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DURAÇÃO DO TRABALHO 1. JORNADA NORMAL – DEFINIÇÃO CONSTITUCIONAL. A Constituição o art. 7º, incisos XIII e XIV, estabeleceu limites na jornada de trabalho de 8 horas diárias e 44 horas semanais. Assim, a proteção a saúde do trabalhador, que é norma de ordem pública, se faz com limites diários e semanais, os quais em hipótese alguma poderão ser superados salvo casos de prorrogação previstos no art. 59 e seguintes da C.L.T. que são os tipos de prorrogação da jornada que mostraremos adiante. Existem também categorias profissionais ou tipos de trabalho cujo limite de jornada é menor, são as chamadas Profissões Regulamentadas ou Jornadas Especiais que estão previstas na própria Constituição no Título III Capítulo I ou Leis Esparsas que a seguir serão comentadas. Art. 7º da Constituição Federal: Inciso IX - Remuneração do trabalho noturno superior ao diurno. Inciso XIII - Duração do trabalho normal não superior à oito horas diárias e quarenta e quatro horas semanais, facultada a compensação de honorários e a redução da jornada, mediante acordo ou Convenção Coletiva de trabalho. Inciso XIV - Jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva. Inciso XV - Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos. Inciso XVI - Remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50% à do normal. 1.1. Anotação da jornada A empresa deverá anotar na ficha de Registro do Empregado o horário de trabalho indicando a existência de acordos coletivos celebrados art. 74, § 1º da CLT. Deverá a empresa também elaborar um quadro de horário de trabalho (modelo DRT), podendo anotar apenas o horário cumprido pelos empregados, em sendo horário único ou conforme os setores de trabalho. O uso desse quadro de horário de trabalho poderá ser dispensado pela anotação individual do horário, com pré-assinalação dos intervalos no 1

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Page 1: DURAÇÃO DO TRABALHO - Empregos e Vagas de ... · Web view1. JORNADA NORMAL – DEFINIÇÃO CONSTITUCIONAL. A Constituição o art. 7º, incisos XIII e XIV, estabeleceu limites na

DURAÇÃO DO TRABALHO

 1. JORNADA NORMAL – DEFINIÇÃO CONSTITUCIONAL.

A Constituição o art. 7º, incisos XIII e XIV, estabeleceu limites na jornada de trabalho de 8 horas diárias e 44 horas semanais. Assim, a proteção a saúde do trabalhador, que é norma de ordem pública, se faz com limites diários e semanais, os quais em hipótese alguma poderão ser superados salvo casos de prorrogação previstos no art. 59 e seguintes da C.L.T. que são os tipos de prorrogação da jornada que mostraremos adiante.

Existem também categorias profissionais ou tipos de trabalho cujo limite de jornada é menor, são as chamadas Profissões Regulamentadas ou Jornadas Especiais que estão previstas na própria Constituição no Título III Capítulo I ou Leis Esparsas que a seguir serão comentadas.

Art. 7º da Constituição Federal: Inciso IX - Remuneração do trabalho noturno superior ao diurno.Inciso XIII - Duração do trabalho normal não superior à oito horas diárias e quarenta e quatro horas semanais, facultada a compensação de honorários e a redução da jornada, mediante acordo ou Convenção Coletiva de trabalho.Inciso XIV - Jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva.Inciso XV - Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos.Inciso XVI - Remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50% à do normal.

1.1. Anotação da jornada

A empresa deverá anotar na ficha de Registro do Empregado o horário de trabalho indicando a existência de acordos coletivos celebrados art. 74, § 1º da CLT.

Deverá a empresa também elaborar um quadro de horário de trabalho (modelo DRT), podendo anotar apenas o horário cumprido pelos empregados, em sendo horário único ou conforme os setores de trabalho. O uso desse quadro de horário de trabalho poderá ser dispensado pela anotação individual do horário, com pré-assinalação dos intervalos no cartão de ponto dos empregados – art. 74, § 2º da CLT – Portaria 3626/91 – art. 13.

As microempresas estão dispensadas do uso desse quadro conforme art. 11 da Lei 9841/99.

 1.2. Turno ininterrupto de revezamento

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TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTOHorários de trabalho diário

A empresa com atividade diária de 24 horas

Alternância quinzenal ou mensal nos horário

A Constituição estabeleceu uma jornada especial de 6 horas diárias e 36 semanais, para os trabalhos realizados em turnos ininterruptos de revezamento. 

Para que ocorra o turno ininterrupto de revezamento é necessário que haja uma alternância mensal ou quinzenal nos horários de trabalho dos empregados e tratar-se de empresa que mantém atividade diária correspondente a 24 horas, isto é, não interrompe sua atividade industrial ou comercial desconsiderando os intervalos para refeição e descanso.

Mesmo que a atividade da empresa seja interrompida nos sábados ou domingos, mas não é interrompida durante a semana, é considera jornada ininterrupta para fins de redução de jornada diária do empregado para 6 horas ou 36 horas semanais.

O Tribunal Superior do Trabalho admite a compensação para quem trabalha em turno interrupto de revezamento, desde que respeitado o limite semanal de 36 horas.

Jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho:

SDI 78. Turnos Ininterruptos de Revezamento. Jornada de 6 horas. A interrupção do Trabalho dentro de cada turno ou semanalmente, não afasta a aplicação do art. 7º, XVI da CF/88 (V. EM. 360) SDI 169. Turno Ininterrupto de Revezamento. Fixação de Jornada de Trabalho mediante negociação coletiva. Quando há na Empresa o Sistema de Turno ininterrupto de Revezamento, é válida a fixação de jornada superior a seis horas mediante a negociação coletiva.  Súmula 360. "A interrupção do trabalho destinada a repouso e alimentação, dentro de cada turno, ou o intervalo para repouso semanal, não descaracteriza o turno de revezamento com jornada de 6 horas previsto no art. 7°, inciso XIV, da Constituição da República de 1988." (Res. 79/97 — DJ 14.01.98).

 

2. TEMPO A DISPOSIÇÃO - SOBREAVISO E HORAS “IN ITINERE”

Caracterização do tempo a disposição - Art. 4º da CLT:

Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada.Parágrafo Único - Computar-se-ão, na contagem de tempo de serviço, para efeito de indenização e

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estabilidade, os períodos em que o empregado estiver afastado do trabalho prestando serviço militar e por motivo de acidente de trabalho. (§ incluído L. 4.072, 10.06.62, DOU 20.06.62, Ltr 26/389).

 Existem dois critérios para se medir o tempo de trabalho:

a) tempo efetivamente trabalhado no centro de trabalho  b) tempo a disposição do empregado a partir da disponibilidade da força de trabalho fora da empresa, desde que o empregador esteja usando este tempo de folga do empregado para serviço da empresa.

Exemplos de tempo à disposição:

2.1) Plantão – Sobre aviso - Bip:

O Plantão pode ser realizado na empresa ou local a ser determinado pela empresa e na residência do empregado.

a) Na empresa = é considerado tempo a disposição. Remuneração de todas as horas que ficou a disposição.

b) Na residência – Sobre aviso = Também é tempo a disposição e caracteriza-se pela limitação à liberdade do empregado dispor de seu tempo.

Segundo Súmula 229 do TST a remuneração do sobre aviso deve corresponder a apenas o valor de 1/3 das horas a disposição. Assim, se o empregado ficou um dia (24 horas) de plantão, deverá receber 8 horas de tempo à disposição. 

Uso do Bip e do Telefone Celular não caracteriza tempo a disposição e sobre aviso visto que empregado não fica limitado a permanecer em sua residência, isto é, não fica impedido de utilizar o seu tempo conforme súmula 49 do TST.

  Súmula 49: O regime de remuneração de horas de “sobreaviso” previsto para os ferroviários na CLT (art. 224, §2º) só pode ser estendido a outras categorias, por analogia, se o empregado “permanecer em sua própria casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço”, como exigido na norma específica. Autilização do BIP pelo empregado, por si só, não permite seja considerado em regime de “sobreaviso”. Embargos desprovidos a respeito (TST E RR 106.196/94.1 Ac. SBDI 1-0144/96,06.8.96 Rel. Min. Manoel Mendes de Freitas. LTr 60-11/1.511).

Jurisprudência

O regime de remuneração de horas de “sobreaviso”previsto para os ferroviários na CLT (art. 224, § 2º) só pode ser estendido a outras categorias, por analogia, se o empregado “permanecer em sua própria casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço”, como exigido na norma específica. A utilização do “BIP” pelo empregado, por si só, não permite seja

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considerado em regime de “sobreaviso”. Embargos desprovidos a respeito.(TST E-RR- 106.196/94.1 (Ac. SBDI 1-0144/96, 06.8.96)Rel. Min. Manoel Mendes de Freitas. Ltr 60-11/1.511).

 2.2) Tempo a disposição em viagem a serviço da empresa.  

É tempo à disposição a viagem a serviço devendo ser remunerado todo o tempo despendido pelo empregado, inclusive o tempo gasto em transporte (locomoção) de ida e volta.

O correto é a empresa programar a viagem do empregado durante sua jornada diária de trabalho.

Faz-se necessário Acordo Coletivo para legitimidar o pagamento do excesso de jornada extraordinária, ou compensação com dias de folgas.

No caso de motorista, deve-se exigir o uso de cartão de ponto em papeleta para marcar a jornada externa de trabalho (o início, os intervalos e o término).

 2.3) Tempo a disposição na ida e volta para o trabalho “in itinere”. Significa no percurso da residência para o trabalho.

Art. 58 § 2º da CLT. O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na jornada de trabalho, salvo quando, tratando-se de local de difícil acesso ou não servido por transporte público, o empregador fornecer a condução.

  Os pressupostos e requisitos para o direito ao recebimento são: a) condução fornecida pelo empregador

b) local de difícil acesso, não servido por transporte público regular. 

As horas “in itiniri” devem ser identificadas como horas “in itiniri” ou horas de percusso. O seu cálculo deve ser o mesmo da hora normal se dentro da jornada e como hora extra se exceder a jornada.

Horas “IN ITINERE”- Requisitos exigidos pelo Enunciado 90 do C.TST - Outros não podem ser criados.Exige o Enunciado nº 90 do C.TST, os requisitos para a concessão de horas de percurso, ou seja, condução fornecida pelo empregador, local de difícil acesso e não servido por transporte público regular. Outros não podem ser criados como compatibilidade de horários ou não possibilidade de uso do transporte público por parte do empregado.(TRT/SP 15ª Reg. RO - 08330/91 - AC. 4ª T - 007348/92 - Rel. Juiz Antonio Mazzuca - DJSP, 1º.09.92 - pág.106).

Súmula 324. Horas In Itinere. Enunciado nº 90. Insuficiência de Transporte Público. A mera insuficiência de transporte público não enseja o

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pagamento das horas in itinere (Res. Adm. 16/93, DJU de 21.12.93). Súmula 325. Horas In Itinere. Enunciado nº 90. Remuneração em Relação a Trecho não Servido por Transporte Público. Havendo transporte público regular, em parte do trajeto percorrido em condução da empresa, as horas in itinere remuneradas se limitam ao trecho não alcançado pelo transporte público (Res. Adm. Nº 17, de 21.12.93).

Mas grandes empresas, a local da marcação do ponto de se situar na entrada principal da empresa e não local do serviço. 

Súmula 98. Horas in etinire. Tempo gasto entre a portaria da empresa e o local de serviço. Devidas. Açominas.

2.4) Também é considerado tempo a disposição devendo ser pago pela empresa o tempo despendido na troca de uniforme e higiene pessoal, quando necessária dada a natureza do serviço. Assim, a empresa deve programar o tempo da troca de uniforme ou da higiene após o serviço dentro da jornada e nunca antes ou depois da jornada.

Jurisprudência: “Lapso de tempo despendido pelo empregado na troca de uniforme e higiene pessoal, constitui tempo à disposição do empregador”. (TRT - 4ª Região - 3ª T ® nº 6922/85 - Rel. Juiz Alcides da Silva Pereira, publicado in “Dicionário de Decisões Trabalhistas, de C. Bonfim e S. dos Santos, 21ª Edição, pág. 845).

3. CÁLCULO DA JORNADA DIÁRIA

DISTRIBUIÇÃO DA JORNADA DURANTE A SEMANA CONFORME PREVISÃO CONSTITUCIONAL – ART. 7º, INCISO XIII.

  DIAS DA SEMANAS T Q Q S S D Sistema anterior a Constituição de 1988.8 8 8 8 8 8 = 48 Sistema após Constituição de 1988 – Art. 58, CLT.7,2 7,2 7,2 7,2 7,2 7,2 = 44  Sistema de Compensação – Art. 59, § 2º, CLT.8 8 8 8 8 0 = 40 8,48 8,48 8,48 8,48 8,48 0 = 44Turnos ininterruptos de revezamento.

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6 6 6 6 6 6 = 36 Revezamento com compensação de horas.8 8 8 8 folga 8 continua....

A jornada diária corresponde a divisão das 44 horas semanais por 6 dias da semana.

44 6 = 7:33 (33 décimos).

Convertendo os decimais em minutos encontra-se o valor de 7 horas e 20 minutos.

