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1 AS GRANDES BÍBLIAS DA HUMANIDADE As Grandes Bíblias, uma vez estudadas, fazem reconhecer as Verdades Iniciáticas Fundamentais, vindas através de remotos tempos, centenas de milênios, e desmancham essa coisa repugnante que é o fanatismo religioso, sectário, e o fanatismo por homens, livros, médiuns, etc. Ensinam que boa é a VERDADE, não homens ou religiões. A Popol Bugg, ou Mãe das Bíblias, a dos Atlantes, citada em alguns antiqüíssimos documentos; B Ramaiana, de Rama, relatando a Grande Epopéia; C Zend Avesta, de Zoroastro, a Bíblia dos Persas; D Sabedoria Órfica, os Fundamentos Iniciáticos da Grécia; E Tábua de Esmeralda, de Hermes, Bíblia dos Egípcios; F Livro dos Mortos, também dos Egípcios; G Livro dos Princípios, de Viasa Veda; H Bagavad Gita, de Crisna, O SUPREMO LIVRO DA ANTIGÜIDADE; I Velho Testamento, começando por Moisés e terminando em Malaquias, relatando profundos ensinos iniciáticos, mais tarde queimados e perdidos, depois restaurados de maneira incompleta, contraditória. Contém a Lei de Deus ou Moral Divina, promete a vinda do Cristo Exemplo de Conduta e o Derrame de Espírito sobre a carne; J Evangelho de Buda, resumindo a Doutrina dos Trinta e Cinco Budas; K Código de Manu; L Versos Áureos de Pitágoras, ou o que restou da queima das bibliotecas; M Talmud, verdadeiro testamento da Traição, dos rabinos israelitas, contradizendo Moisés e os Profetas, a Lei Moral e o Sadio Cultivo Mediúnico, deixado por Moisés, a partir de Números, capítulo 11;

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Page 1: E Tábua de Esmeralda, de Hermes, Bíblia dos Egípcios; F ... · F – Livro dos Mortos, também dos Egípcios; G – Livro dos Princípios, de Viasa Veda; H – Bagavad Gita, de

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AS GRANDES BÍBLIAS DA HUMANIDADE

As Grandes Bíblias, uma vez estudadas, fazem reconhecer as Verdades Iniciáticas Fundamentais, vindas através de remotos tempos, centenas de milênios, e desmancham essa coisa repugnante que é o fanatismo religioso, sectário, e o fanatismo por homens, livros, médiuns, etc. Ensinam que boa é a VERDADE, não homens ou religiões. A – Popol Bugg, ou Mãe das Bíblias, a dos Atlantes, citada em alguns antiqüíssimos documentos; B – Ramaiana, de Rama, relatando a Grande Epopéia; C – Zend Avesta, de Zoroastro, a Bíblia dos Persas; D – Sabedoria Órfica, os Fundamentos Iniciáticos da Grécia;

E – Tábua de Esmeralda, de Hermes, Bíblia dos Egípcios;

F – Livro dos Mortos, também dos Egípcios;

G – Livro dos Princípios, de Viasa Veda; H – Bagavad Gita, de Crisna, O SUPREMO LIVRO DA ANTIGÜIDADE; I – Velho Testamento, começando por Moisés e terminando em Malaquias, relatando profundos ensinos iniciáticos, mais tarde queimados e perdidos, depois restaurados de maneira incompleta, contraditória. Contém a Lei de Deus ou Moral Divina, promete a vinda do Cristo Exemplo de Conduta e o Derrame de Espírito sobre a carne; J – Evangelho de Buda, resumindo a Doutrina dos Trinta e Cinco Budas; K – Código de Manu; L – Versos Áureos de Pitágoras, ou o que restou da queima das bibliotecas; M – Talmud, verdadeiro testamento da Traição, dos rabinos israelitas, contradizendo Moisés e os Profetas, a Lei Moral e o Sadio Cultivo Mediúnico, deixado por Moisés, a partir de Números, capítulo 11;

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N – Novo Testamento, provando as profecias do Velho, isto é, a vinda do Messias Exemplo de Conduta, o Derrame de Revelação ou Espírito sobre a carne, etc. Convém lê-lo com honestidade, porque contra Jesus e Sua Tarefa Imortal se levantariam todas as pedradas contraditórias, todas as traições, como afirmou o Profeta Simeão, e elas estão no mundo, fantasiadas de verdadeiras...; O – Corão, a Bíblia dos Árabes; P – Evangelho Eterno, prometido em Apocalipse, 14, 6. Quem quiser estar a par dos Fundamentos Iniciáticos, de todas as Grandes Bíblias, leia os livros de Osvaldo Polidoro. E quem quiser, realmente, conhecer e praticar O VERDADEIRO CRISTIANISMO, leia a documentação Bíblico-Profética, com INTELIGÊNCIA E HONESTIDADE, ou fora de capciosos manobrismos de grupos quaisquer.

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A) ORIGENS REMOTAS

A civilização egípcia foi umas das primeiras grandes civilizações da Humanidade e manteve durante a

sua existência uma continuidade nas suas formas políticas, artísticas, literárias e religiosas, explicável em

parte devido aos condicionalismos geográficos, embora as influências culturais e contactos com o estrangeiro

tenha sido também uma realidade.

A origem do povo Egípcio vem de uma longa linhagem de evolução biológica e espiritual do planeta.

- (Adensamento do planeta, surgimento dos primeiros germes, evolução de formas de vida, animais

primitivos, símios)

- “ A promoção do princípio espiritual do animal à racionalidade humana se processa fora da carne – no astral

planatário”.

- 1ª Raça Mãe – “espíritos habitando corpos fluídicos pouco consistentes” – não encarnada, transição entre

símios e o Homus.

- 2ª Raça Mãe – Espíritos encarnados, mas muito brutos, quase irracionais, pouco conscientes (não sabem se

estão encarnados ou desencarnados / institivos). Pré-Adâmicos; possuidores de mais lucidez e personalidade.

Australopithecus (2 a 3 milhões de anos).

- 3ª Raça Mãe – Lemuriana: Estabilização do corpo e forma Humanos; maior consciência; Nômades viviam

em pequenos grupos; forma também os primeiros a fazer armas e ferramentas de pedra - Período da Pedra

Lascada – Primeira Raça com as quais os Adamitas (Vindos de CAPELA1) começaram a se misturar “A terra

não lhes deu nascimento porque eles nasceram antes de ela ser fecunda”. Homo Habilis (2,5 milhões de anos).

- As características etnográficas variavam: Lemúria – pele escura; na Àsia – pela amarelada; na Atlântida:

pele avermelhada.

- Com o tempo foram adotando costumes mais brandos, oreganizações sociais mais complexas e os primeiros

fundamentos espirtuais do planeta.

Descobriram o fogo e Passaram a fabricar instrumentos de Metal. Homo Erectos (1,6 milhões de anos).

- 4ª Raça Mãe – Atlantes: tinham a estrutura f´sica diferenciada, eram exilados de capela nascidos no

continente da Atlântida, tinham maior integração no conjunto psíquico e capacidade de penetração nos

mundos etéreos; a visão física e os cinco sentidos apurados. Organização familiar, desenvolvimento da

linguagem e memória. Homo Sapiens (350 mil anos) 2.

1 Obs: Os capelinos foram expulsos de seu planeta de origem por não acompanhar a evolução moral dos mesmos. Antes

de encarnar foram recebidos por Jesus e passaram bom tempo no astral da terra se preparando para guiar a evolução do

planeta, porém boa parte não cumpriu e foi novamnte expulsa em diferentes cataclimas ao longo da história desta

humanidade (Como no Afundamento da Lemúria).

Foi bastante numerosa a 1ª corrente de capelinos que encarnou entre os povos da 3ª Raça, porém eram muito agressivos:

“Caim conheceu sua mulher e ela concebeu e gerou Enoque (Iniciado) e ele edificou uma cidade” (Gn, 4:16-17). Quanto

aos exilados da corrente de Abel, diz-se que foram suprimidos logo no princípio, após encarnações expiatórias –

provavelmente também nas primeiras civilizações egípcias e sua permanência na terra foi curat, merecedores voltaram à

Capela.

A descida dos exilados é representada na Gênese pelo nascimento de Seth, o 3º filho de Adão. “Os homens, então,

começaram a evocar o nome do Senhor” (Gn, 4:26). A linhagem de Seth se perpetuou até a época de Noé (Dilúvio

Bíblico) e a de Caim foi expulsa no dilúvio universal (afundamento da Lemúria – 700 mil anos antes da Idade Terceária).

Os sobreviventes fugiram para as Ilhas do Pacífico e Austrália (Aborígenes) – Outra leva de sobreviventes ganhou o

norte da Àfrica; afim de estabelecer novos tipos de raças mais aperfeiçoadas, e utilizando novas gerações de emigrados

que contunuavam a chegar foram aperfeiçoando os caracteres das raças humanas. Os primeiros núcleos foram formados

no Planalto do Pamir, no centro da Àsia e foram descendo até o Egito deixando bases avançadas de novas civilizações e

raças humanas.

2 É possível constatar que há pirâmides semelhantes no Egito e no México, assim como as tecnologias de construções

Incas e Egípcias, além dos processos de mumificação no México, Egito e Peru. Inclusive as tradições Mais concordam

com as Egípcias que afirmam a existência e extinção de Atlântida. Assim como os escritos de Platão na Grécia.

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Após a fundamento de Atlântida parte dos sobreviventes foi para a américa (Maias, Incas e Astecas); parte foi

para o continente Hierbóreo e parte foi para o Mar Mediterrâneo na região da Mesopotâmia, Governado pela

Confederação de Kabda – muito avançada espiritualmente. Onde nasceu Abel considerado missionário divino

entre Krisna e Moíses. Fornou-se uma civilização muito avançada, porém com a morte de Abel a instituição

degeneou-se nas primeiras linhas dos Faraós.

- 5ª Raça Mãe – Ariana: A parte da 4ª Raça que ganhou continente Hiperbóreo juntou-se as colônias já

existentes sobreviventes do primeiro afundamento. Estes povos então ganaharam forte impulso civilizador e

trasformações no seu tipo biológico (em decorrêcia do clima, dos costumes e do cruzamento com os tipos

bases – previamente selecionados pelo cristo). Avanço Intelcto-Moral; evoluíu até a 5ª sub-raça: indo-ariana;

acadiana; caldaica3; egípicia; européia. Homo Sapiens Sapinens (150 mil anos).

Os 4 Povos da 5ª Raça:

1) Árias – Europa; 2) Hindus – Àsia; 3) Israelitas – Palestina e 4) Egípcios – Àfrica.

B) A CRONOLOGIA DA CIVILIZAÇÃO EGÍPCIA:

Antigo Egito é a expressão que define a civilização da Antiguidade que se desenvolveu no canto

nordeste do continente africano, tendo como fronteira a norte o Mar Mediterrâneo, a oeste o deserto da Líbia,

a leste o deserto da Arábia e a sul a primeira catarata do rio Nilo4.

Uma porção daqueles espíritos expulsos da Capela há cerca de 540.000 anos, que logo reconheceram

o êrro e lutaram para reconquistar o Paraiso perdido são os que pertenceram à Civilização do Antigo Egito.

A Direção Planetária (Jesus, na época) deu toda a assistência para não desamparar a marcha deste

povo e, por outro lado, destacou auxiliares e mensageiros de alto gabarito para inspirar na realização de fatos

que não só marcariam tempo de admiração e respeito pelas meritórias conquistas como para deixar o registro

para a posteridade dos tempos.

Depois de estes espíritos deixarem a Terra, os conhecimentos sagrados foram desaparecendo,

muito embora muitos deles preferiram ficar aqui nas hostes de Jesus.

5000 – 3100 Pré-Dinástica: Desenvolvimento da população às margens do Nilo. Vida comunitária,

agrucultura e pecuária. Surgimento do Alto e Baixo Egito.

3000 a.c – Período Arcaico: Unificação do Egito / I Faraó: Menés.

2500 a.c Antigo Império: II Dinastia / Faraó Djoser e Faraó Quéops (Construção das Pirâmedes).

2150 – 2040 a.c Primeiro Período: VII a XI Dinastias / Colapso da Autoridade.

2033-1650 a.c Médio Império: Os reis de Tebas reunificam o Egito.

1640 – 1550 a.c Segundo Período: XIV-XVII dinastias: Invasão dos Hicsos (Àsia) dominam o Egito.

2 Porém, pouco depois o continente entrou num processo de resfriamento que obrigou a migração repentina e em massa

para o sul (Europa), impulsionados por mulheres videntes. Contudo os povos que ainda eram da 3ª Raça iniciaram

Guerras brutais contra este povo. Foi então que a pedido de Deus Rama os Leva para o Oriente (Índia) onde é

desnvolvida uma nova etapa de espirtualidade. Posteriormente Volta-se a conquistar a Europa.

3 Noé é considerado como da linhagem caldaica – Dilúvio Bíblico: Gênese 7:17-23. Também na tradição

Egípcia tem-se que em determinada época “Houve Grandes destruições de homens, causadas pelas águas. Os

deuses querendo expurgar a terra submergiram-na”.

4 Epoca da glaciaçãoAtlântida

(Raça Vermelha) Fase pré-dilúvio Fase pós-dilúvio Conquista da Índia pelos Árias (Raça Branca)Aurora da Era do Ferro

Antes da Guerra de KuruksetraInício do Império Médio Egípcio Civilização Persa Reinado de Menerphtah filho de

RAMSÉS II Egito

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1550 – 1070 a.c Novo Império: Os reis de Tebas reestabelecem o domínio sobre o Egito; Os faraós passam a

ser enterrados nos vales dos reis (grandes templos) – Período de expansão do Império Egípcio (principalmente

com Tumés III) Também dos faraós mais conhecidos (Hatchepsut; Tutankânmon e Ramsés II).

1070 – 712 a.c Terceiro Período: O Egito passa ser governado por reis líbios que fundam a XXV disnastia.

712 – 332 a.c. Período Tardio: atacada pelos assírios a região do delta do Nilo, iniciou-se um período de

dominação estarngeira.

Em 332 – Alexandre o Grande (Fez o maior império do oriente até então, em apenas 12 anos,

Nascido na macedônia, foi aluno de Aristóteles e conquistou a pérsia entre outras monarquias) invade o Egito

e funda a cidade de Alexandria – pólo intelectual e cultural do médio oriente até a implantação do império

Romano.

A última Rainha do Egito foi Cleópatra VII – Nascida no ano de 69 a.c em Alexandria;

posteriormente mudou-se para Roma.

Formaram a primeira civilização da história, dententores da mais dinâmica sabedoria, foi o povo

que “Após deixar testemunho da sua existência gravado nos monumentos imperecíveis das pirâmedes,

regressou ao paraíso de CAPELA”.

Assim com a aplicação da inteligêcia na conquista da terra e seu cultivo, destacam-se: os sistemas

industriais, o trabalho com metais, a formação das cidades, as habitações com maior conforto, o avanço das

ciências, a formação de sociedades mais complexas e o desenvolvimento da razão humanai.

A Escrita

- Os registros foram deixados nos mais variados tipos de suporte: papiros, paredes, madeira, tábuas de pedra,

dentro outros.

- A linguagem mais usada era a linguagem escrita, atualmente chamada de hieróglifos.

- Porém muita coisa foi registrada por meio de imagens que não necessariamente formavam uma escrita.

- Durante todo o período do Egito Antigo existiram os escribas que copiavam os textos em papiro fazendo

com que os ensinamentos durassem através das gerações. Os escribas eram considerados homens honrados e

não precisavam pagar os impostos.

- Durante os períodos que se seguiram ao Império Egípcio, Heródoto (Grécia) foi um dos mais importantes

relatores da cultura egípcia no mundo clássico ocidental.

- Entretanto, os primeiros estudos continuados e aprofundados foram iniciados em 1798 pelas tropas de

Napoleão Bonaparte que entre soldados e canhões carregava com sigo 175 cientistas.

