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16/04/2018 Edição 2058 Sindicato dos Metalúrgicos de Ouro Branco, Congonhas, Jeceaba e Base Sede Ouro Branco: Av: Patriótica, 1080 - Bairro Siderurgia ZAP: (31) 98733-0616 Fixo: (31) 3741-2019 Celulares: (31) 98524-4816 /4817/4819 Presidente: Raimundo Nonato Roque de Carvalho ([email protected]) Assessora de Imprensa: Ariana V. dos Santos ([email protected]) Tiragem: 6000 exemplares Gráfica Pontual: (31) 3741-3291 Fiscalização Gerdau Ouro Branco Há muito tempo, o Sindicato tem trabalhado com as várias denúncias proveniente dos trabalhadores da Gerdau Ouro Branco e contratadas. Tentamos, de todas as formas, encontrar uma solução para resolvermos estes problemas (dialogando com a empresa), porém, sem sucesso. Com isso, o Ministério do Trabalho e Emprego - MTE - SEGUR/SRTE- MG (Superintendência Regional do Trabalho e Emprego) tomou conhecimento e vem agindo e tratando estas denúncias, pois, graves acidentes ocorreram. Com certeza estas ações que serão tomadas poderão contribuir muito para que outros acidentes, que estão prestes a acontecer, não ocorram. Pelo menos é isso que o Sindicato busca para os trabalhadores. Na semana passada, os auditores fiscais iniciaram uma fiscalização nos diversos setores da Gerdau, onde várias irregularidades foram levantadas e o Sindicato espera que algumas ações firmes sejam tomadas no sentido de garantir a saúde e segurança dos trabalhadores. PERICULOSIDADE E INSALUBRIDADE, UM PASSE DE MÁGICA Parece que tem um mágico trabalhando nas áreas da Gerdau Ouro Branco, pois, num passe de mágica, alguns setores que são de alta insalubridade, num passe de mágica acabou. Principalmente, para trabalhadores da manutenção central que atuam em todas as unidades da empresa, portanto, exposto a todos os tipos de agentes agressivos a saúde do trabalhador. Durante a semana passada, recebemos uma Comissão de Trabalhadores de diversos setores da Gerdau, denunciando ao Sindicato sobre as medições realizadas alegando que foram forjadas. As medições eram realizadas nos dias de chuva, para não pegar poeira, nos dias de paradas programadas para não “pegar” ruídos e até mesmo ajeitando tarefas para os trabalhadores para ficarem no momento das monitorações nas oficinas ou, ainda, em atividades burocráticas no escritório. O trabalhador fez as medições em um ambiente diferente de sua verdadeira área de atuação, para dar o resultado que a Gerdau queria. Outra importante informação passada por esta comissão, que não é novidade, eis que são denunciadas repetitivas vezes, são relativas aos equipamentos e clima. Vários equipamentos ou plantas importantes estão deterioradas. Além do excesso de pó, vazamentos de gases em diversos setores da Gerdau e ainda o terrorismo criado com a implantação das “Regras de Aço”. Diga-se de passagem que estas Regras de Aço é uma forma covarde que a Gerdau está usando para demitir os trabalhadores com mais tempo de casa, que tem um salário ‘melhorzinho”. Na semana passada, a empresa informou ao Sindicato que está concluído o levantamento ambiental em toda a empresa, porém, ela deve ter esquecido que conforme a Acordo Coletivo, este levantamento tem que ter o acompanhamento do Sindicato, porque os trabalhadores podem utilizar este instrumento para possíveis demandas que irão travar na Justiça. Em reunião realizada ontem, com representantes da Gerdau, o Sindicato alegou que diante de todas as denúncias, solicitou que a empresa adie o início deste novo levantamento (corte da periculosidade e insalubridade) até que a mesma seja esclarecida.

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16/04/2018

Edição 2058

Sindicato dos Metalúrgicosde Ouro Branco, Congonhas, Jeceaba e Base

Sede Ouro Branco: Av: Patriótica, 1080 - Bairro SiderurgiaZAP: (31) 98733-0616 Fixo: (31) 3741-2019

Celulares: (31) 98524-4816 /4817/4819

Presidente: Raimundo Nonato Roque de Carvalho([email protected])

Assessora de Imprensa: Ariana V. dos Santos([email protected])

Tiragem: 6000 exemplaresGráfica Pontual: (31) 3741-3291

Fiscalização Gerdau Ouro Branco

Há muito tempo, o Sindicato tem trabalhado com as várias denúncias proveniente dos trabalhadores da Gerdau Ouro Branco e contratadas.

Tentamos, de todas as formas, encontrar uma solução para resolvermos estes problemas (dialogando com a empresa), porém, sem sucesso. Com isso, o Ministério do Trabalho e Emprego - MTE - SEGUR/SRTE-MG (Superintendência Regional do Trabalho e Emprego) tomou conhecimento e vem agindo e tratando estas denúncias, pois, graves acidentes ocorreram.

Com certeza estas ações que serão tomadas poderão contribuir muito para que outros acidentes, que estão prestes a acontecer, não ocorram. Pelo menos é isso que o Sindicato busca para os trabalhadores.

Na semana passada, os auditores fiscais iniciaram uma fiscalização nos diversos setores da Gerdau, onde várias irregularidades foram levantadas e o Sindicato espera que algumas ações firmes sejam tomadas no sentido de garantir a saúde e segurança dos trabalhadores.

