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ECÓNOMIA CONCELHO CULTURA APENAS ONLINE: As próximas edições do jornal disponíveis GRATUITAMENTE RUA NOSSA SENHORA DA AJUDA (EN105), 101, MOREIRA DE CÓNEGOS 4815-368 GUIMARÃES TLF: 253 521 315 | [email protected] NOVAS INSTALAÇÕES WWW.CASADASBATERIAS.COM Já somos 50.467 junte-se a nós em facebook.com/maisguimaraes N251 QUARTA-FEIRA 22 JULHO 2020 MAIS GUIMARÃES - O JORNAL · SEMANÁRIO · DIRETOR: ELISEU SAMPAIO 1,00€ Guimarães perde população há mais de duas décadas ENTRE 2011 E 2019 O CONCELHO PERDEU 3,63% DE SUA POPULAÇÃO, SEGUNDO O INE P.03 Associação de Hotelaria aponta indecisões que afetam o setor P.07 PANDEMIA CIM do Ave lança concurso para transporte público CÂMARA ATRIBUI 1,5 MILHÕES PARA INSTITUIÇÕES DE SOLIDARIEDADE SOCIAL P.06 Vimaranenses completam programa das Gualterianas P.18 Casa do Povo de Serzedelo homenageou fundadores P.10 Guimarães vai ter uma contrastaria P.08 SAD JÁ PROCURA SUBSTITUTO DE IVO VIEIRA P.14 GOLEADA NO DRAGÃO NÃO APAGA EXCELENTE ÉPOCA P.15 Nuno Vieira e Brito é o novo líder do CDS P.05 E AGORA? FRANCISCA JORGE É TETRACAMPEÃ P.17 P.03 JOAQUIM BARRETO GANHA ELEIÇÃO DISTRITAL RICARDO COSTA VENCE EM GUIMARÃES

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ECÓNOMIA

CONCELHO

CULTURA

APENAS ONLINE: As próximas edições do jornal disponíveis GRATUITAMENTE

RUA NOSSA SENHORA DA AJUDA (EN105), 101,MOREIRA DE CÓNEGOS 4815-368 GUIMARÃES

TLF: 253 521 315 | [email protected]

NOVAS INSTALAÇÕES

WWW.CASADASBATERIAS.COM

Já somos 50.467 junte-se a nós em facebook.com/maisguimaraes N251 QUARTA-FEIRA 22 JULHO 2020 MAIS GUIMARÃES - O JORNAL · SEMANÁRIO · DIRETOR: ELISEU SAMPAIO1,00€

Guimarães perde população há mais de duas décadasENTRE 2011 E 2019 O CONCELHO PERDEU 3,63% DE SUA POPULAÇÃO, SEGUNDO O INE P.03

Associação de Hotelaria aponta indecisões que afetam o setor P.07PANDEMIA

CIM do Ave lança concurso para

transporte público

CÂMARA ATRIBUI 1,5 MILHÕES PARA INSTITUIÇÕESDE SOLIDARIEDADE SOCIAL P.06

Vimaranenses completam programa das Gualterianas P.18

Casa do Povo de Serzedelo homenageou fundadores P.10

Guimarães vai teruma contrastaria P.08

SAD JÁ PROCURASUBSTITUTO DE IVO VIEIRA P.14

GOLEADA NO DRAGÃO NÃOAPAGA EXCELENTE ÉPOCA P.15

Nuno Vieira e Britoé o novo líder

do CDSP.05

E AGORA?

FRANCISCAJORGEÉ TETRACAMPEÃP.17

P.03

JOAQUIM BARRETOGANHA ELEIÇÃO DISTRITAL

RICARDO COSTA VENCEEM GUIMARÃES

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N251 QUARTA-FEIRA 22 JULHO 2020

Estatuto editorial de “Mais Guimarães - O Jornal”“Mais Guimarães – O Jornal” é um jornal regional generalista, independente e pluralista, que priviligia as questões ligadas à área em que está inserido, o concelho de Guimarães. “Mais Guimarães – O Jornal” é um órgão de comunicação semanal e ter uma tiragem de 4.000 exemplares, impressos a cores, por edição. “Mais Guimarães – O Jornal” pode ser adquirido pelos leitores nos diversos quiosques do concelho de Guimarães. “Mais Guim-arães – O Jornal” pretende ser um jornal atraente, moderno e de fácil leitura, atualizado com os problemas e acontecimentos regionais, divulgando as atividades das institu-ições, coletividades e associações locais, bem como o património e tecido empresarial da região. “Mais Guimarães – O Jornal” é uma publicação independente, demarcada de qualquer partido ou ideologia política, distanciando-se de qualquer forma de censura ou pressão, tendo como objetivo único o de prestar serviço público, servido a democracia e os leitores. Eliseu Sampaio / Agosto de 2015

Mais Guimarães - O Jornal - SemanárioProprietário Eliseu Sampaio - Publicidade, Lda. NIPC 509 699 138Sede Rua de S. Pedro, No. 127 - Serzedelo 4765-525 Guimarães Telefone 917 953 912Sede da Redação Av. São Gonçalo 319, 1.º piso, salas C e D, 4810-525 – GuimarãesEmail [email protected] Diretor e Editor Eliseu de Jesus Neto SampaioRegistado na Entidade Reguladora Para a Comunicação Social, sob o no. 126 735Depóstio Legal No 399321/15 Design Gráfico e Paginação João Bastos / Luís FreitasRedação Rui Dias | Vitor Jorge OliveiraDepartamento Comercial Eliseu SampaioColunistas Permanentes Ana Amélia Guimarães | Ângela Oliveira | António Rocha e Costa Carlos Guimarães | César Machado | Esser Jorge Silva | José João Torrinha | José Rocha e Costa | Manuela Sofia Ferreira | Marcela Maia | Maria do Céu Martins | Paulo Novais | Rui Armindo Freitas | Tiago Laranjeiro | Torcato Ribeiro | Wladimir BritoFotografia Joaquim Lopes | Marco Jacobeu | João Bastos

Os espaços de opinião são da exclusiva responsabilidade dos seus autores, incluindo no que concerne à utilização ou não do acordo ortográfico.

Este é o título que trazemos à capa do Mais Guimarães des-ta semana, após as disputadas eleições para a federação distri-tal do Partido Socialista. E isto é notícia relevante não pela elei-ção em si, momento que outrora nos mereceu menor “tempo de antena”, mas porque envolveu Ricardo Costa, vereador eleito e em funções na Câmara Muni-cipal de Guimarães. E envolveu também outros dirigentes do partido e do município, como Luís Soares e Domingos Bra-gança, em processo agitados e até por vezes antagónicos do que consideraríamos habitual para o partido que exerce o poder neste concelho há mais de três décadas, e que nos ha-bituou a uma ideia de navegar permanentemente em águas mais calmas.Peguemos o exemplo da pou-ca relevância que demos neste meio à eleição recente da co-missão distrital do PSD, para perceberem que a grande dife-rença, naturalmente e justifica-damente, aí residiu, na presença de um vimaranense na luta pela eleição e nas discórdias internas que isso gerou.Joaquim Barreto venceu a elei-ção. Ricardo Costa saiu vencido nas contas distritais, mas não em Guimarães.E agora?

Luís Soares, presidente da con-celhia, viu quem outrora o aju-dou a subir da hierarquia parti-dária, e uma das maiores figuras do partido em Guimarães na atualidade, vencer a eleição no seu concelho, por uns expres-sivos 619/388. Passar uma bor-racha por isto não deverá elimi-nar os riscos que percorreram o concelho.Domingos Bragança tem agora, no seu executivo, um vereador que estará dorido pelo seu pre-sidente não o ter apoiado nesta corrida à distrital. Um vereador que nas urnas legitimou agora algum poder de representação.Estamos praticamente a um ano das eleições autárquicas, e há dados novos que foram lan-çados no ato eleitoral de sábado último.Nos próximos dias percebe-remos algumas diferenças de posicionamento fruto das de-savenças internas que se ma-nifestaram durante o período pré-eleitoral e que poderá levar a roturas mais significativas.Acredito eu que, tal como referi neste espaço na última edição, e independentemente do resul-tado que surgisse, haverá em Guimarães, um antes e um pós--eleições para a distrital. Se não houve no distrito, após estes re-sultados, em Guimarães não me surgem muitas dúvidas.

E agora?

Na minha idade, qual macaco de rabo pelado, torna-se difícil ali-mentar uma visão romântica da política, tendo em conta o que fui presenciando ao longo destes anos que levo de existência. Por isso, já não me surpreendo, quando olho para os resultados das eleições para a Federação Distrital de Braga do PS, realiza-das no último sábado, que deve-riam ter lugar no passado mês de Março, mas que foram adiadas devido à Pandemia. Dando de barato o caciquismo que sempre existe nestas elei-ções, tal como existe nas de âm-bito nacional, e o facto de uma parte significativa dos militantes eleitores serem, directa ou indirec-tamente, “funcionários” do mu-nicípio e de empresas municipais ou paramunicipais (basta fazer a árvore da família genealógica so-cialista), mesmo assim custa-me perceber o resultado da votação na concelhia de Guimarães. Dos candidatos que se apresen-taram a eleições, pouco conheço, a não ser que Joaquim Barreto sempre exerceu diversos cargos políticos desde o 25 de Abril, sen-do considerado um dos dinossau-ros do PS. Por seu lado, Ricardo Costa, sendo bastante mais novo, também já desempenhou vários cargos autárquicos, sendo actual-mente vereador do município de Guimarães. A nível distrital, os votos reparti-ram-se, tendo o candidato vence-dor, Joaquim Barreto, obtido uma diferença significativa para o ad-versário, nos concelhos de Cabe-ceiras de Basto e de Braga, onde

se terão decidido as eleições. Não me espanta que Cabeceiras, de onde é natural o vencedor e Braga, pelo mesmo motivo que Vi-zela, tenham votado de forma ma-ciça em Barreto. Já me causa uma certa perplexidade o facto de em Guimarães, a concelhia em que se verificou o maior número de votos (mais de mil), Joaquim Barreto ter obtido cerca de quatrocentos. Também não deixa de ser estra-nho que o Presidente da Câmara, Domingos Bragança e o Presiden-te da Comissão Política da Conce-lhia, Luís Soares, tenham apoiado Joaquim Barreto. Sabendo-se que a posição inicial de Domingos Bragança era a de não comprometimento, evitan-do assim tomar partido na guer-ra pela sua sucessão à frente da Câmara, para a qual se perfilam os “jovens” turcos Luís Soares e Ricardo Costa, entre outros, não se entende que, à última hora, te-nha decidido tomar partido pelo dinossauro cabeceirense, tirando ostensivamente o tapete ao seu vereador. Joaquim Barreto tem a fama de dividir para reinar e mais uma vez foi isso que se verificou em Gui-marães. Se isso vai ter implicações no fu-turo, quando for altura de disputar o lugar que ainda é de Domingos Bragança, é uma incógnita. Se esta divisão entres os militantes se repercutir nos eleitores tradi-cionais do PS, então o PSD que se vá preparando. No entanto, as coisas não são assim tão lineares. Factores im-previsíveis que têm a ver com o

Eleições no Partido Socialista: Como interpretar os resultados?

