimento bastan-te satisfatório a uma sala ou palco.

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CADERNO ILUMINAÇÃORÁ

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SGM P-5 NA ÓPERA SUÍÇA

A Göteborg Opera se rendeu àtecnologia da SGM P-5. Desde aprimeira aquisição dos primeirosequipamentos há 18 meses, mais

unidades foram adquiridas e hojea companhia já detém 34 P-5wash lights. Usadas nas produ-ções de Mozart (As Bodas deFigaro) pelo lighting designerGiuseppe di Lorio, as lumináriasproduziram um efeito wash nofundo do cenário, se incorporan-do como parte essencial da ópera.

TURNÊ DO SLIPKNOTTEM NOVOSEQUIPAMENTOS DEILUMINAÇÃO

A banda de heavy

metal, que se apresentou no Brasil

durante o Rock in Rio 2013, se lan-

çou em nova turnê - Prepare for

Hell -, com uma série de equipa-

mentos da Elation. A tour vai incluir

os novos híbridos Elation Platinum

SBX, os Elation Cuepix Blinders,

além dos vídeo- paineis de LED

EPT9IP. Antes de sair em turnê, o

grupo testou os novos equipamen-

tos durante o Knotfest, na Cali-

fornia, um festival produzido pelo

próprio Slipknot, em outubro.

NOVIDADE NA LDIA SGM apresentou os novos equipamen-

tos P-2 e Q-2 durante a LDI 2014. Os

aparelhos são as versões compactas

dos aclamados e campeões de venda P-

5 e Q-7, respectivamente. A empresa

aproveitou a ocasião para também

anunciar mudanças nos departamentos

de venda e serviços nas Américas, con-

firmado com a entrada em operação do

novo escritório em Orlando, na Florida.

Outra novidade foi a apresentação de

um novo time no Suporte Técnico e o

gerente geral para America do Sul, o

lighting designer Ben Díaz. O Suporte

Técnico Norte-Americano também terá

base na Flórida e será dirigido por

Matthew Huffman, que traz larga experi-

ência na indústria de iluminação para en-

tretenimento e em gerenciamento.

CORE LIGHTINGANUNCIA OPERAÇÃONOS EUA

A britânica Core Lighting, especi-

alizada em baterias para iluminação

a LED, anuncia uma nova operação

na América do Norte. A empresa es-

tabeleceu um escritório na Virginia,

que será gerenciado por Martin

Lawrence, e será o distribuidor ex-

clusivo dos produtos Core Lighting

nos Estados Unidos e Canadá. A ex-

pansão para o território norte-ameri-

cano faz parte da estratégia de cres-

cimento da Core, que até agora só

havia focado no mercado europeu.

ROBE NA LDI

Um nível ótimo de energia to-mou conta do estande da Robedurante a LDI 2014, em Las Ve-gas, feira voltada para tecnologiade iluminação na área de entre-tenimento, principalmente. Fo-ram três dias de atividades inten-sas, com destaque para o alto ní-vel dos visitantes, que se interessavam pelos produtos, em especial peloBright Multi-Functional Luminaire (BMFL), mostrado pela primeiravez em um evento desse tipo nos EUA. As novidades que a Robe prepa-rou não pararam por ai. Os presentes também puderam conferir umLight Show, com o BMFL e com os Pointe e alguns convidados participa-ram de um happy hour. Outra iniciativa da empresa de iluminação foi aárea destinada a recargas no Las Vegas Convention Centre, onde todosos visitantes podiam recarregar seus dispositivos móveis e apenas rela-xar um pouco antes de continuar a visita pela feira.

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m outros momentos, a iluminação setransforma em mais um elemento

“vivo” na interação presente no palco epercebida pelo público. E se, por ummomento, um show pudesse ser perce-bido apenas pela iluminação? Nestaconversa, a apresentação da banda ame-ricana Kings Of Leon, realizada no fes-tival Circuito Banco do Brasil, será ana-lisada como um espetáculo único paraos olhos dos participantes desse evento.Com o aparecimento da imagem de umletreiro luminoso, em branco e vermelho,projetando uma logomarca que aparece nacapa do último disco da banda Kings ofLeon – intitulado Mechanical Bull (2013)–, iniciava-se um espetáculo à parte,como atrativo principal do festival Cir-

E cuito Banco do Brasil, na cidade de SãoPaulo, em novembro do ano passado.Mesmo com um ótimo show, em todos osaspectos, se fosse possível a utilização dealgum recurso para a supressão completado áudio da apresentação naquele mo-mento, uma outra leitura seria possível –nem melhor, nem diferente, mas surpre-endente, a partir de combinações de ins-trumentos de iluminação cênica que, oraenfatizavam elementos – ou mesmo,transformavam-se em figuras geométri-cas e cenográficas -, ora revelavam sensa-ções induzidas ou sugeridas. Em outraspalavras: mesmo que não houvesse áudio,o espetáculo estaria garantido!Musicalmente, essa competente bandaestadunidense, formada pelos irmãos

Cezar Galhart é técnico em eletrônica, produtor de even-

tos, baixista e professor dos Cursos de Eventos, Design

de Interiores e Design Gráfico do Unicuritiba. Pesquisa-

dor em Iluminação Cênica, atualmente cursa Pós-Gra-

duação em Iluminação e Design de Interiores no IPOG.

