e d u c a f r o · edição nacional ano xiv, número 158 julho de 2012 - arquivo de imagens...

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www.educafro.org.br Site: www.educafro.org.br E D U C A F R O INFO Edição Nacional Ano XIV, Número 158 Julho de 2012 Arquivo de imagens Educafro Facebook: www.facebook.com/educafrobrasil - Twitter: @educafro 100 MIL BOLSAS “CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS”: MENOS DE 1% SÃO NEGROS. POR QUÊ? Nós, Negros/as, não aceitamos ficar de fora do futuro! De todos os brasileiros que já receberam bolsas do Brasil para fazer Doutorado, Mestrado, Graduação ou Bolsa Sanduíche, nos últimos meses, no programa “Ciência sem Fronteiras”, nem 1% (um por cento) são negros/as ou indígenas. “Não aceitamos políticas no- vas com vícios velhos!” Lutaremos por nossos direitos até a vitória! A irrespon- sabilidade dos governantes Municipais, Estaduais e Federal com a formação do povo negro, nos últimos 20 anos, ge- rou a EXCLUSÃO! EXIGIMOS QUE NOS PAGUEM ESTA DÍVIDA! Esta dívida começou lá na escravidão! Que- remos nossos direitos já! Os cotistas nas Universidades Federais estão provando a nossa capacidade. No vestibular in- gressam com notas 40% abaixo das no- tas obtidas pelos não-cotistas, os quais sempre tiveram oportunidades de estu- dar em escolas particulares e que ado- tam a meritocracia injusta implantada há anos pelas universidades brasileiras. Um ano depois, estando na mesma sala de aula, acessando os mesmos laborató- rios, a mesma biblioteca, tendo oportu- nidades iguais, estão se superando! As médias acadêmicas, na maioria das vezes, são iguais ou superiores às dos não-cotistas! Não abrimos mão da participação em 50% de todas as oportunidades abertas pelo programa “ciência sem Fronteiras”. Quere- mos já, 3 mil vagas nas Universidades Negras dos EUA! Para dar mais um passo nesta direção teremos reunião com o Presidente Nacional do CNPq (Órgão do Governo Federal que cuida das bolsas internacionais). Será no dia 26/06, às 15h00 na nova sede nacional do CNPq! Lutare- mos até a vitória, pois, “se hoje estamos aqui, devemos a DANDARA, devemos a ZUMBI!” Como os ministros e assessores da Presidente Dilma não conseguem responder a esta pergun- ta, a Educafro assumiu as dores do povo negro e apresentou uma REPRESENTAÇÃO contra a Presidente Dilma no Ministério Público Fe- deral. O Palácio do Planalto já foi intimado. A Dilma: cadê as cotas nos concursos públicos? Educafro solicitou audiência com o procurador responsável pelo processo, Dr. Aurélio Virgílio Veiga Rios. A audiência será no dia 16/6, terça, às 8h30 na Promotoria Geral da República em Brasília. Em sua opinião, a Educafro está pegan- do leve ou pesado? Por quê? info158.indd 1 15/06/2012 17:29:47

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www.educafro.org.brSite: www.educafro.org.brEDUCAFROINFO

- Edição Nacional Ano XIV, Número 158 Julho de 2012

Arquivo de imagens Educafro

Facebook: www.facebook.com/educafrobrasil - Twitter: @educafro

100 MIL BOLSAS “CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS”:MENOS DE 1% SÃO NEGROS. POR QUÊ?

Nós, Negros/as, não aceitamos ficar de fora do futuro! De todos os brasileiros que já receberam bolsas do Brasil para fazer Doutorado, Mestrado, Graduação ou Bolsa Sanduíche, nos últimos meses, no programa “Ciência sem Fronteiras”, nem 1% (um por cento) são negros/as ou indígenas. “Não aceitamos políticas no-vas com vícios velhos!” Lutaremos por nossos direitos até a vitória! A irrespon-sabilidade dos governantes Municipais, Estaduais e Federal com a formação do povo negro, nos últimos 20 anos, ge-rou a EXCLUSÃO! EXIGIMOS QUE NOS PAGUEM ESTA DÍVIDA! Esta dívida começou lá na escravidão! Que-remos nossos direitos já! Os cotistas nas Universidades Federais estão provando a nossa capacidade. No vestibular in-gressam com notas 40% abaixo das no-tas obtidas pelos não-cotistas, os quais sempre tiveram oportunidades de estu-dar em escolas particulares e que ado-tam a meritocracia injusta implantada há anos pelas universidades brasileiras. Um ano depois, estando na mesma sala de aula, acessando os mesmos laborató-rios, a mesma biblioteca, tendo oportu-nidades iguais, estão se superando! As

