ed16outubro07

40
Revista Canavieiros - Outubro de 2007

Upload: rmermejo

Post on 04-Jul-2015

345 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

Page 1: Ed16outubro07

Revista Canavieiros - Outubro de 2007

Page 2: Ed16outubro07

Revista Canavieiros - Outubro de 2007

Page 3: Ed16outubro07

Revista Canavieiros - Outubro de 2007

O produtor e amecanização

Conselho Editorial

0303030303

Acolheita mecanizada da cana-de-açúcar já é uma realidade.

Várias Usinas já aderiram ao ProtocoloAgroambiental que prevê, entre outrasmedidas, a antecipação do prazo finalpara a eliminação da queima nos terre-nos com declividade até 12% de 2021para 2014, adiantando o percentual decana não queimada, em 2010, de 30%para 70%. Para as áreas com declivida-de maior, o prazo anterior, de 2031, foireduzido para 2017 e daqui a três anos,30% da colheita têm de ser feita meca-nicamente. Em áreas novas de plantio,a queima está proibida já a partir do dia1º de novembro. Devido aos novos pra-zos, somente nesta safra, mais 70% dacana plantada na região de RibeirãoPreto foi cortada mecanicamente.

Essas medidas também têm aqueci-do o mercado de colheitadeiras de cana.Os fabricantes já vendem máquinas paraentregar somente na próxima safra. Comtoda essa mudança, é preciso que o pro-dutor independente de cana esteja pre-parado para a colheita mecanizada. Porisso, além da reportagem de capa sobreo aumento da colheita mecanizada, aRevista Canavieiros traz um artigo téc-nico de dois pesquisadores do CTC(Centro de Tecnologia Canavieira) paratirar todas as dúvidas e desmistificar oprocesso de colheita de cana crua.

O entrevistado desta edição é o pre-sidente da Unica (União da Indústriade Cana-de-Açúcar), Marcos SawayaJank. Segundo ele, agora é o momentopropício para investir em pesquisas e,principalmente, em sustentabilidadesócio-ambiental. Jank fala ainda sobrea baixa nos preços do açúcar e álcool,da necessidade de unificação da alíquo-ta do ICMS e da implantação de escri-tórios da Unica nos EUA, Europa eÁsia. A Revista traz ainda dois artigosna editoria Ponto de Vista: um deles in-titulado "Álcool: potencialidade e ris-

Editorial

Revista Canavieiros - Outubro de 2007

cos" escrito pelo auxiliar de planejamen-to e controle da Canaoeste, Almir Tor-cato e outro escrito pelos pesquisado-res do PENSA-RP, Marcos Fava Nevese Marco Antônio Conejero, sobre ocenário sócio-cultural e seu impacto nosetor canavieiro.

Nas páginas da Copercana, você en-contra o balanço da Fenasucro & Agro-cana 2007 e tudo que aconteceu no es-tande do sistema Copercana, Canaoestee Cocred durante a Agrocana. O gerentede comercialização de implementos e cal-cário da Uname fala da implantação dopoço artesiano na Unidade de Grãos esobre a contratação de uma empresa paramanter a qualidade da água usada naUnidade. Nas notícias Canaoeste, o as-sociado confere o calendário do novociclo de Reuniões Técnicas da Canaoes-te e o encontro do presidente da associ-ação, Manoel Ortolan, com comitivas deestrangeiros, interessados na produçãode cana-de-açúcar. Por fim, na editoria daCocred, o leitor conhece a agência Co-cred de Pontal e o balanço do Cocred emAção, também realizado em Pontal, nodia sete de outubro.

O destaque deste mês fica o IX Fó-rum Internacional Sobre o Futuro doÁlcool, que aconteceu em Sertãozinho,no primeiro dia da Fenasucro & Agro-cana. O engenheiro agrônomo da filialda Canaoeste de Pitangueiras fala, emseu artigo, sobre uma praga que assus-ta produtores da região: os Migdolus.Já Leandro Rossini, também engenhei-ro agrônomo, tira as principais dúvidassobre o controle biológico da cigarri-nha-da-raíz. Além disso, a Revista trazo artigo jurídico do Dr. Juliano Bortolo-ti e os prognósticos climáticos do Dr.Oswaldo Alonso. E mais: dicas de por-tuguês, indicação de livros, agenda deeventos, repercutiu e classificados.

Boa Leitura!

Page 4: Ed16outubro07

Revista Canavieiros - Outubro de 2007

IndiceIndiceIndiceIndiceIndiceEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTE

CapaCapaCapaCapaCapa

OUTRASOUTRASOUTRASOUTRASOUTRASDESTDESTDESTDESTDESTAAAAAQUESQUESQUESQUESQUES

NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotícias

NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotíciasCocredCocredCocredCocredCocred

CanaoesteCanaoesteCanaoesteCanaoesteCanaoeste

Cocred em Ação faz sucesso em PontalAgência Pontal: excelência em atendimento

Canaoeste recebe produtores de canada Bolívia e da Angola

Mecanização do corte:O produtor precisa estarpreparado

P a g .P a g .P a g .P a g .P a g .1 11 11 11 11 1

P a g .P a g .P a g .P a g .P a g .1 41 41 41 41 4

P a g .P a g .P a g .P a g .P a g .1 61 61 61 61 6

NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotíciasCopercanaCopercanaCopercanaCopercanaCopercanaFenasucro & Agrocana 2007:Copercana recebe clientes ecooperados durante Agrocana

CONSECANA

DESTAQUE

INFORMAÇÕESSETORIAIS

PRAGAS E DOENÇASCIGARRINHA

LEGISLAÇÃO

REPERCUTIU

CULTURA

AGENDE-SE

CLASSIFICADOS

Revista Canavieiros - Outubro de 20070404040404

P a g .P a g .P a g .P a g .P a g .

P a g .P a g .P a g .P a g .P a g . 3 13 13 13 13 1

P a g .P a g .P a g .P a g .P a g . 2 42 42 42 42 4

P a g .P a g .P a g .P a g .P a g . 3 63 63 63 63 6

P a g .P a g .P a g .P a g .P a g . 3 53 53 53 53 5

CONSELHO EDITORIAL:Antonio Eduardo Tonielo

Augusto César Strini PaixãoClóvis Aparecido Vanzella

Manoel Carlos de Azevedo OrtolanManoel Sérgio Sicchieri

Oscar Bisson

EQUIPE DE JORNALISMO:Carla Rossini – MTb 39.788

Cristiane Barão – MTb 31.814

PROJETO GRÁFICO EDIAGRAMAÇÃO:

Rafael H. Mermejo

FOTOS:Carla Rossini

Marcelo Massensini

COLABORAÇÃO:Marcelo Massensini

COMERCIAL E PUBLICIDADE:Artur Teixeira: (16) 3946-3311

[email protected]

DEPARTAMENTO DE MARKETINGE COMUNICAÇÃO:

Ana Carolina Paro, Artur Teixeira, CarlaRossini, Daniel Pelanda, Giselle Mariano,

Letícia Pignata, Marcelo Massensini,Rafael Mermejo, Roberta Faria da Silva,

Talita Carilli.

IMPRESSÃO:São Francisco Gráfica e Editora

TIRAGEM:8.500 exemplares

ISSN:1982-1530

A Revista Canavieiros é distribuídagratuitamente aos cooperados, associados

e fornecedores do Sistema Copercana,Canaoeste e Cocred. As matérias assina-das são de responsabilidade dos autores.

A reprodução parcial desta revista éautorizada, desde que citada a fonte.

ENDEREÇO DA REDAÇÃO:Rua Dr. Pio Dufles, 532

Sertãozinho – SP - CEP:- 14.170-680Fone: (16) 3946 3311

Ponto de vistaPonto de vistaPonto de vistaPonto de vistaPonto de vista

P a g .P a g .P a g .P a g .P a g .0 80 80 80 80 8

Álcool: potencialidade eriscos

Almir A. TorcatoPlanejamento e Controle CanaoesteFormando em Comércio Exterior -Centro Univ. Barão de Mauá

P a g .P a g .P a g .P a g .P a g .0 50 50 50 50 5

Presidente da Unica(União da Indústria deCana-de-açúcar)

EntrevistaEntrevistaEntrevistaEntrevistaEntrevista

Marcos SawayaJank

Com a antecipação do prazopara o fim da queima, osfornecedores de cana precisamestar organizados para prepararo canavial e analisar aaquisição de equipamentos

P a g .P a g .P a g .P a g .P a g . 2 62 62 62 62 6

3 43 43 43 43 4

P a g .P a g .P a g .P a g .P a g . 3 73 73 73 73 7

P a g .P a g .P a g .P a g .P a g . 1 41 41 41 41 4

Pragas e DoençasPragas e DoençasPragas e DoençasPragas e DoençasPragas e DoençasMigdolus! Uma realidade na regiãode Pitangueiras/SP

P a g .P a g .P a g .P a g .P a g . 3 83 83 83 83 8

Pag.Pag.Pag.Pag.Pag.20Pag.Pag.Pag.Pag.Pag.20

P a g .P a g .P a g .P a g .P a g .0 50 50 50 50 5

P a g .P a g .P a g .P a g .P a g .0 80 80 80 80 8

28Pag.Pag.Pag.Pag.Pag.28Pag.Pag.Pag.Pag.Pag.

Page 5: Ed16outubro07

Revista Canavieiros - Outubro de 2007

O momento é de investir empesquisas e sustentabilidadesocio-ambiental

0505050505

Marcos Sawaya JankMarcos Sawaya JankPresidente da Unica - União da Indústria de Cana-de-açúcar

Entrevista

Carla Rossini

A afirmação é do presidente da Unica (União da Indús-

tria de Cana-de-açúcar), Marcos Sa-waya Jank que concedeu entrevistapor e-mail a redação da Revista Ca-navieiros.

Marcos falou sobre o momentohistórico de preços muito baixos deaçúcar e álcool que o setor sucroal-cooleiro está atravessando, causa-do por um desequilíbrio entre a ofer-ta e demanda dos produtos. Apesardisso, ele acredita na importância

O momento é de investir empesquisas e sustentabilidadesocio-ambiental

Perfil:Marcos Sawaya Jank, 44, presidenteda Unica - União da Indústria deCana-de-Açúcar; graduado em En-genharia Agronômica e livre docen-te pela Escola Superior de Agricul-tura Luiz de Queiróz da Universida-de de São Paulo (ESALQ-USP).Ex-Presidente do Instituto de Estu-dos do Comércio e Negociações In-ternacionais (Icone), é mestre em Po-lítica Agrícola pelo IAM Montpellier(França) e doutor pela Faculdade deEconomia, Administração e Conta-bilidade da USP. De 2001 a 2002, tra-balhou no Banco Interamericano deDesenvolvimento (BID), em Wa-shington DC e atuou como profes-sor visitante nas universidades deGeorgetown, Missouri-Columbia,Quebec-Montreal, Calgary, WesternOntario e York.

dos biocombustíveis na matriz ener-gética do planeta, o que coloca oBrasil em evidência.

O executivo aponta como possí-vel solução para os preços baixoso estimulo ao crescimento do mer-cado interno e a abertura de novosmercados. No caso do mercado in-terno, pela primeira vez está sendorealizada uma campanha de comu-nicação em todo o país para incen-tivar o uso de álcool nos carros flex.Ele afirma que é preciso "unificar

a alíquota do ICMS em todo o ter-ritório nacional, estabelecendo umtratamento para os combustíveis re-nováveis semelhante ao hoje con-ferido ao óleo diesel e ao gás natu-ral veicular".

Para aumentar a demanda inter-nacional de álcool, a UNICA estaráimplantando nos próximos seis me-ses uma estrutura de três escritóriosno exterior, localizados nos EUA,Europa e Ásia. Confira a íntegra daentrevista.

Page 6: Ed16outubro07

Revista Canavieiros - Outubro de 2007

Entrevista

"Acredito que o Brasil tem todas as condições deocupar um papel de liderança no crescimento da

agroenergia no mundo, seja pela nossa vastadisponibilidade de recursos naturais (terra, água,

clima), seja pelo amplo domínio tecnológicosobre a cana-de-açúcar, a melhor planta para seproduzir açúcar, etanol e eletricidade de forma

competitiva e sustentável".

0606060606

Revista Canavieiros: Como o se-nhor vê o momento pelo qual está pas-sando o setor sucroalcooleiro?

Marcos Jank: A curto prazo temosum desequilíbrio de oferta e demanda,é um momento histórico de preçosmuito baixos de açúcar e álcool. Porémde uma forma mais ampla este é um mo-mento muito especial para o setor, queestá em evidência pela importância dosbiocombustíveis na matriz energéticado planeta, contribuindo para a redu-ção do aquecimento global. Esta bus-ca mundial por combustí-veis renováveis, que iráexpandir-se pela pressãodos consumidores e dos governos, representa umagrande oportunidade parao setor, não só de expor-tação de etanol mas datecnologia que desenvol-vemos nos últimos 30anos. É um momento tam-bém de investimentos empesquisas e sustentabilidade socio-ambiental, com a crescente mecaniza-ção e o uso da bioeletricidade, utili-zando a biomassa disponível na pró-pria usina. Acredito que o Brasil temtodas as condições de ocupar um pa-pel de liderança no crescimento daagroenergia no mundo, seja pela nos-sa vasta disponibilidade de recursosnaturais (terra, água, clima), seja peloamplo domínio tecnológico sobre acana-de-açúcar, a melhor planta parase produzir açúcar, etanol e eletricida-de de forma competitiva e sustentável.

Revista Canavieiros: Há perspec-tivas de mudanças na produção deálcool, uma vez que a atual produ-ção é maior do que a demanda?Como solucionar esse problema?

Marcos Jank: Na safra passada aprodução total somou 17,7 bilhões delitros, a demanda interna atingiu 14 bi-lhões de litros e as exportações soma-ram 3,6 bilhões de litros do combustível.Para solucionar esse problema, precisa-mos estimular o crescimento do merca-do interno e abrir novos mercados. No

caso do mercado interno, pela primeiravez lançamos uma campanha de comu-nicação em todo o país para incentivar ouso de álcool nos carros flex. Porém pre-cisamos também unificar a alíquota doICMS em todo o território nacional, es-tabelecendo um tratamento para os com-bustíveis renováveis semelhante ao hojeconferido ao óleo diesel e ao gás naturalveicular. Para aumentar a demanda inter-nacional de álcool a Unica estará implan-tando nos próximos seis meses uma es-trutura de três escritórios no exterior, lo-calizados nos EUA, Europa e Ásia.

Revista Canavieiros: Com o au-mento na oferta, como as usinas es-tão se organizando para a estocagemde etanol?

Marcos Jank: O setor tem capaci-dade de armazenar 70% da produçãoanual, por isso mesmo com o aumentona oferta, não há problema de armaze-nagem.

