economia ecolÓgica e desenvolvimento...

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1 ECONOMIA ECOLÓGICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL VII ECOECO. FORTALEZA, NOV. 2007 PROF. MANUEL-OSÓRIO DE LIMA VIANA

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1

ECONOMIA ECOLÓGICA E

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

VII ECOECO. FORTALEZA, NOV. 2007

PROF. MANUEL-OSÓRIO DE LIMA VIANA

2

Revista VEJA, 21.08.02

3

4

5

6

7

8

9

CIDADE AMERICANA DE

UM MILHÃO DE HABITANTES

10

O BURACO NA CAMADA DE OZÔNIO

11

CURSO DE ECONOMIA

ECOLÓGICA

12

I – A ATIVIDADE ECONÔMICA E

A BIOSFERA

CONTEÚDOS:

Fundamentos da Economía tradicional

Noções básicas de Ecologia

Funções da biosfera na atividade econômica

Impacto das atividades econômicas sobre as funções da biosfera

13

DEFINIÇÕES E CONCEITOS:

A economia ecológica é a ciência da gestão da

“sustentabilidade”.

A economia ecológica é a ciência que estuda as

relações entre os sistemas econômicos e os ecos-

sistemas, a partir de uma crítica ecológica da

economia convencional.

Conceito fundamental: Sustentabilidade

(ambiental, econômica, sócio-política e cultural)

Bomba do crescimento = Bomba da população

dos pobres + Bomba do consumo dos ricos

14

FUNDAMENTOS DA ECONOMIA

TRADICIONAL 1

* Economia - ciência da escassez (?): recursos

escassos x necessidades abundantes (Ciência

Social ou Engenharia Econômica?)

Sistema econômico: conjunto de relações básicas,

técnicas e institucionais para organizar as ativi-

dades econômicas (produção, distribuição e con-

sumo de bens e serviços - Quais, Como e Para

Quem?)

Atividades econômicas: Produção, Distribuição,

Consumo

15

FUNDAMENTOS DA ECONOMIA

TRADICIONAL 2

Agentes econômicos: Famílias, Empresas, Setor público/Governo, (Resto do mundo)

Setores: Primário, Secundário, Terciário

Fatores primários de produção: N, K, L (ou Recursos naturais, Capital, Trabalho, Capital humano, P&D)

* Mercado, sistema de preços, procura, oferta

Procura (utilidade), oferta (custos), equilíbrio

* Circuito contínuo: Famílias Empresas

* Fluxo real Fluxo Monetário (moto perpetuo; Prof. Herman Daly x BIRD)

16

DUAS VISÕES DA ECONOMIA

17

NOÇÕES DE ECOLOGIA

E FUNÇÕES DA BIOSFERA

* Ciência das relações dos seres vivos entre si e seu ambiente (1. Ecossistemas e dinâmica das populações; 2. Biosfera e ciclos biogeoquímicos)

Ecossistemas: estruturas relacionais dos seres vivos entre si e com o ambiente

Biosfera (MAN): água, solos, atmosfera, flora, fauna, energia solar

* Funções: fonte de recursos (fonte), assimilação de resíduos (fossa), serviços ambientais

Serviços ambientais: suporte da vida, atrativos

Recursos: renováveis, exauríveis, contínuos

“Capital”: natural, humano, fabricado

18

IMPACTO DA ECONOMIA SOBRE A

BIOSFERA

Fatores: escala da economia, estrutura

(intensidade e contaminação), tecnologia,

eficiência (I/O), quadro sócio-institucional

* Danos: exaustão de recursos, poluição,

destruição de serviços ambientais

Interação entre os danos à biosfera:

poluição+exaustão de recursos; poluição+dano

aos serviços de suporte à vida; exaustão de

recursos+poluição+ dano aos serviços ambientais

19

II - A TERMODINÂMICA E

A ECONOMIA

CONTEÚDOS:

As leis da

termodinâmica

A natureza

entrópica do

processo econômico

Interpretação da

economia em termos

energéticos

20

TERMODINÂMICA E PROCESSO

ECONÔMICO * 1ª: Lei da conservação da energia e matéria

(“Na natureza nada se perde, nada se cria...”

Lavoisier)

* 2ª: Lei da entropia: Sem fonte externa, a

energia sempre se desorganiza, degrada, dispersa

(“... tudo se transforma.”)

Processo econômico: transforma energia e

matéria de um estado para outro.

