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  • Duetando a Alma com Gui Oliva

    Procurando a poesia com Lda Mello

    Fragmentos resposta potica edio de Snia Pallone

    Duetando Vcios e Vios Walter Pereira Pimentel

    Vou e Vai Gui Oliva

    O vai-e-vem do papel com Sylvia Cohin

    Sobre novos e velhos encantos com Rosngela do Valle Dias

    Libertando o corao com Gui Oliva

    Poetando o SE com Gui Oliva

    Sentindo o corao da poeta Vera Mussi

    Acrstico da PAZ... seguindo o poeta Alceu

    Fragmentando o tempo com Jorge Linhaa

    A minha oferta... com Vera Mussi

    Pedido de Socorro entrelace de Sylvia Cohin

    Duetando o Vale pena..., Gui Oliva e Michle Christine

    Duetando com Gui Oliva Cad? Por qu? com Ta... porque...

    Louvao Entrelace de Vera Mussi e Sylvia Cohin

    Os meus dedos errantes (Eugnio de S) e Os teus dedos (Susana Custdio)

    Fervendo, em dcimas (Eugnio de S) e Ferve ao poeta... em dcimas (Carmo

    Vasconcelos)

    Havers (J. G. Martinez) e Haverei (Rose Mari)

    Foste Tudo,No Foste Nada (E. Possdio) Glosa de Lda Mello

    Florescer (Merclia Rodrigues) & Simplificar (Lda Mello)

    No Sei (Sylvia Cohin) & Tampouco Sei (Gui Oliva)

    Lgrima(Carmo Vasconcelos) & Tua lgria (Zferro)

    A nau que naveguei Odir Milanez e Eugnio de S

    Escrevinhando Dueto: Fernando Peixoto e Sylvia Cohin

    Poeta, escreve um poema (gui Loureno Mauri) e Poeta, dou-te meus versos

    (Cleide Canton)

    Res Publica (Alceu Sebastio Costa) e Repblica (Cleide Canton)

    Um tempo s meu (Vera Mussi) e Do tempo e eu (Sylvia Cohin)

    Louco Amor (Sylvia Cohin) e Amor louco (Gui Oliva)

  • L

    TRANSMUDAO DALMA

    Gui Oliva

    minhalma vive em elegia,

    canta o canto dos teus versos

    com amor, e se refaz a cada dia,

    transmuda-se do lgubre em lume

    Santos/SP 28/04/07

    APELO D'ALMA

    Michle Christine

    Que se levante em reza-ladainha

    sem tristeza e nostalgia,

    louvao de adeus elegia.

    Que se levante em reza-ladainha

  • com firmeza e harmonia.

    louvao chegada da alegria.

    Que se conserve como reza-ladainha

    festejando o renascer do dia-a-dia,

    a beleza mais-valia da poesia.

    Que se conserve, poeta, o seu lume,

    o seu dom vaga-lume,

    candeia dessa vida-caminhante

    paz da nossa alma inconstante.

    Belo Horizonte, nov./2007

    Incio

  • CAD POESIA?

    Lda Mello

    Seguir preciso.

    Sentir, nem tanto!

    Seguir sem sentir,

    talvez, preciso.

    Apagar saudade,

    esquecer lembranas...

    Secura, deserto

    nas entranhas da alma.

    Os sonhos no brotam,

    no nascem os versos.

    Sem sonhos, sem versos,

    cad poesia?

    Arapiraca (AL) - Brasil, 07.05.2007

    Incio

  • TUA MORADA... A POESIA!

    Michle Christine

    Abre a tua alma, canta,

    sente que ela no est vazia!

    Tem lume de verso que encanta,

    tem osis de rimas, tem magia!

    Embale-a com teus sonhos de poeta,

    plantados com sementes de alforria!

    Esquece essa lembrana irriquieta,

    d asas de condor a alegria.

    Regresse ao teu rumo, ao teu repouso,

    tua ribalta em vigia est armada.

    Abrace a poesia, ela teu pouso

    A poesia tua morada...