Revista Canavieiros: Os EUA en-frentam, como o Brasil, problemascom o “boom” do etanol e queda nos

preços devido ao aumen-to na produção. Há riscosde crise, como a que acon-teceu no Brasil em 99?

Marcos Jank: Não. Omercado tem capacidadepara consumir toda a ofer-ta. Precisamos continuar odiálogo com o governo parabuscar a isonomia do ICMSe estimular a demanda.

Revista Canavieiros: Como os pro-dutores de cana podem conciliar pro-dução x meio-ambiente?

Marcos Jank: O Brasil tem umagrande fração do território em condi-ções de sustentar economicamente aprodução agrícola, mantendo aindagrandes áreas de florestas com dife-rentes biomas. A UNICA incentiva aadesão das unidades produtivas aoProtocolo Agroambiental do Setor Su-croalcooleiro, assinado com o Gover-no do Estado de São Paulo, que ante-cipa o fim da queima da cana de 2021para 2014 nas áreas mecanizáveis e de2031 para 2017 em áreas não-mecani-záveis. Já temos cerca de 60 usinas queaderiram ao protocolo. Uma das direti-vas técnicas do protocolo é a prote-ção das áreas de matas ciliares nas pro-priedades com cana-de-açúcar. Alémdisso, outra diretiva do protocolo pre-vê a recuperação da vegetação de ma-tas ciliares exclusivamente ao redordas nascentes, na proporção de 10%ao ano. A Unica tem como preocupa-ção a sustentabilidade tanto nas ques-tões ambientais como sociais. Por essarazão, vamos iniciar um programa derequalificação de mão-de-obra no se-tor para funções como tratorista, cal-deireiro, visando aproveitar parte damão-de-obra que estará disponível

Page 7: Ed16outubro07

Revista Canavieiros - Outubro de 20070808080808 0707070707

após a mecanização. Teremos 50 milnovos empregos no plantio/colheita e20 mil novos empregos na indústria su-croalcooleira em 2020.

Revista Canavieiros: A UNICA di-vulgou recentemente que vai expan-dir sua área de atuação. Qual é o ob-jetivo dessa expansão e como esseprocesso deve acontecer?

Marcos Jank: A UNICA estará im-plantando nos próximos seis mesesuma estrutura de três escritórios no ex-terior, onde teremos pessoas locaispara defender a indústria da cana, com-batendo mitos e esclarecendo dúvidasna Europa, EUA e Ásia, estaremos pre-sentes nos debates junto a governos,ONGs, setor privado e mídia. O objeti-vo é promover e melhorar a imagem doetanol e do Setor Sucroalcooleiro bra-sileiro no mundo para abrir novos mer-cados. A UNICA já conta com um re-presentante em Washington, JoelVelasco, pretende ter o representanteem Bruxelas até o final do ano e na Ásiano início de 2008.

Marcos Jank (presidente Unica) e ManoelOrtolan (presidente Canaoeste) durante oIX Fórum Internacional sobre o Futuro do Álcool

Revista Canavieiros: Quais são oscenários futuros para a exportaçãodo açúcar e álcool brasileiros?

Marcos Jank: Acreditamos que oBrasil continuará exportando muitoaçúcar, mas, desta vez, dividindo a li-derança com a Índia. Já o álcool deveganhar mais espaço no exterior – prin-cipalmente Estados Unidos, Europa,Japão e China - como fruto da pressãodos consumidores e dos governos por

combustíveis renováveis.

Revista Canavieiros: Como o senhorvê a parceria entre os produtores inde-pendentes de cana e os usineiros?

Marcos Jank: Acredito que essasparcerias trazem resultados para osdois lados, já que o produtor indepen-dente recebe mais pelas terras e osempresários do setor ganham mais al-ternativas de fornecimento.

Page 8: Ed16outubro07

0808080808 Revista Canavieiros - Outubro de 2007

Álcool:potencialidade e riscos

Ponto de Vista

Álcool:potencialidade e riscos

No atual quadro de globalização, o Brasil hoje dispõe de um "combustível verde", renovável, de menor impacto em relação ao efeito estufa, tornan-

do-se assim, um poderoso instrumento de preservação ambiental. Por esses mo-tivos o país tem recebido atenção internacional nos últimos anos, já que além daredução da oferta de petróleo no mundo, a utilização do combustível ser menospoluente.

Toda a história começa com o Programa Nacional do Álcool - PROÁLCOOL,hoje com mais de 30 anos, buscando reduzir a dependência do petróleo, face aosaltos preços, foi uma tentativa para melhorar a economia nacional, que passavapor grandes dificuldades na época. Mesmo com crítica situação econômica, oPROÁLCOOL não surtiu o efeito esperado, mas trouxe um forte crescimento daindústria nacional sucroalcooleira. A crescente redução da oferta de petróleo,inclusive intensificada pelos acordos ambientais, propicia ao álcool a transfor-mar-se em uma commodity energética.

O Brasil conta hoje com o bioetanol mais barato do mundo, se comparado aosoutros biocombustíveis, onde a produção de um litro de álcool proveniente de cana-de-açúcar é mais barata que osprovenientes de outras matérias primas, além de reunir condições de solo e clima inigualáveis. Maiores são os custosde produção do bioetanol nos Estados Unidos, no Canadá, na Polônia e na União Européia segundo dados da OECD- Orgazination for Economic Co-operation Development, que pode ser acessada pelo site: www.oecd.org.

Almir A. TorcatoPlanejamento e Controle CanaoesteFormando em Comércio Exterior - Centro Univ. Barão de Mauá

* Valores considerados sem subsídios estadual e federal.

Todavia dispomos de um bomproduto para ofertar aos demais pa-íses, que, se pretenderem usar com-bustível limpo, a indústria brasileiraé uma das que deterá as melhorescondições para fornecimento emmaior escala. O ideal seria, realmen-te, transformar o etanol em uma com-modity energética internacional, talcomo o petróleo, que para tanto, énecessário incentivar outros paísesa tornarem-se produtores deste bio-combustível, porém, com especifica-ções técnicas e certificações para oproduto.

Espera-se que mesmo incenti-vando outros participantes, o Bra-

sil tem a ganhar com o aumento domercado externo, vendendo conhe-cimento e tecnologia, que foramconquistados durante todo essetempo. As promessas brasileirassobre o combustível limpo, renová-vel, são consistentes, mas estamosum tanto distantes de tornar o Bra-sil um pólo de exportação do etanol.

Em primeiro lugar, ainda não con-tamos com excedentes significati-vos para exportar. Quase toda a pro-dução é para consumo interno. Atu-almente, tal qual os EUA, o Brasil éo um dos países a utilizar o etanolem larga escala, diferentemente dosdemais. A exportação de álcool com-

bustível é pequena e, o mercadomais expressivo são os EstadosUnidos e o Japão.

Essas duas tabelas mostram sig-nificativo acréscimo nas importaçõesde álcool brasileiro pelos EstadosUnidos, que em 2006 cresceu quase

Page 9: Ed16outubro07

Ponto de Vista

99999

Fonte: UNICA

Resumindo: O Brasil, em termos de produção, está preparadopara aumentar sua participação no mercado externo como fornece-dor de álcool, porém esforços privados e públicos deverão ser volta-dos para facilitar esse escoamento.

Vários fatores beneficiam os produtores brasileiros em relaçãoaos outros países, tais como: condições climáticas favoráveis, baixospreços da terra, elevados investimentos em tecnologia e desenvolvi-mento de variedades mais produtivas; o segundo fator, é que a exis-tência de terras cultiváveis no Brasil, são suficientes para expandir aprodução de etanol em proporções inimagináveis para os demaispaises; o terceiro importante fator, é que o mercado de etanol brasi-leiro, não depende de subsídios do governo.

sete vezes em relação a2005. E que provavel-mente, motivos não fal-tarão para manter essespatamares, uma vez queos EUA busca uma redu-ção de consumo e da de-pendência de petróleomundial.

A produção mundialde álcool está hoje con-centrada nas Américas,segundo trabalho feitopela UNICA, oferece cer-ca de três quartos do to-tal anual ofertado. Esta-dos Unidos e Brasil sãoos maiores produtoresmundiais e o Brasil, omaior exportador.

É valido o benefício ao planetaTerra, com a utilização de biocom-bustiveis - bioetanol, mas vale lem-brar que quando se trata de abaste-cimento mundial, os países compra-dores sempre se apoiarão em váriospaíses fornecedores, pois o consu-mo projetado é muito alto e será cres-cente.

Com o aumento de projetos denovas unidades produtoras, haverásignificativo aumento na produção,que condiciona a busca de novosmercados de etanol.

As dificuldades de logística paraa exportação do álcool ainda sãograndes, este é o conhecido custo

Brasil, que embora compensadopelo baixo custo na produção reduza competitividade do nosso país.Com o aumento de unidades indus-triais, as atenções estarão voltadas

ao Brasil, criando projetos que via-bilizem ou minimizem as dificuldadesde escoamento do álcool, como al-cooldutos, utilização de ferrovias eadequação dos portos.

Page 10: Ed16outubro07

Revista Canavieiros - Outubro de 2007

O cenário socio-cultural e seuimpacto no setor canavieiro

Ponto de Vista

O cenário socio-cultural e seuimpacto no setor canavieiroMarcos Fava Neves*Marco Antonio Conejero*

No terceiro artigo dessa série,vamos agora focar em alguns

direcionadores sócio-culturais e seuimpacto no setor canavieiro como umtodo. Dentro de um sistema agroindus-trial, o elo final e mais importante, aque-le que direciona toda a dinâmica evo-lutiva do processo de produção de ali-mentos, fibras e bioenergia, é o consu-midor final. Assim, na conjuntura atu-al, as empresas precisam estudar eacompanhar os hábitos (cultura), tra-dição, envolvimento e emoção, e con-fiança do consumidor, aspectos impor-tantes na escolha dos alimentos e bio-combustíveis.

Como o consumidor é que tem opoder de decisão, ele exige maior con-veniência e variedade de produtos, res-ponsabilidade social e ambiental dasempresas, modo de produção susten-tável, mais segurança do alimento, bi-ogenética, ingredientes funcionais, ali-mentos mais naturais, certificações eselos de origem, e comércio justo (fairtrade).

Apesar de tudo, um "apelo" aoconsumidor chama a atenção por en-volver um conceito mais amplo. Tra-ta-se de um fenômeno ocorrido nosúltimos dez anos, que foi a transiçãodo foco apenas no meio ambiente paraum foco mais abrangente, mais subje-tivo e mais complicado, do qual o meioambiente faz parte, chamado susten-tabilidade. Para muitos consumidores,não basta apenas o produto ser "ver-de"; o modo de produção deve sersustentável.

Este conceito foi "apelidado" de 3Psda sustentabilidade: People (pessoas),Profit (lucro), Planet (planeta): a preo-cupação que as organizações devem tercom as pessoas envolvidas direta e in-diretamente com o negócio, o lucro quegarante a continuidade do investimen-to pela atratividade e, finalmente, a pre-

ocupação com o meio ambiente.

Nessa ótica da sustentabilidade,vamos a um exemplo concreto. Todosos agentes, do sistema agroindustrialda cana, em conjunto com governo esociedade, poderiam divulgar a imagemsustentável do álcool brasileiro peran-te o mundo. É a afirmação da imagemdo combustível limpo e a valorizaçãodo produto nacional. É preciso veicu-lar as seguintes qualidades do com-bustível brasileiro: reduz a dependên-cia dos países com relação ao petróleoimportado e escasso; estimula a ado-ção de tecnologias limpas (carros flexfuel, gasohol, integração álcool e bio-diesel, ampliação de redes de distribui-ção); garante um sistema de produçãosustentável, com balanço energéticoelevado (e reduz emissões de gases deefeito estufa); permite a co-geração deenergia limpa (com uso do bagaço decana); gera créditos de carbono; pro-move a inclusão de pequenos produ-tores com remuneração adequada; etem capacidade de estabelecer e hon-rar contratos de longo prazo. Por isso,apelidamos o etanol brasileiro de "ocombustível da paz".

Por fim, cabe agora refletir sobre

como garantir ao consumidor a veraci-dade da oferta diferenciada "sustentá-vel" de uma empresa. A operacionali-zação da padronização se dá atravésdo desenvolvimento dos sistemas decertificação. Estes possibilitam que asempresas monitorem seus processosprodutivos, garantindo o fornecimen-to de produtos com determinados atri-butos e, concomitantemente, permitin-do que o consumidor tenha condiçõesde distinguir o produto desejado da"cópia". Portanto, nenhuma tentativade diferenciar o produto por meio doapelo sócio-ambiental será valida, se aempresa não cuidar de padronizar a suaoferta, seguindo os preceitos de umprocesso de certificação amplamentereconhecido.

Marcos Fava Neves é engenheiro agrôno-mo pela Esalq/USP, mestre e doutor emAdministração de Empresas pela FEA-USP. Pós-graduado em Agribusiness &

Marketing Europeu na França e em canaisde distribuição na Holanda. É coordena-

dor do PENSA/USP (Programa de Estudosdos Negócios do Sistema Agroindustrial).

Marco Antonio Conejero é mestre emAdministração de Organizações pela

FEARP/ USP; Economista formado pelaFEA/USP em São Paulo. É pesquisador do

PENSA/USP (Programa de Estudos dosNegócios do Sistema Agroindustrial).

Revista Canavieiros - Outubro de 20071010101010

Page 11: Ed16outubro07

Revista Canavieiros - Outubro de 2007

Fenasucro & Agrocana 2007Fenasucro & Agrocana 2007Marcelo Massensini

Um dos assuntos mais comen-tados em todo o mundo, a cul-

tura de cana-de-açúcar e a produçãode açúcar e álcool atraiu mais de 26mil pessoas a Sertãozinho, entre osdias 18 e 21 de setembro. Realizadassimultaneamente, a Fenasucro e aAgrocana são as maiores feiras vol-tadas ao setor sucroalcooleiro e a pre-visão é de que os negócios iniciadoslá possam ultrapassar R$ 1,8 bilhãoaté dezembro.

As Feiras passaram por algumasmudanças operacionais como, a ampli-ação do horário de visitação e a restri-ção de público não ligado ao setor. Oque agradou a organização, os 420 ex-positores e até o próprio público. Se-gundo Antônio Eduardo Tonielo, pre-sidente da Copercana, Cocred e daAgrocana, a restrição reduziu o núme-ro de visitantes pela metade em rela-ção ao ano passado, mas facilitou ocontato e a negociação entre os com-pradores e fornecedores.