Artigo de opinião

calculismo, o tacticismo e o ca-ciquismo partidários, poderão transformar, como dizia um ami-go meu, a vitória de Ricardo Costa em Guimarães, numa “vitória de pirro”, fazendo com que tudo fique como dantes. Isto, se entretanto os eleitores não ficarem cansados dos partidos tradicionais, já que a paciência também tem limites. •

António Rochae Costa

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JUNTOS, VENCEREMOSESTA BATALHA

Use máscaraMantenha o distanciamento social

Cumpra todas as normas impostas pela DGS

Assista aos programas do Mais Guimarãesdurante a pandemia de Covid-19

EM CASA,À CONVERSA

CONSULTÓRIO

ABERTO

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DESTAQUEP.04

Vitória de Barreto deixa PS em ebuliçãoJoaquim Barreto foi reconduzido, no sábado, dia 18, como presidente da Federação Distrital de Braga do Partido Socialista (PS), com 56% dos votos dos mi-litantes socialistas do distrito. Apesar de derrotado nas eleições para a Distrital, na Concelhia de Guima-rães, Ricardo Costa venceu por mais de 200 votos, reunindo o apoio de 60% dos militantes socialistas vimaranenses. • Rui Dias

Joaquim Barreto, natural de Cabeceiras de Basto é presidente da Federação Distrital de Braga do PS desde 2014 e atualmente deputado na Assembleia da República. O presidente, agora reconduzido, obteve 2584 votos, contra os 2020 do candidato Ricardo Costa, vereador da Câmara Municipal de Guimarães, uma diferença de 564 votos. Para esta diferença muito terão contribuído as votações das Concelhias de Cabeceiras de Basto e Braga e a desunião que não permitiu que a Concelhia de Guimarães se reunisse em torno do candidato do concelho. Joaquim Barreto encabeçava a lista que logrou vencer em 16 concelhias: Braga, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto, Esposende Fafe, Gerês, Póvoa de Lanhoso, Vieira do Minho e Vizela. A lista B de Ricardo Costa, venceu em Barcelos, Famalicão, Terras de Bouro, Vila Verde e Riba de Ave. Em Amares houve um empate entre as duas listas.Ricardo Costa venceu em alguns dos principais centros urbanos do distrito, nomeadamente em

Barcelos, Famalicão e Guimarães, faltou Braga para fazer o pleno. Guimarães era um dos locais onde mais estava em disputa, por ser uma concelhia muito grande, onde se disputam muitos votos, mas também porque aqui houve um cisma entre os socialistas. Luís Soares, presidente da Comissão Política Concelhia, apoiava Joaquim Barreto, António Magalhães, histórico presidente da Câmara (1989-2013), apoiava Ricardo Costa. Domingos Bragança manteve-se equidistante das duas candidaturas enquanto quis ou até lhe ser possível e acabou por apoiar Joaquim Barreto, o que lhe valeu a incompreensão de António Magalhães por a escolha de Bragança ter recaído sob alguém de fora do concelho. A vitória de Joaquim Barreto, além de ter sido facilitada pela divisão em Guimarães, assentou nas expressivas votações que obteve em Braga, onde venceu por 342 votos e Cabeceiras de Basto, onde diferença foi de 452 votos a seu favor. No pós-eleições, é evidente

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que na Federação Socialista do Distrito de Braga manda Joaquim Barreto, pelo menos até 2022. Já na Concelhia de Guimarães, a apreciação não é tão linear. Se é verdade que há um presidente da Concelhia, eleito em janeiro deste ano, numas eleições com lista única, em que reuniu 672 votos, entre 703 votantes, a realidade é que, depois destas eleições, ficou provado que uma grande parte dos militantes vimaranenses não estiveram com ele. “É melhor que seja o PS de Guimarães a retirar lições deste resultado que o eleitorado a dar uma lição ao PS em 2021”, avisa César Machado, no rescaldo do ato eleitoral. O ex-vereador socialista e militante de longa data felicita Joaquim Barreto, embora lamente “que a Distrital não tenha Ricardo Costa na liderança”.

“O presidente da Comissão Política Concelhia devia demitir-se" César Machado, tal como Francisco Alves, é de opinião que o presidente da Concelhia se devia demitir. “O presidente da Comissão Política Concelhia devia demitir-se e convocar eleições para se relegitimar”, atira Francisco Teixeira. O sociólogo Esser Jorge, embora compreenda o pedido dos dois militantes socialistas, “à luz da lógica interna da política”, não acredita que Luís Soares o venha a fazer. Questionado pelo Mais Guimarães sobre a sua posição relativamente a este resultado eleitoral, nomeadamente sobre

a possibilidade de se demitir, Luís Soares nada disse. Numa mensagem nas redes sociais do PS Guimarães pode ler-se: “estabilizados os atos eleitorais internos do Partido, é tempo de nos concentrarmos no trabalho autárquico para Continuar Guimarães”. Uma tentativa de deitar este resultado para trás das costa e seguir em frente. Para Francisco Teixeira, contudo, o cenário mudou. “Não há dúvida que estas eleições trouxeram a Ricardo Costa um enorme capital político em Guimarães, numas eleições em que ele venceu contra o presidente da Câmara, o presidente da Comissão Política e o presidente da Mesa da Comissão Política”, afirma Francisco Teixeira. Para o professor de filosofia, tal como para Esser Jorge, o futuro do Partido Socialistas discute-se numa negociação para a qual Ricardo Costa parte com um capital aumentado, depois do último sábado. Segundo Esser Jorge, a singularidade deste ato eleitoral foi Domingos Bragança ter “sujado as mãos”. Para o analista, Bragança herdou o poder de António Magalhães e “agiu sempre como um príncipe acima das pequenas disputas do Partido Socialista”. O atual presidente nunca teve que ganhar o Partido para se tornar presidente de Câmara e agora, “embora tenha hesitado, acabou por apoiar Joaquim Barreto”. Neste caso, “eventualmente por se sentir ameaçado com o crescimento de Ricardo Costa, acabou por apoiar outro candidato, contra o seu vereador”, conclui o sociólogo.“O desespero levou a liderança

local a recorrer a meios que já não se usam nem se aceitam”, acusa César Machado, antecipando que episódios como a destituição da Mesa da Comissão Política, ou a insistência na realização do ato eleitoral na sede do partido, possam afastar votantes, para além das repercussões no seio do Partido. Nas próximas eleições autárquicas, cerca de 20 presidentes de Junta socialistas no concelho atingem o limite de mandatos, antecipa-se uma luta renhida nesta frente. “Domingos Bragança é muito mais fraco sem Ricardo Costa”, sinaliza Francisco Teixeira. César Machado é mais contundente ao afirmar que, “Luís Soares comprometeu a credibilidade do PS para as autárquicas de 2021”. Na avaliação de Esser Jorge, houve uma rotura na aliança entre dois polos socialistas: “um das Taipas e outro que podemos chamar de Guimarães Sul, o equilíbrio no PS dependia da união destas duas forças. Foi esta ordem que tirou o lugar a Miguel Laranjeiro e promoveu Luís Soares”. Na análise do sociólogo estes dois grupos parecem ter-se partido, entre apoiantes de Ricardo Costa e de Luís Soares. Com Domingos Bragança (apesar dos últimos acontecimentos) a manter uma posição de uma certa ambiguidade. Uma candidatura independente, como já aconteceu em concelhos vizinhos, não parece um cenário possível. O PS que se vai apresentar às próximas eleições autárquicas resultará da negociação destas forças em movimento dentro do Partido. •

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Os vereadores da oposição voltaram a levar à reunião de Câmara, na segunda-feira, dia 20, a questão da perda de população do concelho de Guimarães. No momento em que o INE anuncia que, entre 2011 e 2019, Guimarães perdeu 3,63% da sua população, o vereador Bruno Fernandes faz um comparativo com o números de concelhos vizinhos para concluir que Guimarães é aquele que mais população perdeu.

“Estamos a perder população há 20 anos”, afirma o vereador social-democrata e acrescenta que, “somos o concelho que mais população perdeu nos últimos oito anos”. Para Bruno Fernandes a perda de população continuada do concelho de Guimarães obriga a que se faça “uma reflexão”.“É preciso outra postura para o urbanismo no concelho, um outro olhar sobre a rede de transportes, sobre os incentivos à natalidade”, afirma o vereador do PSD. “Man-tém.se uma visão conservadora do crescimento do concelho e o resultado disso está aqui”, acres-centa Bruno Fernandes. “Se o PDM está a limitar o desenvolvimento temos que criar mecanismos que resolvam esse problema”, critica Bruno Fernandes, relativamente à falta de terrenos para construção, nomeadamente nas Freguesias que confinam com concelhos vizinhos, o que leva à fuga da população. O vereador social-democrata afirma que esta é uma questão para a oposição, nomeadamente o PSD, tem vindo a alertar há muito tempo. “Os números dos censos de 2011 já indiciavam esta situação”, lembra. O presidente concorda com a oposição relativamente à falta

de oferta de habitação para a classe média e média baixa e que isso pode ser uma das causas da fuga da população para conce-lhos vizinhos. “Há pouco oferta especialmente nas freguesias das franjas do concelho e os vizinhos permitem construção nessas zo-nas”, afirma o presidente. Domin-gos Bragança afirma que “este é um problema já identificado há algum tempo” e reconhece que o seu antecessor se focou mais em outros temas “como a cultura”. O presidente adiantou que a Câmara já estabeleceu contatos com a Universidade do Minho para a realização de um estudo que permita perceber as causas desta perda de população. Domingos Bragança lembra que o saldo natural do concelho de Guima-rães é positivo e aponta o grande número de pessoas empregadas no setor privado como uma das causas de perda de população em momentos de crise. “Ao contrário de Braga, que por ser capital de distrito concentra muitos serviços públicos, em Guimarães a popu-lação trabalha maioritariamente no setor privado, onde a incerteza face ao emprego é sempre maior”, acrescentou o presidente. Já vereador com o pelouro do urbanismo, Seara de Sá, tem uma

Preço das casas afastapopulação de Guimarães

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Nuno Vieira e Brito é o novo líder do CDS GuimarãesNuno Vieira e Brito foi eleito no sábado, dia 18, como líder do CDS-PP de Guimarães, numa eleição a que se apresentou uma única lista a todos os órgãos do partido. A lista de Nuno Vieira e Brito obteve 56 votos dos 449 militantes com direito de voto. O candidato salienta o fato de não ter havido votos brancos nem nu-los, uma prova de unanimidade à volta desta liderança. Não se registaram votos bran-cos ou nulos. Nuno Vieira e Brito sucede a Rui Correia como Pre-sidente da Comissão Política do CDS-PP de Guimarães. A partir destas eleições a Mesa do Plená-rio do CDS em Guimarães passa a ser presidida por António Montei-ro de Castro. O novo líder do CDS não avança ainda se nas próximas eleições o partido avança sozinho ou se a coligação com o PSD é para manter, mais vai dizendo que se sente “confortável” com a actual

Empresários em modo de sobrevivênciaOs empresários mostram-se preocupados com a situação da industria. A grande maioria das empresa está virada para a so-brevivência imediata. Tudo o que vai além do horizonte de setem-bro é um enigma. “Temos graves problemas à por-ta”, desabafou Fortunato Frederi-co, presidente da Kyaia ao sema-nário Expresso de sábado, dia 11 de junho. O empresário de Guima-rães faz eco daquele que é o espí-rito da industria nesta altura. O encerramento da economia a nível planetário durante o con-finamento, fechou todos os ca-nais de escoamento do produto. A liquidez das empresas ficou ameaçada no momento em que o dinheiro deixou de circular. Para a grande maioria das empresas a solução passou pelo despedimen-to, o layoff e o endividamento. Num momento em que se esti-ma que a economia pode que-brar – 11,6% , Fortunato Frederico confidenciou ao Expresso que “os

© Direitos Reservados

opinião diferente. Para o arquite-to, “o que interessa é a qualidade do espaço público criado”. Se-gundo Seara de Sá houve zonas nas franjas do concelho em que a oferta de habitação até cresceu. O vereador colocou a tónica nos es-paços que “estiveram dormentes” e que agora estão a ser ocupados, referindo-se a zona da Fábrica do Cavalinho, à zona entre a Cruz de Pedra e a Caldeiroa e aos terrenos da zona Norte (entre a Polícia e a

Universidade). Seara de Sá, tal como o presiden-te, lamentaram a existência de terrenos urbanizáveis, “em que as infraestruturas já estão feitas” e que os proprietários não querem colocar no mercado. Para os responsáveis do Município esta é uma das razões para a falta de habitação e para o elevado preço da habitação em Guimarães. “Há terrenos urbanos com todas as infraestruturas que ficam anos

parados”, afirma Seara de Sá. O vereador do urbanismo subli-nhou que a revisão do PDM que está em curso no concelho tem dois focos principais: reforço das centralidades das vilas, densifi-cação das zonas urbanas. Para Seara de Sá, todavia, não existe uma relação entre densificação e a cércea (limite de construção em altura) e mostrou-se claramente contra soluções que permitam mais construção em altura. • RD

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maiores grupos estão a reduzir, reduzir, reduzir”. No caso do cal-çado, Fortunato Frederico justifica a quebra do negócio pelo fato de o consumo se orientar para outro tipo de produtos, nesta situação as pessoas orientam os seus in-vestimentos para outro tipo de bens. Apesar da situação sanitária, a

Kyaia nunca parou. Foi feito um acordo com os trabalhadores para antecipação de férias, para manter a produção a funcionar, com as encomendas que não fo-ram canceladas. Fortunato Frede-rido, todavia, sublinha que esta estratégia só serve para aguentar até setembro: “Até aí temos tra-balho, depois é uma incógnita”.•

solução. Em qualquer dos casos o partido começa já em setembro a trabalhar nas suas propostas eleitorais, tendo como priorida-des: a saúde, as questões sociais, a atração de jovens para o conce-lho e o desemprego. • RD

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EM GUIMARÃESP.06 N251 QUARTA-FEIRA 22 JULHO 2020

Medida inserida no plano de retoma da atividade física pretende promover a prática desportiva na comunidade académica.

