Prof. Vinícius Abdala •  Me. em Ciências Criminais pela

Universidade de Lisboa •  Juiz da Inter-American Human

Rigthts Moot Court Competition, Washington, DC.

•  Advogado Criminalista.

PRISÕES

PONTOS INICIAS: •  -Privação da liberdade / tolhimento do direito de ir e

vir. •  Marco de divisão das prisões: Sentença

condenatória transitada em julgado •  Prisão cautelar vs. Prisão definitiva. •  -Art, 5, LXI: Niguém será preso senão em flagrante

delito...

Espécies de Prisão Cautelar

•  Flagrante

•  Preventiva

•  Temporária

1 - Flagrante

-Aquela que ocorre no ato do cometimento do crime ou logo após seu cometimento.   OBS1: Noberto Avena: Prisão em Flagrante não é cautelar, é precautelar pois não tem o condão de manter o investigado preso para resguardo da investigação. Para isso, temos mudança do flagrante em preventiva.   1 momento é ato administrativo: Independe de ordem escrita de juiz competente.   Posteriormente passa a ser ato judicial (art. 310 cpp)

OBS2 – Prisão em Flagrante e o Fato Típico # da ilicitude e culpabilidade   Prende e envia para juiz e esse analisa excludentes (art. 310, p. único)   OBS3 – Lei 9.099/95 – Art. 69, p único: Lavratura do TCO e não importará flagrante, desde que: a) Imediatamente reportado ao juizado b) assumir compromisso de a ele comparecer.

Espécies de Flagrante (Art. 302 CPP)

1) Flagrante Próprio – Agente surpreendido no instante do cometimento do ato. 2) Flagrante impróprio – Agente perseguido logo após o cometimento do ato (não existe prazo, mas deve haver perseguição ininterrupta). 3) Flagrante Presumido – Quando preso com instrumentos que presume ser o autor do fato. 4) Flagrante preparado/provocado – Quando alguém induz/provoca o agente a praticar um crime e, ao mesmo tempo, impede que se consuma. 5) Flagrante Esperado – Policiais aguardam o momento do cometimento do crime.

-  Quem pode prender em flagrante? (art. 301 CPP)

-  Pode haver flagrância quando o infrator se apresenta na delegacia de forma espontânea?

  OBS: Recebido o auto de prisão em Flagrante, o juiz (art. 310 CPP): a)  Relaxamento – Se a prisão for ilegal.

b) Converte em preventiva. c) Substitui o flagrante por uma das medidas cautelares (319 CPP). d)concede liberdade provisória, com ou sem fiança.

PRISÃO PREVENTIVA:   Espécie de prisão cautelar Possível durante toda a persecução penal Ordem escrita e fundamentada de autoridade judicial competente (art. 5, LXI

FUNDAMENTOS Legais: art. 312 + 313 CPP a) garantia da ordem pública: evitar que o agente continue a delinquir.   b) garantia da ordem econômica - introduzido pele lei antitruste – 8.884/94 Evitar que o individuo continue cometendo novas infrações afetando a ordem econômica. - Falho pq já cairia na garantia da ordem Pública.   c) Conveniência da instrução criminal Impedir que o agente destrua provas, ameace testemunhas ou comprometa a busca da verdade.   d) garantia de aplicação da lei penal Evitar a fuga do agente -Demonstração fundada qto a possibilidade de fuga.     e) Descumprimento das medidas cautelares (art. 282, p. 4 CP)

PRISÃO TEMPORÁRIA (lei 7.960/89)   Destinada a viabilizar investigações que crimes graves MOMENTO: Inquérito Policial   Pressupostos: Art. 1 da lei 7.960/89 a, b e C.   Doutrina: É necessário que haja o pressuposto C + a ou C + b.   Prazo : 5 dias, prorrogáveis por igual período. (art. 2 da lei 7.960/89) OBS: Prazo de 30 dias, prorrogáveis por igual perídio = crimes hediondos ou equiparados.   OBS: AO CONTRÁRIO DA PREVENTIVA, NÃOOOO é permitida sua decretação de ofício pelo juiz. -É necessário requerimento do MP ou autoridade policial.