médias acadêmicas, na maioria das vezes, são iguais ou superiores às dos não-cotistas! Não abrimos mão da participação em 50% de todas as oportunidades abertas pelo programa “ciência sem Fronteiras”. Quere-mos já, 3 mil vagas nas Universidades Negras dos EUA! Para dar mais um passo nesta direção teremos reunião com o Presidente Nacional do CNPq (Órgão do Governo Federal que cuida das bolsas internacionais). Será no dia 26/06, às 15h00 na nova sede nacional do CNPq! Lutare-mos até a vitória, pois, “se hoje estamos aqui, devemos a DANDARA, devemos a ZUMBI!”

Como os ministros e assessores da Presidente Dilma não conseguem responder a esta pergun-ta, a Educafro assumiu as dores do povo negro e apresentou uma REPRESENTAÇÃO contra a Presidente Dilma no Ministério Público Fe-deral. O Palácio do Planalto já foi intimado. A

Dilma: cadê as cotas nos concursos públicos?Educafro solicitou audiência com o procurador responsável pelo processo, Dr. Aurélio Virgílio Veiga Rios. A audiência será no dia 16/6, terça, às 8h30 na Promotoria Geral da República em Brasília. Em sua opinião, a Educafro está pegan-do leve ou pesado? Por quê?

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Página 2 Informativo mensal da Educafro, Ano XIV, Número 158 Julho de 2012

1 - 22/05/2012: Zulmira Cardo-so, negra, 26 anos, Angolana, es-tudante de mestrado, foi atingida mortalmente por disparos feitos por um desconhecido, na região central da cidade de São Paulo;

2 - 14/04/2012: Yago Batista de Souza, negro, 17 anos, estudante, foi morto após levar um tiro de um policial militar;

3 - 11/07-2011: Alisson de Paula Guerreiro, negro, 15 anos, estu-dante da oitava série na Escola Estadual Ataulpho Alves, foi assassinado por um policial, na Zona Leste de São Paulo.

4 - 03/02/2004: Flávio Ferreira Sant’Ana, negro, 28 anos ,dentis-ta, foi morto por seis policiais mi-litares na zona norte da cidade de São Paulo. Confundido com la-drão, Flávio foi assassinado com dois tiros. Os policiais forjaram a cena do crime tentando encobrir o extermínio de um inocente;

Milhares de Afro-brasileiros e Africanos são assassinados anu-almente no Brasil. Estudos recen-tes do IPEA apontam que 50% das mortes que vitimam a popu-lação negra são decorrentes de

“ ZULMIRA SOMOS NÓS”

homicídios. Outros estudos apon-tam que jovens, na faixa etária de 15 a 25 anos, são as principais ví-timas em chacinas, sendo que os jovens negros são os mais atingi-dos por esta política de “limpeza étnica” (75% dos mortos nesta faixa etária). A Educafro e outras entidades abriram, no Espírito Santo um processo contra o Go-verno do Estado pelo alto grau de assassinatos da juventude negra. Trinta dias após o assassinato de Zulmira, no dia 22 de junho de 2012, sexta-feira, dezenas de enti-dades da sociedade civil, do movi-mento negro, parlamentares esta-duais e municipais, farão um ATO POLÍTICO E INTER-RELIGIO-SO, exigindo apuração deste e de todos os assassinatos de negros, africanos e brasileiros, ocorridos no Brasil sem desempenho do governo para a apuração. Por que o roubo e veiculação recente de fotos íntimas de uma atriz famo-sa recebeu alto investimento dos peritos do governo para a rápida localização e punição dos causa-dores do delito e o caso do assas-sinato de ZULMIRA não? Quais providências periciais estão sendo feitas pelo governo no intuito de elucidar o assassinato covarde de ZULMIRA?

Flávio

Alisson

Yago

????

Zulmira Cardoso

Assassinatos de Africanos e matança da juventude negra brasileira: vamos reagir!

