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ECA 16.03.2017

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ECA

16.03.2017

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INFOS IMPORTANTES

• 1. SEMANA DO DIA 29.03: AVALIAÇÃOELETRÔNICA, OBJETIVA E SEM CONSULTA,SOBRE OS TÓPICOS ATÉ AGORA;

• 2. 12.04

• Prova dissertativa individual, valendo trêspontos, com consulta.

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• 3. SEMINÁRIO : SEMANA DO 26.04 E 03.05

• TEMA: CRITIQUE A REGULAÇÃO DO ECA PORMEIO DE UM TEMA QUE APRENDEMOS ATÉAGORA.

• EXPOSIÇÃO LIVRE, NO MÁXIMO 5 PESSOAS.

• 2 pontos.

INFOS IMPORTANTES

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ADOÇÃO INTERNACIONAL - ADENDO

• “Há um falha terminológica do legislador ao dispor quea adoção internacional só pode ocorrer quando ‘foramesgotadas todas as possibilidades de colocação dacriação da criança ou adolescente em famíliasubstituta brasileira (...)”, uma vez que famílias deestrangeiros residentes no Brasil, com permanênciadefinitiva, também devem ser preferidas à adoçãointernacional. Não é demais lembrar que oestrangeiros residente no Brasil, com ânimo definitivo,é considerado adotante nacional. Melhor estariaredigido esse dispositivo se considerasse “famíliasubstituta residente no Brasil. (Reinaldo Cintra Torresde Carvalho)

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• Estrangeiro residente no Brasil pode entrarcom um pedido de adoção nacional?Sim, contanto que tenha visto de permanênciadefinitivo. A adoção terá como base alegislação brasileira respectiva. Nesse caso, oestrangeiro entrará com o pedido dehabilitação na Vara da Infância da Comarcaonde reside, e a adoção ocorrerá na Comarcaonde a criança/adolescente foi declarado aptoa ser adotado.

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Artigo 42 ECA – ATUALIZAÇÃO –FAMÍLIA EXTENSA

• § 1º Não podem adotar os ascendentes e os irmãos do adotando.

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CONTEÚDO DO PODER FAMILIAR

• Seção IIDo Exercício do Poder Familiar

• Art. 1.634. Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação conjugal, o pleno exercício do poder familiar, que consiste em, quanto aos filhos: (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)

• I - dirigir-lhes a criação e a educação; (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)• II - exercer a guarda unilateral ou compartilhada nos termos do art. 1.584; (Redação dada pela Lei nº

13.058, de 2014)• III - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casarem; (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)• IV - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para viajarem ao exterior; (Redação dada pela Lei nº

13.058, de 2014)• V - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para mudarem sua residência permanente para outro

Município; (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)• VI - nomear-lhes tutor por testamento ou documento autêntico, se o outro dos pais não lhe sobreviver, ou o

sobrevivo não puder exercer o poder familiar; (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)• VII - representá-los judicial e extrajudicialmente até os 16 (dezesseis) anos, nos atos da vida civil, e assisti-los,

após essa idade, nos atos em que forem partes, suprindo-lhes o consentimento; (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)

• VIII - reclamá-los de quem ilegalmente os detenha; (Incluído pela Lei nº 13.058, de 2014)• IX - exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade e condição. (Incluído

pela Lei nº 13.058, de 2014)

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• Seção IIIDa Suspensão e Extinção do Poder Familiar

• Art. 1.635. Extingue-se o poder familiar:

• I - pela morte dos pais ou do filho;

• II - pela emancipação, nos termos do art. 5o, parágrafo único;

• III - pela maioridade;

• IV - pela adoção;

• V - por decisão judicial, na forma do artigo 1.638.

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CASO DE SUSPENSÃO TEMPORÁRIA

• Art. 1.637. Se o pai, ou a mãe, abusar de suaautoridade, faltando aos deveres a eles inerentesou arruinando os bens dos filhos, cabe ao juiz,requerendo algum parente, ou o Ministério Público,adotar a medida que lhe pareça reclamada pelasegurança do menor e seus haveres, atésuspendendo o poder familiar, quando convenha.

