e-book: desvendando os livros feitos de pixels

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e Book Desvendando os livros feitos de pixels Márcio Duarte

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Esta publicação, juntamente com o seu equivalente eBook no formato ePub, exploram as possibilidades de layout entre o formato ePub e o PDF. O conteúdo é o mesmo, mas a forma de apresentação possui algumas variações entre os formatos. O arquivo ePub pode ser baixado em http://www.pagelab.com.br/ebook.zip

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eBook¶Desvendando os

livros feitos de pixels

Márcio Duarte

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Desvendando os livros feitos de pixels

eBook¶

m10 design // brasília-df, março de 2010

márcio duarte

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Sumário ¶

1 Introdução 3

2 ePublishing»virandoapágina 5

Mais um capítulo 6

O fim do livro? 7

O que é um eBook 8

Formatos 10

3 ePub»visãogeraldacriação 13

Avaliação editorial 15

Preparando o conteúdo 17

Fluxo único para o documento 18

Aplicação e conferência de estilos 20

Criando o sumário 21

Metadados 22

Exportação 23

Descompactação do ePub 24

Edição do código 25

Adicionando áudio e vídeo 26

Recompactação 27

Teste e validação 28

4 ReferênciassobreeBook 30

5 Listadefiguras 31

6 Índice 32

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intr

od

uçã

o

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Introdução ¶

E books não são uma novidade. Desde a década de 70 esta palavra já era utilizada no contexto que é utilizado hoje.

Nascido com o Projeto Gutemberg, iniciativa que há anos digi-taliza e disponibiliza livros de domínio público na internet, o termo vem ganhando cada vez mais atenção, já que algumas das principais barreiras para a popularização dos livros eletrônicos vêm caindo, como a dificuldade de leitura em tela e a viabili-dade comercial do formato para a setor editorial. Além disso, os eReaders e as tablets, dispositivos que permitem a leitura de eBooks, estão cada vez mais baratos, e devem se tornar produtos de consumo massificado em breve.

Mas a idéia central deste trabalho não é contar todos os deta-lhes da evolução dos livros eletrônicos. Apesar de oferecer uma visão geral do assunto, sua função principal é exemplificar as possibilidades técnicas dos eBooks aos profissionais que traba-lham com a produção de livros, na transição do papel para o có-digo. O design desta publicação considera exemplos de diversos recursos de layout que atestam a flexibilidade do livro eletrônico para outras aplicações que não apenas texto plano. Assim, pode ser usado para entender o relacionamento entre os métodos de trabalho tradicional e digital, inspirando a criação de bons eBooks. Boa e-leitura!

m.d.

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eBooks: entre o velho e o novo»Maisumavez,presenciamosmudançasqueprometemalterar

astradicionaisnoçõesdeeditoração.Aoolharparatrás,vemosquemudançascomoessasãouma

constantenoterritóriodapublicaçãodelivroseperiódicos–masnuncaocorreramcomtantarapidez.

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ePublishing ¶ virando a página

Nestes tempos de mídias sociais, blogs e acesso móvel, consolidam-se novas formas de conceber e consumir os produtos de mídia mais tradicionais – livros, revistas e jornais – que sinalizam um novo ciclo de importantes mudanças no mercado editorial, comparáveis até mesmo ao surgimento da editoração eletrônica. É óbvio que ainda há muita discussão sobre o alcance destas mudandas, mas há um consenso: o mercado editorial não é mais o mesmo.

A ssim que a combinação de computador pessoal, progra-ma de editoração eletrônica e impressora tornou-se

relativamente acessível, em mea dos da década de 1980, ficou claro para todos os profissionais do mercado editorial que as mídias tradicionais passariam por uma revolução. Surgia uma plataforma de publicação que concentrava em um pequeno

espaço, a um valor comparativamente bai-xo, várias etapas do oneroso e complexo processo de editoração. Em pouco tempo, termos como Postscript, fonte e disquete se tornaram populares e o paste-up, técnica manual de colagem extremamente traba-lhosa para os padrões atuais e largamente utilizada até então, foi aos poucos caindo em desuso. A facilidade e o baixo custo na editoração eletrônica de impressos colori-

Adobe Postscript»

Alinguagemdedescrição

depáginasdaAdobefoi

fundamentalparaarevolução

dodesktop publishing.

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dos e com alta qualidade gráfica transformou definitivamente o perfil da indústria editorial – popularizando ainda mais a pro-dução de livros, revistas e jornais – e criou um novo perfil de profissional da área, que passou da artesania à tecnologia digi-tal em uma velocidade espantosa. Um acontecimento que deu início a uma nova era na história da comunicação impressa.

Mais um capítulo » Hoje, após quase trinta anos do surgimento do desktop publishing, estamos novamente no limiar de uma revolução no mercado editorial: a das publicações total-mente digitais. A popularização de dis-positivos móveis como tablets, eReaders e smartphones, aliada ao crescimento do acesso à internet e ao amadurecimento das tecnologias web, criaram as condições para a alteração do paradigma do consumo de mídia, cada vez mais online, interativo,

Novas formas de leitura »Aparelhoscomoatablet daAppleestãomudandoa

formadeconsumirconteúdo,mastambémaformadeseproduzí-lo.