Prova disso são os números de

NotíciasCopercana

Organização prevê faturamento de R$ 1,8 bilhão

2007, ainda mais impressionantes doque no ano passado. A expectativa éque o número de R$ 1,65 bilhão, em2006, possa ser superado até o final doano. "Notamos que o ambiente caute-loso relacionado aos baixos preços doaçúcar e do álcool este ano não afetouas feiras, já que os expositores decla-raram-se otimistas com suas vendas",disse Augusto Balieiro, diretor daMultiplus. Ao todo, 40 países envia-ram representantes ao evento, assim

Autoridades visitam o estande da Copercana durante a abertura oficial das feiras

Copercana recebe clientes ecooperados durante AgrocanaCopercana recebe clientes ecooperados durante Agrocana

Assim como em todos os anos, osistema Copercana, Canaoeste eCocred esteve presente na Agrocana2007. Durante os quatro dias de feira,mais de 3 mil pessoas, grande parte co-operados, visitaram o estande do sis-tema.

Durante visita às feiras, os produ-tores aproveitaram o estande daCopercana para descansar e tambémfazer cotações de produtos. “Nossoscooperados estão acostumados a vi-sitarem o estande da Copercana du-rante a realização da Agrocana e apro-veitam para trocar informações com osagrônomos e fazer cotações de produ-tos”, disse o gerente comercial da

C o p e r c a n a ,Frederico JoséDalmaso.

“Os nossoscooperados sãoprodutores ru-rais e se interes-sam muito pelaparte agrícola(Agrocana) dafeira. Aqui elesencontram oque há de me-lhor para realizar uma boa safra”, afir-mou Antonio Eduardo Tonielo, presi-dente da Copercana, Cocred e tambémda Agrocana. Na quarta-feira, uma con-

Estande da Copercana naAgrocana 2007

1111111111Revista Canavieiros - Outubro de 2007

como 22 Estados brasileiros, reunindoassim visitantes de praticamente todasas usinas do país.

"Sem dúvida, o evento trouxe bonsresultados para os expositores e visi-tantes, mostrando que o desenvolvi-mento do Brasil e as novas oportuni-dades de negócios com o etanol nomundo passam necessariamente pelanossa agroindústria canavieira", fina-liza Antonio Tonielo.

fraternização reuniu aproximadamente300 pessoas no estande, entre elas, co-operados e fornecedores da Copercanae clientes da Cocred.

Page 12: Ed16outubro07

Revista Canavieiros - Outubro de 20071212121212

NotíciasCopercana

Tudo pronto para o leilão deprendas de SertãozinhoTudo pronto para o leilão deprendas de SertãozinhoCarla Rossini

Há três anos, o sistema Copercana, Canaoeste e Cocred,em conjunto com Irmãos Toniello e Fundação Vidalina

Flóridi, realizam o Leilão Beneficente de Sertãozinho. A últimaedição, realizada em novembro de 2006, contou com a partici-pação de mais de 350 pessoas e arrecadou R$ 500 mil, umrecorde.

A verba é destinada a 14 instituições filiadas a Funda-ção Vidalina Flóridi. Além da ajuda dos doadores de pren-das e arrematadores, o leilão também conta com o apoio dedezenas de voluntários que colaboram doando seu tempoe trabalho.

Neste ano, a data e local para a realização já estão marca-dos: 24 de novembro de 2007, no Clube de Campo Vale do Sol.Para fazer doações de prendas é preciso entrar em contatocom Mônica ou Roberta através do telefone (16) 3946.3300Ramal 2005. A Copercana conta com a colaboração dos ami-gos e cooperados! "Ajude de coração, seja solidário". Leilão Beneficente de Sertãozinho realizado em 2006

Page 13: Ed16outubro07

Revista Canavieiros - Outubro de 2007

NotíciasCopercana

1313131313

Uname contrata empresapara controlar a potabilidadeda água em poço da unidade

Uname contrata empresapara controlar a potabilidadeda água em poço da unidadeCarlos Fernando Biagi (Gerente de Comercialização de Implementos e Calcário da Uname)

A Unidade de Grãos da Coper-cana (Uname), preocupada

com a qualidade da água potável usa-da na filial, no fim do ano passado,tomou a ini-ciativa de perfurar umpoço semi-artesiano e cumpriu todasas normas e cuidados estabelecidaspela ABNT.

Para o controle da potabilidade daágua, no último mês de agosto, a Co-percana contratou a empresa Agosti-ne & Correa Produtos Hidráulicos

Ltda, localizada no município de Cra-vinhos-SP. O químico responsávelpela empresa, Paulo Giovani de Agos-tine, fará três visitas mensais e efetu-ará três amostragem da água (bacteri-ológica) na saída do poço e no finalda rede de distribuição, para avalia-ção dos padrões analíticos a seremmantidos. Depois de obtido os resul-tados, serão emitidos laudos analíti-cos e planilhas de controle, que sãoencaminhados à vigilância sanitária etambém a Copercana.

Para que a perfuração de um poçoartesiano seja possível, deve-se cum-prir normas e cuidados específicos. Aoanalisar um orçamento, deve-se verifi-car em primeiro lugar se a empresa temregistro no CREA - Conselho Regionalde Engenharia e Arquitetura e se há umgeólogo responsável pela obra. Alémdisso, a empresa contratada precisaapresentar uma autorização de outor-ga, em nome da contratante, obtida jun-to ao Departamento de Águas e Ener-gia Elétrica (DAEE), órgão estadual querege a construção de poços e controlasua utilização. A empresa deve apresen-tar um projeto e as capacitações técni-cas necessárias.

Além disso, a perfuração deve serfeita de acordo com as normas da As-sociação Brasileira de Normas Técni-cas (ABNT) para o setor. Entregandoo serviço a uma empresa idônea e quesiga as normas construtivas, não háriscos do contratante obter água con-taminada nem de que a obra compro-meta os aqüíferos subterrâneos. A pre-ocupação com a qualidade da perfura-ção do poço é justificável, já que a

Procedimento de perfuração emanutenção:

empresa contratante será a responsá-vel pela qualidade da água que utiliza-rá. Depois de realizada a obra, a em-presa onde foi perfurado o poço devefazer um contrato com um laboratóriode análises que, periodicamente, deveanalisar a potabilidade da água. Umamanutenção sistemática também deve

ser providenciada para o equipamentode bombeamento, que garante que aágua do poço chegue aos reservatóri-os da empresa. Uma vez por ano aindaé preciso providenciar a limpeza quí-mica do poço. Com esses cuidadosfica garantida uma vida útil longa dopoço.

O químico Paulo G. Agostine, analisao poço semi-artesiano da Uname

Page 14: Ed16outubro07

Revista Canavieiros - Outubro de 2007

Canaoeste realiza ciclo dereuniões técnicasCanaoeste realiza ciclo dereuniões técnicas

A Canaoeste realiza em outu-bro e novembro mais um ciclo

de Reuniões Técnicas. Os encontrosacontecem entre os dias 17 de outubroe 13 de novembro e contam com o apoioda Syngenta, Basf e Milenia.

Desta vez os assuntos tratadosserão: o “Monitoramento e Controlede Pragas da Cana-de-Açúcar”, “Sis-tema ATR e Qualidade da Matéria Pri-ma”. Como de costume, as palestrasserão ministradas pela Equipe Técnicada Canaoeste e representantes dasempresas parceiras, trazendo as novi-dades de cada uma para o setorsucroalcooleiro.

Na filial de Severínia, a palestra

NotíciasCanaoeste

1414141414

Marcelo Massensini

Encontros discutirão formas de controle de pragas e qualidade de matéria prima

Consecana A seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de emissão da Nota de Entrada de cana entregue durante o

mês de SETEMBRO de 2007. O preço médio acumulado do kg de ATR para o mês de SETEMBRO é de R$ 0,2465.Os preços de faturamento do açúcar no mercado interno e externo e os preços do álcool anidro e hidratado, destinados

aos mercados interno e externo, levanta-dos pela ESALQ/CEPEA, nos meses deABRIL a SETEMBRO e acumulados atéSETEMBRO, são apresentados a seguir:

Os preços do Açúcar de Mercado In-terno (ABMI) e os do álcool anidro ehidratado destinados à industria (AAI eAHI), incluem impostos, enquanto que ospreços do açúcar de mercado externo(ABME e AVHP) e do álcool anidro ehidratado, carburante e destinados aomercado externo, são líquidos (PVU/PVD).

Os preços líquidos médios do kg doATR, em R$/kg, por produto, obtidos nosmeses de ABRIL a SETEMBRO e acumu-lados até SETEMBRO, calculados combase nas informações contidas na Circu-lar 01/07, são os seguintes:

ConsecanaConselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo

CIRCULAR Nº 08/07DATA: 28 de setembro de 2007

Veja a programação:Datas Locais Apoio17/outubro/2007 Barretos Syngenta18/outubro/2007 Severinia Basf23/outubro/2007 Colina Syngenta25/outubro/2007 Bebedouro Syngenta29/outubro/2007 Morro Agudo Syngenta30/outubro/2007 Viradouro Basf07/novembro/2007 Pitangueiras Basf08/novembro/2007 Pontal Milenia12/novembro/2007 Sertãozinho Milenia13/novembro/2007 Cravinhos Milenia

“Monitoramento e Controle de Pra-gas da Cana-de-Açúcar” será apre-sentada pelo Dr. Wilson Novareti,com o apoio da Basf.

Segundo o Gerente do Departamen-to Técnico da Canaoeste, Gustavo

Nogueira, as Reuniões Técnicas sãouma ferramenta importante para a co-municação entre a Canaoeste, empre-sas e unidades produtoras e seus as-sociados, onde são discutidos assun-tos atuais que facilitam a vida dos pro-dutores rurais.

Page 15: Ed16outubro07

Revista Canavieiros - Outubro de 2007

Angolanos

NotíciasCopercana

Canaoeste recebe produtoresde cana da Bolívia e da AngolaCanaoeste recebe produtoresde cana da Bolívia e da Angola

Carla Rossini/ Marcelo Massensini

O presidente daCanaoeste, Ma-

noel Ortolan, recebeu avisita de uma missão ofi-cial da Bolívia na sede daassociação em setembro.Os bolivianos vieramacompanhados do pro-fessor e consultor Victo-rio Laerte Furlani Neto,da Qualinec.

O grupo de bolivia-nos conta com aproxi-madamente 20 pessoas entre pro-dutores de cana-de-açúcar e algunsindustriais. Eles são da cidade deMineiros – região de Santa Cruz deLa Sierra. Além de produtores decana, os bolivianos também possu-em um engenho (UNAGRO), comcapacidade de moagem de 10 miltoneladas/dia.

Durante a reunião com o presi-dente da Canaoeste, as dúvidas eramsobre o sistema de pagamento aosfornecedores de cana, produção damatéria-prima e administração da as-sociação e das cooperativas. “Elesquerem conhecer a cadeia de produ-ção de cana, açúcar e álcool aqui noBrasil, para se organizarem melhor naBolívia”, afirmou Ortolan. A missãoboliviana também visitou a Usina daPedra e a Fenasucro e Agrocana.

Angolanos

Também no mês de setembro, o es-tande do sistema Copercana, Canao-este e Cocred na Agrocana, recebeuuma comitiva com sete representan-tes ministeriais de Angola, que veioao Brasil para visitar a Fenasucro eAgrocana 2007 e se reuniram com opresidente da Canaoeste, Manoel Or-

O interesse dos estrangeiros é conhecer o sistema de produção de cana brasileiro e também aFenasucro & Agrocana

tolan, para discutirem assuntos rela-cionados ao setor sucroalcooleiro eadquirirem conhecimento com quem,segundo eles, “entende do assunto”.

Carlos Emilio Henriques Liumba,representante do Ministério dos Pe-tróleos da Angola, explicou que acomitiva tem a tarefa de criar pro-postas políticas para futuros inves-timentos em cana-de-açúcar e eta-nol e aprender sobre legislação eoutros fatores da cadeia produtivada cana. “Nós viemos ver, ouvir eaprender para tentar levar esse co-

nhecimento aonosso governo”,conta.

Liumba res-salta ainda a im-portância docontato da Cana-oeste, que foi es-colhida por elesdepois de umavasta pesquisasobre a produçãode cana-de-açú-

car. “A Canaoeste foi fundamental paranos ajudar na experiência que esta-mos tendo aqui”, completa. Além dopresidente Manoel Ortolan, participa-ram da reunião: o gerente do departa-mento técnico da Canaoeste, Gusta-vo Nogueira, e o consultor agronômi-co da associação, Oswaldo Alonso.

A comitiva trouxe representantesdos ministérios dos Petróleos, Pla-nejamento, Indústrias e Energia eÁguas. Além de uma empresa estatalque começou a fazer os primeiros en-saios sobre etanol no país.

Comitiva de Bolivianos se reuniu com Ortolanno auditório da Canaoeste

Representantes Ministériais da Angola noestande do sistema, na Fenasucro 2007

Revista Canavieiros - Outubro de 2007 1515151515

Page 16: Ed16outubro07

Revista Canavieiros - Outubro de 20071616161616

Cocred em Ação fazsucesso em Pontal

NotíciasCocred

Cocred em Ação fazsucesso em Pontal

Marcelo Massensini

Após do sucesso do Cocred em Ação em Batatais, agora foi a

vez de Pontal. Com público e arrecada-ção ainda maiores, o Cocred em Açãomarcou a cidade no último dia sete deoutubro.

O evento, realizado pela Cocred,contou com a parceria de duas empre-sas da cidade: a Hincol EquipamentosHidráulicos e o Fripon (FrigoríficoPontal) que também participaram doan-do prêmios. Já as três motos, uma tele-visão, um DVD e um forno de microon-das foram doados pela Cooperativa.

Ao todo foram arrecadados maisde R$ 100 mil reais no evento, valoreste que será dividido em partes iguaisentre as cinco entidades participantes:o Albergue Noturno EurípedesBarsanulfo, a Apae - Associação depais e amigos do excepcional, Apam -Associação de proteção ao menor, oCentro Educacional Maria Mãe de To-dos e o Lar dos Velhos Dona AlbertinaSchmidt, todos da cidade de Pontal.

Maria Elisa dos Reis Ramazini, re-presentante do Lar dos Velhos e DonaAlbertina Schmidt, só tem "a agrade-cer a iniciativa da Cocred ao realizaresse evento". Segundo ela, o fato dereunir mais de 2 mil pessoas em um do-mingo a tarde já mostra a magnitude ea importância do evento. "Só tenho aagradecer a Cocred por esta atitudeque propaga o amor, e por doar seutempo para ajudar as pessoas mais ca-rentes", completa.