    Belo Horizonte (MG) - Brasil, 08/05/2007

    Incio

  • Fragmentos

    Michle Christine

    "...Repudiar o impossvel... impossvel...

    Ele no deixa o relgio parar;

    as horas viram danas exaustivas que suam tristezas

    e o corpo reage s viglias e vive com as estrelas.

    A esperana se veste de vontade

    e transborda a espera em emoo

    Seu espao vira vida,

    roda-vida, roda-viva...

    O avesso enquanto lassido

    vira o direito da vibrao..."

    2007

    Incio

  • Meu vcio

    Walter Pereira Pimentel

    Em ti comea o meu vcio

    Minha fome de amor

    Minha alegria, minha dor

    Meu suplcio...

    Te seduzir, te conquistar

    Foi promessa, foi feitio

    Sabes disso

    No podes negar

    Aceita-me ento como sou

    Sem tirar nem pr

    Minhas "fomes", meus desejos

    Saciarei em ti, deixa acontecer

    O to sonhado beijo

    Embriaga-me de prazer!

  • Meu Vio

    Michle Christine

    Tu no s mais o meu vcio,

    tampouco meu desperdcio,

    ou minha dor, minha promessa,

    ou o meu suplcio.

    No s alfa, nem beta, nem gama.

    s meu inteiro, meu braseiro, minha rima.

    Timoneiro da minha rotina, lamparina.

    Minha gana, meu calor e minha cama.

    s minha veste, meu calar e meu intento,

    meu presente, luar fervente, meu tempo...

    meu beijo com gosto de uva,

    meu perfume com cheiro de chuva.

    s minha paixo, minha chama,

    pelerine suada de flama, meu bulcio indecente,

    minha carcia inocente.

    Meu fermento e minha preguia.

    Meu mundo inteirio...

    meu vio.

    Belo Horizonte, 23/06/2007

    Incio

  • VOU

    Gui Oliva

    VAI

    Michle Christine

    Versejar,

    pode ser mau

    o verso, mas meu

    Voar vo viageiro

    de vida-viva, veleiro,

    pois que valentia, valsa, valia.

    verdadeiro.

    Vcio

    que corri alma,

    mas ela no esqueceu

    ventura! Viveza de anjo,

    vermelho-vinhedo,

    varanda-de-renda ao vento ventoso.

    Vontade

    que apazigua, acalma

    e me mantm

    Vogar ditoso.

    Viva Versejo, verso,

    ventura vespertina,

    verde-oliva, vrzea verdejante,

    vesperal com viso de vero.

  • no me vejo

    em apogeu,

    s tento voar

    vocao!

    Voejo Valor de poeta,

    minha venerao.

    Voltil

    vou versejar

    vcio vontade viva

    voejo voltil

    08/08/2008

    15/07/2008

    Incio

  • A REVOLTA DO PAPEL

    Sylvia Cohin

    O PAPEL QUE VOLTA

    Michle Christine

    Peo licena ao papel

    e rabisco algumas linhas,

    (uma daquelas cartinhas)

    para o meu Papai Noel...

    H que pedir licena,

    (que seja dita a verdade)

    que o papel s descrena

    e lhe di a nulidade...

    Para Sylvia Cohin

    presente da Michle

    Dezembro/2006

    Constrangida e cautelosa

    vou escrevendo e riscando

    Da lonjura do alm-mar

    "teu papel" entrou-me casa

  • toda verve caudalosa

    que o papel vai rejeitando...

    com rabiscos de desejos

    e traados de esperana.

    Feliz Natal e Ano Novo,

    Dinheiro, paz e sade,

    Feliz enfim o meu povo

    livre de toda inquietude...

    Reina Amor na humanidade,

    Acaba a Pobreza no Mundo,

    O que se fala verdade...

    O Bem anda mais Fecundo...

    Dos rabiscos e traados,

    constrangimento e cautela,

    nasce tua carta singela

    ao Pai Noel que espera

    sem cansao e sem estorvo

    acatar tua quimera.