CÊNICACÊNICAILUMINAÇÃOILUMINAÇÃO

ESPETÁCULO IMPERDÍVELPARA SER VISTO - PELA ILUMINAÇÃO CÊNICA!

A iluminaçãocênica proporciona

surpreendentessensações, de

diversas maneiras,em múltiplos

contextos. Nosespetáculos

musicais, muitasdessas sensações

reproduzememoções e

significadospróprios para as

canções, como se asluzes fornecessem

as cores que melhorpudessem traduziros sentimentos e as

mensagenstransmitidas nas

letras e melodias,de maneira

intencional epsicodinâmica.

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Followill (Caleb, na guitarra e vocalprincipal; Nathan, na bateria e back-

ing vocals, e Jared, no baixo e backing

vocals - além do primo MatthewFollowill na guitarra solo), trouxe aopúblico participante do evento umrepertório de 21 canções, para umshow de aproximadamente noventaminutos, que demonstraram diver-sas influências – do Southern Rockao Country Rock, entre outras refe-rências e inspirações de diversasbandas que são percebidas nas melo-dias e letras – com um ótimo resulta-

do, sonoramente qualificado e muitointeressante. Destaque notório às li-nhas de baixo – evidenciadas pelotimbre de um Gibson ThunderbirdIV Bass -, que misturavam grooves em-polgantes, linhas sincopadas, diversi-ficação rítmica e staccatos precisos.

Talvez esses sejam alguns dos elemen-tos utilizados pelo lighting designer PaulNormandale – que desde 1994 trabalhacom Cocteau Twins, Björk, DepecheMode, Shakira, Morrissey, Coldplay,Paul McCartney, entre dezenas de ar-tistas e bandas, e desde 2004 com abanda Kings of Leon – na elaboraçãodo projeto de iluminação cênica, utili-zado para a atual turnê.Estruturado nas principais técnicasde iluminação, todo o palco foi ideali-zado para reproduzir os sistemas emétodos convencionais de ilumina-

ção, complementados por duas estru-turas singulares, responsáveis pelasdinâmicas – e ações psicodinâmicas –que alternavam força e suavidade àsimagens projetadas no telão – ou mes-mo, na ausência de imagens, compo-sições peculiares e interessantes.

Figura 1: Maquete eletrônica com construção similar ao palco do show do Kings Of Leon – Turnê “MechanicalBull” – Circuito Banco do Brasil 2014 - iluminação simulada pela construção em Google SketchUp 8 erenderização com o Kerkythea 2011.

Fonte

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Estruturado nas principais

técnicas de iluminação, todo o palco foi

idealizado para reproduzir os sistemas e

métodos convencionais de iluminação

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A primeira estrutura, formada por trêslinhas de instrumentos de iluminaçãocênica, combinava estrobos – similaresao Atomic 3000 DMX, da empresa di-namarquesa Martin Professional -,com onze barras de dez LEDs (LEDDMX Light Bars) – similares àquelesproduzidos pela empresa norueguesaOledone Norge – e sete refletores PAR38. Essa configuração fornecia a ilumi-nação geral de uplighting, na área cen-tral do palco.A iluminação percebida basicamenteera produzida por essas estruturas, empraticamente todo o show, com pre-dominância da coloração azul, alter-nando-se com outras - tais como overmelho e violeta (ou ainda, o âmbar,na canção Pyro, ou outras tonalidadesde amarelo, como em Molly’s Cham-

bers). Nesse contexto, também erapossível identif icar uma simetriaconstante, e, mesmo nas cenas produ-zidas com sequência de luzes, e nasconfigurações repetidas e alinhadasem cada uma das três estruturas, eramquebradas apenas em poucos momen-tos, vinculados às cenas com transi-ções sequenciais, mas com efeitosestroboscópicos – como se fossem“staccatos visuais”, ou mesmo nosblecautes – com o escurecimento total

do palco pelo desligamento dos ins-trumentos de iluminação cênica.Outro elemento recorrente foi a paridade– tanto na iluminação, como nas imagens.Composições espelhadas, e também frag-mentadas com elementos de ruptura dasimagens originais, formavam representa-ções caleidoscópicas, tais como aparecena capa do disco Only by the Night, quartoálbum da banda, de 2008.Complementar à anterior, outra estru-tura, imponente e marcante, era consti-tuída por células hexagonais, em núme-ro de cinco conjuntos, formada por seismoving lights VL3500 Wash FX da marcaholandesa Philips Vari-Lite (RoyalPhilips Electronics), que proporcionamimpressionantes 70.000 lúmens, confi-gurados com quatro LED PAR 64 – si-milares àqueles da marca Stairville -,além de três refletores PAR 36 (PeamBeam), como representados na figura 3.Com essas “células”, os resultados fo-ram impressionantes. Fachos assimé-tricos e definidos, formando figuras es-paciais alusivas a tentáculos ou, de ma-neira mais emblemática, sabres de luz,alinhadas aos momentos mais marcan-tes de algumas canções, com variaçõesno direcionamento e nas cores, e tam-bém na velocidade, em alguns momen-tos com movimentos lentos e em outros