* 1ª Lei (qt): energia + recursos = resíduos

* 2ª Lei (ql): baixa entropia alta entropia

* Transfluxo: Influxo Efluxo (resíduos)

21

INTERPRETAÇÃO DA ECONOMIA EM

TERMOS ENERGÉTICOS 1

* Reciclagem: Tentativa de reverter a entropia e

converter resíduos em novos materiais e energia

necessita de mais energia aumento da

entropia

Fontes pré-industriais de energia: sol

fotossíntese da energia solar: vegetais, frutos,

animais, solo (agricultura antiga)

* Fontes industriais de energia: combustíveis

fósseis e materiais minerais (exaustão)

Combustão da energia calor dissipado

22

INTERPRETAÇÃO DA ECONOMIA EM

TERMOS ENERGÉTICOS 2 Intensidade energética: gasto de energia por

unidade de produto (E/O)

* Consumo endossomático de energia (leis da biologia humana): pelo corpo: 2000 a 3000 kilocalorias/dia

* Consumo exossomático de energia (cultura, economia, diferenças sociai...):

direto calefação, cozinha, refrigeração...

indireto transporte, produção...

Elasticidade-renda do consumo de energia: variação % do consumo/ variação % da renda {(E/E)/(Y/Y)}

23

III – UMA NOVA VISÃO DA ECONOMIA

CONTEÚDOS:

A economia como um

sistema aberto dentro da

biosfera

Produção e

produtividade: dois

enfoques

Economia Ecológica

versus Economia do Meio

Ambiente e Economia dos

Recursos Naturais

24

ECONOMIA: SUBSISTEMA ABERTO, DENTRO

DA BIOSFERA Precisa: de energia e materiais, da capacidade

absorvente da biosfera, da manutenção da biodiversidade natural

Expele: calor dissipado, resíduos materiais

* Visão 1: fluxos circulares de mercadorias e moeda (FE), sistema fechado (PC), isolado (sem ambiente), mecânico-auto-sustentado (moto perpetuo)

* Visão 2: sistema aberto (na natureza), sua descrição é física, sist. de energia e matéria dependente da biosfera e que produz resíduos (calor dissipado e resíduos materiais)

25

ECONOMIA ECOLÓGICA: PRODUÇÃO E

PRODUTIVIDADE

Produção versus extração; Tempo econômico

versus tempos biológico e geológico

Produtividade 1 = (valor da produção – valor dos

insumos)/quantidade do insumo {(VBP-UI)/F}.

Contabilidade convencional

* Produtividade 2: subtrair as externalidades

negativas (degradação, poluição) e somar o valor

verdadeiro (J+D do KN; e não só de mercado)

dos recursos. Ex: petróleo?

* Ex: agricultura moderna: alta produtividade

convencional e baixa produtividade energética

26

ECONOMIA ECOLÓGICA

VERSUS EAN (ERN E EMA) 1 * Sistema de preços subvalora escassez e custos

ecossociais presentes e futuros

* Sustentabilidade tb fundada na eqüidade,

distribuição, ética e valores culturais

Conflitos ecológicos e distributivos intra e

intergeracionais

Sustentabilidade x crescimento econômico

* Ecossistemas limitam escala da economia

Não substituíveis por capital fabricado

Indicadores biofísicos x insuficiência dos

monetários

27

ECONOMIA ECOLÓGICA

VERSUS EAN (ERN E EMA) 2

Processo coevolucionário: sócio-economia

ambiente (logo, novas instituições e novos

comportamentos)

* Tempo econômico x biogeoquímicos: logo, frear

ou diminuir o transfluxo de energia e matéria

Retornos físicos decrescentes x crescente custo

energético

Ênfase nos riscos e incertezas das inovações

tecnológicos

28

ECONOMIA ECOLÓGICA

VERSUS EAN (ERN E EMA) 3

* Uso de renováveis taxa de renovação

* Exauríveis substituição por renováveis

* Consv. da diversidade biológica e cultural

* Geração de resíduos assimilação

Visão sistêmica, transdisciplinar (complexidade)

Insuficiência das racionalidades econômica e ecológica isoladas

* É Economia Política: decisões ambientais fundadas em debates científico-políticos, em que participam todos os atores sociais interessados (Ciência Pós-Normal)

29

ELEMENTOS DE ECONOMIA AMBIENTAL

NEOCLÁSSICA

* Externalidades: efeitos positivos ou negativos

da atividade econômica não contabilizadas pelo

mercado (falhas)

* Avaliar e internalizar as externalidades

negativas (custos externos) nos preços: impostos

pigouvianos ou direitos de propriedade

(negociação coasiana)

Alocação intergeracional marginalista de recur-

sos (preços ótimos; Hotelling) valoração

monetária do meio ambiente (Contabilidade

Nacional, ABC)

30

ECONOMIA E ECOLOGIA

CONVENCIONAIS X ECONOMIA

ECOLÓGICA

31

IV – SUSTENTABILIDADE DO

DESENVOLVIMENTO E CONTABILIDADE

MACROECONÔMICA

CONTEÚDOS:

