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Economia e integração do território Juliano, Jaime Geografia 2010 1ª Parte

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Economia e integração do território. 1ª Parte. Juliano, Jaime Geografia 2010. Os ciclos da economia no país. Em cada ciclo, um setor foi privilegiado em detrimento de outros, e provocou sucessivas mudanças sociais, populacionais, políticas e culturais dentro da sociedade brasileira. - PowerPoint PPT Presentation

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Economia e integração do território

Juliano, JaimeGeografia

2010

1ª Parte

Os ciclos da economia no país

• Em cada ciclo, um setor foi privilegiado em detrimento de outros, e provocou sucessivas mudanças sociais, populacionais, políticas e culturais dentro da sociedade brasileira.

O primeiro ciclo econômico do BrasilSéc. XV

• A extração do pau-brasil, abundante em grande parte do litoral brasileiro. Os portugueses instalaram feitorias e sesmarias (lotes de terras) e escravizavam os índios para que estes realizassem o corte e o carregamento da madeira por meio de um sistema de trocas conhecido como escambo.

O primeiro ciclo econômico do Brasil

• Além do pau-brasil, outras atividades de extrativismo predominaram nessa época, como a coleta de drogas do sertão.

O ciclo da cana-de-açúcar

• Era o produto que dava lucro à Coroa além de colaborar na concretização de colonização da colônia portuguesa do Brasil.

• Habitantes africanos (escravos) e indígenas eram a mão de obra utilizada na produção e industrialização da cana-de-açúcar. Mas o preço dos escravos africanos era alto.

O primeiro ciclo econômico do Brasil

• Os portugueses possuiam poucos recursos para a implantação da cultura da cana-de-açúcar no Brasil.

• Precisavam comprar escravos, preparar a terra, fazer o plantio e colheita, instalar os engenhos para a fabricação do açúcar, transportar e distribuir o produto na Europa.

O primeiro ciclo econômico do Brasil

• Não tendo recursos, a solução encontrada foi aliar-se aos holandeses que financiaram a implantação do cultivo e transformação da cana-de-açúcar no Brasil. Em troca, os holandeses ficaram com a comercialização do produto na Europa.

• O nordeste, por possuir o solo (argiloso) de fácil adaptação da cana-de-açúcar transformou-se no pólo açucareiro do Brasil. O Pernambuco e a Bahia eram as maiores capitanias produtoras de açúcar.

Escravatura e tráfico negreiro séc. XVI-XIX

• A agricultura da cana introduziu o modo de produção escravista, baseado na importação e escravização de africanos, gerando todo um setor paralelo chamado de tráfico negreiro, interrompido em 1850, com a Lei Eusébio de Queirós.

A pecuária extensiva

• Ajudou a expandir a ocupação do Brasil pelos portugueses, levando o povoamento do litoral para o interior.

A pecuária extensiva

• Com o aumento da produção de cana de açucar no litoral brasileiro, o gado que era usado como força matriz nos engenhos, além de serem fornecedores de carne e couro, foram empurrados para o interior do Brasil, uma vez que a monocultura da cana demandava cada vez mais áreas maiores no litoral em função do solo ser mais favorável aquela cultura.

A pecuária extensiva

• Avançando pelo interior do Brasil, utilizando-se do Rio São Francisco, o gado desceu o "Velho Chico" instalando fazendas de gado por todo o longo do seu curso, chegando o gado que inicialmente saiu da Bahia até os Estados do Pìauí e Maranhão, sendo estes responsáveis pela ocupação e povoamento do Sul do Estado do Maranhão.

Ciclo da mineração 1709-1789

• Expedições chamadas entradas e bandeiras vasculharam o interior do território em busca ouro, prata, cobre, diamantes, esmeraldas. Encontraram no interior da Capitania de São Paulo (Planalto Central e Montanhas Alterosas), nas áreas que depois foram desmembradas como Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.

Ciclo da mineração 1709-1789

• A descoberta de ouro, diamante e esmeraldas nessa região provocou um afluxo populacional vindo de Portugal e de outras áreas povoadas da colônia, como São Paulo de Piratininga, São Vicente e o litoral nordestino.

• Outra importante atividade impulsionada pela mineração foi o comércio interno entre as diferentes vilas e cidades da colônia, proporcionada pelos tropeiros.

Economia era colonial1822-1889

• O mercado interno era pequeno, devido à falta de créditos e a quase completa subsistência das cidades, vilas e fazendas do país que se dedicavam à produção de alimentos e a criação de animais.

Economia era colonial1822-1889

• A economia do Brasil era extremamente diversificada no período pós-Independência, mas foi necessário um grande esforço por parte do governo monárquico para realizar a transmutação de sistema econômico puramente escravocrata e colonial para uma economia moderna e capitalista.

Economia era colonial1822-1889

• Contudo, a monarquia fora capaz de manter até o fim de sua existência o extremamente notável crescimento econômico iniciado com a vinda do então príncipe-regente dom João ao Brasil. Isto foi possível, em parte, graças ao liberalismo adotado pelo regime monárquico, que favorecia a iniciativa privada.