A iluminaçãopercebida

basicamente eraproduzida por

essas estruturas,em praticamentetodo o show, com

predominância dacoloração azul,

alternando-se comoutras - tais como

o vermelho evioleta (ou ainda,

o âmbar, nacanção Pyro...)

Figura 2: Maquete eletrônica com construção similar ao Palco do show do Kings Of Leon – Turnê Mechanical Bull – Circuito Banco do Brasil 2014 - iluminação

simulada pela construção em Google SketchUp 8 e renderização com o Kerkythea 2011.

Fonte

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com velocidade estimulante e frené-tica. Destaque para a figura 4, comuma cena da canção Taper Jean Girl,segunda do repertório daquela noite,

e a demonstração dos efeitos e figurastridimensionais resultantes, com es-ses recursos.No sidelighting, estruturas estáticas –em meia altura - formadas por refle-tores PAR 64 e refletores Fresnel,acompanhados por canhões segui-dores, que eram direcionados poroperadores, proporcionavam combi-nações propícias à dramatização paraas canções mais densas e intros-pectivas, tais como Closer e The

Immortals. Outros efeitos dramáticose “emoldurantes” – ou mesmo para arevelação dos músicos – eram forma-dos por refletores PAR 64, situados

Figura 3: Representação em maquete eletrônica, similar àquela utilizada no Palco do Circuito Banco do Brasil

2014 - construção em Google SketchUp 8 sem renderização. Fonte: Cezar Galhart.

Fonte

: Ceza

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Figura 4: Show da banda Kings Of Leon – canção Taper

Jean Girl – Circuito Banco do Brasil (01/11/2014).

No sidelighting, estruturas estáticas

– em meia altura – formadas por refletores

PAR 64 e refletores Fresnel, acompanhados

por canhões seguidores seguidores

Fonte

: Ceza

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na parte frontal do palco, como “luzesde ribalta”, com predominância tam-bém para a cor azul.No backlighting, moving spots VL3015LT,também da Philips Vari-Lite, com-plementavam a estrutura de ilumina-ção, com fachos direcionados à estrutu-ra de teto de maneira a delimitar a áreado palco, visualmente.A geração das imagens também sedestacou, substancialmente. Em de-terminados momentos, a fusão devídeos pré-gravados com a captaçãode cenas dos músicos e do públicoproporcionavam flagrantes impac-tantes, alguns com manifestaçõesemocionadas e outros de satisfação econtentamento – claro, correspon-didos pelo público com aplausos e ma-nifestações calorosas.Também, as reações do público àsinterações da iluminação cênica eramentusiásticas e empolgadas. Nas tran-sições das canções, com o surgimentodos primeiros fachos de luz, muitos fãsjá reconheciam a seleção de músicas –proporcionada pela difusão de vídeos

No backlighting,moving spots

VL3015LT, tambémda Philips Vari-

Lite,complementavam a

estrutura deiluminação, com

fachos direcionadosà estrutura de teto

de maneira adelimitar a área dopalco, visualmente.

Figura 5: Show da banda Kings Of Leon – canção Taper Jean Girl – Circuito Banco do Brasil (01/11/2014).

Para saber mais

[email protected]

em redes sociais ou mesmo pela repeti-ção do repertório em outras cidades in-tegrantes da mesma turnê -, mas, emgrande parte, pelo mérito do lighting

designer pela criação desses elementos,reconhecidos e identificados por mui-tas pessoas.E não seria esse um dos principais ob-jetivos da iluminação cênica? Revelar,emoldurar, destacar e eternizar mo-mentos e cenas na memória das pesso-as que, além da associação direta comas afinidades que as melodias, harmo-nias, letras e ritmos proporcionam, osregistros visuais de acontecimentos eespetáculos – que se tornam únicos,inesquecíveis, e alguns, imperdíveis.Finalmente, nesta primeira conversade 2015, desejo a todos um Feliz AnoNovo, repleto de muitas realizações emuita Luz, de forma a direcionar no-vos rumos, emoldurar desafios e reve-lar promissoras oportunidades. Abra-ços e até a próxima!