- Foi nessa época que “por acaso” (ao cavar trincheiras para a guerra) foi encontrada a “Pedra de Rosseta”

tábua que permitiu a identificação das imagens da escrita egípcia (hieróglifos) como pertencentes a um

alfabeto e não como conceitos fechados como se especulava antes.

O Cotidiano e os Deuses

- Religião Politeísta – mais de 700 Deuses.

- No Antigo Egito a vida religiosa/ espiritual não era separada da vida cotidiana.

- Toda a sociedade e cultura egípcias eram fundamentalmente alicerçadas na interação dos homens com os

Deuses, tanto nas consequências das ações dos Deuses sobre o homem, quanto nos rituais humanos para

comunicação e manutenção da ordem divina.

- Nada acontecia por acaso, tudo era manifestação do sobrenatural, do desconhecido, portanto dos Deuses. As

atitudes eram tomadas de acordo com o histórico mágico ritual dos deuses, por exemplo, se um deus teve um

problema nos olhos e uma deusa o curou com leite materno, então se um homem tem problema nos olhos,

evoca-se aquela deusa e usa-se o leite materno no tratamento.

- De modo que cada um dos deuses desempenhava uma função na complexa rede de interações entre deuses e

humanos e entre deuses entre si. E não apenas cada um dos deuses, mas a interação em si é que fazia com que

aquele mundo se movimentasse. Portanto, não seria concebível um mundo com um deus único, mas eram

necessários vários, por isso chegaram ao número de 700.

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- Os deuses em sua grande maioria se apresentavam com características humanas específicas. Porém muitas

vezes se mostravam sob outras aparências e nomes, além de diferentes comportamentos e humores.

- Eram considerados ao mesmo tempo parte e construtores da natureza e do universo.

- A interação com a humanidade era constante e muitas vezes passional (apesar da onipotência o outro sempre

era respeitado no seu livre arbítrio).

A Magia e as Doenças

- A magia representava um elemento fundamental da religião no antigo Egito. Era também onipresente na vida

quotidiana. Era usada não só para obter fins específicos, como também para dispensar proteção contra perigos

visíveis e invisíveis.

- Como tudo é coletivo cada um é co-responsável por todos os atos. Atos e fatos interferem no coletivo, assim

um indivíduo sozinho era raramente responsabilizado por seus atos. Tudo é por vontade dos deuses e cabe a

cada um agir de maneira harmoniosa, ou não, àquilo que o cerca; é ele que acolhe manipula, bem, ou mal, as

divindades que lhe regem a existência.

- Tudo é uma questão de aprender a dominar certos elementos da natureza e certos deuses, ou apenas aceitar

suas condições. Em qualquer forma de desequilíbrio o que seve é o desconhecido em ação, assim cabe ao

doente buscar ajuda dos magos que saberão as fórmulas corretas a serem utilizadas. Portanto, não existia o

“louco” no antigo Egito, apenas indivíduos que estavam a mercê da vontade dos deuses, que se manifestava

das mais variadas formas possíveis.

- Os ensinos “mágicos” como foram traduzidos para o português, não eram para qualquer um da população.

Existiam castas que diferenciavam os cidadãos, dos escravos, dos médicos e dos mágicos.

- O “louco” como chamamos as pessoas que se desviam do padrão social, não era percebido claramente pelos

egípcios. Socialmente não havia lugar para diferenças ou individualidades. O indivíduo que saia do padrão era

de certa forma acolhido, muitas vezes confundido com Zelo, entrega à tarefa ou devoção aos deuses.

- As Psicoses e alucinações como chamamos hoje, eram atribuídas ao contato e vontade das divindades, por

isso mesmo aceitas pela coletividade como parte do cotidiano das pessoas.

- Muitas doenças já eram conhecidas naquela época, foram encontrados registros tanto em suportes como

pedras pintadas com gesso, que indicavam anotações do cotidiano, até em papiros mais elaborados.

- Não existe, porém, uma classificação exata das doenças, sabia-se dos sintomas e de alguns procedimentos

técnicos para curá-las, mas cada caso dependia da circunstância do ocorrido. Os sintomas orgânicos e físicos

não era o principal, mas o acometimento do doente por desarmonia com algum deus.

- A obrigação do doente era declarar a sua doença, para que assim os outros tivessem ciência da manifestação

de um deus. Não eram levadas em considerações as condições de vida, alimentação pobre em proteínas

(muitos animais eram considerados sagrados), sobrecarga de peso, etc. Ao mesmo tempo não havia lugar para

o sofrimento, melancolia, o coletivo exigia alegria, festas, abundância não havia culto a tragédias coletivas.

Qualquer tipo de doença enfraquece o grupo, ainda mais em uma sociedade que se constituí como grupo.

- Em muitos casos, principalmente nos mais graves importava mais a presença de um mago do que a de um

médico. O médico estava sujeito às intempéries dos deuses, para curar uma doença era necessário evocar e ser

atendido por um deus mais forte do que o deus que acometeu o doente, e isso nem sempre era fácil de

descobrir. A noção da eficácia do gesto do mago estava intimamente relacionada com a percepção do doente,

ambos, juntos formam um caminho mental no qual o desconhecido tem parte. O médico entra com a técnica e

algumas substâncias, mas não sem invocar algum deus e priorizar a interação com o sobrenatural antes de

tudo.

- Com isso, a noção de higiene, não era a que compartilhamos nos dias de hoje, importava a higiene cósmica,

divina, e não a material.

- Não existia microbiologia, mas a magia, por exemplo, todo e qualquer água era considerado pura, não se

fazia ligação entre a água ingerida e algumas doenças.

- Outras substâncias como ervas, plantas, partes de animais, sangue e as diversas secreções humanas

dependendo do caso também eram consideradas purificadoras e eram usadas nas fórmulas de tratamento. Em

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alguns períodos a água era muito escassa, comprometendo a hidratação e a variedade de alimentos. Isso pode

explicar, pelo menos em parte, a grande ocorrência de doenças infecto-contagiosas que ocorriam ali.

O Faraó

- O faraó é o elo entre o mundo sobrenatural e estado. É com a figura do faraó que o egípcio ao mesmo tempo

se identifica, por suas feições humanas e se difere por saber que ele é um deus mandado ao mundo físico com

a tarefa de garantir a harmonia e prosperidade do povo e por isso mesmo não pode ser contrariado. O faraó

não é julgado por ninguém, apenas julga, mas para isso recorre ao auxílio dos magos que sabem como

interagir com os deuses da melhor forma.

- No antigo Egito não havia espaço para individualidade, o faraó tinha o poder de modificar os humores de

todos. As vontades, emoções, desejos, etc. Era tudo coletivizado, se um indivíduo se pronunciasse

erroneamente, logo era dedado e rituais eram aplicados para que voltasse a ordem.

- O cotidiano e o mundo sobrenatural não eram separados, tudo eram parte e relação de um mesmo todo, e o

faraó era aquele que tinha mais condições de enxergar esse todo, por isso com ele não havia discussão. O

faraó era a personificação desse mundo único, no qual a parte desconhecida e mágica regia a parte social e

material.

- O faraó era considerado a encarnação de um Deus na terra, contudo era impreterivelmente acompanhado

pelos “magos” do reino para poder entrar em contato com outras divindades.

- Principais por ordem cronológica:

Menés (3100 a.C.); Djoser (2700 a.C); Quéops (2590 a.C); Mentuhotep(2033 a.C); Hatsshepsut (1550 a.C);

Tutmés III (1479 a.C); Tutankâmon (1300 a.C – 1 a Tentativa de Adoração de um Deus Único); Ramsés II

(1200 a.C), Alexandre o Grande (332 a.C).

A Iniciação

Algumas palavras de Hermes, impregnadas da antiga sabedoria, são bem elaboradas para nos prepararmos.

“Nenhum de nossos pensamentos - disse ele ao discípulo Asclépio – poderia conceber Deus, nem linguagem

alguma defini-lo. O que é incorporal, invisível, sem forma, não pode ser apreendido por nossos sentidos; o que

é eterno não poderia ser medido pela curta regra do tempo; Deus, portanto, é inefável. Deus pode, é verdade,

comunicar a alguns eleitos a faculdade de se elevar acima das coisas naturais, a fim de perceber algum

vislumbre de sua suprema perfeição - mas esses eleitos não encontram palavras para traduzir em linguagem

vulgar a imaterial visão que os fez estremecer. Podem explicar à humanidade as causas secundárias das

criações que passam sob seus olhos como imagens da vida universal, mas a causa primeira permanece velada

e só chegaremos a compreende-la atravessando a morte. ”

É assim que Hermes falava de Deus desconhecido no limiar das criptas. Os discípulos que penetravam com

ele em suas profundezas aprendiam a conhece-lo como um ser vivo (1).

O livro fala de sua morte como da partida de um deus. “Hermes viu o conjunto das coisas, e, tendo visto, ele

compreendeu; e tendo compreendido, ele tinha o poder de manifestar e de revelar. O que ele pensou, ele

escreveu; o que ele escreveu ocultou em grande parte, simultaneamente falando e calando-se com sabedoria

para que toda a duração do mundo procurasse essas coisas. E assim, tendo ordenado aos deuses, seus irmãos,

que lhe servissem de cortejo, ele subiu às estrelas. ”

Pode-se, a rigor, isolar a história política dos povos, mas não se pode separar sua história religiosa. As

religiões da Assíria, do Egito, da Judéia, da Grécia só podem ser compreendidas quando se toma seu

ponto de ligação com a antiga religião indo-ariana. Consideradas em particular são enigmas e charadas;

vistas em conjunto e do alto, constituem uma soberba evolução, onde tudo se comanda e se explica

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reciprocamente. Em resumo, a história de uma religião será sempre estreita, supersticiosa e falsa. Nada existe

de verdadeiro, a não ser a história religiosa da humanidade. A esta altura, só se sentem as correntes que dão a

volta ao globo. O povo egípcio, o mais independente e o mais fechado de todos às influências exteriores, não

pode esquivar-se a esta lei universal.

Cinco mil anos antes de nossa era, a luz de Rama, acesa no Irã, brilhou sobre o Egito e tornou-se a lei de

Âmon-Rá, o Deus solar de Tebas. Essa constituição permitiu-lhe enfrentar muitas revoluções. Menes foi o

primeiro rei justo, o primeiro faraó executor daquela lei. Ele procurou não negar a antiga teologia do Egito,

que também era a sua. Apenas confirmou-a e a fez desabrochar; a ela acrescentando uma organização social

nova: o sacerdócio, isto é, o ensinamento, a um primeiro conselho; a justiça, a um outro; o governo, aos dois;

a realeza foi concebida como sua delegação e submetida ao seu controle; a independência relativa dos nomos

ou comunas, na base da sociedade. A isto podemos chamar governo dos iniciados. Seu princípio fundamental

era uma síntese das ciências conhecidas sob o nome de Osíris (O-Sir-is), o senhor intelectual. A grande

pirâmide e o gnomo matemático são seu símbolo. O faraó, que recebia seu nome iniciático no templo, que

exercia a arte sacerdotal e real sobre o trono, era um personagem muito diferente do déspota assírio, cujo

poder arbitrário apoiava-se no crime e no sangue. O faraó era o iniciado coroado, ou pelo menos aluno e

instrumento dos iniciados. Durante séculos, os faraós defenderão, contra a Ásia que se tornara despótica e

contra a Europa anárquica, a lei do Carneiro, que representava então os direitos da justiça e da arbitragem

internacional.

Por volta do ano 2.000 antes de Cristo, o Egito sofreu a crise mais terrível que um povo pode atravessar: a

invasão estrangeira e uma semiconquista. A invasão fenícia era a consequência do grande cisma religioso

asiático, que sublevara as massas populares, semeando a discórdia nos templos. Liderada pelos reis-pastores

chamados hicsos, essa invasão derramou seu dilúvio sobre o Delta e o Médio-Egito. Os reis cismáticos

traziam com eles uma civilização corrompida, a indolência jônia, o luxo asiático, os costumes do harém, uma

idolatria grosseira. A existência nacional do Egito estava comprometida, sua intelectualidade em perigo, sua

missão universal ameaçada. Mas o Egito tinha uma alma de vida, isto é, um corpo organizado de iniciados,

depositários da antiga ciência de Hermes e de Âmon-Rá. O que fizeram eles? Retiraram-se para o fundo de

seus santuários, recolheram-se em si mesmos para melhor resistirem ao inimigo. Aparentemente, o

sacerdócio se curvou diante da invasão e reconheceu os usurpadores que traziam a lei do Touro e o culto do

boi Ápis. Entretanto, ocultos nos templos, os dois conselhos lá guardavam, como um depósito sagrado, sua

ciência, suas tradições, a antiga e pura religião e, com ela, a esperança de uma restauração da dinastia

nacional.

Foi por essa época que os sacerdotes espalharam entre a multidão a lenda de Ísis e de Osíris, do

desmembramento deste último e de sua próxima ressurreição através do filho, Hórus, o qual reencontraria seus

membros esparsos trazidos pelo Nilo. Excitou-se a imaginação da multidão mediante a pompa das cerimônias

públicas. Manteve-se seu amor pela velha religião representando-lhe as infelicidades da deusa, suas

lamentações pela perda do esposo celeste e a esperança que tinha no filho, Hórus, o divino mediador. Mas, ao

mesmo tempo, os iniciados julgaram necessário tornar a verdade esotérica inatacável, ocultando-se sob

um tríplice véu. À difusão do culto popular de Ísis e de Osíris corresponde a organização interior e sábia dos

pequenos e grandes Mistérios, cercados de barreiras intransponíveis, de perigos terríveis.

Inventaram-se provas morais, exigiu-se o juramento do silêncio e a pena de morte foi rigorosamente aplicada

contra os iniciados que divulgassem o mínimo detalhe dos Mistérios. Graças a essa organização severa, a

iniciação egípcia tornou-se não somente refúgio da doutrina esotérica, mas ainda cadinho de uma

ressurreição nacional e escola das futuras religiões. Enquanto os usurpadores coroados reinavam em

Menfis, Tebas preparava lentamente a regeneração do país. De seu templo, de sua arca solar, saiu o salvador

do Egito, Amos, que expulsou os hicsos, após nove séculos de domínio, restaurando os direitos da ciência

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egípcia e da varonil religião de Osíris. Assim os Mistérios salvaram a alma do Egito da tirania estrangeira, e

para o bem da humanidade. Pois, naquela época, era tal a força da sua disciplina, o poder de sua iniciação, que

eles continham a melhor força moral e a mais alta seleção intelectual.

A iniciação antiga repousava em uma concepção do homem ao mesmo tempo mais sadia e mais elevada do

que a nossa. Nós dissociamos a educação do corpo, da alma e do espírito. Nossas ciências físicas e naturais,

bastante avançadas em si mesmas, abstraem o princípio da alma e de sua difusão no Universo; nossa religião

não satisfaz às necessidades da inteligência; nossa medicina nada quer saber nem da alma nem do espírito. O

homem contemporâneo procura o prazer sem a felicidade, a felicidade sem a ciência, e a ciência sem a

sabedoria. A antiguidade não admitia semelhante separação. Em todos os domínios, ela levava em conta

a tríplice natureza do homem. A iniciação era um treino gradual de todo ser humano rumo aos cumes

vertiginosos do espírito, de onde se pode dominar a vida. “Para atingir o domínio – diziam os sábios de então

– o homem tem necessidade de uma refundição total de seu ser físico, moral e intelectual. Ora, esta

refundição só é possível mediante o exercício simultâneo da vontade, da intuição e do raciocínio. Por

meio de sua completa concordância, o homem pode desenvolver suas faculdades até limites incalculáveis. A

alma tem sentidos adormecidos; a iniciação os desperta. Através de um estudo aprofundado, uma aplicação

constante, o homem pode colocar-se em comunicação consciente com as forças ocultas do Universo. Através

de um esforço prodigioso, ele pode atingir a percepção espiritual direta, abrir os caminhos do além e

tornar-se capaz de se dirigir para lá.

Somente então pode dizer que venceu o destino e conquistou aqui na terra sua liberdade divina. Somente

então o iniciado pode tornar-se iniciador, profeta e teurgo, isto é, vidente e criador de almas. Porque

somente aquele que comanda a si mesmo pode comandar os outros; somente aquele que é livre pode libertar.”