    Vejo o papel amarelo

    a fitar-me com descrena...

    como quem ri do anelo

    querendo que o convena...

    Em alm-mar volta o velho,

    brejeiro no seu vermelho

    de bon, bota e bengala

    e o teu mundo desembala:

    Todo Homem Irmo

    e Reina a Paz sobre a Terra,

    J no se fala de Guerra

    A Justia ergueu a mo!

    muito papel confiante...

    papel cor, tons do amor...

    papel branco, esperanto...

    ousando te convencer

    muito neles escrever

    poemas, versos e canto.

    Nas linhas da minha carta

    noto um movimento brando

    Do teu pedido, um trato:

    teu mundo novo o retrato

  • cada palavra se aparta,

    outra palavra buscando...

    E olhando estarrecida

    a revolta do papel,

    leio a carta assim nascida

    para o meu Papai Noel:

    do teu poetar, do teu canto.

    Do teu canto... um recanto.

    Do teu poetar... sacrossanto acalanto.

    Teu Novo Mundo... sem pranto... s

    encanto!

    Pra poupar-te de cansao

    E no te causar estorvo,

    Um s pedido eu te fao:

    Traz pra mim um Mundo Novo?

    Incio

  • NOVOS ENCANTOS

    Rosngela do Valle Dias

    Sem mistrios, sem silncios!

    Naquele bosque, imensido de esperana...

    Quietude na passagem da brisa!

    Novos encantos ...

    Dentro de mim,

    um corao,

    at ento, adormecido,

    pulsa forte,

    encantado, ritmado, iluminado...

    Caminho entre as rvores

    procura do meu refgio.

    As folhas, cadas,

    sussurram sob meus ps,

    como se quisessem me mostrar,

    como se pudessem me levar

  • por um atalho seguro,

    fonte dos meus desejos,

    ao meu oceano de seduo

    em ondas de xtases!

    Mais quereres,

    mais encantos,

    mais prazeres...

    Sem mistrios ...

    BH/MG -17/abril/2007

    VELHOS ENCANTOS...

    Michle Christine

    Com mistrios, com silncios!

    Naquele bosque, densa desiluso...

    Lamentos do vento... um pranto!

    Desencanto...

    Em mim,

    um corpo,

    morada da solido,

    que estremece,

    descompassado, dorido, sem expresso...

    Olho os rabiscos de sol entre os galhos

    e procuro a cadncia da calmaria.

  • O rudo das folhas secas,

    barulham nostalgia,

    mostrando insistente agonia,

    que chora os olhos e solua a garganta.

    Vontade que avana e canta

    de saciar meus desejos,

    de querer outros beijos,

    de delrios, de lirismo,

    de conto de amor!

    Mais querncia,

    mais ardncia,

    mais paixo...

    Sem mistrio,

    sem silncio,

    sem dor.

    BH/MG - 19/abril/2007

    Incio

  • Liberte

    Gui Oliva

    Deixe livres sons melodiosos...

    pela madrugada afora

    compasse o corao

    bem ritmado e, assim,

    sob ela enluarada

    seja, finalmente,

    o regente dele agora.

    Santos/SP 25/03/06

    Corao liberto...

    Michle Christine

    Nem as luas enluaradas

    nem os dias de sol, o rouxinol

    ou o girassol...

    nem jardins, nem perfumes,

  • nem lgrimas e queixumes,

    faro compassar meu corao.

    Ele no tem siso, nem guiso,

    impreciso.

    Faz rondas, sonda e avana ondas...

    engenha caminhos da seduo.

    E sendo seu prprio agente,

    concludente

    queima-se, constantemente,

    nos braos da paixo.

    Incio

  • SE Gui Oliva

    Se a vida te acaricia,

    amor amigo a ti devota,

    a morte no o elimina

    frente a ela procura rima,

    e tambm no te aquieta

    diante dela verseja,

    com versos espanta a dor,

    chora em canto

    s poeta!

    Santos/SP 30/06/07

  • SE Michle Christine

    Se algum dia me vires partindo, poeta,

    d-me os teus versos,

    coloca-os entre as minhas mos.

