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'- ¦í* E.-U. DO BRAZIL, BELÉM, 3 DE JANEIRO DE 1898 PROPRIEDADE DE UMA ASSOCIAÇÃO O -^^Ê ^A ESTADO DO PARA' ANNO I ' NUMERO 21 REDACÇÃO, OFFICINAS E ADMINISTRAÇÃO 2), Travessa Campos Salles, 23 UMA LEMBRANÇA Ò florescente estado do Pará au- gmenta diariamente em população. Não obstante a febre de cpnslrucções domiciliadas, é limitado o numero de casas, quer para residências deíiniti- vas, quer para a hospedagem dos via- jantes visitantes da primeira cidade do norte brazileiro. As fortunas de muitos dos nossos capitalistas acham-se empregadas em emprezas prédiarias de resultados.cer- tos, caprichosamente propulsoras da architectura entre nós, tornando Be- iém antiga n'uma moderna cidade que em poucos annos rivalisará com as europeas mais encantadoras, com os seus chalets de diversos estylos, etc. Faltam sempre, porém, habitações provisórias ou definitivas; e, d'ahi, as inaugurações de hotéis com hospeda- rias para todas as classes sociaes. Uma garantia para os hospedes, para os donos d'estes estabelecimentos (tão necessários entre nós), para a tranquillidade da sociedade e bom po- liciamento da cidade, urge que seja decretada pela segurança publica. N'essas hospedadas, n'essas casas de pensões, n'esses hotéis, aboleta-se toda a casta de gente, cada qual procurando seus commodos cm tranquilla paz de espirito; mas, n'esses mesmos logares podem-se hospedar criminosos que a justiça dos outros Estados ou do ex- trangeiro, dos paizes com os quaes tenhamos tratados de extradição, pró- cure ou exija as suas punições; gatu- nos e vagabundos deportados d'o litros logares, « caftens » perigosos ás hon- ras das famílias que devemos zelar; emfim, ao lado do homem de bem, da Cremos que os proprietários dos cafés e hospedadas, que são também moradias entre nós, como o «Chat Noir», Chie, Madrid, Colombo eou- tros muitos, serão os primeiros a ap- plaudirem nossa lembrança e concor- rerem para o bom êxito d'ella, em proveito seu e doprogresso e civili- sação paraense.( Ella ahi fica sugeita á cogitação, emendas e ampliações de todos os interessados. rio do redacção professor Cezar Pinheiro, quo teve hontem seu lar em justas oxpan- soes du alegria; outras noticias locaos o continua a publicação ú'0 Rocambole. X X X JOIWAES DE IIONTEM PELA ¦¦ - í , .' mulher honrada, o cavalheiro de in- duslria, a t cocotle». Lembramos uni meio para, si não a completa separação d'csses elemen- tos corruptores d'aquelles que nos pos- sam ser úteis, ao menos o provável co- nhecimento dos que são ou nàosuspei- tose a facilidade das diligencias poli- ciaes nos casos de roubos e furtos, quo tanto se tem propagado ultimamente Obrigados os donos d'estas casas a terem seus livros de entrada e sabida dos hospedes, livras abertos, numera- dos,|rubricados, pelo chefe desegurança e que sejam accessiveis a qualque rhora, A policia e á reportagem dos jornaes, e onde se constate o nome do hospede, sua profissão, sua nacionalidade, sua procedência, seu. destino, etc, fácil tomar-se-ia uma ftscalisação garanti- dora dos interesses dos próprios hos- pedes, da moralidade dos estabeleci- mentos de primeira ordem, da acti- vidádo policial e da reportagem jor- nalistica. Collectadas como são essas casas, fácil ainda é saber-se o seu numero, onde se acham situadas, quaes as de maior ou menor confiança, pelasnoti- cias diárias dos hospedes n'ellas en- trados e sabidos, d'onde proviriam lu- cros para seus proprietários pelo cre- dito que ellas pudessem ter. Na capital federal algumas hos- podadas encarregam-se, como preço- nicio, de remelterem «sponte sua » aos jornaes os nomes dos anis hospedes; e pela importância (Testes, julgam-se e procuram-se os mais conceituados. Jornaes de ante-uontem A PROVÍNCIA DO PÁRA .-Linda, a edição de ante-hontem,cuja primeira pa- gina e occupudaquasi toda emcollaboração original, em prosa o verso, de Juvenal Ta- vares, Antônio de Carvalho, Cantidiano Nunes, Theodoro Rodrigues, Euclydos Dias, e, no roda-pé, Euclydcs Farias. Nas «Opiniões» saúda o novo anno o demonstra, a effkacia dos esforços d'A Província em 1897 pára corresponder a merecida confiança de seus amigos e do publico. Importante secção telegraphiea; chro- nica do «John Morton* ; revista da im- prensa; noticias esparsas e abundante secção de informes locaes. Na vida social noticia para 10 do cor- rente a partida do nosso presado amigo dr. Pedro Ghermont, du Rio para esta capital. Sempre bom feita secção commereial e annuneios om grande quantidade. X X X FOLHA DO NORTE.-Se não fosse a infeliz idéa de collocar a carta sobre o estado de sitio na primeira pagina, esta seria uma pagina limpa. Mas abril-a com um mimoso original do Coelho Nelto e depois encaixar-lhe a rápílÇlíante missiva apasquinada 6 ter gosto... original. Inicia uma secção—O Dia, na qual se encontra kalentlario, ephemerides, pensa- mentos e anetloctas tio respectivo dia.Vem mais as secçôcs Folha de Agenda e O que dizem os outros, admirando-se n'esta que o nosso eminente chefe senador Justo Chermont, no discurso com que agrade- ceu a importanto manifestação que The foi feita,dissesse que o eminente sr. dr. Paos de Carvalho é um dos membros proemi- uentes do nosso partido. Pois o caso não b para admirar somente, mas também para embuchar. Pois então não veeni quo o honrado dr. Paes de Carvalho não pode estar confundido com esses politiqueiros que ainda hontem se refastelaram n'aquel- Ia indecente carta sobre o estado do sitio, na qual nem a vida intima do venerando chefe da Nação foi poupada, nem as vir- tuosas filhas do dr. Prudente de Moraes escaparam á brutalidade dos partidários de Marcèllino Bispo? O senador Justo Chermont disse uma verdade, que o pu- blico acolheu com os mais inilludivcis ap- plausos. Noticiário variado, secção telegraphi- ca ; começando nas Notas artísticas uma resenha do theatro da Paz em 07. Abre também uma secção «Assumptos partidários», na qual a luz de dois prote stos de Anajás e Maracanã, arranja um telegramma de Salinas, contando uma blague com que pretende minorar os circi- tos do attentado de que foram victimas, em Maracanã, o conego Ulysses e respei- taveis senhoras parentas do mcsmo,assum- pto do que hontem nos oecupamos. O fa- oto narrado,e Salinas, justiíicda o prover- bio de que «os maus por si se destróem», pois os aggressorcs do illustre conego, depois do crimo contra este, parece que acabaram jogando a crista entre si. 0 conego chegou ante-hontem, gravemente espancado, e os réos contando atenuar o seu glorioso feito arranjaram o angu de- hontem... Mas, é muito sediço esse meio de defeza, e muito conhecidos os heróes... X X X DIÁRIO OFFICIAL.—kclos do go- verno do,dia 30 e expediente das reparti- ções publicas; continuação do relatório do dezembargador procurador geral do Estado; editaes, etc. X X X DIÁRIO DE NOTICIAS.-Abre com o retrospecto político do anno que se foi ante-hontem. Deseja boas entradas de anno aos seus assignantes; felicita seu illustro secreta- A FOLHA DO NORTE.-Deu hon- tem a costumada «cdição-rosaV. Faz um apanhado da política curopéa em 1897 ; c na secção—O que dizem de nfis, provoca os nossos estimaveis collegas d'.l Província á propósito de abyssinios, uma coisa que anda a perturbar de ha muito as edições-rosas c não rosas, prin- cipalmente depois quo Monelik provou que a Abyssinia ainda é dos abgssi- «tos, o que estes viviam e já" eram gente antes que o conselheiro reunisse seus fa- míticos... Também o nossocstimavolcpl- lega do Diário </flíYofy'cte participa das íerroadas da vespa sem... mel. Os garapeiros serviram do capa para um desabafo contra o honrado intendente municipal. Como os tempos mudain! Hontem a inaeção merecia uns certos ad- jectivos retumbantes; hoje a actividáde, o trabalho, o desejo do promover o asseio o a limpeza—merecem áccusnçoos... ca- turras, 6 certo. Então porque o intendeu- te passado consentiu quo esses gurapei- ros permanecessem em determinados lo- gares, a fazer porcaria, como estava o lado oriental do edifício da Bolsa, o can- to idem do jardim da praça Visconde do Rio Rrancõ e outros pontos; seguia-se que o illustre áctual chefe do executivo municipal devia fechar os olhos e deixar que as posturas continuassem a ser viola- das? Olhem, que appareco cada.figurão n'cslo vale do lagrimas, que nem com um gato morto merece que se lhe aponte o tamanho do nariz. Demais, os garapeiros não estão privados de exercer a sua pro- fissão, o que não podem é permanecer em determinados locaes transformando-os em monturos. Quo vendam a sua garapa fresca ou fermentada, porém vendam lo- galmente,sem o abuso c a porcaria. Quan- to a esperar quo elles, ossrs. garapeiros, vendessem suas maclíinas, isso é conver- sa,—porque nunca elles haviam de desfa- zer-se d'aquillo que lhes para os pie- Iõos o mais alguma coisa... li querer que o intendente estabelecesse penas? Mas, então por ali não se constituição o lei orgânica, para saber (pie isso ao conse- lhe compete? Ora,., bolas ! O dr. Cicero Penna reponde ao illustre dr. Alvares da Costa a respeito de com- missões ereadas na reunião de 29.no «Club Universal». Oecupa-ae da inauguração do forno me- çhanieo da Estrada de Forro de Bragan- ça, que d'esla vez passou sem o lembre- te dYmtrosjtempos. Copioso noticiário, secção telegraphiea; «Notas Artísticas» em que concluo a re- senha do nosso theatro em 1897. Na secção—«Assumptos partidários»— nada de interesse reclama a atíeiiçilo. X Não foram hontem publicados os outros jornaes do Belém, que guardaram o dia do anno bom. na POK AUTHUSt VIAAWA VOLUME I O Puni HOlt o «loininio liispanliol CAPITULO l (continuação) SUMMARIO:— O Estado do Pará-Etij- mologia do nome Grão-Pará—Po- sieão astronômica—Limites Exten- são territorial—Constituição geogitós- tica dos terrenos—Aspecto—Costas Clima Salubridade Phenomcnos meteorológicos—A pororoca— Vasti- . dão do campo óptico do Pará—Pro- jecto de um observatório astronômico Instrucç.ão publica—População Flora Fauna— Commercio—Agri- cultura—Industria. 0 Pará possuo um vastíssimo território; a recta traçada do extremo do cabo Oran- ge á foz do rio S. Manoel ou Trez-Bar- ras mede 1.533 kilometros, c a da fóz do Gurupy ás nascentes do Jamundá 1.422 kilometros. A superfície é calculada em 1.140.712 kilometros quadrados. Este onormo domínio territorial nos demonstra que o Pará 6 o terceiro Estado da União Brazileira em superfície, pois o Amazonas excedo-o em 747.308 kiloiiietroá quadra- dos e o Matto-Grosso om 220.938 kilo- metros quadrados. Na America Meridional a única nação que ultrapassa em extensão territorial— é a Republica Argentina, Se diz-se que na vasta área do Brazil os conhecimentos geológicos são relativamente nenhuns, se n'csle ponto resta a fazer um enorme es- tudo, no Pará esta falta, do nenhum mo- dó.ó menos sensível. Embora..Agassiz. Waüace, Orville A. Derby, llartt e pu- tros illuslres geólogos se 'tenham oçciipa- do com a formação geológica do vnlle do Amazonas, podemos afíirmar que ainda não foi estabelecido um estudo sufficicn- temente detalhado e definitivo. Entretan- to não se deve negai1 a importância dos estudos dos dois últimos geólogos citados que, cm collaboração com illuslres pro- fessores, conseguiram apresentar uma di- visão paleontologiea dos terreno* do lira- zil (pie pôjle ser reputada comò-gesuítado do sérias investigações. E' ainda imper- feitamente conhecida a geognosia tio pia- nalto da Guyana; mas hypotheses adinis- siveis o líaturaos nos levam a crer que soja a mesma do planalto do systemá bra- zileiro. Os terrenos archeanos são abi re- prosentados pelas rochas fúndamchtacs luurencianas o hurouiaiias. A extensa ca- mada de grès que investe a serra do Es- pinhaço pelo noríc de Minas-Geraes e pelo centro da Bahia, appareco cobrindo as montanhas mais elevadas do systomà Parima; os fósseis quo por ventura fos- sem descobertos dariam ensejo á sua das- sHieação ainda hoje desconhecida; mas não será erro cpneliiirque pertençam a ter- renos silurianos. No complexo das torras que formam a bacia amazônica no Pará, as formações sihiriana superior, dèvóhia- na e carbonifera oecupam o primeiro lo- gaiv E' notável a abundância e a variedade dos característicos tfossas formações, es- pecialnienle nas duas ultimas; encontram- se os sebistos e os calcareos silurianos, as matérias earbonôsas e os restos de fósseis disseminados pelos sebistos devo- manos, o grès e o calcarco carboniferos; com vestígios de mineraes motallicos, restos de molluscos mariulios, etc. Não deixa de ner curiosa a disposição das for- inações apontadas; estendem-se em fachas estreitas de um e outro lado do Amazo- nas, parallelás'àò curso d'este rio. e ca- minliam em largura para as terras mais elevadas da bacia. Tem-se constatado que as_ camadas siluriana, devoniana e earbonifeinestão alguma coisa deturpadas sem que até boje so conheça ao certo o agente de tal modificação, O que uma feição' especial aos ler- renos oeciipados por estas formações é a espessa o liiida camada de tabutinga, ar- gilla de coloridos brilhantes o multicôros que se acha sobre os depósitos stibtcr- ranços anteriores. Faz-se remontar a con- stituição d'esta substancia natural á épo- cha terciaria. As terras baixas das mar- gens do Amazonas, o archipolago de Ma- rajóe parte das margens do Tocantins são extensos depósitos dos períodos tdreiarios médio o inferior e da èpPcha quarteiiaria; Que existem abi caráctoristicos sufficien- tes para reconhecimento dos agentes da epocha quaternária não lia duvida, uias ca- roceniainda de sérias investigações os vestígios dos últimos períodos torciarios. A formação cretácea reconhecida em ai- guris pontos do Brazil existe no Pará —nas visinhanças. do Moule-Alegro e na costa comprchondida mais ou me- nos entre a Vigia e Cintra; esta for- inação no nosso Estado pertence ao grupo cretáceo superior por ser do origem marítima, tendo como principal factor o calcareo arenaceo. Km Monte-Alegre as camadas do grès apresentam folhas fós- seis do plantas do dycotylcdonias e na cosia indicada, misturada com o cal- careo arenaceo, a fauna fóssil é impor- tanto, especialmente cm molluscos. As conchas fósseis em que se encontra em abundância a cré branca, demonstram com perfeição a origem marítima da for- inação cretácea no Pará. _ Quanto á extensão os terrenos cretáceos citados não a possuem em gráo importan- te; são pouco elevados sobre o nivol do mar. Eis o que podemos dizer sobre a con- stituição geognostica do Pará; é claro quo á investigação scientiliea abre-se n'este ramo dos conhecimentos humanos um campo vastíssimo. (Continuai A fesía da Btadraria de Ferro Uma encantadora festa do trabalho re- alisou-se no dia 1" do anno, pela manhã, nas offlcinas da Estrada de Ferro de Bra- gaiiça. Tratava-se da fundição de uma peça tia prensa seceàliva da secção de slereo- typia tio nosso illustre collega A Provin- cia, segundo aniiuiiciáramos em edição passada, A's 8 3/4 da manhã chegava á esta- ção da praça Floriano Peixoto, em cujos fundos acham-se montadas as officinas (Paquclla Estrada, o trem especial que conduzia, acompanhado de crescido nu- mero de convidados, o sr. dr. Paes de Carvalho, benemérito governador do Es- tado. Empregados superiores, tendo á frente o nosso distineto amigo tenente-coronel Theodòiniro Martins, chefe das officinas, receberam o chefe doEstado,condiizindo-o para o local da cerimonia. Ahi, entre íestões e galhardotes, cr- guia-se, em frente ao forno a inaugurar, elegante coreto todo empavesado, tendo ao fundo uni escudo com as armas da Re- publica que encimava um laço do fita au- ri-verde com os dizeres em lettras de oi- ro: —no centro— Salve, Paes de. Cor- valho /—Nas extremidades—"Salve, Jus- to Chermont l—Salve, Antônio Lemos ! A esse tempo o motor trabalhava, alimentando o forno mcehanico, ciretun- dado por bandeiras da Republica n do Estado. A's 9 1/2, derretido o metal, que co- meçava a vasar incendido, o chefe da officinas dou signal para a execução do trabalho. Então operários que vestiam a honrada blusa do trabalho, deram começo á fundi- ção, vasando no molde o metal derretido de duas conchas apropriadas. Foi o sr. dr. Paes de Carvalho quem teve a honra de, sobre o molde da peça fundida, quebrar uma garrafa de fino chnmpagnc. Uma estrondosa acclamação abafou os estalidos do vidro sobre a madeira do moldo. Acercaiido-so os ciretimstantes da pos- sòa do illustre governador tio Estado, ou- viram attentos a leitura que o honrado tenente-coronel Thcodomiru Martins fazia de um commovente e formoso discurso. Theodomiro Martins, com a convicção serena e arrebatadora de um operário que sabe cOmpreliondor o seu dever "conhece que o trabalho é o factor principal do progresso de um paiz, falou brilhante- mente, accentuando que na Estrada de Forro de Bragança, empregados e opera- rios tinham um (im, conheciam um mottc:—o progresso do Pará. Referindo-se a esse emérito homem de Estado a quem estão entregues os dosti- nos da (erra paraense, o honrado orador pronunciou palavras de verdadeiro con- forto para o sr dr. Paes de Carvalho, que sabe o quanto ú querido pelas classes liberaes do seu torrão natal. Theodomiro Martins também referiu-se a esse modesto mas não menos digno ei- dadão, que tamanhos serviços ha presta- do á Pátria e ao Pará, Antônio Lemos, o benemérito jornalista, que ha dedicado toda a sua vida ao progresso da (erra pa- raense, com palavras de grande justiça c febricitànto admiração. Em ambas as oceasiões, o auditório rompeu salvas do palmas. Falou em seguida, com grande oloquen- cia, um operário, de quem não podemos infelizmente obter o nome. Seguiu-se com a palavra o illustre go- vernador do Estado. Não precisanips dizer o que foi o seu discurso; demasiado sabe o publico que o único intuito d'esse grande cidadão ó a felicidade da sua terra e do seu povo. Retumbantes vivas cchoaram quando Paes de Carvalho disse, empunhando uma taça de champagne, que bebia pelos operários e pelo progresso da Estrada do Ferro de Bragança. Coube ao sr. dr. Nina Ribeiro, nosso cstimavol amigo o director da Estrada, encerrar a serie de brindes. 0 (Ilustrado engenheiro, ao empunhar a laça, disse quo se a Estrada de Ferro ia em caminho do progresso devia esse impulso ao governo do Estado, do quem recebia as forças necessárias para o seu florescimento. Terminou levantando vivas ao sr. dr. Paes tle Carvalho. Assim terminou essa linda festa, onde o nosso representante foi cumulado de obséquios e gentilezas dos illustres em- pregados da Estrada. trosp; continuando a sua vida audaz e aventureira, foi annos depois en- forcado pelos portuguezes que o apri- sionaram cm flagrante delicto de tra- fico nas costas d'Africa. NOSSO KALENDARIO 0 dia de hoje é consagrado pela egreja cátholieà a S. Antoro e S. Ci- 3 de janeiro EPHEMERIDES EXTIlAXQEinOS Assassinato do monsenhor Sibour, arcebispo do Paris, na egreja de San- to Estevão do Monto, em 1853, Compotas -O general Faidhcrbe bate prussianos em Bapaunie em 1871. —Morte de Eugênio Sue, exilado om AnnOcy por Napoloão 111, devido ao ardor republicano e revoluciona- rio de suas idéas (1857). —Começa o inverno israelita. —Visita tradiccional aos jardins. NACIOXAES Fundação em 1818 da colônia suis- sa de Nova Friburgo, hoje cidade. FASTOS DA AMAZÔNIA VIAGEM DE DlOOO DE LePE 2 de janeiro A Vicente Yanoz Pinzon suecedeu Diogo de Lepe nas viagens pelas eos- tas do Brazil. Partiu, como aquello navegador, de Paios, humilde povoa- ção de Andaluzia; fez a mesma via- gem, avistando o cabo de Santo Agos- tinho, e, seguindo a costa para o norte, entrou no Amazonas. Ao des- embarcar em uma das ilhas da em- bocadiira d'este rio, os selvagens o atacaram tão rudemente que morre- ram dez homens na refrega que teve de sustentar na retirada para bordo. Não se pôde negar a voracidade da viagem de Diogo de Lepe, com tudo sobre a sua estada no Amazonas não possuímos um documento aiithentico, apenas referencias do Herrera o ou- tros escriptores, Diogo de Lcpo teve um fim dosas- Vmcs. conhecem... 'Axi ! Que incivilidade a minha 1 Mous leitores, minhas leitoras... Vmcs. me desculpem. Eu, apezár de tudo, ainda estou muito pelludo... Posto que fardamento, acceitem vmcs. minhas saudações pela entrada do anno novo, e votos ardentes para que elle seja uma porenne fonte de alegrias e fèlicida- des para vmcs. e todos os seus. Amen. Por outro lado, torei todo o prazer om que vmcs. me dêem os parabéns, porquo, assevero-lhes: 1898 começou para mim tão cheio do serviços, que eu não dou um ponta-pé na desgraça, com roceio de ficar com deslocado e a perna inchada. Mas, com eu ia começando: vmcs. co- nhecem a arte tle ser bonito? Ahn I Apanhei-os! Isto é privilegio d'um amigo meu que, como elic é congressista, veiu pedir-mo para requerer em mou nome o brevet d'invention para a sua descoberta. O inventor é.um medico... comparando mal, a invenção da arte de ser bonito qua- si se pareço com a invenção da guilho- tina... Para ser bonito,~aqui vae a minha in- discreçáo: para ser bonito, é preciso: ter meia careca; trazer as guias dos bigodes, bom retor- cidinlios ; arranjar o enfiar um costume de sobre- casaca, de casemira de eôr, preferindo-se cinzenta; uzar gravata branca em làeinho, do seda, ou a príncipe de Galles, em fustáo de algodão: ter uns lies especiaes e uns ares douto- •uaes; fingir saber de tudo, e deitar o verbo om qualquer parte o a propósito de tudo, embora se diga asneira ; finalmente, perseverar em nunca afia- star-so do chie, em ser firmo na mania de impertigamento, o andar na rua tezo como as paredes da tle Braga. Para o mais, entendam-se vmcs. com o auetor do invento... Jucá Sete. Devido a desmantelo em uma alavan- ca de nosso prelo, vimo-nos na contin- gencia de não dar jornal hontem, falta para a qual pedimos complacentes des- culpas aos nossos bons leitores. ENCERRAMENTO DO CONGRESSO PARTIDOREPUBLICANO Na eleição estadual de 23 de janeiro é candidato José Marques Braga O sr. dr. Manoel de Queiroz, Presiden- te do Congresso, pronunciou as seguintes palavras, por oceasião do encerramento dos trabalhos legislativos: «Encerra-se hoje a 1.» sessão da 3.» le- gislatura o tenho a honra de Iér-vos a re- senha dos trabalhos realisàdos durante ella. Infelizmente 110 correr das sessões derão-se factos desgraçados, tão destoan- tes dos nossos costumes que encherão de horror e indignação totlos os homens lio- nestos. Senhores, não me quero demorar na recordação dos tristes o vergonhosos sue- cessosdodiaõ de Novembro. elles tiverão a justa e unanime reprovação de toda a Nação brazileira. Seja-me, porém, permittido, como representante do Con- gresso, que tenho a consciência de ser, n'este momento solenne, renovar os votos tle admiração o gratidão pelo glorioso sa- crilicio do illustre marechal Carlos Ma- chado Bittencourt, que, honrando a farda de general brazileiro, não hesitou em sal- var á custa tia própria vida a do primeiro magistrado tia Nação.» Acha-se interrompida a communica- çào telegraphiea submarina entre Pará e Maranhão, desde hontem. FOLHETIM DE 3 DE JANEIRO (21 XAVI6H BC MONTÉP1N A RAINHA DA NOITE ' 'ms I j PRIMEIRA PARTE Om companheiro» do arelioto X A TÔIUIE DAS COnOJAS Rico e velho, Samuel, por um intelligente egoismo devera ter parado no caminho fatal que seguia. Não teve, porém,-essa prudência, 011 antes essa .coragem. Não se contentou com o mi- lhâo, quiz possuir mais ainda e essa ambição perdeu-o. Uma trovoada inesperada rebentou subitamente'no eco do velho mise- ravel. Êrn conseqüência de queixas feitas contra elle e apoiadas cOm provas con- yincentes, foi passado contra elle um mandado de prisão e teve apenas tempo de fugir de casa. por uma porta secreta, levando unicamente duas ou três centenas de luizes metlidos n'um cinto de coiro que o nflo largava nunca. Condeiimai'ain-n'o por conluinacia, queimaram-!i'o vivo em effigie, a sua casa foi seqüestrada e o fisco apode- rou-se dos thesoiros amontoados nos seus subterrâneos, porque Samuel não punha a render nunca o seu dinheiro, e sentia prazer em contemplar totlos os dias, durante longas horas, as suas riquezas metálicas em um extasi apaixonado. Em quanto isto se passava em Pa- riz,. o judeu, muito pbilosopho no fundo da sua ruina pela idéa de que podia ter perdido a'vida n'aquella tem- pestade imprevista, o velho judeu di- rigiu-se a para a Bretanha. Dissera comsigo mesmo e não sem razão, que paiz algum podia ofTerecer ao velho astrologo, ao velho envenena- dor, um asylo mais seguro do que a terra clássica da viva e da lealdade sem mancha. Um bello dia. Samuel, chegando ú margem do Oceano, viu na sua frente a « Torre das Corujas». Visitou o seu interior, agradou-lhe e acabava de se instalar abi ¦ unia hora antes do seu encontro com Perine. Assistimos a primeira entrevis'a da bretâ com o judeu. Resta-nos agora revellar aos nossos leitores o que devia resultar do encon- tro rapariga çpm o velho bandido. XI tbt AMOU K UMA SlonTlí 0 judeu astrologo c envenenador, refugiado na «Torre das Corujas» não podia encontrar uma discípula mais assídua e mais intelligente quo Perine. No ílm de algumas semanas, a rapa- riga não somente sabia lór as paginas impressas do manual de Ibeologia como também descifrava sollrivel- mente a lêltra tremula e irregular de Samuel. O ancião não resumiu a isso as suas lições; ensinou Perine a es- crever. Como dissemos, a brota eslava ávida de sciencia. Aquelles primeiros conhe- cimenlós augincnlaiaiii a sua sétle ar- dente de saber. Pediu a Samuel que não abandonasse a sua educação e o judeu, encontrando na sua discípula um espirito audacioso, unia alma pervertida, consentiu em revellar-lhe os mysterios tia sua vida passada e em transníillir-lbí, como herança falai e terrível, os seus formidáveis segredos. —Esla rapariga será digna de me sueceder uni dia, disse elle comsigo mesmo, tomará o meu logar 11'esle mundo, completará a minha obra, vingar-nie-á daquelles que tendo-se feilo meus cúmplices servindo-se de mim, me deixaram cobàrdémerite condemnar á morle e não tentaram um único passo, não pronunciaram Uma roín. única palavra para me salva- A partir do mómeiilo em que Sa- muel formulou aquella resolução, moslroUrSè tão ardente 110 ensino como Perine 110 estudo. A rapariga foi iniciada primeira- meule com uma lucidez maravilhosa, nas praticas singulares da astrologia, tia cobaia, da chiromancia e tias 011- Iras sciencias pcculuis honradas alguns annos antes pelo illustre Cagliòslro; mas, coisa digna de notár-se, ao mes- mo tempo que Samuel a ensinava a praticar, probibia-á tle acreditar. —Para explorar com audácia feliz a credulidáde tio vulgo, diziu-lhe o ancião; é necessário o mais absoluto sccplicisnío. Bastou um anno a Perine para con- servar na memória o lliesoiro dos co- nliecinienlos singulares amontoados por Samuel durante sessenta annos de pacientes estudos e pesquizàs. Os estudos da bretã receberam então uma nova diréççito, O solitário da «Torre das Corujas» franqueou á sua tlisci- pula os arcãnos da mysteriosa e terei- ve.l sciencia dos venenos. Sob a diroçeào infailivel do amigo, do conlideiile d'Exili, Perine fez pio- grossos rápidos e antes tle decorrido um anno, a rapariga não tinha nada mais que appreiider do judeu. Dir-se-ià que Samuel esperava tão somente aquelle momenlo para deixar esle mundo e para entregar a sua alma ao demo, N'um diado tuczde agosto de 1750, dois annos depois da chegada do judeu & Bretanha, Perine veio fazer a sua visita habitual á «Torre das Corujas». 0 lempo eslava pesado, o céu tempos- lupso; 1'reqtienles relâmpagos cruza- va 111 as nuvens lividas amontoadas so- bre o oceano còhiòphántasticas cidá- dei Ias. A brélã atravessou a sala baixa e su- biti rapidamente a escada que condti- zia ao primeiro andar. Ali encontrou Samuel deitado sobre a palha que lhe servia de leito. O rosto áperganiinliàdo do judeu tinha uns tons.singulares; os. olhos não viam, uma respiração lenta e diflicil lhe faziam mover em inler- valos irregulares o peilo descarnado. —E's lu Perine'.' murmurou elle, quando a rapariga parou jooclo do miserável leito. Perine fez um geslo tle espanto e replicou: —Pergunla-me se sou eu! Pois não me vè? —Não,, não le vejo, proseguiu o judeu, e apenas ti; ouço; locou-me o dedo da morle; invade-me a paralysia e o meu corpo vae ser um cadáver. Antes de uma hora estará tudo aca- bailo para mim. A bretã não respondeu coisa algu- ma; era evidente para ella que Samuel se não enganava. —Inclina-te para mim, proseguiu o judeu, porque a minha voz erifra- quece cada vez mais; e escuta os ulli- nios conselhos, as ultimas vontades, as ultimas éítíens do teu velho mes- Ire, Bei-le o único verdadeiro bem, o único e derdatleiro talisman: «ascien- cia tio mol ». Graças a mim, serás rica e poderosa, o teu futuro está nas luas niàos, sáe tüeste paiz onde não pode- rias viver com os gostos e com as am- bicões que conheço em li e que desen- volvi o melhor que ponde; vaeaPariz. O teu logar é ali, Pariz é a cidade rainha, a Babylonia dos tempos mo- deriiüs, onde todas as paixões tem templos e todos os vícios adoradores. Paixões e vicios, saberás explorar tudo; na lama, procurarçís oiro; pro- inello-le farta colheila que ultrapas- sara as tuas esperanças e os teus pro- prios sonhos. Eu conquistei milhões, lu farás a mesma conquista; a mina em que te aventurasé sempre virgem, sempre fecunda, eternamente rica! mais sublil e mais prudente do que o teu mestre, sabe parar a tempo, sabe guardar o teu oiro, porque o oiro e a sciencia são as duas palavras da vida, tudo o mais é nada. Samuel calou-se; o esterlor da ago- nia confundia-se com a sua respiração estridente. A tempestade, impòllida dos pontos mais afastados do horisonte pelas bri- sas do largo, approximava-se pouco a pouco. Ouvia-se o ribombar dos trovões. 0 judeu, reanimado um momento, tornara a deixar-se cair sobre a palha. —Está tudo acabado, pensou Pe- rine. A rapariga enganava-se. A mão de Samuel agitou-se para fazer signal a bretã. que se inclinasse tle novo para elle; aquella obedeceu; apoiou o ouvido aos lábios do ancião e poiule distinguir estas palavras entre- cortadas e interrompidas: —Um cinto... oiro... dinheiro... para li... Paris... não te esqueças. Os lábios agitaram-se ainda, mas não ouviu nada mais; ao cabo de um ou dois segundos, o silencio profundo foi interrompido por um trovão tão próximo, que tlir se-ia que o raio aca- báva tle cair na terra. Perine occullou o rosto entre as mãos. 0 corpo de Samuel, galvanisadp, estremeceu pela segunda vez no seu miserável leito. O judeu eslava morto. Perine contemplou um minuto o seu cadáver sem que a mais leve sombra de emoção se descobrisse no seu roslo impassível. (Continua) ' 'iU:¦-¦:*"' MANCHADA *•