Assim pensavam os iniciados antigos. Os maiores deles viviam e agiam de acordo com esse pensamento. A

verdadeira iniciação, portanto, era muito diferente de um sonho vazio e muito mais do que um simples

ensinamento científico; era a criação de uma alma por ela mesma, sua eclosão em um plano superior, sua

eflorescência no mundo divino.

Coloquemo-nos no tempo dos Ramsés, na época de Moisés e de Orfeu, cerca do ano 1.300 antes de nossa era

– e esforcemo-nos para penetrar no coração da iniciação egípcia. Os monumentos figurados, os livros de

Hermes, a tradição judaica e a grega (2) permitem fazer reviver as fases ascendentes e fazer uma ideia de sua

mais alta revelação.

(1). A teologia sábia, esotérica, diz M. Maspero, é monoteísta desde os tempos do Antigo Império. A

afirmação da unidade fundamental do ser divino se expressa em termos formais e com grande energia nos

textos que remontam àquela época. Deus é uno, único, aquele que existe pela essência, o que vive só em

substância, o único gerador no céu e sobre a terra, que não foi gerado. Ao mesmo tempo Pai, Mãe e Filho, ele

gera, ele procria e é, perpetuamente; e estas três pessoas, longe de dividir a unidade da natureza divina,

concorrem para sua infinita perfeição. Seus atributos são a imensidade, a eternidade, a independência, a

vontade todo-poderosa, a bondade sem limite. “Ele criou seus próprios membros, que são os Deuses”, dizem

os velhos textos. Cada um desses deuses secundários, considerados idênticos ao Deus Único, pode formar um

tipo novo, de onde emanam por sua vez, e pelo mesmo processo, outros tipos inferiores. - Histoire ancienne

des peuples de I'Orient.

C) HERMES TRISMEGISTROS

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HERMES FOI O GRANDE INICIADO QUE MAIS CONSEGUIU SABER SOBRE A DIVINA

ESSÊNCIA CRIADORA, SUSTENTADORA E DESTINADORA DE TUDO E DE TODOS. (EVANGELHO

ETERNO)

Procurar conhecer a vida de Hermes leva à dificuldade de levantar-se dados, já que muitos chegam a

duvidar de sua existência, outros lhe dão caráter divino. Hermes Trismegisto é o nome de Hermes ou Thot em

seu aspecto humano; Hermes, o aspecto divino, é mais que isso. Hermes Thot, misterioso e primeiro

iniciador do Egito, tem seu nome relacionado com a primitiva miscigenação das raças branca e negra

na Etiópia e Alto Egito.

Hermes é personagem da tradição grega, que tem em Thot o seu correspondente egípcio e, em Roma,

Mercúrio. Hermes Thot-Aah, a Lua, tem como símbolo o lado brilhante da Lua, a que contém a sabedoria

criadora. Outro símbolo para Hermes Thot, Sabedoria, é a serpente. Segundo Platão, foi Hermes quem

descobriu os números, a geometria, a astronomia e as letras. Para os egípcios, foi ele quem revelou os

hieróglifos.

O deus Thot na mitologia egípcia representa a sabedoria, inteligência criadora, também é atribuída a

ele a criação da geometria e da matemática, além de ser considerado o Deus dos Magos e da Cura.

Hermes Trismegisto significa três vezes grande, pois o tinham como rei, legislador e sacerdote. Sua

época denomina-se “reino dos deuses”. São cerca de 42 os livros sobre ciências ocultas que lhe atribuem a

autoria: o Caiballion, o Livro dos Mortos e a Tábua de Esmeralda são exemplos. (Existe uma versão dentro da

tentativa do conhecimento do hermetismo que atribui a Hermes apenas a função sacerdotal e ritualística, não

sendo uma pessoa, portanto, mas um papel desempenhado por homens).

O hermetismo em sentido estrito surgiu no final da época helenística, revivescendo um legado

egípcio, compondo-se de um complexo de conhecimentos (astrologia, alquimia, magia) trazidos por Thot,

sendo que ali a natureza é sempre encarada como manifestação do espírito.

No esoterismo, o hermetismo volta-se à esfera cósmica, por oposição à esfera divina (ou puramente

espiritual), aonde ela conduz. Os aspectos espirituais da natureza, cosmos e matéria são considerados pontes

que o homem deve atravessar para espiritualizar-se.

Seu campo de atuação é duplo: de um lado, busca elevar o homem ao conhecimento do divino por

meio do conhecimento das leis naturais em que se expressa sutilmente uma intencionalidade divina. O

preceito alquímico lege, lege, relege et invenies ("lê, lê, relê e encontrarás") refere-se menos aos livros do que

à natureza mesma, considerada como uma criptografia divina.

Toth simbolizava a lógica organizada do universo. Era relacionado aos ciclos lunares, cujas fases

expressam a harmonia do universo. Referido nos escritos egípcios como “duas vezes grande”, era o deus do

verbo e da sabedoria, sendo naturalmente identificado com Hermes. Na atmosfera sincrética do Império

Romano, deu-se ao deus grego Hermes o epíteto do deus egípcio Toth.

Como “escriba e mensageiro dos deuses”, no Egito Helenístico, Hermes era tido como o autor de um

conjunto de textos sagrados, ditos “herméticos”, contendo ensinamentos sobre artes, ciências e religião e

filosofia - o Corpus Hermeticum - cujo propósito seria a deificação da humanidade através do conhecimento

de Deus. É pouco provável que todos esses livros tenham sido escritos por uma única pessoa, mas representam

o saber acumulada pelos egípcios ao longo do tempo, atribuído ao grande deus da sabedoria.

Segundo Clemente de Alexandria, eram 42 livros subdivididos em seis conjuntos. O primeiro tratava

da educação dos sacerdotes; o segundo, dos rituais do templo; o terceiro, de geologia, geografia, botânica e

agricultura; o quarto, de astronomia e astrologia, matemática e arquitetura; o quinto continha os hinos em

louvor aos deuses e um guia de ação política para os reis; o sexto era um texto médico.

Também são de Hermes Trismegistus, “O Livro dos Mortos” ou “O Livro da Saída da Luz” e o mais

famoso texto alquímico - a “Tábua de Esmeralda”.

Os Escritos Herméticos

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Os escritos Herméticos são uma coleção de 18 obras Gregas. Estes escritos contêm os aspectos teórico

e filosófico do Hermetismo em seu aspecto teosófico. O período bizantino é marcado por uma outra coleção

de obras herméticas, que também são relacionadas ao Hermes Trismegistus e contêm uma tradição hermética

popular a qual é composta essencialmente por escritos relacionados a astrologia, magia e Alquimia. Esta

versão popular encontra sustentação ou base nos diálogos Herméticos, apesar dele se distanciar da magia.

A prática da magia entretanto não está distante das praticas realizadas no antigo Egito, a qual em uma

última análise é a fonte de todos os diálogos herméticos, pois o Hermetismo lá floresceu e, portanto estabelece

uma conexão entre as duas tradições Herméticas: filosófica e magia.

Os ensinos de Hermes-Toth chegaram à atualidade baseados em escassos documentos que constituem

o “Kabalion“, “A Tábua da Esmeralda“, “Pistis Sophia“, “Corpus Hermeticum“, e alguns outros papiros.

Naturalmente que o acervo de ensinamentos de Toth estão contidos em muitos outros documentos que foram

preservados e mantidos sob a guarda de Ordens Iniciáticas. Tratam-se de documentos originais e cópias que

foram preservados do incêndio da Biblioteca de Alexandria. Entre os documentos preservados existem

aqueles que deram base ao desenvolvimento da Alquimia.

No Egito milenar Thot [3] era considerado um deus, desde que era detentor do conhecimento sobre

tudo quanto há, mas apenas uma parte desse imenso cabedal de conhecimentos foi gravada em uma imensa

quantidade de papiros, em grande foram destruídos no incêndio da Biblioteca de Alexandria. Além daqueles

inumeráveis documentos, é afirmado haver sido escrito uma outra série de documentos considerados secretos,

razão pela qual não constavam da Biblioteca de Alexandria, mas que eram secretamente guardados pelas

Escolas Iniciáticas. Diz que os conhecimentos secretos, especialmente sobre magia e alquimia foram gravados

em 36.535 rolos de papiro e “escondidos debaixo da abóbada divina” e que só poderiam ser achados pelo

verdadeiro merecedor, que usaria tal conhecimento em benefício de gênero humano. Porém, tudo indica que

parte de tal acervo dos ensinamentos secretos foram encontrados no transcorrer dos milhares de anos que

durou a civilização egípcia.

A tradição de uma doutrina secreta de Thot parece haver sido bem estabelecida no Egito, conforme

um papiro que data a 12ª Dinastia e onde está gravado: “Então o Rei Khufu disse a Dedi. Há o rumor de que

você conhece os santuários da câmara secreta do documento de Thot? Dedi disse: Por favor, eu não conheço

os santuários deles, Soberano, meu senhor, mas eu conheço o lugar onde eles estão. O rei disse: Onde eles

estão? E Dedi disse: Há uma passagem que conduz a uma câmara chamada o Inventário, em Heliópolis”.

Hermes Trismegisto inventou muitas coisas necessárias para a vida, e lhes deu nomes próprios. Assim

é dito que ele ensinou os homens como escrever os seus pensamentos e organizar uma linguagem apropriada.

Instituiu as cerimônias a serem observadas na adoração aos Deuses; ele observou o curso das estrelas e

ensinou a astronomia; inventou música; diversos exercícios; a matemática e a geometria mediante o que os

grandes monumentos puderam ser construídos; ensinou como usar os medicamentos; a arte trabalhar os

metais. Inventou alguns instrumentos musicais, entre estes a lira de três cordas.

Nos primeiros séculos da civilização egípcia somente podiam chegar ao trono àqueles que fossem

Iniciados nos Mistérios que eram considerados Sacerdotes do Deus Vivente. A eles eram reveladas as ciências

e artes, e explicados os mistérios dos símbolos ocultos.

A literatura hermética cita uma série de papiros que descrevem vários procedimentos hoje chamados

de mágicos. Em alguns há um diálogo direcionado a Asclepcius[4]. Atualmente o texto disponível na

literatura está muito incompleto, mas o original ainda existe, mas só disponível aos iniciados de nível elevado.

Nele são descritos métodos mágicos para várias finalidades, entre eles o da arte de “prender” os espíritos de

demônios, assim como também os de anjos, em estátuas com ajuda de ervas, pedras preciosas e aromas.

Dizem documentos existentes em diversos museus que os sacerdotes egípcios construíram estatuas de deuses

que podiam falar e profetizar[5].

Existem fragmentos em alguns museus, bem como em outros documentos zelosamente guardados pela

V\O\H\[6] com uma exposição de Cosmogonia Hermética[7] e outros aspectos das ciências secretas dos

egípcios relativos à cultura e ao desenvolvimento da alma humana. O principal desta obra foi por muito tempo

erroneamente denominado de “A Gênese de Enoch”, mas já foi corrigido.

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C.1 - O início da doutrina hermética é-nos dado pela descrição da visão de Hermes:

“Um dia, após haver meditado sobre a origem das coisas, Hermes adormeceu. Um pesado torpor apoderou-se-

lhe do corpo, mas à medida que aumentava o entorpecimento, o espírito subia nos espaços. Pareceu-lhe então

que um ser imenso, sem forma definida, chamava-o pelo seu nome. Atemorizado, pergunta-lhe: “Quem és

tu?”“, e ouviu a resposta: “Osíris, a Inteligência Soberana. Posso revelar-lhe tudo. O que desejas? ”; ao que

respondeu: “Contemplar a origem dos seres, ó divino Osíris, e conhecer Deus.“

Foi, então, mostrado em visão tudo o que pedira: luzes, trevas, caos, rumores, o grito da luz, a

eternidade. Abriu-se a visão espiritual, o fogo sagrado da palavra criadora e desfilaram diante dele os mundos

e humanidades, a origem e o destino das centelhas divinas, e assim Hermes deixa para seus sucessores o

legado do conhecimento do céu invisível, da luz de Osíris, do Deus oculto no universo, respirando nos seres,

animando os globos, os corpos.

C.2 - Hermetismo Ético:

É absolutamente necessário saber elevar-se da Terra para o Céu e voltar de novo... Buscando os

princípios em suas fontes no Alto e as suas manifestações no Baixo. Então nossa Virtude adquirirá força

plena, e quaisquer trevas desaparecerão do coração. Quando estivermos prontos para assimilar o que é

sutil, então seremos mais virtuosos; e por meio das correntes que formaremos e através delas, essa

Virtude penetrará tudo que é denso, vencerá a inércia egoísta das massas e, mesmo contra sua vontade,

incutir-lhes-á os princípios éticos.

Para formar suas convicções no campo da Filosofia Hermética, é preciso primeiro separar a fé do

conhecimento, para depois sintetizá-los numa totalidade harmoniosa. Assim, no Hermetismo Ético, é

necessário saber quais impulsos provem do Triângulo Superior e quais os que provem do Triângulo

Inferior, na Estrela de Salomão. É preciso desenvolver uma receptividade consciente para os princípios

vindos do Alto assim como uma capacidade de avaliação das manifestações densas do Baixo. Do Alto

vem o preceito "ama o teu próximo". Mas como e o que amar nele? O que fazer para ele? A resposta é: "amar

como a si mesmo", e isto só pode ser aprendido no plano da involução do Triângulo Inferior. Assim, temos

que conhecer os ideais elevados e a aspiração à Reintegração e, paralelamente, observar e estudar o nosso

próprio egoísmo rasteiro, para poder interligá-los pelas grandes leis da Ética.

D) A TÁBUA DE ESMERALDA

Existem várias versões para a maneira pela qual A Tábua de Esmeralda teria sido descoberta:

1). Uma delas, certamente uma lenda, diz que A Tábua de Esmeralda teria sido encontrada após o

dilúvio em uma gruta rochosa, e que seu texto estaria gravado em caracteres fenícios em uma tábua de

esmeralda;5

2). Uma outra versão, provavelmente uma lenda também, diz que a Tábua de Esmeralda teria sido

encontrada pelos soldados de Alexandre, o Grande, no interior da Grande Pirâmide de Gizé, e que esta

seria o túmulo de seu autor, Hermes Trismegisto. Esta mesma lenda diz que o texto da Tábua de Esmeralda

5 Observemos que o próprio dilúvio tem lugar no simbolismo alquímico, como um símbolo para a fase da

alquimia chamada Solutio, em que predomina o elemento água e tudo se dissolve nela. A água aparece também em

outros sistemas como um símbolo para as emoções, que, quando em desarmonia, "dissolvem", por assim dizer, as

estruturas psíquicas do ser; dentro deste contexto, sendo A Tábua de Esmeralda um texto que propõe, ainda que de

forma velada, um caminho para a integração das partes em um todo, podemos ler isto como um indicativo para

reintegrar as partes que foram alagadas e desintegradas, seja pelas águas, pelas emoções ou por qualquer outro fator

de desintegração; isto é também válido para a própria reunificação do universo em uma coisa una;

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teria sido gravado pelo próprio Hermes com uma ponta de diamante sobre uma tábua de esmeralda, vindo, daí,

o seu nome;

3) O Glossário Teosófico de Helena P. Blavatsky (Editora Ground) explica que A Tábua de

Esmeralda "foi encontrada por Sarai (!), esposa de Abraão, no corpo morto de Hermes, e que assim o

dizem os cabalistas cristãos e os maçons". A “Tábua de Esmeralda” deixei quando Hermes. Livro dos Mortos

e Corpus Hermeticum, este é o maior deles.

A tradução da Tabula Smaragdina segue-se:

(1) É verdade, certo e muito verdadeiro:

(2) O que está em baixo é como o que está em cima e o que está em cima é como o que está em baixo,

para realizar os milagres de uma única coisa.

(3) E assim como todas as coisas vieram do Um, assim todas as coisas são únicas, por adaptação.