    Partirei suave e quieta.

    Voarei borboleta

    nascida dos retalhos coloridos,

    vividos e amados

    que a inspirao da tua poesia interpreta.

    Ou serei violeta

    no canto de um jardim de poesia, sem agonia,

    porque sempre fostes meu contentamento,

    minha graa, meu alimento.

    E naquele canto fica sem tempo... s no vento,

    tudo aquilo que mais me fez feliz.

    Abristes o meu corao de aprendiz

    e restaurastes todo o amor que nele sempre desfiz.

    Belo Horizonte, MG-30/12/2007

    Incio

  • Um corao que sente

    para a Vera Mussi

    Sylvia Cohin

    As notas esvoaam a trinar

    e depressa ou lentamente,

    espalham a magia pelo ar

    num canto ora feliz, ora dolente...

    Um corao no pra de pulsar

    seno quando se assusta ou sofre,

    de mal de amor fica doente,

    ou guarda em segredo como um cofre,

    o que lhe custa confessar...

    Mas tambm pra embevecido

    ante a grandeza do Mistrio

    e em reverncia emocionante,

    tenta guardar a natureza do instante.

    Tudo percebe sua volta,

  • mas porque sente, tudo sabe.

    Pensa... e se h revolta,

    acautela-se, pulsando mansamente...

    fechando d'alma os olhos,

    Alma to grande que nem lhe cabe...

    Procura longe, muito alm,

    no horizonte sem escolhos,

    um novo alento p'ra pulsar serenamente...

    Eu j nem sei, mas se pressinto bem,

    " feminino todo corao"

    que sente como este.

    Azul seu olhar to transparente,

    calmaria e sobressalto...

    onde pousa, deixa um toque de emoo

    e segue solfejando ora em contralto

    ou em surdina,

    desordenado diapaso

    do velho corao de uma menina.

    Sylvia Cohin

    Portugal, 19.09.2007

    Conheo este corao sentido

    (Michle Christine)

    Este corao que sente,

  • um corao que est presente,

    com guerra, com paz, com dor...

    o pulsar sempre pelo amor.

    Amor grande, de maior valia,

    amor que canta, encanta, que vida.

    Amor que cala, que chora sem guarida.

    Amor-amar-amando, amor-dodo-ferida.

    Se o olhar calmaria de azul,

    o peito carmesim de paixo,

    nesta dana-mudana

    que conheci a Vera-poeta, mulher, esperana.

    Poeta que poeta vida, mulher que compassa a lida

    o verde da esperana pinta a sua travessia.

    Com calmarias, ventos ou ventanias,

    a vida lhe d chegadas e sadas,

    aconchegos, medos e enredos...

    na poesia.

    Michle Christine

    Brasil, 27.09.2007

    Incio

  • Se o homem cultivar o Perdo

    luz da virtude do Amor,

    Sem lhe faltar com o Zelo, Ser revelado o segredo

    E o mundo ter soluo.

    Alceu Sebastio Costa

    So Paulo, 15 de Junho de 2000.

    Resposta ao Acrstico da Paz

  • Eu cultivo o Perdo,

    no corao tenho Amor;

    pela natureza o Zelo, pelas pessoas afeio,

    e ao meu Deus devoo.

    Se pra revelar o segredo

    de como amanhecer a PAZ...

    afirmo com convico:

    FAO PARTE DA SOLUO!

    Michle Christine

    Belo Horizonte - MG

    Incio

  • Fragmentos do tempo

    Jorge Linhaa

    Desfaz-se o tempo

    dilui-se o momento

    esvai-se no vento

    Minutos perdidos

    segundos esquecidos

    instantes rompidos

    Horas vazias

    dias de utopias

    meses de fantasias

    Sculos fragmentados

    dcadas dispersas

    anos pulverizados

  • Distoro dos sentidos

    iluso semi-tica

    tic-tacs no mais ouvidos

    Fragmentos do tempo

    Michle Christine

    Tomara que o tempo

    guarde meu momento

    no pensamento.