• Parágrafo único. Suspende-se igualmente oexercício do poder familiar ao pai ou à mãecondenados por sentença irrecorrível, em virtudede crime cuja pena exceda a dois anos de prisão.

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• Paulo Lobo: rol exemplificativo, e deve agir na prevenção, se ocorrer uma vez já suspende.

• Poderá ser suspensão parcial ou total;

• Permanece o poder com o outro pai, ou nomeia-se tutor.

• Finda a causa, o poder familiar é restabelecido, salvo se se converter em perda.

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• A autoridade parental finda-se com acapacidade civil plena.

• No caso da adoção, é substituição do poderfamiliar

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ECA

• Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente seráobjeto de qualquer forma de negligência,discriminação, exploração, violência,crueldade e opressão, punido na forma da leiqualquer atentado, por ação ou omissão, aosseus direitos fundamentais.

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• Art. 1.638. Perderá por ato judicial o poder familiar o pai ou a mãe que:

• I - castigar imoderadamente o filho;

• II - deixar o filho em abandono;

• III - praticar atos contrários à moral e aos bons costumes;

• IV - incidir, reiteradamente, nas faltas previstas no artigo antecedente.

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ECA

• Art. 19. Toda criança ou adolescente temdireito a ser criado e educado no seio da suafamília e, excepcionalmente, em famíliasubstituta, assegurada a convivência familiare comunitária, em ambiente livre da presençade pessoas dependentes de substânciasentorpecentes.

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PERDA DO PODER FAMILIAR

• Está como extinção, mas é perda do poderfamiliar: é avaliação negativa.

• É uma punição dos pais.

• Releve-se, que se ainda não adotado, aindaexigirá alimentos dos pais, por caráter doparentesco.

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ARTIGO 33 ECA

• § 4o Salvo expressa e fundamentadadeterminação em contrário, da autoridadejudiciária competente, ou quando a medida foraplicada em preparação para adoção, odeferimento da guarda de criança ou adolescentea terceiros não impede o exercício do direito devisitas pelos pais, assim como o dever de prestaralimentos, que serão objeto de regulamentaçãoespecífica, a pedido do interessado ou doMinistério Público.

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DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA: FAMÍLIA SUBSTITUTA

GUARDA

ECA

CÓDIGO

CIVIL –

DIREITO DE

FAMÍLIA

CONCEDIDA A TERCEIROS

-> UMA DAS MODALIDADES DE COLOCAÇÃO EM

FAMÍLIA SUBSTITUTA,

-> E PODE SER CONTRÁRIA À VONTADE DOS

PAIS

SURGE QUANDO DA SEPARAÇÃO DOS

PAIS

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EXEMPLO

• CIVIL – DIREITO DE FAMÍLIA – FILHOS MENORES – GUARDA – PROCEDIMENTO DE JURISDIÇÃOVOLUNTÁRIA – ACORDO – TRANSMISSÃO À AVÓ MATERNA – ANUÊNCIA DOS GENITORES – PAISCASADOS, CAPAZES E APTOS AO TRABALHO – ATRIBUTO INERENTE AO PODER FAMILIAR –TRANSFERÊNCIA – IMPOSSIBILIDADE – INTUITO MERAMENTE ECONÔMICO – 1. Cingindo-se o

objeto do procedimento de jurisdição voluntária à homologação de acordo destinado a chancelar atransferência da guarda dos netos em favor da avó com a anuência dos genitores, a aferição dalegalidade e legitimidade da pretensão dispensa quaisquer provas, afigurando-se suficiente parasua emolduração ao tratamento que legalmente lhe é dispensado as evidências que emergemincontroversas das qualificações dos protagonistas da relação processual. 2. Os pais usufruem dodireito natural de exercitar o poder familiar, cabendo-lhes dirigir a criação e educação dos filhos etê-los em sua companhia e guarda, estando-lhes debitado, em contrapartida, o dever legal demantê-los sob sua guarda e provê-los dos meios indispensáveis à sobrevivência, e, por se traduzirna manifestação mais eloqüente dos atributos inerentes ao poder familiar, somente nas situaçõesexcepcionais em que os genitores não reúnam condições de guardar os filhos é que a guardapoderá ser confiada a terceiros (CC, art. 1.638 e ECA, art. 33, § 2º). 3. Sendo os pais casados,capazes, financeiramente aptos a manter os filhos e não tendo ocorrido nenhum fato apto adesabonar sua conduta ou desqualificá-los como guardiães de fato e de direito, inexiste lastro paraque sejam desprovidos da guarda dos filhos, ainda que anuam com seu despojamento desseatributo inerente ao poder familiar, não se consubstanciando a ajuda material, os cuidados ecarinhos dispensados pela avó como aptos a ensejar sua contemplação com a guarda dos netos senão se encontram em situação juridicamente irregular, não podendo o instituto ser desvirtuadopara o alcance de fins meramente econômicos. 4. Apelação conhecida e improvida. Unânime.(TJDFT – AC 2006 01 1 127713-8 – 2ª T.Cív. – Rel. Des. Teófilo Caetano – DJe 07.05.2008)