Crescimento econômico e desenvolvimento sustentável

Crítica ecológica à Contabilidade Macroeconômica

Tentativas de construir-se um PIB corrigido ecologicamente

Sustentabilidades fraca e forte

Índices de bem-estar

32

CRESCIMENTO ECONÔMICO E

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL * Cresc. Econ.: aumento quantitativo de renda e

consumo em um país. Sem relação direta com Qualidade de Vida

* QV: pode crescer e depois não; o cresc. econ. passa a gerar custos sociais, ambientais e culturais. Produção de bens males

* Desenvolvimento: melhora qualitativa, realização de potencialidades, QV

* Sustentabilidade: viabilidade de um sistema no tempo, marcada por trocas com o ambiente que escapam à análise de mercado. Característica de processo ou estado que se mantém indefinida-mente

33

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

* DS: “O desenvolvimento sustentável é aquele

que atende às necessidades do presente, sem

compro-meter a possibilidade de as gerações

futuras atenderem a suas próprias necessidades.”

(NFC, p.46)

Logo, consenso político e ética na Ciência

Economia no contexto da capacidade de suporte

dos ecossistemas

Eqüidade intra e intergeracional

* DS = f(Cresc. Econ., Eqüidade, Sustentabilid.)

Dois diagramas de Venn (transdisciplinar)

34

DESENVOLVIMENTO

SUSTENTÁVEL

DS

CE

DE

35

DESENVOLVIMENTO HUMANO

OU HOLISTA

36

CRÍTICA ECOLÓGICA À CONTABILIDADE

MACROECONÔMICA

Agregados econômicos: medir o crescimento da economia

* PIB: total do valor monetário dos bens e serviços finais produzidos em um ano

Produtos: PIB = VBP – UI = VA

Rendas: PIB = W + J + D + A +

Despesas: PIB = C + G + IB + X – M

* Crítica ecológica: não trata do bem-estar nem da sustentabilidade

* Não inclui amortização (D) e juros (J) do KN

* Soma gastos compensatórios (defensivos), males

37

PIB ECOLOGICAMENTE CORRIGIDO 1

* El-Serafy: Sustentabilidade fraca + renda

verdadeira de Hicks: VP(FYF)=VP(FYI): logo,

investir parte da renda extraída anualmente para

criar outra riqueza.

Críticas: São dados: taxas de juro, estimativa das

jazidas, efeitos das tecnologias (até futuras),

substituibilidade: c=X/Y=1-1/(1+j)n

R. Hueting: bens produzidos se tornam abun-

dantes e bens ambientais, escassos. Estimar os

custos das perdas de funções ambientais: custos

de reparação das funções e custos de oportuni-

dade

38

PIB ECOLOGICAMENTE CORRIGIDO 2

Crítica a Hueting: há danos irreversíveis, cálculo de danos ao futuro, qual o grau de reparação proposto

* Contas Satélites: sistema de indicadores físico-ambientais, junto às Contas Nacionais, reco-mendados pela ONU, para a sustentabilidade (na impossibilidade de indicador global)

* Sustentabilidade fraca: manutenção do capital fabricado + natural (substituibilidade)

* Sustentabilidade forte: manutenção do KN crítico (suporte das populações, ecossistemas, processos, capacidade de assimilação)

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ÍNDICES DE BEM-ESTAR

* IBES (ISEW): Daly/Cobb consideram: distri-buição da renda, atividades não-monetizadas, exaustão de RN, danos ecológicos, gastos defen-sivos. FECHO: o IBES acompanha o PIB até 70/80; depois, se estabiliza. (Males > Benefícios)!

* Hipótese do Umbral (Max-Neef): o consumo aumenta o bem-estar até certo ponto

IDH/IDS (PNUD/ONU): Essência do Bem-estar: Vida longa e saudável {E(V)}; Conhecimentos e habilidades {tx. alfabetização e combinação de matrículas}, Padrão de vida {Ypc ajustada à capacidade de compra}

40

USA: ISEW 1950-1986

(B$1972: B-X, Z; M$: Y, AA)

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PNB & IBES: INGLATERRA E EUA

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Ano

Reais

de 1

996

IBES per capita PIB per capita

ESTADO DO CEARÁ – IBES per capita X PIB per capita

43

V – INDICADORES BIOFÍSICOS DE

SUSTENTABILIDADE

CONTEÚDOS:

Críticas ecológicas

aos indicadores

monetários de

sustentabilidade

Indicadores

biofísicos de

sustentabilidade

44

INDICADORES MONETÁRIOS X INDI-

CADORES BIOFÍSICOS DE SUSTENT. 1

* CRÍTICAS: Indicad. monetários, sintéticos, únicos?

Valoração arbitrária: danos irreversí-veis, incertos

(futuros), acumulativos; reservas esgotáveis

desconhecidas, efeitos de tecnologias futuras; unidade

única (moeda), preferências das gerações futuras e

espécies não-humanas

INDICADORES BIOFÍSICOS:

MIPS (I/O): desmaterialização da economia? Matérias

primas abióticas, bióticas, solos removidos, água

extraída, ar oxidado. Logo: que a economia produza

mais serviços.