Os Complexos Desportivos de Azurém (Guimarães) e Gualtar (Braga) da Universidade do Minho (UMinho) vão estar abertos duran-te o mês de agosto, ao contrário do que costumava acontecer nos últimos anos. Com esta iniciativa, os Serviços de Acção Social da Universidade do Minho (SASUM) pretendem melhorar as condi-ções de prática de exercício físico dos seus utentes, para que os mesmos não sejam confrontados com uma suspensão involuntária da sua atividade desportiva. Carlos Videira, diretor do Depar-tamento de Desporto e Cultura dos SASUM, revela que esta já

era uma medida que estava a ser pensada há alguns meses. “De há algum tempo a esta parte, temos vindo a percecionar que este encerramento faz com que muitos utentes (estudantes das cidades de Guimarães e Braga, funcionários, docentes e exter-nos) desistam da sua inscrição nos nossos serviços e procurem resposta noutras infraestrutu-ras. Muitos destes utentes não retomam a sua inscrição nos nossos serviços. Outros acabam por nunca se chegar a inscrever, apontando como debilidade da nossa oferta o facto de apenas estarmos abertos 11 meses por

Complexos Desportivos da UMinho permanecem abertos em agosto

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Novo equipamento de combate a incêndios

O novo ponto de água cons-truído na freguesia de Rendufe, concelho de Guimarães, foi inau-gurado na passada quinta-feira, 16 de julho, pelo presidente da Câmara Municipal de Guimarães,

Domingos Bragança. Os pontos de água são equi-pamentos integrados na rede de pontos estrategicamente lo-calizados de forma a servirem para aumentarem a eficiência e

ESPAÇODO CONSUMIDOR

A DECO retomou o atendimento presencial na Avenida Batalhão Caçadores 9 em Viana do Castelo, mediante agendamento. Poderá contactar-nos telefonicamente 258 821 083 ou por e-mail para [email protected].

Preços do gás de botija demasiado elevadosApesar da descida do preço de petróleo que se verificou desde final de 2019, o gás engarrafado continua a ser vendido por va-lores muito acima do que seria suposto. Na primeira semana de junho, uma garrafa de 13 kg de butano custava, em média, 24,10 euros na zona da capital e 23,60 euros na área da Invic-ta. Por uma garrafa de propano de 45 kg, paga-se, em média, 85,50 euros. Embora estes valores sejam mais baixos do que os verifi-cados no primeiro trimestre do ano, continuam sem refletir a queda que seria possível devido à descida do preço da matéria--prima. Ganham os operadores, que têm visto as suas margens aumentar, e perdem os consu-midores dos 2,6 milhões de la-res prisioneiros desta fonte de energia. Desde o primeiro trimestre, o preço de referência - inclui matéria-prima, transporte, re-servas, enchimento, bem como taxas e impostos sobre estas componentes - baixou cerca de 4,50 euros. Já o preço final de venda ao público da garrafa de butano de 13 kg baixou ape-nas 2 euros. Tal como ilustram os relatórios mensais da Enti-dade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), a margem de retalho cresceu de 50% para 62%, entre janeiro e abril. Se a descida do custo da garrafa ti-vesse acompanhado a do preço de referência, estimamos que teria um valor a rondar os 20 euros. O Governo fixou os preços má-ximos do gás, durante o estado de emergência. Quando este terminou, acabou também o re-gime de fixação de preços má-ximos para o gás engarrafado. No início de maio, os preços es-tavam idênticos aos cobrados antes da intervenção do Estado. Os valores agora encontrados continuam sem refletir a desci-da no custo da matéria-prima. Ao analisarmos a evolução do preço do gás butano engarra-fado, o mais utilizado em Por-tugal, concluímos que existe um desfasamento de cerca de 2 meses entre a variação do pre-ço de referência e o seu reflexo no valor pago pelo consumidor.

A fixação dos preços do gás revelou práticas desleais por parte de alguns revendedores. A taxa de entrega foi uma delas. Embora esta seja de livre defini-ção, não foi correto aumentar o valor ou passar a cobra pela en-trega, para compensar a desci-da do preço, sobretudo quando muitos consumidores não po-diam ou evitavam sair de casa. Contudo, verificámos que, logo após o final do regime excecio-nal de preços, os revendedores voltaram a “aliviar“ a taxa de entrega. No imediato, a única forma de quebrar este impasse é a ex-tensão do regime de preços máximos. E, desta vez, aplicável a todos os formatos e capaci-dades das garrafas, através da definição de um preço máximo por quilo, por exemplo. De facto, durante o estado de emergên-cia, o regime de preços máxi-mos só se aplicou às garrafas de aço, deixando de fora outras versões, como as mais leves. Não faz sentido, pois a acessibi-lidade económica a um serviço público essencial deve ser ga-rantida sem importar o vasilha-me usado. A longo prazo, a definição de um regime de preços máximos não é uma boa solução, por não resolver os problemas do setor, que vão além do preço. É ainda uma opção que limita a criação de valor para o consumidor. Contudo, neste momento, é a mais adequada, dada a reação a que assistimos por parte do mercado. A médio prazo, a ausência de uma dinâmica de preços neste setor, a ineficácia sistemática das medidas tomadas nos últi-mos anos e a dependência de um derivado do petróleo com custos ambientais e sociais evi-dentes levam-nos a equacionar uma alteração bem mais pro-funda: substituir o gás engarra-fado por uma eletrificação dos consumos atualmente asse-gurados por este combustível fóssil. Por haver dois terços de lares nacionais que dependem do gás engarrafado, iremos con-tinuar atentos e a lutar por um mercado e soluções mais justos para os consumidores.

ano”, aponta o dirigente. Com a reabertura dos complexos desportivos no início do passado mês de junho, a ideia ganhou ain-da mais força. “No contexto atual de desconfinamento, entende-mos também que a abertura em agosto daria um sinal de confian-ça e permitiria continuar a retoma que temos vindo a promover. Não faria sentido que, apenas dois meses após a reabertura, os complexos desportivos voltas-sem a fechar. Precisamos de fazer com que as pessoas que estão a frequentar as nossas instalações façam dessa utilização um hábito permanente”, afirma Carlos Videi-ra. Dessa forma, os SASUM avan-çam, neste primeiro ano, com uma experiência piloto em que os complexos desportivos estarão abertos às segundas, quartas e sextas-feiras durante o período da manhã (08h00 – 14h00) e às terças e quintas-feiras durante o período da tarde (12h00 – 14h00 e 15h00 – 20h00), incluindo horário de almoço. A expectativa é a de que o horário da manhã vá de encontro à procura por parte de quem esteja de férias. Por seu lado, o horário da tarde será mais adequado para quem esteja a trabalhar. O mensalidade do mês de agosto será oferecida aos atuais utentes do Departamento de Desporto e Cultura dos SASUM. Para no-vas inscrições, até ao dia 31 de agosto, a mensalidade de agosto também é gratuita. A oferta inclui atividades de musculação e car-diofitness, treino funcional e aulas de grupo. •

eficácia dos meios de supressão (combate) e a promover a ges-tão florestal, integrantes das re-des de defesa da floresta contra incêndios (RDFCI) e disponíveis para as atividades de defesa da floresta contra incêndios (DFCI). O ponto de água construído na freguesia de Rendufe insere-se numa mancha florestal cuja car-ta de perigosidade é de alto risco e irá assumir especial importân-cia também no apoio ao comba-te nas freguesias vizinhas, assim como melhorar a densidade de pontos de água por hectare de floresta. •

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AVH aponta indecisões que afetam o setor da hotelaria e alerta para tentativas de burla

EM GUIMARÃESO JORNAL N251 QUARTA-FEIRA 22 JULHO 2020 P.07

A Associação Vimaranense de Hotelaria (AVH) emitiu esta quinta-feira, 16 julho, um comunicado informativo para “associados e não associados”.

© Mais Guimarães

“No passado dia 15 do mês de ju-lho, a direção da AVH reuniu com a PSP, Polícia Municipal e Câmara Municipal de Guimarães para abordar a questão dos horários de funcionamento dos estabele-cimentos hoteleiros vimaranen-ses. No dia 15 de julho saiu um decreto de Lei que permitia aos empresários da restauração um aumento do horário de funcio-namento. O novo horário para o acesso ao público (admissão de clientes) é até às 00h00, alteran-do assim o horário anterior que previa até as 23h00. E em que o encerramento passaria para a 01h00 da manhã. Contudo, hoje, dia 16 de julho, saiu uma correção a esse mesmo decreto que corrige o decreto ontem pu-blicado. Sendo assim, os horários de encerramento e de admissão de clientes mantêm-se nos horá-rios estabelecidos inicialmente”, refere o comunicado da entidade vimaranense. A AVH deixa bem claro que não concorda com esta decisão, pois

Rua da Índia nº 462, 4835-061 Guimarães (No edifício verde junto à Rodovia de Covas) | Alameda Professor Abel Salazar nº 29, 4805-375 RonfeDe segunda a sábado, das 08h00 às 20h00

Em Creixomile Ronfe

sente que existe, “da parte do poder central uma indecisão que só prejudica ainda mais o sector da hotelaria/ restauração”. Na mesma reunião a AVH fez chegar

às entidades competentes a “situação problemática” em que se encontram os empresários vimaranenses do setor. “Ficou também combinado com

as autoridades uma maior fis-calização para os ajuntamentos ilegais e a venda de álcool não autorizada pois continua em vigor a proibição de consumo de

álcool na via pública. Para esse mesmo efeito, o município de Guimarães e a PSP sugeriram aos empresários detentores de esplanada que a fechem com cadeado para evitar a utilização da mesma fora do horário de funcionamento dos estabeleci-mentos”, pode ler-se.

Alerta para tentativas de burla

A Associação Vimaranense de Hotelaria, através do mesmo comunicado desta quinta-feira, alerta a população para tentati-vas de burla que já afetaram dois associados. “A burla consiste em: um cliente liga a fazer uma grande encomenda para Take-A-way. Na hora do levantamento aparece alguém a dizer que o familiar foi levantar dinheiro ao multibanco. O comerciante entrega a mercadoria e fica à espera do pagamento que não nunca chega”. •

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EM GUIMARÃESP.08

Projetos vimaranenses complementam as Festas GualterianasEstão definidos os cinco projetos que integrarão o programa das Festas da Cidade – Gualterianas, no âmbito da convocatória “Projeta! Cria! Participa!”, lançada pelo Câmara Municipal de Guimarães e pela Oficina. Cinema, exposição de fotografias, mostra de arte e painel comunitário de azulejos integram o programa das Festas da Cidade.

N251 QUARTA-FEIRA 22 JULHO 2020

Foram selecionadas as propostas apresentadas por Carolina Silva, Miguel Carvalho, Nuno Machado, Pedro Silva e a Astronauta – As-sociação Cultural, respeitando o cariz tradicional das festas, mas com perfil inovador, adequando as normas da DGS e OMS. “Gualterianas nas Bocas do Mundo” é o projeto apresentado por Carolina Silva, que consiste em produzir máscaras alusivas aos quatro momentos altos das Gualterianas. Miguel Carvalho propõe um Drive-in no Campo de São Mamede, enquanto Nuno Machado assume a elaboração de um painel Comunitário de Azulejos na Rua Serpa Pinto, num

projeto designado por “Painel Comunitário de Azulejos”. “Exposição Memórias da ce-lebração: Imagens da Festa!” é o projeto da autoria de Pedro Silva, que consiste na exposição de fotografias marcantes das festas em espaços comerciais do centro da cidade. A Astronauta – Associação Cultural apresentou um projeto (Monsta/Mostra) que passa por uma mostra de Artistas Plásticos Vimaranenses nas mon-tras da Rua de Santo António. Todas estas propostas serão integradas no programa final das Gualterianas, que este ano vai assumir um cariz simbólico para celebrar as Festas da Cidade, com

iluminação ornamental em mo-numentos icónicos das festas e da cidade, exposições no espaço público e ainda alguma animação. Não haverá espaço de diversões e nem a habitual Marcha Gualte-riana, para evitar aglomeração de pessoas. Em 2020 não sairá a rua a radicio-nal Marcha Gualteriana. As Festas Gualterianas, realizam-se em Guimarães desde 1906, sempre no primeiro fim de semana de agosto, embora só tenham adoptado este nome a partir de em 1932. Ao lon-go destes 114 anos a Marcha não saiu por ocasião da Grande Guerra e novamente em 1925 e, nos anos trinta, entre 1934 e 1937. •

© Direitos Reservados

Estacionamento com descontos para quem compra no comércio tradicional

Vitrus une forças com a ACTG com o propósito de incentivar os vima-ranenses afazerem compras no comércio local. A empresa muni-cipal responsável pela gestão do estacionamento público aceitou o desafio da Associação do Co-mércio Tradicional de Guimarães para promover os negócios locais através de incentivos úteis e vantajosos sob o mote: “Central e local? Só nocomércio tradicional!” A partir de sábado, dia 18 de julho, ao fazer compras nos estabeleci-mentos associados a ACTG, po-derá usufruir de estacionamento em 3 dos 5 parques de estaciona-mento geridos pela Vitrus. Ficam incluidos neste protocolo, três dos cinco parques geridos pela Vitrus: o Parque Central Estádio, Parque Condessa Mumadona e Parque Plataforma das Artes. Esta iniciati-va funciona através de um bilhete, entregue pelo estabelecimento, que pode ter uma redução na tarifa do parque de 30 minutos, 1 ou 2 horas, cabendo ao cliente o pagamento do valor remanescen-te, caso se aplique. “Temos todo o gosto em contri-buir deforma ativa para o desen-volvimento do nosso comércio tradicional que é uma mais valia

paraa vida e História da nossa cidade. Esta proposta estava ao nosso alcance e apoiamos a niciativa desde o início” refere João Pedro Castro, Administrador Executivo da Vitrus Ambiente. Cristina Faria, presidente da As-sociação do Comércio Tradicional de Guimarães, explica que “a ACTG quer proteger e desenvol-ver o comércio local que enfrenta muitos obstáculos, especialmen-te agora no período difícil em que nos encontramos. Devemos preservar este que é também um Património de Guimarães. A Vitrus associou-se a nós através de uma parceria útil e muito im-portante: estacionamento central e acessível! Não temos dúvida que fará a diferença.” “A Vitrus está sempre disponível e interessada em apoiar causas locais que contribuam para o bem estar e qualidade de vida dos vimaranenses e desta vez não foi exceção. Este protocolo é vantajoso para ambas as partes, estando garantido que a Vitrus não fica prejudicada com a sua implementação”, afirma Sérgio Castro Rocha, Presidente do Conselho de Administração da empresa municipal. • RD

