ecletismo

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O ECLETISMO Faustino dos Santos 1 1 Graduando do curso de Filosofia do Instituto Salesiano de Filosofia, INSAF. Recife – Pernambuco – Brasil. Trabalho apresentado pelo aluno na VII Semana se Arte e Iniciação Científica da instituição referida no ano de 2010. 4

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Sobre a escola clássica do período helenístico Ecletismo

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Page 1: Ecletismo

O ECLETISMO

Faustino dos Santos1

1 Graduando do curso de Filosofia do Instituto Salesiano de Filosofia, INSAF. Recife – Pernambuco – Brasil. Trabalho apresentado pelo aluno na VII Semana se Arte e Iniciação Científica da instituição referida no ano de 2010.

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem a intenção de transmitir aos leitores interessados o

que foi o Ecletismo Helênico, sua definição, principais teses, influências e seus

maiores representantes. Existe em meio aos autores uma falta de consenso em

definir o referido movimento como escola, sincretismo ou tendência. Mas não nos

limitando a essa desarmonia, a idéia central do Ecletismo, essa tendência que

aparece no período helenístico, é uma atitude de conciliação das diferentes

doutrinas das escolas daquela época, selecionando o melhor de cada uma para

responder aos questionamentos que buscavam respostas a respeito da verdade.

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1 O ECLETISMO: Linhas Gerais

Um filósofo chamado Pótamon de Alexandria (≅300 a.C.) selecionou o

melhor das opiniões de Aristóteles e Platão, com isso ele introduziu o que Diógenes

Laércio (200 – 250 a.C.) chamou de Ecletismo (termo que vem do grego “ek-léghein”

e significa escolher e reunir, tomando de várias partes). O ecletismo pretendia reunir

as boas, ou melhores idéias de várias escolas, fundindo-as em um único

pensamento.

Desde o século II a.C. ascendeu fortemente a tendência eclética, mas só

veio se consolidar com firmeza a partir do séc. I a.C..

Segundo NICOLA ABBAGNANO (1992 p. 59) diversas causas históricas

favoreceram ao ecletismo. Com a conquista do Império Romano sobre os

Macedônios, a Grécia se tornou uma província de Roma, portanto, a partir disso

Roma passa a valorizar a filosofia Grega, porém, não sabendo lidar com as

diferentes correntes de pensamento, recorre ao ecletismo com o intuito de conciliar

essas doutrinas.

REALE também afirma que as causas que influenciaram esse fenômeno

são numerosas:

A exaustão da vitalidade das escolas singulares, a polarização unilateral de sua problemática, a erosão de muitas barreiras teóricas operadas pelo ceticismo, o probabilismo difundido da Academia, a influência do espírito prático romano e a valorização do senso comum. (REALE, 1990, p. 275)

Não são simplesmente acidentais as causas que produziram o fenômeno

do ecletismo. Todas as escolas foram contagiadas por ele:

Primeiramente a influência eclética surge na escola estóica, também foi

utilizada pela escola Peripatética, que foi moderadamente afetada. Os epicuristas

não se deixaram influenciar pela tendência, permanecendo fiéis a doutrina da

escola, ou seja, foi pouco afetado por causa da posição fechada a qualquer

discussão ou possibilidade de modificação dada pelo mestre. O ecletismo, portanto

domina por longo tempo o pensamento na Academia, essa dispôs de total abertura à

instância eclética, como em outras vezes inverteu a direção deixando de lado a

radicalidade do ceticismo. De resto estava na lógica das coisas que justamente a

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Academia se tornasse a tribuna do discurso eclético: com Arcersilau ela renunciara a

fidelidade ao próprio patrimônio espiritual e ao próprio passado e, portanto não tinha

nada a conservar como razão da própria existência: tal como se configurou, iria

fatalmente desembocar no ecletismo.

O ecletismo e o ceticismo não podem ser colocados num mesmo plano,

mesmo o ecletismo derivando em grande parte do ceticismo.

Na Grécia os filósofos Filo de Larissa (158 – 86 a.C.) e Antíoco de Áscalon

(150 – 68 a.C.) foram os mais típicos representantes do ecletismo. Filo elaborou um

ecletismo decididamente dogmático, com formulações do probabilismo positivo; e

Antíoco, discípulo de Filo, elaborou um ecletismo precavido e moderadamente

ceticizante.