* Desmaterialização: micro x macro

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INDICADORES MONETÁRIOS X INDI-

CADORES BIOFÍSICOS DE SUSTENT. 2 * Espaço Ambiental: Qt. de RN e serviços ambi-

entais que se pode usar sustentavelmente (~Espaço econômico de Perroux > espaço geo-gráfico; SobreconsumoDívida ecológica), Os PD devem diminuir o consumo de RN em 80-90%!

* Pegada Ecológica: área de solo produtivo e ecossistema aquático necessários para manter pop. sust. (alimento, moradia, transporte, com-sumos, serviços...) Déficit ecológico. PE: Canadá = 4,2 ha/p; Índia = 0,38 ha/p. DE: Japão= 730%; USA= 80%. (PE/A)=(A+A)/A Padrão-USA: 5,2 terras!

46

INDICADORES MONETÁRIOS X INDI-

CADORES BIOFÍSICOS DE SUSTENT. 3

HANPP (Human appropriation of net primary

production): apropriação humana do produto líquido

primário da fotossíntese (Subsistema

humano/Ecossistema) (HANPP/PLPF).100 ou

HANPP/POP

PLPF: energia solar capturada – nec. p/ as plantas=

energ. disp. para outras espécies

A partir do cálculo da área terrestre usada pela

humanidade (desflorestamento, cultivos, criações,

urbanização ...)

* INDICADORES LOCAIS: SUSTENT. + PARTI-

CIPAÇÃO. COMUNIDADES SUSTENTÁVEIS

47

VI - A VALORAÇÃO DO MEIO AMBIENTE

CONTEÚDOS:

Internalização das

externalidades

ambientais

Métodos de valoração

monetária

Análise de benefício-

custo (ABC)

A incomensurabilidade

dos valores

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INTERNALIZAÇÃO DAS EXTERNALIDADES

AMBIENTAIS Síntese Neoclássico-Keynesiana: Equilíbrio de

lucro máximo da firma: Rmg = Cmg

* Contabilidade incompleta: não inclui os custos das externalidades negativas: fora do mercado (custos externos). Logo: valorar as externalidades presentes e futuras!

Custos “sociais” = custos privados+custos externos: CSmg = CPmg + CXmg = Rmg

Novo equil.: Q (poluição), P

Ótimo social? Política econômica ótima?

* ECO-ECO: Limites de fora Debate científico-político

49

MÉTODOS DE VALORAÇÃO MONETÁRIA DO

MEIO AMBIENTE 1

PREFERÊNCIA REVELADA: comportamento

do consumidor relativo a bens ambientais:

Preços hedônicos: casas em áreas com diferente

qualidade ambiental

Salários diferentes valoram riscos ambientais

Custo de viagem: indica valor monetário de áreas

recreativas justificando custos de preservação e

de oportunidade. Resultados paradoxais: espaços

distantes preservados, sem visitantes; alto valor

por afluência de turistas que degradam

50

MÉTODOS DE VALORAÇÃO MONETÁRIA DO

MEIO AMBIENTE 2 PREFERÊNCIA HIPOTÉTICA: s/similares

* Valoração contingente: pesquisas para avaliar a DAP ou a DAR das pessoas por um bem ambi-ental. (DAP<DAR!)

* Preferência expressa: O questionário descreve alternativas para o entrevistado ordenar hierar-quicamente: busca pois a DAP para evitar um impacto ambiental

Custo alternativo: custo para reparar um dano ambiental. Ex: custo alternativo de uma estrada = custo de recriar habitats. Não mede o valor do MA e perdas ambientais

51

ANÁLISE BENEFÍCIO-CUSTO (ABC) 1 * Princípio: na decisão econômica racional

comparam-se benefícios e custos de alternativas (preferências mercado)

Proteção do ambiente: benefícios: dependem do valor que lhe é dado; custos: diretos + custos de oportunidade

* Valoração de benefícios e custos presentes e futuros, com pesos distintos

Peso: tx. de desconto = d (o hoje vale mais do que o amanhã)

* REGRAS: VPL = t (Bt-Ct)/(1+d)t 0

RBC = t{Bt/(1+d)t}/t{Ct/(1+d)t} 1

TIR = d (que faz VPL=0): d j (tx. juros; 12%)

52

ANÁLISE BENEFÍCIO-CUSTO (ABC) 2

* Desconto: preferência-tempo, incerteza s/ futuro;

riqueza só cresce no tempo, investir hoje para comparar

benefícios atualizados com futuros

CRÍTICAS:

* Desconto discriminaria as gerações futuras

Imprecisão (incerteza) s/ problemas ambientais futuros:

Ex: efeito de mudanças climáticas...