Economia era colonial1822-1889

• Estado imperial investiu pesadamente na melhoria das estradas terrestres e detinha por sua vez, um memorável sistema de portos que possibilitava uma melhor troca comercial e comunicação entre as regiões do país.

Economia era colonial1822-1889

• A maior parte das importações eram tecidos, vinhos, sabões comestíveis, perfumarias, dentre outros. Até a década de 1850, itens como carvão, maquinaria, cimento, ferro, ferramentas e artigos de ferro representavam 11% das importações brasileiras em relação à Grã-Bretanha.

Figura 1: Armazém da Alfândega da cidade de Belém, província do Pará, c.1870.

Economia era colonial1822-1889

• Mas o processo de industrialização constante do Brasil faria com que este percentual alcançasse 28% em 1889.

• Com o passar das décadas em que surgiram novas tecnologias e com o aumento da produtividade interna, as exportações aumentariam consideravelmente, possibilitando alcançar o tão almejado equilíbrio na balança comercial.

Economia era colonial1822-1889

• Durante a década de 1820, o açúcar equivalia à cerca de 30%, o algodão 21%, o café 18% e couros e peles 14% do total das exportações. Apenas vinte anos depois, o café alcançaria 42%, enquanto o açúcar 27%, os couros e peles 9% e o algodão 8% do total das exportações.

Economia era colonial1822-1889

• Entretanto, isto não significou uma diminuição na produção desses produtos, pelo contrário, mas "refletia uma diferença no crescimento relativo desses setores".

• Neste período de apenas vinte anos, as "exportações brasileiras dobraram em volume e triplicaram em valor nominal", enquanto seu valor em libras esterlinas aumentou em 40%.

Economia era colonial1822-1889

• A inovação tecnológica também contribuiu para o crescimento das exportações, como citado anteriormente.

• A principal razão foi à adoção da navegação a vapor e de ferrovias, que permitiu ao transporte de carga tornar-se bem menos oneroso e muito mais rápido.

Economia era colonial1822-1889

• O valor absoluto das exportações do Império em 1850 era o mais elevado da América Latina (o triplo da Argentina, que estava em quarto lugar) e manteria esta posição até o final da monarquia.

• A maior parte das exportações brasileiras eram produtos agrícolas. No entanto, EUA respondiam por um percentual que variava em torno de 73% a 83% entre os anos 1850 e 1900 de todas as vendas externas, para efeitos de comparação.

A agricultura no Brasil

• Detinha um papel extremante importante: 80% das pessoas em atividade dedicavam-se ao setor agrícola, 13% ao de serviços e 7% ao industrial.

Figura 2: Fazenda Santa Genebra, província de São Paulo, 1880.

Os produtores agrícolas buscaram modernizar seus empreendimentos para manter a competitividade no mercado internacional.

A agricultura no Brasil

Região Tipo de agricultura

Interior do país Próprios produtores

Norte e Nordeste (Maranhão, Pernambuco, Alagoas e Paraíba )

Algodão em conjunto com culturas de alimentos (para a própria subsistência e venda nos mercados locais

Sudeste Produção de café

Indústria

• A Indústria brasileira tem sua origem remota nas oficinas artesanais datadas do início do século XIX. A maior parte dos estabelecimentos industriais surgiram no Sudeste brasileiro (principalmente na província do Rio de Janeiro, Minas Gerais e mais tarde, São Paulo),

• De acordo com a Junta de Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação, 77 estabelecimentos foram registrados entre 1808 e 1840 e receberam a classificação de "fábricas" ou "manufaturas".

Indústria

• A Indústria brasileira tem sua origem remota nas oficinas artesanais datadas do início do século XIX. A maior parte dos estabelecimentos industriais surgiram no Sudeste brasileiro (principalmente na província do Rio de Janeiro, Minas Gerais e mais tarde, São Paulo),

• De acordo com a Junta de Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação, 77 estabelecimentos foram registrados entre 1808 e 1840 e receberam a classificação de "fábricas" ou "manufaturas".

Indústria

• Contudo, a maior parte, cerca de 56 estabelecimentos, na realidade se encaixavam na categoria de "oficinas artesanais" e estavam voltados para os ramos de sabão e velas de sebo, rapé, fiação e tecelagem, alimentos, fundição de ferro e metais, lã e seda, dentre outros.

• Utilizavam como mão-de-obra tanto elementos livres como também escravos.

Indústria

• Contudo, a maior parte, cerca de 56 estabelecimentos, na realidade se encaixavam na categoria de "oficinas artesanais" e estavam voltados para os ramos de sabão e velas de sebo, rapé, fiação e tecelagem, alimentos, fundição de ferro e metais, lã e seda, dentre outros.

• Utilizavam como mão-de-obra tanto elementos livres como também escravos.

Indústria

• Nessa época os ramos eram extremamente diversos, tais como: chapéus, pentes de tartaruga, ferraria e serraria, fiação e tecelagem, sabão e velas, vidros, tapetes, oleados, etc.

Indústria

• A promulgação da tarifa Alves Branco, tinha por objetivo aumentar a arrecadação do Estado e incentivar o crescimento da indústria nacional, logrando sucesso em ambas as empreitadas.