PEÇAS 1)  Prisão Ilegal = RELAXAMENTO

2)  Prisão Legal = LIBERDADE PROVISÓRIA

3)  Prisão Preventiva = REVOGAÇÃO DA PREVENTIVA

PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL João Nogueira, funcionário público estável, com residência fixa e sem antecedentes criminais, já que jamais foi condenado por qualquer crime, foi preso em flagrante delito pela prática do crime previsto no art. 155 do CP, juntamente com Marcelo Frogue, seu amigo de infância, pois furtaram um veiculo no estacionamento de um famoso Shopping Center. Ambos os acusados foram levados pelos policiais, que os autuaram e os conduziram até a Delegacia responsável pela circunscrição da ocorrência do delito. Na Delegacia, na presença do delegado responsável, João Nogueira afirmou em seu depoimento pessoal ter praticado o delito, pois necessitava de dinheiro para quitar algumas parcelas de seu apartamento que estavam atrasadas. Após as formalidades do auto de prisão em flagrante, o delegado remeteu cópia ao representante do parquet e à Defensoria Pública, bem como entregou a João Nogueira, a nota de culpa, comunicando o flagrante à família, tudo nos termos do art. 306 do CPP, cientificando ao juízo competente. A autoridade policial deixou de arbitrar fiança. João Nogueira encontra-se recolhido na carceragem do Distrito Policial. A audiência de custódia ainda não foi realizada, mas a autoridade policial já informou que João Nogueira será encaminhado para a realização da audiência de custódia no prazo legal.   Considerando a situação proposta, formule, na condição de advogado (a) contratado (a) pela família de João Nogueira, a peça — diversa de habeas corpus — que poderá ser apresentada ao juiz na audiência de custódia.

AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA

FUNDAMENTOS: •  Convenção Americana Sobre Direitos Humanos (Pacto de San Jose

da Costa Rica) Art. 7.5: “Toda pessoa presa, detida ou retida deve ser conduzida, sem demora, à presença de um juiz ou outra autoridade autorizada por lei a exercer funções judiciais e tem o direito de ser julgada em prazo razoável ou de ser posta em liberdade, sem prejuízo de que prossiga o processo. Sua liberdade pode ser condicionada a garantias que assegurem o seu comparecimento em juízo.” •  Pacto Internacional de Direitos Civis e políticos •  Convenção Europeia de Direitos Humanos •  Comitê dos Direitos Humanos da ONU = prazo razoável •  Conselho Nacional de Justiça = 24h (prazo razoável) - resolução

PLS nº 554 de 2011, atribuindo inovação ao art. 306 CPP: “Art. 306. (…) § 1.º No prazo máximo de vinte e quatro horas após a prisão em flagrante, o preso será conduzido à presença do juiz para ser ouvido, com vistas às medidas previstas no art. 310 e para que se verifique se estão sendo respeitados seus direitos fundamentais, devendo a autoridade judicial tomar as medidas cabíveis para preservá-los e para apurar eventual violação. § 2.º A oitiva a que se refere o § 1.º não poderá ser utilizada como meio de prova contra o depoente e versará, exclusivamente, sobre a legalidade e necessidade da prisão; a prevenção da ocorrência de tortura ou de maus-tratos; e os direitos assegurados ao preso e ao acusado. § 3.º A apresentação do preso em juízo deverá ser acompanhada do auto de prisão em flagrante e da nota de culpa que lhe foi entregue, mediante recibo, assinada pela autoridade policial, com o motivo da prisão, o nome do condutor e os nomes das testemunhas. § 4.º A oitiva do preso em juízo sempre se dará na presença de seu advogado, ou, se não o tiver ou não o indicar, na de Defensor Público, e na do membro do Ministério Público, que poderão inquirir o preso sobre os temas previstos no § 2.º, bem como se manifestar previamente à decisão judicial de que trata o art. 310 deste Código”.

FIM

Prof. Vinícius Abdala •  Me. em Ciências Criminais pela

Universidade de Lisboa •  Juiz da Inter-American Human

Rigthts Moot Court Competition, Washington, DC.

•  Advogado Criminalista.