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E.-U. DO BRAZIL,

BELÉM, 3 DE JANEIRO DE 1898

PROPRIEDADE DE

UMA ASSOCIAÇÃOO -^^Ê ^A RÁ ESTADO DO PARA'

ANNO I '

NUMERO 21

REDACÇÃO, OFFICINAS E ADMINISTRAÇÃO

2), Travessa Campos Salles, 23

UMA LEMBRANÇAÒ florescente estado do Pará au-

gmenta diariamente em população.Não obstante a febre de cpnslrucções

domiciliadas, é limitado o numero decasas, quer para residências deíiniti-vas, quer para a hospedagem dos via-jantes visitantes da primeira cidadedo norte brazileiro.

As fortunas de muitos dos nossoscapitalistas acham-se empregadas ememprezas prédiarias de resultados.cer-tos, caprichosamente propulsoras daarchitectura entre nós, tornando Be-iém antiga n'uma moderna cidade queem poucos annos rivalisará com aseuropeas mais encantadoras, com osseus chalets de diversos estylos, etc.

Faltam sempre, porém, habitaçõesprovisórias ou definitivas; e, d'ahi, asinaugurações de hotéis com hospeda-rias para todas as classes sociaes.

Uma garantia para os hospedes,para os donos d'estes estabelecimentos(tão necessários entre nós), para atranquillidade da sociedade e bom po-liciamento da cidade, urge que sejadecretada pela segurança publica.

N'essas hospedadas, n'essas casas depensões, n'esses hotéis, aboleta-se todaa casta de gente, cada qual procurandoseus commodos cm tranquilla paz deespirito; mas, n'esses mesmos logarespodem-se hospedar criminosos quea justiça dos outros Estados ou do ex-trangeiro, dos paizes com os quaestenhamos tratados de extradição, pró-cure ou exija as suas punições; gatu-nos e vagabundos deportados d'o litroslogares, « caftens » perigosos ás hon-ras das famílias que devemos zelar;emfim, ao lado do homem de bem, da

Cremos que os proprietários doscafés e hospedadas, que são tambémmoradias entre nós, como o «ChatNoir», Chie, Madrid, Colombo eou-tros muitos, serão os primeiros a ap-plaudirem nossa lembrança e concor-rerem para o bom êxito d'ella, emproveito seu e doprogresso e civili-sação paraense. (

Ella ahi fica sugeita á cogitação,emendas e ampliações de todos osinteressados.

rio do redacção professor Cezar Pinheiro,quo teve hontem seu lar em justas oxpan-soes du alegria; dá outras noticias locaoso continua a publicação ú'0 Rocambole.

XX X

JOIWAES DE IIONTEM

PELA ¦¦

- í ,

.'

mulher honrada, o cavalheiro de in-duslria, a t cocotle».

Lembramos uni meio para, si nãoa completa separação d'csses elemen-tos corruptores d'aquelles que nos pos-sam ser úteis, ao menos o provável co-nhecimento dos que são ou nàosuspei-tose a facilidade das diligencias poli-ciaes nos casos de roubos e furtos, quotanto se tem propagado ultimamente

Obrigados os donos d'estas casas aterem seus livros de entrada e sabidados hospedes, livras abertos, numera-dos,|rubricados, pelo chefe desegurançae que sejam accessiveis a qualque rhora,A policia e á reportagem dos jornaes,e onde se constate o nome do hospede,sua profissão, sua nacionalidade, suaprocedência, seu. destino, etc, fáciltomar-se-ia uma ftscalisação garanti-dora dos interesses dos próprios hos-pedes, da moralidade dos estabeleci-mentos de primeira ordem, da acti-vidádo policial e da reportagem jor-nalistica.

Collectadas como são essas casas,fácil ainda é saber-se o seu numero,onde se acham situadas, quaes as demaior ou menor confiança, pelasnoti-cias diárias dos hospedes n'ellas en-trados e sabidos, d'onde proviriam lu-cros para seus proprietários pelo cre-dito que ellas pudessem ter.