Marca do HTML5»

Amadurecimentodas

tecnologiasweb.

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fragmentado e acessível – e cada vez menos dependente do impresso. Neste cenário, termos tradicionais e tão co-muns do setor como lombada, autor e editora, adquirem um novo sigificado ou ameaçam até mesmo tornarem-se irrelevantes. Entram em cena novas pa-lavras como spine, autoria colaborativa e self-publishing. Surge também uma nova “sopa de letrinhas tecnológica”, fundamental para a produção de pu-blicações eletrônicas, incluindo termos antes pertencentes ao mundo da pro-gramação e do webdesign como grep, xml, xhtml, css, Javascript, Objective-C, mostrando que o perfil dos profissio-nals da área deve mudar. De novo.

O fim do livro? » Muito se discute sobre o fim dos livros, revistas e jornais impressos. É provável que o caráter dinâmico dos periódicos torne obsoleta a publicação e a distribuição em papel, já que é muito mais simples e barato atua lizar e veicular informações por meios digitais. Os livros eletrônicos, no entanto, não eliminam necessariamente os livros em papel, cuja presença física e o caráter perene são muito mais sig-nificativos. Assim como aconteceu com

Saiba mais

GREPéasigladeGeneralized

Regular Expression Parser.Éum

aplicativoqueutilizaexpressões

regulares(regular expressions)

emdiversasmanipulaçõesde

textooucódigo.OIndesign

éumdosprogramasque

utilizamoGREPembutido

emsuaferramentadebusca

esubstituição,paraexecutar

diversasoperaçõesnotexto,

como,porexemplo,aplicarestilos

automaticamenteepadronizar

expressõesnuméricasoutextuais.

XMLsignificaeXtensible Markup

Language,oulinguagemde

marcaçãoextensível,eéutilizada

paracriarregrasdeestruturação

edescriçãodeconteúdo.Ao

contráriodoHTML,permite

estabelecersuaprópriaestruturade

tags eéumatecnologiapromissora

nestestemposdeaproveitamento

deconteúdoparadiversasmídias.

CSSéasigladeCascading

Style Sheets,oufolhasdeestilo

emcascata.Éresponsável

pelaformataçãodainformação

oferecidapeloHTML.Éumadas

principaisferramentasdodesign

paraweb.

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os discos de vinil, as qualidades únicas do livro enquanto su-porte não são sobrepostas pelos equivalentes digitais.

O que é um eBook? » A palavra eBook – que às vezes é grafada como e-book ou eBook, sem prejuízo para o significado – é um termo genérico, aplicado a diversos formatos de arquivo que possibilitam a leitura digital do conteúdo. O dicionário Oxford, o define como “a versão eletrônica de um livro impresso”, ainda que a contrapartida impressa nem sempre exista, pois o eBook é cada vez mais autônomo enquanto suporte para conteúdo, consi-derando também vídeo, áudio e interatividade. Há também quem inclua nesta definição uma outra característica do livro tradi-cional: a de que o conteúdo possua um caráter contido, ou seja, começo, meio e fim, como um romance ou um tratado cienfífico. Isso diferenciaria o conteúdo de um eBook daquele produzido para um blog, mas este é um conceito que não se aplica para todos os casos, já que as formas tradicionais de narrativa estão também em transformação por influência da natureza colaborativa da web.

Outra característica que vem se solidificando é o caráter flúido do conteú do, ou seja, nos eBooks texto e imagens se ajus-

tam ao formato do dispositivo, indepen-dente do tamanho ou da tecnologia de tela, seja de forma plajenada ou auto-mática. Outros denominam eBooks os aparelhos que permitem a leitura destes formatos, como o Kindle, o que é um engano, já que a principal característi-ca do livro eletrônico é o caráter digi-tal e, consequen temente, imaterial do

Conteúdo flúido»

Leituraemqualquer

dispositivo.

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conteú do. Os aparelhos que permitem a leitura são, na verdade, eReaders ou eBook Readers. Não há duvida de que todas estas definições revelam muito pouco das várias facetas do fenômeno e são insuficientes para descrevê-lo. Afinal, o livro impresso levou algumas centenas de anos para se transformar no que é hoje.

No futuro, espera-se que o livro ele-trônico seja um suporte digital, aberto, acessível, universal e interativo para o pensamento humano e que possibilite

ainda mais a difusão do conhecimento, resolvendo vários pro-blemas inerentes ao livro impresso como, por exemplo, a distri-buição, o custo e a portabilidade. Mas este é um cenário ainda distante, pelo menos aqui no Brasil, por vários motivos: 1 A realidade é que os preços dos eBooks ainda são tão proi-

bitivos quanto os preços das versões impressas; 2 A base de eReaders, ou dispositivos leitores, é muito pe-

quena, principalmente nos países em desenvolvimento como o Brasil;

3 Os padrões da indústria ainda são imaturos e implementa-dos das mais diversas formas, muitas incompatíveis entre si;

4 Há disputas ferrenhas entre os grandes players do mercado de tecnologia para criar padrões proprietários e soluções fechadas de distribuição;

5 Por fim, há também a discussão sobre a própria manuten-ção do hábito da leitura nas gerações futuras, diante gran-de variedade de opções de entretenimento disponíveis.

