ecossistemas de recifes de corais

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BAPTISTA JOÃO BOANHA LUIS JOAQUIM CARLOS SHELSIA VICTOR SANDRAMO CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL E DOS RECURSOS NATURAIS 2º ANO HIDROBIOLOGIA APLICADDA Tema: ECOSSISTEMAS DE RECIFES DE CORAIS; Importância dos Ecossistemas de Recifes de Corais. TRABALHO INVESTIGATIVO FACULDADE DE ENGENHARIA AMBIENTAL E DOS RECURSOS NATURAIS CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL E DOS RECURSOS NATURAIS CHIMOIO, MARÇO DE 2015

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Page 1: ecossistemas de recifes de corais

BAPTISTA JOÃO BOANHA

LUIS JOAQUIM CARLOS

SHELSIA VICTOR SANDRAMO

CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL E DOS RECURSOS NATURAIS

2º ANO

HIDROBIOLOGIA APLICADDA

Tema:

ECOSSISTEMAS DE RECIFES DE CORAIS;

Importância dos Ecossistemas de Recifes de Corais.

TRABALHO INVESTIGATIVO

FACULDADE DE ENGENHARIA AMBIENTAL E DOS RECURSOS NATURAIS

CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL E DOS RECURSOS NATURAIS

CHIMOIO, MARÇO DE 2015

Page 2: ecossistemas de recifes de corais

BAPTISTA JOAO BOANHA

LUIS JOAQUIM CARLOS

SHELSIA VICTOR SANDRAMO

CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL E DOS RECURSOS NATURAIS

HIDROBIOLOGIA APLICADDA

Tema:

ECOSSISTEMAS DE RECIFES DE CORAIS;

Importância dos Ecossistemas de Recifes de Corais.

Trabalho Investigativo apresentado à Faculdade de

Engenharia Ambienta e dos Recursos Naturais para efeitos

de avaliação.

Apresentado a: dr. Satar Gemusse

FACULDADE DE ENGENHARIA AMBIENTAL E DOS RECURSOS NATURAIS

CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL E DOS RECURSOS NATURAIS

CHIMOIO, MARÇO DE 2015

Page 3: ecossistemas de recifes de corais

Índice

Páginas

1. Introdução...................................................................................................................................1

1.1. Objectivo geral...............................................................................................................1

1.1.1. Objectivos específicos............................................................................................1

1.2. Metodologias..................................................................................................................2

2. Ecossistemas de recifes de coral............................................................................................2

a) Nutrição e crescimento dos corais..................................................................................2

b) Reprodução dos corais....................................................................................................3

c) Condições de habitação dos recifes de corais................................................................3

d) Tipos de recifes de corrais (quanto a sua formação)......................................................4

e) Tipos de recifes de corais (quanto a categoria)..............................................................4

2.1. Abundancia e distribuição dos recifes de corais em Moçambique.....................................4

2.2. Interação dos corais com outros ecossistemas....................................................................5

2.3. Importância dos ecossistemas de recifes de corais..............................................................5

2.3.1. Importância económica................................................................................................6

2.3.2. Importância ecológica..................................................................................................6

2.3.3. Importância ambiental..................................................................................................6

2.4. Ameaças aos ecossistemas de recifes de corais...................................................................7

a) A pesca...........................................................................................................................7

b) Sedimentação..................................................................................................................7

c) Poluição..........................................................................................................................8

d) Espécies exóticas............................................................................................................8

2.5. Os mecanismos de sobrevivência dos corais diante do impacto das mudanças climáticas 8

2.6. Consequências da destruição dos recifes de corais.............................................................8

2.7. Conservação dos ecossistemas de recifes de corais............................................................9

2.7.1. Áreas de proteção aos recifes de corais........................................................................9

2.7.2. Educação ambiental......................................................................................................9

2.8. Áreas de recifes de corais em Moçambique......................................................................10

Bibliografia................................................................................................................................11

Page 4: ecossistemas de recifes de corais

1. Introdução

Os recifes de corais são ecossistemas tipicamente marinhos e são encontrados ao longo

das zonas costeiras habitualmente na plataforma continental porém, podem ocorrer de

forma isolada (recifes em manchas).

Segundo IMARNR (2009), os recifes de coral são ecossistemas antigos da terra e ricos

em biodiversidade, possuem uma grande importância ecológica, social e económica.

Segundo Kleypas et all (2006), A acidificação da água devido ao CO2 provoca a

destruição dos recifes de coral, para além disso, a pesca, e algumas actividades turísticas

causam grandes impactos negativos nos mesmos.