A interventora da Apae, Magda Sil-va Carolo, considerou o evento degrande valia tanto para a cidade, quan-to para as entidades. "Foi uma campa-nha em que todo mundo trabalhoumuito, mas no final fez um evento mui-to bonito, todo mundo elogiou", con-

Evento recebe mais de 2 mil pessoas e arrecada mais de R$ 100 mil

ta. Segundo ela, o resultado do eventofoi muito satisfatório e a iniciativa foibastante comentada na cidade.

Eder Junior Rodrigues, Vice-Pre-feito da cidade diz que o evento veioem boa hora e agradece o gesto da

2 mil pessoas lotaram o Ginásio de Esportes Adib Damião

Ganhadores da primeira moto: Agna Soares e Helton Jonas da Silva ao lado do gerentede Marketing da Cocred, Fabiano Gatarossa

Cocred. "Um evento desse porte émuito importante para a cidade dePontal. Gostaria de parabenizar a di-retoria da Cocred por disponibilizaresses prêmios para nossas entida-des", explica. "A Cocred mais uma vezsaiu na frente".

Page 17: Ed16outubro07

Revista Canavieiros - Outubro de 2007 1717171717

NotíciasCocred

Para o Prefeito Municipal dePontal, Antônio Luiz Garnica, oCocred em Ação foi "de suma impor-tância para a cidade" e agradece a to-dos os organizadores do evento e fun-

cionários da Cocred que, segundo ele,além de ajudar os produtores ruraisque movimentam a economia da cida-de, também ajuda as entidades quefazem muito pelo povo de Pontal.

O prefeito de Pontal Antônio Luiz Garnica (esquerda) e o vice Éder Jr. Rodrigues(direita) entregam a moto aos ganhadores: Levi Barbosa, Sueli Granito Moronta de

Paula, Ângela Maria Passal Moraes e Elizabete Dadalt.

Arthur Sandrin e Fabiano Gatarossa entregam a moto para Henrique AparecidoManfrim e sua esposa Lídia Magalhães Nogueira.

Page 18: Ed16outubro07

Revista Canavieiros - Outubro de 20071818181818

Cocred Pontal: excelênciaem atendimento

NotíciasCocred

Cocred Pontal: excelênciaem atendimento

Marcelo Massensini

Inaugurada em setembro de 1998, a Cocred de Pontal é a segunda

maior agência - em número de coope-rados - da cooperativa. Atualmente afilial possui 1008 cooperados totalmen-te satisfeitos com o atendimento dife-renciado e com os produtos e serviçosexclusivos que só os cooperados daCocred conseguem ter.

"O atendimento da Cocred é exce-lente, porque é personalizado, indivi-dual. (Os funcionários) são pessoascompetentes que sabem falar com você,que te tratam como amigos", explica AnaMaria de Oliveira Crivelaro. Cooperadadesde 2003, ela conta que a maneiracomo é tratada a faz querer voltar sem-pre. "Tem dias que você não está muitolegal e eles (funcionários) percebem eperguntam: o que foi? Está tudo bem?Eu me sinto em casa, realmente", elogiaAna Maria.

Já Fernando dos Reis Filho é coo-perado há mais de 25 anos e consideraos serviços exclusivos da cooperativaos maiores atrativos. "Todo ano eu façofinanciamentos de safra e de adubo. E émuito diferente de bancos convencio-nais: o atendimento, a rapidez. Aqui nãotem burocracia", diz. Segundo ele, to-

Filial é a segunda maior agência da Cocred, em número de cooperados.

das as suas movi-mentações finan-ceiras são feitas naCocred, inclusiveas feitas com car-tão de crédito e ta-lões de cheque."Pontal está de pa-rabéns pela estru-tura e pelo pessoalque trabalha naagência. Tenhoconta em outrosbancos, mas o meumovimento é sóaqui. É bom ematendimento, emtaxas e prazos. Tudo nota 10", completa.

Para Ana Maria Crivelaro, mesmocomparado a bancos que oferecem umótimo atendimento, a Cocred sai sem-pre na frente. "Não tenho reclamaçãodos bancos da cidade, mas a Cocred éespecial, não tem o que falar. É muitobom. E ainda tem outras vantagens: osjuros são mais baixos, as taxas são me-nores", explica. De acordo com a pro-fessora aposentada, a existência da co-operativa é muito conveniente para ocooperado e para a cidade. "Aqui o co-operado é o dono e está aqui partici-

pando de tudo. As pessoas estão aquipara nos ajudar, o gerente esta semprepresente", diz.

José Micheletto concorda com eles.Cooperado desde 1975, o agricultor ex-plica que seu pai já fazia parte da Cocrede, assim que começou a fornecer cana,ele também se tornou um cooperado.Micheletto conta que tem acompanha-do a evolução da cooperativa que, se-gundo ele, só muda para melhor. "Astaxas e prazos são ótimos, o atendimen-to e os funcionários são todos bons. ACocred está de parabéns", finaliza.

A agência atendemais de milcooperados

Para Ana Maria Crivelaro, os funcionários da Cocredsão como amigos

José Micheletto se tornou cooperado por influênciado pai, há mais de 30 anos

Fernando dos Reis Filho faz todas as suasmovimentações financeiras pela Cocred

Page 19: Ed16outubro07

Revista Canavieiros - Outubro de 2007 1919191919

Balancete Mensal

NotíciasCocred

Balancete MensalCooperativa de Crédito dos Plantadores de Canade Sertãozinho BALANCETE - Agosto/2007

Valores em Reais

Page 20: Ed16outubro07

Revista Canavieiros - Outubro de 2007

MECANIZAÇÃOO PRODUTOR PRECISA

Reportagem de Capa

A adesão de cerca de 50 indús-trias ao Protocolo Agroam-

biental e o interesse já manifestadopor outras são um indicativo de quea queima da palha da cana está, defato, com os dias contados e os pra-zos, mais curtos. Assim, é preciso queo produtor independente de cana es-teja preparado para a colheita meca-nizada.

O presidente da Canaoeste, Ma-noel Ortolan, destaca a necessidadede o produtor adaptar o canavial parao trabalho das máquinas e tambémanalisar a forma mais viável de aces-so aos equipamentos. "Além dos con-sórcios ou condomínios de produto-res, as cooperativas e associaçõespodem ser um importante meio paraviabilizar a compra de um equipamen-to de alto valor agregado, como é ocaso da colhedora de cana. O prazoestá aí e o produtor tem de estar orga-nizado e preparado", disse.

O protocolo prevê, entre outrasmedidas, a antecipação do prazo fi-nal para a eliminação da queima nosterrenos com declividade até 12% de2021 para 2014, adiantando o percen-tual de cana não queimada, em 2010,de 30% para 70%. Para as áreas comdeclividade maior, o prazo anterior,de 2031, foi reduzido para 2017 e da-qui a três anos, 30% da colheita têmde ser feita mecanicamente. Em áreasnovas de plantio, a queima está proi-bida já a partir do dia 1º de novem-bro.

Na região, segundo estimativa daUnica, as usinas avançaram bem."Na região de Ribeirão, temos, nasprincipais usinas, mais de 70% dacolheita mecanizada", afirma o chefedo escritório da Unica em RibeirãoPreto, Sérgio Prado.

Da Redação

Com a antecipação do prazo para o fim da queima, os fornecedores de cana precisam

2020202020

MECANIZAÇÃOO PRODUTOR PRECISA

A Usina da Pe-dra, por exemplo,encerrará a safracom 92% da canaprópria colhida me-canicamente. Nociclo anterior, al-cançou 87%. Jáseus fornecedoresdeverão colher27% de suas canascom colhedoras,um avanço de seispontos percentuaisem relação à safraanterior. Do total,entre cana própriae de fornecedores,73% terão colheitamecânica nesta sa-fra. A Usina da Pe-dra fará sua adesãoao protocolo aindaem outubro.

"A Usina da Pe-dra tem uma particularidade: todosos seus fornecedores fazem a colhei-ta da cana sem a intervenção da usi-na", diz o gerente de Suprimento deMatéria-Prima, Luiz Eduardo Gerar-di. Assim, segundo ele, há maior es-paço para ampliação do corte meca-nizado justamente na cana de forne-cedores.

De acordo com Gerardi, a princi-pal providência por parte dos produ-tores independentes em relação à me-canização é quanto à preparação docanavial. "Não adianta pensar emaquisição de colhedora se o canavialnão estiver pronto para viabilizar,economicamente, o corte mecânico. Osegredo do sucesso da colheita me-cânica está na qualidade do canavi-al.", diz. Segundo ele, quem não sepreparar desde já, terá sérios proble-

mas. E ele elenca como providências:

PREPARO DO SOLO: nivela-mento do solo com eliminação de sul-cos de erosões, barrancos, pedras,tocos e raízes. Construção de terra-ços embutidos ou de base larga.

SULCAÇÃO: com espaçamentomínimo de 1,50 metros entre as linhasde cana. Sulcos não muito profun-dos e regulares. Evitar as ruas mor-tas dentro do talhão. Construção detalhões compridos para evitar exces-so de manobras da colhedora.

Para Mauro Sampaio Benedini, Ge-rente Regional Fornecedores, e JorgeLuiz Donzelli, coordenador de Pesqui-sa Tecnológica, ambos do CTC (Cen-tro de Tecnologia Canavieira), resul-tados de pesquisas recentes realiza-

Page 21: Ed16outubro07

Revista Canavieiros - Outubro de 2007

Reportagem de Capa

2121212121

ÃO DO CORTE:SA ESTAR PREPARADO

am estar organizados para preparar o canavial e analisar a aquisição de equipamentos

ÃO DO CORTE:SA ESTAR PREPARADO

2121212121

das pelo centro apontam que o siste-ma de colheita mecanizada da canasem queima:

- aumenta a longevidade do ca-navial, estabilizando a produtivida-de em níveis elevados de produtivi-dade;

- propicia ganhos ambientais sig-nificativos

- melhora a qualidade da lavourapela racionalização do uso de herbi-cidas, menor erosão, maior atividademicrobiana depois de 2 a 3 anos dosistema implantado, maior retençãode umidade no solo, menor amplitu-de térmica e aumento na disponibili-dade de nutrientes no perfil do solo.

PRODUTOR INICIOUCORTE MECANIZADO

NESTA SAFRA

O produtor Francisco César Ure-nha, sócio-diretor da Urenha Agríco-la, começou a colher com máquinasnesta safra, depois de três anos deplanejamento. Investiu R$ 1 milhãona compra financiada de duas colhe-doras, uma nova e uma semi-nova eespera recuperar o investimento aolongo de três ciclos.

Segundo ele, o custo do cortemecanizado é 55% mais baixo do queo manual. "Além do custo, há outrasvantagens: uma delas é não ter delidar com os problemas das queima-das, e também observamos uma di-minuição no uso de herbicidas e fun-gicidas", disse.

Segundo Urenha, a sistematiza-ção dos terrenos foi a dificuldade en-contrada. "Os terrenos não estãopreparados para as máquinas e, as-sim, ainda não atingimos toda a efi-ciência que as máquinas têm condi-ções de proporcionar", disse.

Para ele, não há outra saída parao produtor. "É uma tendência. Osprodutores terão de investir na co-lheita mecanizada, individualmenteou se unir em grupos, pois é um cus-

to muito alto para um pequeno for-necedor. Mas não tem como fugir, osprodutores independentes de canaterão de se adequar",

MERCADO DECOLHEDORAS AQUECIDO

O chefe do escritório da Única emRibeirão Preto, Sérgio Prado, obser-va que o motivo que impede o fim daqueima de forma imediata é técnico,já que, por conta da demanda, há de-mora para a entrega desses equipa-mentos. "Uma máquina para cortarcana é um equipamento sofisticado,que demora para ser produzido. Aindústria está hoje com a carteira delatoda ocupado para os próximosanos", diz.

Se a Santal, fabricante 100% na-cional, dobrasse sua produção, játeria comercializado todas as colhe-doras, de acordo com Filipe Silveira

Sérgio Prado

Foto

: Fer

nand

o Ba

ttiste

tti

FranciscoCésar Urenha

Page 22: Ed16outubro07

Revista Canavieiros - Outubro de 2007

Reportagem de Capa

2222222222

Righi, do departamento de marketing.A empresa, com sede em RibeirãoPreto, lançou sua Colhedora Tandemem 2004 e de lá para cá, a demandacresceu progressivamente. Em 2005,foram comercializadas três colhedo-ras. No ano passado, 30. Para 2008,já são mais de 40 encomendas.

E as usinas não são os únicos cli-entes. Três colhedoras foram comer-cializadas para a empresa dos irmãosReginaldo e Roberto da Silva, comsede em Catiguá, que planta e colhepara indústrias. Funcionários de umausina até 98 e apoiados pela empre-sa, os irmãos resolveram montar umnegócio próprio. Começaram a pres-tar serviço de carregamento de canae nesta safra, já partiram para a co-lheita de cana picada. "A tendênciaé que o mercado melhore aindamais", diz Reginaldo.

Seus clientes ainda são usinas,mas os irmãos acreditam que pode-rão atender também associações defornecedores de cana. Aliás, os fa-

bricantes de equipamentos tambémapostam nos pequenos e médios pro-dutores de cana como potenciais cli-entes. Em maio, a Star MáquinasAgrícolas, com sede em Serrana, lan-çou uma colhedora de cana, voltadaa esse perfil de fornecedor.

De acordo com Célio Song, dire-tor-administrativo da Star, a colhe-dora custa em torno de 35% menosque as tradicionais, podendo colheraté 40 toneladas por hora em canavi-ais com densidade de até 100 tonela-das/ hectare. "Resolvemos investirnesse equipamento porque vemos umimportante mercado surgindo paraele", disse Song, durante o "Dia deCampo", realizado em maio, em Ser-tãozinho, para a apresentação doequipamento.

O PROTOCOLOAGROAMBIENTAL

Ao aderir ao Agroambiental, asindústrias se comprometem a apre-sentar, em 180 dias, um plano de ação

para cumprimento das dez diretivastécnicas do protocolo, sob avaliaçãode um Comitê Executivo, formado porrepresentantes do governo do Esta-do e Única.

Além da antecipação dos prazospara o fim da queima, o protocolo tam-bém prevê a recuperação da vegeta-ção no entorno de nascentes de águaem propriedades canavieiras, a imple-mentação de projetos de conservaçãode recursos hídricos, e do solo, açõespara que não ocorra a queima a céuaberto do bagaço da cana ou qualqueroutro subproduto, boas práticas parao descarte de embalagens vazias deagrotóxicos e para minimizar a polui-ção atmosférica de processos indus-triais, além de otimizar a reciclagem e oreuso dos resíduos da produção.

As usinas que cumprirem as nor-mas propostas no protocolo irão rece-ber um certificado de conformidadeambiental. O Protocolo Agroambientalfoi assinado em junho deste ano, du-rante o Ethanol Summit, em São Paulo.