(4) O Sol é o pai, a Lua é a mãe, o vento o embalou em seu ventre, a Terra é sua ama;

(5) O Pai de toda Telesma do mundo está nisto.

(6) Seu poder é pleno, se é convertido em Terra.

(7) Separarás a Terra do Fogo, o sutil do denso, suavemente e com grande perícia.

(8) Sobe da terra para o Céu e desce novamente à Terra e recolhe a força das coisas superiores e

inferiores.

(9) Desse modo obterás a glória do mundo.

(10) E se afastarão de ti todas as trevas.

(11) Nisso consiste o poder poderoso de todo poder:

Vencerás todas as coisas sutis e penetrarás em tudo o que é sólido.

(12) Assim o mundo foi criado.

(13) Esta é a fonte das admiráveis adaptações aqui indicadas.

(14) Por esta razão fui chamado de Hermes Trismegistos, pois possuo as três partes da filosofia

universal.

(15) O que eu disse da Obra Solar é completo.

Outra versão:

"É verdade, correto e sem falsidade, que o que está em baixo, é como o que está em cima, para

realizar os milagres de uma coisa só.

Como todas as coisas derivam-se da Coisa Única, pela vontade Daquele que as criou, pelo poder de

sua palavra, assim também tudo deve a sua existência a esta Unidade, pela ordem Natural criadora.

O Sol é o seu pai, a Lua é a sua mãe, o vento o transporta em seu ventre, a terra é a sua nutriz. Este

ente é o pai de todas as coisas do Mundo. Seu poder é imenso e perfeito.

Separarás a terra do fogo, o sutil do denso, com muito cuidado e grande habilidade. Ela sobe da terra

ao céu e de novo descerá à terra, deste modo recebe a força das coisas superiores e inferiores.

Por este meio terás a glória de todo o mundo quaisquer trevas afastar-se-ão de ti. É a força forte de

toda a força, pois vencerá toda a coisa sutil e penetrará toda a coisa sólida. Assim foi criado o universo. E,

Disto surgem maravilhosas realizações, cujo meio está aqui.

Por isso sou chamado Hermes Trismegisto, porque possuo poder sobre as três partes da sabedoria do

mundo. O que eu disse da obra-mestra da Arte Alquímica, a Obra Solar, aqui está dito e encerrado. “Tudo”.

Outra versão:

É verdade, correto e sem falsidade, que o que está em baixo, é como é em cima, para cumprir-se a

Grande Obra. Como todas as coisas derivam-se da Coisa Única, pela vontade e pela palavra daquele Único

que as mentalizou, assim também tudo deve a sua existência a esta Unidade, pela ordem Natural, e tudo pode

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ser aperfeiçoado por adaptação àquela Mente. Seu pai é o Sol; sua mãe a Lua, o Vento a transporta em seu

ventre, sua nutriz é a Terra. Este ente é o pai de todas as coisas do Mundo. Seu poder é imenso e perfeito,

quando novamente separada da Terra. Separas, pois o Fogo da Terra, o sutil do denso, mas com cuidado, com

grande habilidade e critério. Ela sobe da Terra ao Céu e novamente desce a Terra, renascendo e assim

tomando para si o poder de Cima e o poder de Baixo. Desta forma o esplendor do mundo será todo teu,

possuirás todas as glórias do universo e quaisquer trevas afastar-se-ão de ti. Nisso consiste o poder poderoso

de todo poder; capaz de vencer todo o sutil e penetrar tudo o que é sólido. Do mesmo modo o universo é

criado. De lá vem às realizações maravilhosas, e seu mecanismo é o mesmo. É por isso que sou chamado

Hermes Trismegistus, possuindo poder sobre os três aspectos da filosofia universal. “O que eu disse da obra-

mestra da Arte Alquímica, a Obra Solar, aqui está dito e encerra tudo.

Os três aspectos da filosofia universal:

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“Mundo Divino, mundo Intelectual e mundo Físico.” - G. I.

Como o filho de Deus é, em essência, semelhante a Deus, a partir da condição essencial, deve manifestar

a Mente, para, através da Inteligência, tudo o mais acionar e realizar o Cristo Interno, a Perfeição, a Unidade

com o Todo. O mundo Físico é o avesso do Espírito, é apenas ferramenta a ser usada, nada mais.

Os Alquimistas

A Alquimia, precursora da Química moderna e da Medicina, foi a ciência principal durante a

Idade Média. A busca da Pedra Filosofal e da capacidade de transmutação dos metais incluía não só as

experiências químicas, mas também uma série de rituais. A filosofia Hermética era um de seus

alicerces, assim também como partes da Cabala e da Magia.

No plano puramente mental do Hermetismo, o intelecto oscila entre o Céu (princípios) e a Terra

(fatos), isto é, pratica a dedução e a indução; o mesmo deve ser feito pelo coração... Em ambos os campos,

encontramos os três princípios Alquímicos ligados ao:

- ENXOFRE ativo (aspiração as alturas);

- MERCÚRIO passivo (conhecimento das planícies);

- SAL neutro (produto da harmonização entre os dois primeiros)

Nos dois campos, existe o Quaternário expresso pelo Tetragramaton da Cabala ou pela Cruz

Hermética: IOD 1 - Busca da Verdade 1 - Atividade Evolutiva (Triangulo Superior)HE 2 - Aspiração em

assimilá-la 3 - Emotividade PassivaVAU 3 - Aspiração em transmiti-la 2 - Atividade Involutiva (Triangulo

(Inferior).

2 HE 4 - Desejo de sintetizá-la num 4 - Emoções Positivas sistema harmonioso

Tanto no campo do coração como no da mente existe o quinto elemento que é o próprio operador, no

centro do quaternário. Em metafísica o quinto elemento é o Adão decaído que adquire a experiência do bem e

do mal na grande balança que mantém o equilíbrio do mundo. No Hermetismo o quinto elemento é a

quintessência, a Vontade que Rege a Cruz Hermética.

A alquimia é também considerada a arte da metempsicose, ou seja, da transmigração da alma, a

mesma alma podendo encarnar sucessivamente em homens, animais e plantas, trazendo o fato e a importância

da imortalidade da Alma.

A Teoria da Metempsicose

Os espíritas de hoje não concordam com a Teoria da Metempsicose porque segundo os Egípcios o

espírito após animar um corpo de homem pode reencarnar num corpo de animal.

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A Teoria da Metempsicose começou com os egípcios e devemos pensar inteligente para

compreender corretamente. A teoria da metempsicose foi criada em função da dor da humilhação, lembrando

os tempos que viviam num planeta que já estava entrando na fase da maturidade. CLARO que sabemos que

isto não é verdade, mas vamos entender o porquê deles terem afirmado isto. Depois de viverem na Capela

numa humanidade equivalente a humanidade terrestre de hoje, foram expulsos e viveram em corpos de

homem da caverna (peludos etc.). Dá para entendermos o porquê de eles terem dito sobre animar em corpos

inferiores, não? Mas, isto em nada muda a Lei.

Inventou-se, desse modo, uma série de rituais e cerimônias para solenizar o regresso dos seus

irmãos à pátria espírita.

Ao longo do tempo, diversos alquimistas descobriram que a verdadeira transmutação ocorria no

próprio homem, numa espécie de Alquimia da Alma; diversos outros permaneceram na busca sem sucesso

do processo de transformação de metais menos nobres em ouro; afirma-se que alguns mestres atingiram este

objetivo...

Tendo como fundamento a Tábua de Esmeraldas sistematizaram o que foi chamado de:

As sete leis herméticas:

1) Lei do Mentalismo

O universo é mental ou Mente. Isso significa que todo universo fenomenal é simplesmente uma criação

mental do TODO… Que o universo tem sua existência na Mente do TODO.

Uma outra maneira de dizer isso é: “tudo existe na mente do Deus e da Deusa que nos ‘pensa’ para que

possamos existir. Toda a criação principiou como uma idéia da mente divina que continuaria a viver, a

mover-se e a ter seu ser na divina consciência.”

“O Universo e toda a matéria são consciência do processo de evolução.”

Minha opinião é que toda a matéria são como os neurônios de uma grande mente, o universo consciente, que

“pensa”.

Todo o conhecimento flui e reflui de nossa mente, já que estamos ligados a uma mente divina que contem

todo o conhecimento.

É claro que não estamos conscientes de “todo o conhecimento” em qualquer momento dado, por que seria

uma tarefa exorbitante manuseá-lo e processa-lo e ficaríamos loucos no processo.

Os cinco sentidos do cérebro humano atuam tanto como filtros como fontes de informação. Eles bloqueiam

uma considerável soma de informação caso contrário seriamos esmagados por informações que nos

bombardeiam minuto a minuto como sons, cheiros e até ideias, não seriamos capazes de nos concentrarmos

nas tarefas especificas em mãos. Mas sob condições corretas de consciência podemos moderar, ou até desligar

o processo de filtração, com a consciência alterada, o conhecimento universal (Registros Akáshicos) torna-se

acessível.

2) Lei da Correspondência

"O que está em cima é como o que está embaixo. E o que está embaixo é como o que está em cima"

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Essa lei é importante porque nos lembra que vivemos em mais que um mundo.

Vivemos nas coordenadas do espaço físico, mas também vivemos em um mundo sem espaço e nem tempo.

A perspectiva muda de acordo com o referencial. A perspectiva da Terra normalmente nos impede de

enxergar outros domínios acima e abaixo de nós. A nossa atenção está tão concentrada no microcosmo que

não nos percebemos no imenso macrocosmo à nossa volta.

O principio de correspondência diz-nos que o que é verdadeiro no macrocosmo é também verdadeiro

no microcosmo e vice-versa. Portanto podemos aprender as grandes verdades do cosmo observando como elas

se manifestam em nossas próprias vidas. Por isso estudamos o universo: para aprender mais sobre nós

mesmos.

Na menor partícula existe toda a informação do Universo.

3) Lei da Vibração

"Nada está parado, tudo se move, tudo vibra"

No universo todo movimento é vibratório. O todo se manifesta por esse princípio. Todas as coisas se

movimentam e vibram com seu próprio regime de vibração. Nada está em repouso. Das galáxias às partículas

sub-atômicas, tudo é movimento.

Todos os objetos materiais são feitos de átomos e a enorme variedade de estruturas moleculares não é

rígida ou imóvel, mas oscila de acordo com as temperaturas e com harmonia. A matéria não é passiva ou

inerte, como nos pode parecer a nível material, mas cheia de movimento.

A Lei da Vibração rege toda a comunicação entre espíritos e matéria, bem como a conjuração de

elementais, devas, exús, orixás, anjos enochianos e qualquer outro tipo de serviçal astral. Também

rege os princípios de atração e repulsão entre indivíduos, a harmonia e as egrégoras.

4) Lei da Polaridade

"Tudo é duplo, tudo tem dois pólos, tudo tem o seu oposto. O igual e o desigual são a mesma coisa.

Os extremos se tocam. Todas as verdades são meias-verdades. Todos os paradoxos podem ser reconciliados”.

A polaridade revela a dualidade, os opostos representando a chave de poder no sistema hermético.

Mais do que isso, os opostos são apenas extremos da mesma coisa. Tudo se torna idêntico em natureza. O

pólo positivo + e o negativo - da corrente elétrica são uma mera convenção.

O claro e o escuro também são manifestações da luz. A escala musical do som, o duro versus o

flexível, o doce versus o salgado. Amor e o ódio são simplesmente manifestações de uma mesma coisa,

diferentes graus de um sentimento.

5) Lei do Ritmo

"Tudo tem fluxo e refluxo, tudo tem suas marés, tudo sobe e desce, o ritmo é a compensação"

Pode se dizer que o princípio é manifestado pela criação e pela destruição. É o ritmo da ascensão e da queda,

da conversão energia cinética para potencial e da potencial para cinética. Os opostos se movem em círculos.

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É a expansão até chegar o ponto máximo, e depois que atingir sua maior força, se torna massa inerte,

recomeçando novamente um novo ciclo, dessa vez no sentido inverso. A lei do ritmo assegura que cada ciclo

busque sua complementação.

6) Lei do Gênero

"O Gênero está em tudo: tudo tem seus princípios Masculino e Feminino, o gênero se manifesta em todos os

planos da criação"

Os princípios de atração e repulsão não existem por si só, mas somente um dependendo do outro.

Tudo tem um componente masculino e um feminino independente do gênero físico. Nada é 100% masculino

ou feminino, mas sim um balanceamento desses gêneros.

Existe uma energia receptiva feminina e uma energia projetiva masculina, a que os chineses

chamavam de yin yang. Nenhum dos dois pólos é capaz de criar sem o outro. É a manifestação do desejo

materno com o desejo paterno.

7) Lei de Causa e Efeito

"Toda causa tem seu efeito, todo o efeito tem sua causa, existem muitos planos de causalidade, mas nenhum

escapa à Lei"

Nada acontece por acaso, pois não existe o acaso, já que acaso é simplesmente um termo dado a um

fenômeno existente e do qual não conhecemos e a origem, ou seja, não reconhecemos nele a Lei à qual se

aplica.

Esse princípio é um dos mais polêmicos, pois também implica no fato de sermos RESPONSÁVEIS

por todos os nossos atos. No entanto, esse princípio é aceito por todas as filosofias de pensamento, desde a

antiguidade. Também é conhecido como karma.

Da Energia Latente no Ser Humano

Ser Humano (Ser) é Energia. Essa Energia é força de maior intensidade, de menor intensidade e de zero

intensidade. O Ser ativo, participativo, solidário, ético, optativo e decisivo é um Ser de Energia de intensidade

alta, grande, maior. Um Ser inativo, egoísta, passivo, corruptor, inoptativo e indeciso é um Ser de Energia de

intensidade baixa, rasa, sofrível. Um Ser doente, em fase terminal, é um Ser de intensidade de Energia igual a

zero. Um Ser que faz o mal, vive para o mal, pratica o mal, venera o mal, participa para o mal, tem o

pensamento voltado para o mal, ludibria a vontade alheia em proveito próprio, tem uma Energia de

intensidade sofrível. Um Ser que é benevolente, que pratica boas ações, que venera o bem, faz o bem sem

olhar a quem, ajuda ao próximo, tem o pensamento voltado para a prática do bem, é altruísta, provoca a paz

entre os homens, tem uma Energia de intensidade maior.

E) LIVRO DOS MORTOS

“Ó alma cega! Arma-te com o facho dos Mistérios e tu descobrirás, na noite terrena o teu Duplo

Luminoso, a tua Alma Celeste. Segue esse Guia Divino e que ele seja o teu Gênio - Porque ele contém a

chave das tuas existências passadas e futuras.” - G. I.

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Hermes fala, no Livro dos Mortos, à inteligência bruta do homem neófito, para que reconheça em si

mesmo, no seu fundamento, uma Centelha Divina. Esta Centelha, avisa o Instrutor, é a mesma de sempre; é

aquela que, um dia, por evolução, brilhará como jamais sol algum poderá brilhar.

Guia Celeste, Alma Divina, Centelha Divina, tudo é a mesma coisa.

Facho dos Mistérios é o mesmo que Excelsa Doutrina.

No Caminho do Senhor, nome da Doutrina do Senhor até Constantino corrompê-la, para inventar o

catolicismo, a Ciência dos Mistérios passou a se chamar Doutrina da Verdade.

Quando Kardec foi fazer a Codificação, a Restauração Doutrinária, por ter sido a função missionária de Jesus

o Batismo de Espírito, disseram os Espíritos Reveladores que o nome devia ser ESPIRITISMO.

Isto fica bem saliente, para ser antissectário, apenas verdadeiro, acima de religiosismos e conchavismos de

homens.

O Espiritismo é Escola de Espiritualidade, nada tendo que ver com sectarismos quaisquer. Ensinará a

amar a Deus em Espírito e Verdade, porque isso Deus é e deseja que Seus filhos venham a ser. Ensinará a usar

tudo quanto seja mundos, formas e transições, sem os adorar, porque tudo quanto é matéria é apenas

ferramenta de uso, nada mais. De modo geral e definitivo, a Doutrina que se fundamenta na Moral, no Amor e

na Revelação, aponta ao filho de Deus o seu Templo Interior, onde as luzes do Amor e da Sabedoria, somente

elas, realmente poderão iluminar para a eternidade.