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EXEMPLOS

• APELAÇÃO CÍVEL – GUARDA DE MENOR –PEDIDO FORMULADO PELA AVÓ, EM VIRTUDE

DA DEPENDÊNCIA ECONÔMICA –Consentimento dos genitores. Aspectoeconômico insuficiente a tornar possível adestituição do poder familiar. Exegese dosartigos 19 e 33, § 2º do Estatuto da Criança edo Adolescente. Recurso improvido. Decisãounânime. (TJPE – AC 158548-4 – Rel. Des.Jones Figueirêdo – DJPE 27.02.2008)

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DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA: FAMÍLIA SUBSTITUTA

MODALIDADES

GUARDA

DE FATO

NÃO POSSUI VÍNCULO JURÍDICO

ESTABELECIDO PELO JUDICIÁRIO; MERA

POSSE DA CRIANÇA OU ADOLESCENTE

PROVISÓRIA

NO INÍCIO DO PROCEDIMENTO DE TUTELA OU

DE ADOÇÃO: ART. 33, P. 1º E ART. 167 ECA.

Liminar ou Incidental

NÃO É CONCEDIDA A ESTRANGEIRO

DEFINITIVACONCEDIDA AO FINAL DO PROCESSO DE

GUARDA

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DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA: FAMÍLIA SUBSTITUTA

MODALIDADES

GUARDA

EXCEPCIONA

L

OU PECULIAR

SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS DE

SUPRIMENTO DA AUSÊNCIA DOS PAIS:

ART. 33, P. 2º ECA

SEM TUTELA OU ADOÇÃO

SUBSIDIADA

ART. 34 ECA – PARA PROGRAMAS DE

ACOLHIMENTO FAMILIAR – p/ quem aceita

participar do PRF

criança ou adolescente afastado do convívio familiar

DERIVADA

DEVER DE GUARDA DO FUTURO TUTOR -

PEDIDO DE TUTELA.

ART. 36, PARÁGRAFO ÚNICO, ECA.

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DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA: FAMÍLIA SUBSTITUTA

MODALIDADES

GUARDA

CONCEDIDA A

TERCEIRO NA

VARA DE

FAMILIA

DEFERIDA QUANDO SE VERIFICA QUE NEM

O PAI NEM A MÃE ESTÃO EM CONDIÇÕES

DE EXERCER A GUARDA. ART. 1.584,

PARÁGRAFO 5º ECA

DE

ESTRANGEIRO

REFUGIADO

DEFERIDA NA SITUAÇÃO EM QUE OS PAIS DA

CRIANÇA OU DO ADOLESCENTE ESTÃO

MORTOS OU NÃO CONSEGUIRAM ENTRAR NO

PAÍS; NÃO HÁ AMPARO LEGAL EXPRESSO.

(LEI 9.474/97 SERVE DE AMPARO)

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DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA: FAMÍLIA SUBSTITUTA

PROCEDIMENTO: ART. 28 §5º ECA

PRECEDIDA DE PREPARAÇÃO GRADATIVA

ACOMPANHAMENTO POSTERIOR

FORMALIZAÇÃO DA GUARDA E TUTELA: ART. 32 ECA

COMPROMISSO PRESTADO POR TERMO NOS AUTOS

§ 5o A colocação da criança ou adolescente em família substituta será precedida de sua preparação gradativa e acompanhamento posterior, realizados pela equipe interprofissionala serviço da Justiça da Infância e da Juventude, preferencialmente com o apoio dos técnicos responsáveis pela execução da política municipal de garantia do direito à convivência familiar.