Na capital federal já algumas hos-podadas encarregam-se, como preço-nicio, de remelterem «sponte sua »aos jornaes os nomes dos anis hospedes;e pela importância (Testes, julgam-see procuram-se os mais conceituados.

Jornaes de ante-uontem

A PROVÍNCIA DO PÁRA .-Linda,a edição de ante-hontem,cuja primeira pa-gina e occupudaquasi toda emcollaboraçãooriginal, em prosa o verso, de Juvenal Ta-vares, Antônio de Carvalho, CantidianoNunes, Theodoro Rodrigues, EuclydosDias, e, no roda-pé, Euclydcs Farias.

Nas «Opiniões» saúda o novo anno odemonstra, a effkacia dos esforços d'AProvíncia em 1897 pára corresponder amerecida confiança de seus amigos e dopublico.

Importante secção telegraphiea; chro-nica do «John Morton* ; revista da im-prensa; noticias esparsas e abundantesecção de informes locaes.

Na vida social noticia para 10 do cor-rente a partida do nosso presado amigodr. Pedro Ghermont, du Rio para estacapital.

Sempre bom feita secção commereial eannuneios om grande quantidade.

XX X

FOLHA DO NORTE.-Se não fossea infeliz idéa de collocar a carta sobre oestado de sitio na primeira pagina, estaseria uma pagina limpa. Mas abril-a comum mimoso original do Coelho Nelto edepois encaixar-lhe a rápílÇlíante missivaapasquinada 6 ter gosto... original.

Inicia uma secção—O Dia, na qual seencontra kalentlario, ephemerides, pensa-mentos e anetloctas tio respectivo dia.Vemmais as secçôcs Folha de Agenda e Oque dizem os outros, admirando-se n'estaque o nosso eminente chefe senador JustoChermont, no discurso com que agrade-ceu a importanto manifestação que The foifeita,dissesse que o eminente sr. dr. Paosde Carvalho é um dos membros proemi-uentes do nosso partido. Pois o caso nãob para admirar somente, mas tambémpara embuchar. Pois então não veeni quoo honrado dr. Paes de Carvalho não podeestar confundido com esses politiqueirosque ainda hontem se refastelaram n'aquel-Ia indecente carta sobre o estado do sitio,na qual nem a vida intima do venerandochefe da Nação foi poupada, nem as vir-tuosas filhas do dr. Prudente de Moraesescaparam á brutalidade dos partidáriosde Marcèllino Bispo? O senador JustoChermont disse uma verdade, que o pu-blico acolheu com os mais inilludivcis ap-plausos.

Noticiário variado, secção telegraphi-ca ; começando nas Notas artísticas umaresenha do theatro da Paz em 07.

Abre também uma secção «Assumptospartidários», na qual a luz de dois protestos de Anajás e Maracanã, arranja umtelegramma de Salinas, contando umablague com que pretende minorar os circi-tos do attentado de que foram victimas,em Maracanã, o conego Ulysses e respei-taveis senhoras parentas do mcsmo,assum-pto do que hontem nos oecupamos. O fa-oto narrado,e Salinas, justiíicda o prover-bio de que «os maus por si se destróem»,pois os aggressorcs do illustre conego,depois do crimo contra este, parece queacabaram jogando a crista entre si. 0conego chegou ante-hontem, gravementeespancado, e os réos contando atenuar oseu glorioso feito arranjaram o angu de-hontem... Mas, já é muito sediço essemeio de defeza, e muito conhecidos osheróes...

XX X

DIÁRIO OFFICIAL.—kclos do go-verno do,dia 30 e expediente das reparti-ções publicas; continuação do relatóriodo dezembargador procurador geral doEstado; editaes, etc.

XX X

DIÁRIO DE NOTICIAS.-Abre como retrospecto político do anno que se foiante-hontem.

Deseja boas entradas de anno aos seusassignantes; felicita seu illustro secreta-

A FOLHA DO NORTE.-Deu hon-tem a costumada «cdição-rosaV.

Faz um apanhado da política curopéaem 1897 ; c na secção—O que dizem denfis, provoca os nossos estimaveis collegasd'.l Província á propósito de abyssinios,uma coisa que anda a perturbar de hamuito as edições-rosas c não rosas, prin-cipalmente depois quo Monelik provouque a Abyssinia ainda é dos abgssi-«tos, o que estes viviam e já" eram genteantes que o conselheiro reunisse seus fa-míticos... Também o nossocstimavolcpl-lega do Diário </flíYofy'cte participa dasíerroadas da vespa sem... mel.

Os garapeiros serviram do capa paraum desabafo contra o honrado intendentemunicipal. Como os tempos mudain!Hontem a inaeção merecia uns certos ad-jectivos retumbantes; hoje a actividáde,o trabalho, o desejo do promover o asseioo a limpeza—merecem áccusnçoos... ca-turras, 6 certo. Então porque o intendeu-te passado consentiu quo esses gurapei-ros permanecessem em determinados lo-gares, a fazer porcaria, como estava olado oriental do edifício da Bolsa, o can-to idem do jardim da praça Visconde doRio Rrancõ e outros pontos; seguia-seque o illustre áctual chefe do executivomunicipal devia fechar os olhos e deixarque as posturas continuassem a ser viola-das? Olhem, que appareco cada.figurãon'cslo vale do lagrimas, que nem com umgato morto merece que se lhe aponte otamanho do nariz. Demais, os garapeirosnão estão privados de exercer a sua pro-fissão, o que não podem é permanecerem determinados locaes transformando-osem monturos. Quo vendam a sua garapafresca ou fermentada, porém vendam lo-galmente,sem o abuso c a porcaria. Quan-to a esperar quo elles, ossrs. garapeiros,vendessem suas maclíinas, isso é conver-sa,—porque nunca elles haviam de desfa-zer-se d'aquillo que lhes dá para os pie-Iõos o mais alguma coisa... li querer queo intendente estabelecesse penas? Mas,então por ali não se lè constituição o leiorgânica, para saber (pie isso só ao conse-lhe compete? Ora,., bolas !

O dr. Cicero Penna reponde ao illustredr. Alvares da Costa a respeito de com-missões ereadas na reunião de 29.no «ClubUniversal».

Oecupa-ae da inauguração do forno me-çhanieo da Estrada de Forro de Bragan-ça, que d'esla vez passou sem o lembre-te dYmtrosjtempos.

Copioso noticiário, secção telegraphiea;«Notas Artísticas» em que concluo a re-senha do nosso theatro em 1897.

Na secção—«Assumptos partidários»—nada de interesse reclama a atíeiiçilo.

X

Não foram hontem publicados os outrosjornaes do Belém, que guardaram o diado anno bom.

na

POK AUTHUSt VIAAWA

VOLUME I

O Puni HOlt o «loininio liispanliol

CAPITULO l

(continuação)

SUMMARIO:— O Estado do Pará-Etij-mologia do nome Grão-Pará—Po-sieão astronômica—Limites — Exten-são territorial—Constituição geogitós-tica dos terrenos—Aspecto—CostasClima — Salubridade — Phenomcnosmeteorológicos—A pororoca— Vasti-

. dão do campo óptico do Pará—Pro-jecto de um observatório astronômico— Instrucç.ão publica—População —Flora — Fauna— Commercio—Agri-cultura—Industria.

0 Pará possuo um vastíssimo território;a recta traçada do extremo do cabo Oran-ge á foz do rio S. Manoel ou Trez-Bar-ras mede 1.533 kilometros, c a da fóz doGurupy ás nascentes do Jamundá 1.422kilometros. A superfície é calculada em1.140.712 kilometros quadrados. Esteonormo domínio territorial nos demonstra

que o Pará 6 o terceiro Estado da UniãoBrazileira em superfície, pois o Amazonasexcedo-o em 747.308 kiloiiietroá quadra-dos e o Matto-Grosso om 220.938 kilo-metros quadrados.

Na America Meridional a única naçãoque ultrapassa em extensão territorial—é a Republica Argentina, Se diz-se quena vasta área do Brazil os conhecimentosgeológicos são relativamente nenhuns, sen'csle ponto resta a fazer um enorme es-tudo, no Pará esta falta, do nenhum mo-dó.ó menos sensível. Embora..Agassiz.Waüace, Orville A. Derby, llartt e pu-tros illuslres geólogos se

'tenham oçciipa-

do com a formação geológica do vnlle doAmazonas, podemos afíirmar que aindanão foi estabelecido um estudo sufficicn-temente detalhado e definitivo. Entretan-to não se deve negai1 a importância dosestudos dos dois últimos geólogos citadosque, cm collaboração com illuslres pro-fessores, conseguiram apresentar uma di-visão paleontologiea dos terreno* do lira-zil (pie pôjle ser reputada comò-gesuítadodo sérias investigações. E' ainda imper-feitamente conhecida a geognosia tio pia-nalto da Guyana; mas hypotheses adinis-siveis o líaturaos nos levam a crer quesoja a mesma do planalto do systemá bra-zileiro. Os terrenos archeanos são abi re-prosentados pelas rochas fúndamchtacsluurencianas o hurouiaiias. A extensa ca-mada de grès que investe a serra do Es-pinhaço pelo noríc de Minas-Geraes epelo centro da Bahia, appareco cobrindoas montanhas mais elevadas do systomàParima; os fósseis quo por ventura fos-sem descobertos dariam ensejo á sua das-sHieação ainda hoje desconhecida; masnão será erro cpneliiirque pertençam a ter-renos silurianos. No complexo das torrasque formam a bacia amazônica no Pará,as formações sihiriana superior, dèvóhia-na e carbonifera oecupam o primeiro lo-gaiv

E' notável a abundância e a variedadedos característicos tfossas formações, es-pecialnienle nas duas ultimas; encontram-se os sebistos e os calcareos silurianos,as matérias earbonôsas e os restos defósseis disseminados pelos sebistos devo-manos, o grès e o calcarco carboniferos;com vestígios de mineraes motallicos,restos de molluscos mariulios, etc. Nãodeixa de ner curiosa a disposição das for-inações apontadas; estendem-se em fachasestreitas de um e outro lado do Amazo-nas, parallelás'àò curso d'este rio. e ca-minliam em largura para as terras maiselevadas da bacia. Tem-se constatadoque as_ camadas siluriana, devoniana eearbonifeinestão alguma coisa deturpadassem que até boje so conheça ao certo oagente de tal modificação,

O que dá uma feição' especial aos ler-renos oeciipados por estas formações é aespessa o liiida camada de tabutinga, ar-gilla de coloridos brilhantes o multicôrosque se acha sobre os depósitos stibtcr-ranços anteriores. Faz-se remontar a con-stituição d'esta substancia natural á épo-cha terciaria. As terras baixas das mar-gens do Amazonas, o archipolago de Ma-rajóe parte das margens do Tocantins sãoextensos depósitos dos períodos tdreiariosmédio o inferior e da èpPcha quarteiiaria;Que existem abi caráctoristicos sufficien-tes para reconhecimento dos agentes daepocha quaternária não lia duvida, uias ca-roceniainda de sérias investigações osvestígios dos últimos períodos torciarios.A formação cretácea reconhecida em ai-guris pontos do Brazil existe no Pará—nas visinhanças. do Moule-Alegro ena costa comprchondida mais ou me-nos entre a Vigia e Cintra; esta for-inação no nosso Estado pertence aogrupo cretáceo superior por ser do origemmarítima, tendo como principal factor ocalcareo arenaceo. Km Monte-Alegre ascamadas do grès apresentam folhas fós-seis do plantas do dycotylcdonias e nacosia já indicada, misturada com o cal-careo arenaceo, a fauna fóssil é impor-tanto, especialmente cm molluscos. Asconchas fósseis em que se encontra emabundância a cré branca, demonstramcom perfeição a origem marítima da for-inação cretácea no Pará.

_ Quanto á extensão os terrenos cretáceoscitados não a possuem em gráo importan-te; são pouco elevados sobre o nivol domar.

Eis o que podemos dizer sobre a con-stituição geognostica do Pará; é claro quoá investigação scientiliea abre-se n'esteramo dos conhecimentos humanos umcampo vastíssimo.

(Continuai

A fesíada Btadraria de Ferro

Uma encantadora festa do trabalho re-alisou-se no dia 1" do anno, pela manhã,nas offlcinas da Estrada de Ferro de Bra-gaiiça.

Tratava-se da fundição de uma peçatia prensa seceàliva da secção de slereo-typia tio nosso illustre collega A Provin-cia, segundo aniiuiiciáramos em ediçãopassada,

A's 8 3/4 da manhã chegava á esta-ção da praça Floriano Peixoto, em cujosfundos acham-se montadas as officinas(Paquclla Estrada, o trem especial queconduzia, acompanhado de crescido nu-mero de convidados, o sr. dr. Paes deCarvalho, benemérito governador do Es-tado.

Empregados superiores, tendo á frenteo nosso distineto amigo tenente-coronelTheodòiniro Martins, chefe das officinas,receberam o chefe doEstado,condiizindo-opara o local da cerimonia.

Ahi, entre íestões e galhardotes, cr-guia-se, em frente ao forno a inaugurar,elegante coreto todo empavesado, tendoao fundo uni escudo com as armas da Re-publica que encimava um laço do fita au-ri-verde com os dizeres em lettras de oi-ro: —no centro— Salve, Paes de. Cor-valho /—Nas extremidades—"Salve, Jus-to Chermont l—Salve, Antônio Lemos !

A esse tempo já o motor trabalhava,alimentando o forno mcehanico, ciretun-dado por bandeiras da Republica n doEstado.

A's 9 1/2, derretido o metal, que co-meçava a vasar incendido, o chefe daofficinas dou signal para a execução dotrabalho.

Então operários que vestiam a honradablusa do trabalho, deram começo á fundi-ção, vasando no molde o metal derretidode duas conchas apropriadas.

Foi o sr. dr. Paes de Carvalho quemteve a honra de, sobre o molde da peçafundida, quebrar uma garrafa de finochnmpagnc.

Uma estrondosa acclamação abafou osestalidos do vidro sobre a madeira domoldo.

Acercaiido-so os ciretimstantes da pos-sòa do illustre governador tio Estado, ou-viram attentos a leitura que o honradotenente-coronel Thcodomiru Martins faziade um commovente e formoso discurso.

Theodomiro Martins, com a convicçãoserena e arrebatadora de um operário quesabe cOmpreliondor o seu dever "conhece

que o trabalho é o factor principal doprogresso de um paiz, falou brilhante-mente, accentuando que na Estrada deForro de Bragança, empregados e opera-rios só tinham um (im, só conheciam ummottc:—o progresso do Pará.

Referindo-se a esse emérito homem deEstado a quem estão entregues os dosti-nos da (erra paraense, o honrado oradorpronunciou palavras de verdadeiro con-forto para o sr dr. Paes de Carvalho,que sabe o quanto ú querido pelas classesliberaes do seu torrão natal.

Theodomiro Martins também referiu-sea esse modesto mas não menos digno ei-dadão, que tamanhos serviços ha presta-do á Pátria e ao Pará, Antônio Lemos,o benemérito jornalista, que ha dedicadotoda a sua vida ao progresso da (erra pa-raense, com palavras de grande justiça cfebricitànto admiração.

Em ambas as oceasiões, o auditóriorompeu salvas do palmas.

Falou em seguida, com grande oloquen-cia, um operário, de quem não podemosinfelizmente obter o nome.

Seguiu-se com a palavra o illustre go-vernador do Estado.

Não precisanips dizer o que foi o seudiscurso; já demasiado sabe o publico queo único intuito d'esse grande cidadão ó afelicidade da sua terra e do seu povo.

Retumbantes vivas cchoaram quandoPaes de Carvalho disse, empunhando umataça de champagne, que bebia pelosoperários e pelo progresso da Estrada doFerro de Bragança.

Coube ao sr. dr. Nina Ribeiro, nossocstimavol amigo o director da Estrada,encerrar a serie de brindes.

0 (Ilustrado engenheiro, ao empunhara laça, disse quo se a Estrada de Ferroia em caminho do progresso só devia esseimpulso ao governo do Estado, do quemrecebia as forças necessárias para o seuflorescimento.

Terminou levantando vivas ao sr. dr.Paes tle Carvalho.

Assim terminou essa linda festa, ondeo nosso representante foi cumulado deobséquios e gentilezas dos illustres em-pregados da Estrada.

trosp; continuando a sua vida audaze aventureira, foi annos depois en-forcado pelos portuguezes que o apri-sionaram cm flagrante delicto de tra-fico nas costas d'Africa.

NOSSO KALENDARIO0 dia de hoje é consagrado pela

egreja cátholieà a S. Antoro e S. Ci-

3 de janeiroEPHEMERIDES

EXTIlAXQEinOS

Assassinato do monsenhor Sibour,arcebispo do Paris, na egreja de San-to Estevão do Monto, em 1853,

Compotas

-O general Faidhcrbe bateprussianos em Bapaunie em 1871.

—Morte de Eugênio Sue, exiladoom AnnOcy por Napoloão 111, devidoao ardor republicano e revoluciona-rio de suas idéas (1857).

—Começa o inverno israelita.—Visita tradiccional aos jardins.

NACIOXAES

Fundação em 1818 da colônia suis-sa de Nova Friburgo, hoje cidade.

FASTOS DA AMAZÔNIA

VIAGEM DE DlOOO DE LePE

2 de janeiroA Vicente Yanoz Pinzon suecedeu

Diogo de Lepe nas viagens pelas eos-tas do Brazil. Partiu, como aquellonavegador, de Paios, humilde povoa-ção de Andaluzia; fez a mesma via-gem, avistando o cabo de Santo Agos-tinho, e, seguindo a costa para onorte, entrou no Amazonas. Ao des-embarcar em uma das ilhas da em-bocadiira d'este rio, os selvagens oatacaram tão rudemente que morre-ram dez homens na refrega que tevede sustentar na retirada para bordo.

Não se pôde negar a voracidade daviagem de Diogo de Lepe, com tudosobre a sua estada no Amazonas nãopossuímos um documento aiithentico,apenas referencias do Herrera o ou-tros escriptores,

Diogo de Lcpo teve um fim dosas-

Vmcs. conhecem...'Axi ! Que incivilidade a minha 1Mous leitores, minhas leitoras... Vmcs.

me desculpem. Eu, apezár de tudo, aindaestou muito pelludo...

Posto que fardamento, acceitem vmcs.minhas saudações pela entrada do annonovo, e votos ardentes para que elle sejauma porenne fonte de alegrias e fèlicida-des para vmcs. e todos os seus. Amen.