Page 23: Ed16outubro07

Revista Canavieiros - Outubro de 2007

DESMISTIFICANDO A COLHEITDESMISTIFICANDO A COLHEITDESMISTIFICANDO A COLHEITDESMISTIFICANDO A COLHEITDESMISTIFICANDO A COLHEITAAAAAMECANIZADA DA CANA CRUAMECANIZADA DA CANA CRUAMECANIZADA DA CANA CRUAMECANIZADA DA CANA CRUAMECANIZADA DA CANA CRUA

2323232323

Artigo Técnico

DESMISTIFICANDO A COLHEITDESMISTIFICANDO A COLHEITDESMISTIFICANDO A COLHEITDESMISTIFICANDO A COLHEITDESMISTIFICANDO A COLHEITAAAAAMECANIZADA DA CANA CRUAMECANIZADA DA CANA CRUAMECANIZADA DA CANA CRUAMECANIZADA DA CANA CRUAMECANIZADA DA CANA CRUA

Mauro Sampaio Benedini (Gerente Regional Fornecedores - CTC)Jorge Luiz Donzelli (Coordenador de Pesquisa Tecnológica– CTC)

HISTÓRICO – É preciso des- mistificar a colheita mecaniza-

da da “cana crua”. Resultados de pes-quisas recentes realizadas pelo CTC ea aplicação prática dessa tecnologianas empresas associadas ratificam osbenefícios deste sistema de colheita.

A década de setenta caracteri-zou-se pelo corte manual de cana quei-mada, com uma média de três a quatrocortes, influenciados principalmentepela menor qualidade das variedadesexistentes na época.

No início da década de oitenta, como surgimento de variedades melhora-das (SP70-1143, SP71-6163, SP71-1406,etc.); o número de cortes do canavialaumentou. Entretanto em meados des-ta mesma década, a colheita mecaniza-da da cana-de-açúcar intensificou-sepela necessidade de complementar acolheita manual em um período de gran-de expansão do plantio de cana-de-açúcar. Naquela época, dizia-se que ocorte mecanizado da cana era um “mal

necessário”, pois não podia ser prete-rido, devido à falta de mão de obra exis-tente. As conseqüências apareceramsob a forma de redução da longevida-de do canavial, perdas excessivas nacolheita, necessidade de maior tecnifi-cação, entre outras.

Na década de noventa, com oaumento da conscientização ambien-tal surgiu a colheita da cana sem quei-mar, a “cana crua”, que foi marcadapelo termo “necessidade de se pagarpedágio” pela acentuada mudança tec-nológica envolvida no novo proces-so. Este aprendizado ou “pedágio”teve como conseqüência inicial, que-bras de produtividades e queda de re-ceita ao produtor; pela falta de conhe-cimentos técnicos na adoção do novosistema. Mas, a pesquisa e os adeptosao sistema já naquela época começa-ram a demonstrar que a cana crua temalém das vantagens ambientais, umavanço sócio-econômico para o pro-dutor.

CANA-DE-AÇÚCAR – HISTÓRICODécada 70: Corte Manual. 4 cortes. (100/85/65/50/x/x) = 75Década 80: Manual. Até 6 cortes (120/90/85/80/70/65) = 85Colhedeira: mal necessário!Década 80: Mecânico queimada (120/90/80/75/?/x) = 85Cana crua: pagar pedágio!Década 90: mecânica crua (130/90/85/75/70/x) = 90Futuro (hoje): mecânica cru (130/100/95/95/90/90/90/90/90/90) = 95

ESTUDOS NECESSÁRIOSA partir de 1992, o Centro de

Tecnologia Canavieira (CTC), naépoca da Copersucar; iniciou es-tudos para definir práticas agronô-micas (adubação, herbicida, culti-vo, etc.), estudar os efeitos dacompactação no solo, do tráfegointenso, aprimorar equipamentospara reduzir esses impactos no soloe desenvolver variedades melho-radas, mais adaptadas ao novo sis-tema a ser adotado. Inúmeros en-saios foram instalados em usinascooperadas na época.

Ensaio varietal com colheita mecanizada semqueimar (CTC). Primeiro plano: variedade que não

brota sob a palha (inapta). Segundo plano: variedadeadaptada ao sistema de colheita sem queima (apta).

RESULTADOS – Os ensaiosconduzidos pelo CTC mostraram que aeliminação da queima traz inúmeros be-nefícios ao solo e ao canavial, entreeles; maior controle de ervas daninhas,menor erosão, maior atividademicrobiana depois de 2 a 3 anos do sis-tema implantado, maior retenção deumidade no solo, menor amplitude tér-mica, aumento na disponibilidade denutrientes no perfil do solo, menor ata-que da lagarta elasmo, etc.

Com o passar dos anos foi-se per-cebendo que a colheita mecânica e prin-cipalmente a de cana crua, necessitade maior tecnologia, priorizando o ca-navial, protegendo-o do tráfego in-tenso e melhorando as condições decolheitabilidade. Estes fatos resultaramem novos conceitos tais como siste-matização da base física da lavoura,maiores cuidados com a compactaçãodo solo e pisoteio da linha da soqueirae mais recentemente o desenvolvimen-to do tráfego controlado oucanteirização/envazamento da linha dasoqueira.

SISTEMATIZAÇÃO – Enten-de-se por sistematização, a adequaçãodo terreno para um maior rendimentoda máquina e para menores impactosda mecanização no terreno. Estudos re-alizados pelo CTC mostram reduçõesde custos de R$60,00 a R$70,00 por hec-tare, em média; com a adoção de práti-cas como eliminação de terraços em

No alto à esquerda: área com sistematização convencio-nal; no alto à direita: sistematização com sulcação reta.

Em baixo: vista aérea de área sistematizada.

Page 24: Ed16outubro07

Revista Canavieiros - Outubro de 20072424242424

baixas declividades (<6%), plantio em linha reta em declividades de até 3%,entre outras. É necessária a permanência de cobertura vegetal constante nosolo, para a implantação do sistema. Portanto, recomenda-se cuidados na intro-dução do conceito no campo. Informe-se no CTC ou nas usinas que já adotamo sistema, sobre as vantagens e desvantagens da técnica.

COMPACTAÇÃO DO SOLO – Os estudos do CTC mostraram que ocontrole da compactação do solo pode e deve ser preventiva e não somentecorretiva como sempre foirealizada. São práticas reco-mendadas: evitar colheitacom solos úmidos, pneus dealta flutuação e esteiras paracausar menor impacto ecompactação, entre outras.Esses estudos mostramhoje, na prática, que o nú-mero de cortes do canavialdependerá do manejo ado-tado na sua condução.

Esquerda: perda de produtividade pelo efeito do tráfego após 24 h de chuvas de diferentesintensidades; Direita: perda de produtividade devido ao trafego na linha e entrelinha.

Brotação de soqueira em linha com tráfego (esquerda).

ENVAZAMENTO OU CANTEIRIZAÇÃO – Os cuidados com ocontrole de tráfego dentro dos talhões resultaram na adoção da tecnologia co-nhecida por “canteirização” ou “envazamento”; que é, dentre outras tecnologias,a adequação das bitolas de tratores e transbordos para evitar o pisoteio dassoqueiras (controle de tráfego), resultando em um espaço maior do solo, ao ladodas soqueiras, sem compactação; propiciando melhor desenvolvimento do cana-vial e maior longevidade.

Ajuste de bitolas dos tratores.

“Envazamento” ou “canteirização”

CONCLUSÃO - Os resultadospráticos dos inúmeros trabalhos de pes-quisa desenvolvidos pelo CTC mostramque o sistema de colheita mecanizadada cana sem queima, a “cana crua”:

a) aumenta a longevidade do cana-vial, estabilizando a produtividade emníveis elevados de produtividade;

b) propicia ganhos ambientais sig-nificativos;

c) melhora a qualidade da lavourapela racionalização do uso deherbicidas, menor erosão, maior ativi-dade microbiana depois de 2 a 3 anosdo sistema implantado, maior retençãode umidade no solo, menor amplitudetérmica e aumento na disponibilidadede nutrientes no perfil do solo.

Artigo Técnico

Page 25: Ed16outubro07

Revista Canavieiros - Outubro de 2007

Fórum Internacional Sobreo Futuro do ÁlcoolFórum Internacional Sobreo Futuro do Álcool

Destaque

Técnicos, empresários e autoridades do governo discutiram a relaçãodo setor com o meio-ambiente

Carla Rossini

O Fórum Internacional sobre o Futuro do Álcool que ante-

cedeu a abertura da Fenasucro eAgrocana no dia 17 de setembro, reu-niu no Teatro Municipal deSertãozinho, técnicos, empresários eautoridades ligadas ao governo a aosetor sucroalcooleiro para discutir arelação entre produção, meio-ambien-te e crescimento sustentável.

Participaram da abertura dos deba-tes, o prefeito municipal de Sertãozinho,José Alberto Gimenes, os presidentesda Fenasucro, Mário Garrefa, e daAgrocana, Antonio Eduardo Tonielo,o diretor da Múltiplus Eventos,Fernando Barbosa, o diretor regionaldo Ceise (Centro das Indústrias doEstado de São Paulo), Adésio JoséMarques e Milton José Dalari, repre-sentando o Sebrae-SP.

O presidente da Agrocana e tam-bém da Copercana, Cocred e SindicatoRural de Sertãozinho, Toninho Tonielo,enfocou seu discurso nas críticas enotícias negativas que agridem o se-tor sucroalcooleiro. "Por que, tantoscomentários negativos sobre um paísque produz energia renovável, quepolui menos o meio-ambiente e está emfase de desenvolvimento? A respostaé simples. Trata-se, de uma verdadeiraguerra comercial, que envolve não ape-nas um mercado multibilionário, mastambém grandes interesses de outraspotências que não hesitam em utilizar-se dos mais variados recursos em fa-vor dos seus interesses. Basta obser-varmos as recorrentes tentativas dosEUA e da União Européia em incluirtemas como meio ambiente e direitoshumanos na pauta de negociações co-merciais com países em desenvolvi-mento, como o Brasil", afirmou Tonieloque foi aplaudido inclusive pela minis-tra do Meio Ambiente, Marina Silva.

Após a abertura, o pri-meiro painel teve a parti-cipação de técnicos doMinistério do Meio Am-biente e da ministraMarina Silva, empresáriosda agroindústriacanavieira e do presiden-te da UNICA, MarcosJank. No período da tardeos debates tiveram comotema o crescimento dosetor sucroalcooleiro, coma participação de técnicose analistas do setor, inte-grantes do governo fede-ral e da Petrobrás, e do ex-ministro daAgricultura e coordenador do Centrode Agronegócios da Fundação GetúlioVargas, Roberto Rodrigues.

A ministra Marina Silva, em seu dis-curso, afirmou que "estamos transitan-do positivamente e levantando proble-mas que temos condições de resolver. Aparticipação em reuniões de trabalhocomo essa, permite fechar uma equaçãoque leva em consideração não apenas aviabilidade econômica, mas também asocial e a ambiental", disse a ministra.

Já o ex-ministro Roberto Rodrigues,falou sobre o horizonte do mercado deetanol. "O etanol ainda não tem um mer-cado próprio, o que existe é um hori-zonte enorme para esse produto. Nóstemos um mercado em potencial, masfaltam estratégias privadas e governa-mentais mais fortes para se ter um mer-cado ainda melhor", afirmou Rodrigues.

Após o encerramento do Fórum, asautoridades se dirigiram a Fenasucro eAgrocana onde foi descerrada a fitainaugural das feiras.

Mais de 400 pessoas lotaram o TeatroMunicipal de Sertãozinho

Antonio Eduardo Tonielo em seu discurso de abertura do Fórum

Page 26: Ed16outubro07

Revista Canavieiros - Outubro de 20072626262626

CHUVAS DE SETEMBROe Prognósticos Climáticos

Informações setoriais

No quadro abaixo, estão anotadas as chuvas que ocorreram na região de abrangência da CANAOESTEdurante o mês de SETEMBRO de 2007.

Engº Agrônomo Oswaldo AlonsoAssessor Técnico Canaoeste

Comparando-se os mapas 2 e 3 mostram que, ao final deagosto destes dois anos, toda região canavieira do Estadode São Paulo apresentava-se com índices críticos de ÁguaDisponível no Solo.

Mapa 1:- Água Disponível no Solo entre 10 a 12de SETEMBRO de 2007.

Não houve ocorrência de chuvas nos locais habitualmente observados ou consultados. O que contribui para melhoresoperações de colheita e melhor qualidade da matéria prima, notadamente, durante a segunda quinzena de agosto e até então(ou, pelas previsões meteorológicas), até o início da primavera)

O Mapa 1, acima, mostra claramente que o índicede Água Disponível no Solo, desde o dia 10 de

SETEMBRO, já se apresentava como crítico em todaárea canavieira do Estado de São Paulo. Cabe

ressaltar que esta condição e diga-se muito crítica, ouseja, de Seca Meteorológica, já vem ocorrendo desde

os dez dias finais de agosto deste ano.A CANAOESTE procurará avaliar os impactos

desta intensa seca, através de Instituições, mapasclimáticos e levantamentos de massa verde.

Page 27: Ed16outubro07

Revista Canavieiros - Outubro de 2007 2727272727

Informações setoriais

Mapa 2: Água Disponível no Solo ao final de SETEMBRO de 2006.

Comparando-se os mapas acima, mostram que ao final de SETEMBRO de 2006(mapa 2), mês que "carregava" as consequências de um período longo de estia-gem (deste meados de abril), havia ainda uma larga faixa, Centro-Leste e Sudoestedo Estado, em condições críticas de Disponibilidade de Água no Solo. Entretan-to, neste SETEMBRO de 2007 (mapa 3), que em muitos dos locais observados nãohouve ocorrência de chuvas (vide quadro acima) e agravado por altas temperatu-ras desde meados do mês, toda região canavieira do Estado de São Paulo apre-sentava-se com índices muito críticos de Água Disponível no Solo, acentuando-se ainda mais nestes 10 dias iniciais de outubro.

Para bem dos Humanos, que muito precisam ajudar a Mãe Natureza, e todosseres vivos, desejamos que ao receberem esta Revista, estejam assistindo a ocor-rência das primeiras chuvas significativas desta primavera.

Como subsídio a planejamentos deatividades futuras, a CANAOESTEresume o prognóstico climático de con-senso entre INMET-Instituto Nacio-nal de Meteorologia e INPE-InstitutoNacional de Pesquisas Espaciais paraos meses de outubro a dezembro.