É o tema da Audiên-cia Pública organi-zada pela Comissão dos Direitos Huma-nos e Minorias da Câmara dos Depu-tados em Brasília. A audiência foi so-licitada pela Edu-cafro e acontecerá no dia 27 de junho, das 14 às 16 horas, plenário 9 do anexo II. Sentarão à mesa para apresentar os índices de inclusão de negros, a CNI (Confederação Na-cional da Indústria) e a CNC (Confede-ração Nacional do Comércio). A ex-pectativa da Educa-fro é a de despertar estes setores para a grande quantidade de negros que esta-rão se formando no Brasil pelo sistema de cotas, através do ProUni, do FIES, do PROIES e de outros programas de inclu-são. Em sua opinião, a Educafro deve radicalizar nesta meta? Por quê?

O Negro no Mercado de Trabalho: desafios

ANOTE E COMPAREÇA! VENHA SOMAR EM NOS-SO GRITO POR JUSTIÇA!

ATO POLÍTICO E INTER--RELIGIOSO - 22 de junho de 2012 , sexta-feira 16:00hs – (Coletiva de Imprensa) -- Momentos Culturais: 16:30hs - Ato Inter-religioso - (Evan-gélicos, Espíritas, Religiões Afros e Católicos): 18:00hs- Ato Político: 19:00hs

Prepare-se! Dobre seu tempo de estudo! Agora, entrar na FGV RIO só de-pende de você! Para mais informações, compareça às reuniões de Acolhida da Educafro Rio ou São Paulo. Informe-se no site: www.educafro.org.br. Só depen-de de você! Decida-se!

FGV-Rio volta a conceder bolsas para a Família Educafro

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Julho de 2012 Informativo mensal da Educafro, Ano XIV , Número 158 Página 3

Dra. DIONE: A FÓRMULA DE SUCESSO DA FAMÍLIA EDUCAFRO

A entrevistada deste mês é alguém com uma trajetória fantástica! Vamos direta-mente refletir sobre suas respostas às per-guntas da redação: 1) A família Educafro considera-lhe um exemplo de sucesso. Quais as dificulda-des que você enfrentou para chegar aonde chegou?

Encontrei muitas dificuldades que pode-riam inviabilizar minhas conquistas: trans-porte (morava na Baixada Fluminense), ali-mentação (faculdade em período integral), material didático dispendioso, textos em língua inglesa e um sistema bem desfavo-rável (confundiam-me com os empregados da FGV... Somente alguns anos depois des-cobriram que eu era aluna da Escola de Di-reito). Mas a cada um destes aparentes obs-táculos eu encontrei uma solução à altura: passei os 3 primeiros anos indo à faculdade com uniforme de escola pública . Depois fui selecionada para fazer um estágio e ganha-va mais que meu pai e minha mãe juntos!. A FGV construiu uma copa com frigobar e microondas e, assim, eu levava toda a mi-nha alimentação diária (meus amigos de turma depois passaram a fazer o mesmo!); a FGV disponibilizava todos os livros e tex-tos na biblioteca e os livros que não possuía e necessitava, eles compravam; meus cole-gas me ajudavam na tradução dos textos em inglês. Quanto à confusão referente à em-pregada/estudante... o tempo deu a resposta: hoje todos me chamam de mestre! Graduei--me e sou mestre em Direito pela FGV. 2) Qual é o passo-a-passo, a fórmula de sucesso para que um@ jovem negr@ da Educafro possa trilhar para vencer?

Fórmula do meu sucesso? Não tem fórmu-la... é preciso foco, fé e força... Acreditar que tudo é possível e não permitir que nada nem ninguém inviabilize a concretização de

seus sonhos...Mas há algo que acredito ter sido fundamental para a minha carreira: a preocupação em aproveitar, digna-mente, cada oportunidade que me foi dada. Tudo o que a ins-tituição oferecia eu fazia. Dessa forma eles compreenderam que valia a pena investir em mim, porque eu retribuía à altura todo o investimento feito... e eu abracei a oportunidade com unhas, dentes, lágrimas, suor e sangue... Assim, acredito que o aluno Educafro DEVE aproveitar as oportunidades conquis-tadas pela Educafro e oferecidas pelas instituições de ensino, não só para o seu bem, mas para o bem de nossos irmãos que aguardam a sua vez... 3) Queremos que tod@s da família Educafro sonhem alto. Qual é seu sonho a curto, médio e longo prazo?