Por outro lado, torei todo o prazer omque vmcs. me dêem os parabéns, porquo,assevero-lhes: 1898 começou para mimtão cheio do serviços, que eu só não douum ponta-pé na desgraça, com roceio deficar com pé deslocado e a perna inchada.

Mas, com eu ia começando: vmcs. co-nhecem a arte tle ser bonito?

Ahn I Apanhei-os!Isto é privilegio d'um amigo meu que,

como elic é congressista, veiu pedir-mopara requerer em mou nome o brevetd'invention para a sua descoberta.

O inventor é.um medico... comparandomal, a invenção da arte de ser bonito qua-si se pareço com a invenção da guilho-tina...

Para ser bonito,~aqui vae a minha in-discreçáo: para ser bonito, é preciso:

ter meia careca;trazer as guias dos bigodes, bom retor-

cidinlios ;arranjar o enfiar um costume de sobre-

casaca, de casemira de eôr, preferindo-secinzenta;

uzar gravata branca em làeinho, doseda, ou a príncipe de Galles, em fustáode algodão:

ter uns lies especiaes e uns ares douto-•uaes;

fingir saber de tudo, e deitar o verboom qualquer parte o a propósito de tudo,embora se diga asneira ;

finalmente, perseverar em nunca afia-star-so do chie, em ser firmo na maniade impertigamento, o andar na rua tezocomo as paredes da Sé tle Braga.

Para o mais, entendam-se vmcs. com oauetor do invento...

Jucá Sete.

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Devido a desmantelo em uma alavan-ca de nosso prelo, vimo-nos na contin-gencia de não dar jornal hontem, faltapara a qual pedimos complacentes des-culpas aos nossos bons leitores.

ENCERRAMENTO

DO CONGRESSO

PARTIDOREPUBLICANONa eleição estadual de 23 de janeiroé candidato

José Marques Braga

O sr. dr. Manoel de Queiroz, Presiden-te do Congresso, pronunciou as seguintespalavras, por oceasião do encerramentodos trabalhos legislativos:

«Encerra-se hoje a 1.» sessão da 3.» le-gislatura o tenho a honra de Iér-vos a re-senha dos trabalhos realisàdos duranteella. Infelizmente 110 correr das sessõesderão-se factos desgraçados, tão destoan-tes dos nossos costumes que encherão dehorror e indignação totlos os homens lio-nestos.

Senhores, não me quero demorar narecordação dos tristes o vergonhosos sue-cessosdodiaõ de Novembro. Já ellestiverão a justa e unanime reprovação detoda a Nação brazileira. Seja-me, porém,permittido, como representante do Con-gresso, que tenho a consciência de ser,n'este momento solenne, renovar os votostle admiração o gratidão pelo glorioso sa-crilicio do illustre marechal Carlos Ma-chado Bittencourt, que, honrando a fardade general brazileiro, não hesitou em sal-var á custa tia própria vida a do primeiromagistrado tia Nação.»

Acha-se interrompida a communica-çào telegraphiea submarina entre Paráe Maranhão, desde hontem.

FOLHETIM DE 3 DE JANEIRO (21

XAVI6H BC MONTÉP1N

A RAINHA DA NOITE

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PRIMEIRA PARTE

Om companheiro» do arelioto

X

A TÔIUIE DAS COnOJAS

Rico e já velho, Samuel, por umintelligente egoismo devera ter paradono caminho fatal que seguia. Não teve,porém,-essa prudência, 011 antes essa

.coragem. Não se contentou com o mi-lhâo, quiz possuir mais ainda e essaambição perdeu-o.

Uma trovoada inesperada rebentousubitamente'no eco do velho mise-ravel.

Êrn conseqüência de queixas feitascontra elle e apoiadas cOm provas con-yincentes, foi passado contra elle ummandado de prisão e teve apenastempo de fugir de casa. por uma porta

secreta, levando unicamente duas outrês centenas de luizes metlidos n'umcinto de coiro que o nflo largava nunca.

Condeiimai'ain-n'o por conluinacia,queimaram-!i'o vivo em effigie, a suacasa foi seqüestrada e o fisco apode-rou-se dos thesoiros amontoados nosseus subterrâneos, porque Samuel nãopunha a render nunca o seu dinheiro,e sentia prazer em contemplar totlosos dias, durante longas horas, assuas riquezas metálicas em um extasiapaixonado.

Em quanto isto se passava em Pa-riz,. o judeu, muito pbilosopho nofundo da sua ruina pela idéa de quepodia ter perdido a'vida n'aquella tem-pestade imprevista, o velho judeu di-rigiu-se a pé para a Bretanha.

Dissera comsigo mesmo e não semrazão, que paiz algum podia ofTerecerao velho astrologo, ao velho envenena-dor, um asylo mais seguro do que aterra clássica da fé viva e da lealdadesem mancha.

Um bello dia. Samuel, chegando úmargem do Oceano, viu na sua frentea « Torre das Corujas». Visitou o seuinterior, agradou-lhe e acabava de seinstalar abi ¦ unia hora antes do seuencontro com Perine.

Assistimos a primeira entrevis'a dabretâ com o judeu.

Resta-nos agora revellar aos nossosleitores o que devia resultar do encon-tro d» rapariga çpm o velho bandido.

XI

tbt AMOU K UMA SlonTlí

0 judeu astrologo c envenenador,refugiado na «Torre das Corujas» nãopodia encontrar uma discípula maisassídua e mais intelligente quo Perine.No ílm de algumas semanas, a rapa-riga não somente sabia lór as paginasimpressas do manual de Ibeologiacomo também descifrava sollrivel-mente a lêltra tremula e irregular deSamuel. O ancião não resumiu a issoas suas lições; ensinou Perine a es-crever.

Como dissemos, a brota eslava ávidade sciencia. Aquelles primeiros conhe-cimenlós augincnlaiaiii a sua sétle ar-dente de saber. Pediu a Samuel quenão abandonasse a sua educação e ojudeu, encontrando na sua discípulaum espirito audacioso, unia alma jápervertida, consentiu em revellar-lheos mysterios tia sua vida passada e emtransníillir-lbí, como herança falai eterrível, os seus formidáveis segredos.

—Esla rapariga será digna de mesueceder uni dia, disse elle comsigomesmo, tomará o meu logar 11'eslemundo, completará a minha obra,vingar-nie-á daquelles que tendo-sefeilo meus cúmplices servindo-se demim, me deixaram cobàrdémeritecondemnar á morle e não tentaramum único passo, não pronunciaram

Umaroín.

única palavra para me salva-

A partir do mómeiilo em que Sa-muel formulou aquella resolução,moslroUrSè tão ardente 110 ensino comoPerine 110 estudo.

A rapariga foi iniciada primeira-meule com uma lucidez maravilhosa,nas praticas singulares da astrologia,tia cobaia, da chiromancia e tias 011-Iras sciencias pcculuis honradas algunsannos antes pelo illustre Cagliòslro;mas, coisa digna de notár-se, ao mes-mo tempo que Samuel a ensinava apraticar, probibia-á tle acreditar.

—Para explorar com audácia feliza credulidáde tio vulgo, diziu-lhe oancião; é necessário o mais absolutosccplicisnío.

Bastou um anno a Perine para con-servar na memória o lliesoiro dos co-nliecinienlos singulares amontoadospor Samuel durante sessenta annosde pacientes estudos e pesquizàs. Osestudos da bretã receberam então umanova diréççito, O solitário da «Torredas Corujas» franqueou á sua tlisci-pula os arcãnos da mysteriosa e terei-ve.l sciencia dos venenos.

Sob a diroçeào infailivel do amigo,do conlideiile d'Exili, Perine fez pio-grossos rápidos e antes tle decorridoum anno, a rapariga não tinha nadamais que appreiider do judeu.

Dir-se-ià que Samuel esperava tãosomente aquelle momenlo para deixar

esle mundo e para entregar a sua almaao demo,

N'um diado tuczde agosto de 1750,dois annos depois da chegada do judeu& Bretanha, Perine veio fazer a suavisita habitual á «Torre das Corujas».0 lempo eslava pesado, o céu tempos-lupso; 1'reqtienles relâmpagos cruza-va 111 as nuvens lividas amontoadas so-bre o oceano còhiòphántasticas cidá-dei Ias.

A brélã atravessou a sala baixa e su-biti rapidamente a escada que condti-zia ao primeiro andar. Ali encontrouSamuel deitado sobre a palha que lheservia de leito. O rosto áperganiinliàdodo judeu tinha uns tons.singulares; os.olhos não viam, uma respiração lentae diflicil lhe faziam mover em inler-valos irregulares o peilo descarnado.

—E's lu Perine'.' murmurou elle,quando a rapariga parou jooclo domiserável leito.

Perine fez um geslo tle espanto ereplicou:

—Pergunla-me se sou eu! Pois nãome vè?

—Não,, não le vejo, proseguiu ojudeu, e apenas ti; ouço; locou-me odedo da morle; invade-me a paralysiae o meu corpo vae ser um cadáver.Antes de uma hora estará tudo aca-bailo para mim.

A bretã não respondeu coisa algu-ma; era evidente para ella que Samuelse não enganava.

—Inclina-te para mim, proseguiu ojudeu, porque a minha voz erifra-quece cada vez mais; e escuta os ulli-nios conselhos, as ultimas vontades,as ultimas éítíens do teu velho mes-Ire, Bei-le o único verdadeiro bem, oúnico e derdatleiro talisman: «ascien-cia tio mol ». Graças a mim, serás ricae poderosa, o teu futuro está nas luasniàos, sáe tüeste paiz onde não pode-rias viver com os gostos e com as am-bicões que conheço em li e que desen-volvi o melhor que ponde; vaeaPariz.O teu logar é ali, Pariz é a cidaderainha, a Babylonia dos tempos mo-deriiüs, onde todas as paixões temtemplos e todos os vícios adoradores.Paixões e vicios, saberás explorartudo; na lama, procurarçís oiro; pro-inello-le farta colheila que ultrapas-sara as tuas esperanças e os teus pro-prios sonhos. Eu conquistei milhões,lu farás a mesma conquista; a minaem que te aventurasé sempre virgem,sempre fecunda, eternamente rica!Sé mais sublil e mais prudente do queo teu mestre, sabe parar a tempo,sabe guardar o teu oiro, porque o oiroe a sciencia são as duas palavras davida, tudo o mais é nada.

Samuel calou-se; o esterlor da ago-nia confundia-se com a sua respiraçãoestridente.

A tempestade, impòllida dos pontosmais afastados do horisonte pelas bri-

sas do largo, approximava-se pouco apouco.

Ouvia-se o ribombar dos trovões.0 judeu, reanimado um momento,

tornara a deixar-se cair sobre a palha.—Está tudo acabado, pensou Pe-rine.

A rapariga enganava-se.A mão de Samuel agitou-se parafazer signal a bretã. que se inclinasse

tle novo para elle; aquella obedeceu;apoiou o ouvido aos lábios do ancião epoiule distinguir estas palavras entre-cortadas e interrompidas:

—Um cinto... oiro... dinheiro...para li... Paris... não te esqueças.

Os lábios agitaram-se ainda, masnão ouviu nada mais; ao cabo de umou dois segundos, o silencio profundofoi interrompido por um trovão tãopróximo, que tlir se-ia que o raio aca-báva tle cair na terra.

Perine occullou o rosto entre asmãos.

0 corpo de Samuel, galvanisadp,estremeceu pela segunda vez no seumiserável leito.

O judeu eslava morto.Perine contemplou um minuto o

seu cadáver sem que a mais levesombra de emoção se descobrisse noseu roslo impassível.

(Continua)

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MANCHADA*•

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2 ? ; .f:-O PARÁ—Scguuda-fclra, 3 de Janeiro de 18*8—W. *1

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PARTIDO REPUBLICANO

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. . .

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A coiiiiiiiNNã» cxcc.tiüia Aa Par-(iilo Kejilibllcaiio tem seu cncií-ntoi-io, onde uttenilerú aos nossasantigos e correligionário»!, «Ias »ás i I horas ilo ilia, no salão supc-rior ilo edilicio ". '*'•*• «eeiiuadopelas olücinas «IO IMB.i, á Ira-vessa Campos Salles, contíguo aoedilicio «IA S»üSí5ft ÍM BA.

15' secretario da oiiimissào exe-cnliv» o ir. di;. .Soào Antônio liiiixCoelho. ,

XXX

São candidatos no pleito elei-toral dei- de rflàrçò :

TABA PRESIDENTE

I>r. Manoel 17en*asB «le Cam-|IOH SííílOH

PÁRA yiCl!-PltÍSSJDENTEDis Francisco de Assis Itosa

e Silva

xX X

O sr. senador Justo Clicr-immi dará audiência aosseus amigos e «orrcliginna-rios todos os dias úteis 110saSão d'0 PABA, das O ás8B horas da manliit.

Carlas d9alem mar

- . •

v

Lisboa, 15 de Buxcmbvo da 1897.

Vonho nosto momonto do caos, ondofui contomplai1 por ura instante o aspectodo Tojo, quo ó n'esta hora do unia magos-tado o do uma bolloza indoscriptiveis.Voltei il casa para dar aos mous leitoresestas informações, que escrevi ao correrifl.it ponha) sobro os joelhos. O vapor An-yutiinc ostil prestos a partir, o como, járecebeu as malas, tenho do mandar-lhososta carta por nulo do um amigo, quopara ahi soguo n'aquolle bollo barco. Epara (pio ou nao lleasso om falta, tive dofazer um verdadeiro tour da force.

Atravessei, nao incolumo, mas a salvoa multidão compacta quo so estende docaos do Sodrú pela rua do Aivanal ató ao

.fliri do largo do Município IDizor-llios como ou fiz a travessia, so-

ria dfsputar primasias ao nosso arrojado,posto quo om tudo nada ospoctaculoso,explorador Serpa Pinto.

Elle atravessou a África, sustontandoluctas tytanicas com os selvagens o comos aniinaes ferozes, que o destinavam, aappetitosa prosa para opiparo banqueteAtravessou matagaes immonsos, vadoourios, sorveu em barda oxlialaçõos mepiii-tieas de pântanos onormos, luetou, omfim.desosperadamonto cora a natureza braviae solvagom, mas triumphou o voncou-Foi um acontecimento que marca épocanas nossas modornas explorações colo-niaes. Viajar por outro anthropophagose por ontre tigres e hyenas que arrega-nham a dontnça para so banquotoaromcom as nossas carnes, é do arrepiar os ca-bellos; mas tentar abrir caminho por on-tro a multidão quo so comprimo, que soesmaga,fazendo-so estalar rautuaraonto ascostollas, nfloémonos arriscado o sobro-tudo morro-so menos gloriosamente; Averdade, a dura e amarga verdade ó quo agento mais civilisada a quo tem requintesdo aniabilidado, primoros do educaçõesnas relações da vida ordinária 6 d'umacruosa brutal quando a domina, quando aassalta o furor do onthusiasmo esponta-noo, quo mio conhece rogras, nem procoi-tos de couvencionalismo.

Tudo quer ver, nao lho escapa a maispequena minudencia, o menor detalho doacontecimonto om quo olla toma partocomo auetora o como ospoctadora siraulta-noaraento. Nossa, tonsao do curlosidado,^e um desgraçado, espleaçado pola? ne-

cossidados prossantos do trabalho, ipolosoxigoncias irreductivòis e inilludivcis dasua profissão, pelas lois imporiosasda slruijijk for lifc, so atrevo a lançar-son'esse mar ondulanto do sores humanos,seja embora um nadador da nomeada uni-versai do capitão Boyton; so conseguiralcançar a praia, nao sorá pelo esforçodos seus músculos, nom pólos prodígiosda sua doxtrosa, mas pelos empuxõosdosarràsoavois ilos viígàlhòós onormos dairacundia, quo ora o levantam no sou dor-s0, parecendo quoròr arremossal-o ao es-paço, ora o precipitam nos fossos (pio ca-vara entro si, parocondo quorer transfor-mal-oom habitante dos salsos abysmos.

Como ultima carteia, o arremesso apraia óiieáda do ppntoagudas penodias!Foi assim tainbom quo ou elloctuoi a Ira-vèsèia (pio venho do fazor o pola (piai osmeus gontilissimos loitoros mo sagrarãoheróo. Arromóssoi-mo allucinadamentposso niur fromonto do onthusiasmo, dapaixão polo horóo da nossa opopóa afri-cana, sentl-mo olovado ils alturas verti-gihosas a que mo levavam as iras d'a-quelles a quem a minha tonieridado in-cominodava, morgulhando do Id o mouolhar doslumbrado no soberbo espectacu-Io do um mar immenso do cabeças agita-das pola paixão deliranfo o coinniunicati-va do patriotismo oloctrisanto, para logomo sentir rebaixado ao abysníq da calça-da, quo nao tem precisamente a iuaciozados leitos do arminho das princezas gou-tis. Porllm, nao soi porqno choroas rovi-ravoltas, fui acordar estatolado no meioda rua Áurea ! Foi abi a praia oriçáda dopoutoagiKÍas penodias a que mo arroja-vatu, como fardo inútil e incommodo, osvagaihões do mar humano a quo eu molançara imprudentemente,—mar quo napaixão, como na alegria, levanta monta-nhas o,cava abysmos na plamira da suavastíssima supqrllció calma o liza...

Do quo vi autos e durante a nvoiitúrosae temerária travessia, a minha monto,abalada pela sensacional idado do ttlovarias o contraditórias emoções, apenasmo consente umas vagas o osvahidasròrainiscohciasdqsònlio. Devo ou roforil-asaos meus leitores som provocar-lhes umrlsodóincrodtilidndo? Tamanhaó a des-crença do nosso tempo, ttlo completo o pes-simismo quo constituo o fundo de todaa philosophia moderna, quo nem os ingo-mios, se ainda os ha no moio da geral ouniversal expnrlezá contemporânea, acro-ditam que um povo inteiro so levantonum concerto unisono e unanimo, vi-branto do inspiração patriótica, para ac-clamar benemérito da pátria um soldadoque expòz a vida o compromotteu a sau-do nos inhospitos centros do continentenet)ro, sem outro estimulo que nfío fossoo do bom cumprir o seu dever do militare do cidiulllo o do manter immaculado ointegro o íiomo límpido o luzonto da pa-tria, seja muito embora uma individual}1dado da estatura liomonca do Mousinhodo Albuquerque I Ao culto moral da pátriavao-so suecedendo onii todos os paizos oculto material do dinheiro, quo proporcio-na os gosos opicuristas do indivíduo emdotrimonto do bom estar da colloctivida-do. So a estreiteza do tompo, a oxigiti-dado da minha intpiligehçia o a natureza(1'estas cartas me pormittissem discre-toar um pouco mais dotidamonto sobro aextonsilo dos males, das flagrantes rüinãsmoraes quo ti sociedade o ao próprio ogo-ista, mais a este do quo aquolla, originaa ambiçilò immoderada o exclusiva da ri-quoza, adquirida nao importa porquemeios, nora porquo processos, osfarrapaii-do a honra nas maiores villariias, con-spurcandoa dignidade humana nas maio-ros torpezas o adulterando ató o fim mo-ral da vida, talvez que prestasse aosmous loitoros menos cautelosos, o rclevan-to serviço do attontarom cm algumas po-dridões, quo lluctuam, oinpestando-ascom os seus miasmas, á tona das sócio-dados. Nao desanimo, porem, de lh'oprestar om occasiío mais opportuna. Ha,todavia, na vida dos povos oceasiões tilofortilleantes, em quo a gonte so convençode quo nem tudo ístá ainda perdido.Ha no fundo do todas as consciências oson-tiinento latente da justiça, quo oxplodo aoclioquo dos grandes feitos e das acçõosgenerosas, quo pondo om ovidoncia, emfoco um cidadão, rediniom o salvam umanaçilo.