Amazon Kindle»Esteé

umeReader:dispositivo

quepermitealeiturade

eBooks.NãoéumeBook.

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Formatos » Atualmente, os principais formatos de eBook são o ePub, arquivo baseado em padrões abertos como o html, xml e css, originalmente chamado de Open Ebook; o pdf, ou Portable Document Format, criado pela Adobe e ainda amplamente utiliza-do como sinônimo de eBook, e o Mobi/azw, formatos utilizados somente no ecossistema criado pela Amazon para o seu aparelho dedicado, o Kindle. Há muita discussão se o formato ePub se consolidará como formato de eBook “padrão”. Só o tempo dirá. Formatos como fb2 e chm também são considerados formatos de eBook, embora apresentem características próprias (veja a Tabela).

O padrão de livro eletrônico?»oePub(tambémEPUBou

ePUB),abreviaçãodeEletronic PublicationouPublicação

Eletrônica,éumformatolivreeabertodearquivodigital,

próprioparaeBooks,quefoicriadopeloInternational

Digital Publishing Forum–IDPF.Basicamente,éumaserie

dearquivosdetextoemXHTMLeXML,compactadosno

formatozip.OePubéprojetadoparaconteúdoflúido,o

quesignificaqueváriascaracterísitcasdotextopodem

serotimizadasdeacordocomodispositivousadoparaa

leitura.Opadrãofoicriadoparafuncionarcomoumúnico

formatooficialparadistribuiçãoevendadelivrosdigitais,

eestásendoamplamenteadotadopelaindústriaeditorial,

apesardaimplementaçãoirregulardaespecificaçãonos

dispositivosedasdiscussõesinflamadasemtornoda

ineficáciadasegurançadoconteúdodigital(DRM)suportada

peloformato.Atualmentenaversão2.1,umanovaversãoda

especificação,chamadadeEPUB3,estásendodesenvolvida

peloIDPF,edeveestarprontanosegundotrimestrede2011.

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Tabela » Comparação de recursos dos principais formatos de eBook

Formato

Extensão

Pad

rãoab

erto

Recursos

DR

M

Imag

ens

Tabelas

Áud

io

Interatividad

e

Co

nteúdo

flúido

Ano

tações

Marcad

ores

ArghosReader .aeh – –

BroadbandeBook .lrf|.lrx – – –

DjVu .djvu –

ePub .epub

eReader .pdb –

FictionBook .fb2 – –

HTML .html

Kindle .azw 1 2

MicrosoftReader .lit – –

Mobipocket .prc|.mobi

MultimediaEBook .exe –

PortableDocumentFormat .pdf

PostScript .ps – – –

Repligo .rgo –

TealDoc .pdb – –

Textoplano .txt

TomeRaider .tr2| .tr3 – – –

WOLF .wol – – –

Fonte:Wikipedia.Emamarelo,osprincipaisformatos.Notas:1.ExcetoprimeirageraçãodoKindle(níveldesuporteassimcomonoMobipocket).2.SuporteapenasnoKindleparaiPhone,iPodeiPad.

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Um livro de códigos»DecifrarosentidodoXHTML,doCSSedoJavascriptsãoapenasalgunsdos

desafiosqueosdesignersediagramadoresdelivrosprecisamenfrentarnaproduçãodeeBooks.

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ePub ¶ visão geral da criação

É possível criar um ePub somente com a ajuda de um software editor de texto e de um utilitário de compactação, mas a verdade é que o fluxo de trabalho de grande parte dos profissionais editoriais inclui o Indesign, que felizmente possui suporte ao formato, ainda que primitivo. Neste tutorial, será apresentado a visão geral da criação de um eBook no formato ePub utilizando a ferramenta da Adobe.

O programa Adobe Indesign é um dos mais avançados softwares de editoração eletrônica no mercado. Com seus

poderosos recursos tipográficos e de automação, é a ferramenta de trabalho de grande parte dos profissionais da área editorial. É extremamente eficaz para a criação de materiais destinados à impressão gráfica profissional. Infelizmente, seu suporte ao formato ePub ainda é muito básico. Sendo um programa intei-ramente baseado no modelo de página impressa, não é surpresa

que houvessem dificuldades na transição para documentos cuja base são o xhtml e o css. Estas duas linguagens vêm de um mundo muito diferente, onde conceitos como código semântico e separação entre estrutura e formatação são fundamentais. Apesar das deficiências do programa, é possível utilizá-lo para boa parte do de-

Adobe Indesign»

Suporte(ainda)

incompletoaoePub

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Indesign CS4 x Indesign CS5»Háalgumasmelhoriasna

versãoCS5doIndesignemrelaçãoàexportaçãoparao

formatoePub.Infelizmente,umnovoeincômodoproblema

tambémfoiintroduzido:linksentreaspublicaçõesligadas

pelorecursodelivrodoIndesignnãofuncionam.Paraalista

oficialdasmudanças,vejaowhitepaperdaAdobe.