7:33 = 7:20’ (sete horas e vinte minutos diários de trabalho). 

4. CÁLCULO DO SALÁRIO HORA

Conforme dispõe o art. 64 C.L.T., o salário hora se obtém pela multiplicação da jornada diária por 30, o que irá definir o número de horas que servirá de base para calcular o salário hora.

 

Exemplo:7:33 (jornada diária) 6:00 (jornada diária)x 30 (dias) x 30 (dias)

220 (fator de divisão) 180 (fator de divisão)

salário mensal = 830,00 : 220 = 3,77 sal. horasalário mensal = 830,00 : 180 = 4,61 sal. hora

5. CLASSIFICAÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO

  Conforme texto constitucional e o quadro acima, podemos fazer uma classificação da jornada de trabalho da seguinte forma:

- normal ou extraordinária- diurna, noturna, de revezamento e mista- especiais para profissões regulamentadas em leis específicas.- de remuneração variável como os adicionais (noturno, extra).

6. APONTAMENTO DE HORAS – TOLERÂNCIA – PERÍODO DE TEMPO ANTES DO INÍCIO E APÓS O TÉRMINO DA JORNADA.

 A tolerância do empregador só poderá ser admitida dentro da jornada de

trabalho, visto caber a Empresa o controle da freqüência do Empregado, dado o seu poder de direção previsto pelo art. 2º da CLT.

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A tolerância de horas executadas antes do início e após o término da jornada, não é de competência do Empregador por se tratar de “tempo à disposição”, conforme definido pelo art. 4º da CLT. e, ao contrário de ser tolerado, deverá ser remunerado, quando exceder a 5 minutos.

  O parágrafo 1º do art. 58 da CLT estabelece o limite de 5 minutos na

entrada e 5 minutos na saída com um limite máximo de 10 minutos por jornada

Art. 58, § 1º...........................................................................................“ Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários.”

7. PRORROGAÇÃO DA JORNADA

As prorrogações da jornada de trabalho podem ser de 5 tipos.

- Dois tipos por acordo entre empregado e empregador ou Acordo Coletivo.- Três tipos por iniciativa do empregador.

7.1. Quadro de Prorrogação da Jornada Diária de Trabalho

Tipos de Prorrogação

Horas Adicional OBSERVAÇÕES

Acordo de prorrogação

02 50 Proibido cabineiros de elevador telefonistas (arts. 373 e 413 da CLT) Menor de 18 anos.

Acordo de Compensação

02 Valor de hora normal sem acréscimo

a)Permitido a menor, com assistência do Sindicato e atestado médico (art. 374 e 37 da CLT).b) Não permitido a ascensorista

Serviços Inadiáveis

04 50 a) Permitido para telefonistas acréscimo de 50% como adicional de prorrogação (art. 227, § 1º da CLT)b) Não permitido a ascensorista menor.

Força Maior Tempo necessário

Valor da hora normal, sem acréscimo

a) Menor: Permitido até 4 horas de prorrogação com acréscimo de 50% por hora extraordinária (art. 413 da CLT)

Recuperação de Horas(art. 61 - § 3 da CLT)

02 Valor da hora normal sem acréscimo

Permitido a menor, telefonistas se solicitado e autorizado o pedido para a recuperação à DRT.

7.2. a) Prorrogação a título de horas extras, mediante acordo de prorrogação. Não existindo acordo o empregado não está obrigado a cumprir horas extras.

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Art. 59 da CLT – A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente de duas, mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho.

- A hora extra é sempre suplementar, nunca poderá ocorrer no início da

jornada.

- A hora extra nunca poderá ser compensada com folga deverá ser paga, salvo acordo coletivo estabelecendo critérios de compensação.

- Poderá haver compensação de hora extra mediante cláusula de Acordo Coletivo, compensando-se as horas trabalhadas, mas ficando a empresa obrigada ao pagamento do adicional extra que não poderá ser compensado.

 Exemplo de cláusula de compensação para acordo coletivo:

O empregado poderá optar pela compensação das horas extras trabalhadas, ficando a empresa obrigada a pagar os acréscimos de adicionais em valor idêntico ao pactuado neste Acordo.Fica assegurado aos empregados o direito a escolha do dia que melhor entender para gozar a folga, em substituição as horas extras trabalhadas, mediante prévio acordo com a sua chefia.

 Exigências Legais para execução da hora extra:

Acréscimo mínimo de 50% na Remuneração da Hora Extra. Art. 7º, Inciso XVI da CF)  Previsão Legal - até 2 horas além da Jornada normal.  Tem natureza salarial.  Quando habituais repercutem no Repouso Semanal Remunerado,

13º salário, férias e aviso prévio indenizado. 

7.2.1. Cálculo das horas extras e seus reflexos: 

- No repouso semanal remunerado, o cálculo é feito pela média trabalhada mensalmente. Ex.: valor pago a título de hora extra dividido pelo número de dias úteis trabalhados no mês multiplicado pelo número de domingos e feriados do mês. (Vide cálculo em Repouso Semanal Remunerado). 

Súmula 172 do TST: Horas Extras. Repouso Remunerado. Computam-se no cálculo do repouso remunerado as horas extras habitualmente prestadas.

 

- No 13º SALÁRIO, o cálculo é feito pela média trabalhada no período do ano a que se refere o 13º salário (ver cálculo 13º salário).

Súmula 45 do TST: Gratificação de Natal – Horas Extraordinárias Habitualmente Prestadas. A

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remuneração do serviço suplementar, habitualmente prestado, integra o cálculo da gratificação natalina prevista na Lei nº 4.090, de 1962.

- Nas FÉRIAS, o cálculo é feito pela média do número de horas trabalhada no período aquisitivo (ver cálculo em férias).

Súmula 151 do TST: Remuneração das Férias. Horas Extraordinárias. Cômputo. A remuneração das férias inclui a das horas extraordinárias habitualmente prestadas.

- No AVISO-PRÉVIO, o cálculo é feito pela média do número de horas trabalhada nos últimos 12 meses (ver cálculo em aviso prévio).

 Súmula 94 do TST: Horas Extraordinárias Habituais. Integração no Aviso Prévio Indenizado. O valor das horas extraordinárias habituais integra o aviso prévio indenizado. 

7.2.2 Forma de cálculo da hora extra - considerar o salário normal acrescido das parcelas de natureza salarial pagas junto com o salário mensal.

Súmula 264 do TST: Hora Suplementar. Cálculo. A remuneração do serviço suplementar é composta do valor normal, integrado por parcelas de natureza salarial e acrescido do adicional previsto em lei, contrato, acordo, convenção coletiva ou sentença normativa (Res. 12/86, 22.10.86, DJ 31.10, 3 e 4.11.86)

Exemplo cálculo de hora extra:1) Somam-se todas as parcelas de natureza salarial pagas ao empregado,

inclusive insalubridade, periculosidade exceto parcelas não consideradas salário (vide remuneração e salário).

2) Divide-se por 220 para determinar o salário hora (art. 64 CLT).3) Após acrescenta-se ao salário hora o adicional hora extra de 50% (ver

outro índice na Convenção Coletiva da Empresa).4) Multiplica-se o salário hora extra pelo número de horas trabalhadas no

mês.

Salário – 1.260,00Gratificação – 420,00Comissão – 340,00Prêmio – 120,0022 horas extras – 321,00

Total – 2.461,00

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Cálculo de horas extras

1.260,00 420,00 340,00 120,00

2.140,00 220 = 9,72 = salário hora

9,72 x 1.50% = 14,59 = salário hora extra

22 horas x R$ 14,59 = 321,00 = 22 horas extras. 

7.2.3 Supressão da hora extra – A supressão quando o empregado vem fazendo horas extras a mais de um ano é feita mediante indenização de um mês das horas suprimidas para cada ano de trabalho ou fração igual ou superior a seis meses, calculada pela média das horas extras trabalhadas nos últimos 12 meses.

Quando o empregado faz hora extra a menos de um ano, basta a empresa suprimir as horas extras.

Súmula 191 do TST: A supressão, pelo empregador, do serviço suplementar prestado com habitualidade durante pelo menos um ano assegura ao empregado o direito à indenização correspondente ao valor de um mês das horas suprimidas para cada ano ou fração igual ou superior a seis meses de prestação de serviço acima da jornada normal. O cálculo observara a média das horas suplementares efetivamente trabalhadas nos últimos 12 meses, multiplicada pelo valor da hora extra do dia da supressão (Res. TST 01/89, de 15.3.89. DJ 14.4.89).

 

7.2.4 Hora Extra Noturna – O valor da hora extra noturna é feito pela soma do adicional da hora extra com o adicional da hora noturna (Ex.:1,20 + 0,50 = 1,70). Vide exemplos de cálculo em horário noturno a seguir.

SDI 97. Horas Extras. Adicional Noturno. Base de cálculo. O adicional noturno integra a base de calculo das horas extras do período noturno. Art. 58, §1º da CLT. Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários.

SDI 47. Hora Extra. Adicional de Insalubridade. Base de cálculo é o resultado da soma de salário contratual mais o adicional de insalubridade, este calculado sobre o salário mínimo (Vide adicional de insalubridade). 

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SDI 48. Horas Extras pactuadas após a admissão do Bancário não configura pré-contratação.(Vide trabalho bancário). Súmula 191 CLT: Adicional de Periculosidade – Incidência sobre o salário básico. O adicional de periculosidade incide, apenas, sobre o salário básico, e não sobre este acrescido de outros adicionais (Res. N. 13/83, 27.10.83, DJ 9.11.83).

7.2.5 Ônus da Prova das Horas Extras - artigo 74 e 818 da CLT.

- No processo trabalhista ao Autor da ação (empregado) cabe o ônus da prova. Mas pelo princípio da disponibilidade de prova, já que o empregador possui os cartões de ponto do empregado o ônus da prova é transferido para o empregador quando requerida pelo empregado a juntada no processo dos cartões de ponto.

Jurisprudência sobre o Princípio da disponibilidade de prova:Ônus da prova da jornada de trabalho é do autor da ação. O Artigo 74, parágrafos 2º e 3º da CLT, não contém norma imperativa, obrigando empregador a exibir, espontaneamente, os cartões de ponto. É mister que o empregado requeira, na exordial, a apresentação dos cartões de ponto que se encontram em poder do empregador para que haja a inversão do ônus da prova. A não juntada dos cartões de ponto, sem que tenha havido determinação judicial, não permite, por si só, o deferimento de horas extras, pela inversão do ônus da prova. Embargos acolhidos, para excluir da condenação o pagamento de horas extras.(TST E RR 1.369/88.2 - Ac. SDI 1063/92 - 10ª Reg. Rel. Min. Francisco Fausto. DJU, 14.08.92, páginas 1234/12341).

 

7.3. b) Prorrogação mediante acordo de compensação.

A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares não remuneradas, se efetuado acordo individual ou coletivo de compensação, pela correspondente diminuição dessas horas em outros dias, no período máximo de um ano, respeitado o limite máximo de 10 horas diárias (art. 50, § 2º da CLT).

Portanto, para compensação os dias e horas devem estar sempre previamente explicitadas, dias ou horas de folga, respeitando sempre o limite semanal de 44 horas.

7.3. No caso de acordo de compensação do sábado deve –se observar as seguintes hipóteses:

1. Caso este dia seja feriado, o empregado não poderá compensa-lo, sob pena do direito ao recebimento das horas compensadas na semana em dobro, a menos que lhe seja dado outro dia de folga.

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2. No caso do empregado compensar o sábado e vir a trabalhar neste dia, as horas trabalhadas no sábado deverão ser remuneradas como hora extra por constituir um excesso das horas semanais.

3. Se o empregado não trabalha um dia da semana deverá ter descontado as horas correspondentes à compensação não efetuada, o mesmo ocorre se falta durante toda a semana.

7.3.2 Para trabalho insalubre a súmula 349 do TST dispensa autorização do DRT.

Súmula 349 TST - “A validade do acordo coletivo ou convenção coletiva de compensação de jornada de trabalho em atividade insalubre prescinde da inspeção prévia da autoridade competente em matéria de higiene do trabalho (art. 7ª, XIII, da Constituição da República, art. 60 da CLT).”

Segundo precedente normativo do TST é válido acordo de compensação individual com empregado e não necessariamente acordo coletivo.

SDI 182. Acordo de compensação. Compensação de Jornada. Acordo individual. Validade. È válido o acordo individual para compensação de horas, salvo de houver norma coletiva em sentido contrário.

 

7.3.3.Não poderá o empregado efetuar horas extras após a jornada de compensação.

Entende o TST que neste caso, haveria descaracterização da compensação que passaria a ser considerada hora extra.

SDI 220. Acordo de compensação. Extrapolação da jornada. A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação de horas. Nesta hipótese, as horas que ultrapassarem a jornada semanal normal devem ser pagas como horas extras e, quanto àquelas destinadas à compensação, deve ser pago a mais apenas o adicional por trabalho extraordinário.

7.3.4 Flexibilização da Jornada de Trabalho Através da Compensação.

A flexibilização adotada pelo inciso XIII da Constituição Federal, através do Acordo de Compensação (art. 59, § 2º e § 3º da CLT), é importante porque ajuda a empresa adequar o ritmo do trabalho às necessidades da produção, com isso mantendo os empregados qualificados e treinados, evitando novas admissões ou rescisões do contrato de trabalho gerando custos desnecessários.