Fonte

: Porã

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FÁBIO JR.ara a nova turnê O que importa é a

gente ser feliz, que teve início noCitibank Hall de São Paulo, o próprioartista pediu para os designers Leo-nardo “Maçã” Oliveira e Rogério “Cari-oca” Fernandéz criarem um cenário sim-ples e clássico. Como a ShowDesign tra-balha com o Fábio Jr. há 10 anos, osdesigners da empresa já conhecembem os gostos do cantor, que usual-

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[email protected]

Fotos: André Hirae / Divulgação

mente tem como identidade apresen-tações mais intimistas com um lookmais tradicional.Para isso, os LDs escolheram um fecha-mento de palco com panos, tendo váriospontos de costuras assimétricos para darum visual de pano amassado e criar umótimo volume 3D para ser iluminado. Oobjetivo era criar a ilusão de um cenáriomaior, conseguido com sete pernas de

MAIS SIMPLES E CLÁSSICO

O pedido partiu dopróprio Fábio Jr.,

que queria umcenário mais

simples e clássicopara a nova turnê.

A ideia do cantorera voltar às

origens, quando oscenários eram mais

rústicos, mas semabrir mão de umdesign elegante.

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Voil branco amarradas no meio ecolocadas ao redor do palco, con-ferindo mais profundidade e crian-do mais um elemento para traba-lhar a luz. O terceiro elementoveio através de oito colunas de re-vestimento de parede 3D Board,para também serem iluminadas.Doze Robe ColorSpot 700E AT -entre outros aparelhos - foram es-pecificados por Maçã e Carioca, eforam montados em duas estrutu-ras paralelas no teto - seis em cadauma - usados para produzir o climaapropriado para esse show total-mente teatral, além de permitirque fossem criados certos tipos decores e texturas específicas usandomistura CMY, efeitos de gobo efrost. “Quando apresentamos aproposta, Fabio soube imediata-mente que tínhamos atendido seupedido”, disse Leonardo Oliveira.Os ColorSpot 700E AT foram usa-dos em vários momentos especiais

do show, mas em particular na mú-sica Dias Melhores, quando Leonar-do criou um único efeito usandofrost, gobo, zoom e íris. Maçã con-tou que em qualquer projeto que ele

faz - seja uma gravação de DVD,peça de teatro ou tour de música -opta por utilizar aparelhos da Robe,“pois sabe que, a qualquer momen-to, pode exigir mais do equipamen-to, sem se desapontar”. Os 12 xRobe ColorSpot 700E AT serão

usados durante toda a turnê brasi-leira de Fábio Jr., e serão fornecidospela ShowDesign.Com quase 35 anos de carreira,Fábio Júnior é acompanhado por

Amador Longhini no teclado edireção musical, Álvaro Gonçal-ves na guitarra e violão, Jotinhano baixo, Gustavo Barros na gui-tarra e Pepa D’Elia na bateria,além de Aldo Gouveia e EllisNegress nos vocais.

Os ColorSpot 700E AT foram usados em

vários momentos especiais do show, mas em

particular na música Dias Melhores, quando

Leonardo criou um único efeito

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om poderoso line up de estrelas musi-cais como Bruno & Marrone, Victor

& Leo, Cristiano Araujo, Chitãozinho& Xororó e muitos outros, o Festival de

Barretos, organizado pela empresa OsIndependentes, durou 10 dias e atraiu

um grande público, a exemplo dosanos anteriores. Nesta edição, a LPL

entregou um pacote técnico completopara duas apresentações ao vivo do

evento, com iluminação projetadapor Bruno Lima.

C

[email protected]

Fotos: Divulgação

Lima reuniu-se com os organizadoresassim que a LPL foi confirmada para o

projeto e procurou discutir sobre os vá-rios requisitos técnicos de cada banda,

incluindo a necessidade de colocar umagrande tela de LED na parte de trás do

palco, com tiras adicionais de ‘cênica’LED nas asas do palco.

Uma das inovações foram as telas deIMAG LED à esquerda e à direita do pal-

co, mais uma no centro da borda da fren-te, para assegurar que todos na enorme

A Festa do Peão,em Barretos, nointerior de São

Paulo, contou comuma solução em

iluminação daLPL, que forneceu

mais de 170 movinglights da Robe paraos principais palcos

do festival,considerado o

maior de músicasertaneja do Brasil.

BARRETOSBARRETOSG A N H A M A I S B R I L H O

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arena principal tivessem uma boa visão das performances.

Tiras cênicas adicionais de LED também iam até o outrolado do palco e, à frente deste e nas colunas do PA, foram

amarrados todos os elementos visuais juntos. Uma vez que oprojeto de LED foi concluído, foi hora de começar a criar o

projeto de iluminação da produção.O desafio era, com todo esse LED no palco, colocar diver-

sas luminárias de alto brilho. Assim, Lima começou a tra-balhar a fim de criar um espaço de show dinâmico e flexí-

vel, escolhendo os aparelhos da Robe, que deveriam ofere-cer várias opções para todos os artistas – muitos dos quais

trouxeram seus próprios Lighting Designers.