- A temperatura média poderá seracima ou ligeiramente acima nas nor-mais climáticas nas Regiões Sudestee Centro Oeste do Brasil; enquantoque na Região Sul prevê-se que a tem-peratura média poderá "ficar" próxi-ma da média;

- Quanto às chuvas previstas paraos meses de outubro a dezembro, es-tas poderão "ficar" abaixo das respec-tivas médias históricas em todos osEstados da Região Centro Sul, exce-tuando-se o Rio Grande do Sul;

- Exemplificando para Ribeirão Pre-to e municípios vizinhos, as médiashistóricas pelo Centro Apta-IAC, sãode 130mm em outubro, 215mm em no-vembro e de 270mm em dezembro.

Lembrando das Reuniões Técni-cas realizadas entre julho e agosto, aCANAOESTE volta recomendar quemantenham revisados e "tinindo" osequipamentos para tratos culturais,adubações e pulverizadores deherbicidas, pois as chuvas (desta vez)estão mais próximas. Quando muito,a partir de 20 de outubro.

Deve-se acrescentar, ainda, quetratos culturais mecânicos mais enér-gicos (por exemplo, as escarificações)são dispensáveis em áreas que nãosofreram pisoteios, mesmo após chu-vas de 40-50mm. Também nas áreasque tenham sido colhidas no inícioda safra e não foram cultivadas naépoca, os cultivos profundos devemser analisados, pois após o reiníciodas chuvas o sistema radicular terácondições, com rapidez, para emitirnovas raízes, principalmente, as deabsorção de água e nutrientes. Taiscultivos irão cortar as raízes e pesqui-sas mostram que, nestes casos, po-dem provocar danos.

Por outro lado, devem atentar parao controle do mato, preferentementeem pré-emergência, desde que a umi-dade do solo permita.

Persistindo dúvidas, consultem osTécnicos mais próximos.

Mapa 3: Água Disponível no Solo ao final de SETEMBRO de 2007.

Page 28: Ed16outubro07

Revista Canavieiros - Outubro de 2007

Migdolus!Uma realidade na região dePitangueiras/SP

2828282828

Pragas e Doenças

Atualmente a cana-de-açúcaré atacada por cerca de 80

pragas, porém pequeno número cau-sa prejuízos à cultura. Dependendo daespécie da praga presente no local,bem como do nível populacional des-sa espécie, pode ocorrer importantesprejuízos à cana-de-açúcar, com redu-ções significativas nas produtividadesagrícola e industrial dessa cultura.

O Migdolus fryanus é um besou-ro da família Cerambycidae que, emsua fase larval, ataca e destrói o sis-tema radicular de várias culturas,como café, eucalipto, mandioca, fei-

jão, uva, amora, pastagens, cipós nativos e a cana-de-açú-car. As perdas provocadas por esse inseto podem variar de

Migdolus!Uma realidade na região dePitangueiras/SP

Marcelo de FelícioEngenheiro agrônomo da Canaoeste

algumas toneladas de cana por hectare até, na maioria doscasos, a completa destruição da lavoura, resultando na re-forma antecipada mesmo de canaviais de primeiro corte.

Além das dificuldades normais de controle de qualquerpraga de solo, o desconhecimento de várias fases do ciclodesse coleóptero complica ainda mais o seu combate. Entre-tanto, os esclarecimentos atuais, fruto dos avançostecnológicos alcançados nos últimos cinco anos, têm pos-sibilitado, de certa forma, obter resultados satisfatórios decontrole dessa praga.

As condições de seca, bem como a redução ou mesmo aeliminação do uso de inseticidas organoclorados (Aldrin,Heptacloro, Thiodan), adotada em muitas usinas e destilari-as, resultaram num aumento significativo das áreas ataca-das pelo Migdolus fryanus, principalmente nos Estados deSão Paulo e Paraná.

Quanto ao comportamento do insetoA fêmea de Migdolus fryanus tem

vida praticamente subterrânea, já o ma-cho é bastante ativo, voa bem, ambossão escavadores e estão presentes forado solo a partir do mês de outubro, assimque se iniciam as primeiras chuvas. O apa-recimento dos machos é estimulado pe-las fêmeas, que liberam um feromônio deatração sexual, provocando o fenômenodenominado de “revoadas de Migdolus”que ocorrem, após as primeiras chuvas

Ciclo BiológicoCiclo BiológicoCiclo BiológicoCiclo BiológicoCiclo Biológico

de outubro, variando de uma região paraoutra, podendo acontecer até o mês demarço. A fase larval é longa, quase sem-pre de um ano, podendo prolongar-se emdois ou três.

As larvas de Migdolus fryanus têmhábito subterrâneo, podendo atingir atéde 4 (quatro) a 5 (cinco) metros de pro-fundidade. Esse comportamento tem di-ficultado estudos biológicos do inseto.

Fonte - CTC

O que se conhece sobre essecoleóptero refere-se apenas aos primei-ros 60 cm de profundidade no solo.Concomitantemente, em função da di-ficuldade de realizar estudos nas ca-madas mais profundas, presume-se queas informações até agora obtidas so-bre o inseto sejam apenas de uma parteda população, aspecto que pode estardificultando o emprego de métodos decontrole eficientes.

Besouro adulto de Migdolus fryanus.(Fonte - CTC)

O macho é preto, apresentandoasas posteriores desenvolvidas. A fê-mea é marrom, com asas posterioresatrofiadas, e não voam. Ambos medemcerca de 18 a 25 mm de comprimento. Afêmea, após o acasalamento, penetra

Page 29: Ed16outubro07

Revista Canavieiros - Outubro de 2007 2929292929

Pragas e Doenças

no solo, cavando galerias novas ouutilizando-se dos mesmos canais aber-tos para sua saída. Alguns dias depois,elas realizam suas posturas que podemocorrer até as grandes profundidades.

Sua larva é branca leitosa, chegan-

do a medir cerca de 40 mm de compri-mento, que, no final de seu estádio lar-vas, penetram a grandes profundida-des, constroem no final da galeria umacâmara pupal e transformam-se empupa. O ataque normalmente ocorre emreboleiras, em cana-planta e também

nos cortes subseqüentes. As larvas sealimentam tanto dos toletes como dosrizomas. Os rizomas atacados emitempoucas raízes, provocando osecamento de touceiras nas reboleirasinfestadas, os prejuízos causados naprodução final são grandes.

Prejuízos e Danos Causados pelalarva do Migdolus fryanus.

Toletes de cana danificados pela larva. (Fonte - CTC).

As larvas do Migdolus destroemo sistema radicular da cana-de-açúcarde qualquer idade, perfurando-os emtodos os sentidos e alimentando-sedele. Em cana-de-açúcar, atacam orizoma, podendo destruí-lo totalmen-te. Em canas jovens, as touceiras apa-recem parcial ou totalmente secas e asfalhas podem ser numerosas. Em ca-nas mais velhas, as touceiras ataca-das apresentam aspectos e canas afe-tadas por seca ou fogo. Os efeitos sãomais evidentes durante os períodos em

que as plantas estão sujeitas a déficithídrico, quando é possível encontrarnúmeros elevados de larvas junto àstouceiras atacadas. Os adultos tam-bém podem fazer orifícios nos toletes.Por viver debaixo da terra e só sair nasuperfície por um curto período detempo – para as revoadas deacasalamento – a praga é difícil de serencontrada, o que prejudica seu con-trole. Os danos ao canavial sãoirreparáveis: de queda da produtivi-dade à perda da plantação.

Sintomas do ataque em cana planta.Larva de Migdolus atacando tolete de cana.

Sintomas do ataque em cana soqueira.

Sintomas do ataque no canavial.

Larva de Migdolus fryanus.

ControleO controle do besouro Migdolus é

difícil e trabalhoso devido ao desconhe-cimento do seu ciclo biológico, o queimpossibilita antever com exatidão o seuaparecimento em uma determinada área,a larva e mesmo os adultos passam umaetapa da vida em grandes profundidadesno solo (2 a 5 metros), o que proporcionaa esse inseto uma substancial proteçãoàs medidas tradicionais de combate.

Apesar do modo de vida pouco pe-culiar desse inseto, o mesmo apresen-ta algumas características biológicas fa-voráveis ao agricultor, as quais devemser exploradas no sentido de aumentara eficiência do controle. Entre essas ca-

racterísticas merecem destaque as se-guintes:

- a baixa capacidade reprodutiva(cerca de 30 ovos por fêmea);

- a fragilidade das larvas no que serefere a qualquer interferência mecâni-ca no seu habitat;

- o curto período de sobrevivênciados machos (1 a 4 dias);

- a ausência de asas funcionais nasfêmeas, o que restringe, sobremaneira,a disseminação.

O controle integrado do besouroMigdolus fryanus consiste no empre-go concomitante de três métodos: me-cânico, químico e cultural.

Page 30: Ed16outubro07

Revista Canavieiros - Outubro de 20073030303030

Pragas e Doenças

O controle mecânico esta vincu-lado à destruição do canavial ataca-do e, nesse aspecto, dois pontos im-portantes devem ser considerados: aépoca de execução do trabalho e osimplementos utilizados. Estudos daflutuação populacional do Migdolusmostraram que a época do ano, naqual a maior porcentagem de larvasse concentra nos primeiros 20 a 30cm do solo, coincide com os mesesmais frios e secos, ou seja, de marçoa agosto. Desse modo, do ponto devista do controle mecânico, a destrui-ção das touceiras de cana, quandoefetuada nessa época, mesmo que

Controle Mecânicoparcialmente, é muito mais efetiva.

Aliada à época de reforma, o tipode destruição também tem influência namortalidade das larvas. Experimentosconduzidos em áreas infestadas reve-laram que o uso de diferentesimplementos por ocasião da reforma docanavial apresenta efeitos variados noextermínio das larvas de Migdolus. Agrade aradora, passada apenas umavez, atinge níveis de mortalidade aoredor de 40%, enquanto o uso deeliminador de soqueira, modeloCopersucar, pode reduzir a populaçãodas larvas em mais de 80%.

Outros trabalhos executados emcondições de plantio comercial decana-de-açúcar confirmaram a eficiên-cia do destruidor de soqueira no con-trole das larvas do Migdolus. Os mes-mos estudos assinalaram tambémbons resultados com o arado de aiveca,não só no aspecto relativo à mortan-dade de larvas, mas também na efici-ente destruição dos canais usadospelas larvas na sua movimentação ver-tical durante o ano. Ainda no tocanteao método de reforma dos canaviais,alerta-se para a inconveniência doemprego do cultivo mínimo nas áreasinfestadas com Migdolus.

O método mais simples e pratico decontrole é o químico aplicado no sulcode plantio. Essa forma de aplicação deinseticidas tem revelado resultados pro-missores no combate a essa praga. Ex-perimentos mostraram que o empregode inseticidas organoclorados(Endosulfan 350 CE) apresentou redu-ções significativas na população e nopeso das larvas de Migdolus, quandocomparadas a uma testemunha não tra-tada. A aplicação desses produtos re-sultou na proteção das touceiras decana durante o primeiro corte da cultu-ra, com aumentos na produção da or-dem de 19 toneladas de cana por hecta-re. Os números mais expressivos de con-trole foram alcançados nas soqueirassubseqüentes. Os acréscimos de pro-dutividade registraram valores superio-res a duas ou três vezes aos encontra-dos nas parcelas-testemunhas, como

Controle Químicoconseqüência do uso de inseticidas.

Estudos com o inseticida Endosulfan350 CE, mostraram um retorno econômi-co altamente significativo, tanto em do-ses isoladas como quando associado aonematicida Carbofuran 350SC. A produ-tividade média de três cortes, nas áreastratadas com Endosulfan 350 CE, na do-sagem de 12 litros/ha, foi de 105 t/ha,contra 46 t/ha obtidas nas parcelas tes-temunhas. Uma outra forma de controleé a aplicação de inseticidas de longopoder residual no preparo do solo, atra-vés de bicos colocados atrás das baci-as do arado de aiveca.

Esse método, que implica no con-sumo de 300 a 1000 litros de soluçãopor hectare, apresenta a vantagem dedepositar o inseticida a aproximada-mente 40 cm de profundidade, forman-

do uma faixa protetora contínua. Osresultados atuais de pesquisa recomen-dam o controle químico através do em-prego do inseticida Endosulfan 350 CE,aplicado no arado de aiveca na dosa-gem de 12 litros/ha, mais uma comple-mentação com o inseticida Fipronil 800WG, utilizado na dosagem de 250 g/ha,colocado no sulco de plantio, no mo-mento de cobertura da cana.

Arado de Aiveca acoplado com sistema de inseticida (Fonte - CTC)

Controle CulturalConsiste no uso de arma-

dilhas com feromônio sintéti-co, as quais capturam e ma-tam os machos do besouroMigdolus. Além do efeito decontrole dessas armadilhas,deve-se ressaltar também apossibilidade de monitorarum grande número de fazen-das, o que proporcionará, embreve, antever ataque de lar-vas nas raízes. Pastilhas de feromônio, no controle de besouros machos Migdolus. (fonte CTC)

Page 31: Ed16outubro07

Revista Canavieiros - Outubro de 2007

Pragas e Doenças

3131313131

Controle Biológico dascigarrinhas-das-raízesda cana-de-açúcar com o fungoMetarhizium anisopliae

Controle Biológico dascigarrinhas-das-raízesda cana-de-açúcar com o fungoMetarhizium anisopliae

“É um controle barato, eficiente e com responsabilidade social.”

Leandro Aurélio RossiniEngenheiro Agrônomo do departamento

técnico e comercial da Biocontrol

Acana-de-açúcar colhida semqueima é uma realidade em

todo o Estado de São Paulo. Comisso, a cigarrinha-da-raíz (Mahanar-va fimbriolata) tornou-se importan-te praga. As condições ambientaisfavorecidas pela palha da cana nãoqueimada, como maior retenção deumidade no solo e proteção das nin-fas dos raios solares fizeram comque este inseto se tornasse pragapelos elevados níveis populacionaisque atinge quando não corretamen-te manejado.

O controle biológico com o fun-go entomopatogênico Metarhiziumanisopliae vem se destacando comoprincipal método de controle, pornão ser agressivo ao meio ambientee por ser mais barato que o métodoquímico. A oviposição por fêmea decigarrinha é em média 300-350 ovosno solo, próximos às raízes das tou-ceiras. Nos meses mais secos e frios,esses ovos entram em diapausa. Suaocorrência é de outubro a abril, sur-gindo com as primeiras fortes chu-vas. A umidade do solo é fundamen-tal para a sua proliferação. As ninfassugam a seiva das raízes e das radi-celas, protegidas por uma espumabranca. Ocorrem cinco mudas de pele(ecdises). O ciclo médio é de 65-80

dias (ovos: 15-20 dias; ninfas: 35-40dias; adultos: 15-20 dias). Ocorrem

até quatro gerações no ano.