Sua aplicação garante o pagamento ao empregado de uma remuneração equivalente às 220 horas, desonerando o custo da mão de obra, ajudando num melhor planejamento do custo e gasto geral de fabricação.

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Art. 59, § 2º e § 3º da CLT: § 2º Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassando o limite máximo de dez horas diárias.§ 3º Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação integral da jornada extraordinária, na forma do parágrafo anterior, fará o trabalhador jus ao pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão.

 

7.3.5 A Jornada Poderá ser Fixada para Atender as Necessidades da Produção Em Turnos de Revezamento ou Turnos Fixos. 

Poderá ser implantado sistema flexível de jornada diária e semanal através de Negociação Coletiva, mas neste caso, deve-se respeitar o limite de 44 horas semanais, e sempre de modo a não causar prejuízo ao empregado (art. 468 CLT), quando da troca de jornada.

 Empresas que possuem um tipo de produção que aumenta e diminui em

determinados meses do ano conforme tendência de mercado, chamamos de produção sazonal, poderão estabelecer jornadas flexíveis, para atender períodos de maior ou menor produção, sempre mediante Acordo Coletivo de Trabalho, e desde que não cause redução salarial ou prejuízo ao empregado respeitando-se o art. 468 C.L.T.

Esse tipo de jornada é usado por empresas que necessitam de trabalhar 24 horas por dia para atender peculiaridades de sua produção. Neste caso a jornada máxima é de 6:00 horas diárias (inciso XIV, do art. 7º da C.F.).

 Contudo, essa jornada de 6:00 horas só é aplicável se houver alternância

nos turnos de trabalho do empregado. No caso dos turnos de trabalho serem fixos, a jornada será a normal de 8 horas diárias, por não existir o revezamento exigido pela lei.

 Exemplo:

1) Meses que exigem aumento da produção:

A empresa poderá adotar um sistema de 6 dias de trabalho e dois dias de folga (6 x 2), trabalhando 24 horas por dia com 44 horas semanais e 30 dias por mês, com 5 turmas fixas de trabalho.

2) Meses que exigem baixa do ritmo da produção:

Nos demais meses de baixa produção a empresa adotará um sistema de 5 dias de trabalho (de segunda a sexta-feira) com dois dias de descanso (5 x 2), trabalhando 24 horas por dia, com carga semanal de 44 horas e apenas 22 dias por mês, e utilizando 4 turmas fixas.

 

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Trata-se de um sistema flexível de jornada de trabalho, permitido desde que obtido através de Acordo Coletivo de Trabalho, conforme modelos abaixo:

1º Exemplo de Acordo Coletivo

ACORDO COLETIVO DE COMPENSAÇÃO DE HORAS 

PARTES:AMX EMBALAGENS S.AEstabelecimento de Diadema – São Paulo.

 Empregados representado peloSINDICATO PLÁSTICOS DE DIADEMA

  

O OBJETIVO

Cláusula Primeira

Face a sazonalidade das atividades da EMPRESA, fica acordado, que a partir desta data, seus empregados dos setores de produção terão regime de trabalho flexíveis, a fim de que sejam atendidas as necessidades de produção, sem alteração do seu quadro de pessoal.

DOS REGIMES DE TRABALHO E JORNADAS

Cláusula Segunda

Os EMPREGADOS dos setores de produção fabril, cumprirão basicamente, dois regimes de trabalho, ora denominado 6x2 e 6x1.

Parágrafo 1º

No regime 6x2 gozarão de duas folgas remuneradas, consecutivas, conforme escala, após cada período de seis dias de trabalho e no regime 6x1 trabalharão de segunda à sábado, com folgas aos domingos.

Parágrafo 2ºEm ambos os regimes os EMPREGADOS, cumprirão jornada semanal de 44

horas, com intervalo para refeição e descanso de 40 minutos, nos horários e turnos seguintes:

TURNO I: das 06:00 às 14:00 horas.TURNO II: das 14:00 às 22:00 horas.TURNO III: das 22:00 às 06:00 horas.

 

DA FLEXIBILIZAÇÃO DOS REGIMES DE TRABALHO 

Cláusula Terceira

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Os regimes de trabalho ora acordados serão praticados de maneira flexível, visando atender as necessidades de produção da EMPRESA,. Assim as mudanças de regime de trabalho, de 6x2 para 6x1 ou vice-versa, ocorrerão mediante simples comunicado para os EMPREGADOS e SINDICATO, com antecedência mínima de 15 dias.

Parágrafo 1º

Fica estipulado que, excepcionalmente, face a situação de mercado, poderá ocorrer, quando na prática do regime 6x1, a necessidade de paralisação das atividades no sábado, concedendo-se folga remunerada aos EMPREGADOS, também nesse dia.

 Parágrafo 2º

Ocorrendo a redução do trabalho na forma prevista no parágrafo anterior, os EMPREGADOS, compensarão as horas reduzidas (7:20 horas), de comum acordo com a EMPRESA, mediante a prestação de serviços em uma das folgas quando no cumprimento do regime de 6x2.

 Parágrafo 3º

O regime a ser praticado inicialmente pelos EMPREGADOS será o 6x2.

Cláusula Quarta

Fica acordado que os EMPREGADOS dos setores administrativos, trabalharão 44 horas semanais, jornada de trabalho das 08:00 às 17:48 horas, com intervalo de uma hora para refeição, com folgas aos sábados e domingos, sendo que as prorrogações diárias de jornadas se destinam a compensação dos sábados.

DA APLICAÇÃO DO ACORDO 

Cláusula Quinta

O presente acordo abrange os EMPREGADOS dos setores de produção do Estabelecimento da EMPRESA inicialmente mencionado, sendo que as disposições aqui pactuadas serão aplicadas aos contratos individuais de trabalho firmadas a partir de ..../..../...., observado a vigência deste acordo. 

 DA PRORROGAÇÃO, REVISÃO, DENUNCIA OU RENOVAÇÃO

Cláusula Sexta

O processo de prorrogação, revisão, renuncia e revogação, total ou parcial, deste acordo fica subordinado a deliberação das partes convenientes, observadas as disposições consolidadas aplicáveis. DA VIGÊNCIA

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Cláusula Sétima

O presente acordo vigorará pelo prazo de dois anos, a contar da data de sua assinatura.

 E, por estarem justos e acertados e para que produza os efeitos legais e

jurídicos, assinam o presente em 4 (quatro) vias. (DATA)(ASSINATURA DA EMPRESA)(ASSINATURA DO SINDICATO DOS TRABALHADORES)

 

 2º Exemplo de Acordo Coletivo

ACORDO COLETIVO DE COMPENSAÇÃO DE HORAS DE TRABALHO

PARTES:PREFIL EMBALAGENSEstabelecimento de Campinas – São Paulo. Empregados representados peloSINDICATO...

 Cláusula I

A compensação do sábado, será efetuada a razão de 48 minutos diários, em dias úteis a fim de que nos sábados não haja expediente, sendo este destinado ao repouso ou descanso dos empregados já considerado enquanto descanso semanal remunerado, para seus regulares efeitos, exceto as jornadas de turnos.

Horário a ser seguido será o seguinte:

Item (A)

Administração, Expedição, Compras, Vendas e outros

De segunda a sexta-feira: das 07:15 hs. às 16:30 hs., com intervalo de 0:30 min. para repouso e refeição sendo das 12:00 hs. às 12:30 hs. sendo também este o horário para os menores de ambos os sexos.

 Nos turnos os seguintes horários:

 1o. Turno:

Das 06:00 às 18:00 hs. de segunda-feira à domingo ( manhã e tarde), conforme escala pré-estabelecida.

2o. Turno: Das 18:00 às 06:00 hs. de segunda-feira à domingo (tarde e noite),

conforme escala pré-estabelecida. OBS.: Nos dois turnos citados, o horário da produção obedecerá uma

jornada diurno ininterrupta de 12 horas cada, dividida em quatro turmas fixas, sendo duas turmas no período diurno e igualmente duas turmas no período noturno, sendo nestes respeitados todas as leis implícitas e a esta jornada. As

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duas equipes fixas, tanto as diurnas como as noturnas, obedecerão a jornada igual de três dias consecutivos de trabalho por três dias consecutivos de folgas.

 Nos dois (02) turnos citados, o horário de almoço e jantar obedece

sempre um intervalo de 0:30 min. e computados como hora corrida, ou seja, considerada como hora efetivamente trabalhada. Esta redução de horários de refeição deve ser apreciada e definida conforme par. 3 do art. 71 da CLT e Portaria do MT nº 3.116/89. Compreende-se a jornada mensal equivalente em 220 hs. mensais, sendo este horário normal de trabalho, para os maiores sem exceção de ambos os sexos.

Item (B)

Serão observados os horários destinados para o repouso e alimentação na jornada, bem como aquele para o café, sendo este de 0:15 min. com revezamento.

 HoráriosCafé da manhã inicio 09:00 hsCafé da tarde inicio 15:00 hsCafé da noite inicio 21:00 hsCafé da noite inicio 03:00 hs RefeiçõesAlmoço inicio 10:30 hsJantar inicio 22:30 hs Parágrafo 1º: Fica assegurada a irredutibilidade salarial para todos os

efeitos nos termos do art. 07 § VI da Constituição Federal.

Parágrafo 2º: Fica estabelecido, que os trabalhadores admitidos após a celebração deste, ficarão enquadrados neste, mediante sua adesão com declaração individual.

Parágrafo 3º: Funcionários Administrativos: Na ocorrência de feriado durante a jornada de trabalho semanal, segunda-feira à sexta-feira, não será exigido qualquer compensação de horário, e na ocorrência do feriado recair no sábado, a empresa remunerará seus empregados, o período normal se trabalhado, acrescido do adicional a título de hora extra.

Cláusula II

Para efeito de prorrogação, revisão, denúncia ou revogação total ou parcial deste acordo observar-se-á o seguinte:

Parágrafo 1º: A prorrogação dependerá da manifestação expressa das partes, em noventa (90) dias antes da expiração do prazo de vigência, cuja a deliberação dependerá da expressa anuência dos trabalhadores interessados, em escrutínio secreto, manifestada através de Assembléia Geral Extraordinária e Específica, convocada pelo Sindicato, nos termos do Estatuto Social da Entidade.

Parágrafo 2º: A renúncia total ou parcial deste Acordo, dependerá da resolução da Assembléia Geral Extraordinária e Específica, em escrutínio secreto, convocada pelo Sindicato, nos termos do Estatuto Social da Entidade, por solicitação da Empresa ou da maioria absoluta dos empregados.

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Cláusula III

Fica estabelecida a multa contratual, por qualquer das partes infringentes aos termos ora estabelecidos, correspondente a um salário normativo ou piso da categoria devido por empregado e por infração. 

 Cláusula IV

O prazo de vigência deste acordo é de dois anos, e renovável por igual período, iniciando-se na data supra citada para o Sindicato, e oficialmente após a concessão do DRT. 

E por estarem justos e acordados, Empresa e Sindicato assinam o presente Acordo Coletivo de Trabalho, em quatro (04) vias de igual teor e na presença de três (03) testemunhas, será protocolizado perante a Sub-Delelgacia Regional do Trabalho, para as devidas observância, fiscalização, vistorias, registro e arquivo.

 Campinas, 12 de...... (DATA)(ASSINATURA DA EMPRESA)(ASSINATURA DO SINDICATO DOS TRABALHADORES)

 7.3.6 JORNADA SEMANAL FLEXÍVEL E HORÁRIO MÓVEL DE TRABALHO. 

É um sistema que permite ao empregado, estabelecer o inicio e o termino da sua jornada diária de trabalho. 

Para se estabelecer um Horário Móvel, faz-se necessário criar um horário de presença obrigatória, podendo o Empregado determinar sua presença apenas no Horário Móvel da manhã e da tarde, devendo também a Empresa, para isto, estabelecer um limite de variação mensal, para mais ou para menos, que é transferida para o mês seguinte. Veja proposta de acordo de Horário Móvel, a seguir: 

MODELO DE ACORDO PARA HORÁRIO MÓVEL

AOSINDICATO DOS TRABALHADORES

Ref. PROPOSTA DE ACORDO COLETIVO DE COMPENSAÇÃO E HORÁRIO MÓVEL DE TRABALHO

 Estamos remetendo para análise de V.Sa. a Minuta do Termo de Acordo

anexo, sobre a qual solicitamos a este Sindicato as providências do art. 612 e seguintes da CLT., para sua aprovação, visto ser de manifesto interesse dos empregados desta Empresa.  ACORDO COLETIVO DE COMPENSAÇÃO E HORÁRIO MÓVEL DE TRABALHO

Através do presente acordo coletivo firmado entre as partes de um lado, a Empresa,.........................................................sediada nesta cidade, ........................................., representada neste ato pelo seu Diretor/Gerente

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de ................................., e por outro lado os seus Empregados devidamente representados pela sua Entidade de Classe o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias................................................. da cidade de........................, com sede na Rua................................. por intermédio de seu diretor que ao final assina, de conformidade com o art. 612 e seguintes da Consolidação das Leis do Trabalho, firmam o presente Acordo Coletivo de Trabalho, conforme segue: 

CLÁUSULA 1ª - OBJETOO sistema denominado HORÁRIO MÓVEL, visa dar ao Empregado a

possibilidade de escolher o seu horário de início e término da jornada diária de trabalho, dentro dos limites determinados. 