Segundo Maueua et all (2007) A zona costeira de Moçambique, estende-se por cerca de

2.700Km, é contém uma importante variedade de ecossistemas (tanto marinhos quanto

terrestres), e um total de 48 distritos costeiros onde vive cerca de 60% da população.

O Governo de Moçambique procura garantir a sustentabilidade da exploração dos

recursos costeiros e marinhos através da investigação, gestão por forma a contribuir

significativamente ao alívio da pobreza absoluta.

Dentro do tema iremos abordar alguns subtemas por nós tidos por pertinente, tais como:

a nutrição e crescimento, tipos de corais, abundância e distribuição, importância e

ameaças dos mesmos.

1.1. Objectivo geralDescrever os ambientes de recifes de corais.

1.1.1. Objectivos específicos Trazer conceitos básicos sobre os recifes de corais, tais como: nutrição e

crescimento, reprodução, as condições de habitação favoráveis aos mesmos;

Caracterizar e nomear os tipos de recifes de corais;

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Page 5: ecossistemas de recifes de corais

Mencionar as actividades que afectam e ameaçam os ecossistemas de recifes de

corais;

Descrever a importância ambiental dos recifes de corais;

Localizar as áreas de recifes de corais em Moçambique.

1.2. MetodologiasO presente trabalho foi produzido mediante as seguintes metodologias:

Pesquisas bibliográficas;

Pesquisas na internet.

2. Ecossistemas de recifes de coral

Segundo Maueua et all (2007), os recifes de coral formam um ecossistema integrado de

alta produtividade com numerosas ligações biológicas, físicas e biogeoquímicas que

gera uma diversidade de serviços ecológicos.

a) Nutrição e crescimento dos corais

Segundo Freitas (2012), A calcificação dos corais resulta na formação da aragonita, um

polimorfo do CaCO2. Esta biomineralização ocorre no interior do esqueleto, com a

formação de uma matriz orgânica, centro de nucleação dos cristais de carbonato de

cálcio (CaCO2).

Segundo o mesmo autor, os corais são animais politróficos, pois obtêm energia tanto a

partir da autotrofia como da heterotrofia. A heterotrofia consiste na ingestão de matéria

orgânica viva, que inclui bactérias, fitoplâncton e o zooplâncton, de matéria orgânica

dissolvida e de material particulado em suspensão.

Os corais são animais noturnos e ficam retraídos em seu esqueleto, durante a noite

estendem seus tentáculos para se alimentar (IMARNR, 2009).

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Page 6: ecossistemas de recifes de corais

A captura do alimento pelos corais envolve a adesão da presa aos tentáculos, local onde

há elevada concentração de nematocistos, que tem por função, cessar os movimentos da

presa (ver em anexo a ilustração 1).

b) Reprodução dos corais

Conforme o IMARNR (2009), os corais podem ter mecanismos de reprodução sexuada

e assexuada, dependendo da espécie a que nos referimos.

O mesmo autor ainda afirma que na reprodução sexuada, algumas espécies produzem

espermatozoides e óvulos na mesma colonia (hermafroditas), outras produzem apenas

óvulos ou espermas em cada colonia. A fecundação pode ocorrer dentro dos pólipos

femininos, sendo liberada na água uma larva (plânula) pronta para se fixar e gerar uma

nova colonia, ou essas células são liberadas no oceano e a fecundação ocorre na água.

Já a reprodução assexuada acontece por meio da divisão simples de um pólipo em dois,

sem ocorrer um encontro das células sexuais. Este tipo de reprodução resulta na

formação de clones de um pólipo original e normalmente é realizada para uma colonia

crescer em tamanho, aumentando o número de pólipos.

c) Condições de habitação dos recifes de corais

Conforme Segal e Castro apud IMARNR (2009), os corais residem principalmente em

mares tropicais, em regiões com águas permanentemente quentes, claras e rasas.

A temperatura ideal da água para os recifes de coral crescerem é entre 18º e 36ºC, com

uma faixa ótima entre 26º a 28ºC. As águas devem ser claras, pois os corais precisam de

grande intensidade de luz solar para sobreviverem, devido as algas que se encontram em

seus tecidos (zooxantelas).

Os corais vivem em águas salgadas e não costumam tolerar grandes variações na

salinidade da água.