    Minutos renascidos,

    segundos tecidos

    de instantes coloridos.

    Horas de alegria

    dias de energia,

    meses de harmonia.

    Sculo oportuno

    dcadas em uno

    anos de aprumo.

    Beijos respondidos,

    sonhos atrevidos

    e ouvidos

    no tic-tac dos sentidos.

    Incio

  • Convite que fao a

    Querida Poeta Amiga Michle

    Visite o Site

    http://www.veramussi.com.br/

    Comemorando meio ano de existncia

    ,

    plenamente feliz!

    Aceitei teu convite ao site e,

    em l caminhando, me encontrei.

    honra, graa!

    A minha oferta ...

    Um Poema ao Amor

    "A minha oferta" ...

    Amor em poema

    Vera Mussi Michle Christine

    Nos intervalos...

    Lindos sonhos imaginrios

    Novos cenrios!

    "A minha oferta" ...

    poeta

    transcede

    o breve.

    Tantos retalhos...

    Embutidos nas pginas

    Do Livro da Vida.

    sempiterna e fraterna,

    branca preciosa,

    cor da paz.

  • Pertinaz.

    Audaz.

    Entre versos e rendas

    Poesias inspiradas

    Sob encomenda

    Em rimas matizadas...

    Nas cores de um cu de anil...

    "Estrela das neves"

    ou lume de vero,

    circunscreve

    o cu, o vento,

    o tempo.

    Tudo por mim

    Idealizado

    Todos os meus dias

    Encantados...

    Tantos versos espalhados

    Pelo Universo - Fim

    Por Deus

    Sempre iluminados !

    A minha oferta

    poeta

    tem beleza nobre de flor,

    talism supremo do amor.

    Tem mistrio de fada,

    luz de lua prateada,

    florao alpina

    divina obra-prima.

    Nos etreos espaos

    Brilham as estrelas reluzentes

    Tantos abraos...

    Transcendentes

    Ternos beijos...

    De um anjo azul...

    Todos os desejos mil !

    Entre blocos rochosos

    a persistncia da lida.

    Entre ecos verdejantes,

    perfumados e alados,

    a singeleza da vida.

    Afetos de raro sabor

    Um poema ao Amor

    "Quase primaveril ..."

    A minha oferta

    aos poetas

    so ramos, muitos ramos

    de "Edelweiss"...

    especiais,

    Colhidos na emoo

  • do meu corao.

    "Do corao a razo dos amigos"

    Carinho e Gratido

    Vera Mussi

    1 de Setembro/2008

    "Do corao a razo dos

    poetas"

    Parabns Vera, Parabns poetas

    que congregam a festa de

    existncia do

    http://www.veramussi.com.br/

    Carinhos meus,

    Michle

    12 de Setembro/2008

    Incio

  • PEDIDO DE SOCORRO

    Michle Christine & Sylvia Cohin

    Pedi socorro ao poeta

    para que alguma inspirao,

    levasse ao destino certo

    o meu afeto completo...

    recoberto de gratido.

    Nasceu da mo duma esteta

    e um sopro de mono

    espalhou em cu aberto,

    o poema que decerto

    pousou no meu corao...

    Ento me sussurou aos ouvidos

    Quintana de tempos j vividos:

    "Ser poeta no dizer grandes coisas,

    mas ter uma voz reconhecvel

    dentre todas as outras"...

    ao corao que sensvel.

    De Quintana em tempos idos

    versos de saber colhidos

    que ignorar impossvel,

    como as rimas que aqui poisas

    nesse tom inesquecvel!

  • Assim, recebam, Syl e Gui

    esta trova de agradecimento

    pelo som que me traz o vento

    quando recebo, nas suas palavras,

    outras... que me do alento.

    Assim, recebe co'a Gui

    este mimo onde acrescento

    um aplauso muito atento

    ao poema com que lavras,

    gratido e sentimento!