CLÁUSULA 2ª - HORÁRIO DIÁRIOO horário de trabalho diário passa a ser das 8:00 às 17:00 horas de

segunda às sextas-feiras, com intervalo de 1 hora para refeição e descanso. 

CLÁUSULA 3ª - CONCEITO DE JORNADA SEMANAL/MÊS  A jornada de trabalho semanal é de 40:00 horas, e poderá ser executada na forma especificada na Cláusula Quarta. CLÁUSULA 4ª - DA MOBILIDADE DE HORÁRIO

A jornada diária de trabalho é composta de HORÁRIO MÓVEL - MANHÃ, de HORÁRIO de PRESENÇA OBRIGATÓRIA e de HORÁRIO MÓVEL - TARDE, a saber:

 Horário Móvel - Manhã - das 7:00 às 9:00 horasHorário de Presença Obrigatória - das 9:00 às 16:00 horasHorário Móvel - Tarde - das 16:00 às 18:00 horas

PARÁGRAFO PRIMEIRO - Durante o Horário Móvel, o Empregado poderá determinar sua presença.

Durante o horário de presença obrigatória, as irregularidades serão tratadas conforme prevê o Regulamento Interno de faltas e atrasos. PARÁGRAFO SEGUNDO -

O tempo máximo de permanência na Empresa em qualquer hipótese será de 11:00 horas, computando-se inclusive o horário para refeição.

PARÁGRAFO TERCEIRO - Em casos de necessidade de serviço o Coordenador da área poderá

combinar com os Empregados os horários de entrada e saída.

CLÁUSULA 5ª - FUNCIONAMENTO DO HORÁRIO MÓVELa) A Contabilização de débitos e créditos de horas para efeito deste

sistema, compreende o mês calendário.b) O saldo da jornada de trabalho mensal poderá ter uma variação de 20

horas para mais ou para menos. Esta variação será transferida para o mês seguinte.

c) Se o Empregado tiver uma variação negativa mensal superior a 20 horas, considerar-se-ão 20 horas como débito do Horário Móvel para o mês seguinte e as demais horas serão descontadas.

d) Se o Empregado tiver uma variação positiva mensal superior a 20 horas, considerar-se-ão 20 horas como crédito do Horário Móvel para o mês seguinte e as

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demais horas serão desconsideradas. Horas extras têm procedimento em regulamento próprio. PARÁGRAFO PRIMEIRO -

Horas trabalhadas aos sábados, domingos ou feriados não poderão ser consideradas para efeito de crédito do Horário Móvel. PARÁGRAFO SEGUNDO -

O intervalo para refeições não será em hipótese alguma considerado para efeito de cálculo das horas trabalhadas. PARÁGRAFO TERCEIRO -

O sistema de compensação de “pontes feriados” independerão do sistema de Horário Móvel, devendo ser acrescido no final da jornada de trabalho diária a quantidade de minutos e no período necessário. CLÁUSULA 6ª - CONTROLE DE HORÁRIOS

a) Os horários serão marcados pelo Sistema Eletrônico de Ponto.b) Em caso do não funcionamento do Sistema Eletrônico, os horários serão

controlados individual e manualmente (pelos empregados e aprovação da chefia imediata).

c) As horas debitadas/creditadas pelo sistema serão incluídas no demonstrativo mensal de pagamento/presença de cada funcionário.

d) Não serão considerados para efeito de crédito do Horário Móvel, períodos inferiores a 15 (quinze) minutos marcados antes do início ou após o término do horário normal de trabalho.

e) No caso do funcionário ausentar-se para treinamento, ou tiver que realizar trabalho externo ou viajar a serviço, será considerado, para efeito deste sistema, o horário normal da Empresa.

f) No caso de Rescisão do Contrato de Trabalho, por iniciativa do Empregado, em havendo crédito de horas do Horário Móvel, a Empresa efetuará o pagamento, e em havendo débito de horas do Horário Móvel, o Empregado deverá quitar as horas de débito quando da homologação da Rescisão do seu Contrato de Trabalho.

g) No caso de Rescisão do Contrato de Trabalho por iniciativa da Empresa, em havendo crédito de horas do Horário Móvel, a Empresa efetuará o pagamento, e em havendo débito de horas do Horário Móvel, a Empresa deverá considerar as mesmas como quitadas pelo Empregado.

CLÁUSULA 7ª - ELEGIBILIDADE   São elegíveis para o cumprimento deste acordo, todos os empregados da área administrativa que prestam seus serviços nos seguintes CENTROS DE RESULTADOS :

 - Talentos Humanos – CTH- Comercial - CRC- Administrativo Financeiro - CAF- Tecnologia - CRT- Diretoria e Superintendência - CDS

 CLÁUSULA 8ª - PREVALÊNCIA

As condições de trabalho estabelecidas no presente Acordo Coletivo de Trabalho, por ser mais favorável aos empregados deverão prevalecer, durante o seu prazo de vigência, sobre qualquer outra cláusula Contratual ou Convencional já estabelecida, ou que venha a viger após a data de sua assinatura.

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CLÁUSULA 9ª - COMPETÊNCIASerá competente a Justiça do Trabalho para dirimir quaisquer divergências

na aplicação no presente Acordo Coletivo de Trabalho.

CLÁUSULA 10ª - VIGÊNCIAO prazo de vigência do presente Acordo Coletivo de Trabalho é de 2 (dois)

anos, com início a partir de................................., alcançando os funcionários ativos na condição atual, e os funcionários que forem admitidos após sua implementação.

E, por estarem as partes justas e acertadas, e para que produza os efeitos legais e jurídicos, assinam o presente, em 04 (quatro) vias.

  (DATA) (ASSINATURA DA EMPRESA) SINDICATO DOS

TRABALHADORES.......  

  7.3.7 BANCO DE HORAS 

Pode-se flexibilizar a jornada semanal de 44 horas, estabelecendo uma jornada de 35 a 44 horas para atender as necessidades da produção mediante Acordo Coletivo, mantido o ganho salarial do empregado através de crédito e débito de horas após definida jornada padrão para acertos anuais ou outra forma mais adequada, mas sem causar prejuízo ao empregado conforme exige o art. 468 da C.L.T. (vide proposta para celebração de Acordo Coletivo de compensação anexa fls. 24/25).

Art. 59 § 2º e 3º da CLT§ 2º - Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força do acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas e um dia dor compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de 10 horas diárias.§ 3° Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação integral da jornada extraordinária, na forma do parágrafo anterior, fará ao trabalhador jus ao pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão.

 

Administração da Flexibilidade das Jornadas Acerto de Saldos do "Banco de Horas".

O Banco de Horas é um dos sistemas de compensação de horas utilizados para adequar a jornada semanal à necessidade de aumentar ou diminuir a produção, por isso a jornada mensal efetuada pelo empregado deverá ser mensalmente contabilizada numa conta de crédito e débito, da qual será dado conhecimento ao empregado.

A leitura do modelo de acordo coletivo abaixo elucida seu procedimento.

Saldos Credores:

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• Folgas adicionais ao período e Férias;• Folgas coletivas;• Compensações programadas (dias-ponte);• Folgas individuais negociadas (Supervisão X Empregado);• Transferir para próximo exercício com gozo até as próximas férias do

empregado Saldos Devedores:• Transferir para próximo exercício;• Descontar na Quitação (Demissão por iniciativa do empregado) Periodicidade do Fechamento:• Anual (31 de Janeiro)

 

1º Exemplo de:

MODELO DE ACORDO COLETIVO PARA INSTITUIR BANCO DE HORAS. AOSINDICATO DOS TRABALHADORES DA INDÚSTRIA DE ...............

Ref. PROPOSTA PARA CELEBRAÇÃO DE ACORDO COLETIVO, DE FLEXIBILIZAÇÃO E COMPENSAÇÃO DE JORNADA DE TRABALHO.  

Pela presente apresentamos a V.Sas. a nossa proposta para celebração de Acordo Coletivo de Flexibilização e Compensação de Jornada de Trabalho. 1. DA NECESSIDADE - OBJETIVO

1.1. Em razão da necessidade de adaptar os níveis de produção às exigências do mercado, que no nosso caso é caracterizadamente sazonal, pretendemos trabalhar com três turnos fixos, porém com jornadas de trabalho flexíveis de modo a evitar que as oscilações dos níveis de produção não provoquem alterações no quadro de pessoal nem maiores custos para empresa. 

Assim, demonstramos a seguir a forma de flexibilização pretendida, que entendemos viável e reciprocamente vantajosa. 2. DAS JORNADAS

2.1. Ficará mantida, para todos os efeitos legais, a jornada normal contratual que é de 44 horas semanais. Porém, durante a vigência do acordo e para fins de flexibilização, a empresa adotará uma jornada semanal de 42 horas. 

3. DA FLEXIBILIZAÇÃO

3.1. Com a flexibilização, a jornada semanal poderá sofrer acréscimo ou redução, segundo a necessidade de trabalho, observada a jornada básica de 42 horas semanais, a máxima de 46 horas e a mínima de 37,5 horas. 

3.2. Quando ocorrer acréscimo de jornada, ou seja, jornadas entre 42 e 46 horas semanais, as horas entre a 42ª e a 46ª serão creditadas aos empregados, sendo que a hora entre a 44ª e a 46ª será acrescida do adicional legal. 

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3.3. Quando ocorrer redução da jornada, ou seja, jornada semanal entre 37,5 e 42 horas, as horas entre a 37ª e meia e a 42ª serão debitados aos empregados.  

3.4. As jornadas serão estipuladas para um período inteiro de 4 ou 5 semanas e as alterações de jornadas serão sempre comunicadas aos empregados com antecedência mínima de 10 dias.

 3.5. Para controle das horas, especialmente dos saldos de horas

trabalhadas, será criado um “Banco de Horas”, que emitirá, mensalmente, relatório com a posição de cada trabalhador.

 4. FORMAS DE COMPENSAÇÃO DAS HORAS

4.1. Os acertos dos saldos devedores ou credores, de horas, serão efetuados com periodicidade anual, da forma seguinte:

 a) Saldos Devedores transferido para os exercícios seguintes; descontado do empregado quando da rescisão, se de sua iniciativa.

 b) Saldos Credores mediante compensações de dias pontes, conforme programação anual; folgas adicionais ao período de férias; folgas individuais autorizadas pela empresa; transferência para exercícios seguintes, com gozo até as férias.

   5. DAS AUSÊNCIAS JUSTIFICADAS E INJUSTIFICADAS

5.1. As faltas justificadas legalmente, bem como os descontos das faltas injustificadas, quando houver, serão sempre considerados com base na jornada normal contratual, visto que a remuneração do empregado é paga com base nessa jornada (44 hs semanais/220 hs/mês). 

6. FÉRIAS E 13º SALÁRIO 

6.1. As férias e o 13º salário serão sempre remunerados com base no salário mensal. (220 hs/mês).

7. DA PREVALÊNCIA

7.1. As condições de trabalho estabelecidas no presente Acordo Coletivo, por serem mais favoráveis aos Empregados, deverão prevalecer, durante o seu prazo de vigência, sobre qualquer outra cláusula Contratual ou Convencional já estabelecida, ou que venha a viger após a data de sua assinatura. 

8. DA RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO

8.1. No caso de rescisão do Contrato de Trabalho, por iniciativa do Empregado em havendo crédito de horas, a Empresa efetuará o pagamento, e em

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havendo débito de horas, o Empregado deverá quitar essas horas, quando da homologação da rescisão do seu Contrato de Trabalho.

8.2. No caso de rescisão do Contrato de Trabalho por iniciativa da Empresa, em havendo crédito de horas, a Empresa efetuará o pagamento, e em havendo débito de horas, a Empresa deverá considerar as mesmas como quitadas pelo Empregado.

 9. COMPETÊNCIA

Será competente a Justiça do Trabalho para dirimir dúvidas na aplicação do presente Acordo. 

10. VIGÊNCIA

O prazo de vigência do presente Acordo Coletivo é de 2 (dois) anos, com início a partir de .................

 E, por estarem as partes justas e acertadas, e para que produza os efeitos

legais e jurídicos, assinam o presente, em 04 (quatro) vias.

  (DATA) (ASSINATURA DA EMPRESA) SINDICATO DOS TRABALHADORES.......

7.3.8. Compensação de dias pontes.

É costume as empresas não trabalharem dias pontes, aqueles dias que intercalam os feriados e finais de semana.

Neste caso, para compensá-los a empresa deve estabelecer um Calendário Anual de Compensação, onde fixará os dias/horas a serem compensados, inclusive dias que dispensará o trabalho por mera liberalidade.