_____________________ ----

Extraído do livro: “Sacred Writings – a guide to the Literature of religions”

Günter Lanczkowski

Já foi mencionado anteriormente que a classificação de “Livro Sagrado” da literatura egípcia sobre os

mortos, como ela está nos Textos das Pirâmides, nos Textos Mortuários e o Livro dos Mortos é problemática,

já que esta literatura jamais foi assim classificada no senso estrito da palavra. Por outro lado, entretanto, é

legitimo discutir tal literatura neste contexto presente, devido ao legado que deixa sobre a vida depois da

morte no antigo Egito, ela representa a expressão central da antiga religião egípcia e uma fonte importante de

informações.

No final das contas, fato importante é que esta literatura foi tida pelos próprios egípcios como “a

palavra de Deus” – mdw ntr – em cujo poder sagrado e mágico acreditavam implicitamente, apesar de que não

estejam bem familiarizados com a ideia de escrituras canônicas religiosas.

Os três grupos de textos são relatados não somente pela razão de sei conteúdo seja literatura sobre os

mortos, mas também porque os mais antigos são, até certo ponto, a fonte dos mais recentes. Não obstante, é

possível distingui-los cronologicamente. Os textos das Pirâmides que o último governador da 5ª Dinastia, Rei

Unas, e, depois dele, os reis da 6ª Dinastia (cerca de 2314-2190 aC) gravaram em suas câmaras mortuárias e

passagens são típicas do Antigo Reinado (cerca de 2600-2190 aC; os Textos Mortuários vêm do período

seguinte, ou seja, do período durante o qual o Médio Império (também chamado Primeiro Período

Intermediário ou Período Heracleopolitano) estava se desenvolvendo, e o do Período do Médio Império (cerca

de 2190-1786 aC); as coleções conhecidas como o Livro dos Mortos apareceu desde o começo da 18ª Dinastia

(1590 aC), isto é, o começo do Novo Império.

Os Textos das Pirâmides são os constituintes mais velhos do centro todo poderoso de todo o cosmos

cuja existência era essencial para a intercomunicação harmônica das forças cósmicas. Os Textos das

Pirâmides serviam para garantir a imortalidade e a entrada na sociedade dos deuses. São os mais antigos

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textos sobre ressurreição do mundo. Eram, provavelmente, recitados no funeral dos reis e dispostos de forma

que os antigos reis mortos pudessem, espiritualmente, vê-los e lê-los.

Estes textos contêm uma grande variedade de material, o propósito do qual era sempre deificar o

governante defunto. Eram Mandamentos de antiguidade considerável, refletindo ideias nada comuns no tempo

das pirâmides. Ao par disso, são textos que derivaram da crença dos Heliopolitanos em Ra, que fez grandes

avanços na 4ª Dinastia e ganhou status de religião oficial na 5ª Dinastia.

Os mandamentos visavam garantir que o rei morto entrasse na herança do deus Sol Ra e permitir que

ele viajasse no barco solar. Nada valia que, no tempo do segundo governante da 6ª Dinastia, Osíris de Abydos

ficasse perceptivelmente na frente dos Textos das Pirâmides.

Hans Shock mostrou como este processo se conectava com os acontecimentos seculares do período,

que também sugerem que Abydos estava se tornando cada vez mais poderoso. A tentativa de reconciliação da

crença solar de Ra com a religião de Osíris foi feita no estágio final da redação dos textos. Este trabalho

editorial nos textos das várias pirâmides é um assunto importante que ainda não foi completamente

investigado. Por exemplo, numerosos textos foram vertidos do discurso direto original do rei propriamente

dito para a terceira pessoa, ainda mesmo enquanto estavam nas paredes. Como um exemplo dos Textos das

Pirâmides I, propunha citar algumas passagens dos Mandamentos 273 e 274. Ambos Mandamentos estão

entre os mais bem conhecidos dos Textos das Pirâmides e são conhecidos como o “Hino Canibal”. São

atribuídos à influência do elemento da África na civilização egípcia e certamente estão entre os textos mais

horríveis em toda a história das religiões.

Textos Mortuários e o Livro dos Mortos têm vários elementos em comum que os diferenciam dos

Textos das Pirâmides. A mais importante pré-condição para o desenvolvimento da nova literatura sobre os

mortos foi a situação religiosa e social completamente diferente, em comparação com o período das

Pirâmides, durante o auge do Médio Império. Depois da queda da Monarquia sagrada do Antigo Império uma

camada social mais ampla teve mais contato com esta literatura do que antes, quando era confinada à casa

real; a religião de Osíris que prometia a qualquer mortal uma identificação com o deus de Abydos pode ter

dado uma contribuição significativa para este progresso. Agora podemos traçar esta revolução desde o

começo. Com Pepi II, o último governante da 6ª Dinastia, os Textos das Pirâmides já eram colocados nas

pirâmides das rainhas; os textos encontrados nas pirâmides de reis efêmeros da 8ª Dinastia, a quem o real

papiro de Turim reconhece como sendo o último rei do Antigo Império, foi uma espécie de usurpação já que

as sentenças contidas nestes textos não estavam mais de acordo com o verdadeiro poder e representação

religiosa da monarquia daquele tempo. Com o declínio final do Antigo Império, esta literatura cessou por

completo para ficar restrita à esfera real.

As mudanças religiosas mais inatingíveis estavam acontecendo, e a natureza delas ainda está sendo

estudada, em conexão com os textos. A brecha entre o mundo dos Textos das Pirâmides e o do Texto

Mortuário e o Livro dos Mortos foi expresso em todas as formas diferentes nas quais a literatura era usada.

Enquanto os textos das Pirâmides eram firmemente assentados na vida religiosa do Antigo Império e os ritos

funerais do Rei, os Textos Mortuários e o Livro dos Mortos já não eram mais textos rituais. Eles eram usados

com intenções mágicas. A ênfase crescente na mágica surge numa mudança de atitude do mundo dos mitos.

Na literatura que sucedeu os Textos das Pirâmides há citações do mundo dos mitos mas os eventos míticos

não são mais o centro nem o único meio de assegurar a imortalidade: eles são meramente um acréscimo a algo

mais. Há um bom exemplo disto neste texto Mortuário, IV, 330:

“Eu vivo, eu morro, sou Osíris. Venho diante de você, entrei em você, interpenetrei em você, cresci

em você, estou em você, estou em meu lado. Os deuses vivem em mim. Eu vivo, Cresço como (o deus do

milho) Nepre, que expõe a venerável (morte) com ele. (O deus da terra) Geb escondeu-me. Eu vivo, eu morro;

sou a cevada – não perecerei.”

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Está claro que as referências míticas nesta passagem meramente suprem a ideia da imortalidade

vegetativa que vem da observação “científica”. Esta literatura está no meio entre o pensamento mítico e o

lógico – um caminho que nunca seguiu consistentemente para uma conclusão lógica no Egito – e representa

uma ciência pré-científica a serviço da magia, que pode ser chamada “pós-mítica” como é evidente em outros

textos religiosos escritos num estágio similar de evolução.

O costume, que começou no s Textos Mortuários, de providenciar Mandamentos individuais com

títulos declarando a natureza de seu uso no mundo posterior, e também, ocasionalmente, o lucro que poderá

derivar deles, é também um sinal das intenções mágicas que estão por trás deles. Os Textos das Pirâmides

contêm apenas um título. O título “Palavras para o dia da partida” (pr. t m hrw) tornou-se, no Novo Império, o

nome genérico para a coleção de textos que são conhecidos como “O Livro dos Mortos”.

A conexão entre o conteúdo dos Mandamentos e seus títulos é estranha ao nosso senso de lógica. A

conexão é frequentemente perdida e algumas vezes se refere a meros detalhes ou a uma expressão em

particular no texto em si, e que é usada como estribilho ou refrão. Associações de ideias baseadas no jogo de

palavras tomam grande espaço nestes textos e já foram achadas nos Textos das Pirâmides: elas são

especialmente características da literatura que se seguiu aos textos das Pirâmides. Um estudo sistemático delas

daria uma informação importante na estrutura do pensamento mágico.

Nos textos Mortuários e no Livro dos Mortos, os mortos geralmente falam de si mesmos, na primeira

pessoa; os dois grupos de textos são, portanto, bem pessoais em seu caráter. Eles também são dispostos em

colunas verticais e – com exceção do Livro dos Mortos de Tebas, da 21ª Dinastia, que foi escrita em hierático

– eram escritas em hieróglifos. Dos “mapas” do próximo mundo que são encontrados nos fundos dos caixões

do Médio Império, eles desenvolveram o costume de adicionar figuras ao texto no Livro dos Mortos: elas são

chamadas de vinhetas do Livro dos Mortos. Finalmente, os dois grupos de textos usam a mesma linguagem:

ambos usam o antigo egípcio, incluindo algo das formas do Médio Egito. Do ponto de vista léxico, os Textos

Mortuários dão um material profuso que ainda não foi investigado completamente.

Comparados os elementos que compartilham, as diferenças entre os dois grupos de textos são devidas,

principalmente, à maneira específica pela qual foram escritas. Os Textos Mortuários foram inscritos nas

paredes (incluindo as tampas e o chão) do interior e exterior dos caixões. É impossível dizer-se se algum

sistema em particular foi seguido. Papiros, dos quais apenas três sobreviveram, foram usados como fontes que

sofreram muitas mudanças no processo de escrita. A posição dos Textos Mortuários na história literária os faz

importantes tanto para entendermos o Livro dos Mortos que os seguiu e para nosso conhecimento do material

que foi tirado dos Textos das Pirâmides ou (apesar de todos os sinais de grande antiguidade) não podem ser

achados na redação atual destes textos. Naturalmente, o que os Textos Mortuários têm a dizer sobre a vida

religiosa de seu tempo é especialmente importante. Como exemplo, podemos ver um texto que elogia uma

forma imaterial e transfigurada de uma vida no além, fazendo uso de um jogo de palavras:

“Deixo virtude no lugar da cópula, alegria no lugar do impulso e paz de coração no lugar do pão”.

O Livro dos Mortos foi escrito em rolos de papiro que foram colocados nas tumbas com as pessoas

mortas. Este costume começou no Novo Império. Possivelmente pela influência egípcia, também foi

introduzido na Etiópia onde um rolo sagrado chamado Lefafa Sedek (faixa de retidão) foi colocado nas

tumbas. O deus hermopolitano Thot, o deus dos escribas e o escriba dos deuses, era visto como o autor do

Livro Egípcio dos Mortos.

A intenção geral do Livro dos Mortos era ajudar os mortos a suportar o julgamento de Osíris no

mundo posterior e para garantir sua felicidade na vida futura. As vinhetas do Livro dos Mortos deixam este

propósito bem claro, representando, como fazem, cenas do próximo mundo, as metamorfoses que os mortos

irão passar e a corte onde o coração será pesado, comparado com o símbolo da Verdade.

Os textos também contêm – somando-se a uma grande variedade de material místico – numerosas

declarações diretas sobre sua intenção básica. Desta forma, encabeçando o 17° capítulo, segue-se:

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“Começam aqui os hinos de adoração que se deve pronunciar no momento em que o morto, liberto

(do corpo) penetra no glorioso Mundo Inferior e na formosa Amenti, isto é, no momento em que, saindo em

plena luz do dia, pode-se manifestar à vontade sob todas as formas da existência. Então, sentado em uma sala,

poderá jogar damas, ou talvez conforme a sua condição de alma viva, empreender grandes viagens.”

____________________________ -

O livro dos Mortos

Era uma coleção de rituais e encantos. Os rituais aconteciam durante o enterro e, se realizados

corretamente permitiam ao falecido voltar à vida. Os encantos eram cumpridos para ajudar o espírito durante a

jornada até o Império de Osíris.

Os Hinos em homenagem aos deuses e a cena do julgamento formavam a parte introdutória do livro.

Exemplo de Hino à Rá:

“Homenagem a ti, ó tu que vieste como Quépera, ó criador dos deuses. Levantas-te e brilhas, e fazes

que a luz esteja em tua mãe Nut; és coroado rei dos desuses. Tua mãe Nut executa um ato de homenagem a ti

com ambas as mãos (...) Salve Tatunen que és único, que és criador do Gênero humano e fazedor da

substância dos deuses do sul e do norte (...) Vinde e aclamai a Rá senhor do céu e criador dos deuses, e

adorai-o em SUS bela forma quando surge de manhã em seu divino barco”.

Além desses encontram-se os textos mitológicos, Fórmulas para Proteção dos Mortos, Fórmulas para

assegurar absolvição no julgamento; Fórmulas para garantir a passagem; Fórmulas para obter benefícios do

outro lado:

F110- “(...) para se ressurgir durante o dia (...). Que me seja dado lá ser um senhor! Que me seja dado

lá ser um espírito! Que me seja dado lá lavra! Que me seja dado lá de comer e beber e fazer tudo o que se faz

a face da terra”.

Livro dos Mortos (cujo nome original, em egípcio antigo, era Livro de Sair Para a Luz) é a

designação dada a uma coletânea de fórmulas mágicas, orações, hinos e litanias do Antigo Egito, escritos em

rolos de papiro e colocados nos túmulos junto das múmias. O objetivo destes textos era ajudar o morto em sua

viagem para o outro mundo, afastando eventuais perigos que este poderia encontrar na viagem para o Além.

A ideia central do Livro dos Mortos é o respeito à verdade e à justiça, mostrando o elevado ideal da

sociedade egípcia. Era crença geral que diante da deusa Maat de nada valeriam as riquezas, nem a posição

social do falecido, mas que apenas os atos seriam levados em conta. Foi justamente no Egito que esse enfoque

de que a sorte dos mortos dependia do valor da conduta moral enquanto vivo ocorreu pela primeira vez na

história da humanidade. Mil anos mais tarde, — diz Kurt Lange - essa ideia altamente moral não se espalhara

ainda por nenhum dos povos civilizados que conhecemos. Em Babilônia, como entre os hebreus, os bons e os

maus eram vítimas no além, e sem discernimento, das mesmas vicissitudes.

Não resta dúvida de que o julgamento dos atos após a morte devia preocupar, e muito, a maioria dos

egípcios, religiosos que eram. Para os egípcios esse conjunto de textos era considerado como obra do deus

Thoth. As fórmulas contidas nesses escritos podiam garantir ao morto uma viagem tranquila para o paraíso e,

como estavam grafadas sobre um material de baixo custo, permitiam que qualquer pessoa tivesse acesso a

uma terra bem-aventurada, o que antes só estava ao alcance do rei e da nobreza. Em verdade, essa compilação

de textos era intitulada pelos egípcios de Capítulos do Sair à Luz ou Fórmulas para Voltar à Luz (Reu nu pert

em hru), o que por si só já indica o espírito que presidia a reunião dos escritos, ainda que desordenados. Era

objetivo desse compêndio, nos ensina o historiador Maurice Crouzet, fornecer ao desencarnado todas as

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indicações necessárias para triunfar das inúmeras armadilhas materiais ou espirituais que o esperavam na rota

do "ocidente".

O Livro dos Mortos data da época do Império Novo, período da história do Antigo Egito que se inicia

por volta de 1580 a.C. e termina em 1160 a.C., no entanto, a obra recolhe textos mais antigos - do Livro das

Pirâmides (Império Antigo) e do Livro dos Sarcófagos (Império Médio).

No Império Antigo foram gravadas várias fórmulas mágicas sobre os muros dos corredores e das

câmaras funerárias das pirâmides de Sakara, pertencentes a vários reis da V e da VI dinastias (Unas, Teti, Pepi

I, Merenré e Pepi II). Estes textos são conhecidos como Textos das Pirâmides. Nesta altura a possibilidade de

uma vida depois da morte era apenas acessível aos reis.