Foi exatamente por sonhar alto que escolhi ir para a FGV. Meu sonho em curto prazo é poder continuar contribuindo para a manutenção e desenvolvimento do Núcleo de Assistência Ju-rídica da Educafro, fazendo jus à missão de coordená-lo. Meu sonho em médio prazo é ingressar e concluir a EMERJ com a aprovação no concurso da magistratura do Estado do Rio de Janeiro: ser JUIZA! Em longo prazo, serei, com a ajuda da fa-mília Educafro e de todos os solidários, Ministra do Supremo Tribunal Federal.

Vários partidos políticos estão se articulando e contagiando outros partidos para acelerar a tramitação do PL 530/04 no “Colégio de Líderes”. Os movimentos sociais estão marcando em cima! Uma Comis-são composta por 11 membros representantes dos Movimentos e em nome da FRENTE PRÓ-COTAS acompanhou e dialogou com vários líderes partidários, na nobre missão de sensibilizá-los. A meta é conseguir que os movimentos sociais participem da reunião de líderes, com direito a voz. Esta reunião dos líderes partidários deve acontecer ainda neste mês de Junho. A grande estratégia é a busca da refor-mulação do texto do PL 530/04, com adendos sugeridos no PL 321/12, na adequação à nova conjuntura, pós-decisão de 10 a zero do STF. Deputados consultados afirmaram que esse procedimento não anularia o trâmite já percorrido pelo Primeiro Projeto de Lei que tramita na Assembléia. Só temos a ganhar; por isso, não podemos cochilar nesta hora! Vamos fazer acontecer!

LEI DE COTAS NAS UNIVERSIDADES ESTADUAIS PAULISTAS: vitória à vista?

Os Governos Municipais, Es-taduais e Fede-

ral estão proibidos, pela constituição, de inves-tir dinheiro ou apoiar a publicação de qualquer livro didático com con-teúdo discriminatório a qualquer grupo étnico. O livro “Caçadas de Pe-drinho” tem um forte conteúdo racista. O Go-verno Federal está sendo intimado pelo STF para uma “Audiência de Con-ciliação”. Será no dia 11 de setembro, terça-feira, às 19 horas, no anexo II, 3º andar, em Brasí-lia. Foram convocadas a AGU (Advocacia Geral da União), o Ministério da Educação, o Presiden-te do Conselho Nacional de Educação e a Relato-ra que deliberou o livro racista (depois de muita pressão). Pela acusação foi convocado o cidadão e guerreiro, autor da de-núncia, Antônio Gomes da Costa e o Instituto de Advocacia Racial e Ambiental, coordenado pelo advogado Humberto Adami. Em sua opinião, o livro didático “Caçadas de Pedrinho”, cujo autor é o simpatizante da Ku--KLUX-KLAM, Montei-ro Lobato, é ou não uma escrita racista?

STF convoca audiência:

“DISCRIMINAÇÃO NO LIVRO

DIDÁTICO”

Dione e família no dia de sua formatura

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Página 4 Informativo mensal da Educafro, Ano XIV, Número 158 Julho de 2012

Quer ganhar uma BOLSA DE ESTUDO?

Expediente: Esta é uma publicação mensal da Educafro – Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes. Diretoria Executiva: Frei David Santos, OFM. Diagramação: Mauricio Souza Brito Imagens: Hugo Ferreira Redação: David Santos, Vinicíus Belizário, Ozias Siqueira, Leandro Dias Revisâo: Lurdinha Ielo Dore.

[Tiragem: 20 mil exemplares] Sede: Rua Riachuelo, 342 - Centro - CEP 01007-000 - São Paulo - SP. Telefones: (11) 3106-2790 (11)3105-8859 (11)31063411 (11)3115-6281.

Regional Rio de Janeiro : Rua Buenos Aires, 167 - Centro- Rio de Janeiro - RJ Telefone: (21) 2509-3141 E-mail da redação: [email protected]

Se você já concluiu o segundo grau pode ingressar numa Uni-versidade Pública ou GANHAR UMA BOLSA DE ESTUDO pela EDUCAFRO. Se deseja concluir o ensino fundamental ou médio, veja orientação em nosso site. Se quer ser professor/a voluntário/a em nossos projetos, então não perca tempo e ca-dastre-se em nosso site! O primeiro passo para quem quer ser bolsista, aluno/a de pré-vestibular, professor/a voluntário/a da Educafro é: participar das reuniões todas as Quintas-feira, às 18h00, ou aos Sábados às 16h00, em nossa Sede Nacional, na Rua Riachuelo, nº 342, Centro/São Paulo.