3º Exemplo de Modelo de Banco de Horas:

ACORDO COLETIVO DE TRABALHO

As partes, de um lado NACCO MATERIALS HANDLING GROUP BRASIL LTDA., estabelecida na Av. das Nações Unidas, no. 22.777 - São Paulo - Capital, doravante denominada EMPRESA, e, de outro lado o SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS METALÚRGICAS DE SÃO PAULO, doravante designado como SINDICATO, por seus representantes legais, celebram o presente Acordo Coletivo para Flexibilização e Compensação de Jornada de Trabalho, com fulcro no artigo 611 e seguintes da CLT, artigo 7°, inciso XXVI da CF/88 e no art. 59, § 2º da CLT, na forma seguinte:

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DO OBJETIVO

Cláusula Primeira

O presente acordo de flexibilização e compensação de horas de trabalho, tem como objetivo possibilitar que a EMPRESA mantenha seus níveis de produção adequado às exigências do mercado.

DA FLEXIBILIZAÇÃO

Cláusula Segunda

Segundo a necessidade da EMPRESA, a jornada de trabalho de seus EMPREGADOS poderá sofrer redução ou acréscimo.

Parágrafo ÚnicoA redução se dará mediante diminuição da jornada diária ou supressão do

trabalho em um ou mais dias, e, o acréscimo ocorrerá através de prorrogação da jornada diária até o limite previsto no "caput" do artigo 59 da CLT, (10 horas) pelo trabalho em dias já compensados (sábados e dias pontes) ou, eventualmente, pelo trabalho em dias feriados.

DA FORMA DE COMPENSAÇÃO DAS HORAS - BANCO DE HORAS

Cláusula Terceira

A compensação das horas será operacionalizada observando-se o disposto no artigo 59, Cláusula 2° da CLT, através de um "Banco de Horas", no qual serão lançadas, individualmente, a "crédito" do EMPREGADO as horas acrescidas a sua jornada e a seu "débito" as horas reduzidas da jornada normal de trabalho.

Cláusula Quarta

Para lançamento a crédito do EMPREGADO, as horas referentes as prorrogações na forma do artigo 59 "caput" da CLT serão consideradas sem qualquer acréscimo, ou seja a razão de uma por uma, as horas trabalhadas nos sábados e dias pontes serão lançadas com acréscimo de 50%, e as horas trabalhadas nos domingos e feriados com acréscimo de 100%.

Cláusula Quinta

Os EMPREGADOS serão informados periodicamente, através de mensagem inserida em seus demonstrativos de pagamento de salários, a sua posição quanto ao saldo de horas existentes.

DAS ALTERAÇÕES DE JORNADA - COMUNICAÇÃO AOS EMPREGADOS

Cláusula Sexta

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As alterações da jornada de trabalho, em decorrência da flexibilização ora acordada, serão comunicadas aos EMPREGADOS com antecedência mínima de 5 dias.

Parágrafo Único

Tendo em vista que os empregados da EMPRESA, por força de acordo coletivo não estão sujeitos a assinalação do ponto, os acréscimos ou reduções das jornadas diárias serão apontadas em registros apropriados, devidamente assinados e a supressão do trabalho por um ou mais dias será comunicada mediante aviso a ser afixado em locais adequados (Quadros de Avisos), dos quais será encaminhada cópia ao SINDICATO.

DO ACERTO DAS HORAS ACRESCIDAS OU REDUZIDAS

Cláusula Sétima

Caberá a EMPRESA administrar a flexibilização prevista neste acordo e cuidar para que a compensação das horas ocorra regularmente, de forma que no término deste acordo, que vigorará por doze meses, inexista saldo de horas a compensar. Entretanto se isto não ocorrer, o saldo de horas será acertado da forma seguinte:

a) se favorável ao EMPREGADO, este receberá as horas de saldo, com o acréscimo de 50%, na folha de salários do mês seguinte do término deste acordo.

b) Se favorável a EMPRESA, esta poderá compensar em acordos futuros.

DAS AUSÊNCIAS JUSTIFICADAS OU INJUSTIFICADAS

Cláusula Oitava

Para os descontos referentes as faltas injustificadas, bem como o pagamento das ausências justificadas, serão sempre consideradas a jornada normal contratual.

DO PAGAMENTO DO SALÁRIO E OUTROS DIREITOS

Cláusula Nona

Salvo na ocorrência de ausência injustificadas ou afastamento não remunerados, os salários dos EMPREGADOS, bem como os demais direitos relativos a férias, 13 salário, FGTS, serão pagos normalmente com base na jornada normal contratual correspondente a 220 horas/mês.

A RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO

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Cláusula Décima

Ocorrendo a rescisão do contrato de trabalho do EMPREGADO, por iniciativa sua ou da EMPRESA e havendo saldo de horas a seu favor, este lhe será pago como horas extraordinárias, com acréscimo de 50%, por outro lado, em havendo saldo de horas a favor da EMPRESA, este lhe será descontado, na razão de 50% do saldo, nos cálculos da rescisão final.

DA ABRANGÊNCIA DO PRESENTE ACORDO

Cláusula Décima Segunda

O presente acordo se aplica aos EMPREGADOS da EMPRESA lotados em seu estabelecimento já mencionado, exceto aos empregados exercentes de cargos de Direção, Gerência e Supervisão.

DA VIGÊNCIA

Cláusula Décima Terceira

O prazo de vigência deste acordo é de 12 (doze) meses, iniciando-se em 01 de fevereiro de 2000.

E por estarem as partes justas e contratadas, assinam o presente em 5 vias, uma delas a ser depositada na DRT local.

São Paulo, 01 de fevereiro de 2000

BRASIL LTDA SINDICATO DOS METALÚRGICOS DE SP

7.4. Prorrogação da Jornada de Trabalho para execução de serviços inadiáveis.

Art. 61 da CLT. Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho exceder do limite legal ou convencionado, seja para fazer face a motivo de força maior, seja para atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto.

 - São aqueles serviços cujas tarefas devem ser concluídas na jornada em

que começaram sob pena de causar prejuízo a empresa.

- Ex.: construção da laje de um prédio; transporte de produtos perecíveis; computação de dados.

- As horas de serviços inadiáveis devem ser pagas com o título de serviços inadiáveis, mas calculada com o mesmo adicional da hora extra. Existe convenções coletivas de trabalho que exigem o pagamento das horas excedentes a 10ª hora com acréscimo superior a hora extra. Verifique sua convenção coletiva.

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- Os serviços inadiáveis executados durante o mês devem ser comunicados a Delegacia Regional do Trabalho, no final de cada mês, relacionando os empregados e as horas efetuadas por cada empregado. Essa comunicação é exigida pela fiscalização do trabalho.

7.5. Prorrogação da jornada de trabalho por motivo de força maior.

Definição de Força Maior: É todo acontecimento inevitável e imprevisível. Exemplo: enchente, inundação, incêndio, desabamento, etc.

Art. 501 da CLT: Entende-se como força maior todo acontecimento inevitável, em relação à vontade do empregador, e para realização do qual este não concorreu, direta ou indiretamente.§ 1º A imprevidência do empregador exclui a razão de força maior.

7.6. Prorrogação a título de recuperação de horas. - A recuperação de horas pode ser solicitada no caso do empregado não

trabalhar por motivos alheios a vontade do empregador como exemplo a falta de energia elétrica, a quebra de uma máquina ou falta de matéria prima e o empregador vier a pagar essas horas não trabalhadas. Nesta situação, é permitida a compensação das horas pagas para se recuperar a produção.

- Para recuperação de horas, deve ser obtida antecipadamente a autorização da Delegacia Regional do Trabalho, especificando o número de horas diárias e os setores da empresa que irão executá-las. 

8. MARCAÇÃO DO PONTO 8.1 É obrigatório para todos os empregados conforme art. 74 parágrafo 2º da CLT., em empresas com mais de 10 empregados. Por cautela e para possível prova em juízo trabalhista as empresas com menos de 10 empregados, deve exigir a marcação em um livro de ponto, com anotação da entrada e saída.

As microempresas estão dispensadas de exigir a marcação do ponto de seus empregados, mesmo que possuam mais de dez empregados (Lei 9.841/99 – Art. 11).

 

8.2. Não há obrigação legal da marcação dos intervalos para refeição e descanso, mas nada impede o empregador de usar do seu poder de controle (hierárquico) exigindo a assinalação dos intervalos.

 Os intervalos na jornada concedidos por lei, nunca poderão exceder o

tempo ou mínimo disposto pela lei sob pena do excesso ser considerado tempo a disposição, com direito a remuneração como hora extra, conforme entendimento do Enunciado nº 118 do T.S.T.

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Enunciado 118 - Os intervalos concedidos pelo empregador, na jornada de trabalho, não previstos em lei, representa um tempo a disposição da empresa, remunerados como serviço extraordinário, se acrescidos ao final da jornada (Res. Adm. 12/81, 11.3.81, DJ 19.3.81). 

8.3. O ponto poderá ser marcado:

- Mecanicamente – cartão em relógio de ponto.

- Eletronicamente – controle computadorizado. Se a marcação diária do ponto for feita eletronicamente, deverá a empresa exigir a assinatura de uma planilha no final do mês para autenticação pelo empregado da jornada efetuada durante o mês. Antes, porém, deverá a empresa efetuar Acordo Coletivo com o Sindicato da categoria preponderante para exibir para fiscalização o procedimento do ponto adotado pela empresa.  Toda marcação eletrônica do ponto, deve ser anotada em programas de computador considerados invioláveis, para se evitar alegações de presunção de fraudes em juízo.

- Manualmente – livro ou papeleta externa. Neste caso o empregado deverá assinar a entrada e a saída, bem como assinar o cartão ou papeleta externa no final do mês para autenticá-lo.

8.4. Mesmo nos trabalhos externos com a fixação de horários para comparecer a empresa, a marcação do ponto deve ser exigida, através do uso do cartão-ponto externo que ficará em poder do empregado. a Portaria nº 3 de 7/1/52 da DRT, determina que os motoristas que fazem serviços externos deverão utilizar ficha de horário de trabalho em veículo de passageiros. O cartão de ponto externo, deverá conter o nome do empregado, nome da empresa, endereço, função do empregado, número da Carteira de Trabalho, horário de trabalho e intervalo para refeição e descanso. O empregado deverá visitar a entrada e saída autenticando no final do mês.

 

8.5. Estão excluídos do regime da marcação do ponto - art. 62 da CLT.

“Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo:I - Os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser adotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados;II - Os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial.Parágrafo Único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados mencionados no Inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento)”. (Lei nº 8966, de 17.12.94).

 

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Como entender o inciso II do art. 62 da CLT:

Quando a Lei exclui da marcação do ponto os gerentes ela exige que exerça cargo de gestão, isto é, poderes de dirigir, gerenciar, chefiar um setor ou departamento e ter subordinados. E também, exige no parágrafo único, que o empregado receba uma gratificação correspondente no mínimo a 40% do seu salário base, só assim é admitida a dispensa da marcação do ponto.

Portanto, podemos concluir que a dispensa da marcação do ponto vai depender de:

1) Exercer atividade externa que impeça a fixação de horários – ex. vendedor pracista.

2) Possuir poderes de gestão (ter subordinados).3) Exercer cargo de confiança imprópria.4) Receber gratificação de 40% do salário base.

Elementos para conceituar cargo de confiança:

 Para melhor interpretar e entender a legislação do inciso II do art. 62 da

CLT e também o art. 468 parágrafo único da CLT, devemos consultar as súmulas do TST que tratam da interpretação do art. 224 parágrafo 2º da CLT. Para isso, devemos distinguir os cargos de confiança classificando-os em cargos de confiança próprios e cargos de confiança impróprios, observando-se sempre:

 - Os poderes delegados ao empregado para o cargo que exerce na empresa;- As condições especiais de trabalho exigidas para a função exercida pelo

empregado. 

CARGOS DE CONFIANÇA PRÓPRIOS

Seriam aqueles definidos pela Súmula 287 do TST e possuem:

1. Natureza geral da confiança, funções de cúpula administrativa com poderes de gestão, isto é, dirigir, decidir, planejar e fiscalizar mandato expresso e padrões salariais especiais. O empregado substitui o empregador.

 2. Comprometem interesses fundamentais de toda a Instituição, são

subordinantes, isto é, esses empregados não se subordinam a outros na hierarquia funcional da empresa.

 A simples denominação da função (diretor, gerente, superintendente, etc)

ou a responsabilidade do cargo e mesmo conhecimentos técnicos (liberais) não constitui elemento que torne o empregado como exercente do cargo de confiança, no seu sentido próprio. A confiança deve se constituir num elemento objetivo da relação de trabalho com caráter preponderante pela natureza da função que o empregado venha exercer. 

 CARGOS DE CONFIANÇA IMPRÓPRIOS 

São aqueles definidos pelas súmulas 204 e 232 do TST e art. 224 - parágrafo 2º da CLT:

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 Súmula 204. Bancário. Cargo de Confiança. Caracterização. As circunstâncias que caracterizam o bancário como exercentes de função de confiança são previstas no art. 224, § 2º, da CLT, não exigindo amplos poderes de mando, representação e substituição do empregador, de que cogita o 62 alínea “c” consolidado (Res. 10/85, 28.6.85, DJ 11, 12 e 15.7.85). Súmula 232. Bancário. Cargo de Confiança. Jornada. Horas Extras. O bancário sujeito à regra do art. 224, § 2º, da CLT, cumpre jornada de 8 horas, sendo extraordinárias as trabalhadas além da oitava. (Res. 14/85, 12.9.85, DJ 19.9.85).Art. 224...................................................................................................§2º As disposições deste artigo não se aplicam aos que exercem funções de direção, gerência, fiscalização, chefia e equivalentes, ou que desempenham outros cargos de confiança, desde que o valor da gratificação não seja inferior a um terço do salário do cargo efetivo.