Melhorias, mas novos problemas»Janelasdeexportaçãopara

ePubdasversõesCS5eCS4,respectivamente.

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senvolvimento de ePubs, mantendo o fluxo de trabalho de cos-tume – ainda que com vários desafios. Espera-se, no entanto, que as próximas versões sejam capazes de reduzir as etapas necessárias à criação de eBooks nesse formato.

O objetivo deste tutorial é apresentar uma visão geral dos passos a serem seguidos para transformar o conteúdo de um livro, originalmente construído em Indesign, em um ePub, de forma o mais objetiva possível, sem abordar os pormenores de cada fase, para facilitar o entendimento das variáveis envolvi-das no processo. O passo-a-passo considera que o leitor possua alguma experiência anterior com o Indesign.

1 Avaliação editorial » Como aproveitar os diversos recur-sos disponíveis e a tecnologia de um ePub para apresentar a informação de maneira mais eficiente? O formato é mes-mo o mais adequado para a publicação? É possível alterar o projeto gráfico sem prejudicar o entendimento do conteú-do? As possibilidades são muitas, mas os desafios técnicos e editoriais também. Antes de iniciar a produção do livro no padrão ePub, é fundamental planejar como o conteúdo em questão pode ser melhor adaptado, levando em consi-deração as possibilidades e limitações do formato, princi-palmente em publicações com layout mais complexo. Há várias questões a serem consideradas, como a adequação ao estilo mais linear do ePub, a performance da leitura do arquivo nos eReaders, a adequação das imagens às tecnolo-gias de tela (lcd ou e-Ink), o tratamento dado às referências cruzadas e notas de rodapé, além das demais limitações do projeto gráfico neste novo contexto. Estes são apenas alguns exemplos de decisões que precisam ser tomadas

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com base nos dispositivos e plataformas de software para onde serão destinados, cada um com suas especificidades. Sendo o padrão para eBooks, o ePub deve possibilitar uma experiên cia de leitura o mais homogênea possível, apro-veitando os recursos mais avançados sem prejudicar a apresentação do conteúdo em outros dispositivos menos capazes. Essa prática de incrementar a experiência sem prejuízo da funcionalidade básica é conhecida no mundo do desenvolvimento web como progressive enhancement (aperfeiçoamento progressivo). A apresentação e o suporte da informação são diferentes nos eBooks, e merecem uma nova abordagem, ou ao menos uma revisão dela, nessa nova “casa”.

É importante frisar outra diferença importante entre o design de livros impressos e o design de eBooks, que é familiar a quem trabalha com os padrões web: a separação entre apresentação e estrutura da informação. A criação de publicações para o meio impresso não impõe limites ao layout e considera que a apresentação gráfica está in-timamente ligada à estrutura da publicação. O mesmo não acontece com o ePub. Nele, a estrutura da informação deve ser separada da sua apresentação gráfica, pois é exa-tamente essa característica que oferece flexibilidade e uni-versalidade ao formato e permite que o conteúdo possa ser apreciado em qualquer dispositivo ou programa, inclusive por pessoas com deficiência visual. Esta característica ain-da é muito útil no reaproveitamento ou na atualização do conteú do, entre outras vantagens.

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2 Preparando o conteúdo » Com uma estratégia editorial definida, o próximo passo é certificar-se que os arquivos estejam adaptados para o formato ePub. É importante, por exemplo, que as cores na imagens, gráficos e demais ele-mentos do projeto gráfico não percam o significado quando convertidos para tons de cinza, já que boa parte dos eRea-ders é monocromática e utiliza a tecnologia e-Ink. A otimi-zação do contraste também deve ser levada em conta, já que nos dispositivos há variações neste aspecto. Resolução e modo de cor das imagens também devem ser compatíveis com as características suportadas pelos aparelhos, que ge-ralmente utilizam o modo de cor rgb e resolução de tela (72 ppi). As imagens originais podem ser mantidas no arquivo do Indesign, mas o ideal é substituí-las pelas versões adapta-das para ePub, já que a conversão automática do programa não tão eficaz e não oferece a flexibilidade necessária para solucionar os problemas citados anteriormente. Neste que-sito, um programa de edição de imagens é mais eficiente.

A capa é outro elemento que precisa de atenção. Apesar de manter sua importância no território dos eBooks, o espa-ço dedicado à sua apresentação é, de forma geral, extrema-mente reduzido, tanto nos programas de leitura quanto nas livrarias e bibliotecas online. Muitas vezes um layout adap-tado para o ePub é necessário para manter o entendimento. O Indesign não oferece suporte nativo ao recurso de capa do ePub, que precisa ser adicionado diretamente no códi-go, após a exportação para o formato.