BRASIL: Mostre a sua cara!

A comunidade negra se or-ganizou e venceu! A Pre-feitura de Nova Iguaçu, RJ, adotou cotas de 20% para negros em todos os concur-sos públicos! Abriu con-curso para 1.244 médicos servirem ao povo pobre. No entanto, apenas 461 médicos se inscreveram. É justo que o povo pague altos impostos para dar à classe média excelentes cursos de medicina e, na hora de servir ao povo, es-tes médicos só queiram tra-balhar servindo aos ricos

da Zona Sul? O Brasil, em 512 anos, não quis ter mé-dicos com a cara do Brasil (indígenas e negros); só foram dadas oportunidades a brancos para serem mé-dicos. Resultado: faltou o preenchimento de 248 va-gas por negros. INFELIZ-MENTE O BRASIL NÃO FORMA MÉDICOS NE-GROS!

Foi por ocasião do natal de 2004, mais precisamente no dia 2 de Dezembro, que a Educafro ingressou com o processo Nº 994.06.061556-2 no Tribunal de Justiça de São Paulo contra a USP. A Educafro quis devolver ao povo negro um pedaço da USP que lhes é roubado todos os anos pela injusta compreen-são de MERITOCRACIA. A consequência é que quase 90% dos que ingressam na USP até os dias de hoje são euro descenden-tes. Exigimos, no pedido do pro-cesso, um plano de inclusão de negros. A sentença será proferida nos próximos dias. Com os 10 a zero do STF, a família Educafro está cheia de brilho nos olhos. Teremos a vitória? Se depender de nossa garra e convicção sere-mos sem dúvida vitoriosos!

Processo contra a USP

está na pauta de julgamentoO Ministério Público do Tra-

balho, há mais de seis anos, prometeu à Educafro que iria implantar um programa de in-clusão de Afros a ser adotado em seus concursos públicos e até hoje nada fez. Em nossa última viagem á Brasília (início de maio), nos reunimos com a “COORD IGUALDADE” (Coordenadoria da Igualdade do MPT) e após mais de duas horas de debates e de uma total resistência desta coordenadoria, saímos sem nenhum posiciona-mento. Promovemos uma gre-ve de fome que teve seu início logo que se encerrou a reunião, naquele mesmo local, e em três dias de muita negociação o MPT aceitou as nossas reivin-dicações. Uma delas era: CO-TAS EM SEUS CONCURSOS PÚBLICOS JÁ! O que nos preocupa é que desde o final da greve de fome e da aceitação das reivindicações, o MPT não mais nos deu qualquer retor-no. Não podemos permitir que esta novela se estenda sem um final positivo! O nosso povo não pode esperar mais! Em sua opinião qual deve ser a próxima ação da Educafro?

A novela MPT continua?

Fato Histórico! Após os 10 a 0 da votação da constitucionalidade das cotas no STF, o Diretório Acadêmico XI de Agosto da Fa-culdade de Direito do Largo São Francisco (USP) realizou nos dias 11 e 12 de junho

Cotas na USP – “Àgua mole em pedra dura tanto bate até que fura....”

uma assembleia, onde aconteceu uma votação sobre a implantação das cotas na Universidade. A Educafro e seus mili-tantes estavam em peso e presenciaram uma cena inédita: 92,3 % dos alunos se mostraram fa-voráveis à aplicação das cotas pela USP. “Àgua mole pedra dura tanto bate até que fura”... Os defensores do privilégio das elites tiveram que amargar MAIS uma der-rota!

Vitória! Após 4 longos anos tramitando no Senado Federal, a CCJ (Co-missão de Constituição e Justiça) aprovou no último dia 6 de junho o projeto que estabelece o sistema de cotas raciais e sociais nas instituições federais de educação superior. O projeto determina que 50% das vagas nessas instituições sejam destinadas aos alunos provenientes de escolas públicas do ensino médio. O Senado, com esta decisão, deu-nos as chaves para abrirmos as portas das instituições federais para o povo negro! Afi-nal, o Brasil precisa pagar a dívida que mantém conosco! Vamos à luta? Em sua opinião, quais são os próximos passos que a Educafro deve dar?

Senado aprova cotas nas universidades federais após 4 anos

Bruno Eduardo militante Educafro se preparando para o Ato

Militantes Educafro em ação

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