    Beijosssssssssss

    Syl

    02.01.2008

    Incio

  • VALE

    Gui Oliva

    J dedilhou o poeta Fernando Pessoa

    "tudo vale pena se a alma no pequena"

    Assim, vale pena ouvir de novo

    e muito a pena vale, toda vez que fale

    do amor e ao versejar o escancare.

    Vale? indagam na Espanha toda vez

    que, dialogando contigo algum esteja,

    e mais vale se for troca de conversa

    sobre um amor que j se fez.

    Vale recordar o sonho no desfeito,

    vale lembrar o timo, o bom

    e at vale quando indevido o efeito,

    vale no esquecer que a vida so momentos

    que passam, e em tomo de segundos

    se do rarefeitos,

    vale no entanto sent-los mais do que perfeitos,

    vale a correnteza de toda aquela gua

    que corre como se descesse vale de lgrimas.

    Vale relembrar sim todo aquele aguaceiro,

  • vale represar o choro, vale imaginar amor novo,

    vale, mas sem esquecer que da vida, no seu todo...

    sers sempre simples passageira ou passageiro!

    Santos/ 04/02/07

    www.vidaemcaminho.com.br

    SIM... VALE

    Michle Christine

    E Mrio Quintana soprou: "quero , um dia, dizer s pessoas

    que nada foi em vo... e que valeu a pena".

    Como vale pena o pensamento e a ao

    ou a gota-serena na aucena

    e os voos silenciosos

    das misteriosas falenas.

    Vale a vez, o talvez e o fez,

    vale a palavra, o aceno, a poesia.

    Da paixo vale at a insensatez

    e do amor vale-mais a alegria.

    Vale a roda-do-tempo de todos os momentos:

    tempo de chuva e de calor-sem-ventos,

    tempo da dana, primavera-de-flores,

    vale a conquista e vale o mal-de-amores.

    Vale floretear o dia e o aquietar das boas-noites,

    como valem o tanto, o quanto e o enquanto

    dos aoites sensuais das entrenoites.

    Vale o sorriso, o siso e o improviso,

    vale sonhar com o paraso.

    Vale o presente, vivente. Vale o passado, lembrado.

  • Vale o futuro afortunado.

    Sim, " tudo vale pena, se a alma no pequena".

    BH, 24/11/2009

    http://michelechristine.wordpress.com/

    Incio

  • Cad? Por qu?

    Cad? procuro por toda sesmaria

    como achar em verso amor,

    sem que eu dispense a teimosia

    de no apagar este calor!

    Por qu? no festejo mais o sonho

    e brota meu verso revelia,

    razo indaga... corao tristonho

    cad, dos versos que rimas, a magia?

    Gui Oliva

  • 08/05/07

    www.vidaemcaminho.com.br

    Ta... porque...

    Ta! em algum canto do jardim

    meu verso encantado de amor

    que implora nas notas de um flautim

    tua presena, teu cheiro, teu sabor.

    Porque o sonho se abre num sorriso

    e do sorriso que brota a inspirao

    a mente cr ... que do corao alegre

    nascem os versos mais mgicos da paixo.

    Michle Christine

    26/05/2010

    www.michelechristine.wordpress.com

    Ilustrao conservada de Olga Kapatti

    Incio

  • " LOUVAO "

    Sol da Minha Vida

    vera mussi

    &

    Norte da Minha Vida

    sylvia cohin

    No est distante... nem muito longe,

    ao contrrio,

  • Luz da minha vida... meu relicrio...

    bem perto deste corao amante!

    Verdade histrica...

    Fora que me leva adiante,

    Coragem estica.

    Minha grande vitria

    Norte de minha histria

    Sol que aquece as intenes glidas,

    Lume que esfuma as palavras prfidas...

    Sol que derrete o mel do amor menino

    das emoes crianas...

    Farol que acena ao meu destino

    a sbia luz de temperanas...

    Dor suave que passa ao som da voz

    das primeiras esperanas...

    Curso que leva foz

    a tristeza de lembranas...

    Calor que enxuga lgrimas choradas,

    gotas de cristal embalsamadas!