É necessário ainda cogitar o tratamento dado a fórmu-las matemáticas e outros caracteres de outros idiomas,

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como grego ou hebráico, caso a publicação os possua, já que alguns leitores não oferecem suporte a caracteres des-te tipo. A conversão para um formato de imagem suporta-do (.gif ou .png) geralmente é a solução mais compatível, embora longe da ideal, pois perde-se a capacidade de en-contrar este conteúdo com o recurso de busca. No futuro, espera-se um suporte melhor dos dispositivos a caracteres especiais e ao formato .svg (Scalable Vector Graphics), um padrão web que é capaz de manter informações vetoriais.

Também é preciso verificar se nenhum elemento es-sencial está localizado nas páginas mestras. O Indesign ignora estes elementos na exportação para ePub.

3 Fluxo único para o documento » Para a criação de um ePub, é necessário considerar o conteúdo sob o paradigma do fluxo linear. Texto, imagens, tabelas, gráficos e demais elementos precisam estar conectados em uma ordem se-quencial. Todos os itens que não seguirem esta regra serão posicionados ao fim do fluxo principal, fora da sua ordem na publicação original, quando exportados para o ePub. Há basicamente duas formas de se estabelecer este fluxo no arquivo:

1. inserindo todos os elementos manualmente dentro de uma só matéria – ou story, na versão em inglês do programa –, o que pode implicar na alteração do projeto original ou na criação de uma versão do arquivo exclusiva para ePub para que esse efeito seja alcançado, embora a maioria dos casos possa ser resolvido com a ancoragem dos elemen-tos. O Indesign oferece opções para o correto posiciona-mento de objetos ancorados, ou anchored objects.

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Um único fluxo»opçõesparaposicionamentodeobjetosancorados

2. Criando uma estrutura xml para o documento, com a ajuda da paleta "Tags". As tags são utilizadas, entre outras funções, para marcar os elementos da publicação na sua sequên-cia correta, que é então apresentada no painel “Estrutura” (ctrl+alt+1, no Windows, ou command+option+1, no Mac).

Painel estrutura»aplicaçãodetagsXMLaoconteúdo

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Dentro do fluxo, a separação em capítulos é criada ao dividir o conteúdo de cada capítulo em arquivos indepen-dentes do Indesign e agregá-los com o recurso de livro. Du-rante o processo de exportação, cada um dos arquivos será então convertido em seu próprio xhtml. Na versão cs5, há um recurso para transformar o conteúdo em capítulos, com arquivos xhtml independentes, com base no estilo de sumário criado, mas ele invalida links retroativos dentro da publicação. Essa divisão em capítulos não tem um papel apenas organizacional: há um limite de 300kb para o tama-nho de cada um dos arquivos xhtml no ePub.

Paleta Livro»CadadocumentoéconvertidoemumarquivoXHTML.

4 Aplicação e conferência de estilos » Além de garantir um fluxo único dos elementos, é fundamental que exista consistência na aplicação e na escolha de estilos de pará-grafo e caractere, pois eles facilitarão a edição do código mais à frente no processo. Durante a exportação para ePub, o Indesign aplica à cada parágrafo de texto uma tag “p” (paragrafo) com classe correpondente ao nome do estilo e

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cria uma regra css com os atributos do texto1. No caso dos estilos de caractere, o programa aplica uma tag “span” no texto e também cria uma regra css correspondente. Caso o texto não possua um estilo aplicado, mas configurações manuais estejam presentes (overrides), o programa cria um nome genérico para a classe, tornando muito comple-xa a edição de código que precisa ser feita posteriormente. Mesmo os parágrafos que abrigam fotos, tabelas e gráficos precisam de um estilo apropriado. Os nomes dos estilos também são importantes. É preciso evitar caracteres espe-ciais nos nomes dos estilos, como acentos. Espaços também podem causar problemas, pois há um significado próprio para eles no css.

O código gerado pelo Indesign durante a conversão para xhtml e css está longe do ideal – ignora a estrutura do conteúdo e insere diversos atributos que não são neces-sários –, mas ao menos há consistência nos tipos de erros, o que torna os ajustes mais simples se utilizamos os pode-rosos recursos de busca e substituição do grep na etapa de edição de código, com a ajuda dos editores de texto.

5 Criando o sumário » O sumário de um ePub é criado com a ajuda do recurso de estilos de sumário do Indesign, mas o texto do sumário em si não deve – a princípio – fazer parte do texto do documento, já que os eReaders oferecem supor-te nativo à navegação dos tópicos. Durante a exportação, escolha a opção de incluir o estilo de sumário criado e o In-

1 ApenasalgunsdosrecursosdeformataçãodetextodoIndesignsão

aproveitadosnoarquivoCSSdoePub.Estilosaninhados(nested styles),

fiosacimaouabaixoeestilosGREP,porexemplo,nãosãoexportados.