Em Roma, Cícero (103-43 a.C.) foi o mais característico representante do

ecletismo. Por haver freqüentado durante sua vida várias correntes filosóficas -

Epicurista com Fedro e Zenão, Estóica com Diótodo, Panécio e Possidônio,

Peripatética com Filo de Larissa, ainda ouviu lições de Antíoco de Áscalon e leu

sobre Platão, Xenofonte, Aristóteles e outros filósofos da antiga Academia - ele não

deu contribuições significativas para a filosofia, pois apesar de fundir as diferentes

correntes filosóficas que teve influência, buscando confirmações sobre determinados

problemas, esse tipo de fusão já tivera sido realizada pelos mestres que ele ouviu,

coube a ele apenas propô-la em termos latinos e ampliá-la. Portanto, oferece, “o

mais belo paradigma da mais pobre filosofia, que mendiga em cada escola migalhas

de verdades.” (REALE, 1990)

Porém Cícero teve um grande destaque no âmbito da história da filosofia.

“nenhum grego teria sido capaz de difundir o pensamento grego como ele o fez” (C.

Marchesi). Sua maior contribuição reside justamente aí: na difusão e divulgação da

cultura grega, ele é a mais significativa ponte onde a filosofia grega se introduziu na

área da cultura romana e depois em todo ocidente.

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2 O ECLETISMO: Suas teses e principais representantes

O Ecletismo tem como eixo central a atitude filosófica onde a busca da

verdade não se limita numa única forma sistemática; portanto, tem intenção de

harmonizar e/ou conciliar entre si elementos de verdade escolhidos em diferentes

sistemas.

Segundo o Ecletismo o desacordo é sinal de incapacidade da razão, não

para atingir a verdade, mas para abranger a verdade em um único olhar. Prega isso

em reação ao Cepticismo, que em meio aos desacordos entre os filósofos, tinham

perdido a confiança na capacidade da razão humana atingir a verdade. Para os

ecléticos a falta de acordo entre os filósofos se dá no fato de que diante da verdade

cada um olhava numa perspectiva, o que ocasionava numa desarmonia, afinal a

mente humana fraqueja em abraçar toda verdade num só olhar. Por esse motivo é

que a idéia central do ecletismo, a escolha de “verdades”; não se deve confiar num

só filósofo, é necessário reunir as conclusões das melhores descobertas entre eles.

Existem algumas contradições que definem o ecletismo como a evolução

do cepticismo e outros como um sistema afim inferior ao ceticismo, ou como uma

fase da nova Academia, ainda, como uma renúncia à filosofia. Mas, o ecletismo,

segundo P. LEONEL FRANÇA, S. J. (1940, p. 60) “é mais do que uma escola nova é

uma orientação comum a quase todas as escolas da época helenística, tais como a

Academia, a Peripatética, a Epicurista e a Estoicista (...), mas é particularmente

entre os romanos que essa tendência se manifesta mais acentuada”, isso por que

em meios aos acontecimentos que fizeram essa tendência reaparecer, e, levando

em consideração a conquista romana sobre os macedônios, que foi também uma

grande causa para essa ascensão, aos poucos a influência grega literária e filosófica

foi tomando posto no meio dos romanos, e, por não saber conciliar as diferentes

teses dos filósofos, Roma faz ressurgir a tendência eclética na tentativa de

harmonizá-las.

MICHELE F. SCIACCA reafirma isso e ainda descreve como essa doutrina

marcou o direito romano:

Por seu caráter pragmático, o ecletismo foi bem recebido no mundo romano, pois se adaptava melhor do que qualquer outra filosofia à mentalidade prática de Roma, que deixou marca indelével do seu

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gênio no direito. O critério, à base do qual se faz a escolha, é o consensus gentium ou acordo comum dos homens em torno de algumas verdades fundamentais. (MICHELE F. SCIACCA, 1966 p.129)

Filo de Larissa e Antioco de Áscalon se destacaram no ecletismo grego

enquanto que em Roma Marco Túlio Cícero teve maior destaque. Com Filo e o seu

probabilismo positivo e Antíoco e a sua aguda crítica anticética podemos inferir que

Antíoco situa-se a direita de Filo, enquanto Cícero continua na linha de Filo. Num

ponto de vista minucioso podemos inferir que Cícero é inferior aos dois, pois não

formula nada que se compare às formulações de ambos representantes gregos.

“O maior representante do ecletismo romano é Cícero (106-43 a.C.)

orador e político, cultivou a filosofia como instrumento de eloqüência e passatempo

de largos ócios, espontâneos ou forçados que lhes deixavam as ocupações e os

revezes da vida de homem público” (P. LEONEL FRANÇA S. J. 1940, p.62) “no

testemunho comum dos homens, repõe o critério e certeza moral, suficiente para

garantir a existência de Deus, a liberdade da vontade e a imortalidade da alma.

Estas verdades, presentes em todos os homens, são noções inatas,” (M. F.

SCIACCA, 1966 p. 129).

Cícero tem grande interesse pela parte da filosofia que envolve a ética.