Art. 32. Ao assumir a guarda ou a tutela, o responsável prestará compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo, mediante termo nos autos.

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ARTIGO 1.584 CC

• § 5o Se o juiz verificar que o filho não devepermanecer sob a guarda do pai ou da mãe,deferirá a guarda a pessoa que revelecompatibilidade com a natureza da medida,considerados, de preferência, o grau deparentesco e as relações de afinidade eafetividade. (Redação dada pela Lei nº 13.058,de 2014)

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PRÁTICA

• EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DEDIREITO DA ____ VARA DA INFÂNCIA E DAJUVENTUDE E ADOÇÃO DA COMARCADE (__________)

• AÇÃO DE TUTELA E GUARDA DE MENOR

• com PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA (artigo303/NCPC)

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• Art. 148. A Justiça da Infância e da Juventude é competente para:

• I - conhecer de representações promovidas pelo Ministério Público, para apuração de ato infracional atribuído a adolescente, aplicando as medidas cabíveis;

• II - conceder a remissão, como forma de suspensão ou extinção do processo;

• III - conhecer de pedidos de adoção e seus incidentes;

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APLICA A COMPETÊNCIA

• Art. 98. As medidas de proteção à criança e ao adolescente são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados:

• I - por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;

• II - por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável;

• III - em razão de sua conduta.

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A TUTELA• Dever de educação,

• De gerência de todo o patrimônio, enquanto menor

• Não gera direitos sucessórios;

• É para menor e incapaz (MAIOR, INCAPAZ =CURATELA)

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DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA: FAMÍLIA SUBSTITUTA

DA TUTELA

É A SEGUNDA MODALIDADE DE COLOCAÇÃO DA CRIANÇA E

DO ADOLESCENTE EM FAMÍLIA SUBSTITUTA.

DEFINIÇÃO

INSTRUMENTO PELO QUAL UMA PESSOA MAIOR ASSUME O DEVER DE

PRESTAR ASSISTÊNCIA MATERIAL, MORAL E EDUCACIONAL A CRIANÇA

OU ADOLESCENTE QUE NÃO ESTEJA SOB O PODER FAMILIAR DE SEUS

PAIS, BEM COMO DE ADMINISTRAR-LHE OS BENS.

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DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA: FAMÍLIA SUBSTITUTA

DA TUTELA: ARTS. 36 A 38 ECA

HIPÓTESES DE CABIMENTO:

FALECIMENTO DE AMBOS OS PAIS;

DECLARAÇAO DE AUSÊNCIA DE AMBOS OS PAIS;

DESTITUIÇÃO DO PODER FAMILIAR.

PESSOAS SUJEITAS A TUTELA: PESSOA DE ATÉ 18 ANOS INCOMPLETOS – ART. 36, ECA.

Art. 36. A tutela será deferida, nos termos da lei civil, a pessoa de até 18 (dezoito) anosincompletos.

Parágrafo único. O deferimento da tutela pressupõe a prévia decretação da perda oususpensão do poder familiar e implica necessariamente o dever de guarda.

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DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA: FAMÍLIA SUBSTITUTA

UM SUBSTITUTIVO DO PODER FAMILIAR – ART. 36, P.Ú. ECA

PODERES DE ASSISTÊNCIA

REPRESENTAÇÃO

GUARDA

DEVERES - ASSISTÊNCIA MATERIAL,

MORAL E EDUCACIONAL,

OPOR-SE A TERCEIROS

-> INCLUSIVE AOS PAIS

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DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA: FAMÍLIA SUBSTITUTA

UM SUBSTITUTIVO DO PODER FAMILIAR – ART. 36, P.Ú.

ECA

PODERES DE ASSISTÊNCIA

REPRESENTAÇÃO

• Art. 1.748. Compete também ao tutor, com autorização do juiz:• I - pagar as dívidas do menor;• II - aceitar por ele heranças, legados ou doações, ainda que com encargos;• III - transigir;• IV - vender-lhe os bens móveis, cuja conservação não convier, e os imóveis nos

casos em que for permitido;• V - propor em juízo as ações, ou nelas assistir o menor, e promover todas as

diligências a bem deste, assim como defendê-lo nos pleitos contra ele movidos.• Parágrafo único. No caso de falta de autorização, a eficácia de ato do tutor

depende da aprovação ulterior do juiz.