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Guimarães vai ter contrastariaRicardo Costa, vereador com o pelouro dos assuntos económicos da CMG, anunciou, no final da reunião do executivo, de segun-da-feira, dia 20 de julho, a vinda para Guimarães, em breve de uma contrastaria. A marca de contrastaria reproduz a marca de garantia do toque legal dos artigos com metais preciosos, ou assinala determinadas circuns-tâncias, e identifica a contrastaria que o utiliza pela definição do perímetro, que consiste, respeti-vamente, numa figura curva, ou num octógono irregular simétrico, consoante se trate das Contrasta-

rias de Lisboa ou do Porto. São as conhecidas marcas constituídas pela cabeça de um veado, ou por uma andorinha, no caso dos artigos em ouro, ou a cabeça de uma ave virada com o bico para a esquerda ou para a direita, no caso da prata, para mencionar apenas as mais comuns. A contrastaria, em Portugal, é feita pela INCM, em Lisboa e no Porto. Isto obriga a que as em-presas de um setor que, em 2018, teve um volume de negócios de 17,6 milhões de euros, no concelho de Guimarães, a deslocarem-se permanentemente ao Porto para

contrastarem as suas peças. “Existe um compromisso com o presidente da Imprensa Nacional Casa da Moeda (INCM), para que isto se possa fazer em Guimarães”, assegurou Ricardo Costa.Sem adiantar ainda datas para a inauguração deste serviço na cidade o vereador afirmou que “será num curto espaço de tem-po”. Ricardo Costa adiantou ainda que, numa primeira fase, algumas empresas poderão passar por uma auditoria da INCM que lhes garanta “uma espécie de via ver-de”, em que serão elas mesmas a contrastar as peças. • RD

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Universidade do Minho entrega bolsas de excelência

Nasceu à sombra de castelo de Guimarães, junto ao Hospital Ve-lho. A família é toda ela de Gui-marães desde à gerações, pelo que pode considerar “um produ-to genuíno da terra”. É a mais ve-lha de duas irmãs, de uma família em que a convivência era fácil.Caracteriza a família como de forte influência matriarcal. Há muitas mulheres de longevas, com vidas ricas e experiências para contar. Luísa é trineta da senhora Aninhas, uma figura que ficou na memória coletiva da cidade. Ana Joaquina de Ma-galhães Aguiar (1860-1948), era natural de Quinchães, fregue-sia do concelho vizinho de Fafe. Era casada com um empregado do Liceu e tinha uma pequena mercearia na rua de Santa Ma-ria onde os estudantes acorriam para comprar cigarros e fazer as suas refeições. Muitos dos es-tudantes estavam deslocados, sem família, os cigarros e a co-mida eram pagos, mas o carinho que a senhora Aninhas lhes de-dicava, como se fosse uma mãe, não tinha preço. Se uma memória como esta per-durou na cidade, imagine-se na família. Luísa confessa a influên-cia que esta memória teve sob a sua personalidade. Nunca co-nheceu pessoalmente a trisavó, mas de teve tempo de ouvir as histórias, contadas por uma bisa-vó que viveu até aos 103 anos e por uma avó, ainda viva, com 94.Durante a juventude, dividiu os estudos entre a Escola Secundá-ria Martins Sarmento e a Francis-co de Holanda. Eram as ciências naturais que a atraiam nessa al-tura. Como resultado dessa pri-meira paixão científica foi parar ao curso de Bioquímica na Uni-versidade do Porto. Um engano. Com o curso quase acabado, numa atitude de coragem, deci-diu mudar de rumo. A opção foi pelo ensino, ainda na área das ciências. Licenciou--se em Ensino de Matemática e Ciências Naturais. Foi desta área

que fez profissão, mas, inquieta, não lhe bastava. “Surgiu a opor-tunidade de fazer um Curso de Estudos Avançados (mestrado) na Universidade de Salamanca e agarrei a oportunidade”, afirma.Nesta altura, começa uma vira-gem das ciências exatas e natu-rais para “um olhar sobre a pes-soa com deficiência do ponto de vista das ciências da educação”. “Abriu-se um mundo novo para mim, deixei de olhar para os pro-blemas de uma forma particular, ganhei um olhar holístico”, afir-ma.Fez parte de um projeto da Uni-versidade do Minho encarregado de avaliar a Capital Europeia da Cultura 2012(CEC). Considera que este foi "um grande momento para a cidade em que todos se envolveram". Na sua opinião, o que pode ter faltado à CEC, "foi a envolvência das populações ru-rais mais distantes". O percurso académico conti-nuou para o doutoramento em sociologia, na Universidade do Minho. Um caminho feito com esforço, sempre a dar aulas, sem nunca se poder dedicar à inves-tigação a tempo inteiro. Pelo caminho ainda arranjou tempo para se dedicar à política, fazen-do parte, como independente, da candidatura do BE à Câmara Municipal de Guimarães, liderada por Wladimir Brito. O esforço valeu a pena, uma vez que a sua tese de doutoramento, “Ação organizacional e qualidade de vida. Um estudo comparado do Norte de Portugal e da Galiza no campo da deficiência mental”, venceu o Prémio António Dorne-las 2019 e mais recentemente o Prémio de Ciências Sociais Fun-dação Vicente Risco. Casada, com uma filha de um ano e meio, Luísa não pára, quando falamos pela primeira vez com ela, estava em Évora e no dia seguinte já estava na Ré-gua, a fazer trabalho de campo para um novo projeto académico em que participa. . •

Luísa Fernandespor Rui Dias

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ENome

Luísa Alexandra Oliveira Martins Fernandes

Data de Nascimento30/10/1974Natural deGuimarãesProfissão

Professora/investigadora

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SOCIEDADEO JORNAL N251 QUARTA-FEIRA 22 JULHO 2020 P.09

O Museu de Alberto Sampaio volta a abrir as portas à noite este verão, com mais uma exposição de arte contemporânea para ver no claustro entre julho e setem-bro. Desta vez, a iniciativa ‘Museu à Noite’ apresenta o trabalho de André da Loba com a composi-ção ‘Vera, Seda, Cavalo, Vapor’. Ilustrador, animador, designer gráfico, escultor e educador, André da Loba viu já a sua obra merecer o reconhecimento inter-nacional. Natural de Aveiro, é um artista que aponta a curiosidade, a experiência e a dialética conhe-cimento/desconhecimento como fatores de criação e inspiração, apresentando o seu trabalho como ‘um convite e um desafio para mudar o mundo’.A exposição ‘Vera, Seda, Cavalo, Vapor’ pode ser vista de terça a domingo no Museu de Alberto Sampaio, durante o horário nor-mal diurno ou à noite, entre as 18h e as 23h00, e estará patente até 13 de setembro. •

Museu Alberto Sampaio vai estar aberto à noite até setembro

A cerimónia de entrega das Bolsas de Excelência da Universidade do Minho (UMinho) realizou-se na segunda-feira, dia 20, no salão medieval do largo do Paço, em Braga. Foram distinguidos 229 estudantes com uma bolsa de valor pecuniário igual ao da propina e o respetivo diploma.

A sessão contou com o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, o pre-sidente do Conselho Geral da UMinho, Luís Valente de Olivei-ra, o reitor Rui Vieira de Castro, a vice-reitora para a Educação, Laurinda Leite, e o presidente da Associação Académica (AAUM), Rui Oliveira. A UMinho tem vindo a distinguir com a Bolsa de Excelência os es-tudantes de todas as licenciatu-ras e mestrados integrados que obtiveram a melhor nota de can-didatura e de cada ano do res-petivo curso, desde que igual ou superior a 16 valores. A lista de premiados é divulgada no Portal Académico. Esta iniciativa iniciou em 2012 e representa um inves-timento acumulado superior a um milhão de euros, incluindo os 200 mil euros desta edição, que traduz um modo particular de a UMinho reconhecer o trabalho e o percurso académico dos seus estudantes. Rui Vieira de Castro afirmou que a cerimónia é “das mais im-portantes e com o maior valor simbólico do nosso ano escolar”. Garantiu ainda que o reconhe-cimento feito à qualidade, ao

esforço e ao compromisso dos estudantes “representa, para a universidade, um momento de grande significado”. O presiden-te da Associação Académica da Universidade do Minho lembrou que uma das responsabilidades de um aluno de excelência “é, desde logo, ser um exemplo para os seus colegas”.O ministro da Ciência, Tecnologia

e Ensino Superior, Manuel Heitor, encerrou a cerimónia garantindo que um prémio deste género “fi-cará para toda a vida”. De forma a garantir as normas de segurança recomendadas pela DGS, nomeadamente o distancia-mento físico entre os participan-tes, a cerimónia decorreu somen-te com os estudantes premiados e algumas individualidades. •

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CONCELHOP.10 N251 QUARTA-FEIRA 22 JULHO 2020

Casa do Povo de Serzedelo:Homenagem aos fundadores nos 75 anosA Casa do Povo de Serzedelo prestou homenagem, no sábado, dia 18 de julho, aos fundadores e ex-presidentes da instituição, numa sessão que contou com a presença do presidente da Câmara, Domingos Bragançade Administração da Taipas Turitermas, na sequência da saíde de José Maia. O anterior presidente ocupou o cargo apenas por um curto período de meio ano.

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MGA Casa do Povo de Serzedelo

prestou homenagem aos sócios fundadores e ex-presidentes da instituição, recordando o passa-do, nas comemorações dos 75 anos. “O trabalho desenvolvido pela Casa do Povo de Serzedelo, e ou-tras instituições semelhantes, é excecional, pela importância das suas valências no apoio à comu-nidade”, assinalou Domingos Bra-gança. O Presidente da Câmara enalteceu a “constante luta” dos dirigentes que estiveram ligados à Casa do Povo de Serzedelo, recordando que esta instituição vimaranense “foi propulsora para o Estado assumir os direitos de saúde dos cidadãos e o apoio social”. No âmbito do projeto para o Cen-tro Comunitário Cultural, na an-tiga fábrica Calvarex, Domingos Bragança referiu ainda que “é um projeto irreversível” que irá servir a comunidade local. “O projeto está a ser elaborado e pode de-morar mais do que pretendíamos, por questões burocráticas e de

processo de candidatura a fundos europeus, mas se tal não aconte-cer a Câmara Municipal assumirá todo o investimento”, garantiu. O Presidente da Casa do Povo de Serzedelo, Cristiano Ferreira, lembrou esta “forma diferente” de registar a efeméride devido à pandemia, referindo-se a várias pessoas que marcaram a história da Casa do Povo de Serzedelo e que tornaram esta instituição “uma referência”. A Casa do Povo de Serzedelo conta com a valência de Creche, Jardim de Infância, ATL e ainda o Grupo Folclórico. Nas comemo-rações dos 75 anos foi prestada a homenagem aos sócios fun-dadores: Padre Joaquim Almeida Ferreira Silva; Plácido Pinto Teixeira Costa (Calvos) e Plácido Pinto Teixeira Costa (Passos) e ainda a Artur Castro Alves. Foi ainda assinala a homenagem aos ex-presidentes: José Faria, António Almeida, Alfredo Ribeiro Sampaio, João Faria, Fernando Oliveira, José Ferreira, José Carlos Barroso e Francisco Gomes.•

Obras de benefeciação na EB1/JI de Donim

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Os trabalhos de beneficiação na EB1/JI de Donim, no sentido de complementar as melhores condições de ensino, iniciam esta segunda-feira, 20 de julho. As intervenções acontecem no espaço exterior, com a aplicação de pavimento vinílico, pintura do edifício; reparações pontuais em paredes interiores com fissuração e infiltrações e ainda reparações pontuais na cobertura existente em telha cerâmica. Nesta obra está ainda

previsto a cobertura para recreio em policarbonato, na estrutura metálica existente, aplicação de película de proteção solar nos vidros da sala de aula do 1º piso e implantação de medidas de segurança contra incêndios, num investimento assumido pela Câmara Municipal de Gui-marães a rondar os 50 mil euros. Numa primeira fase, este pro-jeto já deu origem à instalação Parque Infantil na EB1/JI de Donim. •

Obras de benefeciação na EB1/JI de Donim

A Junta de Freguesia de Ponte divulgou as imagens virtuais do edifício sede depois das obras de requalificação que se iniciaram na terça-feira, dia 14 de julho. Esta obra faz parte de uma lista de dez empreitadas divulgadas pela Junta de Freguesia, em junho de 2018, para começarem no mês seguinte. Dessa lista constavam

ainda: a Casa da Música (Requa-lificação do Edifício da JF Ponte no largo da Igreja), alargamento da Rua da Subdevesa, requalificação da Fonte Libra, colocação de nova conduta da rede de água pública na Rua do Lameirão (Vimágua), seguida da sua repavimentação, construção de um Parque de fitness ao ar livre no Parque de