A partir da VII dinastia egípcia verifica-se uma "democratização" da possibilidade de ascender a uma

vida no Além. Esta não será mais reservada apenas ao soberano, mas será também possível para os nobres e os

altos funcionários, e progressivamente estender-se-á a toda a população. Durante o Império Médio os textos

usados pelos reis foram modificados, ao mesmo tempo em que surgiram novos textos que mantinham a sua

função de ajudar o morto no caminho do Além. Os textos passaram a ser escritos no interior dos sarcófagos

(na madeira) dos nobres e dos funcionários, sendo por isso conhecidos como Textos dos Sarcófagos.

Durante o Império Novo reuniram-se textos funerários de períodos anteriores (Textos das Pirâmides e

Textos dos Sarcófagos), ao mesmo tempo que se redigiram novos textos, escritos em rolos de papiro e

colocados junto das múmias nos túmulos. A coletânea destes textos é hoje conhecida como Livro dos Mortos.

Existem algumas versões locais do Livro dos Mortos, que apresentam pequenas diferenças.

A chamada "recensão tebana", escrita em hieróglifos (e mais tarde em hierático) sobre papiro,

encontra-se dividida em capítulos sem uma ordem determinada, embora a maioria deles possua um título. Esta

versão foi utilizada entre a XVII e a XXI dinastia egípcia não apenas pelos faraós, mas também pelas pessoas

comuns.

Na "recensão Saíta", usada a partir da XXVI dinastia (século VII a.C.) e até o fim da era ptolomaica,

fixou-se de forma definitiva a ordem dos capítulos.

O alado Ba, espírito que simbolizava a sobrevivência física dos mortos, podia, segundo se julgava,

sair de um túmulo.

Por intermédio de Ba, um morto podia voltar aos locais de sua predileção no mundo.

Todos os "Livro dos Mortos" são escritos em hieróglifos cursivos até a XXI dinastia (c. 1070 a.C.)

quando passam também a serem escritos em hierático; na Baixa Época (c. 600 a.C.) empregam

indiscriminadamente tanto o hierático quanto o demótico até o Período Romano (c. II século a. C.) quando

deixa de ser o principal texto funerário, substituído pelo “Livro das Respirações” ou “Livro para Percorrer a

Eternidade”.

As pesquisas sobre "Livro dos Mortos" começaram com Jean François Champollion em 1827 a partir

de alguns exemplares reproduzidos na Description de l’Égypte, principalmente o papiro Cadet, segundo

Champollion o título deste manuscrito era “Livro das Manifestações a Luz”.

Para os egípcios antigos o “Livro dos Mortos” é de origem divina e foi escrito pelo próprio deus Thot

que fala pela boca do morto.

Embora a denominação "Livro dos Mortos" ainda seja a mais usada, ela nada tem a ver com o título

original em egípcio prt-m-hrw “Livro para Sair ao Dia”.

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Essa busca pelo “sair ao dia” já está presente nos “Textos dos Caixões” assim como a capacidade de

entrar e sair do Mundo dos Mortos segundo a vontade do morto.

Esses rolos de papiro possuem uma altura entre 30 a 40cm e o comprimento que varia de versões

resumidas com 1 a 2m até as versões completas com 15 a 37m.

O “Livro dos Mortos” tem como função dar ao morto os meios de obter três condições básicas para a

sua sobrevivência no Mundo dos Mortos: as preces dedicadas às grandes divindades, a regeneração e as

transformações e o domínio das forças divinas por meio do conhecimento de seus nomes secretos.

Os capítulos 1 ao 16 temos a chegada do cortejo fúnebre à necrópole, a passagem pelas Portas guardadas por

“demônios” e os hinos a Osíris e ao sol poente.

Os capítulos 17 a 63 a regeneração solar do Morto.

Os capítulos 64 a 129 a transfiguração e a regeneração do morto além do ponto focal do "Livro dos Mortos" o

julgamento da alma onde o morto ao negar as suas faltas é justificado diante do tribunal divino, tornando-se

capaz de sair à Luz do dia.

Os capítulos 130 a 161 onde, como consequência de ser um justificado, ele pode desfrutar da glorificação e

viajar na Barca Solar pelo Mundo Inferior, será cultuado nos dias dos Festivais. Temos também uma descrição

geográfica do Mundo dos Mortos e como confeccionar os principais amuletos funerários.

Em seguida temos os capítulos suplementares, presentes principalmente na Recensão Saíta.

Os capítulos 162 a 192 são fórmulas de proteção mágica e homenagens à Osíris e Rê no Mundo Inferior.

Os capítulos 163 a 167 são as “Amonianas” onde o deus-sol Rê aparece com o nome de Ámun.

O “Livro dos Mortos” marca um momento decisivo na história não somente da literatura funerária

egípcia, mas do próprio ser humano diante de questões universais como a existência de uma alma imortal, as

consequências das ações terrenas em uma vida póstuma onde os justos serão glorificados e desfrutaram da

vida eterna.

http://aumagic.blogspot.com.br/2012/03/o-livro-dos-mortos-do-egito-antigo.html

http://estudos-egiptologia.blogspot.com.br/2011/02/o-livro-dos-mortos-do-egito-antigo.html

Depois de haver passado um tempo no além, no Amenti, e se haver purificado da vida passada, o

desencarnado é chamado a contribuir com novas existências para a múmia, o germe causal de sua próxima

encarnação. “Oh Deuses de Heliópolis (…), concedei-me que minha alma venha a mim onde quer que esteja.

(…) Minha alma e minha inteligência me foram arrancadas. Fazei que minha alma veja meu corpo, se a

encontrardes… Que se uma à sua múmia (que reencarne)”

O documento mais antigo que se tem conhecimento, comprovando esses fatos, sob o ponto de vista

individual, é a famosa Confissão Negativa. Tratava-se de um papiro encontrado com as múmias do Novo

Império Egípcio. Tal documento fazia parte do Livro dos Mortos, que data de três milênios e meio. São

trechos extraídos do Capítulo 126 do citado livro e passaram a fazer parte do testamento do morto, a saber:

____“Homenagem a ti, grande Deus, Senhor da Verdade e da Justiça! / Não fiz mal algum.../ Não matei

os animais sagrados/ Não prejudiquei as lavouras.../ Não sujei a água/ Não usurpei a terra/ Não fiz um senhor

maltratar o escravo.../ Não repeli a água em seu tempo/ Não cortei um dique.../ Sou puro, sou puro, sou puro!”

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Estrutura da Imortalidade:

- Quanto aos mortos, a abordagem necessária é que pelo avançado nível moral e intelectual deste povo

eles sabiam sobre a imortalidade da alma e da reencarnação, por isso prezavam mais a morte do que a vida.

Segundo eles a vida era para ser bem vivida para ter uma boa morte. A morte era um capítulo muito especial,

a mumificação, por exemplo, foi em decorrência disso.

- O egípcio antigo voltaria a viver em seu corpo antigo ou num corpo novo, seja como fosse lhe era garantida

a imortalidade.

- CAT: corpo físico; precisava ser conservado para preservar o CA.

- CA: duplo, ou perispírito. Podia se movimentar na terra, conversar com os deuses e se alimentava das

oferendas deixas no túmulo. Precisava passar pelo “ritual de abertura da boca”, para não ficar preso ao CAT.

Mantinham um estreito relacionamento, CA visita o corpo físico preservando-o, mas na eventual degeneração

poderia ser substituído pela estátua do morto que também era enterrada junto.

- BA: alma; localizada no coração constituía a sede da vida do homem. A alma dos bem aventurados ia morar

com os deuses. O coração era colocado na balança de Toth a fim do julgamento.

“Ó coração de minha mãe, ó coração de minhas mudanças, não te tornes testemunha contra mim!

(...) Não faça com que o prato desça a vista de quem zela pela balança (...) Tu és meu duplo, aquele que está

dentro do meu corpo, que trona saudáveis os meus membros (...)”.

- CU: Espírito - Inteligência espiritual.

- SEQUEM: força vital.

- CAIBT: sombra, polaridade oposta da alma.

- REN: Nome, parte integrante do ser, não poderia ser destruído, sem nome sem alma.

A alma e o espírito saiam do corpo e iam viver no céu com os deuses; o corpo físico, porém não

tornava a erguer-se – porém, alguns ignorantes posteriormente começaram esta pregação e as mumificações

ganharam nova força e aparatos tecnológicos para garantir a preservação. A partir daí intensificou-se a crença

na metempsicose.

Sabiam que não viveram com o corpo da carne, a mumificação era um cuidado para que o corpo físico

pudesse renovar-se diariamente, como Rá o faz. E para garantir que o bem estar do CA e o desenvolvimento

do novo corpo que surgiria. Os textos nos túmulos tinham a função de, proferidos, assim como o Toth fez com

Osíris, garantir a ressureição.

“A alma para o céu, o corpo para a terra”.

F) CORPUS HERMÉTICUM

O título Corpus Hermeticum é usado para se referir apenas ao hermetismo

filosófico grego que surgiu na Itália do século XV. Provavelmente há muito mais escritos

atribuídos a Hermes em árabe do que em outra língua, no entanto, a maior parte ainda se

encontra desconhecida ou não publicada. O problema reside em estabelecer a

continuidade da tradição da Hermética antiga e o que as pessoas pensavam de Hermes

até a época de sua atestação em árabe. A recepção desses textos traduzidos do grego

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para o árabe, assim como para outras línguas, é produto do período hoje em dia chamado

de antiguidade tardia.

A imagem mítica central do hermetismo parece ser o primeiro tratado do Corpus Hermeticum,

"Poimandrés, o Pastor dos Homens". É a descrição da ascensão da alma depois da morte e da rendição de

suas energias às sucessivas esferas dos sete planetas. Quando esta renuncia a todas elas, pode então

atravessar a Oitava Esfera (As Estrelas Fixas) e unir-se à companhia dos Benditos. Esta é uma versão cósmica

da ordália descrita no Livro dos Mortos dos egípcios (ou a "Saída à Luz do Dia"), onde uma alma deve

atravessar os diversos corredores do Outro Mundo e ser pesada contra uma pluma em uma balança antes de

poder ingressar no Paraíso de Osiris.

Discurso Sagrado de Hermes

Início

Glória das coisas é Deus e o divino, e a natureza divina. Princípio dos seres é Deus – e o intelecto e a

natureza e a matéria, porque ele é a sabedoria para a revelação das coisas. Princípio é o divino e ele é

natureza, energia, necessidade, fim, renovação.

Ora, existe uma obscuridade sem fim no abismo e água e um sopro inteligente e sutil, tudo isto existe

no caos pela potência divina. Então surge uma luz santa, e se destacando da substância úmida, os elementos

leves separam-se dos outros se dirigindo para o alto e os elementos pesados repousaram sobre a areia úmida;

todo o universo foi dividido em partes pela ação do fogo e metido suspenso de forma a ser veiculado pelo

sopro. E viu-se aparecer o céu em 7 círculos e os deuses apareceram sob forma de astros com todas as suas

constelações e a natureza do alto foi ajustada segundo suas articulações com os deuses que continha em si. E o

círculo envolvente movimenta-se circularmente no ar, veiculado no seu curso circular pelo sopro divino.

E cada deus pelo próprio poder, produziu o que lhe foi designado e assim nasceram os animais

quadrúpedes e os que se arrastaram, e os que vivem na água e aqueles que voam, toda semente germinal e a

erva, e o tenro oscilar de toda flor possuem em si a semente da reprodução. E os deuses produziram as

sementes da geração dos homens – para conhecer as obras divinas e prestar um testemunho ativo à natureza,

para aumentar o número dos homens, para dominar o que existe sob o céu e reconhecer as coisas boas, para

crescer em crescimento e multiplicar em multitude, e toda alma na carne, pelo curso dos deuses cíclicos

semeados, para contemplação do céu e do curso dos desuses celestes e das obras divinas e da atividade da

natureza, para o conhecimento da potência divina, conhecer as partes respectivas das coisas boas e más e

descobrir toda a arte de fabricar coisas.

Processo Evolutivo

Que queres dizer por “ser divinizada”, ó pai? – Toda alma separada sofre metamorfoses. – Mas então,

que queres dizer por “separada”? – Não escutasse nas lições gerais que é de uma só alma, a alma do todo, que

surgiram todas essas almas que turbilhonaram no mundo como distribuídas em suas partes? Dessas lamas

então, numerosas são as metamorfoses de uma para uma sorte mais feliz, de outras para uma sorte contrária:

pois as almas inferiores passam para animais aquáticos, as almas aquáticas em animais terrestres, as almas

terrestres em voláteis, as almas aéreas em homens, enfim as almas humanas fazem sua entrada na imortalidade

transformando – se em ‘daimons’, e depois neste estado passando no coração dos deuses. E tal é a glória mais

perfeita da alma. Toda via a alma que entra num corpo humano se permanece no vício, não experimenta a

imortalidade, não toma parte no bem, levada para trás percorre inversamente a rota seguida, a quem conduz

até aos répteis: tal é a sentença da condição da lama viciosa. (Involução)Ora, o vício da alma é a

ignorância. Então a infeliz para ignorar-se a si mesma, torna-se escrava de corpo monstruoso e perverso,

carrega seu corpo como um fardo, não comanda, sendo comandada. Tal é o vício da alma.

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Intelecto

O intelecto, ó Tat, é tirado da própria substância de Deus, quanto a saber de que natureza é a essência,

Deus é o único a conhecê-la exatamente. O intelecto, então, não é tirado da substância de Deus, mas advém a

partir desta fonte, como a luz advém a partir do sol. Nos homens este intelecto é Deus: também alguns entre

os homens são deuses e sua humanidade é muito próxima da divindade e, com efeito, o Bom Gênio

(Agatodemon) nomeou os deuses como “homens imortais” e os homens “deuses mortais; nos animais sem

razão o intelecto é o instinto natural.

G) LIVROS fonte

Do livro “Lei, Graça e Verdade”

“Foram estudados Hermes Trimegisto e Pitágoras. Suas respectivas teologias brilharam

celestialmente na palavra do verboso e lúcido expositor. Verdadeiramente, não haveria avalanches de

falhas religiosas se todos os homens procurassem conhecer a torrente de verdades que aqueles dois

Grandes Mestres derramaram sobre a Humanidade.

Entretanto, como não poderia deixar de ser, Delfos e Elêusis tinham por base a VERDADE ensinada

por Hermes e Pitágoras; e a VERDADE era tida por aquilo que a REVELAÇÃO ENSINA SOBRE DEUS, a

CRIAÇÃO, os espíritos e as leis regentes de que já foram feitas as referências básicas. Teologias e teogonias,

ensinadas, porém por Grandes Mensageiros, não por clérigos sectaristas e comercialistas.

Pena foi, sentenciou o expositor, que seus continuadores tenham posteriormente descambado para

outros rumos, engendrando clerezias corruptoras, até mesmo adulterando os textos, colocando na boca dos

Grandes Mestres aquilo que eles nunca disseram e, por outro lado, tirando aquilo que eles de fatos ensinaram.

Todavia, brilhou nas alturas da abóbada religiosa, mais uma vez, a grandeza e a glória daqueles dois

luminares da VERDADE, daqueles dois notáveis precursores do CRISTO.

Falando aos encarnados ali presentes, salientou o expositor:

— Acrescentando a essas duas teologias a GRAÇA da REVELAÇÃO trazida mais tarde por Jesus

Cristo, para toda a carne, teremos a medida religiosa perfeita. As verdades básicas foram bem expostas,

ficando, entretanto adstritas aos poucos que entravam para o Grande Cenáculo. Não era ainda hora de serem

abertas as portas do Templo da Sabedoria. Tudo ficaria em caráter esotérico, até que viesse AQUELE, o

CRISTO, cuja função missionária seria rasgar o VÉU DE ÍSIS, ou como foi feito no devido tempo — batizar

em Espírito! Tornar a carne toda herdeira da GRAÇA que é a REVELAÇÃO”.