Os cargos de confiança impróprios necessitam possuir: a) Natureza especial da confiança (sem amplos poderes).

b) Comprometem determinado setor da Instituição - são subordinados aos empregados que exercem cargos de confiança próprios.

 - Já que tratamos dos cargos de confiança, seria interessante conhecermos

o que diz a doutrina e a jurisprudência trabalhista sobre o Cargo de Diretor Empregado :

 1. De acordo com a Súmula 269 do TST, o “empregado eleito para ocupar o

cargo de diretor tem o respectivo contrato de trabalho suspenso, não se computando o tempo de serviço desse período, salvo se permanecer a subordinação jurídica inerente a relação de emprego”.

 Vê-se, pelo referido Enunciado, que o elemento caracterizador da situação

do diretor é a subordinação. Não importa o nome “diretor” nem o fato de ter sido eleito pela Assembléia. Havendo a subordinação, tem-se a relação de emprego, com todos os direitos trabalhistas dela decorrente.

 2. Outros aspectos que determinam a caracterização do vínculo

empregatício dizem respeito a participação acionária do diretor, e ao fato de ter sido ele, empregado ou não. 

JURISPRUDÊNCIA:

“O fato de o empregado ser levado a condição de diretor, por eleição da Assembléia Geral da sociedade empregadora, não determina a perda daquela qualidade, a não ser que comprove que ele é proprietário de ações, a tal ponto que configure vultoso capital, e a qualidade de proprietário tenha sido o motivo principal de sua

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investidura” (Proc. 2294/78, Rel. Ministro Raymundo de Souza Moura, “in” Revista do T.S.T.). “Não há relação de emprego entre a sociedade e o diretor eleito diretamente para o cargo, sem nunca ter sido empregado anteriormente” (T.S.T. - Ac. 3ª Turma, nº 3713/91, Rel. Ministro Manoel Mendes de Freitas).

3. Segundo Professor Amaury Mascaro Nascimento (“in” Iniciação ao Estudo do Direito - Ed. Ltr, 20ª Edição), para a Teoria Moderna do Direito, não há incompatibilidade entre a condição de diretor de sociedade e a de empregado.

 Acrescenta o ilustre Professor que “como o diretor de sociedade é

subordinado ao Conselho de Administração da sociedade anônima, e mantém com a sociedade, relação de emprego, com os direitos subjetivos previstos no direito do trabalho”. 

9. PORTARIA MT Nº 1120/95 - DISPENSA DA MARCAÇÃO DO PONTO 

Trataremos a seguir da despensa pela empresa da marcação do ponto por todos os empregados ou de alguns setores, que ficariam assim a empresa dispensada da aplicação das regras da duração do trabalho mas que deverá ser feito através de acordo coletivo de trabalho firmado com o sindicato da categoria profissional a que pertence o empregado.

Através da Portaria 1.120 - DOU de 09/11/95 - o Ministério do Trabalho estabeleceu critérios para controle da jornada diária de trabalho, facultando as Empresas estabelecer o controle que melhor atenda a realidade de seu trabalho diário, desde que o faça através de Acordo Coletivo.

 Elaborado o Acordo Coletivo fica considerada como cumprida pelo

Empregado a jornada estabelecida pela Empresa, (princípio da presunção), do que se deduz :

 1) A Empresa poderá adotar critério de dispensa da marcação do ponto

pelos Empregados que passarão a assinalar apenas as irregularidades na jornada diária para desconto no final do mês.

2) Por ter sido feito através de Acordo Coletivo, e desde que no Acordo Coletivo se respeite os limites legais da jornada diária e intervalos exigidos por lei, não estará a Empresa sujeita a autuação pela fiscalização conforme Portaria 865/95 - MTPS.

3) Fica a Empresa obrigada a comunicar aos Empregados antes do pagamento mensal, as irregularidades havidas durante o mês.

4) No caso da aplicação pela Empresa da Portaria MTb 1120/95, fica esta desobrigada de obedecer aos critérios de dispensa da marcação do ponto, fixado pelo art. 62 da CLT., já que a autonomia privada do Acordo Coletivo deve prevalecer.

5) Exemplo de Cláusula de Acordo Coletivo:

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Fica dispensada aos Empregados a necessidade de marcação do ponto e controle de horário de trabalho na forma prevista pela Portaria Mtb nº 1120, de 8/11/95, o que implica na presunção do cumprimento integral pelo Empregado da jornada de trabalho contratual. Ficando, ainda, cada Empregado obrigado a assinalar as irregularidades de sua freqüência diária, sendo que qualquer ocorrência deverá ser comunicada ao Empregado antes de efetuado o pagamento de sua remuneração mensal.

6) Texto da Portaria MTb nº 1120/95: 

“Art. 1º - Os empregadores poderão adotar sistemas alternativos de controle da jornada de trabalho, desde que autorizados por convenção ou acordo coletivo de trabalho.Parágrafo 1º - O uso da faculdade prevista neste artigo implica a presunção de cumprimento integral pelo empregado da jornada de trabalho, contratual ou convencionada, vigente no estabelecimento.Parágrafo 2º - O empregado será comunicado, antes de efetuado o pagamento da remuneração referente ao período em que está sendo aferida a freqüência de qualquer ocorrência que ocasione alteração de sua remuneração, em virtude da adoção de sistema alternativo.”

Exemplo de Acordo Coletivo de Dispensa ou Isenção do Registro Mecânico do ponto.

ACORDO COLETIVO DE TRABALHO

De um lado BRASIL LTDA., com sede na Rua Lavas, nº 266, Município de Guarulhos, Estado de São Paulo, inscrita no C.G.C.M.F, sob nº 43.155.121/0001-10 (doravante designada “EMPRESA”) e de outro lado OS SEUS FUNCIONÁRIOS, representados pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Guarulhos – SP, bem como pelos representantes Sindicais, tendo em vista o interesse recíproco de substituir a marcação do ponto, prevista no Art. 74 da CLT, por um Sistema que demonstre maior confiança e avanço nas relações empresa-empregado, estabelecem o presente ACORDO, que será regido pelas cláusulas e condições seguintes:

Cláusula Primeira

O princípio que regerá o presente Acordo é o da isenção do registro mecânico do ponto, sendo que todos os funcionários devem comparecer ao trabalho normalmente, nos dias e horários determinados, e que as faltas, atrasos e saídas antecipadas constituem exceção à regra.

Cláusula Segunda

Caberá à supervisão/gerência da área onde o funcionário estiver alocado, ou ao próprio funcionário, o registro diário das faltas, saídas antecipadas e horas extras, registro esse que será feito diretamente no sistema de computador, através de coletores de registros desenvolvidos para esse fim.

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Cláusula Terceira

Nos casos de horas extras haverá um relatório onde constará o dia, o número de horas extras trabalhadas, o tipo de horas extras, para fins de fixação do percentual, e a aprovação do superior/gerente responsável e funcionário envolvido, para fins de pagamento.

Cláusula Quarta

As faltas e atrasos serão classificados em 3 (três) espécies, sendo que para definição de pagamento cada uma delas terá um responsável:

(i) Faltas, atrasos e saídas antecipadas por motivos particulares.Caberá ao superior/gerente da área do funcionário decidir quanto ao abono do período não trabalhado;

(ii) Faltas e atrasos legais.Serão abonados pela área de Recursos Humanos (Administração de Pessoal), mediante apresentação do respectivo documento legal;

(iii) Faltas e atrasos por motivos de saúde.O abono será de responsabilidade do Serviço Médico da empresa;

Cláusula Quinta

Trimestralmente, serão emitidos relatórios para os empregados que tenham participado com qualquer ocorrência, onde constarão inclusive o lançamento dos horários que compreendem a jornada normal de trabalho e as exceções (horas extras, faltas, atrasos, faltas legais, férias, etc).

Cláusula Sexta

Na hipótese de rescisão contratual, será emitido relatório, a partir do último relatório até a data do desligamento do funcionário.

Cláusula Sétima

Os lançamentos contidos na folha de pagamento deverão ser conferidos e analisados pelos empregados e, se necessário, serão corrigidos, impreterivelmente, até o final do mês subseqüente ao de sua inclusão na folha de pagamento. Não se manifestando o empregado no referido prazo, as informações constantes da folha de pagamento serão consideradas em ordem e validadas em caráter definitivo, exceto na hipótese do funcionário ter estado afastado durante os 30 (trinta) dias do mês subseqüente ao trabalho, seja por motivo de férias ou doença, sendo que se houver diferenças, estas serão calculadas com o salário vigente e pagas no final do mês.

Cláusula Oitava

Estando em ordem os dados constantes na folha de pagamento, obrigam-se as partes a assinarem o relatório trimestral, a fim de que sejam reconhecidas a

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autenticidade e a validade dos respectivos documentos. Nesta ordem, a recusa injustificada, por parte do empregado, quanto a aprovação poderá ser suprida pela assinatura de duas testemunhas.

Cláusula Nona

Os relatórios de que tratam as cláusulas anteriores serão emitidos por processamento eletrônico de dados e refletirão os registros cadastrados no referido sistema.

Cláusula Décima

A isenção do registro do ponto não desobriga os funcionários ao cumprimento integral da jornada de trabalho, assim compreendendo o expediente normal acrescido das compensações dos sábados e dias pontes.

Cláusula Décima Primeira

Verificando-se distorções quanto aos princípios em que se fundamentam este acordo, em razão de abusos praticados ou mau uso das facilidades instituídas por este sistema, reserva-se a empresa e/ou empregados, representados pelo Sindicato e assistidos pelos representantes Sindicais, o direito de restabelecer o regime de marcação e controle de ponto na exata forma que vigorava anteriormente, mediante rescisão deste acordo no prazo da cláusula 12º.

Cláusula Décima Segunda

O presente acordo vigorava pelo prazo experimental de 60 (sessenta) dias, a partir de 17.04.1995. Decorrido este período, o acordo passará a vigorar pelo prazo de 2 (dois) anos, podendo ser rescindido mediante pré-aviso de 30 (trinta) dias. Não havendo manifestação das partes estará o mesmo automaticamente renovado, sucessivamente, por iguais períodos de 2 9dois) anos.

Cláusula Décima Terceira

E, por estarem justas e acertados, e para que produza seus jurídicos e legais efeitos, assinam as partes contratantes o presente acordo coletivo de trabalho em 4 (quatro) vias de igual teor e forma, comprometendo-se a “EMPRESA” providenciar o protocolamento de uma via do mesmo, para fins de registro e arquivo, junto à Delegacia Regional do Trabalho em Guarulhos, conforme dispõe o artigo 614 da Consolidação das Leis do Trabalho, cláusula 47 da Convenção Coletiva dos Metalúrgicos e a Portaria nº 3082/84 do Ministério do Trabalho.

Cláusula Décima Quarta

As partes elegem o Foro Trabalhista de Guarulhos, para dirimir quaisquer dúvidas ou controvérsias oriundas do presente acordo.

Guarulhos, 13 de abril de 1995.

_______________________BRASIL LTDA

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_________________________________SINDICATO DOS TRABALHADORESNAS INDÚSTRIAS METALÚRGICAS, MECÂNICAS E DE MATERIAL ELÉTRICO DE GUARULHOS

_____________________________________REPRESENTANTES DOS EMPREGADOS

10. PERÍODOS DE DESCANSO – INTERVALOS NA JORNADA DE TRABALHO

10.1. Intervalos entre duas jornadas de trabalho.

Entre duas jornadas de trabalho deve existir um intervalo de 11 horas consecutivas para descanso – art. 67 da CLT.

Não respeitado esse intervalo, fica a empresa sujeita a autuação e multa pela fiscalização do trabalho. Mas, não dará direito ao empregado ao recebimento das horas não usufruídas de descanso.

Trata-se, apenas, de uma infração administrativa cometida pela empresa.

Existem exceções cujo intervalo entre jornadas é superior a 11 horas.

- Jornalistas profissionais – 10 horas – art. 308 da CLT.- Telefonistas operadoras e seções técnica, revisão, expedição,

balcão – 17 horas – art. 229 da CLT.

- Operadores cinematográficos – 12 horas – art. 235, § 2º da CLT.

- Ferroviários – Cabineiras – 14 horas – art. 245 da CLT.

10.2. Intervalos dentro da jornada diária e para trabalhos contínuos:

- 1 hora até 2 horas para jornada superior a 6 horas.

- 15 (quinze minutos) para jornada sujeita a 4 horas até 6 horas.

Esses intervalos na jornada não são consideradas trabalhos e não devem ser remunerados. Contudo, se o empregador não os conceder ou se o empregado trabalhar nos horários designados para o intervalo, deverá receber as horas trabalhadas como hora extra, visto que irá exceder a sua jornada normal – art. 71 § 4º da CLT.