Lazer de Ponte, colocação de novas mesas, bancos e papeleiras nos parques de Lazer, conclusão e inauguração do estaleiro e horto da Junta de Freguesia, colocação de moloks (ecopontos) e requali-ficação da zona envolvente junto à TMG em Campelos, e requalifi-cação integral da zona envolvente da Junta de Freguesia. •

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Concelho ganha 15 quilómetros de rede ciclável e pedonal até 2021

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Quarta-feira

Quinta-feira

Sexta-feira

Sábado

Domingo

Segunda-feira

Terça-feira

Portugal e o mundo

Comediante russo faz-se passar por Guterres

Testes salivares à Covid-19

Anexação israelitada Palestina

Incêndio levantouonda de contestação

Retrocesso naigualdade de géneros

Rui Rioironiza

Acordo fechadoem Bruxelas

Conseguiu falar ao telefone com o presidente polaco, Andrzej Duda. •

Procedimento pode simplificar diagnóstico de casos positivos de coronavírus. •

A janela está a fechar-se e a Europa ainda não sabe como responder à situação. •

Incêndio na Serra da Agrela em Santo Tirso destruiu dois canis ilegais. Morreram 73 animais. •

FMI alerta que ganhos recentes nas oportunidades das mulheres estão em risco. •

Após maratona negocial em Bruxelas. Portugal conta com verba total de 45 mil milhões •

O paradigma da mobilidade em Vila Nova de Famalicão está a mudar e dentro de um ano a re-lação dos famalicenses com a ci-dade vai ser diferente. Para além das obras que estão a decorrer de recuperação dos cerca de 11 quilómetros da via ciclo-pedonal que liga Famalicão à Povoa de Varzim, a autarquia liderada por Paulo Cunha deu esta semana mais um passo para a concreti-zação desta mudança ao arran-car também com a construção dos primeiros quatro quilóme-tros da rede de ciclovias urba-nas, num investimento de mais de dois milhões de euros. A intervenção que hoje foi apre-sentada à comunicação social divide-se em dois lotes, ambos com um prazo de execução de 365 dias. A obra referente ao primeiro lote vai arrancar no final de agosto e prevê a implementação de uma via ciclável e pedonal que irá ligar a Estação de Caminhos de Ferro, desde a Avenida 25 de Abril, às escolas e aos parques de Sin-çães e da Devesa, interligando os principais pontos de entrada na cidade. Este primeiro lote foi adjudica-do à empresa José Moreira Fer-nandes & Filhos, por um valor superior a um milhão de euros, e compreende três eixos: entre

o Parque 1.º de Maio, a Avenida do Brasil e o Parque de Sinçães; entre a Avenida 25 de Abril, o Parque 1.º de Maio e a Rua Padre Benjamim Salgado, e da Avenida do Brasil até ao entroncamento com a Rua Fernando Mesquita edaqui até ao Parque da Devesa e rotunda de acesso à variante. A zona envolvente do Parque 1.º Maio sofrerá, de resto, algu-mas alterações significativas de forma a que seja possível com-patibilizar com segurança a rede ciclável e pedonal nesta zona de acesso às escolas e de eleva-do tráfego automóvel. Entre as novidades está, por exemplo, a requalificação da Avenida 25 de Abril, entre o Parque 1.º de Maio e a Estação Ferroviária, e a cons-trução de uma rotunda nesse mesmo troço da Avenida que permitirá circular para a rua da Reguladora, a Rua José Carvalho, sem ter que contornar o parque. Quanto ao segundo lote, a obra está a decorrer tendo sido adju-dicada à empresa Dacop - Cons-truções e Obras Públicas por um valor superior a um milhão de euros e vai garantir que o cor-redor previsto no lote 01 tenha ligação à via ciclo-pedonal Fa-malicão-Póvoa, através da Rua António Sérgio, do viaduto sobre a linha férrea, que também será alvo de uma intervenção, e da

Rua Daniel Rodrigues. O presidente da Câmara Munici-pal fala numa “revolução e numa rotura com o modo clássico de utilização das vias”. “Estamos a dar a oportunidade aos famalicenses de escolherem a forma como querem usar a via”, uma vez que com esta interven-ção, esclarece Paulo Cunha, “es-tamos a criar condições de segu-rança e de conforto para que se assista a uma compatibilização entre os vários meios de trans-porte”. O autarca lembrou ainda que esta nova via vai promover e facilitar a intermobilidade entre a bicicleta e o transporte públi-co de passageiros, sobretudo pela ligação à estação ferroviá-ria, enaltecendo também a sua dimensão turística. “Estamos a melhorar a qualidade de vida das pessoas que aqui vivem, traba-lham e estudam, mas estamos também a tornar o territóriomais atrativo para quem nos vi-sita. Quem chega a Famalicão de comboio poderá facilmente ace-der, a pé ou de bicicleta, a vários pontos de interesse”. Refira-se que a obra está inse-rida na operação do PEDU de Famalicão, cofinanciado pelo Norte2020, através do Fundo Regional de DesenvolvimentoRegional. •

BragaIncêndiomobilizou 104 bombeirosUm incêndio ocorrido na encos-ta de S. Mamede, em Braga, na passada quinta-feira, 16 de julho, mobilizou 104 bombeiros e 32 veí-culos, entre eles um helicóptero e um avião. O alerta foi dado por volta das 17h00, numa altura em que se sentia um calor intenso, com temperaturas próximas dos 37 graus. As chamas movidas vento chega-ram rapidamente às freguesias de Sobreposta e Pedralva, queiman-do uma vasta área de floresta e mato. O trabalho dos bombeiros surtiu efeito e às 21h30 o incêndio foi dado como extinto. A rapidez com que bombeiros responderam à ocorrência evitou que as cha-mas chegassem perto das áreas residenciais. O principal obstácu-lo que os bombeiros tiveram no combate foi o declive do terreno e o calor extremo que se fazia sentir na altura. Durante o combate às chamas, um bombeiro ficou ligei-ramente ferido, tendo necessitado de assistência hospitalar. •

Sobre contratação de Cristina Ferreira: “percebe-se o apoio de 15 milhões do Governo” •

ZONA NORTEO JORNAL N251 QUARTA-FEIRA 22 JULHO 2020 P.11

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AUTOMAÇÃO E O TELETRABALHO:

A NOVA CANGA DO CAPITAL

IMPRENSA LOCAL, OBRIGADO!

Vemos, não podemos ignorar, o agravamento das condições de trabalho, o crescimento do

desemprego e da pobreza. Os trabalhadores e o povo estão confrontados com uma situação

À medida que se aproximam as férias, os temas costumam rarear. A actividade política diminui, a futebolística está no defeso, e em geral também as opiniões, salvo

acontecimentos extraordinários, começam a ser menos densas. Este, no entanto, não é um des-ses anos. Vivemos tempos de incerteza, apesar do futuro ser

Opinião deAna Amélia Guimarães

Opinião deRui Armindo Freitas

impulsionada pelo acumulado de décadas de política de precarie-dade, de destruição do aparelho produtivo, com uma crescente dependência face ao exterior e de um modelo assente nos baixos salários. Neste contexto, agravado pelo surto epidémico, pelas medidas sanitárias e pelas opções eco-nómicas e sociais, que não ga-rantem o emprego e os salários, importa refletir sobre um assunto que se vem tornando recorrente: a automação e o teletrabalho. Há um aspeto em comum nas várias abordagens sérias ao assunto: todas elas se referem a processos que visam aprofundar a exploração do trabalho, a intensificação dos ritmos de tra-balho e o incremento do lucro, já que, com todos os avanços cien-tíficos e técnicos, efetivamente não se alteraram as relações de produção. Quando nos apresentam a cha-mada “uberização” da economia como uma fatalidade, moderna e sofisticada, devemos lembrar a imagem do jovem que, numa bicicleta ou trotineta, anda com uma mochila carregada, nas ruas das cidades, sem as míni-mas condições de segurança, a maioria dos quais sem contrato de trabalho nem a garantia dos direitos, e se extenuam para ganhar dois euros. A este exemplo podem adi-cionar-se o trabalho à peça, o trabalho à tarefa (tasking),

o trabalho à hora, ao dia ou à empreitada. Ou ainda um sem número de setores que estão a ser atingidos pela intensificação dos ritmos de trabalho. Como é o caso dos “callcenters” : uma indústria de trituração de seres humanos, ultra monitorizados, ultra pressionados e sempre à beira do esgotamento psicológi-co e físico. A esta instabilidade, adicionamos a precariedade, a desregulação dos horários e os baixos salários. E é no quadro desta individua-lização crescente, “do empreen-dedorismo”, da “resiliência” e da “colaboração”, que devemos situar o teletrabalho. Não se iluda quem considera que o tele-trabalho vem resolver problemas de conciliação entre o trabalho, a vida pessoal e a família. Ao con-trário, o teletrabalho vem agra-var e instaurar a “confusão entre trabalho, vida pessoal, família e privacidade do trabalhador”. E significa também o isolamento. Um trabalhador isolado é sempre um trabalhador mais sujeito à exploração desenfreada e aos abusos de poder. E é por isso que o teletrabalho é tão aliciante para muitas entidades patronais. É, pois, no âmbito desta contra-dição profunda, ideológica, que se estabelece entre quem quer usar a tecnologia para precarizar, desregular, flexibilizar e explorar e os que querem que os avanços tecnológicos sejam utilizados ao serviço de quem os promove, de

em si incerto, nunca nos pareceu tanto como hoje. Incerteza de saber se a pandemia que a todos nos veio mudar a vida, tem um desfecho que perturbe o mínimo possível a forma como todos de-sejamos viver. A incerteza daquilo que deveremos esperar em ter-mos económicos, seja na esfera que nos é mais próxima, que se traduz nos nossos empregos e das nossas famílias. A incerteza de saber como decorrerá o ano lectivo de filho e netos, que também eles se viram durante alguns meses privados do con-tacto escolar e social com outros, que tanto será importante para lhes moldar a vida. Daí que, este meu texto é hoje de homenagem à comunicação social. Não em termos latos, mas em específico à comunicação social local e regio-nal. Nos dias em que vivemos, e onde parece ser fácil saber num minuto o que se passa do outro lado do mundo, pelas redes so-ciais que amplamente difundem notícias, segundo critérios de um algoritmo que a grande maioria desconhece como se comporta, do que aquilo que se passa na rua mesmo ao lado da nossa. A comunicação social local, com todas as dificuldades com que se debate, tem desempenhado

um papel fundamental para nos manter informados da realidade das nossas comunidades, que em geral se vê arredada dos meios de comunicação social nacionais. Cabe a um conjunto de homens, mulheres, muitos deles de forma graciosa, e empresas a tarefa de nos mostrarem aquilo que se passa nas nossas terras e que sem eles seria impossível de acompanhar. Apesar de terem sido votados ao esquecimento por este Governo, que ao criar um esquema opaco de apoio ao sector em que só se lembraram dos grandes, a comunicação social local resiste e nunca como nos tempos conturbados que vivemos, nos foi tão importante a todos. Acompanhando desde o início da pandemia a situação de cada comunidade, permitindo--nos irmos adaptando com maior ou menor restrição as medidas a implementar nas nossas vidas para estarmos em segurança, até às ondas de solidariedade que foi capaz de promover, como forma de nos entreajudarmos durante um dos mais difíceis períodos das nossas vidas. No caso do Mais Guimarães, porque é aqui que escrevo, que fez um esforço por se ir adaptando às novas tendên-cias, e que levou a nossas casas

figuras locais que ficaram a ser conhecidas por mais concidadãos pelo trabalho e papel que desem-penham na nossa comunidade. Mas este elogio é para todos órgãos locais, pelo que já fizeram mas também por, infelizmente, ter a firme convicção que o pesadelo que vivemos ainda está longe do fim, e ainda terão um papel crucial pela frente para informar, aconselhar e acompanhar toda a nossa comunidade. Faço-o neste momento de aparente acalmia, esperando que desta singela ho-menagem sintam mais força para continuar o seu trabalho. •

OPINIÃOP.12 N251 QUARTA-FEIRA 22 JULHO 2020

E significa também o isolamento. Um trabalhador isolado é sempre um trabalhador mais sujeito à exploração desenfreada e aos abusos de poder. E é por isso que o teletrabalho é tão aliciante para muitas entidades patronais

A comunicação social local, com todas as dificuldades com que se debate, tem desempenhado um papel fundamental

quem os fabrica e de quem os descobre – os trabalhadores – que se recria a luta ancestral dos trabalhadores pela sua emanci-pação. •

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CLASSIFICADOSO JORNAL N251 QUARTA-FEIRA 22 JULHO 2020 P.13

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VITÓRIA SCP.14 N251 QUARTA-FEIRA 22 JULHO 2020

SAD já trabalhano sucessor de Ivo VieiraRegresso às provas europeias será exigência primordial para o novo treinador. Ivo Vieira diz compreender a decisão da não continuidade.