DAP p/ ar limpo, água, biodiversidade...: f(nível de

informação, capacid. de pagar, importância p/

populações distantes)

Compensação OK!: se ricos e pobres

Não calcula o valor de existência

53

A INCOMENSURABILIDADE

DE VALORES * Valores econômicos, sócio-políticos, ambient., culturais

Consumidores ou cidadãos: pesquisas de DAP distor-cidas: valor (econ.) como comsumidor; valor (pol.), como cidadão: Ex: Pobres dão valor , mas fazem passeatas!

* Escalas de valor: preços comensuráveis valores incomensuráveis (ambiente, vida, comunidade, cultura). Sem medida comum

Comparabilidade racional é possível, mas não em escala monetária exclusiva.

* Análise multicriterial: avaliação simultânea de valores com escalas distintas. Programação matemática ponde-rada para determinar solução racional

CAPITALISMO: P=f(custos sociais e ambientais)

54

VII - OS PRINCIPAIS INSTRUMENTOS

ECONÔMICOS DE POLÍTICA AMBIENTAL

CONTEÚDOS:

A planificação da

política econômica

ambiental

Os incentivos

econômicos

Os instrumentos de

política ambiental

55

PLANIFICAÇÃO DA POLÍTICA AMBIENTAL

Processo em duas etapas:

1. Estabelecer objetivos e quantificar metas

ambientais:

Indicadores de sustentabilidade (qt e ql de solos,

florestas, atmosfera, espécies...)

Indicadores secundários (ativs. econômicas que

mudam os anteriores: emissão de contaminantes,

agroquímicos, resíduos...)

2. Mudar a atividade econômica para atingir as

metas, por meio de instrumentos de política

ambiental

56

INSTRUMENTOS DE POLÍTICA AMBIENTAL 1

* 1. Estímulo a mecanismos voluntários

(informação coação): consumo verde, coleta

seletiva, poupança de água

* 2. Regulação (sem gasto público; descumpri-

mento multa): níveis de emissão, cotas de

pesca, uso de filtros fabris

* 3. Gastos governamentais diretos (serviços

públicos, infra-estruturas) e subsídios

(subvenções, empréstimos baratos, isenção fiscal)

57

INSTRUMENTOS DE POLÍTICA AMBIENTAL 2

* 4. Incentivos econômicos (mecanismos de mercado): tentativa de internalizar as externalidades

Impostos: sobre extração, insumos, resíduos, consumo (sobre petróleo, emissões, poluição sonora, recipientes s/retorno...) Até onde subir na cadeia da produção?

Impostos ecológicos impostos ambientais

* Objetivo não é gerar receitas, mas resguardar o MA. Devem centrar-se em produtos com subs-titutos ecológicos. O agente econ. escolhe. Se forem eficazes, devem diminuir com o tempo.

58

INSTRUMENTOS DE POLÍTICA AMBIENTAL 3

* Licenças negociáveis de contaminação (e não

cotas e multas): direito de propriedade!

A) Governo fixa nível de contaminação

B) Distribui licenças (grátis ou pagas)

C) Empresas negociam, se custos de contamina-

ção são diferentes (problema: áreas diferentes)

D) Com custos , descontaminam e vendem

licenças; custos , compram licenças

Igualam-se Cmgs de descontaminação

Sistema descentralizado (custo-eficiente?)

59

VIII – COMÉRCIO E MEIO AMBIENTE

CONTEÚDOS:

A teoria econômica do Comércio Internacional

A troca desigual

Livre comércio, crescimento e meio ambiente

Troca ecologicamente desigual e dívida ecológica

Um comércio mais eqüitativo e sustentável

60

TEORIA ECONÔMICA DO COMÉRCIO

INTERNACIONAL 1

Comércio: países comerciam por terem

diferentes dotações e preços de fatores. Uns têm

vantagens absolutas s/ outros

* Teoria das Vantagens Comparativas: David

Ricardo (1817) diz, com lógica (estática) perfeita:

os países se devem especializar nos produtos em

que têm VC (menores Custos de Oportunidade)

* CO: ao produzir 1 unidade adicional de um

bem, quanto a sociedade perde de outros; ou tb

quantos recursos são destes desviados

61

TEORIA ECONÔMICA DO COMÉRCIO

INTERNACIONAL 2

Comércio e especialização trariam: aumento na produção mundial, maiores taxas de crescimento (!), mais renda a ser distribuída todos os países ganham (!)