Os principais danos vistos são:plantas desnutridas, desidratadas eressecadas. Folhas com manchasamareladas e posteriormente averme-lhadas e secas. Os adultos injetamtoxinas nas folhas. A redução da áreaverde da cana decorrente da sucçãopelas ninfas e adultos interrompe oprocesso de fotossíntese, causandoatrofia da cana e encurtamento dosentrenós (gomos), reduzindo o arma-zenamento do açúcar e podendo cau-sar perdas agrícolas e industriais daordem de até 60%.

Os inimigos naturais desta pragasão de grande importância. A moscaSalpingogaster nigra é consideradaa principal predadora de ninfas. Suaslarvas predam de 30 a 40 ninfas porciclo e ocorrem de 2 a 3 gerações porgeração da cigarrinha. O Batkoa api-culata é um fungo nativo exclusivode adultos. Deixa o inseto fixo

nas folhas com asasas abertas. Al-

gumas Usinas da re-gião de Sertãozinho-SPmostraram controlesde até 40% comBatkoa emlevantamen-tos recentes.É importantefrisar queesta alta po-pulação deBatkoa apa-rece apenas em áreas onde foi aplica-do Metarhizium, possivelmente pela

maior debilidade dacigarrinha.

Sobre o nível decontrole, recomenda-se iniciá-lo quandoatingir uma popula-ção superior a 1 nin-fa/metro linear de mé-dia no talhão e emáreas historicamentepotenciais da praga.

Com este procedimento evitam-seriscos de aumentos populacionais.As ninfas começam a aparecer cercade 15-25 dias após o início das pri-meiras chuvas. O levantamento deveser feito com intervalos nunca supe-riores a 15 dias para variedades maissusceptíveis e 30 dias para varieda-des menos susceptíveis, em 8 pon-tos/ha de 1 metro, totalizando 8 me-tros/ha.

Recomenda-se aplicar o Metarhi-zium somente ao entardecer e no pe-ríodo noturno, com alta umidade re-lativa (ideal 80%) para dar condiçõesexcepcionais para a proliferação dofungo e este causar a doença-verdena cigarrinha, fazendo assim, o con-

Page 32: Ed16outubro07

Revista Canavieiros - Outubro de 20073232323232 Revista Canavieiros - Outubro de 2007

Pragas e Doenças

trole da praga. A aplicação tratoriza-da é a melhor opção por estar apli-cando o produto de forma direciona-da (concentrada) na base das toucei-ras. O fungo atua por contato. Daaplicação até a morte do inseto leva-se de 4 a 7 dias e para que o inseto setorne esverdeado, aproximadamente10 a 14 dias.

O alto preço dos produtos quími-cos (10 a 20 vezes superiores ao bio-lógico), o desequilíbrio biológicocausado pelas suas aplicações coma morte de inimigos naturais e os ele-vados prejuízos que a cigarrinha-da-raíz poderá causar aos canaviais; di-

recionam para a não economia emdoses do fungo Metarhizium aniso-pliae, para que este excelente agen-te de controle microbiano não sejaprejudicado. As doses normalmenteutilizadas variam de 1012 a 1013 co-nídios/ha. Doses menores (1012 co-nídios) para áreas de menor risco naforma líquida tratorizada e doses mai-ores (1013 conídios) em canaviaisfechados ou áreas altamente infesta-das ou com históricos anteriores deataques severos ou que utilizaramprodutos químicos em anos anterio-res, preferencialmente na forma gra-nulada em aplicação aérea. Essasdoses mais elevadas em áreas infes-

tadas devem visar a‘’saturação do ambi-ente”, chamada de“aplicação inundati-va”. Em anos poste-riores essas áreascertamente necessi-tarão de menoresdoses.

Após inúmerasvisitas e contatoscom técnicos das em-presas, acreditamosque o “problema ci-

Espuma característica de toucera comcigarrinha Ninfas na cana

Cigarrinhas mortas pelo fungoMetarhizium após 10 dias

garrinha” existe, mas os níveis popu-lacionais da “praga” encontrados, namaioria dos casos, são baixos. Este fatonos leva a crer que o controle biológi-co é a saída para a grande maioria. Le-vantamentos realizados mostram quepoucas são as áreas com infestaçõessuperiores a 5 ninfas/ha, certamentemenos de 15% da cana crua cortada,viabilizando a introdução do fungocom o objetivo de reduzir a populaçãoda cigarrinha e estabelecer o equilíbriobiológico da área.

O comprometimento do produtorde cana é fundamental para o suces-so no controle da cigarrinha. Sabe-mos que a propriedade tem inúmerasoutras prioridades como término desafra, tratos culturais das soqueiras,plantio de cana de ano entre outras,mas novembro, dezembro até no má-ximo janeiro é a hora de se preocuparcom a cigarrinha.

O controle biológico não é poluen-te, não provoca desequilíbrios bioló-gicos, é duradouro e aproveita o po-tencial biótico do agroecossistema,não é tóxico para os homens e animaise pode ser aplicado com máquinas con-vencionais com pequenas adaptações.

Salpingogaster Nigra em fase de larva e na fase adulta Cigarrinha morta pelo fungo Batkoa

Inimigos Naturais

Page 33: Ed16outubro07

Revista Canavieiros - Outubro de 2007

Adeus ao lampião

Informação

Adeus ao lampiãoPrograma do Governo Federal leva energia elétrica ao campo

Marcelo Massensini

A partir de agora, a vida no cam- po pode ser mais confortá-

vel. Isso porque o Governo Federal,através do Programa Luz Para Todos,pretende levar energia elétrica a to-dos os consumidores residenciais,comerciais e industriais localizadosem áreas rurais.

O programa atende a todos osproprietários rurais, desde que a pro-priedade tenha uma residência, ouuma área comercial ou industrial. Parafazer parte do Luz Para Todos, o pro-prietário deve se dirigir até a agênciade atendimento CPFL mais próximade sua cidade, ou pelo telefone 08000 10 10 10. Após análise da solicita-ção, a eletricidade será ativada, semcustos ao consumidor.

O Governo Federal lan-çou o Luz Para Todos emnovembro de 2003 e esperalevar energia elétrica paramais de 10 milhões de pes-soas do meio rural até 2008.Para isso ele conta com umorçamento de R$ 12,7 bi-lhões. R$ 9,1 bilhões virãodo Governo e o restante serápartilhado entre governosestaduais e concessionáriade energia elétrica e coope-rativas de eletrificação rural.O projeto é coordenado peloMinistério de Minas e Ener-gia com participação da Eletrobrás.

Se você, produtor rural, se encai-xa neste perfil, vá até um dos postos

de atendimento e faça valer seus di-reitos. Além de conforto, a energiaelétrica pode aumentar os lucros desua propriedade.

Page 34: Ed16outubro07

Revista Canavieiros - Outubro de 2007

Resolução SMA nº 42, de26 de setembro de 2007Resolução SMA nº 42, de26 de setembro de 2007

Legislação

Prezados produtores rurais, foi publicado no DiárioOficial do Estado de 27 de Setembro de 2007, a Resolu-

ção SMA (Secretaria do Meio Ambiente) nº 42/2007, que insti-tui o Projeto Estratégico Mata Ciliar dá Outras Providências,assinada pelo Secretário do Meio Ambiente do Estado de SãoPaulo, Francisco Graziano Neto.

Dentre as várias atribuições que referida resolução traz,nos chama atenção o artigo 3º, que assim dispõe:

“Artigo 3º - Visando assegurar que as restrições le-gais incidentes sobre as áreas ciliares, conforme defini-das no Código Florestal, sejam efetivamente observadas,os proprietários ou possuidores de áreas rurais deverãoencaminhar à SMA comunicação informando que as áre-as ciliares em suas propriedades ou posses encontram-sedelimitadas e protegidas de modo a permitir a regenera-ção natural, observando-se os seguintes prazos:

I. Para as propriedades canavieiras, as comunica-ções de áreas ciliares deverão ser entregues juntamentecom os requerimentos para queima previstos na Resolu-ção SMA 12 de 11 de março de 2005 ou com os Planos deAção previstos nos Protocolos Agro-ambiental no âmbi-to do Projeto Etanol Verde.

II. Até 30 de abril de 2008 para propriedades ou pos-ses rurais com área igual ou superior a 2.000 (dois mil)ha, áreas exploradas por empresas florestais do setor depapel e celulose e áreas marginais a reservatórios admi-nistrados por empresas de energia e saneamento;

III. Até 30 de setembro de 2008 para propriedades ouposses rurais com área de 500 (quinhentos) até 2.000(dois mil) ha;

IV. Até 30 de setembro de 2009 para propriedades ouposses rurais com área de 200 (duzentos) até 500 (qui-

Juliano Bortoloti - AdvogadoDepartamento Jurídico Canaoeste

Revista Canavieiros - Outubro de 20073434343434

nhentos) ha;§ 1º: As comunicações poderão ser

encaminhadas individualmente ou emgrupos de propriedades, agregadas emmicrobacias, cooperativas, associaçõesou outras formas de organização.

§ 2º: A Coordenadoria de Licen-ciamento Ambiental e Proteção deRecursos Naturais - CPRN da SMAdefinirá os procedimentos para o en-vio das comunicações, prevendo-se o georeferenciamen-to ou sistema equivalente passível de mapeamento e fisca-lização ambiental.

§ 3º: Os proprietários ou possuidores de áreas ruraispoderão optar por efetuar a comunicação de que trata ocaput por meio da inscrição das áreas ciliares no Bancode Áreas Disponíveis para Recuperação Florestal institu-ído pela Resolução SMA 30 de 11 de junho de 2007".

Verifica-se, pela referida resolução, que todo produtor ru-ral deverá entregar à Secretaria Estadual do Meio Ambiente,“comunicação informando que as áreas ciliares em suas pro-priedades ou posses encontram-se delimitadas e protegidasde modo a permitir a regeneração natural”, observados al-guns prazos de acordo com o tamanho da propriedade rural.

Porém, o produtor de cana-de-açúcar, independente do ta-manho de seu imóvel ou posse rural, deverá encaminhar suacomunicação juntamente com os requerimentos para queimaprevistos na Resolução SMA nº 12, de 11 de março de 2005, ouseja, até 02 de abril de 2008, ou, ainda, juntamente com osPlanos de Ação previstos nos Protocolos Agro-ambiental noâmbito do Projeto Etanol Verde, que ainda não foi feito entre oGoverno e os fornecedores independentes.

Ada – ato declaratório ambientalAda – ato declaratório ambientalConforme apurado, a entrega do

ADA 2007 - Exercício 2007,foi prorrogada até o dia 30 de novem-bro de 2007 (fonte: www.ibama.gov.br/adaweb/).

Como já afirmado n’outras edições, oADA (Ato Declaratório Ambiental), é umadeclaração da situação ambiental da pro-priedade rural, onde será informado OBRI-GATORIAMENTE ao IBAMA (InstitutoBrasileiro do Meio Ambiente e dos Recur-sos Naturais Renováveis), as áreas de pre-servação permanente, reserva legal e ou-tras áreas de proteção ambiental (área dereserva particular do patrimônio natural,

área de declarado interesse ecológico, áreacom plano de manejo florestal, área comreflorestamento), caso existam no imóvelrural e desde que declaradas no DIAT(Distribuição da Área do Imóvel Rural),entregue quando do preenchimento daDITR (Declaração do Importo TerritorialRural). Tal declaração possibilita a redu-ção do pagamento do ITR (Imposto Terri-torial Rural) em até 100% de seu valor.

Ressaltamos, ainda, que o envio doADA a partir do exercício 2007, é feitopor meio eletrônico, via internet (ADA-web), através do site www.ibama.gov.br/adaweb/.

No preenchimento eletrônico doADA ou em caso de retificação, deve-seobservar fielmente o que foi declaradono formulário do DITR, protocolizadoperante a Secretaria da Receita Federal,pois as informações ali contidas devemguardar relação com as que forem pres-tadas no ADA, tendo em vista que, vi-sando um maior controle administrativodas propriedades rurais, o IBAMA co-meçou a cruzar suas informações com aReceita Federal e o INCRA – InstitutoNacional de Colonização e ReformaAgrária, responsáveis pelo controle erecolhimento anual do ITR.

Page 35: Ed16outubro07

Revista Canavieiros - Outubro de 2007

Repercutiu

Revista Canavieiros - Outubro de 2007 3535353535

“Por que, então, tantos comentários negativos sobre umpaís que produz energia renovável, que polui menos o meioambiente e está em fase de desenvolvimento? A resposta ésimples. Trata-se, portanto, de uma verdadeira guerra co-mercial, que envolve não apenas um mercado multibilionário,mas também grandes interesses de outras potências quenão hesitam em utilizar-se dos mais variados recursos emfavor dos seus interesses. Basta observarmos as recorren-tes tentativas dos EUA e da União Européia em incluir te-mas como meio ambiente e direitos humanos na pauta denegociações comerciais com países em desenvolvimento,como o Brasil”.

Trecho do discurso do presidente da Copercana,Cocred e da Agrocana, Antônio Eduardo Tonielo, que foiovacionado na abertura do IX Fórum Internacional sobreo Futuro do Álcool, em Sertãozinho.

“Se eu disser que está tudo bem nessa relação da produção com oambiente não estarei sendo justa, mas reconheço que muitos do setortêm desempenhado papel importante na defesa ambiental.”

A ministra do meio-ambiente, Marina Silva, durante o Fórumque abriu a Fenasucro e Agrocana 2007.

“Nós somos os melhores em tecnologia paraa extração de etanol da cana-de-açúcar. Por-tanto essa é a única vez na nossa história quenós poderemos dominar um processo.”

Roberto Rodrigues, ex-ministro da agricul-tura e atual coordenador do Centro deAgronegócio da FGV, durante o mesmo Fórum,em Sertãozinho.

“Nós podemos cobrir orisco de ‘apagão’, mas pre-cisamos que haja umavaloração desse trabalho”.

O presidente da Unica,Marcos Jank. Segundo ele,as usinas sucroalcooleiraspoderiam ampliar os atuais2.000 MW de capacidadeinstalada de geração deenergia para 9.600 MW em2015, o que corresponderiaa duas vezes a geração deItaipu ou 15% da energiaconsumida no País.

“Os biocombustíveissão uma opção. O etanole o biodiesel podem ofe-recer muitas oportunida-des a países emergentes,podem gerar emprego erenda e favorecer a agri-cultura familiar, além deequilibrar a balança co-mercial”.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Sil-va, em seu discurso na abertura da 62ª Assembléia Ge-ral da ONU em Nova York, nos Estados Unidos.

Foto

: Ag.