    Abrigo de duras jornadas,

    de intempries inesperadas!

    Manto de Luz que abenoa e cura.

    Bendita chuva de Graa pura.

  • Amor integral!

    Certeza incondicional!

    s tu meu Deus, o Sol dos meus dias

    Luz de minhas travessias...

    Todas as alegrias

    A F que me sustenta

    O Man que me alimenta

    Envias os sinais, acenos de conforto...

    Nau que me conduz ao porto...

    Toda harmonia que os Teus Olhos

    podem ver,

    E o Teu Sagrado Corao pode sentir

    por mim,

    Tu me desvias dos escolhos

    e das procelas por vir...

    Todas as graas derramadas

    sobre mim

    Tu s o Amor que jorra enfim

    Para um lindo viver!

    Promessa de Alvorecer!

    Tantas benos

    De tuas mos

  • Tanto SOL na minha vida

    Jamais ter fim!

    s a ltima guarida

    Canto de Paz em mim!

    Eu Te louvo, meu Deus

    Senhor dos dias meus!

    SOL de teus filhos amantes,

    Guia dos meus ps errantes

    renascidos nesse amor transcendente,

    O meu rumo permanente!

    Ave Maria!

    Ave!

    "Eis aqui a serva do Senhor"

    - Ensina-me o teu Amor!

    "Faa-se em mim segundo a tua palavra "

    - Faz de mim a tua lavra!

    Amm!

    Convm!

    Amm!

    Por mim,

    Amm!

    Por quem...

    Amm!

  • VERA MUSSI

    SYLVIA COHIN

    17.12.2005

    Incio

  • Os meus dedos errantes

    Eugnio de S

    Os meus dedos, amor, dedos errantes teis partes de mim, mas que eram teus

    Sem o altar do teu corpo so ateus No se enternecem a orar como antes

    So as extremidades destas mos cativas Da saudade que as tuas lhes deixaram;

    Os meus dedos nos teus, como brincaram Entrelaados eles e nossas vidas

    triste que hoje os saiba acarinhados

    Por outros que talvez no te amem tanto Enquanto estes meus sofrem, ignorados

    Mas sensaes perduram, entretanto;

    Nestas mos que te amaram sem pecado Ficaram as memrias do encanto!

  • Os teus dedos

    Susana Custdio

    Esses teus dedos, dedos vacilantes Partes teis de ti que foram minhas Dedos com que ainda me acarinhas

    Mas que estaro perdidos e distantes

    Estas mos hoje inertes e cativas Das carcias que em mim me deleitaram; Os nossos dedos, como eles brincaram

    Longe se encontram eles e nossas vidas

    Ah, como eles foram to acarinhados Pois s tu me amas-te, casta e ternamente

    Devem sofrer horrores, ignorados

    Mas perduraram tantas sensaes Nestas mos que te amaram, sem pecado

    Onde latejam tantas recordaes!

    Portugal - Fevereiro 2011

    Incio

  • Fervendo, em dcimas

    Eugnio de S

    A cem graus ferve a gua e d o mote s fervuras que temos nesta vida

    Ferve em tristeza uma causa perdida Ou de um perdido amor ferve o derrote

    Fervem uns olhos lindos ao dichote Ferve numa quezlia o palavro

    Ferve uma me que morre daflio Ao ver em perigo o filho desvalido A raiva ferve aos atos sem sentido

    Ferve o ouvido ao som de uma emoo.

    Ferve na carne o sol em combusto Que nos dota de tom a branca pele

    Ferve dinsuportvel e repele Uma mordaz e vil insinuao

    Fervem no ar as notas da cano Que nos recorda uma iluso perdida Fervem em pranto memrias da vida Que nos trazem rudos de saudade

    Ferve o desejo num corpo sem idade

  • Pois sem idade todo o corao.

    E se o cime ferve e di na carne Ao falso anncio de traio fatal

    Mais ferve a injustia de um Natal Que um velho passa s e abandonado Porque dos velhos esse triste fado Como dos jovens a inconscincia

    Quando lhes ferve o vcio em consistncia Mas se ferve o amor no se derrama

    Se o soubermos manter como uma chama Que se alimenta da nossa paixo.