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Page 7: ecossistemas de recifes de corais

d) Tipos de recifes de corrais (quanto a sua formação)

Segundo Segal e Casro, (2008) apud IMARNR (2009), os recifes de corrais pode ser

dos seguintes tipos:

Recifes em franja - Crescem perto da costa ao redor de ilhas e continentes, são

mais comuns ao longo da faixa tropical do litoral Moçambicano. Eles são

separados da costa por estreitas e rasas lagoas.

Recifes em barreira – também são paralelos a costa, mas separados por lagoas

profundas e largas.

Atóis – são anéis formados pelo crescimento de corais ou algas calcárias que

criam uma lagoa protegida e se localizam no meio dos oceanos. O atol

geralmente se forma quando topos de ilha rodeadas dor recifes em franja

afundam no mar ou o nível do mar se eleva ao redor deles.

Recifes em manchas – são pequenas, isoladas e crescem na base da plataforma

continental ou das ilhas. Eles ocorrem entre os recifes de franjas e os recifes em

barreiras e variam de tamanho, raramente alcançando a superfície da água.

Chapeirões – são formações típicas com formatos de coluna ou cogumelos, que

podem atingir de 5 a 25m de altura.

e) Tipos de recifes de corais (quanto a categoria)

Segundo MICOA (2007), os recifes são amplamente categorizados em três tipos:

Massivos recifes rochosos, “estéreis”, com pouca cobertura de coral;

Planos com rebordos pouco profundos: dominados por corais moles onde há

abundância de peixe, particularmente espécies pequenas;

Planos com rebordos profundos: dominados por corais moles mas com áreas

extensas de coral duro ocorrendo poucos peixes.

2.1. Abundancia e distribuição dos recifes de corais em Moçambique

A costa de coral estende-se do rio Rovuma (10°32´) até ao Arquipélago das Ilhas

Primeiras e Segundas (17°20´). Outra porção de corais ocorre de forma intercalada

desde a Ilha de Bazaruto até à fronteira com a África do Sul, na Ponta do Ouro.

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Page 8: ecossistemas de recifes de corais

Estas regiões são de natureza coralífera com linha de costa relativamente alta e

recordada possuindo baías profundas tais como Pemba, Nacala, Memba e Maputo. Para

além do papel que têm enquanto protetores da costa contra acção erosiva costeira os

corais constituem áreas com grande potencialidade para a reprodução e

desenvolvimento de algumas espécies marinhas (MICOA, 2007).

Os corais existem e crescem em declives e ilhas. Em Moçambique, os corais têm um

alto desenvolvimento no Norte e no Sul desde Bazaruto (21º Sul) até à fronteira com a

República da África do Sul.

Os recifes de coral de Moçambique são o prolongamento Sul dos recifes paralelos e

bem desenvolvidos que ocorrem ao longo das principais secções da plataforma

continental da Costa Leste Africana.

Os mais importantes recifes de corais em Moçambique ocorrem em Baixo Pinda (um

pouco a norte de Nacala), na península ao sul da foz do rio Lúrio (entre a Ponta Metacua

e Serisse) e entre Pemba e Mecufi (MICOA, 2007).

2.2. Interação dos corais com outros ecossistemas

Os recifes de corais são ecossistemas bastante sensíveis e vulneráveis. Este facto o faz

depender de outros organismos e até ecossistemas para garantir a sua estabilidade.

MICOA (2007) afirma que a dependência reciproca dos mangais e ervas marinhas nos

recifes de coral, baseia-se no facto de estes funcionarem como barreira hidrodinâmica,

dissipando a força das ondas que vão dar a costa. Estes aspectos são de grande

importância no funcionamento dos recifes de coral.

2.3. Importância dos ecossistemas de recifes de corais

Os recifes de corais abrigam uma grande diversidade de vida, oferecendo locais de

refúgio, desova, criação, alimentação e reprodução para muitas espécies, além de serem

uma importante fonte de alimento e de recursos econômicos para a sobrevivência das

populações costeiras (Moberg & Folke 1999 apud Leão).

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Page 9: ecossistemas de recifes de corais

2.3.1. Importância económica

Calcula-se que cerca de 60 % das pescarias de subsistência em Moçambique, a

chamada pesca artesanal, tenha como base os corais, localizados essencialmente a

norte do País. Este ecossistema é uma importante fonte de recursos biológicos no que

se refere à sua complexa biodiversidade e é a base das pescarias tropicais e ecoturismo

marinho (www.zonascosteiras.gov.mz).

2.3.2. Importância ecológica

Os recifes de coral suportam uma extraordinária biodiversidade, embora localizados

em águas tropicais pobres em nutrientes. O processo de reciclagem de nutrientes entre

corais, zooxantelas e outros organismos do recife oferecem uma explicação do porque

o coral floresce nestas águas: a reciclagem garante que menos nutrientes são

necessários para suportar a comunidade (www.wikipedia.org).