Ele mesmo escreve a respeito disso em sua obra De officiis:

Considero que sejam mais conformes à natureza os deveres que emanam do sentimento social, não os que emanam da sabedoria [...] Efetivamente, o conhecimento e a contemplação (da natureza) seriam de certo modo inacabados e imperfeitos, se não se lhes seguisse alguma atividade concreta; e essa atividade manifesta-se especialmente em assegurar a utilidade dos homens; referem-se, pois, à sociedade do gênero humano, por isso ela deve ser anteposta à ciência.

Para ele a filosofia é consoladora dos que sofrem, a reveladora do

absoluto, a ponte que une ao divino. Rejeita decididamente o epicurismo, e, contra

eles prova a existência de Deus, usando o argumento de Aristóteles do movimento,

e a imortalidade da alma, segundo o Fédon. Essas para Cícero são verdades

baseadas na consciência, ou seja, verdades fundamentais, no senso íntimo e num

certo inatismo moral que delas nos dá uma convicção profunda, de muito superior, à

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simples probabilidade das questões teóricas. Em suas obras Cícero mostra-se um

brilhante expositor de vários sistemas. Em algumas de suas obras escreveu sobre:

Debates Acadêmicos: Accademicae disputationes

Debates Tusculanos: Tusculanae disputationes

Os Cargos: De officiis

A Natureza dos Deuses: De natura deorum

O Fim dos Bons e Maus: De finibus bonorum et malorum

A República: De republica

Cícero é o exemplo do verdadeiro eclético, sua filosofia prática pode

chamar-se a filosofia do senso comum, em todos os outros filósofos anteriores

Cícero vai respigar idéias, exceto em Epicuro.

Cícero resolve os problemas filosóficos em chave culturalista e nunca

diretamente ou especulativamente, por isso que ele para alguns autores não é

considerado importante para a filosofia em si, pois não deu novas idéias, sua

filosofia é pobre por acolher diversas teorias já feitas, ele ganha destaque por ter

sido grande difusor da cultura antiga.

Alguns autores afirmam que Cícero tornou-se eclético por seu

envolvimento na política romana, a seleção de idéias que favorecessem um bom

governo, sobretudo no que diz respeito aos fundamentos morais e sociais, contribuiu

para futuramente ele ser um grande marco na história eclética, o seu principal

representante.

O ecletismo estóico se manifestou tanto no mundo helênico como no

mundo romano. Em Roma, como citado, o ecletismo foi mais bem sucedido, juntou-

se com a tendência prática e, teoricamente, conciliadora do império. Alguns

representantes que influenciaram dois séculos antes de Cristo foram: Panécio de

Rodes, Possidônio, Sêneca, Epíteto e Marco Aurélio. Panécio foi grande admirador

de Aristóteles onde se inspirou em muito nele, afirma como esse, e contra a doutrina

clássica do estoicismo a eternidade do mundo, distingue, ainda na linha aristotélica,

três divisões da alma: vegetativa, sensitiva e racional; Possidônio que foi o mais

famoso discípulo de Panécio recolheu na sua doutrina muitos elementos de Platão:

a imortalidade da alma racional e a sua pré-existência e atribuições das emoções.

Foi com Fílon de Larissa que a Academia se modifica aderindo assim ao

ecletismo, portanto as raízes céticas ainda prevalecentes com Carnéades só são

definitivamente rompidas com Antíoco de Áscalon. Essa escola perdurou até

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aproximadamente nas primeiras décadas do século III d.C., depois disso os

membros da Academia foram influenciados pelo neoplatônicos.

O ecletismo peripatético foi mais fácil ser influenciado, pois o aristotelismo

peripatético deixou em segundo plano a reflexão filosófica e passou a se interessar

às pesquisas de cunho histórico e científico. Exerceram influência alguns elementos

da investigação platônica e estóica e a doutrina pitagórica dos números, ainda, a

influência de Galeno, médico que admitiu, além das quatro causas aristotélicas:

matéria, forma, causa eficiente e causa final a existência de uma quinta causa que é

a instrumental. Pode ser representado por Alexandre de Afrodisias, Amônio,

Prosenes, Cláudio Ptolomeu, Galeno de Pérgamo, Temístio.

O ecletismo cínico é a de menor importância, aderiu seguidores até o

século I d.C., alguns representantes são Bíon de Borístenes e o de maior

importância é Dion Crisóstomo.

3 O ECLETISMO: Seus limites - um olhar crítico

Sendo “a finalidade do ecletismo a busca de um critério de verdade que

permita não apenas justificar as próprias posições, mas também posições adotadas

por outros pontos de vista, e também a procura de uma harmonia entre posições

aparentemente contrárias, mas que no fundo se consideram concordantes” (MORA,

2001 p. 793) o ecletismo deixa margem para uma comparação com o sincretismo,

pois ambos usam da tentativa de seleção e harmonização de diferentes teses.