É' osta a impressão quo mo ficou daminha penosa travessia por ontre osmeus concidadflos.

Nas minhas vagas e osvahidas remi-niscencias, affigura-so-mo ver ainda o va-por Península} entrar triumphanto, Tejoacima, com um cortejo tao niagnificentocomo onilo tiveram nunca os róis da torra.Vapores do todos os calados o todas astonolagons, ombandoirados ora arco, bomcomo todos os navios do guerra o mor-cantos, barquinhas, cujas brancas volas egarridas flammulas as brisas do Tojo on-funavara o agitavam brandamente, estos eaquollos apinhados do gente, que saudavacom fronosi, com dolirio, o glorioso ropa-triando; todo esto esplondor feérico, que osínousolhosentrovorianuleslumbradosníaispolo ftilgor o pola imponência do panora-ma fluvial, quo so enquadrava na rosplen-donto moldura do vasto o magostoso os-tuario do Tojo, do quo polo fulgor (Vestesol inegualavol, quo ostentava no nítido oimmaculado azul do nosso ¦ cou todas aspompas da sua luz acariciadora o meiga,síniilham-so agora ao mou espirito visu-alujades do um sonho bizarro.

No arsonol do marinha 3.500 cidadãosdos mais graduados da hiorarchia socialdosdo o chefe do estado o sua gontilissi-ma consorte, quo reuno ti realeza do po-dor a realeza da fenhusura o da bondade,saudando acalorada o cnternocidaràbnto odestemido soldado o integorrimo fuuccio-nario, quo a pátria agradecida levantanos seus braços carinhosos para o regaçoamornvel da gloria; nas ruas e nos caosa mocidado das escholas levantando hur-rahs ontliusinsticos; o povo descobrindo sorespeitoso o saudando-o com alTccto o ca-rinho e oxtromecendo do eiiternocimentod sua passagem, tudo isto, so mio é phan-tastico, so nilo 6 creaçílo da minha ima-ginaçao cm febre, era dolirios, os feitos

do Mousinho doAlbuquorquo dosportavarana alma da pátria a consciência da suaforça o da sua vitalidade, quo hílo do pro-parar-lho melhores o mais prósperos dias.

Quo os mous leitores mo perdoem o ter-lhes sacrificado outros assmnptos ao as-sumpto do dia. Não sei se errei sem norteo som rumo polo mundo ontontocedor daphantasia.

Acalmada a excitaçao d'osto .momento,dir-lhos-hoi om outra oceasiao so Motisi-no e on não um dos cidadãos que redi-mem e salvam uma nação. Pnr agora, arainha impressão ó responder pola affir-inativa o congratular-mo com os mouscompatriotas, aos quaos a justiça o a gra-tldao da pátria, concrotisada na ostron-dosa rocopção do commissaíiò regio doMoçambique, vao encher do nobro orgu-Ilio o do justificado júbilo. Do egual or-gullio o do júbilo egual hão do partilharos brazileiros, quo não podem nom sãoiiidilíorontos ás dores o ás alegrias dapátria dos seus nscendentes.

G. da Câmara.

t

ú presidência da Republica. (TelegrammaáCFotha do Norte, de lióntcm);

X

Do governador do Ceará, recebeu o dr.Campos Salles, um telegramma de adhc-são á sua candidatura á presidência daRepublica.

(Telegramma d'O Pará, de 30 de De-zombro).

X

Chega-te cá, ó menina,Confessa a tua filança...Deixa de ser tão mofina,Deixa avivar-te a lembrança.

Ai, menina!Ai, menina!Ai, menina!.

Deixado tanta lambança.'..Bandukra.

CORREIO PARAENSECrcmatorio.—Pois como não ha do ser

assim so aquolla repartição, que aliás e

a mais bom paga do Estado por for comodircctqr o prosldonto da câmara, sorvo

para tudo até para politicár, menos parazelar dos interesses da saúde publica V

Tem toda a rasão, isso é indecente.

Prematuro.—Não resta duvida que o

quo o berço dá, ninguém o tira. Foi ummenino predestinado o com a bossa daadvocacia bem desenvolvida. «

Cãriúdor'.—Gostoi dos seus versos, evamos püblical-òs, principalmente o quecomoça assim: Pranto, mou pranto

Por (piem és, confia,Sómonto ou erreiPorquo não sabia

Até já parocom-so com os do Friza.

Eleito.— Constou, sim senhor. Mas tara-bom, só o Diogo lombrava-sodo sangrar ohomem d'csse modo a ponto d'ello quastarripiar carreira. 7,. M— podo ir falar.Dizem que as conferências serão rogadas

por copiosas lagrimas.

Zumba— Meu, amigo, isto ó para quempodo. (Juom não podo não inventa mo-das.

Jiji.—Podo ser que sim, pôde ser quenão.

Quanto á segunda parte, ou já vi uni boivoar, atravéz dos mares, não obstanteter-se afogado om pouca água, logo do-

pois.

Anspcçada ?i» 13.—Conquanto o nossocolloga, cá da ilbarga, o primeiro entrotodos, o para moor, tenha osso serviço dif-lícil do ogualar, vamos procurar satisfa-zor o sou podido abrindo essa soeção.Quanto ti segunda parte, olles são nossoscollaboradores e continuarão a escrouor.A gento d'aqtti é assim, firmo até á morto.

Meteoro.— Historias. Aquillo é forgi-cado aqui mesmo, e poloostylo vé-so quocheira a ranço dos Dons Irmãos Unidos.

Ergo-— Dizem quo uma avaliação do 9d'ollos, passou a 21. Quem onguliu os12 não fui eu, foi a rã.

Ceará—Pois sim, acredite n'issopois do dcpcnnado não choro

o do-

Gvp.

LANTERNA MÁGICA

Logo vi qu'éra mentira...A Folha bem firme está...Si fraqueja, é porque ás vezes,Ha pregiiicite por lá...

Sereno.

ALFAIATARIA SANTAI3AYAIlua 15 ilc IVovcinliro, Wt

Tem constantemente um lindo sortimentode ciisiiniras frnucczas, linbos brancos c decòrcs, fiistiio para colletos, paletots d» sedac flanolla de cores e fatinhos para créançasde '3 a 10 amios.

A'reclame da Alfaiataria « Sanlabaya»está no trajar de sua illustrada fregtiezia.

MODICIDADE NOS I-ItEÇOS

63—RUA 15 DE XOVEMHItO-

Alvar» fcmiiíahiH u & ('•

62

BRINCANDO...

. O governo do Ceará telegrapliou ao dr.Prudente de Moraes, declarando-lhe queapoiará as candidaturas dos srs. (Ir.Campos Salles e oonselheiro Rosa e Silva

J

llluminaçãoelectrica

EMPREZA PARAENSE

tâo bem e perfeitamente comoas havia deixado. A hypothe-se, pois, era que o larapio oularápios houvessem entrado pelotal rombo.

As jóias roubadas attingem áfabulosa somma de cento e oi-tenta a duzentos contos de réis.

PHARMACIA CENTRAL

IMlulati rebrirugUH do pliarina-cculico l.camiro TociiiiÜiin.

Ií' o único r«iuc<llo ale lioje eo-iilirciilo para u euru lnfalllvrl,|iroiii|ila c i-ailical tlaH ttezãeN crcbrcH inlcrmlIlcnlcH. - Vcnde-neii» Pliariunciu Centrul, rua Ift deNovembro n. 9H.

Itl I rM1IJ.4-A\TH

Hoje faz annos o sr. Aprigio Antheroda Silva,commandante do corpo de guardas da alfândega d'este Entado.

X

Fez annos liontem a gentilLaura Ribeiro Guimarães.

senhorita

X

Foram levadas hontem á pia baptismalos pequeninos Joaquim e Clotildc, tilhi-nhos do sr. Antônio F. de Paula.

X

Com muita animação correu o grandebailo do Club Universal, cm a noite de 31de Dezembro findo.

Ali compareceu o que de mais seleetotem a sociedade paraense.

Foi uma brilhante fesla, que gratas eduradoiras impressões deixou no espiritode quantos á assistiram.

Somos forçados a.vir tornarpublicas, mas com energia, asirregularidades que têm ultima-mente havido na illuminaçaopela electricidade fornecida pelaex-companhia Paraense, hojepropriedade de uma firma com-mercial !

Além de fornecer luz somenteaté uma hora da manha,—horaque é sempre adeantada de ai-guns minutos, a empreza Para-ense como que nao se lembrade que tomou obrigações, sériasobrigações para com os seus cli-entes, obrigações sérias, que naodevem ser descuradas como ul-timamente têm sido.

O consumidor paga o que ellaexige pelo consumo; paga a in-stallaçao,paga tudo, emfim, paraser servido pontual, regularmente. Entretanto o que acontece ?Quasi todas as noites falta luz,ou si nao falta completamente,vem com interrupções desespe-radoras !

Sabemos que o systhema ain-da não é perfeito; sabemos queos conduetores aéreos estilo su-jeitos a trançamentos, a roptu-ras, a abalos, e que qualquerd'essas causas pode impedir, podeinterceptar a transmissão da cor-rente; mas, por Deos ! havendocuidado, essas c.usas si nao des-apparecem de todo, ao menospodem ser amortecidas, podemser grandemente debelladas.

E' preciso, é urgente que aempreza nao esqueça isto : comcada um consumidor ella faz umtácito contracto bilatteral, emque ha obrigações que se com-pensam, e que, por isto mesmo,uma parte nao pode fugir aocum-primento d'ellas, exigindo que aoutra as cumpra!

E' tempo de acabar com simi-lhantes irregularidades, filhas,naturalmente,da pouca attençaoque á empreza merecem seusclientes!

as forças do Amazonas na campanhade Canudos.

O nosso bom amigo ainda veio

doente, e, aos nossos cumprimentos,

juntamos ardentes votos pelo seu com-

pleto restabelecimento.

Ficou transferido para o dia de Reis, ocspectactilo que o Chat Noir devia rcali-zar hontem, em vista de ter feito forfaita luz da Paraense.

—Por aqui também passámos bons perducinhos pelo mesmo motivo.

Loterias Federaea15:000^000

Amanha, corre a loteria do planodal5:000jj000 por 48000 o bilhete in-teiro.

—Na próxima quinta-feira, 6, - dia deReis. corre a sympatliiea loícria do plano de50:Ó00jj000 por 88000 o bilhete inteirocom oitavos de 18000 cada um.

—A grande e colossal loteria do sober-bo prêmio de 500:000ff000 corre, a 15de janeiro entrante; os bilhetes custaminteiros 108000, meios 58000 o décimos18000 réis.

Estas loterias estão em franca vendana feliz agencia FIALHO ao largodas Mercês, em frente ao jardim.

De Bragança vieram so nossos ami-gos coronel Antônio Pedro da SilvaPereira, Joaquim da Costa Rarnos eJoão Gualberto Ferreira de Lopes.

Do «Colombo», foi passageiro anosso amigo dr. Thomaz de Paula Ri-beiro, júnior, integro juiz de direitode Baião.

O que diremos nós?

Quejuizo faz o sr. Justo do sr.dr. Paes ?

Ou já começa a conversão ?

(«Folha do Norte» de 1 de Janeiro ?)Conversão de quem?Nada diremos por emqtianto; a« Folliu»

bem cedo talvez se explicará melhor. Ellagosta de uni celebre annuncio.

Hontem era o que vimos, hoje é o quevemos, amanhã será o que veremos.

Zanoão.

BANZANDO...

Rua abaixo, rua acima,Encontrei o mano Enéas.—O que buscas ?—Eu procuroconcentrar minhas idéas,,,Desde o dia de anno bom,ando assim... fora do tom...Nem pobres editoriacsescrever eu posso mais!

Olho vivo.

.».

DE BOCCA EM BOCCA

Circulava hontem!...que o sr. Theotonio seguiu para

o Xingu Jary c baixo Amazonas, afim dei'h pcrsbnd verificar a extençào de suasinfelicidade» políticas...

.. .que a visita já é esperada lia muitoc a dcsillusão será, por isso, peior para odirector mamado..,

.. .que o triste director náo quiz levaro sr. Serzcdello para melhor chorar assuas desgraças...

.. .que o Diogo também offereceu-separa aconipanhal-o, mas o Theotonio gin-gou pYa um lado o fez-se cego e surdoc... bambo...

.. .que o programma da viagem é cn-cantador, mas quo será tempo perdido...

.. .quo o publico quer ver a coherenciado sr. Serzedello, ou mais um caracter aostrambolhões..,

,. que de palanque fica o

Rb-k-do.

Conforme ordem emanada do ministroda guorra e aqui recebida pelo sr. com-mandante do districto militar, foram di-spensados das difTerentes commissões queexerciam n'este Estado, os offlciaes hono-rarios do exercito. Esses ofllciaes sáo osseguintes:

Coronel João Baptista do Moraes,do commando da fortaleza de Óbidos.

Coronel Antônio d'0' de Almeida,commandante da fortaleza barra.

Tenente-coronel Innocencio Eusta-chio Ferreira de Araújo, do cargo de che-fe de secçio do material do commando dodÍBtricto.

Tenente-coronel João d'0' do Almei-dtt, de auxiliar da mesma secção.

Capitão José Soares da Silva Fogo,de pedagogo do Arsenal do Guerra.

E outros cujos nomes não nos foi possi-vel obter.

Essos cargos vSo ser preenchidos porofliciaes da classe acttva do oxercito,

ROUBOMysteriosa investida !

Assombrosa ousadia!

A pacifica população de Be-lém, quasi que ainda no leito,hontem, fõi tomada por uma es-pantosa noticia, d'essas que dei-xam como que paralysado o san-gue, pela ousadia que presidiu ofacto: achava-se roubada a co-nhecida loja de jóias entituladaA Bola de Oiro, da firma Firmi-no Borges & C», sita ao largodas Mercês.

Como ? Como penetraram oslarápios ?

X

Pela manha, cerca de 9 horas,o sr. Io prefeito teve denunciado facto. Para a casa roubadadirigiu-se.

Um empregado d'ali, ás 8 horas abrira a casa, e dera por falta de innumeras jóias, notandoum rombo no ladrilho de mo-saico.

Constatou, com a auetoridade,

que as portas gsjavam fpçhadafy

Em frente á Bola de Oiro hauma bocea de lobo, para a qualdeita um cano de exgotto d'a-quella casa.

Sobre este cano, e com ellese communicando, junto á solei-ra de uma das portas, está o rom-bo de que falamos.

Ora, restava verificar si foipossível a entrada por ali,e n'es-te sentido foram dirigidas as in-vestigações.

O rombo no mosaico medeo,"i35XO,m25.

Além d'isto, a grade que se-para a bocea de lobo do cano,foi deslocada pela policia comgrande dificuldade, ás 6 1/2horas, o que prova que ella naódera antes passagem a ninguém.,

Os drs. Clementino Lisboa eBah:a, que presentes estavam,declararam que, dada a possibi-lidade de passar por ali um'ho-mem, elle nao poderia resistir áuma demora de mais de 3 minu-tos, attento ao ambiente mephi-tico d'ali.

Ora, um indivíduo que tentas-se a perfuração, nao a conseguiriafazer n'este lapso de tempo; por-tanto, a hypothese aventada co-meçava a perder a importância.

Além d'isto, um indivíduo quepor ali passasse, naturalmenteenlameava-se; e, já as bordas dorombo, já o mosaico, conser-vavam-se limpos, perfeitos.

XO ladrão ou ladrões devem ter

pleno conhecimento dos mais in-timos segredos da casa.

Uma nota curiosa e que temmais importância do que parece áprimeira vista; aquella casa, ar-rumando as jóias, collocava, porexemplo, um relógio de oiro jun-to a um de plaqttet, uma jóiacom brilhantes junto a uma comstrass, e assim por deante. Poisbem: os gatunos tiveram a ha-bilidade de só conduzir o que ti-nha valor intrínseco, o que de-monstra muito conhecimento dacasa e... muito tempo !

XForam encontradas 3 pontas

de charuto e um pequeno alica-te que, naturalmente, servirapara pegar uma vela, pois estavasujo de stearina; e, além d'isto,nenhum indicio, nada, por ondese possa apanhar o fio da meada.

.', Suspeitas vagas têm reca-hido sobre diversos indivíduos; apolicia, durante todo o dia, fezinfruetiferas diligencias a ver siapanhava os larápios.

/. A's 6 da tarde, foram ex-pedidos telegrammas para diver-sos Estados, afim de tentar-se acaptura dos ladrões, caso te-nham partido em demanda deoutro porto.

,*, Pelo modo como estãochanfrados os mosaicos, verifi-ca-se que o rombo foi feito debaixo para cima, o que, de certomodo, ajuda a hypothese sugge-rida.

,*, Algumas caixas de jóiasforam encontradas sujas de terra.

Queixam-se moradores da estrada SãoJosé, de que, ha cinco dias falta água poraquellas imemdiacõcs.

Chegará hoje do sul o nosso bomamigo dr. Miguel de Almeida Pernam-buco, digno representante de Pernam-buco ao Congresso federal, o pae donosso dedicado correligionário c coneci-tuadissimo clinico d'esta capital, dr. Mi-

guel Pernambuco Filho.

Por um simples descuido do pagi-nador, deixou de sair no dia 29 a no-ticia da chegada, no «Olinda», do

distineto medico dr. Pedro Juvenal

Cordeiro, nosso prosado amigo, eque,

com a maior somma de dedicação pa-triplica, pffereçeu-wpava acompanhar

foi nomeado para exercer eflectiva-mente o cargo de amanuensn da so-cretaria do conselho municipal, o ei-dadão Luciano Custodio dos Reis.