Segundo Spalding et all (2001) apud Wikipédia, os recifes de coral são o lar de uma

variedade de peixes tropicais ou de recifes, tais como os coloridos peixe-papagaio,

peixe-anjo, peixes da família Pomacentridae e peixe-borboleta. Mais de 4000 espécies

de peixes abitam os recifes para além de uma grande variedade de outros organismos,

incluindo esponjas, cnidários (que inclui alguns tipos de corais e águas-vivas), vírus,

crustáceos (incluindo camarão, lagosta e caranguejos), moluscos (incluindo

cefalópodes), equinodermos (incluindo estrelas do mar, ouriços do mar e pepinos do

mar), tartarugas marinhas e cobras-do-mar.

2.3.3. Importância ambiental

Os recifes de corais também são responsáveis pelo processo de reciclagem de nutrientes

entre corais, zooxantelas e outros organismos.

Os corais absorvem nutrientes, incluindo nitrogênio inorgânico e fósforo, diretamente

a partir da água, e se alimentam do zooplâncton que são absorvidos pelos pólipos com

o movimento da água (Castro e Huber, 2000). Assim, a produtividade primária em um

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Page 10: ecossistemas de recifes de corais

recife de coral é muito elevada. Produtores em comunidades de recifes de corais

incluem a simbiótica zooxantelas, algas coralinas e várias algas, especialmente os

pequenos tipos chamados algas turfe (www.wikipédia.org).

2.4. Ameaças aos ecossistemas de recifes de corais

Conforme Lough & Barnes 2000 apud Leão, o clima global tem sido apontado como

um dos mais importantes agentes ambientais que controlam o crescimento dos corais.

Como consequência do aquecimento das águas oceânicas, os corais têm sido expostos a

eventos de estresse térmico com elevada frequência e grande intensidade.

Este estres é um processo relacionado à perda, pelos corais, das suas algas

fotossintetizantes - as zooxantelas que além de darem a cor ao coral, produzem

componentes orgânicos que lhes servem de alimento.

a) A pesca

Segundo Maueua (2007), a pesca culmina com a captura alta comercial de mariscos e

combinado com a destruição dos mangais e a prática de arrasto sobre os tapetes de ervas

marinhas.

Esse fenómeno não só influi na abundancia das espécies marinhas naquele lugar, mas

também pode provocar a extinção de espécies devido a morte de larvas (plânula ou

outras) de diferentes espécies, destrói os corais e outros tipos de ecossistemas

aumentando vulnerabilidade dos mesmos.

b) Sedimentação

Segundo o IMARNR (2009), Os sedimentos em suspensão na água diminuem a

penetração da luz, importante para a fotossíntese. O porte de sedimentos no mar é

decorrente de erosão costeira.

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Page 11: ecossistemas de recifes de corais

c) Poluição

Existem elementos poluidores que são derramados devido as actividades humanas,

dentre os destacados são o petróleo, compostos orgânicos e água de lastro.

d) Espécies exóticas

As espécies não nativas de Moçambique, via água de lastro (aguas transportadas no

interior de navios cargueiros para lhes dar estabilidade para a navegação quando estão

sem carga). O grande problema destas espécies exóticas é que muitas vezes a presença

delas acaba afetando a sobrevivência de espécies nativas.

2.5. Os mecanismos de sobrevivência dos corais diante do impacto das mudanças

climáticas

Segundo Freitas et all (2012), Os corais são animais politróficos, pois obtêm

metabólitos via ingestão de bactérias e plancton e via simbiose com algas dinoflageladas

(zooxantelas). Esta simbiose tem a fotossíntese como processo fundamental.

A redução na qualidade ambiental para crescimento do recife é causada tanto pela

elevada turbidez, que limita a quantidade de luz disponível para o holobionte coral-

zooxantela, e pela alta taxa de sedimentação, que provoca um elevado consumo de

energia do coral para limpar-se (Freitas et all, 2012).

2.6. Consequências da destruição dos recifes de corais

Conforme Freitas (2012), O resultado desta degradação dos recifes de corais acarretará

a perda da capacidade de proteção da linha de costa; redução da biodiversidade, da

produtividade primária, das taxas de fecundidade, do assentamento larval, das taxas de

crescimento.