PRÁTICOS E FUNCIONAISDe acordo com Lima, os aparelhos da Robe foram usados

no palco principal e escolhidos por sua intensidade, mui-tos recursos criativos e capacidade de fazer um grande im-

pacto no espaço. A escolha incluiu 54 Pointes e 48LEDWash 600s da série de ROBIN, juntamente com 36

ColorSpot 2500E ATs e outros 36 ColorWash 2500E ATs.Estas e outras luzes foram posicionadas no teto, acima do

palco, na nova estrutura de palco no telhado, projetada econstruída pela LPL, e em todo o espaço e nas colunas de

PA. Outras ficaram ainda no chão e algumas penduradasdiretamente sobre a estrutura de palco. Lima descreveu os

aparelhos Robe como “excelentes, muito poderosos, alta-mente confiáveis e brilhantes”, reunindo todos os atribu-

tos necessários para fazer um festival já tradicional e comdiversos artistas do mundo sertanejo.

Lima trabalhou ao lado de uma equipe da LPL, incluindo16 técnicos de iluminação, além do gerente de projetos,Victor Auricchio, e o chefe de equipe, Hércules Gonçal-

ves. “Estamos todos extremamente orgulhosos em ajudara entregar a produção técnica para os palcos de apresenta-

ções ao vivo para o maior festival sertanejo do país”, com-pletou. A empresa de iluminação possui atualmente em

estoque cerca de 300 equipamentos da Robe.

Desafio: colocar luminárias de alto brilho em contraste com os paineis de LED

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s principais astros do sertanejo na-

cional estiveram reunidos no fes-tival Universo Alegria, realizado dia 22

de novembro no Parque Assis Brasil,em Esteio (RS). Em sua 7ª edição, o

evento colocou lado a lado estrelas deum dos ritmos de maior sucesso no

Brasil, como os clássicos Chitãozinho& Xororó, Zezé di Camargo & Luciano

O

[email protected]

Fotos: Pedro Tesch Divulgação

e Rionegro & Solimões. Já a nova gera-ção do sertanejo marcou presença com

Jads & Jadson e Lucas Lucco, além dosjá consagrados Michel Teló, Victor &

Leo e Luan Santana.As mais de 40 mil pessoas presentes

puderam acompanhar um verdadeiroespetáculo em áudio e iluminação

proporcionado pela Impacto Vento

E SERTANEJO

UNIVERSOUNIVERSOImpacto VentoNorte ilumina

evento do sertanejonacional utilizando

somenteequipamentos da

Martin.

CADERNO ILUMINAÇÃO

Page 93: Edição 242 - Janeiro 2015

93

ALEGRIAALEGRIANorte, contando com uma gran-

de variedade de equipamentosdas marcas do portfólio da Har-

man. José Luis Fagundes, ou Ka-belo, foi o Lighting Designer de-signado para empolgar a plateia e

transformar os shows em uma ex-periências inesquecível.

Como no palco a cenografia foitoda composta por painéis de LED,

era preciso um produto que permi-tisse desenhar a iluminação em

harmonia com essa outra fonte deluz. O objetivo principal era, sem

perder em luminosidade, fazer comque iluminação e vídeo trabalhas-

sem de forma conjunta, sem umsobressair ao outro. Para que isso

fosse possível, a qualidade dos pro-dutos Martin teve papel funda-

mental, oferecendo toda a potên-cia necessária para que tudo ocor-

resse dentro do desejado.“Os produtos Martin são conheci-

dos por sua ótica perfeita, o que

nos proporcionou a quantidade

necessária de lúmens para se atin-gir o objetivo do projeto. Todos os

aparelhos de iluminação foramMartin e nos deparamos com as-

pectos muito importantes comoconfiabilidade, ótica, acabamento

e assessoria técnica. O desempe-nho foi superior a outros aparelhos

do mercado. O que mais chamou aatenção é que o aparelho MH 3,

mesmo com uma lâmpada 5r, teveum resultado superior a outras

lâmpadas de maior potência”, ex-plica Kabelo.

Para o português Amandio ManuelTeixeira da Costa, técnico especia-

lista da Martin, o Universo Alegria

2014 foi um marco nos eventos bra-

sileiros por ter sido a primeira vez emque um festival teve na sua totalida-

de apenas uma marca de iluminação,através da Martin. “A Martin, com

27 anos de existência, é com toda a

Cenografia foi toda composta por paineis de LED

Quantidade de lúmens necessária para o evento Iluminação e vídeos trabalharam em conjunto

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Lista de equipamentos

Martin

54 RUSH MH3

40 RUSH MH1

24 Strobe Atomic 3000

36 Mac 101

4 Maquinas de Fumaça ZR44

JBL

Sistema principal:

02 arrays com 14 unidades de VT 4889 DP-

DA (principais) • 02 arrays com 09 unidades

de VT 4880 A (subwoofer içado) • 02 arrays

com 08 unidades de VT 4889 (preenchimen-

to) • 02 arrays com 04 unidades de VT 4889

DP-DA (torres de atraso) • 04 unidades de

VT 4889 DP-DA (frente de palco) • 36 unida-

des de STX 828 S (subwoofer de chão)

Total:

40 unidades de VT 4889 DP-DA

16 unidades de VT 4889

18 unidades de VT 4880 A

36 unidades de STX 828 S

34 unidades de amplificadores IT 12000 HD

Extra:

01 unidade de console VI-1 Soundcraft

(Software de gerenciamento e controle do

equipamento Performance Manager).

certeza uma referência no mundo todo

na aérea da iluminação profissional.Seu desempenho não encontra grandes

desafios no mundo do show businesspor garantir uma grande variedade de

produtos para satisfazer qualquer gêne-ro de evento”.

De acordo com Amandio, o contatocom iluminadores responsáveis por

cada uma das atrações confirmou a óti-ma impressão deixada junto aos especi-

alistas. “O grande diferencial na Martin

é o seu conjunto ótico que, comparadocom aparelhos com a mesma lâmpada,

conseguem emitir muito mais luz. No

meu ponto de vista, como estrangeiro, oBrasil está cada vez mais próximo da

magnitude dos eventos realizados emoutros países. Tudo graças à qualidade

dos equipamentos e dos profissionaisque já se encontram no Brasil. Queria

dar os meus parabéns à empresa ImpactoVento Norte, de Porto Alegre, pela qua-

lidade dos seus profissionais, em parti-cular ao Lighting Designer José Luis

Fagundes (Kabelo), por seu projeto deluz para este festival”.

No quesito áudio, a potência e confia-bilidade JBL proporcionaram áudio

cristalino ao público do evento. Paraque isso fosse possível, nada menos que

144 equipamentos foram utilizados en-tre line arrays, subwoofers e alto-falan-

tes, confirmando o Universo Alegriacomo um espetáculo de primeira linha

do cenário musical brasileiro.

Line JBL

Iluminação com equipamentos Martin

No meu ponto devista, como

estrangeiro, oBrasil está cada

vez mais próximoda magnitude doseventos realizados

em outros países.Tudo graças àqualidade dos

equipamentos e dosprofissionais que já

se encontram noBrasil.

(Armandio, técnicoespecialista da

Martin)

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LUIZ

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TUTOTUTO

igura impossível de passar desapercebida, rodavapor Ipanema num bem conservadíssimo Volks

1600 “Zé do Caixão”, cabelos sempre ao vento parafora da janela, cumprimentando e sendo cumprimen-tado por todos: malucos, casais de velhinhos, morado-res de rua... até mesmo os arrogantes policiais daquelestempos de Ditadura falavam manso com o Tuto e an-dar com ele era um verdadeiro salvo-conduto paraquem tinha “alguma coisinha” escondida na cueca.Ou na calcinha. Na maioria das vezes essa última hi-pótese era o que rolava, porque – claro! – o Tuto era umpegador de primeira. Em sua companhia podiam servistas jovens atrizes em começo de carreira, cantoras,estrelas da Globo em ascensão ou decadência e tietesde todos os gêneros, contanto que fossem bonitas einteligentes, porque, antes de tudo, Tuto não passavasem um rostinho lindo aliado a uma conversa agradá-vel. Nada bobo, o Tuto.Visto isso, imaginem quão feliz eu fiquei quando eleme puxou para um canto numa daquelas interminá-veis noites de festa do Baixo Leblon e propôs rachar oaluguel do meu apartamento de dois quartos na Barãoda Torre, estrategicamente situado entre a Farme deAmoedo e a então Montenegro, hoje Vinícius de Mo-rais, no miolo da coisa, no centro do nosso pequeno emaravilhoso mundo de juventude, expectativa e algu-ma, ou muita, porra-louquice. O aluguel era caro, o apê

F espaçoso e a companhia do Tuto e seus – melhor! –suas amigas, certamente não me fariam mal nenhum.Mas não pensem que aceitei a proposta apenas por in-teresse, eu realmente gostava dele. Tuto era superantenado, sabia de tudo o que acontecia, lia com avi-dez, estudava muito seus instrumentos, não se drogavaem excesso; em suma, era uma pessoa para se ter porperto.- Você tem muita coisa pra trazer? – perguntei, apesarde ter em casa apenas o essencial.- Só roupa, instrumento e uma bicicleta.- Lá em baixo tem um bicicletário. O armário do se-gundo quarto está vazio e eu guardo meus instrumen-tos no quarto de empregada, ainda cabe muita coisa.E lá veio o Tuto morar comigo com sua coleção deguitarras, violões, cavaquinhos, bandolins, violas eaté um enorme sitar indiano que acabou de lotar oquarto dos fundos, mesmo ele não sendo lá muitopequeno. Nossa vida virou um tocar sem fim: ávidopor aprender a mexer naquelas novidades e raridades,eu sugava sem dó tudo o que o saber musical do Tutopodia me proporcionar.E assim passaram-se os meses: nós dois dentro daqueleapartamento, tocando e compondo parcerias mil, en-quanto um raro e frio inverno carioca enchia Ipanemade brumas e a mão de ferro dos Atos Institucionaisparecia tirar das pessoas a vontade de sair por aquele