Do Livro “Verdades Imortais”

Antes que Ele viesse, muitos Grandes Iniciados já haviam sulcado os caminhos do mundo, semeando

nas almas aquelas sementes que deveriam, no curso das vidas, ir tomando a configuração da Árvore da Vida,

em expressões cada vez mais plenas de sombra, flores e frutos celestiais. Quem, neste mundo, sendo ilustrado

algum tanto e, por isso mesmo, não sendo religiosista e nem sectário, essas coisas que enfermam e degradam a

criatura, negará a tremenda importância que tiveram e ainda continuam a ter, as Verdades ensinadas por

Rama, pelos trinta e tantos Budas, por Crisna, Hermes e Zoroastro, Apolo e Orfeu, os Patriarcas e Moisés,

Pitágoras e os verdadeiros Filósofos? Quem poderia contar as almas que se elevaram, que se trasladaram aos

píncaros da iluminação interior, assimilando aquelas Verdades, vivendo aquelas belezas, mergulhando

naquelas águas lustrais?

Do livro “A Bíblia dos Espíritas”

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HERMES TAMBÉM QUER DIZER CRISTO OU VERBO DIVINO. FORAM QUATRO OS HERMES.

- 144 -

“Nesta série, Rama não nos revela senão os aspectos do templo. Crisna e Hermes fornecem-nos a sua

chave. Moisés, Orfeu e Pitágoras, revelam-nos o seu interior. Jesus Cristo representa o santuário” - G. I.

Do Templo da Verdade o Cristo é a Consumação Final; é o espírito elevado ao ponto de Uno com o Pai,

e é a matéria do Seu perispírito elevada ao grau de Luz Divina, que os antigos iniciados sabiam ser a primeira

manifestação de Deus ou o segundo estado de Deus.

Esta realidade não caberá jamais na mente da imensa maioria dos crentes em geral, como não ficará bem

posta na mente dos que se julgam “mestres em Israel”, nada mais sabendo, entretanto, do que o coscorão da

Excelsa Doutrina. Para penetrar estas realidades, cumpre que o santo desconfie de sua santidade e que o sábio

desconfie de sua sabedoria.

Caso contrário, por sectarismo ou vaidades de posição, mais preferirão ensinar a Deus do que aprender

com Deus. Quem quiser ver muito disto, poderá ver, sem esforço algum, em todos os credos da Terra. Porque

aqueles que, sendo míopes, mal conseguem ver um mosquito, em conseqüência da própria miopia, para si

mesmos pretendem estar vendo o Infinito.

E Deus livre os seus contraditores.

- 167 -

- 170 -

“É nesses templos, nessas criptas e nessas pirâmides que se elabora a famosa doutrina do Verbo-Luz,

da Palavra Universal que Moisés concentrará, mais tarde, na sua arca de ouro e da qual o Cristo será, por

assim dizer, a chama viva.” - G. I.

Podemos afirmar que todas as Escolas Iniciáticas vieram a ter o seu fulcro na ordem dos Nazireus, no

Essenismo, também chamada Escola de Profetas de Israel. Jesus ali ficou aguardando o Seu tempo, tendo dali

saído com setenta homens mediunicamente preparados, dentre eles escolhendo a seguir doze, para honrar e

pretender harmonizar as Tribos de Israel.

Estas realidades devem ser conhecidas:

a - Jesus-Cristo foi a expressão viva da ressurreição final do espírito; foi o batizador em Revelação; foi o

Modelo de todos os Reveladores, porque foi Aquele que tornou a Revelação de caráter universal;

b - O Essenismo, a Ordem dos Nazireus, com o triunfo de Jesus, fechou suas portas e incorporou-se ao

Caminho do Senhor;

c - Se o Povo Hebreu tivesse compreendido o Cristo, e tomado por base a Revelação Universalizada por

Ele, nenhuma Roma jamais conseguiria corromper ou liquidar o Caminho do Senhor, estando, por estas

alturas da História, a Humanidade inteira muito espiritualizada.

- 171 -

“O livro grego, conhecido sob o nome de Hermes Trismegisto, encerra certamente os restos alterados,

mas infinitamente precisos, da antiga teogonia, que é como que o Fiat Lux de que Moisés e Orfeu

receberam os primeiros raios. A Doutrina do Princípio-Fogo e do Verbo-Luz, encerrada na Visão de

Hermes, é como o vértice e o centro da iniciação egípcia.” - G. I.

Cumpre notar que Deus, através Daquele que é conhecido como Jesus, o Cristo Planetário, semeou no

curso dos milênios, pelas Humanidades remotíssimas, em Continentes que desapareceram por via de

cataclismos, criaturas altamente dotadas de faculdades e lastros potentes de espiritualidade, com o fito de fazer

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concatenações ou codificações. Eles apanharam o que já havia, acrescentaram o que puderam obter de

informes e deixaram marcas de sua passagem missionária pela Terra. Manu, Moisés, Pitágoras e Kardec

foram os maiores concatenadores da História Planetária.

Agora lembramos que, afora a parte concernente ao Profetismo Histórico, que é o veículo das Instruções

Doutrinárias, o que importa é conhecer a Essência Doutrinária, que umas vinte palavras, bem conhecidas e

praticadas em sua inteligência, fazem verter. Ao longo de muita análise, tudo retorna ao Centro Gerador e às

leis regentes que d'Ele emanam.

- 174 -

“Inventaram-se as provas morais, exigiu-se o juramento do silêncio, e a pena de morte foi

rigorosamente aplicada aos iniciados que divulgaram o menor detalhe dos Mistérios. Graças a essa

organização severa, a iniciação egípcia tornou-se não só o refúgio da Doutrina Esotérica, mas, ainda, o

crisol duma ressurreição nacional e a escola das religiões futuras.” - G. I.

Mais de dois mil anos antes da vinda de Jesus, dera-se tudo isso, por ter sido o Egito invadido por reis e

povos corruptos.

Doutrina Esotérica ou Ciência dos Mistérios é a mesma coisa; mais tarde, Jesus chamaria a isso o

“Conhecimento da Verdade que Livra.”

Moisés encontrou aquele rigorismo iniciático, tendo feito o curso normal da iniciação. Quando teve que

fugir, pela morte do egípcio, foi encontrar a parte prática em Jetro, o chefe religioso madianita, que se torna

seu sogro. Depois, contando com maravilhosas faculdades, forçou a saída do Povo de Israel e no curso da

jornada determinou a redação dos livros, segundo as ordens do Guia Espiritual de Israel.

Mais tarde os livros foram queimados e, muito mais tarde ainda, foram restaurados. A História de Israel é

a mais perfeita concatenação da História do Profetismo. Jesus sairia de sua essência, para ser Aquele que viria

abrir as portas dos Cenáculos Esotéricos. Pagaria com a vida o feito de libertar o cultivo da Revelação.

Morreria numa cruz, para deixar o Pentecostes.

E Roma, aos trezentos e vinte e cinco, crucificaria o Cristo de novo, pelas costas, liquidando a Excelsa

Doutrina, fazendo sumir do mundo a Moral, o Amor e a Revelação.

Entretanto, no século quatorze, sobre a Europa, realizar-se-ia um grande conclave - Jesus ordenaria o

movimento de reposição das coisas no lugar. Viriam à carne Wicliff, Huss, Joana D'Arc, Lutero, Giordano

Bruno, Kardec, Denis, Delanne, etc. Iriam, aos poucos, repondo o Pentecostes no lugar... O Instrumento

Revelador, o Consolador, de novo começaria o seu serviço de advertir, ilustrar e consolar os filhos de Deus

lotados na Terra.

Até a França do século dezenove foi feita a Restauração; ordenou o Brasil como local de fazer a

Consolidação; e a Extensão sobre a Terra será trabalho de mais tempo e de muita gente.

Fizemos este breve resumo, para realçar o sentido progressivo do Profetismo Histórico. Porque

Cristianismo é, na parte exclusivamente espiritual, apenas Profetismo prático. A seguir ou conjuntamente é

Sociologia Cósmica, é a Visão do Todo, onde cada centelha movimenta e participa da Eternidade.

- 178 -

“... finalmente, a sua entrada e a sua transfiguração na Luz de Osíris.” - G. I.

O Hermes, ou Tote, ou Cristo, ensinava desde remotos tempos, portanto, porque foram quatro segundo as

afirmações legendárias, a caminhada evolutiva da alma através dos reinos e das espécies, dos tempos e das

vidas, até penetrar no grau crístico, até transformar o perispírito em Luz Divina.

A Transfiguração do Cristo, diante de Pedro, Tiago e João, além de referendar o Profetismo Vivo, a

Mensageiria Celestial, através das almas evolvidas, serviu para provar a antiqüíssima assertiva - demonstrar

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que o espírito deve tornar-se livre das peias grosseiras do corpo astral. A Luz Divina, ou para ele, ou eles, a

Luz de Osíris, deve vir a ser o Carro Glorioso do Espírito.

- 193 -

“Hermes fez-te conhecer o céu invisível, a Luz de Osíris, o Deus Oculto do Universo, que respira por

milhões de almas e anima os globos errantes e os corpos em trabalho.” - G. I.

O Cosmo sempre foi a Casa Infinita onde os espíritos sempre tiveram que se realizar em Pureza e

Sabedoria. A Unidade do Todo sempre foi ensinada pela Doutrina Iniciática. Basta procurar conhecer, para

chegar a saber perfeitamente.

- 194 -

“Doravante compete a ti o dirigires-te, e o escolher o caminho para ascender ao Espírito Puro, porque

tu pertences, desde agora, aos ressuscitados vivos.” - G. I.

Qualquer pessoa de mediana cultura pode encontrar no texto acima a seiva da iniciação perfeita.

Conhecer a Essência Divina, trabalhar pelo desenvolvimento das virtudes intrínsecas e atingir a paridade

vibratória com a mesma Divina Origem.

Observem o esplendor da frase – “...porque tu pertences, desde agora, aos ressuscitados vivos.” Cursar a

iniciação era como que ressuscitar em vida.

- 195 -

“Os homens são deuses mortais e os deuses são homens imortais.” - G. I.

Para o vulgo, na antigüidade, deuses eram todos os espíritos; mas para os iniciados, os conhecedores da

Ciência dos Mistérios, somente os santos espíritos eram chamados deuses. Jesus, a Primícia dos Essênios ou

Seita dos Nazireus, falando a respeito dos espíritos libertos, disse que - “serão como anjos no céu.”

Realmente, se Deus tivesse feito deuses especiais, seria Ele menos respeitável do que os homens

honestos. Para um Deus Vivo e Integral em Lei e Justiça, há apenas uma mesma determinação para todos os

filhos.

- 218 -

“Todas as grandes iniciações da Índia, do Egito, da Judéia e da Grécia; as de Crisna, de Hermes e de

Moisés, de Orfeu, conheceram sob formas diversas esta ordem dos princípios, das potências, das almas, das

gerações, que descendem da Causa Primária, do Pai Inefável.” - G. I.

Nada criado por milagre.

Tudo emanado da Essência Divina.

Tudo sujeito à lei da evolução normal e necessária.

Como Deus não falha em Seus Desígnios, todas as almas atingirão a Sagrada Finalidade, o Grau Crístico.

Do livro “O Pentecostes”

Hermes Trismegisto, o verdadeiro criador do conceito ocultista, de par com as felizes verdades que

proclamou, também truncou o caminho a muitos, se é que dele partiram certas disposições doutrinárias.

Vejamos alguns luminosos textos:

“Ser-me-á um dia permitido ver a Luz de Osíris?

Respondem-lhe: Isso não depende de nós. A Verdade não se dá. Ou nós a encontramos em nós mesmos,

ou nunca a encontramos. Nós não podemos fazer de ti um adepto; é necessário que tu o consigas por ti

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mesmo. O lótus pousa longo tempo sobre o rio, antes de desabrochar. Não apresses a eclosão da flor

divina. Se ela tem de vir, ela virá na hora própria. Trabalha e ora”.

Trabalhar e orar é desabrochar a flor divina. É, no dizer do Cristo, acender a Luz interior, fazer brilhar o olho

interno, sem o que tudo serão trevas. Não é admissível que Hermes tenha caído em tão vasta contradição.

Demais, sabemos muito bem que nenhum espírito será jamais desfeito, como afirma, e sim que todos, mais

tarde ou mais cedo, ressarcindo faltas e evolvendo, atingirão a chamada Luz de Osíris — Deus! A

irretorquível verdade, essa fica saliente — cada qual deve realizar em si o problema do Reino de Deus, ou da

Luz de Osíris.

Notemos a grandeza deste texto; é completo em sua infinita simplicidade; é monismo integral:

“Não existem verdades interiores e nem verdades exteriores, porque tudo é UM. O que está em cima é

como o que está embaixo, e vice-versa, porque tudo partiu de só UM”.

Vejamos como tratou da lei das reencarnações; por ele fala Ísis ao neófito:

“Eu sou a tua irmã invisível, eu sou a tua alma divina e este é o livro da tua vida. Ele encerra as páginas

cheias das tuas vidas pretéritas e as páginas brancas das tuas vidas futuras. Desenrola-las-ei todas, um

dia, diante de ti.Ficas-me, entretanto, conhecendo. Chama-me e eu virei”.

Em dois simples textos a síntese da mais pura e simples verdade — referência ao CENTRO

GERADOR ou Deus, à centelha emanada e ao processo evolutivo através da lei reencarnacionista! Sem

segredos, sem mistérios, sem empalhações tolas e presumidas, que a uns fizeram orgulhosos e a outros ignaros

e tardos, acima de tudo obrigando a julgamentos temerários, pois para se julgar alguém desmerecedor é

preciso qualificá-lo indigno.

H) RELIGIÃO EGÍPCIA

Nos mais remotos registros egípcios são encontrados, diferente daquilo que grande parte dos

historiadores afirmam, um povo absolutamente MONOTEÍSTA. A Crença num Deus único; um Deus

existente por si mesmo; criador de todas as coisas.

Claro sabe-se que paralelamente aquele povo desenvolveu crenças politeístas, em algumas épocas,

mas a ideia de um Deus em sua unidade, nunca se perdeu.

Admitia-se, nos primórdios, a existência de seres incorpóreos mensageiros de Deus. Que mais tarde

ganharam o cognome de “deuses”; porém a grande diferença entra Deus e seus mensageiros e as coisas

criadas é ser Deus o ser existe por si só, imortal, ao passo que os “deuses” eram mortais e não existiam por si

mesmos.

A religião acompanhava o grau elevado de desenvolvimento da civilização, o povo egípcio se

diferenciava por sua capacidade de conceber um Deus e a vida futura. Tudo isso fora deixado nos grades

monumentos erguidos e nos escritos primitivos, dentre eles: “Preceitos de Caquemma”; “Preceitos de Ptá –

hetep”, “O Livro dos Mortos” e a “Tábua de Esmeralda”.

“Se tens chão para lavrar, trabalha no campo que Deus te deu, melhor do que encher a tua boca com

o que pertence aos teus vizinhos é aterrorizar o que tem posses”.

“Se quiseres ser um homem sábio, faze que teu filho seja agradável a Deus”.

Os Deuses

Os deuses eram os seres que partilhavam da natureza de Deus, eram fases, formas e manifestações de

um único Deus. Os codinomes dados aos deuses representavam características das manifestações.

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“Deus é uno e só, e nenhum outro existe como ele; Deus é o Único, O que fez todas as coisas”.

“Deus é verdade, vive da verdade e dela se alimenta. Rei da verdade descansa sobre a verdade.

Afeiçoa a verdade, e executa-a através do mundo todo”.

“Deus é vida, e só através d’ele pode o homem viver. Ele dá vida ao homem, e sopra o sopro da vida

em suas narinas”.

“Deus é pai e mãe, pai dos pais, e mãe das mães. Gera, mas nunca foi gerado; produz, mas nunca foi

produzido; Ele se gerou e se produziu. Cria, mas nunca foi criado; é o fazedor da própria forma, e o

modelador do próprio corpo”.

Posteriormente às IV e V dinastias é que se iniciou a errônea idolatria pelos deuses. Com isso a

religião do antigo Egito dividiu-se em 3 grandes fases:

1) Monoteísmo Solar; 2) Culto ao poder regenerador da Natureza e 3) Politeísmo Antropomórfico.

As classes cultas do Egito jamais colocaram os “deuses” no mesmo patamar de Deus. Contudo cada

cidade ou mesmo família era ligada a um desses deuses e sua soret ou ruína eram atreladas ao mesmo.