• A súbita proliferação de capital foi direcionada para investimentos nas áreas de serviços urbanos, transportes, comércio, bancos, indústrias, etc…

Indústria

• A maior parte do capital investido nas indústrias foi direcionado ao ramo têxtil. Contudo, num crescimento industrial sem precedentes, surgiram múltiplos estabelecimentos manufatureiros, tais como de: – fundição e maquinaria, sabão e velas, vidros, cerveja,

vinagre, galões de ouro e prata, calçados e cordoaria, couros, calçados e cordoaria, sabão e velas, chapéus e tecidos de algodão. Também pode ser citada a criação de uma indústria metalúrgica em Ponta da Areia, na cidade de Niterói, que inclusive construiu navios a vapor.

Indústria

• É provável que a indústria têxtil tenha sido a mais beneficiada pelo fato de ser a mais antiga em atividade no país.

• Surgiu em 1830, com a instalação da fábrica Santo Antonio do Queimado na cidade de Salvador, capital da província da Bahia.

Indústria

• Várias modernizações ocorreram, principalmente entre os anos 1840 e 1860, quando fábricas de alto nível de capacitação tecnológica foram criadas capazes de competir com outros centros internacionais importantes.

• Outras melhorias surgiram com a implantação de fábricas e forjas voltadas para a produção de peças para os estabelecimentos têxteis.

Indústria no período colonial

Indústria

• O setor têxtil foi bastante dinâmico no período monárquico e recebeu grandes investimentos até 1890, quando entrou em decadência.

• O pólo industrial que surgiu na província da Bahia expandiu consideravelmente o seu alcance econômico atingindo o sul do Ceará, Piauí e até mesmo Minas Gerais.

Indústria

• O setor têxtil foi bastante dinâmico no período monárquico e recebeu grandes investimentos até 1890, quando entrou em decadência.

• O pólo industrial que surgiu na província da Bahia expandiu consideravelmente o seu alcance econômico atingindo o sul do Ceará, Piauí e até mesmo Minas Gerais.

Indústria

• A tarifa Alves Branco sofreu modificação em 1857, reduzindo para 15% as taxas sobre os produtos importados.

• Entretanto, no gabinete Rio Branco as taxas sobre produtos estrangeiros foi elevada novamente para 40%, e novas matérias primas receberam isenções tributárias sobre as importações.

Indústria

• Ao final da década de 1860, ocorre um novo surto industrial causado por dois conflitos armados: a Guerra Civil norte-americana e a Guerra do Paraguai.

• Na primeira, a produção de algodão foi interrompida pelo bloqueio realizado pelas forças da União contra a Confederação.

• A segunda causou a emissão de moeda e o aumento de tarifas de importação para cobrir os gastos com o conflito.

Indústria

• O resultado foi um grande estímulo não só para a indústria têxtil, mas também para outros setores, tais como: a química, de cigarro, de vidro, papel, de couro, de instrumentos ópticos e náuticos, etc…

• Durante a década de 1870, graças a decadência da região cafeeira do vale do Paraíba e de algumas áreas de produção açucareira, muitos fazendeiros investiram não somente na indústria têxtil de algodão, mas também em outros setores manufatureiros.

Indústria

• A implantação de uma malha ferroviária por todo o território nacional também estimulou o surgimento de novas atividades industriais, principalmente em São Paulo.

• A indústria naval também sofreu um grande impulso neste período. É a partir da década de 1870 que o processo de industrialização do Brasil se torna constante e revela uma grande expansão.

Figura 3: Poços petrolíferos em Arroio dos Ratos, província do Rio Grande do Sul, 1885.

Indústria

• Em 1880 é criado a Associação Industrial, com a primeira diretoria eleita no ano seguinte, atuou no sentido de apoiar novos incentivos industriais e realizar propagandas contra os defensores de um Brasil essencialmente agrícola.

• Do capital empregado na economia brasileira até 1884, 9,6% era direcionado a indústria. A partir de 1885, este percentual cresce para 11,2%.

Indústria

• Entretanto, sofre uma abrupta queda no período republicano atingindo 5% entre 1890 e 1894, e revela uma leve melhora para 6% entre 1900 e 1904, mas seriam necessários muitos anos até retornar aos patamares dos tempos do Império.

Indústria

• Ao ser extinta através de um golpe de Estado sem participação popular em 1889, existiam sob o regime monárquico brasileiro 636 fábricas (taxa de crescimento anual de 6,74% 1850) com um capital de 401.630.600$000 (taxa de crescimento anual de 10,93% desde 1850).

Indústria

• Deste valor, 60% estava empregado no setor têxtil, 15% na alimentação, 10% no químico, 4% no madeireiro, 3,5% no vestuário e 3% na metalurgia.

Outros ciclos

• Ciclo do café (1800-1930)• Ciclo da borracha (1866-1913)• Ciclo da soja (1970- )• Industrialização e desenvolvimentismo (1945-1964)• Milagre econômico (1969-1973)• Recessão e crise monetária (1973-1990)• Abertura Econômica (1990-2003)