e commerce é briga de foice!

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Muitos empresários já estabelecidos no mercado vislumbraram o crescimento do mercado e-commerce no país e apostaram nesse canal como mais um meio de alavancar suas vendas. Juntaram-se a estes um novo tipo de empreendedor, aquele que já nasceu online. O e-commerce brasileiro cresceu muito em 2013 fechando as vendas próximo as 28 bilhões de reais. Ótima notícia para a economia, mas o fato é que o ticket médio diminui e vem diminuindo a cada ano. Era R$ 349,00 em 2011, R$ 342,00 em 2012 e R$ 327,00 em 2013. Outro fator que tem pesado contra as lojas virtuais estabelecidas tem sido o custo de aquisição de clientes. Com mais concorrência no mercado é preciso investir mais em marketing online. E trazer clientes online tem ficado cada vez mais caro.Atrair clientes via Google, por exemplo, tem ficado a cada ano mais caro. Soma-se a isso o fato de estarmos inseridos em uma país como uma legislação complexa e burocrática. As margens de lucro no e-commerce são bem mais espremidas que no mundo offline. Engana-se quem pensa que por não pagar luvas ou aluguel de um ponto físico, terá mais facilidades para gerenciar um negócio online. Pelo contrário, esse canal exige uma dinâmica totalmente diferente dos canais offline, muito mais proativa e abrangente, já que a concorrência, é global. Além disso, as lojas virtuais exigem um investimento constante em aprimoramento e usabilidade da loja. Ter uma boa experiência de compra é fundamental para que os clientes se tornem advogados da marca. Afinal, ter um cliente satisfeito com a compra, a entrega e a pós venda ajudará na imagem positiva da

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Page 1: E commerce é briga de foice!

Muitos empresários já estabelecidos no mercado vislumbraram o crescimento do mercado e-commerce no país e apostaram nesse canal como mais um meio de alavancar suas vendas. Juntaram-se a estes um novo tipo de empreendedor, aquele que já nasceu online.

O e-commerce brasileiro cresceu muito em 2013 fechando as vendas próximo as 28 bilhões de reais. Ótima notícia para a economia, mas o fato é que o ticket médio diminui e vem diminuindo a cada ano. Era R$ 349,00 em 2011, R$ 342,00 em 2012 e R$ 327,00 em 2013. 

Outro fator que tem pesado contra as lojas virtuais estabelecidas tem sido o custo de aquisição de clientes. Com mais concorrência  no mercado é preciso investir mais em marketing online. E trazer clientes online tem ficado cada vez mais caro.Atrair clientes via Google, por exemplo, tem ficado a cada ano mais caro. Soma-se a isso o fato de estarmos inseridos em uma país como uma legislação complexa e burocrática. 

As margens de lucro no e-commerce são bem mais espremidas que no mundo offline. Engana-se quem pensa que por não pagar luvas ou aluguel de um ponto físico, terá mais facilidades para gerenciar um negócio online. Pelo contrário, esse canal exige uma dinâmica totalmente diferente dos canais offline, muito mais proativa e abrangente, já que a concorrência, é global.

Além disso, as lojas virtuais exigem um investimento constante em aprimoramento e usabilidade da loja. Ter uma boa experiência de compra é fundamental para que os clientes se tornem advogados da marca. Afinal, ter um cliente satisfeito com a compra, a entrega e a pós venda ajudará na imagem positiva da empresa. Entretanto, se alguns desses elos falha,o estrago pode ser ainda maior, já que um internauta médio esta conectado online a uma média de 50 outras pessoas, seja via email ou redes sociais. Além do que sites como o próprio Reclame Aqui tem se tornado referência, nem sempre positiva de empresas que não cumpriram com suas obrigações.

Outro ponto importante a frisar é que no mundo virtual mais do que nunca, o comportamento do consumidor que barganha e busca preço esta muito arraigado. As vezes, o simples fato de oferecer um produto com frete grátis torna uma empresa a preferência do consumidor em detrimento a outra que muitas vezes oferecem mais serviços agregados como prolongamento da garantia e assistência técnica gratuita.

Contudo, investir no e-commerce mais que uma oportunidade, tem se tornado uma saída para as empresas que precisam expandir sua base de clientes e aumentar seu faturamento. É preciso, entretanto, cautela e um bom estudo de mercado para que a empreitada tenha êxito.