Recebemos a visita do nossoilluslre amigo sr. professor PedroMartins Soares da Costa, de Maracanã(Cintra) onde goza de excellente con-ceito e estima.

Antônio Paulo Gomes bebeu c ruclou.Veio a policia e o levou.

Brigava, talvez com razão, o AntônioPinto Ferreira; vae d'ahl, á ordem dosubprefeito de SanfAnna, conduziram-110 para a estação policial.

João Filippe de Mesquita quando so-alegra dá para arreliar-se. Ora, liontemelle fez esta graça, e veio a policia e dis-se-lhe:—Amansa, mano..,

E elle foi para o pote.

O conduetor do bond, chapa 11.° 71,que fazia liontem a linha de D. .Campos,ás 7 horas da noite cobrou a mais de umpassageiro 180 reis por passagem.

A's 5 horas, também da tarde de hon-tem, o conuuctor do bond, chapa 11.° 13,da mesma linha, fazia cobrança idênticapor distração.

O nosso distineto amigo coronel An-tonio Pedro da Silva Pereira, presidenteda commissào republicana de Bragança,honrou-nos hontem com a sua visita,que muito agradecemos.

Venancio Cardoso Santiago, marinhei-ro do vapor Mapuá, fora accomcttido devaríola a bordo; e, chegando ao porto,desembarcou sem que o commandantodo vapor fizesse as necessárias commu-nicações, e, portanto, sem que fossopreenchida formalidade do espécie ai-güma,

Visitou-nos o sr. Cecilio Franco, nosso correligionário, acadêmico do direitoda Bahia.

O sr. Cecilio Franco vae até Cametá,d'ondefamília.

é natural, em visita á sua exem.

COMMERCIOEntrada*

Dia 1O vapor nacional «Alagoas», do Manaus,

carga gonoros, com 1 1/2 dia do viagem,cousignado aq Lloyd Braziloiro.

—O vapor ingloz «Ltsbononso», doCeará, com 3 dias do viagem, carga go-noros c gado. consignado a S. Brocklo-hurst&C.»

i\'» bnliiu do (àuiijitrú

Espera-se hojo1O «Paras, do Faro.O «Perseverança», do Manaus.O «Princoza Izabol», do Souro.A «Intrépida» do Anapü.—Sahom hojo :O «Chaves», para Chaves.O «Paes do Carvalho», para Santa

Julia.—Amanha espera-se:O «Republica», das Ilhas.—Sahom amanha :O «Cidade do Faro», para o Cajary.A «Rio Aoará», para o Acara.

Cabotagem

O vapor «Guamá» trouxo do ríoGuamá6.977 kls. do tabaco, 3.16 1/2 alqueirosde farinha, 1.486 kls. de borracha- e 12coiros.

—O robocador «Elephanto» ehegou doAcara com 400 1/2 alqueiros do farinha,867 kls. do borracha, 93 1/2 dzs. do ta-boas e 108 vigotas._

Porto de Beléin

Vapores a entrar:Perseverança, de Manaus, ..... hojeBrasil, do Sul, hojePará, de Faro, a ...... hojeViriato, do Purús, 5Viieu, de Porto-Cabello (Venczucla),a 5_Olinda, de Manaus, 6Ajwlante, de Calçoene, a ..... 6Re Umbcrto, de Gênova c escalas, a $CamcVense, de Manaus, a . . . 7Oecidente, de Camocim, 7Rio Muaco, do Juruá, >Ilubert, de Ncw-York, 8Granjcnse, da Europa, 8Imperatriz Thereza, de Itaituba, a 9

Vapores a saliir ) ', ''Alagoas, para o Sul, nc ».Colombo, para Maranhão o escalas, hoje'.-./¦Paes de Carvalho, para Santa Julia,a hojeBrasil, para Manaus, 4Lisboncnse, para Ncw-York, a . . 4Dúnstan, para Manaus, a . . . .• 4Princesa. Isabel, para o Madeira, a 5Taióca, para o Juruá, a . " .•'. 5Cearense, para Maranhão e Ceará, a 6Olinda, para o Sul, 6Re Umberto, para Manaus, a . , 9Camefciuc, para a Europa, a . . 10Cassiporé, para o Amapá, a . . 10Barcellos. para Iquitos (Pcrú), a . 10Pernambuco, para Manaus, a . . 11Dona Amélia, para a Europa, a . 12Hubert, para Manaus, 12Imperatriz Theresa, para o baifo

ímazonaa,»., , , , , , , , $

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O PAIIÁ—Segunda-feira, 3 tlc Janeiro de 1808—N. 91

H;. '• GOVERNO MUNICIPAL¦ \r

9.» Desafio ordinária tia l.Jreunião «Ia 4.» legislatura,em w de dezembro do 1899.

Presidência dosr. IntendenteAntônio Lemos, ¦ ¦ <

i.° Secretario—0 sr. WrgilioMendonça.

2." Secretario—O sr. Sabinoda Luz.

(Vido a edição de sexta-feira)

A' hora regimental, procede-se á chamada, a que respondemos srs. Virgílio Mendonça, Sabi-no da Luz, Cordeiro de Castro,Silva Santos, Antônio Nunes,Virgílio Sampaio e Ignacio No-gueira.

Abre-se a sessão.São lidas e, sem debate, appro-

vadas ás -petas das sessões de 6e 7 de dezembro.

O&r. i.° secretario procede a" leitura do seguinte

EXPEDIENTE

Ofíicios:—Do sr. Intendente, remet-

tendo as informações prestadaspela collectoria com relação ao

recurso Interposto por José LuizAlves Mourão contra o lançamen-to do imposto de décima de umprédio que possue á rua Quinzede Novembro, ri. 49:—ás com-missões cie fazenda e leis.

—Do mesmo sr., remettendo oofficio em que a contadoria soli-cita o augmento do credito neces-sario ao pagamento da ultimaprestação dá parte com que con-tribuiu a municipalidade para aconstrucção do monumento daRepublica:—á 1.* commissâo.

Requerimento de José de Sou-za Leal,, fiscal na povoação doCastanha!, pedindo augmento devencimentos:—ál." commissâo.

l." PARTE DA-ORDEM DO DIA

Apresentação de projectos, re-querimentos, pareceres, etc.

O sr. Cordeiro .ife. Castro:—Sr. presidente, honrado comofoi por v. exc.,. com uma provade distineção, que muito agra-deço e me pennora; designadopor v. exc. para ir hoje, no seuimpedimento, tomar parte nostrabalhos do conselho superiorda instrucçãò publica, venho de-clarar que desempenhei-me d'es-se grato dever.

Ali compareci e tomei parte

nos trabalhos, procurando, portodos os meios ao meu alcance,substilúil-o condignamenle nasfuneções que v. exc.. tão mere-cidainente desempenha.

Entretanto, devo dizer quesuscitou-se ali uma duvida, quevenho expor ao conselho e a v.exc, para que seja resolvida co-mo melhor entenderdes.

O art. 117 do regulamento ge-ral da iristrucçãp publica esta-belece que fará parte do coiise-lho superior o intendente muni-cipal da capital ou, no seu im-pedimenlo, o. vogai por este de-signado.

Foi em conseqüência cTéssadisposição que o sr. intendenteactual me honrou com a desi-ghaçaò a que me referi.

A duvida que se levantou foisobre se á delegação è ¦ penna-nente, qu refere-se somente ásessão para que foi feita, por-que o citado artigo 117 nada diza respeito.

Parece-me que a delegaçãodeve subsistir emquanto durar oimpedimento que á determinou;mas como não lia disposição ex-pressa a respeito, suBmçtto aquestão ao conhecimento doconselho e do sr. intendente pa-ra resdlvel-a do melhor modo.

Desejaria saber o que ha arespeito, para meu governo.

Passo agora a fundamentarum requerimento que vou sub-metter á consideração do conse-lho e que, espero, merecerá asua approvação.

No próximo domingo, 12 docorrente, a população de Barca-rena pretende levar a effeitouma ecremonia que revela gràn-de sentimento patriótico:—a ex-hümáçãó dos restos niortaès doconego João Baptistâ GonçalvesCampos.

Creio que não haverá nenhumparaense em cuja memória nãoesteja gravada a lembrança dosgrandes feitos patrióticos d'esseeminente sacerdote, feitos quenão preciso encarecer.

Assim sendo, não ha, a meuvèr, melhor oceasião para a In-tendência municipal de Belém,acompanhando os briosos senti-ineitlos d'üma população, queprocura manifestar de modo con-digno os sentimentos de grau-dão de que se acha possuída,render um prato de homena-gem áquelle paraense illuslre.

Quero dizer com isso que oConselho Municipal de Belémdeve fazer-se representar, n'es-sa ecremonia civica, por uma

commissâo especial eleita d'éri-Ire os seus membros.

N'esse senlido é que apresen-to um requerimento que, espe-ro, merecerá a approvação doconselho, por significar elle umpreito de homenagem prestadopela municipalidade de Pelem aum patriota illuslre.

Passando agora a outro ponto." Venho apresentar, em nome

da commissâo de fazenda, umparecer por ella elaborado so-bre a petição em que o ama-nuense da secretaria da inten-dencia, João Geraldo da Silva,aclualmenle doente e no gosode licença, pede mais um annode licença, em prorogação.

A petição do supplicante éacompanhada de documentoscomprobalorios do seu estadomórbido, documentos esses queconsidero de maior valia, poissão assignados por dois distin-elos clínicos paraenses, os d rs:Bricio Filho e Cícero Peiina que,como o peticionario, se achamno Rio de Janeiro.

A commissâo, tendo em con-sideraçãó esses dois altesládósmédicos, deferiu o requeriinen-to, por achal-o justo e concluocom um projecto n'esse sentido.

Vem á mesa, é lido e postoem discussão o seguinte

REQUERIMENTO

aRequeiro seja eleita umacommissâo especial do seio d'es-te Conselho, para ir a Barcare-na assistir á exhumação dos res-tos mortaes do eminente pátrio-ta conego Baptistâ Campos, emveneração á sua memória e quedeverá ter logar no domingopróximo, 12 do corrente.

Belém, 9 de dezembro de 1897.—O vogai, Cordeiro de Castro.

O sr. Sabino da Luz:—Sr.presidente, o requerimento queacaba de ser apresentado, e orase acha em discussão, não pôde,pelo alto conceito que encerra,solTrer discussão, a não ser aque tiver por intuito corroboraros termos em que é elle conce-bido.

Fico satisfeito, sr. presidente,quando vejo que é do seio doconselho que parle essa idéa pa-triotica, que muito o recom-monda.

O acto do sr. dr. Cordeiro deCastro merece toda a considera-ção do conselho, por isso querepresenta um voto de roconhe-cimento, um preilo de merecidahomenagem.

Voto, portanto, pelo reque)^mento e espero que assim o faráo conselho.

Encerrada a discussão é ap-provado o requerimento.

O sr. presidente: — O regi-mento estatue que as commis-soes especiaes serão eleitas ecompòr-se-hão do numero demembros que o conselho deli-berar.

N'eslas condições e só haven-do numero marcado no regi-mento para as commissões per-manentes, consulto o conselhosobre quantos membros deverãoformar a commissâo de que tra-ta..o requerimento.

O sr. Cordeiro de Castro (pe-Ia ordem): —Sr. presidente, euacho que, se fosse possível, de-veria comparecer áquella cere-monia todo o conselho incorpo-radOi Mas, isso não é possível.

N'essas condições, indico quea commissâo especial para talfim eleita componha-se de 3membros — que é o numero de-signado para as commissões per-manentes.

E' approvada a indicação dosr. Cordeiro de Castro, proce-dendo-se em seguida á eleição.

(Continua).

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EDITALKlclríto de um Seuailor

O senador Antônio José de Lemos, Inten-dente Municipal de Belém, capital doEstado do ParáFaz publico que, para a eleição a reali-

sar-se em 23 de janeiro próximo, para umSenador Estadual, foi em sessão de hoje,dividido o município cm 52 secçôes ciei-toraes do modo seguinte:

1.» secção—(Districto da Sé)— 1., 2.3, 4, 5, 6 o 7 quarteirões, c funecio-nará no Paço Municipal na sala doJury.

2." secção— 8, 9, 10 o U quartei-roes, funecionará no Lyceu Paraense.

3.a secçao—12, 13, 14, 15 e 10 quar-teirões, funecionará na estação da Estra-da de Ferro de Bragança, á Avenida 10de Novembro.

4.» sceção-17, 18, 19, 20 e 21 quar-teirões, funecionará no edifício da liece-bedoria do- Estado.

o." secção—22, 23, 24, 25 e 20 quar-teirões, funcckmará no edifício das BellasArtes.

0-a secção—27 quarteirão, unico da ilha,das Onças c funecionará na casa do ciila-dão Manoel I. Rodrigues de Moraes.

7." secção—Os quarteirõos de Aura eOriboca, funecionará na casa de residen-cia do cidadão José Carlos Barata, noMurutucú.

8.» secção—Districto de Caraparú 1.»subprefcitura,funccionará na casa de resi-dencia dó tenente-coronel Manoel Gonçal-ves da Cruz.

9.» secção— 2." prefeitura—Jandialiy,funecionará na oschola publica municipalna fazenda Pernambuco.

IO11 secção—3» subprefeitura—Guajará-assú, funecionará na casa de professorelementar de Curussambaba.

11.» secção—Guajará-miry, Conibú eJanipaúba, funecionará na fazenda Ua-cuam-miry, no districto de Guajará-miry,na casa do capitão Antônio Clemente deFaria Maciel.

12.» secção—Districto de SanfAima,1, 2, 3,4j 5 c 0 quarteirões, funeciona-rá na Escliola Normal.

13.» secção-7, 8, 9, 9 10 e 11 quar-teirões, funecionará na escliola publica-do sexo feminino, á rua Lauro Sodrén. 47; í

14.» sccção-12. 13, 14, 15, 10 e 17quarteirões, funecionará na,casa n. 208

á rila Lauro Sodré, canto da travessa Ben-jainin Constant.

15." secção—18, 19, 20, 21, 22, 23,24, 25 o 20 quarteirões, fuInspectoria das Águas á rua da Industria.

IO." secção—Districto da Trindade—1, 2, 3, 4, 5 e 0 quarteirões, funecio-nará na escliola publica do sexo femininoregida pela professora d. Emilia de Be-lém, á rua do general Gurjão n. 09.

17.» secção— 7, 8, 9 e 10 quariei-rões, funecionará na escliola publica dosexo feminino á Avenida índio do Brazilri. 71 regida pela professora d. AntoniaEmilia da Conceição e Silva.

18.» secção—11, 12, 13 e 14 quartei-rões, funecionará na escliola publica dosexo feminino regida pela professora d.Barbara Leal, á travessa Benjamim Con-starit n. 101 A.

19.» secção—15, 10, 17 o 18 quartei-rões, funecionará no Tlieátro da Paz.

20.» secção—19 o 20 quarteirões, fim-ccionará na escliola publica do sexo femi-nino á rua de Santo Amaro n. 71.

21.» secção—21 quarteirão', funeciona-rá na escliola publica do sexo masculino árua Àcypreste ManoelThèodoro ri"; 120.

22.» secção—Districto de Nazarcth—1» e 2° quarteirões, funecionará na cs-cliola publica do sexo feminino regida

pela professora d. Maria do Carmo daSilveira e Souza, á estrada dsrS. João,

, -l, -.. --., canto da travessa 1). Romualdo Antôniomecionará na',de Seixas.

23.» secção- quarteirões, ¦ fun-ccionará na escliola publica do sexo fèniinino á estrada de S. Jeronymo n. 85.

24.» secção—5 e 0 quarteirões, fun-ccionará na casa de residência do cidadãoCarlos Infante do Castro, á estrada deS. Braz ri; 70. entre as travessas líuyBarbosa o Quintino Bucayuva.

-25.» secção—8, 9 e 10 quarteirões,funecinará na escliola publica do sexo l'e-ininino regida pela professora d. MariaRibas da Costa Rogo, á travessa Generallissimo Deodoro, antiga 2 de Dezembrocm frente áo-Hospital D. Luiz I.

20.» secção—11, 12 e 13 quarteirões,funecionará na escliola publica do sexofeminino regida pela professora d. Vir-ginia V. de Seixas, á estrada da Indo-pendência n. 10 em frente ao antigo In-stituto de liducandos Artífices Paraense.

27.» secção—14, 15 o 10 quarteirões,fuhcicüriará na escliola publica do sexomasculino ú praça Floriano Peixoto, a'n-tiga de S. Braz, escliola regida pelo pró-fessor José Daninzo de Oliveira.

28. secção—Marco da Légua—quar-teiráo unico, funecionará na escliola pu-

blica do sexo feminino regida pela profes-sora d. Lueiridá de Oliveira Tavares,fronteira ao Bosque Municipal. ,

29.» secção— Bónevides— quarteirãounico, funecionará na estação da Estradade Ferro de Bragança.

30.» secção—Santajzabel— quarteirãounico, funecionará ua escliola publica dosexo masculino.

31.» secção—O eleitorado do Araripee os 1 e 2 quarteirões do Apéliú, fun-ccionará na escliola publica do sexo mas-cuüno no Apeliú.

32.» secção—Apelui—3, 4 5 e 0 quar-teirões, fuceionará na estação da es-tráda de Ferro de Bragança rio Apebú

33.» secção— 7 e 8 quartoirões, fun-ccionará na escliola publica do sexo mas-ctilinó no Oástanhal.

31.» secção—9o o 10 quarteirões, func-eionará. na escliola publica do sexo femi-nino no Castanbal.

35.» secção—Pinheiro—quarteirão uni-co, fuiiccionará na escliola publica do sexomasculino regida pelo professor CelestinoFerreira.

30» secção—Mòsqueiro—1, 2, 3 c 12quarteirões e funecionará na casa dotenente-coronel Loureiíçò Lúcidoro Fer-reira da Motta, rua do N. S. do O',canto da travessa do Bispo.

37.» soeçáo—4, 5, 0, 7, 8, 9, 10,11, 13 e 14 quarteirões, funecionará naescliola publica rio sexo masculino á tra-

¦vossa do Bispo.38." secção— 7., 15, 10, 17, 18 e 19

quarteirões, funecionará na casa de resi-,ciência do cidadão Manoel Nicoláo Foro,em Bôa-Visla.

39.» secção—Barcarena—1" quartei-rão, funecionará na escliola publica rriix-ta em Taucrá.