Protecionismo (contra livre comércio): limitar a entrada de produtos, proteger indústria nacional, criar empregos, substituir importações, conter déficit comercial (X – M)

Proteção da indústria infante: alcançar volume de produção c/ econ. de escala e menores custos

Medidas: tarifas, cotas, controles/normas (barreiras não-tarifárias)

62

A TROCA DESIGUAL * Deterioração secular dos termos de intercâmbio

{TI=(IPX/IPM).100}: exportar mais primários por unidade importada de industriais. (Baixas elasticidades-renda e preço versus altas)

* Teoria da Dependência: o subdesenvolvimento se deve a relações comerciais (até culturais) depen-dentes e desequilibradas entre centro e periferia (nesta: deterioração dos TI e baixos salários)

* Troca Desigual (marxista): muitas h de trabalho mal pago por poucas h de trabalho bem pago. Produtos c/ VT igual e preços desiguais. PD: {Wpd/PLpd} > {Wpsd/PLpsd}

63

LIVRE COMÉRCIO, CRESCIMENTO

E MEIO AMBIENTE * Círculo virtuoso da sustentabilidade:

pensamento convencional: Livre Comércio Cresc. EconômicoProteção Ambiental “Crescimento Sustentável”(efeitos cumulativos)

* Curva de Kuznets Ambiental (): No início, o cresc. degradação, depois . Evidência: uns ind. ambientais melhoram, outros pioram (resíduos nucleares, metais pesados)

* CRÍTICAS: Não relação cresc. e proteção ambiental nem garantia de aplic. de rec.; danos irreversíveis; danos do comércio (pois, P), “dumping” ecológico (preços ao não incluírem custos ambientais)

64

TROCA ECOLOGICAMENTE DESIGUAL

(TELD) E DÍVIDA ECOLÓGICA

* Dívida Ecológica: o comércio possibilita

“importação de espaço ambiental”, separa do

local custos e benefícios, não internaliza custos

sócio-ambientais. Ricos: importam RN, exportam

resíduos, aquecimento global, chuva ácida...

* Troca Ecol. Desigual: desequilíbrio ecológico do

comércio: fluxo de energia e matéria mal pagos.

* Troca desigual de tempos de produção

(Natureza x Indústria). Os PSD exportam:

biodiversidade, cursos de água, fertilidade da

terra... subdesenvolvimento

65

POR UM COMÉRCIO MAIS EQÜITATIVO E

SUSTENTÁVEL 1 Revisar a TVC (Ricardo): Pressupostos e Realidade

1. Não há mobilidade internacional do capital: hoje, o K

não segue VC internas: os países com normas ambient.

atraem K!

2. Não há externalidades: ora, os preços não refletem

todos os custos; não incluem custos ambientais, sociais

(do trabalho)

3. Os preços são estáveis: não são; como se especializar

num produto de preço instável? Deterioração secular

dos TI, TEND

4. Países c/ mesma dinâmica nas VC: ora, PD: VA,

Tec.. PSD: vantagens não dinâmicas: w , RN , leis

ambientais

66

POR UM COMÉRCIO MAIS EQÜITATIVO E

SUSTENTÁVEL 2 Novo Comércio: voltado p/ o desenvolvimento

sust. (ql) e preferêncs das sociedades (diálogo)

Com limites ambientais e sociais (sustentabi-lidade e eqüidade)

Com trocas eco-ecologicamente iguais

Pagando a crescente dívida ecológica do Norte

Aplicando o princípio da precaução, com regu-lações preventivas (pois, danos irreversíveis e desconhecidos podem ser causados pelo cresci-mento e comércio)

Contra “dumping” ecossocial; internalizando custos (Questão: LÓGICA DO SISTEMA?)

67

IX – CONSUMO, BEM-ESTAR E MEIO

AMBIENTE

CONTEÚDOS:

Preferências,

necessidades e

satisfatores

Reinterpretação do

desenvolvimento e da

pobreza

Consumo,

necessidades não-

materiais e meio

ambiente

68

PREFERÊNCIAS, NECESSIDADES E

SATISFATORES 1

* VISÃO TRADICIONAL: Necessidadesprefe-

rênciasmercadomonetizadasconsumo

bem-estar ( DE). (votos = dinheiro). Sem

mercado: liberdade, criatividade, afeto...

Necessidades humanas: infinitas, mutantes,

culturais, históricas

* VISÃO ALTERNATIVA: necessidades satis-

fatores. “Desenvolvimento em escala humana”

não trata de objetos, mas de pessoas; QV: poder

satisfazer necessidades human. fundamentais

69

PREFERÊNCIAS, NECESSIDADES E

SATISFATORES 2

* Necessidades humanas fundamentais (9): finitas,

poucas e classificáveis. As mesmas em todas as culturas e

história: afeto, criação, entendimento, identidade,

liberdade, ócio, participação, proteção, subsistência

(Max-Neef, 1993)

* Satisfatores: meios p/ satisfazê-las: estes mudam no

tempo e culturas. Substituição de satisfatores, parte da

mudança cultural. Definem a modalida-de dominante de

uma cultura. Ex: alimentação, abrigo, educação,

sistemas curativos, prevenção, organização, estruturas

políticas, valores...