Mitologia

A origem do mundo para os egícios começa quando Demiurgo cria o universo separando-o do caos

primordial, representado pelo casal Shu (Luz e Vida) e Telfnut (Calor). No primórido havia apenas a água

primoral, representado por Nun, a densidade e a total escuridão, até que de um raio de sol se faz Rá que

desprendeu-se da densidade e subiu. Os primeiros filhos gerados por Rá foram Nut (Céu) e Geb Terra. Geb se

torna o primeiro Rei do Egito e junto com Nut tem outra geração de deuses: Osíris, Ísis, Seth e Nêfits. Osíris

se torna rei do Egito e tem um filho com Íris: Hórus. Osíris e sua esposa Ísis, reinavam o Egito em plena

harmonia, fazendo com que o Nilo transbordasse, deixando o solo fértil para o trigo. Havia também o Deus

Toth, patrono dos magos, criou a escrita e os números e mais tarde passou a ensinar magia e artes aos

egípcios.

Contudo, um de seus irmãos, Seth, era um deus perverso, governava o deserto e tudo que não tinha vida,

era tão violento que ao nascer deixou um buraco no ventre de sua mãe. Assim, ao ver a prosperidade do irmão,

Seth ia aumentando sua ira e inveja por Osíris, que ao irrigar as plantações estava diminuindo seu domínio.

Como seu reino era inóspito e não tinha nada para fazer, Seth pensava muito e decidiu construir um sarcófago

para Osíris. Reuniu muitos deuses e colocou o sarcófago no salão de entrada, Todos admiraram sua obra,

menos Osíris que chegou atrasado, porém longe de todos, e convencido por Seth entrou no sarcófago que

rapidamente foi fechado e jogado no Nilo.

A morte de Osíris trouxe muitas desgraças para o Egito, a seca e fome se alastravam e povo não

aguentava mais. Então Ísis, Toth e Néfits, irmã de Ísis saíram em busca de Osíris, rodaram por muitos lugares

até ficarem sabendo de um arvore que havia crescido num reino distante e que ficou famosa por exalar um

maravilhoso perfume. Ísis não teve dúvidas, sabia que era Osíris, porém ao chegar ao reino, a arvore tinha

sido cortada e transformada em pilar a mando da rainha. Ísis ficou ao lado do pilar por meses até que a rainha

desconfiando que ela era uma deusa a chamou e a fez de ama-de-leite de seu filho. Para esquentar a criança

Ísis tirava lascas do pilar e queimava em fogo, mas o fogo não ardia e confortava o menino. Desconfiada

novamente a rainha mandou Ísis se explicar, então ela contou a história e logo o pilar foi rachado, o sarcófago

encontrado e Osíris voltou a vida.

Os deuses se esconderam por algum tempo, mas como as plantações voltaram a florecer, logo Seth

desconfiou e tratou de matar Osíris uma segunda vez, e desgraça voltou a abater o Egito. Ísis novamente

recompôs o marido e a paz voltou a reinar no Egito, não como antes, mas Seth também nunca mais reinaria

absoluto. Osíris foi para o reino dos mortos onde virou rei e juiz, menos de nove meses depois Ísis deu a Luiz

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a Hórus, que foi criado para vingar o pai, entretanto, Seth, fez com que um escorpião mordesse o menino. Ísis

desesperada pediu ajuda a Rá, deus do sol, e a Toth que veio ensinar-lhes os encantamentos que fariam Hórus

reviver.

A passagem de Hórus pelo reino dos mortos fez com que ele conhecesse o pai e aprendesse com sua

sabedoria, e Hórus passou a ser considerado o patrono dos faraós reinantes e o guardião da prosperidade do

Egito.

Os Ritos Funerários

- No antigo Egito acreditava-se que após a morte física o espírito continuava vivendo do mesmo modo e

condições em morreu. Por isso era importante a preparação da morte, os rituais, as oferendas e todo o arsenal

material de objetos de uso cotidiano e de uso ritual. Os objetos deveriam ficar próximos ao morto e este

deveria ser embalsamado, pois era exatamente aquilo que ele teria seu dispor no mundo sobrenatural.

- A manutenção dos objetos materiais era fundamental, não pela parte material em si, mas pela essência que

continham, a essa essência é que o espírito teria acesso do outro lado, a conservação material era condição

para a conservação da essência. De modo, aqueles que não tinham condições sociais de produzir um funeral à

altura, ficariam não só sem os utensílios na vida após a morte, mas também sem o próprio corpo, ficariam

perdidos tentando encontrar suas partes, seria a extinção definitiva do ser.

- Portanto, os rituais funerários buscam preservar a coerência do ser durante a passagem deste mundo para o

outro, fazê-lo reviver do outro lado na sua plenitude.

- O reino dos mortos era representado como um reflexo da vida terrena.

- O objetivo da magia funerária é essa vida ressuscitada que necessita do funcionamento perfeito do coração-

consciência, dos órgãos vitais, o livre deslocamento no espaço celeste e o gozo das energias sutis contidas nos

alimentos e nas bebidas.

- Nos túmulos também existiam pequenas estátuas de pedra ou madeira que podiam encarnar o morto, assim

era usadas para receber cartas dos encarnados.

- Dentro outros amuletos que eram levados com o morto estava o Olho de Wedjat – para nós: Olho

Onividente.

- O embalsamento das múmias durava em média uns 30 dias, o do Faraó 70 dias. Era feita desde a lavagem do

corpo (por dentro e por fora) até a ornamentação, maquiagens, etc.

Osíris Deus dos Mortos

A principal razão da persistência do culto de Osíris no Egito foi a aceitação da ressurreição. Durante 5

mil anos mumificaram os homens à imitação de Osíris para assegurar a vida eterna. Jamais encontrou o

cristianismo um povo cuja mente estivesse tão preparada para receber esta doutrina quanto os egípcios.

“(...) As emanções de seu corpo fazem viver os mortos e os vivos”.

O julgamento

Era também Osíris responsável por julgar a alma dos mortos. Lidava-se com cada alma

individualmente, se passasse no crivo de Osíris ganharia a vida eterna, porém se não fosse merecedor seria

destruído, ou levado ao submundo dos sofredores por período indeterminado.

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Os atos praticados no corpo seriam submetidos a uma análise minuciosa pelos poderes divinos, a

análise era feita através da balança da justiça, operado pelo Deus Toth (Sábio – corresponde a Hermes). Além

da Deusa Maat (Vara de Medir) – entidade surgida da união entre Ísis e Néfrits.

Nos hinos que aparecem no “Livro dos Mortos”, também há aqueles para o confessionário na hora do

julgamento, que incluí a não realização de ações tais como: iniquidade; roubo; violência, morte, discórdia;

blasfêmia, adultério; entre outros, são 42.

“Não apressei meu coração”; “Não multipliquei a minha fala além do que deveria”.

As Pirâmides

Nem sempre as pirâmides foram no formato construído por Quéops. As primeiras tinham um formato

mais achatado e eram construídas como degraus maciços e tinham grandes portais. Porém, devidos aos

inúmeros furtos, elas passaram a ser fechadas após o enterro, acarretando o impedimento da doação de

oferendas para os mortos, com isso as pirâmides aumentaram de tamanho e as oferendas que eram enterradas

junto chagavam aos milhares.

As pirâmides eram construídas pelos melhores arquitetos do reino que também se utilizavam da

Magia, e eram erguidas por milhões de escravos que morriam diariamente das mais variadas doenças. Com o

advento das pirâmides foram desenvolvidas novas tecnologias de construção e transporte.

Ao todo foram encontradas 140 pirâmides no Egito, sendo a mais alta delas com 140m a de Quéops,

monumento só superado milênios mais tarde pela Torre Eiffel.

Após o primeiro período de decadência devido à escassez de recursos (comparado às primeiras

dinastias) e ao medo dos furtos, os faraós passaram a ser enterrados em templos no vale dos Reis.

Viés Histórico - Túmulos:

Os egípcios tinham 3 códigos básicos de conduta:

- Honrar os Deuses e ofertar-lhes oferendas.

- Respeitar os homens e tirá-los do falso caminho.

- Honrar os Mortos, com presentes, Sacrifícios e Sepulturas.

Para eles o corpo não se separava da alma após a morte, a alma abandonava o corpo só de passagem e

permanecia no corpo de um pássaro enquanto este fosse livre, mas voltaria ao corpo se esse estivesse em bom

estado, senão não teria para onde voltar e seria apagada para sempre.

Por isso, os templos e túmulos eram muito mais cuidados e caprichados do que as próprias moradias,

pois estavam destinados à eternidade. Os túmulos dos Faraós eram os mais grandiosos e formavam uma rede

de salas e ante-salas para toda a família e súditos (que às vês eram trancados ali ainda vivos). As grandes

pirâmides serviam para guardar inúmeros utensílios que seriam usados após na vida posterior, até mesmo

navios foram encontrados dentro e próximo das pirâmides.

Viés Histórico – Templos (Heb Sed):

Todas as pirâmides dos soberanos, em especial aquelas das primeiras dinastias estavam vazios, até

mesmo a mais famosa e maior delas em Gizé, construída pelo faraó Quéops. Em muitas delas não foram

encontrados nem mesmo equipamento funerário, e quando tinham apresentavam o sarcófago do faraó vazia

sem vestígio de material orgânico.

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No entanto os mais arcaicos registros do “Livro dos Mortos” – encontram-se gravados nas paredes.

“Arqueólogos admitem quase que unanimemente que as pirâmides não se destinavam a servir de sepultura,

deve-se nessa ocupação funerária, simplesmente impostura posterior”.

Assim, as pirâmides teriam servido como marco de cerimônia de morte e ressurreição dos reis. Teriam

sido utilizadas em rituais simbólicos e secretos de substituição de um reinado a outro quem que isso

significasse necessariamente que o rei que terminou o mandato estivesse desencarnado ou que se fosse este o

caso seu corpo (sua múmia) seria enterrado ali. Bem como as pirâmides auxiliares e os barcos nelas enterrados

também serviriam de alegorias para a festividade em questão.

Doutrinário:

A construção das grandes pirâmides foi inspirada e impulsionada pela forças do Alto para ficar como

mensagem eterna às futuras civilizações. Essas construções teriam duas finalidades simultâneas:

1. Representam os mais sagrados templos de estudo e iniciação;

2. Ao mesmo tempo constituiriam, para tempos futuros, um livro do passado, com as mais singulares

profecias em face das obscuridades do porvir.

Essas grandes construções assombram a engenharia de todos os tempos. No entanto, o empolgante e

impressionante não é o colosso de seus milhões de toneladas de pedra, nem o extraordinário esforço do

trabalho de sua justaposição a quantos contemplam esses monumentos.

As pirâmides revelam os mais fantásticos conhecimentos daquele conjunto de espíritos estudiosos das

verdades da vida. A par desses conhecimentos, encontram-se ali os roteiros futuros da humanidade terrestre.

Cada medida tem a sua expressão simbólica, relativamente ao sistema cosmogônico do planeta e à sua posição

no sistema solar.

Ali está o meridiano ideal, que atravessa mais continentes do que oceanos, e através do qual se pode

calcular as extensões da terra habitável pelo homem, a distância aproximada entre o Sol e a Terra, a longitude

percorrida pelo globo terrestre sobre a sua órbita no espaço de um dia, a precessão dos equinócios, bem como

muitas outras conquistas científicas que somente agora vêm sendo consolidadas pela moderna astronomia.

Moisés no Egito:

Por volta do ano de 1300 a.C. o Egito havia entrado em diversas guerras contra a Ásia menor -

consequentemente aumentando o número de escravos, além do intercâmbio comercial e o estabelecimento de

judeus no Delta do Nilo – época que correspondeu ao tempo de Moisés (Novo Império / Ramsés).

- Moisés foi adotado pela filha do faraó.

(Passagem bíblica sobre as Dez pragas do Egito, que libertaram o povo de Israel – assim reconhecendo a

existência de um só Deus). Êxodosii.

AS PRAGAS* *REFERÊNCIA* *DIVINDADE EGÍPCIA ANTIGA*

Águas se formaram em

sangue

Êxodo 7.14-25

Knum: guardião do Nilo; Haspi: espírito do

Nilo; Osiris: O Nilo era seu sangue.

Rãs Êxodo 8.1-15 Hect: com aspecto de rã; deus da ressurreição

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Piolho Êxodo 8.1-19 -

Moscas Êxodo 9.20-32 -

Peste nos Animais

Êxodo 9.1-7

Hator: deusa-mãe com forma de vaca; Apis: o

touro do deus; Ptá: Símbolo da fertilidade;

Mnevis: touro sagrado de Heliópolis

Úlceras Êxodo 9.8-12 *Imotep: deus da medicina

Chuva de Pedras Êxodo 9.13-25 Nut: deusa do céu; Ísis: deusa da vida; Set:

protetor das colheitas

Gafanhotos Êxodo 10.1-20 Isis: deusa da vida; Set: protetor das colheitas

Trevas Êxodo 10.21-29 Rá, Aten, Atum, Horus: todos deuses do sol

Morte dos Primogênitos Êxodo 11.1-12,36 Osiris: A divindade de Faraó; o doador da vida

- Morte dos Primogênitos.

- Mito da Destruição da Humanidade:

Quando Rá o Deus sol, que governava os homens e os Deuses, envelheceu e se tornou ouro, os

homens começaram a conspirar contra ele e isso chegou aos seus ouvidos. Chamou então os deuses de seu

círculo, inclusive Nun (Mar) de onde saiu para consultá-los sobre o que fazer. Concordaram que devia Mandar

seu olho ardente de sol apanhar aqueles que conspiraram, e o mandou na forma da Deusa Hathor. Esta cheia

de cólera dirigiu-se até o deserto e exerceu a vingança de Rá, parabenizada foi chamada de Sakhemet, que

quer dizer poderosa.

Porém, Hator regozijou-se de tal modo de seu feito que Rá ficou com medo que ela dizimasse a

humanidade toda. Pediu a alguns mensageiros que trouxessem ocre de Elefantina e ordenou que os sacerdotes

a moessem e as servas que preparassem uma grande quantidade de cerveja. Juntou os dois que deram 7 mil

potes de cerveja vermelha como sangue e ordenou que fosse jogado nos campos onde Hator pretendia fazer a

carnificina. Quando a mesma chegou aos campos banhados, iludiu-se com a cena e bebeu da cerveja cheia de

satisfação como se fosse sangue, não tardou que se embebedasse e ficasse incapaz de massacrar os homens.

Quando voltou da embriaguez sua fúria tinha-se ido.

Mas ainda sentia-se fraco, ainda sentia rancor dos homens. Os Deuses tentaram tranquilizá-lo

lembrando-o de sua onipotência, mesmo disse que não voltaria a ser poderoso caso não refizesse seu ciclo de

existência. Nun pediu a sua filha Nut que se transformasse em uma vaca e levasse Rá nas costas, com isso fez-

se a escuridão no mundo dos homens, mas logo a luz voltou, Rá começou a criar corpos celestes e os lugares

divinos, Shu (ar) passou a sustentar Nut em seu lugar e Geb ficou cuidando da Terra.

Rá agora fica acima de Nut(Céu) e desaparece à noite passando para o mundo inferior, volta então

seus olhos para a terra e incumbe Toth (Patrono dos Magos) de ser seu representante na Terra, cuidando para

que resolva qualquer dificuldade, mas exigiu também que dispensasse Luz enquanto ele não estivesse, assim

foi criada a Lua.

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i O fator primeiro para o progresso de um povo é a Moral, por isso, todos os povos do planeta ainda não

podem se unir. Ainda hoje há na Terra sobreviventes das 3ª e 4ª Raças.

ii Sibila Egípcia (Sobre a vinda do Messias):

O verbo fez carne, sem mácula;

Duma virgem ele toma seu corpo;

Exproborá o Vício e a Alma Depravada;

Ante a ele cobrirá a face;

Aqueles que ante ele se arrependeram;

Terão socorro e graça na hora do sofrimento.