40» secção.—2." quarteirão de A. atéJ., funecionará na casa de residência docidadão Sebastião A. G. do Araújo, naMadre de Deus.

41» secção—2.» quarteirão de L. atéS. friiicciõnara na escola publica mixta emXirituba.

42» secção—3."quarteirão, funecionarána casa de residência do cidadão JoãoVirgolinoC. Dias,no Arápiranga.

43» secção—4.o quarteirão, que fun-eionará na casa de residência do MajorGeraldo Fernandes da Costa, no EngenhoSanto Antônio.

44» secção—5 c 0 quarteirões que func-eionará na escola publica do sexo feniini-no no logar Conceição.

45» secção—7" quarteirão que funeciona-rá na escola publica do sexo feminino navilla de Barcarena.

4G» secção—2.o districto de Barcarena—Aycaraú—1,2, 3, 4 cõ quarteirões quefunecionará na escola publica mixta cmCurussambaba.

47» secção—Bemfica—1, 2, 3,4, 5, 0 e 7quarteirões, e funecionará na escola pu-blica regida pelo professor Antônio Joa-quiní

'fobias.48» secção—8, 9 e 10 quartei rões e fun-

ccionará na escliola publica do sexo femi-nino regida pela professora dona LuizaTbeodora llauseler.

49» secção—Itapiciirú—1,2,3,4,5,0,7,8e 9 quarteirões e funecionará na escola pu-blica do sexo masculino.

50» secção—lnhangapy—1,2,3,4,5,Oe7 quarteirões, e funecionará naeseola pu-blica do sexo masculino.

51» secção—Conde—1,2,3,4,5,0,7,8,9o10 quarteirões e funecionará na escolapublica do sexo masculino.

52» secção—Casüinhal—constará do5" quarteirão e funecionará na estação daEstrada de Ferro de Bragança, em Mara-paniríi.

E para que chegue ao conhecimento detodos é este aflixado na porta da inten-dencia e publicado pela imprensa,

Iritendcneiá municipal de Belém, 24 dedezembro de 1897.—Antônio José de Le-mos, intendente. (5

E' demais

Por ventura o crime ou o assassinato dePaula em Montanha, no alto Tapajóz, per-maiiecerá, impune por tanto tempo, uem as-sim o auetor ou auctorcs?

E' demais IPor ventura ainda similhanto facto cri-

minoao. e do qual Occupara-se em uma seriede artigos o sr. Coriolano Cavalcante nãomerecerá nenhuma importância para ocxmo. sr. dr. Procurador Geral do Estado?

E' demais 1O Coei. Penal. (11)

Serviço Ia Limpeza Puillcaeontractantes

PEREIRA, PINTO & C.

Escripíorio :-Rua de Santo Antônio n.00, (entrada pelo corredor)Telephono n. 270.

Coclieira:—Avenida Serzcdello Corrêa n.123. Telephono n. 170. (7)

EDITAES0 senador Francisco do Moura Palha,

intendente municipal da cidade da Vi-gia, etc. ";.'-::,

Faço sabor aos que o presente editalvirem, que o Conselho Municipal, «msessão extraordinária de hoje, nos termosdo art. 2« da lei Estadual no 450 de 19 dofevereiro do corrente anno, dividiu omunicípio em sete secçòe» eleitoraes comopreceitúa o art. 3o da lei Federal n. 35de 26 de janeiro de 1892, adoptado comolei do Estado, visto que no dia 23 de ja-neiri vindoiro deve proceder-se á eleiçãopara preenchimento da vaga deixada nosenado estadual pelo fallecimento do se-nador Gonçalo do Lima Ferreira, c de ac-cordo com o qiie resolveu ò dr. Governa-dor do Estado pelo decreto n. 509 de 20de novembro próximo findo, A 1» secçãoque comprchendo parte da cidade, da tra-vessa General Gurião até oGuarimã, Tau-apara e Jenipahuba (1° a 7o quarteirõesdo 1" districto e 1° o 3o), funecionará noedifício, onde celebra as suas sessões oConselho, á rua Senador Moura Palha,n.21, cm conseqüência do ainda não te-rem sido entregues as chaves do edifícioMunicipal; a 2» secção, que comprehcndeos 8° e 9» quarteirões do 4° distri-ctos, Fazenda, Tupinambá e Eama, fun-ccionará no Tupinambá, escliola publicadoprofessor Domingos Alfredo da Silva; a3» secção comprehende o 1", 2o, 3o c 4"quarteirões do 2° districto feidade) fun-ccionará na escliola publica do professorJacques de Lima Rodrigues; a 4» compre-hende o 5% 6o, 7o, 8", 9», .10», lio e 12»quarteirões (Arápiranga, Barrota e Mo-juim), funecionará no Arápiranga na es-chola regida pelo professor Antônio Vir-golino do Valle, a 5» comprehcnde o 2o,3", 4" e 5o quarteirões do 3o districto dorio Pereira ao Baiacú, funecionará na es-chola publica do sexo masculino de PortoSalvo; a 6» comprehende o 6o, 7» e 8o

?uartoirões (Baiacú, Cumaru e Patanátena)

unecionará cm Penha Longa, eschola doprofessor Francisco Raiol Pereira; a 7»comprehende do 9o ao 14° quarteirões do3o districto (Bahia do Sol; Tauá e Ubiri-tuba), funecionará no sitio «Baptistâ Cam-pos», em Tiacuatena, propriedade do ei-dadáo Joaquim Carolinodo Sant'Anna.

E par; juc chegue ao conhecimento detodos, mandei passar o presente edital,que será aflkado nos logares públicos ena imprensa. Dado o passado n'csta ei-dado os vinte e dois dias do mcz de dez-embro de 1897. Eu Mariano Concei-ção Souto Brazil, secretario, o subscrevi.—0 intendente, Francisco de Mourafalha,

- 4

AVISOS MARÍTIMOS

linu/.oii gtcnm .ViiviííiUion <'om«¦uui.V) Ijiinilcd

LINHA DE SOUREDe janeiro a junho as viagens da linha de

Soure serão feitas a 10 c 25 de cada uiez, ánoite, e o regresso na madrugada dos dias12 e 27, nos termos do respectivo contractoem vigor.

ParS, 28 de dezembro de 1897.

VIAGEM A SANTA JULIA0 paquete a vapor Paes de Carvalho,

segue para Santa Julia, no dia 3 de janei-ro próximo ás9 horas da manhã.

Receba carga até 31 do corrente. Oexpediente ate 3 horas da tarde da vespe-ri da partida.

Belém, 29 de dezembro do 1897.

VIAGEM AO RIO MADEIRAO paquete a vapor « Princeza Izabcl », se-

guc viagem para o rio Madeira, tocando ¦nos portos do costume, no dia 5 de Janeirovimloiro, as 9 horas da manhã.

Recebe carga da alfândega e de terra, até odia 3 do referido mcz.

O expediente será dado na véspera da par-tida, ás 3 horas da tarde. .

Belém, 29 de Dezembro de 1S97.

VIAGEM EXTRAORDINÁRIA AIQUIXOS

*

O vapor ciBarcclíos », segue viagem paraIquitoa, tocando cm todos os portos paraonde houver carga, no dia 10 do Janeirovindoiro, ás 9 horas da nianlifi.

Kucebe carga da alfândega e de terra até odia 8 do dito mcz.

Encoinmeiidas c passagens até as 3 horasda tarde da véspera da partida.

Belém, 29 de Dezembro de 1897.

LINHAS DE CURUOÁ, ARAGUARYE COUNANY

No trimestre de Janeiro a março, as sai-das c entradas de vapor das linhas acimamencionadas, serão reguladas pela seguintetabeliã:

«<. P '' §

-= W< T2

SEGUNDA-FEIRA, 3

liCiluo (le ma cofre, moveisc iiiereiuioriiiH, a rua fl.'l ile VDni»;

entre u li-avessa ? de §e<cui-Itrw c lar;;o <le 9>ulaci<>

agente Robim venderá cm leilão as se-guihtcs mercadorias e moveis:

cofre, secretaria, 1 carro. 1 cavallo, me-zas, balanças pequenas e grandes; boiões, ei-garros, ariiarçõcs, carteira, deposito parucafé, escada, saecas para eaféj lutas vasins,funil, talhadciras, talha, cándieiros, balcão eoutras mercadorias.'

Chama-se a attenção dos srs. compradores,para este leilão. -

A'n *<£ horas.

TERÇA-FEIRA, d

l.eilfio ile fuHcniluíi geraes, nlinu«(a»ia e liiiutle/.as. no armaxciii

lios si-n. H''eri'âo Itorges & f.O agente Robim venderá em leilão por

conta tios srs_. Ferrão Borgos & Comp, as se,guihtcs' mercadorias: dril azul B doirado-riscado augusta c toledo, chitas, crelOncs,crepon, brim branco é pardo, setiuotas, mo-rins de .10. 20 e 40jardas, c outros artigos.

.%'s 1t liorus» .

o o i< m m te m ¦» o o « ?) j;r-l 91 n»| ri IM 01 ~

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•S-g'-í3.2-3-g';d-|-S-g'-S.pes&aoaÈÍP-Bsb aa o „U U o

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01-3 -ã -3t- o íii!) ia * p n oo h i>i ií^ Si SI 35 OI r-l ti oi- *

VnporeH tlc Marques ltraffa & €'•VAPOR .. CIDADE DE FARO -

Segue viagem para a linha das Ilhas c por-to» de escalas, no dia 4 de Janeiro vindoiro,ás 9 horas da manhã.

Recebe carga no trapiche do commercio atéás 4 horas da tarde do dia 3. Expediente cpassagens no escriptorio de Marques Braga& Comp.

LEILÕESfazendas

No mcz de Janeiro de 1898.Pelo agente Robim.M. A. Marques & Comp, em 4.Silva,.Kaiiltiiss & Comp, cm 5.Carradas, cm 10.Rodrigo Aniorim, cm 11.Gaspar Martins Sc Comp, cm 18.Oliveira Pinto & Comp, cm 21.Ferrão Borges & Comp, cm 24.Pírejr» Mwíto? & C«nj>, ím 27.

C!oini>a»li2a S*. da BiitluslriaiPasioril

Convidamos os srs. subsertótores de ucçõesda segliiidu omissão, a virem até o dia '.)i doandantò, ractiilcat: us acções que subscreve-ram, fazendo n'esse acto o pagumentò da pri-moira entrada de IO-/., ou õ.ÜOO reis porácção;

Pará, I de Janeiro de 1898—Os'dirootores,Antônio F. Ferreira Penna, Pedro G.Chermonl de Miranda.

Oolleg-io ProgressoA directòra d'este èstábclccimetito do cn-

sino, avisa que reabro as suas aulas no dia 10do Janeiro, continuando a receber alumnasinternas e externas. Participa que faz partedo ensino a distineta professora dona AneziaSchusler. (4

CAIXBIEOPRECISA-SE do um de 12 a 10 itnnos; na

travessa Caldeira Gastelló Branco, n. 159;trata-se na mosiiia. Só se acecita quem déabono á siia pessoa; quem não estiver nascondições escusa api'csonlar-sc, Paga-se bomordenado. (?.

TDRATBO DA PAZ TERRENO A' VERR1&ran<ic C»si53>asiEiia fi^ramatica SÍBAS» EEBtAClA

FUNDADA EM 20 DE NOVEMBRO DE 1888

HOJE! Terç?-ísira, 4 ie taire HOJE!ESPIÍGTACÜLO FIM DE SÉCULO

BSisos c galhofa»! fabrica <Je gargalhadasA pedido de muitos distiiictos cavalheiros, a empreza resolveu dar definitivamente

a secunda o ultima representação da espirituosa comedia em 3 actos

Aos «ossos leitoresPOE occasklo. de nova sa-fra para a estação de 1898-1899;a antiga e bem conhecida casa

DRETBL FREJEVES

julga de seu dever, lembrar a;to-dos os e seus clientes amigos quetoda a manteiga de sua marca éahsoIiiiaBueníc pura e livrede qualquer -mistura, além do SAL»\\\\SM NATIIUL que é 0 unicoprodueto admittido pelas Juntasde Hygiene para a sua conserva-çüo. ¦

FABRICA DE SABÃOc CONSUMO»

Esta importante fabrica acaba de concluiras reformas de que carecia para o augmentode sua producção, do forma que hoje estáhabilitada a receber encommendas avultadaspara os produetos das suas marcas rogis-Iradas de sabões CONSUMO, os quaes jásão bem conhecidos o proferidos u'ostc Esta-do e 110 do Amazonas, pela sua bòa fabrica-ção, officacia, tamanho das barras e esaeti-dão do peso.

Temos as seguintes marcas:Saltào consumo ccIchIc cm caixas

de 20 e 24 barras.gabao preto cm caixas do 20 c 24 bar-

ras.Muhào uiaiavillia cm caixas do 20 o

24 barras.Naltão OITciiltacli cm caixas do 20 o

24 barras (mármore de cores diversas).Nabuo 1'rogrcNNO) sem aroma.Maitào I' aiuiiiur, sem aroma.Multào l^iiiitulivu. sem aroma.Nuhiio ile Cacau, sem aroma.Todas as marcas supra estão legalmente

registradas na Junta Conimercial desto Es-tado o depositadas na Junta Commcrcial daCapital Federal.

Os proprietários,S. Ferreirade Oliveira & C.

Collcgio «Hcsiis MariaJfosé

Esto estabelecimento decdficaçao para mo-ninas, reabro as suas aulas no dia 10 docorrente mcz.

Acceita alumnas internas, semi-internas oexternas.

As pcnsóts são as mesmas dos annos pro-cedentos.

Ocollogio funeciona na casa n. 11, a tra-vessa Ferreira Penna (antiga da Estrellaj.

Pará, 3 do Janeiro rio 1898,—Miiria F,Fe mm Som^ pjrwíçrg. ç

dnico estabelecimento que possue maiorvariedade de doces e refrescos

Mtf'ri2 B^BBKMCO

ou coalhado, contendo totlos os agcntssdo nutrição.

TRAVESSA S. MATIIEUS, 0

B^OSiSSO í.-. ÍÍ55 VASfO^CEOE-BiOSIJAKA'

mnn o hotel do Nazarcth,

-SR com frente ao Arraial,n. M, por ter o dono

do ausentar-se pura a Europa. Quem doso-jar comprar, trata-se no mesmo, prefóre-scqíic soja ainda írcsto mez (1

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se á rua Dr. Malcher n. 21 A. 3

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VENDE-SE um bom terreno livre o des-embaraçado na" Estrada de Bragança, de-fronte da residência do sr. Estevão da CostaGomes, medindo 25 braças de frente o 150do fundo. O terreno está plantado e tem umacasa do palha.

Trata-se na rua da Industria n. 30, pri-meiro andar.

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ESTAIXTISSpara musica, e mochos do rosca, para pia-no c harpa, despachou a

CADEIRA D01RADA

Travessa Campos Saltes, 22

ncçõcM, apólices, (í-itchom. isio-vels, etc.

0 corretor e agonio do leilões.d'esta praça,Antônio B. Furtado, com escriptorio a tra-vossa Campos Sallós n. 3, tom constante-monto ordens paru a compia o venda do pro-dios, terrenos, acções do Bancos o Compa-niiias, apólices do Estado, (lebenturcs o ou-tros títulos; promovo eniprestimos do di-nlieiro a juros, hypothccas, negociações dolettras, câmbios, etc.

Acecita ordens para vendas cm leilão, oucm particular, slc prcdiòs, terreno, vapores,gencros iidcinouacs p ext-raugeiros, faz leilõescm trapiches o cm casas coniriiorciacs; do mo-vois em rosidoncias particulares, liquidaçõesdo todo o gênero, fazendo adòantanioiitos porconta doscffoitos a vender. Prolnptii liquida-ção o reserva nas transiicçõcs. — Telephonon. 400. «

de fazendas bem localisa-da o áfréguezada, no cen-tro do 1'onimorcio, trás-

passa o corretor Cruz, escriptorio, á rua 15do Novembro n. Sõ; telephono n. düO. (o

Tomam parte os distinetos artistas Ferreira de Souza. Adelaide Cpitinho, Rangel,Amélia Dolorme, Bragança, Vieira, Deoünda Rodrigues, Alfredo Silva, Marinha Cor-roa, Marzulo, líamos o Mendonça.

Mise-CBB-scesBe do ariisía 16IASI «BLICA.PREÇOS E HORAS DO COSTUME

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rija-se uo hotel Occidental, rua da Trin-dade, n. 62. (3

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Acha-se dosdo bojo aborta a matricula paraaoschola paroohial, cujas aulas começarãoa fiinccioiiar no dia 10 do corrente.

A tratar no consistorio da cereja do SanV-Anna, rua dr. Paes do Carvalho.

Pará. 3 .de Janeiro de 189S.—ÇoneffóMal-te;, vigário. O

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Recebe por todos os vapores novidadesmusicaes, escolhidas especialmente para nos-sa casa; portanto, não tomos musicas feias.Vedo, com attenção, os catálogos que se es-tão distribuindo.

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vigor relativas á guarda nacional,um volume, encadernado . . . 128000

Juristas Philosophos—Beviláqua,um volume, brochado 108000

O homem primitivo—Luiz Figuicr,um volume, encadernado . . . 168000

EsMríos Allemães—'fobias Barro-to, um volume, encadernado . . 168000

Medição de Terras—Macedo Soa- .res, um volume, encadernado , . JoSÜOU

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//, Rua i$ de Novembro, 15

A juros razoáveis sobrehypothoca do prédios; dá-segrandes o pequenas quan-

tias por conta do cominittcntçs; á tratar como corretor Furtado, á rua 13 de Maio n. 73ou 110 escriptorio á travessa Campos Sallesn. 3. "

n;,,,.!.!. Vende-se unia nova com to-KinVíilRlH (1°s "s pertences, para !.<>VIUJUIWIU m'cm-. a muiiior que tem vin-Jõlio Pará. Trata-se na agencia Furtado, árua 13 de Maio n. 73; telephono 11. 244. 3

AVISOPede-se ao publico a tineza de renovar sem

demora os endereços registrados n'cste escri-ptorio, afunde evitar qualquer transtorno naentrega dos telcgrammas.

AY. Bent Supcririlendent das Western &Brazilian Telegraplí Conipany, Limited Ama-zon Telograph Company, Limited. (1

CASAALUGA-SE uma casa para família; a tra-

tar á travessa S, Mathcus n. 34. 1

&o mwm e ao publicoJ. A. Pereira & C", declaram que fica som

efleito o protesto insorto 110 jornal Pará, do27 do corrente, sobre traxsacções com o sr.Josó Pedro de Siqueira Brito, visto torniosentrado 0111 accordo.