Os centrais Suliman e Frederico Venâncio já se despediram da temporada 2019/2020. O central inglês foi submetido, na passa-da segunda-feira, a uma inter-venção cirúrgica para debelar uma hérnia inguinal. Já Frede-rico Venâncio foi admoestado na última jornada com o quinto amarelo e também não entra nas contas de Ivo Vieira para a visita ao Santa Clara, na próxi-ma sexta-feira (19h00), em jogo que terá como palco o estádio Cidade do Futebol, em Lisboa. Perante a indisponibilidade do duo, Pedro Henrique e Bonda-

renko avançam para o onze. No caso do ucraniano, será a des-pedida com a camisola do Vitó-ria, dado que defesa regressará ao Shakhtar Donetsk, clube que o cedeu por empréstimo duran-te uma época. O guarda-redes Jhonatan, de-pois de falhar a estreia diante o Marítimo, também viu adiada a possibilidade de vestir a ca-misola do Vitória na presente temporada. O jogador brasileiro, escolha do treinador para jogar diante os madeirenses, sofreu uma lesão muscular na coxa di-reita durante o aquecimento. •

Diogo Castro, de 20 anos, é refor-ço para as próximas três tempo-radas. Proveniente do Sintrense, o jovem médio não escondeu a satisfação pelo acordo selado. “É o meu primeiro contrato profis-sional, o que significa que o meu trabalho e esforço foram valori-zados. Estou bastante agradeci-do ao Vitória pela aposta, que me deixa muito feliz e ansioso com o que aí vem”, revelou, aos meios oficiais do clube.O moçambicano Abel Joshua, como tinha avançado o Mais Gui-marães, também se vinculou ao clube. O médio, de 20 anos, pro-veniente do Amora, também as-sinou um contrato válido por três épocas. •

O jovem médio Ruben Furtado, de 14 anos, é reforço do Vitória. Proveniente do União Desportiva e Recreativa Santa Maria, o go-leador, que também passou pelo Benfica, já oficializou a sua liga-ção ao clube. Os dirigentes do emblema de Odivelas, através da sua página oficial do Facebook, deixaram um agradecimento ao jogador. “O atleta Ruben Fur-tado, jogador que fez parte da nossa equipa de iniciados A na época que terminou, assinou hoje contrato de três anos, dois de formação e um de profissio-nal, com um clube histórico do nosso país, o Vitória Sport Clube. O Ruben ajudou a nossa equipa a atingir o objetivo da subida de divisão, marcando 36 golos em 20 jornadas. Agradecemos ao Ruben tudo aquilo que fez pelo clube e desejamos as maiores felicidades neste novo projeto”. •

O Vitória despediu-se dos jogos no D.Afonso Henriques na temporada 2019/2020 com um triunfo justo diante o Marítimo, por 1-0, em jogo que voltou a ter Marcus Edwards como protagonista. Apesar do equilíbrio registado nos primeiros 45 minutos, o extremo inglês, com a classe habitual, brindou o cole-tivo com mais um golo de génio. Um remate eficaz e que voltou a colocar o pequeno mágico nas bo-cas do mundo. O descanso foi benéfico para a equipa liderada por Ivo vieira. O Vi-tória entrou dominador, mas à se-

melhança do que foi acontecendo ao longo da temporada, a eficácia não acompanhou o caudal ofensi-vo apresentado. Venâncio esteve muito perto de ampliar o resulta-do, mas a bola foi ao encontro da barra. Poha e Ola John também estiveram perto dos festejos, mas Amir resolveu com classe e segu-rança. O Marítimo, sem objetivos a cumprir, fez muito pouco para evitar a derrota. A exceção surgiu no período de compensação, com uma bola ao poste. Segundos de-pois, Ouattara também enviou a bola aos ferros. •

Suliman e Venâncio terminam época mais cedo

Diogo Castro chega do Sintrense

Jovem goleador é reforço para os subv15

Genialidade de Edwards permitiu um triunfo merecido

Ivo Vieira não cumpriu com o objetivo proposto no início da temporada e assumiu, no final do jogo com o Marítimo, o adeus ao Vitória. A SAD vitoriana já está no terreno à procura de um novo líder e, de acordo com a imprensa nacional, o perfil está traçado. O sucessor terá obrigatoriamente de recolocar o clube nos lugares europeus e ser capaz de potenciar jovens jogadores, como foram os casos de Tapsoba e Marcus

Edwards. O primeiro foi vendido aos alemães do Bayer Leverkusen pelos valores mais altos de sempre na história do clube. 18 milhões de euros, com mais sete milhões por objetivos. A SAD ficou ainda detentora de 15% das mais valias do central burquinês numa futura transferência. Marcus Edwards chegou a Guimarães a custo zero e, embora a SAD seja detentora apenas de 50% dos direitos económicos, o extremo

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inglês também irá render uma soma considerável para os cofres.O projeto desportivo assentará muito na aposta em jovens jogadores de qualidade. O internacional norueguês Noah chegou a Guimarães proveniente do poderoso Leipzig e ficou blindado com uma cláusula de rescisão de 50 milhões. Herculano Nabian estava na rota dos maiores clubes europeus, mas a SAD ganhou a batalha e segurou o jogador por três anos, com mais dois de opção. 60 milhões de euros é o valor que os futuros interessados terão de pagar para levar o jogador antes do final do contrato.Na despedida aos jogos no D. Afonso Henriques, Ivo Vieira também enumerou os aspetos positivos e diz compreender os motivos da não continuidade. “É visível aquilo que de bom foi feito e menos conseguido também. Podemos apontar a entrada na fase de grupos da Liga Europa, o que foi muito bom com visibilidade para potenciar jogadores.

Conseguimos a maior venda do Vitória. O Tapsoba por 18 milhões de euros e hoje temos o Marcus Edwards, que vale seguramente 30 milhões. E temos também a chegada à Final 4 da Taça da Liga. Temos duas manchas no nosso percurso. A Taça de Portugal, por culpa nossa, e também o facto de não conseguir o apuramento europeu. Foi o meu último jogo aqui, onde aprendi muito e cresci muito com a massa critica”, assumiu no final do jogo com os madeirenses. Questionado se os aspetos positivos enumerados não seriam suficientes para continuar, o treinador foi objetivo. “Sempre tive esperança e a minha intenção era ficar muitos anos no Vitória. Temos de respeitar a decisão e a visão das pessoas, daquilo que querem para o clube. Não vejo qualquer anormalidade nessa decisão. De uma forma natural, se o grande objetivo da época não foi conseguido, as pessoas têm legitimidade de se desligarem uma da outra”, concluiu. •

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FUTEBOLO JORNAL N251 QUARTA-FEIRA 22 JULHO 2020 P.15©

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A direção do Pevidém já recebeu luz verde da Federação Portu-guesa de Futebol para utilizar o Parque de Jogos Albano Coelho Lima. A vistoria efetuada detetou algumas falhas, mas que serão rapidamente corrigidas a tempo de iniciar o Campeonato de Por-tugal. As medidas do relvado te-rão de ser alargadas, o que não será um entrave, dado que o atual espaço permite corresponder às

Ainda sem presidente, os prepara-tivos do Brito para o Campeonato de Portugal estão em andamento e os responsáveis já acertaram a contratação de João Nogueira, médio que na temporada passa-da representou o Bragança. Nas últimas semanas, os dirigentes já tinham acordado com Filipe Gus-mão (ex Taipas), Ricardo Cardoso (ex Pedras Rubras) e Rui Gomes (ex Vilaverdense). Filipe Gonça permanece no co-mando técnico e, da temporada anterior, transitam Rui Lopes, Paulinho, Carlos Gomes, Antó-

O avançado brasileiro Lenno, que na temporada passada represen-tou o Loures, deverá ser oficializa-do brevemente como reforço do Berço. Uma contratação que dará maior experiência ao coletivo li-derado por Manuel Machado. Ain-da sem data para o regresso aos trabalhos, a direção liderada por Joaquim Martins já assegurou Pe-dro Freitas (ex Fafe), Dani Coelho (ex Loures), Mário Dias (ex 1º De-zembro), André Martins (ex Real), Pinto (ex Merelinense), Zé Pedro (ex S.Martinho), Rodrigo António (ex Sp.Covilhã) e Fábio Fonseca (ex Varzim). Da temporada passada transitam Sérgio Carvalho, Luís Ribeiro, Car-los Rocha, Léo Coltro, Joyce Rios, Jota Oliveira, Joca, Figueiras, Feli-pe Saturnino, Danielson, Welton, Aponza, Valentin Rémy, Marcelo e Hélder Mota. •

Parque de Jogos Albano Coelho Lima vistoriado

Lenno perto de fechar o ataque

Brito estruturaequipas seniores

Goleada no Dragão não invalidaa excelente épocaO Moreirense não foi feliz na visita ao campeão nacional F.C. Porto, acabando por sofrer uma pesada derrota, por 6-1, em jogo da penúl-tima jornada da Liga. Um desaire volumoso, mas que não espelha a qualidade do conjunto liderado por Ricardo Soares.

Futebol FemininoCampeonato de PortugalCampeonato de Portugal

Apesar da melhor entrada dos azuis e brancos, com um golo madrugador de Luís Díaz, o Mo-reirense não acusou a desvan-tagem e chegou ao empate por intermédio de Fábio Abreu. Abdu Conté descobriu o ponta de lan-ça na grande área e o internacio-nal angolano correspondeu com classe, apontando o 13º golo na temporada no campeonato. Uma eficácia que permitiu à equipa de Moreira de Cónegos protagonizar uma boa primeira parte e manter a igualdade até ao intervalo. No segundo tempo e apesar das indicações do treinador, o Moreirense voltou a ter uma má entrada no desafio, permitindo rapidamente ao F.C. Porto che-gar aos dois golos de vantagem. Otávio foi feliz e fez o 2-1, Minu-tos mais tarde, após derrube de Pasinato, Alex Telles revelou efi-cácia da marca dos onze metros. O conjunto vimaranense acusou os golos sofridos e Ricardo Soa-res ainda tentou com as substi-tuições dar um rumo diferente ao resultado. As ideias forma boas, mas não resultaram. O F.C. Porto manteve o domínio e revelou efi-cácia em mais três ocasiões. Ricardo Soares desalentadoO treinador do Moreirense foi

bastante objetivo na análise à derrota. “Há mérito do adversá-rio, mas fundamentalmente, não fomos a equipa que costumámos ser. Dividimos muitos períodos de jogo, em alguns momentos da primeira parte até estivemos por cima. A partir do 2-1 tentamos reagir, mas sofremos o 3-1 e aí sim, não fomos organizados. De qualquer forma, o resultado não espelha aquilo que se passou em campo. A vitória é justa, mas os números são exagerados”.

Negociaçõespor NenêO ponta de lança brasileiro Nenê, de 36 anos, poderá continuar na próxima época. A SAD liderada por Vítor Magalhães já abordou o avançado para a renovação de contrato, mas as negociações ainda não ficaram concluídas. O vimaranense Nuno Macedo está em final de contrato e está de saída. Luiz Henrique, com escas-sos minutos de utilização, será para emprestar a um clube da segunda Liga. Trigueira está em final de contrato, mas o cenário de continuidade ainda não foi discutido. •

MOREIRENSE

6MOREIRENSE

Estádio do Dragãosegunda 20 julho Carlos Xistra

D. Leite

Mané

Alex Telles

AbduRosic Halliche

Danilo

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Diogo Costa

Pasinato

Otávio

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W. Manafá

J. Aurélio

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P. Nuno A. Soares

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Tiquinho SoaresTiquinho Soares

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51’

79’88’

nio Pereira, Ricardo Soares, Kiko, Marquinho, Barbosa, Silvestre, Tiger, Alex, Endric, Nelson, Miguel Ribeiro e Zé Marco.