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design criará o arquivo de navegação do ePub (.ncx) com as indicações dos diversos níveis dentro do sumário, para que os leitores possam apresentá-lo com seus recursos de nave-gação internos. Se ainda assim o sumário se fizer necessá-rio como parte integrante do texto, é necessário utilizar o recurso de referências cruzadas do programa para indicar a localização dos níveis, já que o texto de sumário gerado automaticamente pelo Indesign não funcionará como na-vegação dentro do ePub. O Indesign criará então links para os locais correspondentes.

1

Sumário»Oconteúdodoarquivo.ncxéretiradodoestilocriadoaqui.

6 Metadados » Metadados são parte fundamental do ePub. São informações acerca do conteúdo – como nome da edito-ra, autor, data de publicação e colaboradores – fundamen-tais para que sistemas de indexação e catalogação, como os mecanismos de busca e os sistemas de bibliotecas digitais, possam organizá-los e encontrá-los. É possível adicionar alguns destes metadados dentro do próprio Indesign, mas a complementação precisa ser feita no código, após a exporta-

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ção, pois o programa não oferece suporte a alguns metada-dos fundamentais, como a data de publicação2.

Se a publicação estiver dividida em diversos docu-mentos, o arquivo com a fonte de estilos, que aparece marcado na paleta Livro, é o arquivo a partir do qual estes metadados deverão ser inseridos. A interface para edição de metadados fica localizada no menu Arquivo > Informa-ções do arquivo. Outros metadados fundamentais, como o uuid (Universally Unique Identifier, ou Identificador Único Universal) e o nome da editora (Publisher), são gerados na própria janela de exportação para ePub.

Metadados»Algunsdosmetadadossãoinseridosnestapaleta.

7 Exportação » Na versão cs4 o comando de exportação está localizado no menu Arquivo > Exportar para o Digital Editions. Na versão cs5, está em Arquivo > Exportar para > EPUB. É importante certificar-se que o arquivo base para os estilos e metadados esteja selecionado corretamente na

2 Semestemetadado,oePubnãopodeserálidonoseReaderse

tambémnãoserávalidado.

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paleta Livro. Dele serão retirados os estilos, sumário e me-tadados para criação dos arquivos do ePub.

Um recurso interessante da exportação na versão cs5 é a possibilidade de aproveitar um arquivo css utilizado an-teriormente, o que facilita a criação de ePubs que comparti-lham o mesmo projeto gráfico. Em coleções, por exemplo, é possível aproveitar os estilos para todos os volumes, redu-zindo significativamente o tempo de criação de eBooks.

Para que a exportação ocorra sem erros, verifique se há algum link na publicação que utiliza o caractere “&”. A exportação para ePub do Indesign não lida bem com eles. Para manter o link sem causar problemas, utilize algum ser-viço de redução de urls como o migre.me ou o tinyurl.com.

8 Descompactação do ePub » Um ePub é basicamente uma série de arquivos de texto compactados sob o formato zip. Pode ser descompactado como um zip comum, após alterar sua extensão de .epub para .zip, mas a compactação merece mais cuidados, como veremos adiante. Há algumas ferramentas para facilitar este processo e para permitir, por exemplo, trabalhar no arquivo sem descompactá-los, como o programa Oxygen (pago, apenas para Mac) ou o Sigil (gratuito e multiplataforma). No entanto, a maneira mais confiável, flexível e eficiente de ser trabalhar com os arquivos é descompactando o ePub é editando o código diretamente. Essa prática evita uma série de novos proble-mas criados pelos programas, seja de performance, curva de aprendizado ou alterações indesejadas no código.

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Estrutura do ePub»Basicamentearquivosdetextoeimagem.

9 Edição do código » Enquando não surgirem ferramentas mais maduras para a criação de ePubs, trabalhar com o código é inevitável e talvez seja sempre uma necessidade. Ferramentas totalmente wysiwyg não são totalmente com-patíveis com a produção de layouts por meio de código css. Um exemplo disso é o desenvolvimento profissional de websites, que até hoje, mais de duas décadas após o boom da web, se baseia fortemente na codificação manual e no conhecimento dos padrões web das particularidades dos navegadores para ser bem sucedido. Para o designer edito-rial tradicional, a melhor estratégia é entrar de vez no mun-do dos webstandards, e não evitá-lo. Linguagens de mar-cação como html e css não são muito complexas, se comparadas com outras como php e Ruby, e há farto mate-rial disponível para aprendê-las, muitas vezes gratuito.

Voltando ao exemplo específico do código gerado pelo Indesign, há uma grande quantidade de problemas que precisam se resolvidos. Neste ponto, um bom editor de tex-to, como o Notepad++ (gratuito, apenas para windows) ou

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o TextWrangler (para mac, também gratuito), é ferramenta obrigatória. A exportação do Indesign deve ser considerada apenas o ponto de partida, um facilitador na geração bá-sica da estrutura de arquivos e do código do ePub, pois é muito deficiente em relação a diversos recursos fundamen-tais, como a inserção de capa e a formatação de tabelas. Ao lidar diretamente com código para resolver estas questões, o grep torna-se o melhor amigo do designer de eBooks. Como não há muita variação nos tipos de problemas pro-vocados pelo Indesign no código, é possível criar regras de busca e substituição para a limpeza e correção do código para resolvê-los com maior rapidez.