Bolóm, 2S do Dezembro de 1897, (1

AO COMMERCIODECLARO «ue mudei o meu estabeleci-

mento da rua dos Cavatlciros, predio n. 22,para a rua das Flores, entro as travessasPrimeiro do Março o Quinze do Agosto.

Pará, 28 de Dezembro de 1897.—AntônioRodrigues da Costa. "(1

))

ACÇÕESIII: BI.VNCOS K COMB»AXBBBAS

O corretor Furtado recebo ordens paravender o comprar acções, títulos do Bancosdo Companhias o do Governo; podo ser pro-curado cm seu escriptorio á travessa Cam-pos Salles 11. 3 ou na agencia Furtado, ãrua 13 do Maio u. 73. Telephono ns. 40Ó o244. 54

¦se

Uma fazenda de gado nò districto do Alem-quer, lago Paracury, com varias posses doterrenos, campos do civação de (,pado, casa dovivenila de (clha,200 rezes, gado vacçuni,mari-so, conto e tantos cavados, carneiros, porcoso utensílios de unia fazenda. Para informaçõesua agoucia Furtado, á rua 13 do Maio n. 73.

PRETO, VERDE E PÉROLAImportado da cidade'de Pekin, capital da

China.—15' a melhor qualidade epie temvindo ao Pará.—Especialidade da CASAPEKIN, á rua Conselheiro João Alfrc-do.-(PARA').

Só depois da guerra cliino-japoneza foique conseguimos obter a importação d'estemagnífico chá, em virtude do ter o fabri-canto rescindido o coritractò. que tinha comuma importante casa do Japão.

Dêmos graça, pois, de ter havido a guerraciüno-japoiieza, som a qual nunca consegui-riamos expor á venda tão saborosíssimo edelicioso ená.

CASA BMCMBX-JOAO COSTA & C.Rua Conselheiro João Alfredo, canto da trav.Campos Salles,

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4 carteiras americanas doabrir o fechar, própriaspara escriptorio. Acham-se

cm exposição na agencia Furtado, â rua 13do Maio n. 73. 1

PRECISA-SE do umabòa cosinheira para uniacasa de família do duas

pessoas. Dá-se informações na agencia Fur-tado, á rua 13 de Maio n. 73. 1

um predio no arraial doNazarcth. Trata-se com ocorretor Furtado, á rua 13

de Maio n, 73, ou no escriptorio, á travessaCampos Sallo .n. 3. 1

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para engenheiro, na «Barbearia Almeida»,largo do SanfAima 11. 3. Preço resumido.

Fíl t BinO Vcndem-so dois bons pianos crlflNUu por preços bastante razoavcS-.,

Funndo, á rua 13 de Maio n. 73,

PÁGINA SEM NUMERO MUTILADA

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União ParaenseCompanhia \st u^wxm òc tnfra

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E' um attestado eloqüente de quanto podoo trabalho aluado a perseverança e à vontadede corresponder as justas exigências do pu-blico d'esta progressiva o bella cidade deBelém.

Cada aimo que passa, são outros tantosd« viclòria. e experiência.

lí UM TMOIPIIOque cabalmente compensa os seus infatiga-veis proprietários d is labores incessantes detodos os dias, dando-lhes ao mesmo tempoforça e coragem para de melhoramento cmmelhoramento conduzil-a ao invejável pé deprosperidade em que hoje se acha

SEM TEMER COMPETÊNCIAporque todos estão convictos de que omnenhuma parte serão tão bem servidos comolia Formosa Paraense que tem atra/, de si

:»3 anuo* «le existênciadurante os quaes Urinou no espirito publicoa convicção da seriedade e lealdade de todasas suas transacções.

Com as ultimas reformas realisadas neste

importante estabelecimento por seus incan-sáveis proprietários, pódc-se dizer (pie pre-sentemente este Empório do Luxo e daElegância corresponde mais do que nunca ábclloza de seu nome e

A' Symputkià,A' PrcUilecção

Eao Alto Apreçode sua enorme frcgiiczia, cujos favores cconfiança, retribuo com a serie do melhora-mentos que váe dia a dia introduzindo. Paraisso A i''oi'iil«ftA PariiCiiNC correspon-de-se tlirectamente com as mais acreditadascasas das primeiras capitães da Europa,America e Sul do Braz.il, onde imperam estu-pendos progressos iiidiislriaos. Modelou asua organisação pela dos primeiros cstabelo-ei mentos de seu gênero e baseada mi sua di-visa ileVcmlcr com pouco lucro

pui-u vender multotem operado toda a somma de progredi meu-tos de que todos são testemunhas, conseguiu-do d'este modo servir ao publico

COMO NENHUMA OUTIÍA I

Ostenta em suas prateleiras osgjielhoresproduetos da Arte !

Vendo por preço módico o queem outra qualquer parte poder-se-ia conse-guir com soinmas exhorbitantes I

Acceita sem constrangimento toda e qual-quer mercadoria vendida, que não fòr maisbarata do que em outra qualquo parte, de-volvendo-se em seguida o dinheiro I

A I''oriiiow» Paraenseó finalmente hoje um verdadeiro El Doradopelos primores que soube acemnulai- nassuas vitrinas, resplandescentes de todas asmaravilhasDO LUXO ! DA MODA! DA ELEGÂNCIAsobresalundo também o seu enorme stoek detecidos grossos, morins, cambraia», tecidosde pliantasia, chitas, cretones, riscado An-gusla, lans e sedas.

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põ'jhcra'8 de grandes e pequenos valores;pode ser procurado na agencia Furtado, árua 13 de Maio n. Ti ou na travessa Cam-pos Salles, escriptórip n. 3. 4

para completa extineção dasformigas, sauvas, lesmas, pul-gas, porcovejos e todos os in-

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Ia, cenouras, couvc-saboya, troiichuda, mur-ciana, repolho, chicória Branca, salsa, pimeu-tão, tomates, pepinos, natas, coentro, raba-netés, melão, feijão de vagem, mostarda,cebolinho, etc.

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CADKIRA nOIRADA

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Np p>© *s

Pi-ivilcgiailn pela í,oi ii. ilSõ ilc II de Wiiioile SSÍ».-,. amiiliailn porGoiiiriiçío Mii|>|ilolivo de :i ilc Agotiió «Ic IN»S, cm virtude de disn-narlio do exino. ttr. «Ir. Paes «1c Carvalho, «Ic «5 «Sc Maio «Io cor-renli» anuo

Os proprietários desta florescente fabrica industriar partecipam ao respeitável pu-blico que acabam de remontal-a a vapor e com os mais aperfeiçoados maçhinismos tantopara a fabricação de perfumadas sólidas, como para a exlracção de essências des niará-vilhosos produotos da incomparaycl Hora aiiuizoSiica.

Ouírpsim, conmiimicam aos consumidores que melhoraram a fabricação e alteraramíi forma do SABONETE FAMIUAR.quc era preparado embarcas curtas e passou a sei-o'" ,: ' "" áromalisadasem barras compridas dcias de

cores diversas, em caixa de 20 barras, ilas com ossen-

Ciuaai'11, Patchòiily, Cmiclisi, I»ei'ijierj«k;í», eíe.Esses sabonetes marca PROGRESSO são de grande c incalculável economia c ser-

Yem para todos os usos domésticos, inclusive para uso de toilcttc, devido a superioridadeliygienica -.- oclorjferil sobre os sabões conimuns, sendo que o seu preço é ainda inferior aoamarello, maravilha, e é o único usado em todos os paizes,

. A fabrica esta hoje produzindo em grande esealla os sabonetes denominados S.\0JOÃO, .em caixas sortidas, cores atrahentcs, já muito conhecidos pela sua superioridade epela mgdicidade de preço, que è a

9.000 BtEBS A IW'M;assim como todos os mais. O preparo & feito a frio e quente, pelos processos c formulasdos mais afamados perfumistas do mundo, variando o preço de taes sabonetes de 38000 a258000 por duzia, ein cartonagens de pliantasia, de 3, 0 e 12 sabonetes.

ALEM DISTO fabrica-se támbiki diariamente, e com apurada perfeição, Cohiiic-licos, de todas as cores.—H*oiuada, systema 1'iver em latinhas com espelhos.

B>03iia«lu l*ro£:-eHNo, em latinhas de pliantasia, bocetas, vidros em forma deaves, e animaes diversos, galheteiros, cálices, etc. Estas pomadas são fabricadas hv-gienicamente, tendo por base a vaselina e alem de medieinaes, são isentas de ranço'ccorrosivos.

O pó de arroz da FABRICA CONSUMO não tem competência, aÜeiidoiidò-sc a pu-reza dos materiaes empregados, tanto que já está bastante conhecido em todos os Estadosdo Brazil. Temos as seguintes qualidades:

IV» «leuliiricio, systema novo, garantida sua ellicacia, podendo-se fazer oconfronto com os melhores dos mais afamados fabricantes cxlrang.-iros.

B»iiNlas <íi'ii(jlii<ias. de cereja, tamarindo, tomate, fiibricadás sob as melhoresformulas tlicrilpeuticàs para refrescar a bocea e não ofíender o esmalte dos dentes. listasíiastas são vendidas em boiões, á semelhança da inglcza, frauceza e americana, a preçobarãíissimo.

Sabonetes «Ic He«la, uma especialidade para lavar todos os tecidos de lã e seda,sem otfender nem alterar as cores, tornando-os novos. •

Sabonete neutro, em pó, para barbeiros, sem igual o por preço sem compe-(cheia,

Altin ilos artigos acima mencionados, esta fabrica produz todos os sabões o sabonc-les medieinaes, em formulas diversas, dosados therapouücainenle pelo hábil pharniaceu,tico Bernardo Paes, e manipulados pelo habilissinio perfumista, especialista em saboaria,o sr. J. Pedroso, podendo-se meteionar as seguintes qualidades: sabonetes de alcatrão-andiroba, sulphoroso, pbenicado, boricado, mercurial sublimado, ichtiol sublimado, enxo-fre, arsenicado, vaselina, sueco de alface, glyeerina, etc,

Acceita-se encoramendas de 10 dúzias para cima, de qualquer qualidade, formula cformato.

Belém do Pará, dezembro de 1897.OS PROPRIETÁRIOS,

Serafim Ferreira de Oliveira & C.RUA CONSELHEIRO JOÃO ALFREDO, 12

RIO NEGRONa AGENCIA FIALHO acceitam-se assignaturas para O

Ri» Regro, importante jornal diário que se publica em Ma-náos, capital do Estado do Amazonas.

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ABRE-SE A 8 DE FEVEBEIRO DE 18984, Rua de Santo Antônio 4,

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N'csla casa encontra-se sempre tudo quanto é preciso paramobilar um MEU AG-E elegante e confortável, a preços ao ai-jcatice de todas as bolsas, conforme a escolha e exigência docomprador.

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Vende-se mobílias com 9, 11,13,17 ou 19 peças, e tambémpeças avulsas, á vontade do freguez.

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A VISODo dia primeiro de Janeiro próximo futuro,

em deante, a taxa cPostã Companhia para oserviço interior llcli áuginenta<la em duzentosréis por palavra para todos os destinos comoxcepçãó da correspondência entre Pará eRio de Janeiro para oquiil o augniehtp é ape-nas decincoenta reis.

Devido ao Convênio do Trafego Mutuoentre esta Companhia e as linhas terrestresda União a taxa lixa será a mesma que a daRepartição Geral dos' Tclegrnphos, isto é,seiscentõs réis por tolegriihlina. Km virtuded'ossê Convênio, a Companhia acha-se babili-Uula a transmitiu' telegrainmas de ou para ointerior do Brazil, cobrando somente a,taxacorrespondente ao percurso pelo Cab i Subma-rino correndo por conta da Companhia o dis-phhdiò com a transmissão d'csses telegrani-mas pelas linhas terrestres entre a estação deorigem ou destino e a d'esfa Coaipanhlá quelhe licar mais próxima.

\V. Beiil Superintendente, AVoster & Bra-ziliiin Telegiaph Coinpauy Limited. (2

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de ouro ou de prata com perfeição e segu-rança.

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Gravam-se letras de qualquer caracter,firmas, monogrammas ou dísticos, comple-tamente ao gosto do freguez,

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de algibcira, inglezcs e suissos de todos ospreços e qualidades.—Relógios para cima demeza.—Relógios de parede e marítimos.

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Decreto n 2597 do Governo Federal.

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No primeiro andar do edifício pertencente ao«London and Brazilian Bank, Lta.» com entra-da pela travessa Campos Salles

BELÉM DO PARA'A ii nica companhia mutua que existe ¦

no Norte do Brazil e estaDIRECTORIA: João G. da Costa, e Cunha Presidente; Augusto F. Berneaud-

Thesourciro; Manoul da Silva Cruz Juiiior, Secretario; Dr. Firmo Braga, Medico;Joaquim Antônio de Amoriin, Gerente.—CONSELHO FISCAL: Emilio A. de CastroMartins, Francisco de A. Cerqueira Lima, Francisco Joaquim Psrcira, Advogado,consultor, Dczombargador Ernesto A. V. Chaves. Banqueiro, Banco Norte do Brazil.

ESTA IMPORTANTE COMPANHIA, em menos de oito mezes, isto c, desde 10 deAbril do corrente aimo até 30 de Novembro emittiu SOO upollceit sobre a vida deSJS¦niliviiliios, representando um total segurado de 10.115:0008000, algarismos os-tes a que iiciiIhhiiu eoui|iaiiliia «Io hiiiikIo conseguiu attingir, ate hoje, nos primeiros oito mezes de sua existência. Uma apólice da (Luraníla da Amazônia iprotecção certa, tanto para as famílias dos que fallcccm comoparaaquellcsquc sobrevivem,

Os segurados desta poderosa companhia são, desde a data da emissão da apólice-seus legítimos sócios; como tal tem clica o direito de assistir as suas ssscmblcaa geraes.discutir, votar e ser votados, regalias estas que as companhias formadas por acçées ne-gam por'completo aos seus segurados.

As apólices da UaranÜa «Ia Amazônia encerram as cláusulas mais liberaesati hoje adoptadas pelas companhias mais serias do mundo.

E' cata a única companhia mutua .que existe no Norte do Br azl

JOAQUIM ANTÔNIO DE AMORIM,fimBffMR BBRKHTE.

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para satisfazer ao mais apurado gosto. Garante a qualidade, sendo cgual ou MELHOR da

que actualmente importa-se do estrangeiro.

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(Antigada Alfama)—RUA DE SANTARÉM, 9-(Antigada Alfama)

Casa fuudoda eni 18i)5

IMPORTAÇÃO EXPORTAÇÃOEndereço telegraphico—HOLLANDA—Telephone n, 447

PARA1Tendo esta fabrica passado por uma grande reforma, auetorisa o seu proprietário a

declarar que é a primeira deste gênero n'estc Estado.Sem que tenha até hoje recebido a menor reclamação, as velas o qualquer obra ma-

nufacturadas nesta fabrica são garantidas, empregando-se nas obras todo o esmero, aceio epromptidão, para o que tem materiaes de primeira qualidade, importados directamenta dosEstados-Unidos da America, Brazil e Europa. . .

Só se fabricam velas e obras com cera pura e branca, sendo o trabalho garantido.Tem sempre á venda grande quantidade de obras feitas com cera como sejam : cirios,

bugios, velas doiradas e enfeitadas, pavios para accender velas nas egrejas, tochas, pernas,braços, pés, cabeças, orelhas, olhos, dedos, peitos, barrigas, coração, estômago, ouvidos,meninos, meninas, bustos e qualquer parte do corpo, representando as cicatrizes ou chagasque a pessoa soffreuou soffre, próprias para pagar promessas feitas á Virgem de Nazarethou a qualquer santo, para o seu restabelecimento.

Garante-se a boa embalagem e encaixotamenío, arqueia-sc ou engradeia-se as caixascaso o comprador exija, e pelo bom acondicionamento, é a melhor cera para a exportação econsumo.

Rcccbem-sc velas velhas, sujas c quebradas dando-se em troca novas, assim comocompra-se qualquer quantidade de cera pura d'abelha e velas servidas dos altares; temconstantemente em deposito velas sortidas em caixas do i a 16 em libras e de um só tama-nlio, separado em cada caixa e da melhor qualidade que for exigida.

Pedc-sc aos consumidores que tenham grande cuidado comas imitações, pois ha vc-Ias feitas com ingredientes que alem da muita fumaça são preiudiciaes a saúde, á vista,estraga os ornamentos das igrejas, as imagens, os oratórios e altares oceasionando muitasvezes incêndios.

Aclia-se á. venda em grosso na fabrica e nos principaes armazéns de estivas c a re-talho, nas primeiras mercearias e na fabrica. Dá-se execução com brevidade a qualquerobra de cera que desejarem; attende-se toda e qualquer reclamação; conducção gratuitana capital para os compradores. As velas desta Fabrica não entortam nos castiçaes, nãofazem quase fumaça c conservam-se sempre brancas. r

Muito cuidado com as imitações

Prcvino aos meus commiltcntcs que todas as caixas sabidas do meu-—estalielccimcnto levam sobre a tampa, alem da minha tirma commer-

ciai, a minha marca da fabrica e nao responsabiliso-me por aquellasque não i tiverem.

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CASA DE QUADROSCharutos

CigarrosGravatas

TabacosPentes

CachimbosEscovas

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CarteirasArtigos para homens—Collarinlios

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de tijollo, pedra e cal, com frente de plati-bàmda com entrada ao lado, tendo sala, ai-cova, varanda, 2 quartos, dispensa, cozi-nha, banheiro c latrina, com 4 braças defrente e 25 diías de fundos, com arvoresfructifcras,sita á travessa 22 de Junho, an-tiga 25 de Março, entre á estrada do SãoJcronyino e rua João Balby, para imforma-ção na agencia Furtado, à rua 13 de Maio,73. (-

n.«« ....... Tripós austríacos, comPara wporGS ^^m-rada, travessa Campos Salles, 22.

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Surrada»Partcira de primeira classe da Faculdade de

ParisApprovada pela Faculdade do Rio de Janairo

CHAMADOS A TODA HORAlO-Ilua Ilr. Paes de CarvalIio-lOPARA' 13

.A.-VISOA partir do dia h de Janeiro em deante,

as taxas internacionais serão cobradas á ra-zão de 1-300 réis o franco.

\V Dont Superintendente, Western o Bra-zilian Telegraph Company Limited. (2

TERRENOVENDE-SE um na Avenida Scrzcdello Cor-

roa, próximo i praça da Republica; trataoc •30prédio n, Jl i mesma avenida, ,if

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