Meu Amigo

Tuto era um amigo chegado. Multi-instrumentista de cordas, sabia tudo: com a mesmaeficiência com que fazia seu bandolim falar numa roda de samba, podia assombrar o maisradical dos heavy-rockers com riffs geniais de uma guitarra que parecia saída de uma van

do Led Zeppelin tunada em Los Angeles por Mr. Devil em pessoa....

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[email protected] | LUIZCARLOSSA.BLOGSPOT.COM

Rio ainda tão belo dos anos 70. Mas o que não saía daminha cabeça era a quietude da nossa casa, no que diziarespeito ao Tuto. Só amigos meus apareciam por lá, edesde que eu começara a namorar firme uma produtorade teatro, as borboletas da noite não voavam mais pelaminha luminária colorida. Um belo dia, enquanto elefazia sua sitar soar como alguma coisa celestial e umincenso enchia nossas narinas com os odores de – su-púnhamos... – uma Índia envolvente e misteriosa, to-mei coragem e fiz a pergunta que não queria calar, es-condido atrás de uma fantasia de coitadinho:- Cara, será que teus amigos não me curtem? Não apa-rece ninguém por aqui...Tuto ficou visivelmente chocado com a pergunta. Pôsa sitar de lado e olhou-me nos olhos:- Que é isso, Sá?Fiquei desconcertado, já sacando a dimensão da boba-gem do meu “disfarce”. Seria melhor ter sido direto,sem subterfúgios, porque era assim que o Tuto era.- Não, espera aí... é porque eu te via sempre cercado degente... e desde que você mudou pra cá não pinta nin-guém pra te procurar... fiquei preocupado.Para minha total surpresa, ele caiu na gargalhada:- Meu bom!Saiu da almofada onde estava sentado e ajoelhou-se naminha frente:- Cara, você não imagina como me faz bem estar mo-rando aqui.Levantou-se e buscou seu maço de Hollywood emcima da mesinha. Puxou do isqueiro e acendeu o cigar-ro ainda com os olhos fixos em mim:- Não tem nada a ver contigo – falou, depois de soltar afumaça da primeira tragada – foi uma decisão minha.- Decisão?- É, decisão. Olha só... era toda noite o mesmo papo, omesmo agá... todo mundo se achando a melhor coisaque a Humanidade produziu, aquele monte de gentefalando, falando... aquilo não tinha sentido, entende?- Ué... eu sempre te achei muito à vontade no meio dis-so tudo! – disse eu, mais por desafio que por certeza.Tuto revirou os olhos, impaciente:- É, podia parecer isso mesmo. Mas não era. Enchi o saco.Sentou-se de novo na almofada:- Você sabe por que ninguém vem me ver aqui?-?- Porque eu não dei o endereço. Não falei pra ninguémque eu vim pra cá. E quer saber? Acho que você tam-bém não! – riu - Depois desse namoro com essa mulherbrava... ia ser uma bandeira só!Rimos, nos abraçamos e abrimos outra cerveja. Eucompreendia perfeitamente a atitude do Tuto. Só queeu me comprazia em viver no meio daquela vida de

sonhos, cheia de perspectivas, longe daquele mundoreal sem drogas nem fantasias, que nos obrigava a en-carar a ditadura, a repressão, a dúvida escura que paira-va sobre nosso futuro. Ali mesmo descobri que Tutoera meu ponto de encontro com a verdadeira Ipanema,o Rio de fato, o Brasil que me restava.Enfim, o verão chegou, Ipanema desabrochou e saímosde casa para a praia, deixando nossos inocentes corposse queimarem sem filtro solar ao sol de 40 graus do glo-rioso Rio de estio. Por respeito à vontade do Tuto, ja-mais revelei que ele morava comigo, mesmo quandomeu namoro acabou diante da exigência de segredomal-entendida por minha pouco discreta produtorateatral. Quando o posto 9 afinal realizou que Tutomorava comigo, ele já havia se mudado para o Tambácom uma linda psicóloga dinamarquesa. Acabei porser seu padrinho de casamento numa cerimônia nacomunidade do Vidigal assistida apenas, veja só, pelosdeslumbrados pais copenhaguenses, que Tuto conquis-tou sem restrições em menos de uma semana. Dalimesmo eles partiram para Copenhague e passei anossem ouvir falar do meu amigo, até que neste dezembrode 2014 recebi um e-mail que mais parecia um virus.Alguma intuição à prova de hackers fez com que euabrisse o anexo. Nele, uma foto mostrava uma famíliaque oscilava entre o louro e o mulato. Uma série desinapses relâmpago me fizeram reconhecer Tuto e suaviking cercados por filhos e netos. O texto que acom-panhava a foto esclareceu tudo de vez: “Meu queridoSá, já sei que está tudo bem com você e já conheci sualinda família pelo Facebook. Fiquei feliz em saber quevocê seguiu a carreira musical e conseguiu realizar seussonhos. Desculpe-me a longa ausência, mas saiba quenossa amizade permanece viva dentro do meu coração.O Deus no qual não acredito sabe que pensei em vocêdurante todos estes anos, torcendo por seu talento,por sua felicidade e por nosso reencontro. Não querovoltar ao Brasil. Aquela minha vida que você supunhafeliz não tinha amor. Isso eu só encontrei aqui, comminha querida Laisa e meus filhos Ulrik, Anders, Ingae Luiz. Isso mesmo, Luiz em sua homenagem, amigo!Talvez você não tenha percebido que numa fase críticade minha vida você foi minha referência para ummundo melhor.Espero que a vida faça com que nos reencontremos aquina Dinamarca – de onde não saio em nenhuma hipóte-se, nem para os países vizinhos – e possamos nos abraçare recordar nossos tempos felizes num Brasil amargo.Beijos meus e da minha família para você e para osseus Tuto”Meu amigo Tuto, ainda bem que depois de todos estesanos você continua o mesmo!