10 Adicionando áudio e vídeo » O suporte à multimídia no ePub ainda é irregular e não é obrigatório na versão atu-al da especificação, atualmente na versão 2.1. A próxima versão (epub3), que deve ficar pronta no primeiro semestre de 2011, promete resolver estas questões, especificando um método padrão para inserir este tipo de mídia em um ePub. Até lá, há duas formas específicas de se inserir vídeo ou áudio, mas elas são reconhecidas apenas por poucos dispositivos e programas. A primeira, baseada em Flash, funciona apenas no Adobe Digital Editions. Nesta opção, as arquivos de áudio ou vídeo são embutidos dentro de um arquivo swf e referenciados no código xhtml. A segun-da forma, baseada na tag “video“ do html5, funciona no iBooks da Apple, para iPhone, iPad e iPod Touch, e deve ser a tornar a forma padrão de inserção de vídeo, segundo o rascunho da especificação epub3. Nas duas opções, vídeo e áudio devem ser compactados juntamente com os demais

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arquivos do ePub, e precisam ser referenciados no arquivo content.opf.

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Código para vídeo em Flash»ApenasparaoAdobeDigitalEditions

Código para vídeo em HTML »Provavelmenteonovopadrão

11 Recompactação » A operação de recompactação merece alguns cuidados. Compactar todos os arquivos de uma só vez causará problemas na interpretação do arquivo, pois um dos arquivos – mimetype, que declara que o arquivo em questão é um ePub e não outro zip qualquer – precisa ser o primeiro da fila de arquivos dentro do ePub. O procedi-mento consiste em criar um arquivo zip vazio e inserir pri-meiro o arquivo mimetype e só depois os demais arquivos, trocando a extensão de .zip para .epub. Há alguns aplicati-vos, como o ePubPack (Windows) e o ePub Zip (Mac), que facilitam o processo de compactação, facilitando o processo.

12 Teste e validação » Todo arquivo ePub deve ser valida-do para checar a conformidade em relação à especifica-ção ePub. Essa etapa é fundamental para garantir que os arquivos sejam ao menos abertos corretamente nos mais

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diversos aparelhos e programas que suportam o formato, mas não evita as discrepâncias na interpretação do códi-go por parte dos eReaders. Atualmente, há uma miríade de abordagens quanto à intepretação do código ePub por parte dos programas de leitura. Alguns deles, como o Stanza desktop, chegam a remover toda a formatação do texto, enquanto outros, como o iBooks da Apple, permitem até mesmo adicionar interatividade com Javascript. Para minimizar as ocorrências de problemas de visualização, é necessário testar o arquivo ePub em vários eReaders dife-rentes, ajustando o código para criar um padrão de apre-sentação do ePub minimamente aceitável nos eReaders. É inviável, no entanto, ter acessso a todos os aparelhos e programas disponíveis, seja pelo alto custo ou pelo fato de que alguns não estão disponíveis em todos os mercados.

Com tantas variações, como ter certeza de que o conteú do será apresentado sem problemas nestes disposi-tivos? A melhor estratégia é testá-los sob o ponto de vista do motor de renderização (rendering engine), que é a parte do programa de leitura que confere uma interpretação vi-sual ao código, ou seja, aquilo que é efetivamente apresen-tado nas telas dos aparelhos. Os principais atualmente são o Adobe Reader Mobile sdk (que não tem relação direta com o Adobe Reader, para leitura de pdfs), utilizado no programa Adobe Digital Editions e em vários eReaders com tecnologia e-Ink, como o Positivo Alfa e o Cool-ER; e o Webkit, utilizado no iBooks da Apple, no Ibis Reader e nos navegadores Safari e Google Chrome. Ao escolher alguns representantes destes dois mecanismos de ren-derização, reduz-se muito a quantidade de dispositivos

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necessários para o teste. Ainda assim, é importante ter em mente que cada eReader, mesmo utilizando sistemas se-melhantes, possui pequenas variações que podem interfe-rir na apresentação visual final do conteúdo.

A validação do arquivo ePub pode ser feita com a ajuda do programa ePubCheck, que funciona online ou a partir da linha de comando – certamente um método pouco intui-tivo, principalmente para os designers de livro tradicionais, acostumados à edição wysiwyg. Uma opção mais intuiti-va é contat com a ajuda de aplicativos que oferecem uma interface gráfica ao ePubCheck, contribuindo para localizar os erros com maior facilidade, como o FlightCrew ou o ePubChecker. Geralmente são necessárias várias iterações de validação e correção de código para que o arquivo passe “limpo” pelo processo e possa ser, finalmente, distribuído.