Equipa B já tem treinador O Brito Sport Clube, como tinha avançado o Mais Guimarães, vai avançar com a criação de uma equipa B e os primeiros passos para a nova época já foram da-dos. A aposta será feita em jovens da formação e da terra, tendo a escolha para a equipa técnica recaído em José Ribeiro, que no passado dia 13 despediu-se do Futebol Clube de Gandarela. Segundo apurou o nosso jornal, José Ribeiro deverá trazer consi-go Diogo Pereira, Vítor Hugo, Ivo Silva e Freitas, jogadores que re-presentaram o Brito nas camadas jovens. •

exigências federativas. A banca-da destinada aos visitantes ficará pendente da avaliação das forças de segurança. O clube irá também promover a uma reformulação das casas de banho e criar alguns espaços dentro do estádio para reuniões, conferências de impren-sa e controlo anti-doping.No que diz respeito ao grupo de trabalho que continuará a ser li-derado por João Pedro Coelho, os responsáveis ainda procuram mais três reforços. Rafa, Bruno Silva, Cartucho, Zé Amândio, Bru-no Azevedo, Leiras, Edu, André Faria, Filipe Azevedo, Zé Nuno, Ve-loso e Simão renovaram contrato, mas iniciarão a época ao serviço da equipa B, que será liderada por Bernardino Névoa. Num projeto focado na aposta em jovens joga-dores, o Pevidém deverá receber, à semelhança de anos anteriores, alguns jogadores provenientes dos juniores do Moreirense. •

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Ronfe reforça estrutura da formação com dois elementos experientes

Ponte apresenta-seno próximo sábado

São Cristovão já conta com 26 jogadores Edu chega paraa baliza

Parque Desportivo dos Carvalhosterá nova imagem

O Grupo Desportivo de São Cris-tovão vai participar no campeo-nato da 1ª divisão da Associação de Futebol de Braga e a direção liderada por Rui Machado já tem o grupo de trabalho pratica-mente concluído. Da temporada passada transitam Bruno Silva, Cirilo, Né, Chagas, Mini, André Lobo, Ribeiro, Salvador, Drii, Lino, Filipe Abreu, Alex, Djaló, Cade-

te, Tiago Castro e Pedro Sá. No que diz respeito a caras novas, acertaram contrato com o clube Renato Dias, Catorze, Rui Filipe, Tiago Lopes, Flávio e Diogo Brás (ex Santiago Mascotelos), Adria-no (ex Montesinhos), Coelho (ex Longos), Tiago Santos (ex US Cle-der) e Pedrosa (ex S.Faustino). Leandro Faria permanece no co-mando técnico. •

O guarda-redes Edu, que na tem-porada passada esteve inativo, é reforço do Santo Estevão para a próxima temporada. Para a épo-ca que assinala o regresso do clube às provas organizadas pela Associação de Futebol de Braga, o guarda-redes junta-se a Rafa, Wilson, Nuno Guimarães, Tiago, Diogo Macedo, Marciano, Rui Cos-ta, Nuno Casimiro, Jonas e Xixa no grupo de jogadores já contrata-dos. Bruno Macedo foi a escolha para o comando técnico. Face à dificuldade para contra-tar jogadores, a direção abriu as portas a captações. No entanto, perante a elevada adesão, os in-teressados devem confirmar pre-viamente a sua presença. •

O Clube Desportivo de Ponte apre-senta-se oficialmente, no próximo sábado (18h30), para a temporada 2020/2021. Numa época na qual o clube presidido por Filipe Olivei-ra irá disputar o Pró-Nacional da Associação de Futebol de Braga, a cerimónia servirá também de apresentação do equipamento principal.Zé Faria permanece no comando técnico, num plantel que já conta com 21 jogadores. Faria, Soares, Benjamim, Pesca, João Pedro, Martins, Pablo, Nando, Nelsinho, Freitinhas, David, Diego e Hugui-

nho transitam da época anterior. No que diz respeito a reforços, Filipe Oliveira acertou contrato com João Nuno (ex Santa Eulá-lia), Zé Carlos (ex Sobreposta), Bruno Loureiro (ex Bairro), Nené (ex Torcatense), Rodrigo Mota (ex Vieira), Moreno (ex Brito) e com os ex juniores Viegas e José Pedro Freitas. Ainda carente de mais um avançado, a direção tem enceta-do esforços para garantir um novo elemento para a linha ofensiva. A novidade, segundo apurou o Mais Guimarães, até poderá ser anun-ciada no próximo sábado. •

As obras de requalificação das infraestruturas do Parque Des-portivo dos Carvalhos estão em marcha e, a partir de setembro, o campo de jogos do Polvoreira passará a estar dotado com me-lhores condições. Carlos Oliveira, presidente do clube, explicou ao Mais Guimarães as razões que le-varam a sua direção a dar mais um passo na melhoria das insta-lações. “O edifício estava completamen-te obsoleto. Não tínhamos con-dições básicas para receber as equipas e dar as melhores condi-ções aos nossos atletas. Somos um clube que tem as equipas todas e as estruturas anteriores já não eram as melhores. O novo

edifício será dotado de balneários com excelentes condições, uma parte clínica que estava obsoleta, um pequeno ginásio para que os atletas possam recuperar cá, e uma lavandaria com maquinaria nova que possa servir todos os atletas do clube”, adiantou o res-ponsável máximo. A aposta nas camadas jovens é para manter. “A formação tem crescido todos os anos, mas trabalhamos para a qualidade. Escolhemos treina-dores formados e com capacida-des de darem a melhor formação à nossa juventude. A parceria com a SARC também permitiu ao Polvoreira crescer. Estamos agradecidos e vamos continuar”, concluiu. •

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FUTEBOLP.16 N251 QUARTA-FEIRA 22 JULHO 2020

das. “Queremos alimentar a espi-nha dorsal da equipa sénior com elementos da formação. Quere-mos ser uma referência no dis-trito. Queremos mais equipas e aumentar o número de atletas. E já demos entrada do pedido para a certificação do clube como en-tidade formadora e, a partir da aí, vamos orientar todo o nosso processo em consonância com as exigências da FPF”, adiantou. Vasco Peixoto, também prove-niente do Vitória, fica encarregue do treino de guarda-redes da equipa sénior e da coordenação da academia de guarda-redes da formação. O jovem treinador, de 29 anos, está motivado para a nova etapa na sua carreira. “Es-tava na altura de ter um novo desafio. Saí do Vitória por opção própria, mas felizmente apareceu um projeto bom. A direção cati-vou-me com o projeto e com as condições de trabalho”, justificou. Experiente na área, Vasco Pei-xoto regista com agrado a sensi-bilidade dos dirigentes. “O guar-da-redes, no futebol moderno, é parte importante do jogo. E a in-fluência do guarda-redes é visí-vel no futebol internacional e nas melhores equipas”, lembrou. •

O melhoramento das infraes-truturas permitirá à direção do Desportivo de Ronfe uma aposta mais forte na formação e, nes-se capítulo, os dirigentes deram passos significativos para o cres-cimento desejado, reforçando a estrutura técnica. Gonçalo Guise, de 36 anos, é o novo coordena-dor da formação. Com passagens pelo Vitória, o treinador justificou as razões que o levaram a acei-tar o projeto da direção liderada por António Vaz. “É um regresso a casa. Foi o meu ponto de partida como jogador e como treinador. E, como o clube dispõe de boas

condições para realizar um proje-to sustentável, foi fácil dizer que sim”, adiantou ao Mais Guimarães. “O presidente e o diretor despor-tivo também foram cruciais na minha decisão. O António Vaz foi meu treinador na formação e nos seniores. Conheço todas as suas virtudes e defeitos. É um presi-dente diferente e que tem uma vi-são do futebol diferente. Agrada--me muito a sua maneira de ver o futebol. O Ricardo Gonçalves é o dirigente que toda a gente quer ter. Tem uma dedicação enorme”, acrescentou. As metas do projeto estão traça-

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+ DESPORTOO JORNAL N251 QUARTA-FEIRA 22 JULHO 2020 P.17

“Temos a segurança que não existe em outros clubes”

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1ª Divisão

André Fernandes vai permanecer no comando técnico da equipa sénior do Águias Negras de Tabuadelo. O treinador, de 43 anos, justificou os motivos para a continuidade no clube. “A base deste clube é a formação e essa aposta agrada-me. Quando o Tabuadelo não tinha equipa sénior, andávamos a formar para os outros. Quando o clube voltou a ter equipa sénior, apostamos na formação e com aquilo que é o crescimento deles. Queremos ganhar em todos os jogos, porque essa é a essência do jogo, mas não olhamos muito para os resultados. Não é isso que nos move, caso contrário, teria de dar o salto. Não quer dizer que não possa dar, mas neste momento o clube reúne as condições que acho ideais para ficar cá”, explicou. “Temos a segurança que não existe em outros clubes. Somos contratados para uma época desportiva, independentemente dos resultados. Isso dá estabilidade”, acrescentou. A aposta em jogadores das camadas jovens é para continuar, até porque a resposta dentro de campo tem sido positiva. “Fizemos

uma excelente temporada. As pessoas olhavam e pensavam, numa fase inicial, que seria uma época sem resultados. Mas os resultados apareceram e com muitos jogadores da formação. Demos muita réplica às equipas com outras condições financeiras. Ficamos a um mero ponto da subida de divisão”, recordou André Fernandes. As metas para a temporada 2020/2021 estão definidas. “Não entramos neste tipo de jogo, como muitos o fazem, que iludem muitos jogadores com promessas de mundos e fundos. Fruto disso é que perdemos alguns elementos para equipas que estão a promete valores que, na minha opinião, são insuportáveis. Mas cada um gere à sua madeira. As metas passam por fazer um campeonato tranquilo, nunca nos assumindo como candidatos. Somos candidatos a ganhar o próximo jogo. No fim fazem-se as contas”, concluiu.

Formação estáno ativoCom os cuidados necessários, os

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Henrique Passos acertou permanência

Vimaranense étetracampeã nacional

GRUFC já tem dataspara o regresso

GTEAM com dez renovações e três caras novas

Henrique Passos vai continuar no comando técnico do Clube Recreativo de Candoso para a nova temporada no escalão principal de futsal sénior masculino. “Acreditámos muito no trabalho do Henrique Passos e, com um plantel mais forte, certamente que irá fazer um trabalho positivo”, justificou Sérgio Abreu, presidente do clube. “Queremos garantir a manutenção o mais rapidamente possível”, acrescentou. A estrutura técnica também foi reforçada com as entradas de João Sousa, José Madeira e Pedro Martins. “Eram contratações necessárias. A equipa técnica era

A tenista vimaranense Francisca Jorge conquistou o seu quarto título nacional absoluto consecutivo, após vencer a edição de 2020 da Taça Guilherme Pinto Basto. Na final disputada com Inês Murta, no complexo desportivo do Monte Aventino, no Porto, a jovem Francisca Jorge, de 20 anos, venceu por 2-1, com os parciais de 3-6, 6-1 e 6-3. No final da partida, nas entrevistas concedidas, a emoção acompanhou as palavras da jovem jogadora. “Foi um encontro de muita tensão. Sabia para aquilo que vinha, mas no início não consegui controlar a ansiedade. É sempre um título nacional. Ela foi superior no primeiro set, mas eu não estava a jogar o meu melhor. Caíram-me umas lágrimas no final, mas faz parte do processo. Sempre fui assim. Acho que dentro de mim consegui controlar as emoções

O Guimarães Rugby UFC (GRUFC) iniciará os trabalhos de pré-temporada a 25 de agosto e com metas bem definidas para nova participação no campeonato nacional da primeira divisão, cujo arranque está definido para o último fim-de-semana de setembro. “Temos o regresso de alguns jogadores que estavam na divisão máxima e mantivemos a base da época passada. É um grupo mais forte e que vai lutar por um lugar na final four”, adiantou o treinador Jeremias Soares. “Temos um plantel com muita juventude, mas com muita qualidade. Temos vários jogadores, entre os 17 e 19

A equipa de futsal sénior feminina do GTEAM já conta com 13 jogadoras para a temporada 2020/2021. O clube continuará a disputar as provas organizados pela Associação de Futebol Braga e a direção liderada por José Fidalgo assegurou as continuidades de Cláudia Guimarães, Filipa Passos, Susana Barbosa, Alexandra Gonçalves, Joana Lima, Manuela Freitas, Raquel Mendes, Ângela Silva, Adriana Lemos e Tânia Lemos.

Futsal

Ténis

Rugby

Futsal Feminino

escalões de formação já estão no ativo. O coordenador Bruno Silva explicou as razões do retorno. “Os pais e os atletas perguntavam diariamente para quando o retorno. Alguns jovens já estavam fartos de estar em casa e, por essa razão, optamos por regressar com treinos funcionais e individuais. Aproveitamos para realizar treinos com mais força e treinos táticos. Não é o que eles pretendem, nem nós, mas é o possível neste momento”, adiantou Bruno Silva. “São treinos com regras. Antes de entrarem em campo é medida a febre, há cuidados de desinfecção e trazem a sua própria água”

Equipa sénior feminina em construçãoPaulatinamente, a equipa sénior feminina vai ganhando consistência para a época 2020/2021. A jovem Marta Cunha, de 20 anos, vai permanecer mais um ao serviço do clube. “Sou de cá e, como o clube reúne as estruturas necessárias, a decisão de continuar torna-se mais fácil. O ambiente é familiar e o presidente ajuda muito”, confessou. “E o Bruno e o Tiago são dois excelentes profissionais. Aprendemos muito”, acrescentou.Relativamente a metas, a jovem central é categórica. “Temos muito a melhorar. Queremos conquistar mais vitórias e marcar mais golos. E, como o clube passará a ter uma bancada, faço votos para que os sócios venham dar o seu apoio. Faz muita diferença para nós”, confessou. •

curta e conseguimos chegar a acordo com três elementos com

provas dadas na modalidade”, explicou Sérgio Abreu. •

No que diz respeito a reforços, Gabriela, Bruna e Filipa Alves são as caras novas do grupo de trabalho que continuará a ser liderado por André Ferreira. •

anos, com enorme talento. Aliás, o André Soares, com 17 anos, foi um dos melhores marcadores da equipa”, acrescentou o responsável técnico. •

de forma a lutar pelo encontro e dar a voltar”, confessou, nas declarações prestadas à Sport Tv. “As finais jogam-se para ganhar, mas defender o título nacional colocou-me mais pressão em cima. Não joguei perfeito, uma final raramente se joga perfeito, mas no geral estive bem. Pelo menos durante dois sets”, acrescentou. •

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ARTES E ESPETÁCULOSP.18 N251 QUARTA-FEIRA 22 JULHO 2020

São estas duas palavras que encerram a carta redigida por José de Guimarães aquando da doação em 1992 de um vasto núcleo de obras da sua autoria à cidade de Guimarães.