Mas afinal, é Ecletismo ou Sincretismo?

A diferença que há entre as denominações é o fato da finalidade dessa

fusão. O ecletismo, como descrito acima, funde as idéias na busca do critério da

verdade, ainda, repudia a arte de combinações e das aproximações contrárias à

natureza, despreza o que, de perto ou de longe, se assemelha ao sincretismo. O

sincretismo, por sua vez, difere do ecletismo por que a sua finalidade de fundir as

teses termina justamente onde inicia, somente e unicamente no desejo de fundi-las.

Ainda, com essa nova tendência aparece margem para uma suposta

tentativa integracionista. Mas já desmerecendo essa suspeita, o ecletismo não pode

ser integracionista porque essa possui certa tendência “dialética” que não é

encontrada no ecletismo.

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Em meio às definições e aprofundamentos descritos relativo a essa escola

e tomando por base as teorias de alguns filósofos críticos, percebe-se que o

ecletismo é um movimento imensamente inferior aos que o precederam. Tomando

possíveis soluções para verdades que buscam respostas de outras escolas, acaba

cometendo a falta da não originalidade, ou vivendo e pregando uma teoria

superficial, sem profundidade. A respeito disso já escreve UMBERTO PADOVANI:

É o ecletismo filosofia de espírito pragmático ou decadente, não filosófico, que concebem a filosofia popularmente, moralisticamente ou não tem a força da crítica, nem da afirmação, que implica sempre numa crítica, pois a filosofia é escolha, construção, sistema, organismo especulativo, e não justaposição mecânica de peças sem vida. (PADOVANI 1970 p. 154)

Portanto, como descreve PADOVANI “torna-se fácil a síntese eclética, pois é formada de abstratas generalidades ou de particularidades secundárias”

4 O ECLETISMO: Considerações finais

Chegando ao final desse nosso debruçar sobre o Ecletismo temos então

uma idéia formulada sobre esse movimento filosófico, ocorrido no período

Helenístico, de aparências supérfluas, porém de bases e contextos interessantes.

O ecletismo não foi apenas um meio de reunir um emaranhado de

pensamentos e conclusões filosóficas, teve por objetivo reunir os melhores

pensamentos das várias escolas para que na essência de cada defesa de

argumento se percebesse que pode haver uma única conclusão.

No momento que é usado como conciliador entre os movimentos e

pensamentos, o ecletismo vê o seu ideal sendo valorizado. Conciliação baseada na

observância de onde partimos e o que queremos descobrir ou onde queremos

chegar.

Surgia assim um novo conceito de “provável” verdade ou “probabilidade”

de um acerto. Esse nascente conceito vinha de uma filosofia conhecida como

“mendicante”.

A palavra feita em pedaços de verdade que os outros deixavam cair, eram

apanhados ecleticamente, para com um pouco dessa verdade, construir a sua

realidade, sua verdade eclética.

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REFERÊNCIAS

REALE, G. História da Filosofia: antiguidade e idade média / Giovanni Reale, Dario

Antiseri, - São Paulo: Paulus, 1990 – (Coleção filosofia).

CHAUÍ, M. S. Introdução a História da Filosofia: dos pré-socráticos à Aristóteles,

volume 1/ Marilena Chauí. – 1 ed. – São Paulo: Brasiliense, 1994.

ABBAGNANO, N. História da Filosofia: a escola Peripatética, o Estoicismo, o

Epicurismo, o Cepticismo, o Ecletismo, o Neoplatonismo a filosofia

Patrística, a Gnose, S. Agostinho, volume 2/ Nicola Abbagnano. – 4 ed. –

Lisboa: Presença, 1992.

MORA, J. F. Dicionário de filosofia: E-J, volume 2/ José Ferrater Mora - São

Paulo: Loyola, 2001.

LARA, T. A. Caminhos da razão no Ocidente: a filosofia nas suas origens gregas,

volume 1/ Tiago Adão Lara. – Petrópolis, RJ: Vozes, 1989.

SCIACCA, M. F. História da Filosofia I: Antiguidade e idade média / Michele

Federico Sciacca. – São Paulo: Mestre Jou, 1966.

FRANCA S. J., P. L. Noções de História da Filosofia / P. Leonel Franca S. J. – 7

ed. – Rio de janeiro: Pimenta de Melo & C., 1940.

MONDIN, B. Curso de Filosofia, volume 1/ B. Mondin; [tradução do italiano de

Benôni Lemos; revisão de João Bosco de lavor Medeiros]. – 6 ed. – São

Paulo: Edições Paulinas, 1981.

PADOVANI, U. História da Filosofia / Humberto Padovani e Luís Castagnola. – 8

ed. – São Paulo: Edições Melhoramentos, 1970.

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