70

PREFERÊNCIAS, NECESSIDADES E

SATISFATORES 3 Tipos de satisfatores:

1. Violadores ou destruidores: impossibilitam satisfação da necessidade e de outras: armamen-tismo, censura

2. Pseudo-satisfatores: falsa sensação de satis- fação (induzidos por publicidade...): símbolos de status, moda, prostituição

3. Inibidores: sobre-satisfazem uma necessidade e impossibilitam outras: televisão comercial

4. Singulares: só uma nec.: sistemas de seguro

5. Sinérgicos: ao satisf. uma, contribuem p/ outras: educação popular, medicina preventiva

71

REINTERPRETAR O DESENVOLVIMENTO

E A POBREZA

* Desenvolvimento em escala humana: o bem-estar está ligado à satisfaç. das nec.; mas isto não é a meta do desenvolvimento. Meta: o PROCESSO estimulador da geração permanente de satisfatores sinérgicos

DH: processo que satisfaz necessidades e pro-move o crescimento qualitativo das pessoas

* Pobreza: toda necessidade fundamental não adequadamente satisfeita revela uma pobreza humana. As pobrezas: de afeto, de subsistência, de proteção. Política de combate: selecionar satisfatores, sobretudo sinérgicos

72

CONSUMO, NECESSIDADES NÃO-MATERIAIS

E MEIO AMBIENTE A economia industrial forneceu satisfatores p/

subsistência e proteção, necessidades materiais atendidas por bens materiais. Seu êxito: produ-ção incessante.

* Outras nec. não são materiais: afeto, criativida-de, participação requerem outros tipos de bens que o mercado não usa oferecer. Sua satisfação depende mais de processos (sociais e físicos) cuja intensidade material vem de escolhas culturais. Tendència preocupante (p/ MA) de satisfazê-las com bens materiais (ex: recreação)

* Educ. amb.: cons. mat., satisf. não-material

73

X - A ECONOMIA ECOLÓGICA COMO

CIÊNCIA PÓS-NORMAL

CONTEÚDOS:

Três tipos de Ciência

Os responsáveis na

ciência pós-normal

Economia Ecológica:

riscos, incertezas e

avaliação social de

normas ambientais

Nova Epistemologia

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* TIPOS DE CIÊNCIA (APLICADA) 1

I. Ciência normal ou moderna: racionalidade

única. Pressupostos: pode-se: 1. Eliminar a

incerteza; 2. Dividir a realidade em comparti-

mentos; 3. Separar objeto do sujeito

Chegou a: 1. Desconsiderar qualquer outra for-

ma de conhecimento; 2. Dividir-se em disciplinas

cada vez menos relacionadas entre si; 3. Cultivar

o mito de Ciência neutra, livre de valores; 4. Não

previu problemas ambientais e sociais do cresci-

mento econômico onde entram o manejo da

incerteza e os valores da sociedade

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* TIPOS DE CIÊNCIA (APLICADA) 2 II. Consultoria Profissional: trata de problemas

em que a incerteza e os valores (interesses em jogo, riscos) começam a ser importantes

Não há solução única: deve ser negociada com o cliente. Medicina, engenharia...

III. Ciência Pós-normal: fenômenos com elevada incerteza, pondo em jogo (risco) aspectos signifi-cativos (abrangência: interesses) p/ a sociedade.

A incerteza não some; os valores não são pressupostos, mas explicitados. Modelo: não dedução formal: DIÁLOGO. Ignorância importa! Voltada para os problemas. Transdisciplinar

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OS RESPONSÁVEIS

NA CIÊNCIA PÓS-NORMAL * Não existem especialistas únicos em um tema:

há cientistas ao lado de participantes com perspectivas diversas e legítimas. Não só “pares”, especialistas, tecnocratas...

* Uma Comunidade Ampliada de Pares: ninguém sabe tudo sobre todos os problemas ecológicos. Passou-se de uma epistemologia onde a verdade era validada por uma comunidade restrita de pares, para uma epistemologia de caráter político: todos os atores interessados têm algo a dizer, em plano de igualdade. Resolução de Conflitos.