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Page 12: ecossistemas de recifes de corais

2.7. Conservação dos ecossistemas de recifes de corais

Segundo POLIDORO et al. (2010) apud Duarte et all (2012) Atualmente, estas áreas

costeiras enfrentam várias ameaças, como uma forte pressão antrópica, poluição e

destruição dos habitats.

Quase metades (48%) das espécies que compõem os recifes de corais encontram-se em

categorias de ameaça.

Segundo Duarte et all (2012), os recifes de corais são ecossistemas especialmente

sensíveis às perturbações negativas.

O reconhecimento da necessidade de proteção destas zonas, identificado há cerca de 50

anos, levou ao estabelecimento de parques e reservas naturais marinhas, como é o caso

da Reserva da Ilha de Inhaca ao largo de Maputo, em Moçambique e a mais recente em

2002, o Parque Nacional das Quirimbas, em Moçambique.

2.7.1. Áreas de proteção aos recifes de corais

Segundo APARC, A Área de Proteção Ambiental dos Recifes de Corais é uma unidade

de conservação marinha, de uso sustentável, que foi criada justamente para poder

promover a preservação da biodiversidade marinha e estabelecer medidas de controlo e

monitoramento das atividades humanas na área, especialmente em relação à pesca e

turismo.

2.7.2. Educação ambiental

Segundo APARC, O Programa de Educação Ambiental tem como o principal objetivo

promover a sensibilização ambiental e o incremento do conhecimento da população,

frequentadores e turistas das praias sobre a importância dos recifes de corais e recursos

marinhos e a necessidade da sua preservação para o equilíbrio ecológico,

sustentabilidade e qualidade de vida de toda a região.

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Page 13: ecossistemas de recifes de corais

2.8. Áreas de recifes de corais em Moçambique

Segundo MICOA (2007), em Moçambique existem áreas em que predominam os recifes

de corais, estas áreas começam desde o rio Rovuma, outra porção de corais ocorre no

Norte e no Sul desde Bazaruto (21º Sul) até à fronteira com a República da África do

Sul.

Os mais importantes recifes de corais em Moçambique ocorrem em Baixo Pinda (um

pouco a norte de Nacala), na península ao sul da foz do rio Lúrio (entre a Ponta Metacua

e Serisse) e entre Pemba e Mecufi.

Segundo Hoguane (2007), na zona sul encontram-se em pequenas colónias no

arquipélago de Bazaruto, Inhaca e na Ponta de Ouro. Em Moçambique existem cerca de

181 espécies de coral mole e duro, e as principais espécies são: Acropora ou Porites, e

das famílias Pocilloporidae e Favidae.

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Page 14: ecossistemas de recifes de corais

Bibliografia

1. Anónimo, Zoneamento e Plano de Manejo da APARC, APARC.

2. DUARTE Maria Cristina, BANDEIRA Salomão, ROMEIRAS Maria Manuel;

Ecossistemas Costeiros de Moçambique: Biodiversidade, Distribuição e

conservação dos Prados Marinhos; Lisboa, 2012.

3. IMARNR (Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais e Renováveis);

Conduta consciente em ambientes recifais / Gerência de biodiversidade

aquática e recursos pesqueiros, Brasília, 2009.

4. FREITAS Lourianne Mangueira, OLIVEIRA Marília de Dirceu Machado de,

KIKUCHI Ruy Kenji Papa; Os Mecanismos de Sobrevivência dos Corais

Diante do Impacto das Mudanças Climáticas Sobre o Ecossistema de

Recifes.

5. HOGUANE António Mubango; Perfil Diagnóstico da Zona Costeira de

Moçambique, Quelimane, 2007.

6. MAUEUA Clousa, COSSA Obadias, MULHOVO Gido e PEREIRA Magno;

Vulnerabilidade Climática nas Zonas Costeira; 2007.

7. MICOA, Relatório Nacional sobre Ambiente Marinho e Costeiro, Maputo,

2007.

8. www.zonascosteiras.gov.mz/article.php3?id_article=13 , consultado em

27/02/2012 as 20:21 horas;

9. http://pt.wikipedia.org/wiki/Recife_de_coral , consultado em 27/02/2015 as

20:30 horas;

10. KLEYPAS Joan A., FEELY Richard A., FABRY Victoria J., LANGDON Chris,

SABINE Christopher L., ROBBINS Lisa L.; Impacts of Ocean Acidification

on Coral Reefs and Other Marine Calcifiers; 2006.

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Page 15: ecossistemas de recifes de corais

Anexos

Fig1 : Anatomia de um pólipo de coral. Fonte: www.wikipedia.org

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