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Tímida modernidadeO ato de doar por parte do artista procurava energizar e agitar essa timidez – à qual a arte e a cultura nunca se devem tomar –, e com isso potenciar num futuro pró-ximo a criação de um Centro de Arte Contemporânea, onde a arte e a dinâmica cultural de Guima-rães se projetassem. Desde 1992 esta série de pinturas, desenhos, guaches e esculturas permane-ceram em exposição no Paço dos Duques de Bragança. A remon-tagem que assistimos agora é portanto um desvio anacrónico no tempo e no espaço, perfilan-do uma exposição em termo de pausa e de desvio, constituindo um novo lugar para as olhar de volta. Se hoje pensamos sobre o futu-ro dos museus e dos centros de arte no mundo, José de Guima-rães apontava a seu tempo, a necessidade de ser criado um lu-gar plural, de projeção nacional e internacional, museu-habitat de artistas e agentes, um lugar de pensamento e questões, um mu-seu-rampa onde se cruzariam as práticas artísticas e a cultura da contemporaneidade com as di-nâmicas particulares e singulares da comunidade e território. Com certezas ou não, no futuro viria

a formar-se o Centro Internacio-nal das Artes José de Guimarães (CIAJG), plataforma-museu que dedica a sua atividade ao gesto de dar a ver as criações artísticas contemporâneas lado a lado com objetos das coleções de Arte Afri-cana, Arte Pré-Colombiana e Arte Antiga Chinesa do próprio José de Guimarães. Se em 2012 o CIAJG nascia com essa emergência, em 2020 continua a levantar a ques-tão: qual o lugar do (deste) museu no futuro? Olhar esta exposição é também um recuo arquivístico que nos permitirá saltar daqui para o CIAJG revendo o lugar que ecoa na sombra de intenções do passado destas obras. Nesta (re)exposição no Arquivo Municipal Alfredo Pimenta, per-corrermos uma série de obras de José de Guimarães que nos permitem o acesso à sua prática entre o final dos anos de 1980 e os primeiros momentos da últi-ma década do século XX. Pode-remos por tais razões olhar para esta exposição como uma expo-sição-arquivo, que recua no tem-po para continuar a questionar o futuro. A exposição pode ser vista até 14 de fevereiro de 2021 e é adequa-da para todas as idades. •

Fim de semana com muito cinema para assistir a partir do carro

Espetáculo do brasileiro Luccas Neto em Guimarães foi adiado

O último fim de semana de Dri-ve-in no Multiusos de Guima-rães conta com quatro filmes na programação. 'Mamma Mia', no dia 24, a partir das 21h30, 'O In-formador', no mesmo dia, à meia noite, 'Mamma Mia! Here we go again' e 'Mib-Homens de Negro - Vingança e Redenção', no dia 25, pelas mesmas horas, completam a agenda, que arrancou no dia 03 deste mês. As condições de segurança es-tão garantidas e no decuro do evento não haverá contacto fí-sico entre espectadores. Como-damente, dentro do veículo au-tomóvel e com a receção sonora por sintonia de frequência rádio, os espetadores poderão assistir a mais estes quatro filmes. O acesso ao Drive-In tem o cus-to de 15 euros por sessão (valor por veículo com lotação até cinco lugares).

O InformadorDepois de se ver envolvido com narcotraficantes, Peter Koslow,

ex-soldado de Operações Es-peciais, é apanhado pela polícia e condenado a cumprir pena. A oportunidade de limpar o seu nome surge quando recebe uma proposta do FBI: infiltrar-se como prisioneiro numa prisão de alta segurança para observar as mo-vimentações do General, um cri-minoso de origem polaca que li-dera um perigoso gangue que há anos actua em Nova Iorque. Mas, quando o plano não corre como o previsto, Koslow acaba metido num fogo cruzado entre os crimi-nosos e os agentes que prome-teram protegê-lo, mas que agora parecem tê-lo abandonado. Assinado pelo actor e realiza-dor Andrea Di Stefano ("Esco-bar: Paraíso Perdido"), um "th-riller" negro cujo argumento, da responsabilidade de Di Stefano, Matt Cook e Rowan Joffe, tem por base o livro "Three Seconds", da autoria dos suecos Anders Ros-lund e Börge Hellström. O elenco conta com Joel Kinnaman, Ana de Armas, Rosamund Pike e Clive Owen, entre outros. •

O musical “Luccas Neto e a Esco-la de Aventureiros”, inicialmente agendado para 20 de setembro, no Multiusos de Guimarães, foi adiado para o dia 06 de março de 2021, de acordo com um co-municado que foi publicado da empresa produtora do evento, a CV Music. Luccas Neto, um dos maiores youtubers brasileiros da atuali-dade, com cerca de 30 milhões de seguidores e mais de nove bi-liões de visualizações acumula-das, subirá ao palco do Multiusos de Guimarães para apresentar o um musical para toda a família , repleto de efeitos especiais, mú-sica e dança. Os bilhetes já adquiridos para o espetáculo de setembro são vá-lidos para março e os novos bi-lhetes podem ser adquiridos nos locais habituais. •

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PASSATEMPOS E INFORMAÇÕES ÚTEISO JORNAL N251 QUARTA-FEIRA 22 JULHO 2020 P.19

Quarta-feira 22 de julho

Farmácia do ParqueR. Dr. Carlos Saraiva 46 - Tlf: 253 516 046

Quinta-feira 23 de julho

Farmácia PereiraAlameda S. Dâmaso - Tlf: 253 412 950

Sexta-feira 24 de julho

Farmácia da PraçaRua Paio Galvão - Tlf: 253 523 167

Sábado 25 de julho

Farmácia NobelRua de Santo António - Tlf: 253 516 599

Domingo 26 de julho

Farmácia BarbosaLargo do Toural - Tlf: 253 516 184

*Farmácia FariaR. do Calvário, 201, Serzedelo - Tlf: 253 532 34

Segunda-feira 27 de julho

Farmácia Avenida Avenida D. João IV - Tlf: 253 521 122

Terça-feira 28 de julho

Farmácia Paula MartinsRua Teixeira Pascoais - Tlf: 253 415 833

*Em regime de disponibilidade

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Portugal à mesa com

Encontrámo-lo quase todo o ano, mas é pelo verão que o maracujá sabe melhor. Cortado ao meio, comido à colher, ou à espera que uma boca gulosa mergulhe na sua polpa agridoce o abocanhe num desejo explosivo de sensações. O maracujá e utilizado em sumos, gelados, iogurtes, infusões, cock-tails, doces, semifrios, molhos, é rico em minerais, como o potás-sio, ferro, cálcio, e vitaminas A e C. Para quem deseja atrair vibra-ções no amor, e principalmente, para atrair os olhos da pessoa amada, nada melhor que um ba-nho de maracujá... Tanta gente distraída com a pandemia... Tenho diversas plantas de ma-racujá em casa, uma das minhas trepadeiras favoritas, são usadas para decorar uma parede onde nasce uma ramada de folhas flori-das criando um microclima clorido

onde os pássaros procuram abri-go numa perfeita melodia de luz, odores, cores e sons ...um pedaço de céu, na terra! As cores com que a natureza brindou as flores do maracujá, os vermelhos e os roxos, são vul-garmente utilizados em diversos rituais. Além desta simbilogia o maracujá possui um inegável va-lor ornamental, devido á beleza das flores que nos encantam pela sua exuberância e perfume. Porém, é na cozinha que este fruto se revela apaixonante, é um amor à primeira vista, usado em pratos pricipais deliciosos e so-bremesas tentadoras...de lamber os dedos! Quem não provou um semi-frio de maracujá, uma mousse de ma-racujá, uma tarte de chocolate recheada com mousse de mara-cujá? Não imagina o que perdeu!

Temperar os lombos de salmão; com sumo de limão, sal, alho esmagado, pimenta e folhinhas de funcho. Numa frigideira ao lume com 50gr de manteiga, derretida, introduzir as folhi-nhas de funcho e tomilho. Adi-cionar o salmão, corar de ambos os lados. Retirar e reservar. Na mesma frigideira com mantei-ga juntar o bolbo de funcho em lâminas, uma colher de café de raspas de gengibre. Deixar co-zinhar durante alguns minutos. Refrescar com vinho branco, ta-par e deixar confecionar. Abrir dois maracujás, retirar a polpa, juntar uma colher de café de açúcar e uma colher de sopa de água e mexer. Juntar à frigideira.

Envie as suas sujestões para: [email protected]

Mário Moreira

Bom apetite! Um abraço gastronómico.

O Maracujá, representa beleza, perfume e sedução

Farmáciasde serviço

Dê sangue!

Todas as Terças-feirasdas 14h30 às 19h00

Primeiro e terceiro Sábadode cada mês das 09h00 às 12h30

Local Casa do dador (Azurém)

COLHEITA PERMANENTE

O que acontece na sua rua,

no seu bairro, na sua freguesia...

É NOTÍCIA!

INFORMARCONTAMOS CONSIGO PARA

L I G U E 2 5 3 5 3 7 2 5 0

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RIGOR, INDEPENDÊNCIA E PLURALIDADE

Telefones ÚteisPolícia Municipal 253 421 222P.S.P. 253 540 660G.N.R. 253 422 575Hospital 253 540 330

BV Guimarães 253 515 444BV Taipas 253 576 114SOS 112CM Guimarães 253 421 200

“Carangueijos do Rio”© Direitos Reservados

“Por tudo que o céu revela/Por tudo o que a terra dá/Eu te juro que minha alma/ De tua alma escrava está/Guardo contigo este emblema/Da flor de maracujá”

Deixar ferver sobre lume forte, agitando a frigideira, até que os ingredientes fiquem ligados. Servir os lombos com o molho. Pode acompanhar com bata-ta rústica, uma combinação de legumes ou uma salada. Se não encontrar maracujás frescos, pode substituí-los por polpa de maracujá.

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Convidados no âmbito da arquitetura, design e fotografia

participam na Conferência Internacional sobre as artes de passeio em Guimarães, a

decorrer entre os dias 22 e 24 de julho – Driting Bodies / Fluent

Spaces. Francesco Careri (IT), Karen O’Rourke (US/FR) e Duarte Belo (PT) partilham as respetivas

experiências, no âmbito do projeto do Bairro C, através de sessões de palestra e mesas de debate. Estas sessões terão lugar entre os dias 22 e 24 de julho, a partir das 17h00, na Praça Coberta do

Instituto de Design. •

economia. Sessão agendada para sexta-feira, às 18h00, no Largo de Donães. “Toalhas Ao Alto” é o tema da campanha que será apresentada publicamente na próxima sex-ta-feira, em Guimarães, com o objetivo de promover o território nacional, numa iniciativa promo-vida pela Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Por-tugal, pelo Turismo de Portugal e Câmara Municipal de Guimarães. A sessão pública tem início às

18h00, no Largo de Donães, e contará com as presenças do Presidente da Câmara de Gui-marães, Domingos Bragança e do Presidente do Turismo Porto e Norte, Luís Pedro Martins. Nesta sessão decorrerá a apresentação do manifesto de campanha, com destaque para o artista vimara-nense José de Guimarães, sendo o autor da obra “Camões salva os Lusíadas” a partir da qual nasceu a primeira toalha. Nesta sessão será apresenta-

do publicamente o tema musical “Tantos Beijos por Dar”, compos-to por 24 músicos vimaranenses, construído para assinalar as co-memorações do 24 de Junho de 1128, com composição musical e produção de Tiago Simães e letra de Miguel Bastos. São parceiros desta campanha “Ivity Brand Corp”, “A Bela e o Monstro”, jornal Público, Associa-ção da Hotelaria de Portugal e as empresas “Têxteis JF Almeida” e “Grupo Lasa”. •

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Guimarães lança campanha “Toalhas ao Alto” para promoção integrada do território

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Última

Festas da cidade e Gualterianas, com luz mas menos gente e alegria nas ruas. © João Bastos

Sugestão

Ricardo Costa

Luís Soares

Apesar de não ter vencido a eleição distrital, o vereador da

Câmara Municipal de Guimarães alcançou um resultado que

poucos julgavam possível, e venceu de forma significativa em

Guimarães.

A opção de manter o ato eleitoral na sede do partido socialista,

apesar das dificuldades do distanciamento defendidas pela

DGS e das altas temperaturas sentidas no sábado, não ficaram

bem ao dirigente.

Conferência Internacional sobre as artes de passeio em

Guimarães

Campanha nacional tem início na Cidade-Berço para promover o turismo em Portugal, através da história, cultura, geografia e

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