Bra

sil

Page 36: Ed16outubro07

Revista Canavieiros - Outubro de 20073636363636

BibliotecaBibliotecaBibliotecaBibliotecaBiblioteca“GENERAL ÁLVARO

TAVARES CARMO”"MANUAL DE GESTÃO DAS COOPERATIVAS

UMA ABORDAGEM PRÁTICA"

Djalma de Pinho Rebouças de Oliveira

O segmento da economia representado pelas cooperativas é um dos que mais têm cres-

cido no mundo e no Brasil. Entretanto, esse cresci-mento pode estar, em alguns casos, sendo realizadode forma não sustentada, consolidando uma situa-ção problemática para o sistema cooperativista bra-sileiro. Essa sustentação pode estar baseada na aná-lise e no conhecimento dos negócios das cooperati-vas, na evolução de seus mercados, na capacitaçãoprofissional de seus executivos e funcionários, mastambém - e principalmente - nos modelos de gestãoaplicados pelas cooperativas, quer seja ou não deforma explícita e estruturada.

É nessa questão do modelo de gestão das coope-rativas que este livro apresenta uma contribuição -que pode ser maior ou menor, dependendo da situ-ação de absorção pela cooperativa - para que o sis-tema cooperativista possa consolidar-se, inclusive,como negócio de sucesso.

Livro básico para a complementação e a aborda-gem pratica e específica, em um segmento da econo-mia brasileira, nas disciplinas de planejamento es-tratégico, estrutura organizacional, organização e mé-todos e processo diretivo, bem como teoria geral daadministração. Livro-texto para os cursos decooperativismo. Leitura fundamental de atualiza-ção e reciclagem profissional para conselheiros, exe-cutivos e funcionários de organizaçõescooperativistas e cooperativas, bem como coopera-dos que pretendam ter uma postura mais interativacom suas cooperativas.

Os interessados em conhecer as sugestões de lei-tura da Revista Canavieiros podem procurar a Bi-blioteca da Canaoeste, na Rua Augusto Zanini,nº1461 em Sertãozinho, ou pelo telefone (16)3946-3300 - Ramal 2016

Cultura

CultivandoCultivandoCultivandoCultivandoCultivandoa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua PortuguesaEsta coluna tem a intenção de maneira didática,esclarecer algumas dúvidas a respeito do português

* Advogada e Prof.ª de Português e InglêsMestra—USP/RP, Especialista em Língua Portuguesa, Consultora de Português, MBA

em Direito e Gestão Educacional, Escreveu a Gramática Português Sem Segredos (Ed.Madras) com Miriam M. Grisolia

Renata CaroneSborgia*

1) “INAUGURA” hoje o famoso restaurante!!!

Será? Com o Português de forma incorreta talvez seja melhortransferir a inauguração.

Por que?Prezado amigo leitor, alguma coisa SE INAUGURA e não inaugura apenas

(sem a partícula SE).Ex.: INAUGURA-SE (e não inaugura) hoje o famoso restaurante!!! A festa esperada inaugura-se (e não inaugura) no próximo sábado.

2) Ele não foi “INCLUÍDO” na lista de convidados...

Uma pena.Vamos esclarecer a dúvida entre INCLUÍDO e INCLUSO:

INCLUÍDO—usar para expressar uma ação, deve ser usado tanto com osverbos TER e HAVER como com os verbos SER e ESTAR.

Ex.: Tinha(ou Havia) incluído.Foi (ou estava) incluído.

Prefira INCLUSO para usá-lo como adjetivo.Ex.: autos inclusos (autos-substantivo e inclusos-adjetivo)documentos inclusos (documentos-substantivo e inclusos-adjetivo)causas inclusas (causas-substantivo e inclusas-adjetivo)

3) Pedro “INTERVIU” na briga.

Pedro, confusão também com o Português!O correto é INTERVEIO.O verbo INTERVIR é derivado do verbo VIR.Ex.: Pretérito Perfeito Simples (passado simples)

Verbo Vir - Verbo IntervirEu vim- Eu intervimTu vieste - Ele interviesteEle veio - Ele interveioNós viemos - Nós interviemosVós viestes - Vós interviestesEles vieram - Eles intervieram

Dica: observe que só acrescentou no verbo intervir o “inter” no “começo”da conjugação.

Page 37: Ed16outubro07

Revista Canavieiros - Outubro de 2007

Agende-seAgende-seAgende-seAgende-seAgende-seNovembro Novembro Novembro Novembro Novembro de de de de de 20072007200720072007

Revista Canavieiros - Outubro de 2007 3737373737

Simpósio Estadual de Agroenergia - 1ª ReuniãoTécnica Anual de Pesquisa de Agroenergia - RS

Data: 06 a 08 de novembro de 2007Local: Embrapa Clima Temperado - Pelotas - RSTemática: A Embrapa Clima Temperado, a Fundação Es-

tadual de Pesquisa Agropecuária - FEPAGRO e a EMATER,reconhecendo a relevância da agroenergia como nova pla-taforma para a agroindústria riograndense promovem oSimpósio Estadual de Agroenergia e a 1ª Reunião TécnicaAnual de Agroenergia, entre 6 e 8 de novembro de 2007, emPelotas, nas dependências da Embrapa Clima Temperado.

Mais Informações: (53) 3275 -8147

Curso Intensivo de Viveiros e Produção de MudasData: 07 a 09 de novembro de 2007Local: Embrapa Florestas - Estrada da Ribeira, km 111 -

Colombo - PRTemática: O curso tem como objetivo capacitar, de for-

ma teórica e prática, profissionais da área de produção demudas e demais interessados, para o planejamento e im-plantação de viveiros e para a aplicação de diferentes técni-cas de propagação e produção de mudas de plantasarbóreas. Bem como adquirir e/ou atualizar conhecimentosnas técnicas e processos utilizados na propagação de plan-tas e produção de mudas.

Mais Informações: (41) 3675-5634

6º Congresso Brasileiro de Turismo RuralData: 08 a 11 de novembro de 2007Local: Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"

- ESALQ/USP - Piracicaba - SPTemática: O objetivo do Congresso é fazer uma apre-

sentação e uma discussão de trabalhos originais sobre oassunto, além de promover a sistematização de informa-ções, experiências e recomendações no âmbito do turismono espaço rural brasileiro.

Mais Informações: (19) 3417-6604

Workshop sobre Adequação Ambiental e Téc-nicas de Recuperação de Áreas Degradadas

Data: 12 a 13 de novembro de 2007Local: Anfiteatro do Pavilhão de Engenharia da ESALQ/

USP - Piracicaba - SP

Temática: O evento é voltado a profissionais do setoragrícola e ambiental visando atualização nas técnicas derestauração florestal e políticas públicas relacionadas aomesmo. Estudantes de graduação e pós-graduação em ci-ências agrárias e ambientais. Entidades públicas e privadase terceiro setor.

Mais Informações: (19) 3417-6604

Curso de Análise de Mercado Físico e Futu-ro de Milho

Data: 21 de novembro de 2007Local: São Paulo - SPTemática: O encontro tem, como principal objetivo,

reavaliar os novos parâmetros de formação de preço e ten-dências na comercialização brasileira e mundial, combinan-do as ações junto com operações de mercado futuro. Des-tina-se a produtores, operadores, traders, corretores e qual-quer profissional que esteja envolvido na administraçãorural e na comercialização das principais commoditiesagropecuárias

Mais Informações: (51) 3224-7039

Reunião Itinerante de Fitossanidade doInstituto Biológico Cana-de-açúcar

Data: 22 de novembro de 2007Local: Sertãozinho - SPTemática: Com 200 vagas, a reunião é voltada para agrô-

nomos, técnicos agrícolas e empresários do setor canavieiro.Mais Informações: (19) 3252-2942

Curso de Análise Fundamental e Introduçãoa Comercialização de Soja

Data: 22 de novembro de 2007Local: Curitiba - PRTemática: O encontro tem como objetivo básico dar sub-

sídios introdutórios, através da analise fundamentalista, aoentendimento do processo de comercialização da soja noBrasil. A abordagem será feita tendo sempre a ótica do merca-do, envolvendo as duas pontas do processo, ou seja, a pro-dução e o consumo, destacando os principais pontos decomposição da oferta e da demanda a nível mundial e nacio-nal, e sua interpolação com o processo de negociação.

Mais Informações: (51) 3224-7039

Page 38: Ed16outubro07

Revista Canavieiros - Outubro de 2007

Vende-seTrator Valtra ano 99. 3.150 horas. Pneus

novos. Tratar com João Marcelo Bergamaschipelo telefone: (16) 9185-9695

Vende-seSítio com 2,48 alqueires a 3 km da Cia.

Energética Santa Elisa. Sede com casa, 2 gara-gens, paiol e árvores frutíferas. Tratar pelostelefones: (16)3947-8710 ou (16) 9723-5609

Vende-se01 Trator Ford 6610 ano 85 com lâmina e pá.01 Caminhão MB 2635 ano 1996.01 Retro-escavadeira Case ano 80 modelo 580E.01 Jeep 64 a álcool, super-conservado.Falar com Wilson pelo telefone (17) 9739-2000

Vende-seTrator Valmet 118-4X4, ano 83, ótimo es-

tado, segundo dono. Em caso de interessetratar com o Leonardo, pelo telefone (16)3943-6315 ou (16) 92364031.

Vende-se1486 alq. Parte no estado de SP e parte no

estado de MG. Plana, usina de açúcar teminteresse em arrendar, formada em pasto, sedeboa, 80% mecanizável, R$ 30.000,00/alq.Tratar com José Paulo Prado pelo telefone(19) 3541-5318 ou (19) 9154-8674.

Vende-se01 Trator 275, ano 87 super-convservado.

Capota, rodeiro fino. R$ 25.000,0001 Pulverizador Cross bomba 150, pouco

uso. Ano 2003. R$ 18.000,0001 Arado 4 bacias reversível hidráulico.

Marca Santa Izabel. R$ 4.500,0001 Subsolador 09 hastes baldan, hidraulico.

R$ 2.500,0001 Tanque de água 2000, duas rodas. R$

1.500,0001 Grade intermediaria 24 x 26 tatu. R$

9.000,00Estudo troca. Tratar com Mario Fantinatti

pelo telefone 8152-1836

Vende-seCarregadeira de cana Santal Super 2000 ano

2006. Acoplada em MF 290/4 RM ano 2006.4000 horas de uso, R$ 120.000,00. Tratarcom José Paulo Prado pelo telefones (19)3541-5318 e (19) 9154-8674.

3838383838

Vende-seMB 1620 ano 2004. Caçamba basculante,

truck reduzido, único dono.Tratar com Patito pelo telefone: (16) 9187-1901

ou pelo e-mail [email protected].

Vende-seVende-se Rolo CA25 Pata, ano 1985, exce-

lente, equipamento trabalhando, nada para fa-zer, Tenho fotos. Tratar com Fabiano Maximopelo telefone: (11) 9290-1141 ou pelo e-mail:[email protected].

Vende-seFazenda de agropecuária c/ área total de

23.501,4 há, sendo 10.000ha de área aberta eformada com pasto (Andropólogo,Braquiarão e Colonião). Área de baixo varjão:7.500 ha; Mata (reserva) 6.000 ha. Localiza-da no município de Santa Terezinha-MT.100% plana, própria para agropecuária e agri-cultura. Rica em água, com pequenos córregosperenos, com 11 km de margem do RioTarirapé. Casas, curral, equipamentos agrí-colas. Preço total: R$-30.000.000,00. Acei-ta-se permuta a negociar. Tratar com JoãoGarcia pelo telefone: (17) 3523-3057 ou peloe-mail: [email protected].

Vende-seConjunto bi-trem, com pneus, rodoar,

suspensor, em ótimo estado, ótimo preço.Aceito troca. Tratar com Cléber ou Paulo pelotelefone: (16) 3951-6982 ou 9132-0006 oupelo e-mail: [email protected].

Vende-seCargo 2831, traçado 2005/06 . Aceito tro-

ca, de preferência por carregadeira de cana.Tratar com Welton pelo telefone: (34) 9168-2086 ou pelo e-mail: [email protected].

Vende-seCarretas Inox de 30Mlts, ano 2000 e 37

Mlts, ano 2005. Tratar com Elias pelo tele-fone: (11) 6950-7685 ou pelo e-mail:[email protected].

Vende-seVendo uma caçamba marca Iderol 10 m, ano

90, com sistema de leque. Caçamba em per-feito estado. Tratar com Junior Gazoti pelotelefone: (18) 9749-5042 ou pelo e-mail:[email protected]

Vende-seFazendas com cana:28 alq. - R$ 715.000,00, Itapetininga, 3 km

da usina, todo em cana arrendada, ótima sede.Piracicaba: 50 alq., cana própria, sede, 4

km do asfalto, R$ 45.000,00/alq.Piracicaba: 88 alq., cana arrendada, 35 t/

alq., sede, no asfalto, R$ 40.000,00/alq.Piracicaba: 107 alq., cana própria, 3 km da

usina, R$ 50.000,00/alq.Trata com Dagoberto Corrarello pelo tele-

fone: (19) 3421-1459 ou pelo e-mail:[email protected]

Vende-seCaminhão 2213 traçado e reduzido a ar, tudo

revisado. Pronto para trabalhar, raridade. Tra-tar com Wladimir pelo telefone: (16) 3664-1535ou pelo e-mail: [email protected].

Vende-seVende-se 01 Scania/P124 CA6X4NZ 360

, 2000 / 2000. Veículo Revisado. Tomadade força e comando hidráulico (básculas eoutros equipamentos hidráulicos). Tratarcom Frederico Machado Santos pelo tele-fone: (31) 3829-5427 ou pelo e-mail:[email protected].

Vende-seFabrica de aguardente completa. 02 ter-

nos 18/24, 01 caldeira, 01 guindaste, 02colunas para aguardente capacidade 500ltscada, 01 jogo de facas, 02 esteiras para cana,01 esteira para bagaço, 01 maquina a vaporcom as transmissões. Preço: 300.000,00.Em caso de interesse, entre em contato como Marcio Viana pelo telefone: (31) 8484-0612 ou pelo e-mail:[email protected]

Vende-seFazendas na região de Ribeirão Preto:1) 36alq, sendo, 31,5 alq. plantados em

cana. Terra roxa, benfeitorias. Ao lado temmais 50alq. 20 km da usina. Pede-se R$45.000/alq. Aceita proposta.

2) 180 alq., solo misto, plantado 90 alq. decana arrendada a R$ 35,00/ton. 12 km da usi-na. Pede-se R$ 40.000/alq. Estuda propostae aceita parte em imóvel em Rib.Preto.

Em caso de interesse, tratar com CarlosPassoni pelo telefone: (16) 3954-7403 ou peloe-mail: [email protected]

Page 39: Ed16outubro07

Revista Canavieiros - Outubro de 2007 3939393939

Page 40: Ed16outubro07

Revista Canavieiros - Outubro de 2007