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Referências sobre eBook ¶

1 Programas

2 Sites

pigsgourdsandwikis.com » Liz Castro

threepress.org » Liza Daly

mobileread.com/forums

digitalbookworld.com

3 Livros

EPUB Straight to the point » Liz Castro

Kindle formating » Joshua Talent

How to create an ebook with Indesign » Rufus Deuchler

GREP in InDesign CS3/CS4 » Peter Kahrel

4 Podcasts

eBook Ninjas

Indesign Secrets

5 Mídiassociais

#eprdctn » Twitter

Revolução eBook » Google Groups

Sigil

Oxygen XML

PDFXML

FlightCrew

ePubPack

Calibre

TextWrangler

Notepad++

iPhone Folders

iPhone Explorer

Springy

Adobe Digital Editions

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Lista de figuras ¶

Detalhedaencadernaçãodeumlivroraro» Título do livro:

Zadig, ou, La destinée, por Voltaire. Publicado em Paris, em

1893. Fonte: Princeton University Library. Capa e primeira capa

Montagemsobrepáginadelivroraro» Manuscrito em papel,

publicado em Veneza, em 1476. Fonte: Bodleian Image Library,

University of Oxford. Terceira capa

Montagemsobrecapadelivroraro» Título: The discoveries

of John Lederer, publicado em Londres, em 1672. Fonte:

Princeton University Library. pág 6

Alfabetobaseadoemformashumanas» Título: MS. Ashmole

1504, The Tudor Pattern Book. publicado entre 1520 e 1530.

Fonte: Bodleian Image Library, University of Oxford. pág 6

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Índice ¶

A

Amazon 11,12

B

Bibliotecas online 19

Brasil 11

C

CHM 12

CSS 9,12,15,22,24,25 9,14,22

D

Design 3,5,9,18

Desktop publishing 7,8

DRM 12,13

E

eBook ,4,510,11,12,13,15

eBook Readers 11

Editoração eletrônica 7

Editor de texto 26

e-Ink 17,19,28

ePub 4,12,13,15,16,17,18,19,

20,21,22,23,24,25,26,27,28

eReaders 5,8,11,13,28 17,19,

23,27,28

F

FB2 12,13

Fim do livro 9

Flúido 10,12

Formatos 10,12,13

Fórmulas matemáticas 19

G

Gráficos 19,20,22

GREP 9,22,26

H

HTML 9,13

I

IDPF 12

Imagens 10,17,19,20

Indesign 9,15,16,17,19,20,21,

22,23,24,26

J

Javascript 9,14,27

K

Kindle 10,11,12,13

L

LCD 17

Leitura 5,8,10,11,12,17,18,19,

27,28

Linguagens de marcação 25

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M

Mac 21,25,27

Metadados 4,23

Mídias sociais 7

Mobi 12

Motor de renderização 28

O

Objective-C 9

Objetos ancorados 20

Oxygen 25

P

Padrões web 18

Páginas mestras 20

Paste-up 7

PDF 12,13

PHP 25

Postscript 7

Progressive enhancement 18

Projeto gráfico 17

Projeto Gutemberg 5

R

Referências cruzadas 23

Resolução 19

RGB 19

S

Self-publishing 9

Sigil 25

Smartphones 8

SVG 20

T

Tabelas 20,22,26

Tablets 5,8

Tags 9,21,26

Texto 13,20

U

UUID 24

V

Validação 4,27,28,29

W

Windows 21,27

WySIWyG 25,28

X

XHTML 9,15,21,22,26

XML 9,12,21

Z

zIP 12,25,27

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eBook ¶ desvendando os livros feitos de pixels

Redação, design, editoraçãoMárcio Duartewww.m10.com.br

Copyright© 2011 » m10 design

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode

ser reproduzida ou transmitida em qualquer forma, por qualquer

meio, seja eletrônico, impresso, mecânico, fotocopiado, gravado ou

de outra maneira, sem o consentimento prévio do autor. Todas as

imagens utilizadas são propriedade de seus respectivos autores/

detentores de copyright, conforme descrito nos créditos junto às

figuras, e não podem ser utilizadas comercialmente. Para mais

informações, contacte [email protected].

Documento registrado na Biblioteca Nacional.

¶ Colofão » A versão em pdf desta publicação foi produzida

com o Adobe Indesign cs4 e utilizou as fontes Palatino (14/23 pt) e

Didot (29 pt), para o texto e títulos principais, e a Helvetica Neue

(12/23 pt), para subtítulos, quadros e listas. A versão em ePub

utilizou como base a versão em Indesign, mas teve seu código

fortemente editado com a ajuda do editores de código bbedit

e cssedit. A escolha da fonte principal de texto foi deixada a

cargo do leitor, mas as fontes de título, quadros e listas foram

foram especificadas (mas não embutidas) para os eReaders

que possuem acesso às fontes utilizadas. Para a validação e a

depuração do arquivo, foi utilizado o programa FlightCrew.

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design e produção: m10 design // www.m10.com.br

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de livros, e-books e digital publishing

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eBook¶Desvendando os

livros feitos de pixels

Márcio Duarte