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É possível saber o momento exato em que alguém pega no sono?Pesquisadores desenvolveram novos métodos que podem ajudar a
diagnosticar distúrbios do sono e mensurar melhor os efeitos que
medicamentos para dormir provocam no organismo
09/10/2014 - 16H10/ ATUALIZADO 16H1010 / POR ANDRÉ JORGE DE OLIVEIRA
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/TAMANHO DO TEXTOA+A-
DESCOBRIR O PONTO DE TRANSIÇÃO ENTRE O ESTADO DE VIGÍLIA E O
DE SONO É UMA TAREFA COMPLEXA (FOTO: ANNEMIEK VAN DER
KUIL/FLICKR/CREATIVE COMMONS)
Arespiração se torna mais intensa, espasmos musculares se
espalham pelo corpo: existem alguns indícios que permitem
deduzir se uma pessoa está em vias de pegar no sono. No
entanto, em termos de pesquisa médica, estes sinais são
insuficientes e dizem muito pouco sobre a questão, que sempre
esteve envolta em subjetividades e imprecisões.
Em um artigo publicado semana passada no periódico PLOS
Computational Biology, um grupo de pesquisadores
do Massachusetts General Hospital descreveu novas técnicas
que devem fornecer aos médicos informações bem mais
consistentes sobre o tema.
A equipe desenvolveu um modelo estatístico e testes
comportamentais para rastrear o processo dinâmico do
adormecimento. Além do aspecto psicológico, foram levados em
conta variações na atividade cerebral e outros sinais
fisiológicos que indicam alterações no estado de vigília. A
principal descoberta foi que não importa tanto quando alguém
adormece, mas sim como o processo ocorre – o que pode variar
de pessoa para pessoa.
“Em última análise, métodos como estes podem aprimorar
muito a habilidade dos clínicos em diagnosticar distúrbios do
sono e em medir mais precisamente os efeitos de drogas para
dormir e outras medicações”, explicou o doutor Michael Prerau,
principal autor do estudo, ao site EurekAlert.
Os pesquisadores substituíram o procedimento padrão que faz
o monitoramento através de sons que perturbam o sono por um
novo, centrado na respiração. Alguns voluntários, inclusive,
mantiveram o mesmo ritmo respiratório, mesmo que de acordo
com as classificações atuais já estivessem adormecidos,
sugerindo que a questão é mais complexa do que se pensa.