10.3. Intervalos considerados tempo de trabalho vigente.

Existem atividades profissionais cujos intervalos também são obrigatórios e são considerados tempo de trabalho.

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- Digitador – 10 minutos a cada 50 minutos de trabalho – Portaria 3751/90.

Súmula 346 —DIGITADOR — INTERVALOS INTRA JORNADA-APLICAÇÃO DO ART. 72, CLT. Os digitadores, por aplicação analógica do art. 72 da CLT, equiparam-se aos trabalhadores nos serviços de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), razão pela qual têm direito a intervalos.

- Mecanografia – Datilografia - Cálculo – 10 minutos a cada 90 minutos de trabalho consecutivo – art. 72 da CLT.

- Telefonista – Telegrafista – Radiotelegrafia – 20 minutos após esforço contínuo de mais de 3 horas – art. 229 da CLT.

- Radialista – 20 minutos após esforço contínuo de mais de 3 horas – Lei 6.615/78.

- Mulher período de amamentação – 30 minutos a cada período de 3 horas – art. 396 da CLT.

10.4. Redução do Intervalo de Refeição.

O horário de refeição mínimo de uma hora poderá ser reduzido para até 30 minutos por Acordo Coletivo. Consultada a Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho da DRT, que emitirá autorização - art. 71 § 4º da CLT.

Os empregados que trabalharem com intervalos reduzidos para refeição autorizados pela DRT não poderão efetuar horas extras.

10.5. QUADRO DEMONSTRATIVO DOS INTERVALOS NA JORNADA DE TRABALHO

TIPOS DE INTERVALO

BASE LEGAL TEMPO DO INTERVALO

FINALIDADE OBSERVAÇÃO

Trabalho contínuo de mais de seis horas

Art. 71 CLT 1 a 2 horas Repouso e alimentação

Não considerado tempo de trabalho

Trabalho contínuo de menos de seis horas e mais de quatro

Art. 71 CLT 15 minutos Repouso e alimentação

Não computado como tempo de trabalho

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horas – dentro da jornadaIntervalo entre as jornadas

Art. 66 CLT 11 horas Repouso Não acresce ao tempo de trabalho

Intervalo semanal

Lei 605/94 e art. 67 CLT

24 horas Repouso Repouso semanal remunerado

Serviços de Mecanografia-dentro da jornada

Art. 72 da CLT 10 minutos a cada 90 minutos de trabalho

Repouso Computado como tempo de trabalho

Serviços de digitação – intervalo dentro da jornada

Portaria3435/90a

10 minutos a cada 50 de trabalho

Repouso Considerado como tempo de trabalho.

Amamentação do filho até 6 meses de idade-intervalos dentro da jornada de trabalho

Art. 396 da CLT

Dois intervalos de 30 minutos

Amamentação Computado como tempo de serviço

11. JORNADAS ESPECIAIS – PROFISSÕES REGULAMENTADAS. 

Quando se tratar de categorias profissionais regulamentadas por Lei especial, deve-se analisar a Lei específica da profissão, para verificar se estabelece uma jornada e intervalos exclusivas diferentes da regra geral, que estudamos acima.

 11.1. Médico – Dentista e Auxiliares de Laboratório – a Lei 3999/61 não fixa jornada reduzida para o médico, mas estabelece o critério para o cálculo do salário mínimo do médico, isto é, 3 salários mínimos para cada 4 horas de trabalho. Portanto, a jornada diária de trabalho do médico é de no máximo 8 horas e 44 semanais. É permitido os 5 tipos de prorrogação da jornada.

SDI 67. Radiologista. Salário Profissional. O Salário profissional dos Técnicos em Radiologia é igual a dois salários mínimos e não a quatro. (lei 7.394/85)SDI 53. Médico. Jornada de Trabalho. A lei nº 3.999/61, não estipula a jornada reduzida para os médicos, mas apenas estabelece o salário mínimo da categoria para uma jornada de 4 horas. Não há que se falar em horas extras, salvo as excedentes à oitava, desde que seja respeitado o salário mínimo da categoria.

11.2. Engenheiro - a Lei 4950-A/66 não fixa jornada reduzida para o engenheiro, mas estabelece o critério para o cálculo do salário mínimo do engenheiro, isto é, 6 salários mínimos para cada 6 horas de trabalho. Portanto, a jornada diária de

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trabalho do engenheiro é de no máximo 8 horas e 44 semanais. É permitido os 5 tipos de prorrogação da jornada.

SDI 39. Engenheiro. Jornada de Trabalho.A Lei nº 4.950/66 não estipula a jornada reduzida para os engenheiros, mas apenas estabelece o salário mínimo da categoria para uma jornada de 6 horas. Não há se falar em horas extras, salvo excedentes as oitavas, desde que seja respeitado o salário mínimo da categoria.

11.3. Ascensoristas – 6 horas diárias, com intervalos de 15 minutos, previstos pela Lei 3270/77. É vedado qualquer acordo para prorrogação da jornada diária de trabalho.

11.4. Telefonista – A jornada de trabalho da telefonista é de 6 horas diárias previsto pelo art. 227 da CLT. A telefonista só pode prorrogar a jornada em caso de serviços inadiáveis com acréscimo de 50% na hora trabalhada além da normal. Assim, a telefonista não poderá fazer hora extra e nem trabalhar em regime de compensação de horas.

11.5. Menor de 16 a 18 anos – A jornada de trabalho do menor está regulamentada no Capítulo IV, art. 411 e seguintes da CLT. A jornada diária de trabalho é de até 8 horas e 44 semanais. Contudo, só é permitida prorrogação da jornada nos casos de acordo de compensação e no caso de força maior, neste caso com acréscimo de 50% sobre a hora normal.

11.6. Digitador – O digitador poderá ser contratado pela empresa para trabalhar com jornada normal de 8 horas diárias e 44 semanais. Contudo, pela Portaria 3751/90 só poderá trabalhar no exercício de digitação e operação de computador pelo prazo máximo de 5 horas diárias, devendo destinar o restante da jornada para outros trabalhos fora da atividade de digitação. Nada impede, portanto, que o digitador seja contratado para um trabalho de apenas 5 horas diárias. Não deve se esquecer que para cada 60 minutos de trabalho o digitador tem direito a um intervalo de 10 minutos.

12. - HORÁRIO NOTURNO – ART. 73 DA CLT.

O apontamento do adicional noturno na folha de pagamento deverá observar o número de horas noturnas trabalhadas no período com o seguinte critério:

a) horário noturno das 22:00 às 5:00 horas ou conforme Convenção Coletiva da categoria profissional preponderante da empresa;

b) hora noturna reduzida de 52’ 30’’;

c) adicional noturno de 20% pelo menos, sobre a hora diurna ou conforme Convenção Coletiva da categoria profissional preponderante da empresa.  

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SDI 97. Horas Extras. Adicional Noturno. Base de cálculo. O adicional noturno integra a base de cálculo das horas extras prestadas no período noturno.

 12.1. Exemplos de cálculo da hora noturna: 

Jornada de trabalho de 8 horas com intervalo de 1 hora para refeição:   22 descanso 5 6 I____________//////// ____________ I__________I  \____ ____________________________/ \______/ 7 horas noturnas 1 hora diurna 

7 x 60’ = 420 minutos420’ : 52,50 = 8 horas8h - 1h (refeição) = 7 horas de trabalho noturno

   Jornada de 8 horas com intervalo de 30’ para refeição: 

22 refeição 5.0 5.30 6.0I______///////________52’30’’_____I__ __ ___I_ ______I  \___________________________/ \__ __/ \__ __/ 7:30 h noturnas 30’ 30’ h. extra h. diurna diurna 7 x 60 = 420 minutos420 : 52,50 = 8 horas8h - 30’ (refeição) = 7:30 horas de trabalho noturno

 

DIVISÃO DAS HORAS PARA PAGAMENTO

7:30 horas noturnas30 minutos diurno30 minutos extra diurno8:30 = total de horas trabalhadas.

 

Empregado mensalista, deverá receber:  

- No primeiro exemplo, 7 horas de adicionais noturnos por jornada multiplicado pelo número de dias trabalhados no mês.

- No segundo exemplo, 7:30 horas de adicionais noturnos por jornada multiplicado pelo número de dias trabalhados no mês, e também 30 minutos de hora-extra diário, multiplicado pelo número de dias trabalhado no mês.

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- Não podemos esquecer que o salário mensal fixo já remunera a jornada normal de 8 horas, por isso o pagamento se faz apenas do adicional noturno e hora extra.

 SDI 6. Adicional Noturno. Prorrogação em Horário Diurno. Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também o adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º, da CLT.

Segundo essa jurisprudência, o empregado que terminar a sua jornada normal de trabalho dentro do horário noturno e prorrogar a jornada de trabalho mesmo que dentro do período diurno, esta hora prorrogada não deve ser considerada diurna mas sim noturna.

Exemplo: empregado terminou a jornada normal às 04 horas e prorrogou a jornada até as 06 horas da manhã. Deverá receber todas as duas horas prorrogadas como horas extras noturnas e não apenas uma hora extra noturna e outra extra diurna.

Empregado horista, deverá receber: 

- No primeiro exemplo, 7 horas noturnas (hora diurna com adicional) por jornada de trabalho, e uma hora diurna por jornada.

- No segundo exemplo, deverá receber 7:30 horas noturnas (hora diurna acrescida de adicional) por jornada de trabalho; 30 minutos por jornada de trabalho e mais 30 minutos como hora - extra por jornada.

 Obs.: Os intervalos para refeição e descanso, tanto no horário diurno, como

no noturno, não são computados na duração do trabalho, conforme art. 71, parágrafo 2º da CLT. 

12.2. OUTROS EXEMPLOS DE DIVISÃO DA HORA NOTURNA: 

Exemplo de cálculo de empregado com jornada diária de 7h 20m, trabalhando de segunda a sábado no horário das 19:00 hs até as 5 horas com intervalo de uma hora para refeição. Como calcular o número de horas trabalhadas diurnas, noturnas e extras noturnas.

 Regra: Para se multiplicar ou dividir minutos, deve-se sempre converter os

minutos em decimal, e e após encontrar o total, reconverter os decimais em minutos, para se estabelecer o tempo em minutos.

 19 22 repouso 2:47 5:00\ 60’ / ////// 52’30” / 52’30” /  \ _ / \ / \ / 3 horas D 4 horas e 20 min. Noturnas 2hs 53min. Ext.Not.

Cálculo do nº de horas diurnas trabalhadas.

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A hora diurna deverá ser considerada como de 60 minutos = 3 horas diurnas no período das 19 às 22 horas.

Cálculo do nº de horas noturnas trabalhadas.

4h33 x 52,50 = 227,32227.32 : 60 = 3.79

 79 -------- 100

x -------- 60 = 3h 47 

O empregado cumpre as 4:20 horas noturnas trabalhando apenas 3:47 horas, porque a hora noturna é de 52’ 30’’ (cinqüenta e dois minutos e trinta segundos). Cálculo das horas extras noturnas efetuadas a partir das 2:47 horas até o término da jornada às 5 horas, que corresponde a 133’ (minutos) trabalhados. 

133 : 52.50 = 2.53 

53 ----- 100 x ----- 60 

O empregado trabalhou 2:30 hs extra noturna – na prática esse horário não seria admitido por estabelecer um excesso de horas extras diurnas – 2:30 hs. Quando o máximo permitido pela lei são 2 horas extras. 

 13. REPOUSO SEMANAL REMUNERADO

  O repouso semanal é um prêmio correspondente a um dia de trabalho que o empregado ganha se cumprir a jornada de trabalho semanal.

  Corresponde a um período de descanso semanal remunerado de no

mínimo 24 horas consecutivas, preferencialmente aos domingos e feriados civis e religiosos. (Art. 67 CLT e Lei 605/49)

    Para o mensalista já está considerado no salário. Para o horista ou

diarista deve ser calculado separadamente com base no salário-hora /dia. (Lei 605/49)

  O trabalho realizado nos domingos e feriados deve ser pago em dobro, e

não em triplo, exceto se houver cláusula de Acordo ou convenção coletiva, que obrigue o pagamento com acréscimo de 100%. O dobro disposto pelo art. 9º da Lei 605/49 está preconizado no Enunciado nº 146 do T.S.T.:

Súmula 146 do TST - O trabalho realizado em dia feriado, não compensado, é pago em dobro e não em triplo.

 

Assim, o empregado mensalista que trabalhar no domingo ou feriado não compensado, terá direito a receber apenas as horas efetivamente trabalhadas. Por

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outro lado, sendo o empregado horista, deverá receber as horas trabalhadas em dobro.  

Indevido pagamento do repouso semanal remunerado quando na ocorrência de falta injustificada durante a semana anterior (Lei 605/49).