PERICULOSIDADE E INSALUBRIDADE, UM PASSE DE MÁGICA

Parece que tem um mágico trabalhando nas áreas da Gerdau Ouro Branco, pois, num passe de mágica, alguns setores que são de alta insalubridade, num passe de mágica acabou. Principalmente, para trabalhadores da manutenção central que atuam em todas as unidades da empresa, portanto, exposto a todos os tipos de agentes agressivos a saúde do trabalhador.

Durante a semana passada, recebemos uma Comissão de Trabalhadores de diversos setores da Gerdau, denunciando ao Sindicato sobre as medições realizadas alegando que foram forjadas.

As medições eram realizadas nos dias de chuva, para não pegar poeira, nos dias de paradas programadas para não “pegar” ruídos e até mesmo ajeitando tarefas para os trabalhadores para ficarem no momento das monitorações nas oficinas ou, ainda, em atividades burocráticas no escritório. O trabalhador fez as medições em um ambiente diferente de sua verdadeira área de atuação, para dar o resultado que a Gerdau queria.

Outra importante informação passada por esta comissão, que não é novidade, eis que são denunciadas repetitivas vezes, são relativas aos equipamentos e clima.

Vários equipamentos ou plantas importantes estão deterioradas. Além do excesso de pó, vazamentos de gases em diversos setores da Gerdau e ainda o terrorismo criado com a implantação das “Regras de Aço”.

Diga-se de passagem que estas Regras de Aço é uma forma covarde que a Gerdau está usando para demitir os trabalhadores com mais tempo de casa, que tem um salário ‘melhorzinho”.

Na semana passada, a empresa informou ao Sindicato que está concluído o levantamento ambiental em toda a empresa, porém, ela deve ter esquecido que conforme a Acordo Coletivo, este levantamento tem que ter o acompanhamento do Sindicato, porque os trabalhadores podem utilizar este instrumento para possíveis demandas que irão travar na Justiça.

Em reunião realizada ontem, com representantes da Gerdau, o Sindicato alegou que diante de todas as denúncias, solicitou que a empresa adie o início deste novo levantamento (corte da periculosidade e insalubridade) até que a mesma seja esclarecida.

ATENÇÃO!!!Segue lista com os nomes

dos trabalhadores que ainda não receberam o valor

devido referente ao Processo Corte de Benefícios

Serviços extraordinários em local insalubre, sem prévia autorização do

Ministério do Trabalho e Emprego, gera dano moral coletivo.

A empresa que exige de seus empregados a prestação de serviços extraordinários em local insalubre, sem prévia autorização do Ministério do Trabalho e Emprego, comete dano moral coletivo.

A decisão foi proferida pelo Juiz que condenou uma empresa a pagar 500 mil reais de indenização por danos morais coletivos, porque exigia a realização de horas extras de seus empregados em locais insalubres, sem a autorização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), como manda a legislação.

Conforme destacou o Magistrado, a necessidade de autorização está prevista no artigo 60 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), o qual estabelece que quaisquer prorrogações só poderão ser acordadas mediante licença prévia das autoridades competentes em matéria de higiene do trabalho, as quais, para esse efeito, procederão aos necessários exames locais e à verificação dos métodos e processos de trabalho. O procedimento previsto na lei está regulamentado na NR 36 e na Portaria 702/2015 do MTE.

Para o Juiz, a empresa descumpriu de forma ostensiva a Constituição, a CLT e os atos administrativos que vedavam a exigência de jornada extra em ambiente insalubre. Agindo assim, além de violar o ordenamento jurídico, instrumentalizou os seus empregados, convertendo-os em engrenagem da atividade empresarial em detrimento da própria saúde destes.

Ainda segundo o Magistrado, o mero pagamento das horas extras recompõe apenas os prejuízos patrimoniais, mas não os extrapatrimoniais, que é objeto do pedido da Ação Civil Pública.

Proc. 0000101-69.2015.5.23.0091

Reforma trabalhista empurra país para a pobrezaPara a diretora de Cidadania e Direitos A Anamatra destaca, também,que o

Humanos da Associação Nacional dos Magistrados da crescimento de postos de trabalho no Brasil, em 12 Justiça do Trabalho (Anamatra), a Lei 13.467, de meses, deve-se basicamente ao mercado informal. De "reforma" trabalhista, vai acelerar o caminho do país acordo com o IBGE, foram criadas 1,848 milhão de para a pobreza extrema e a desigualdade social. A vagas em 12 meses, até janeiro, mas, essa expansão análise é feita com base em dados divulgados nesta vem do emprego sem carteira (986 mil) e do trabalho semana por uma consultoria (LCA), amparada com por conta própria (581 mil).informações do IBGE, demonstrando que de 2016 O presidente da associação, afirma que a para 2017 cresceu (11%) o número de brasileiros em situação econômica "põe em xeque" a reforma situação de pobreza: no ano passado, eram mais de trabalhista, particularmente nas propostas que 7%, o equivalente a 14,8 milhões de pessoas. preveem modalidades precárias de contratação. "A

"O trabalho intermitente ou contrato a zero prestação de serviços de autônomo exclusivo implica hora não garante uma renda mínima e digna para que o em informalidade e o contrato de trabalho trabalhador possa fazer face às suas necessidades mais intermitente, se permite inflar as estatísticas do básicas", afirma a Magistrada. Ela acredita que, com emprego formal, pode ser vazio de conteúdo, as mudanças trazidas pela lei, os índices de pobreza e autorizando meses de contratação sem qualquer desigualdade serão acentuados. Diretora chama a salário. Na prática, em situações como esta, a atenção, ainda, para o "estancamento" da redução da condição social será a mesma de um trabalhador desigualdade no país, onde mais de 20% da renda se informal”, critica. concentra no 1% da população mais rica.