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REL

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Empresa ......................... Telefone ............... Home Page/e-mail .................................................... Pág

AES Brasil ............................................................................... www.aesbrasilexpo.com.br ........................................................................ 06

AH Lights ...................................... (21) 2242-0456 .............. www.ahlights.com.br ................................................................................. 33

Arena Áudio Eventos ..................... (71) 3346 -1717 ............ www.arenaaudio.com.br ............................................................................ 55

Augusto Menezes .......................... (71) 3371-7368 .............. [email protected] .................................................................. 83

Avid ............................................... (19) 3741- 4644 ............ www.avid.com/br/ ..................................................................................... 19

Bass Player .................................... (11) 3721-9554 .............. www.bassplayerbrasil.com.br .................................................................... 85

Cosmos Estúdios .......................... (21) 3179-0183 .............. www.cosmos-estudio.com ......................................................................... 73

CSR ............................................... (11) 2711-3244 .............. www.csr.com.br ......................................................................................... 29

Decomac ...................................... (11) 3333-3174 .............. www.decomac.com.br .............................................................. 05, 15 e 23

Equipo ........................................... (11) 2199-2999 .............. www.equipo.com.br .................................................................................. 17

Gigplace ................................................................................. www.gigplace.com.br ................................................................................ 57

Gobos do Brasil ............................. (11) 4368-8291 .............. www.gobos.com.br ........................................................... 3ª capa, 31 e 91

Guitar Player ................................. (11) 3721-9554 .............. www.guitarplayer.com.br ........................................................................... 46

Harman .................................................................................. www.harman.com ..................................................................................... 07

Hot Machine ................................. (11) 2909-7844 .............. www.hotmachine.ind.br ............................................................................ 87

João Américo Sonorização ............ (71) 3394-1510 .............. www.joao-americo.com.br ........................................................................ 57

Lyco .............................................. (11) 3675-2335 .............. www.lyco.com.br ....................................................................... 2ª capa e 03

Modern Drummer ......................... (11) 3721-9554 .............. www.moderndrummer.com.br .................................................................. 44

MTX Audio Pro ............................ (21) 2706-3745 .............. www.mtxaudiopro.com.br ........................................................................ 67

Ninja Som ..................................... (11) 3550-9999 .............. www.ninjasom.com.br ............................................................................... 47

Pazini ............................................. (62) 3265-6100 .............. www.pazini.com.br ............................................................................ 4ª capa

Prisma ........................................... (51) 3711-2408 .............. www.prismaaudio.com.br .......................................................................... 12

Projet Gobos ................................ (11) 3675-9447 .............. www.projetgobos.com.br .......................................................................... 35

Pro Shows ..................................... (51) 3589 -1303 ............ www.proshows.com.br ............................................................................. 51

Robe ....................................................................................... www.robe.cz .............................................................................................. 81

Sonotec ......................................... (18) 3941-2022 .............. www.sonotec.com.br ................................................................................ 13

Star Lighting .................................. (19) 3864-1007 .............. www.star.ind.br .......................................................................................... 43

SPL Alto-Falantes ......................... (47) 3562-0209 .............. www.splaltofalantes.com.br ....................................................................... 25

Tagima .................................................................................... www.tagima.com.br .................................................................................. 21

Taigar ............................................ (49) 3536-0209 .............. www.taigar.com.br .................................................................................... 79

TOA Corporation .................................................................. www.toacorp.com.br ................................................................................ 72

USA Liquids .................................. (11) 4012-4597 .............. www.usaprofissional.com ............................................................................ 63

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