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DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA: FAMÍLIA SUBSTITUTA

FORMAS DE TUTELA

-> Testamentária - INDICAÇÃO DE TUTOR POR

DECLARAÇAO DE VONTADE MANIFESTADA PELOS PAIS: ART.

37, ECA

TESTAMENTO OU OUTRO DOCUMENTO IDÔNEO.

CRIVO JUDICIÁRIO - MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA OU

ADOLESCENTE

- AUSÊNCIA DE OUTRA PESSOA – MELHOR INTERESSE

-> CONTROLE JUCIDIAL - DISPOSIÇÃO DE ÚLTIMA VONTADE DOS PAIS PODE

SER AFASTADA (PU, ART. 37, ECA).

-> Legítima – parentes próximo - 407 CC

-> Dativa – pessoas estranhas

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DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA: FAMÍLIA SUBSTITUTA

PRESSUPOSTO PARA A CONCESSÃO DA TUTELA: A PERDA OU

SUSPENSÃO DO PODER FAMILIAR (ART. 36, P. Ú. ECA)

DIREITOS PREVIDENCIÁRIOS: O TUTELADO OBTÉM DIREITOS

PREVIDENCIÁRIOS LIGADOS A SEU TUTOR (ART. 16, P. 2º, LEI

8.213/91)

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DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA: FAMÍLIA SUBSTITUTA

UM SUBSTITUTIVO DO PODER FAMILIAR – ART. 36, P.Ú. ECA

PODERES DE ASSISTÊNCIA

REPRESENTAÇÃO

CESSAÇÃO DA TUTELA:

MAIORIDADE;

ADOÇÃO OU RECONHECIMENTO DE FILIAÇÃO;

FINDA A SUSPENSÃO DO PODER FAMILIAR.

DESTITUIÇÃO DA TUTELA: contraditório e ampla defesa – 24 ECA

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• B e P, vizinhos da criança Y, cuidam do menino desde a tenra idade, quando o pai da criançafaleceu e sua genitora, por motivos profissionais, mudou-se para localidade distante,fazendo visitas esporádicas ao infante, mas sempre enviando ajuda de custo para aalimentação do filho. Quando a criança completou um ano de idade, a genitora alcançoupatamar financeiro estável, passando a ter meios para custear os gastos da criança tambémcom educação, lazer, saúde etc. Assim, buscou a restituição do convívio diário com a criançaY, levando-a para morar consigo, o que gerou discordância dos vizinhos B e P, queingressaram com Ação de Guarda e Tutela do menor, argumentando a construção de laçosafetivos intensos e que a criança iria sofrer com a distância.

Analise a situação e, sob o ponto de vista jurídico, assinale a afirmativa correta.• a)O afastamento da genitora do convívio cotidiano com a criança Y impede a reconstrução

de laços afetivos, devendo ser, de pronto, conferida a guarda provisória aos vizinhos que ocriaram e, ao final, a tutela do menor aos demandantes B e P.

• b)A reintegração à família natural, no caso, junto à mãe, deve ser priorizada em relação aoutra providência, não havendo justo motivo para a que a criança seja posta sob tutela nahipótese narrada, uma vez que isso demandaria a perda ou suspensão do poder familiar, oque não encontra aplicabilidade nos estritos termos do enunciado

• c)Os vizinhos que detinham a guarda de fato da criança Y têm prioridade no exercício doencargo de tutores, considerando esse o atendimento ao melhor interesse da criança,podendo eles assumir a função mesmo que a mãe mantenha o poder familiar, ante aprecariedade e provisoriedade do referido encargo jurídico.

• d)A mãe da criança Y pode anuir com o pedido de colocação da criança sob tutela seconsiderar que atenderá ao melhor interesse do infante, hipótese em que a sentençahomologatória poderá ser revogada a qualquer tempo, caso mudem as circunstâncias que ajustificaram, não fazendo, pois, coisa julgada material.