    Existem faltas que são justificadas por lei, e por isso, não repercutem no

cálculo do repouso semanal, conforme o disposto pelo art. 473 da C.L.T., o qual admite que o empregado poderá faltar ao serviço nos casos que especifica. Deve-se entender apenas os dias de comparecimento como passíveis de configurar falta, excluindo-se da contagem aqueles dias em que o comparecimento ao serviço não é obrigatório, como sábados, domingos e feriados, em que não houver trabalho na empresa:

- Até 2 dias consecutivos em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou dependente econômico;

- Até 3 dias consecutivos em virtude de casamento;

- Por 5 dias consecutivos, em caso de nascimento de filho;

- Por 1 dia a cada 12 meses para doação de sangue;

- Até 2 dias consecutivos para se alistar eleitor;

- No período de tempo em que tiver de cumprir exigências do Serviço Militar.

- Por doença do empregado nos 15 primeiros dias de afastamento comprovado por atestado médico da empresa, médico do SUS, médico do SESI/SESC, médico do Sindicato e médico de escolha do empregado caso a empresa não possua médico próprio ou convênio que permaneça 24 horas a disposição do empregado.

- Os dentistas também poderão emitir atestados de afastamento para abonar faltas do empregado Lei 6215/75.

- Os atrasos em virtude de acidente causado pelo trânsito devem ser justificados desde que apresentado a devida justificativa fornecida pela empresa de transporte coletivo.

13.1. FERIADOS CIVIS E RELIGIOSOS

São feriados civis aqueles declarados em Lei Federal e Estadual e, são feriados religiosos aqueles declarados em Lei Municipal.

FERIADOS CIVIS1º DE JANEIRO Dia da Confraternização Universal21º DE ABRIL Tiradentes1º DE MAIO Dia do Trabalho7 DE SETEMBRO Independência do Brasil12 DE OUTUBRO Nossa Senhora Aparecida15 DE NOVEMBRO Proclamação da República25 DE DEZEMBRO Natal

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Dia de EleiçãoDia 9 de julho é feriado no Estado de São Paulo, estabelecido pela Lei Estadual n. 9.497/97.

FERIADOS RELIGIOSOSSexta-feira da PaixãoAlém dessa data, podem ser decretados mais 3 feriados, através de lei municipal, inclui-se:a) Fundação da Cidadeb) Padroeira da Cidadec) Corpus Christid) Finados – 2 de novembroe) Reis – 6 de janeirof) São João – 24 de junhog) São Pedro – 29 de junhoh) Nossa Senhora – 15 de agostoi) Dia de Todos os Santos – 1º de novembroj) Imaculada Conceição – 8 de dezembro

13.2.       O Repouso Semanal Remunerado sempre deverá ser pago sobre as verbas variáveis pagas ao empregado, conforme art. 7ª da Lei 605/49, nestas variáveis estão incluídas as horas-extras e os adicionais noturnos.

 O cálculo do D.S.R. deverá ser efetuado sempre correspondendo a 1 dia de

trabalho, dividindo-se os valores variáveis pagos pelos dias úteis do mês, multiplicando-se pelo número de domingos e feriados existentes no mês.

Considera-se dias úteis os dias do mês menos os domingos e feriados.

Exemplo: mês de 31 dias com 5 DSRsal: 840,00h. extra: 180,00ad. not.: 62,005 DSR h. extra: 34,615 DSR ad. not.: 11,97Total - 1.128,58

Cálculo do D.S.R. sobre a Hora extra 180,00 : 26 (dias úteis) = 6,92 6,92 x 5 DSR = 34,61

 Cálculo do DSR sobre o Ad. Noturno

62,26 : 26 (dias úteis) = 2,39 2,39 x 5 DSR = 11,97 

Obs.: O D.S.R. previsto pelo art. 6º da lei 605/49, corresponde a 1 dia de trabalho que o empregado receberá desde que cumpra a jornada semanal, por isso, deverá a Empresa estabelecer qual a tolerância de atrasos na semana que fará o empregado perder o “prêmio” do D.S.R..

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Assim, poderá também a Empresa pagar o D.S.R. calculado por número de horas, pois o total de hora mensal corresponde a jornada máxima que poderá ser executada pelo empregado.

 Exemplo de cálculo do D.S.R. por hora, para empregado horista: Jornada máxima mensal = 227,33

Salário hora = 3,40 

Horas trabalhadas no mês de 31 dias com 5 D.S.R.

7,33 x 26 dias = 190,58

 Cálculo: 227,33 - 190,58 = 36,75 (horas de D.S.R. a serem pagas) 36,75 h = 36,45 (decimal) x 3,40 sal. hora = 124,93 Exemplo de cálculo do D.S.R. por dia para empregado horista: 190,58 h = 190,35 (decimal) x 3,40 sal. hora = 647,19 cálculo do D.S.R.

  647,19 : 26 dias úteis do mês = 24,89 (um dia)24,89 x 5 D.S.R. = 124,45

13.3. TRABALHO NOS DOMINGOS E FERIADOS

O trabalho nos domingos ou feriados não compensados, deverão ser pagos em dobro, e não em triplo, como dispõe o Enunciado nº 146 do T.S.T. 

Enunciado 146 T.S.T. - “O trabalho realizado em dia feriado, não compensado, é pago em dobro, e não em triplo (ex-prejulgado nº 18)."

 

Esse entendimento do T.S.T. decorre do fato de que, no salário fixo mensal (mensalista) já se encontram pagos uma vez os D.S.R. do mês, como previsto no art. 7º parágrafo 2º da Lei 605/49.

 Assim, os empregados deverão receber apenas o número de horas

efetivamente trabalhadas no domingo e não essas horas em dobro, pois assim não fazendo, estariam sendo pagas em triplo.

 Exemplo:- Trabalho de 8 horas no domingo ou feriado não compensado.1) Mensalista - sal. = 860,00 (já recebeu uma vez no fixo)8 horas = 31,27 (segunda vez) 891,27

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CÁLCULO: 860,00 : 220 = 3,90 3,90 x 8 horas = 31,27 2) Horista - sal. 2,80 por horamês 31 dias com 4 D.S.R. e 1 domingo trabalhado 188 h. normais = 526,40526,40 : 26 (dias úteis) x 4 D.S.R. = 80,9816 horas (domingo em dobro) x 2,80 = 44,80 Total a receber = 652,18 

Veja, no exemplo acima, que discriminamos o domingo em dobro e pagamos apenas 4 D.S.R. em obediência ao Enunciado 91 do T.S.T.

Enunciado 91 T.S.T. - “Nula é a cláusula contratual que fixa determinada importância ou porcentagem para atender englobadamente vários direitos legais ou contratuais do trabalhador.”

 

As verbas pagas só serão consideradas válidas quando discriminadas, segundo seus títulos e quantidades, não existe salário complessivo, isto é, pagamento no recibo mensal de duas verbas salariais juntas com o mesmo título.

 As horas extras realizadas nos domingos e feriados deverão sempre ser pagas em dobro, observado os critérios acima, tanto para o empregado mensalista (porque não estão pagas 1 vez no salário fixo), como para o empregado horista.

 Exemplo: 2 horas extras deverão ser pagas 4 horas extras.  

13.4. Compensação do Descanso Semanal Remunerado :

a) se a Empresa concede folgas compensatórias referente aos domingos e feriados, deverá pagar o número de D.S.R. com base no número de folgas.

 b) se a Empresa concede folgas apenas referente aos domingos do mês e não compensa os feriados, deverá pagar o número de D.S.R. com base no número de folgas mais os feriados. 

13.5. O Repouso Semanal é de 35 horas. Trabalhos Iniciados durante a semana que terminam no domingo.

O art. 67 da CLT. obriga um intervalo mínimo de 11 horas entre duas jornadas.

A Lei 605/49 estabelece que o empregado fez jus a um descanso semanal de 24 horas consecutivas, preferencialmente aos domingos.

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 Assim, deve-se entender que o descanso semanal é de 35 horas no mínimo,

isto é, 24 (D.S.R.) + 11 horas (art. 67). Portanto, se o empregado termina sua jornada iniciada na semana, dentro

de um domingo, mas goza de um intervalo de 35 horas, antes de iniciar a próxima jornada, estará havendo uma Compensação das horas trabalhadas no domingo, não estando a Empresa obrigada a pagamento em dobro.

 Mas, não havendo intervalo de 35 horas, a Empresa fica obrigada a pagar a

diferença como hora-extra, o que decorre do entendimento do En. 110 do T.S.T.: 

Enunciado 110 T.S.T. - “No regime de revezamento, as horas trabalhadas em seguida ao repouso semanal de 24 horas, com prejuízo do intervalo mínimo de 11 horas, devem ser remuneradas como extraordinárias, inclusive com o respectivo adicional.”

 

Pelo acima exposto, pode-se concluir, para fins de Apontamento de Horas, que as horas que se iniciam em um dia de semana normal e terminam no dia seguinte, que é um domingo ou feriado, deverão ser apontada aplicando-se o percentual das horas referente ao dia que a jornada foi iniciada, pelo fato de existir sempre um intervalo de 35 horas entre as jornadas no Descanso Semanal Remunerado, que a Empresa vem respeitando havendo nesse caso uma compensação entre o trabalho realizado no domingo e o retorno do empregado na segunda-feira.  

13.6. Outros Exemplos de Cálculos do R.S.R.: 

a) Salário mensal + hora extra Salário R$ 820,00Hora-extra R$ 84,00 Repouso s/ hora extra - 4 repousos R$ 12,92

R$ 916,92 

Cálculo do R.S.R.84,00 : 26 (dias úteis do mês) = 3,234 RSR x 3,23 = 12,92

a) Salário mensal + comissões Salário R$ 600,00 Comissão R$ 250,00 RSR s/ comissão - 5 repousos R$ 50,00

R$ 900,00

   Cálculo do RSR 250,00 : 25 = 10,00 5 RSR X 10,00 = 50,00

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b) Salário hora + hora extra (Salário hora = R$ 5,00) 183,25h x R$ 5,00 R$ 916,25 36,25h RSR x R$ 5,00 R$ 181,25 40 h. extras x R$ 7,50R$ 300,00 5 RSR - Horas Extras R$ 60,00

R$ 1.457,25

Cálculo do RSR - H. Extra300 : 25 = 125 RSR X 12,00 = 60,00

 14. TRABALHO A TEMPO PARCIAL

14.1. O empregador poderá estabelecer mediante cláusula expressa no Contrato de Trabalho, jornada por tempo parcial cujo limite máximo semanal é de 25 horas na forma do art. 58 -A da CLT, § 1° e 2° e art. 59, § 4°.

Art-58............................................................................................................§ 1° -O salário a ser pago aos empregados sob regime de tempo parcial será proporcional a sua jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral.§ 2° - Para os atuais empregados, a adoção de regime de tempo parcial será feita mediante opção manifestada perante a empresa, na forma prevista em instrumento decorrente de negociação coletiva.Art.59............................................................................................................§ 4° - Os empregados sob o regime de tempo parcial não poderão prestar horas extras. (§ acrescentado pela MP n° 1879, de 23.11.99, DOU 24.11.99)

14.2. Ao empregado contratado para jornada por tempo parcial fica velada a prorrogação da jornada a título de hora extras, sendo nula a sua contratação.

14.3. O salário de ingresso poderá ser fixado proporcionalmente as horas trabalhadas, tomado-se por base o salário dos empregados na mesma função que efetuem jornadas por tempo integral.

14.4. Férias -direitos: O empregado contratado a tempo parcial, terá direito à férias após 12 meses de serviço, na seguinte proporção:

Art. 130.........................................................................................................

I - dezoito dias,'' para a duração do trabalho semanal superior a vinte e duas horas, até vinte e cinco horas,

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II - dezesseis dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte horas, até vinte e duas horas;III - quatorze dias, para a duração do trabalho semanal superior a quinze horas, até vinte horas;IV - doze dias, por duração do trabalho semanal superior a dez horas, até quinze horas;V - dez dias, para a duração do trabalho semanal superior a cinco horas, até dez horas;VI - oito dias, para duração do trabalho semanal igual a cinco horas ou inferior a cinco horas

  

14.4. Férias - Parcelamento

As férias deverão ser gozadas em único período, não podendo ser parceladas

14.5. Férias - Abono Pecuniário - ART. 143 § 3"

O empregado não terá direito a converter 1/3 das férias em abono pecuniário. 

Art. 143...........................................................................................................§ 3° - O disposto neste artigo não se aplica aos empregados sob o regime de tempo parcial. (NR) (§ acrescentado pela Medida Provisória n° 1879-17 de 23.11.99 DOU24.11.99).

 

Férias - Faltas Injustificadas

O período de férias será reduzido à metade caso o Empregado tiver mais de 07 faltas injustificadas durante o período aquisitivo - Art. 130 A § único: 

O empregado contratado sob regime de tempo parcial que tiver mais de sete faltas injustificadas ao longo do período aquisitivo, terá o seu período de férias reduzido à metade. (NR) (Art. acrescentado pela medida provisória n° 1879-17, de 23.11.99, DOU 24.11.99)

Férias Coletivas

O empregador poderá incluir os empregados contratados a tempo parcial nas férias coletivas que vier a conceder a Empresa.

 

14.6. Direitos Trabalhistas

Os empregados contratados a tempo parcial são aplicáveis todos os demais

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direitos trabalhistas previstos pela CLT, bem como os direitos decorrentes das Cláusulas de Acordo ou Convenção Coletiva Profissional preponderante na Empresa.

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