* Economia Ecológica Democracia

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A ECONOMIA ECOLÓGICA COMO CIÊNCIA

PÓS-NORMAL

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RESUMO

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ECONOMIA AMBIENTAL NEO-CLÁSSICA:

CONTEÚDO BÁSICO

Externalidades econômicas e custos sociais

Valoração monetária (RN) e internalização

Imposto Pigouviano (“o poluidor paga”)

Negociação Coasiana (o poluído paga...); direitos de propriedade

VET = valores de uso, opção e existência

Análise Benefício-Custo ambiental, desconto

Avaliação Contingente (DAP e DAR), custo de viagem, preços hedônicos

Reciclagem; desmaterialização da produção

CRÍTICA: incomensurabilidade dos valores (sobretudo intergeracional)

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ECONOMIA (AMBIENTAL) ECOLÓGICA:

CONTEÚDO BÁSICO

Ecologia, Ecologia Humana, Economia Ecológica

Visão sistêmica, transdisciplinar, complexa

Fluxos físicos de energia e matéria

Leis da Termodinâmica

Geossistema, Capacidade de suporte

Eco-desenvolvimento e Desenvolvimento Sustentável

(QV + QA); Indicadores de sustentabilidade

Troca ecol.desigual; Espaço amb., Dívida Ecológica

Ambientalismo; ecologismo popular; Culturas

Racionalidade ambiental; Economias tradicionais

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ECONOMIA AMBIENT. MARXISTA E

ECOMARXISMO: CONTEÚDO BÁSICO

Custos “sociais”: ecológicos, trabalhistas, econômicos (logo: questão da Contabilidade Incompleta)

Condições externas de produção (CP): ambientes construído e natural

1ª Contradição: FP x RP expl. do homem

2ª Contradição: (FP+RP) x CP expl. da natureza

Crises: 1-Superprodução/preços; 2-Subprodução/custos

Fontes primárias do lucro: trabalho+natureza:

valor: VTT = C + {V+S} = Cp + {Vp + [Cn+Vn+ ]}

preço:VBP = [UI+D] + VAL = [UI+D] + {W+J+A+}

= [UIp+Dp] + {Wp + [UIn+Dn+J+A+]}

(p: pago; n: não-pago; = LEP )

* Dezesseis dialéticas: natureza-natureza, capital-capital, natureza-capital

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* OS LIMITES DO CRESCIMENTO

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ECO-DESENVOLVIMENTO

Segundo F.J. Brüseke (1996):

Satisfação das necessidades básicas

Solidariedade com as gerações futuras

Participação das populações envolvidas

Preservação dos recursos naturais e do meio

ambiente em geral

Elaboração de um sistema social que garanta

emprego, segurança social e respeito a outras

culturas

Programas de educação

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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (NFC) 1

Segundo F.J. Brüseke (1996):

Limitação do crescimento populacional

Garantia da alimentação a longo prazo

Preservação da biodiversidade e dos ecossistemas

Diminuição do consumo de energia e desenvolvi-

mento de tecnologias de fontes renováveis

Crescimento industrial dos países em desenvolvi-

mento, com tecnologias mais ecológicas

Controle da urbanização selvagem e integração

campo-pequenas cidades

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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (NFC) 2

Satisfação das necessidades básicas

Adoção da estratégia do Desenvolvimento Susten-

tável pelas organizações de desenvolvimento

Proteção dos ecossistemas supranacionais pela

comunidade internacional

Banimento das guerras

Implementação de um programa de Desenvolvi-

mento Sustentável pelas Nações Unidas

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BIBLIOGRAFIA BÁSICA

HAUWERMEIREN, S. Van. Manual de Economia Ecológica. Santiago, Chile: Instituto de Ecologia Política, 1998.

MONTIBELLER-FILHO, G. O Mito do Desenvol-vimento Sustentável. Florianópolis: Editora da UFSC, 2001.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

MARTÍNEZ-ALIER, J. De la Economia Ecológi-ca al Ecologismo Popular. Montevideo: Nordan-Comunidad/Icaria, 1995.

MERICO, L.F.K. Introdução à Economia Ecoló-gica. Blumenau: Editora da FURB, 1996.

87

LEFF, E. Saber Ambiental. Petrópolis: Editora

Vozes/PNUMA,2001.

LEFF, E. Epistemologia Ambiental. São Paulo:

Cortez Editora, 2001.

LEFF, E. Ecologia, Capital e Cultura. Blumenau:

Editora da FURB, 2000.

DALY, H. A Economia do Século XXI. Porto Ale-

gre: Mercado Aberto, 1984.

KORTEN, D.C. O Mundo Pós-Corporativo. Petró-

polis: Editora Vozes, 2001.

TAMANES, R. Ecología y Desarrollo Sostenible.

Madri: Alianza Editorial, 1995.

88

BRÜSEKE, F.J. A Lógica da Decadência. Belém:

Editora CEJUP,1996.

http://www.iepe.org/curso

“VOCÊ QUER TORNAR IMPOSSÍVEL

ALGUÉM OPRIMIR O SEMELHANTE?

ENTÃO, GARANTA QUE NINGUÉM TENHA

PODER.” (M. BAKUNIN)

“MAS TODA CIÊNCIA SERIA SUPÉRFLUA SE

A APARÊNCIA EXTERIOR E A ESSÊNCIA DAS

COISAS DIRETAMENTE COINCIDISSEM”

(K. MARX)

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A TERRA É AZUL!