    Brasil/Set/08

    Ferve ao Poeta... em dcimas

    Carmo Vasconcelos

    Fervem-lhe os sos direitos esquecidos Aos homens, s mulheres e s crianas

    Ferve-lhe um amanh nulo de esperanas Para os entes mais desfavorecidos

    Ferve-lhe a justia surda e cega Que solta deixa mpios e ladres

    Ferve-lhe a impunidade que lhes lega E mete os indigentes nas prises

    Inocentes se roubam um milho Culpados se com fome roubam po!

    Fervem-lhe ao rubro os luxos desmedidos Vaidades sem acerto e probidade

    Fervem-lhe os que de tudo desprovidos Dia-a-dia morrem em mendicidade

    Fervem-lhe as verdes matas derrubadas Para servir aos reis da construo

    Ferve-lhe o planeta que sem espadas

    Mortfero se insurge poluio Homens possessos dum agir macabro Conducentes do mundo ao descalabro!

  • Ferve-lhe na pena o sangue do poeta

    Gritam-lhe a dor as letras em cacho

    Ferve-lhe nalma a mgoa secreta E na mente a denncia pla razo!

    Ferve-lhe a impotncia pela justia D alar a moralidade em declnio

    Ferve-lhe a mo pra comandar a lia Em resgate da Paz em extermnio

    - Na pena a garra de abolir o imundo... Ao Poeta a fora de mudar o Mundo!

    Lisboa/Portugal

    Fev/2008

    Incio

  • HAVERS... Jos Geraldo Martinez

    Havers de viver em mim,

    tal qual as neblinas nas grandes serras...

    Vivers sem fim e tornars, assim,

    as flores de todas as primaveras!

    Havers de viver em mim,

    tal qual os peixes no grande mar...

    Quais madrugadas misteriosas e silentes,

    buscando mansamente o dia chegar!

    Havers de viver feito as aves,

    que voam ao cu fugitivas...

    O sol que humildemente busca o poente,

    para que a noite se cubra vida!

    Eternamente feito a lua a beijar

    o grande lago...

    Sempre assim e c dentro de mim, docemente,

    tal sereno adormecido nos cravos!

    Havers de viver em mim sem tempo...

    Como vivem as chuvas livremente!

    Qual estrelas no cosmo, olhos do mundo,

  • a brilharem no firmamento...

    Quando esta vida me calar e

    a morte chegar com toda aspereza...

    Serei toda a saudade que ficar,

    tal qual foste para mim todo amar,

    a prpria natureza!

    06/6/2011

    HAVEREI... Rose Mori

    Haverei de estar em ti

    como a gua que brota da fonte,

    saciando o tempo de tua sede...

    Haverei de estar em ti

    como um fogo ardente

    que no se extingue jamais...

    Haverei de estar em ti

    como o ar que respiras

    e que refrigera tua alma...

    Haverei de estar em ti

    como a raiz do grande carvalho

    que te abriga do sol inclemente...

    E se um dia a vida te calar,

    ainda assim,

    haverei de estar em ti,

    como a terra que te receber...

    Haverei de estar em ti

    hoje e eternamente,

    como a prpria natureza.

    06/06/2011

    Incio

  • Foste Tudo...

    No Foste Nada...

    Emlia Possdio

    Foste silncio nas longas esperas,

    pergunta sem resposta (presa) ao corao,

    obra inacabada ultrapassando eras

    esquecida na estante da iluso.

    Foste tristeza nos jardins do mundo,

    onde a aucena no pariu a flor

    e o sorriso, num rosto moribundo,

    perdeu-se na noite, morreu sem cor.

    Foste incerteza em caminhos duros,

    dvida...Quisera eu - fosses verdade!

    Foste nuvem vagando nos escuros

    das noites sem nenhuma claridade.

    Foste solido, campo abandonado,

    fenecer do amarelo dos trigais

    impedidos de crescer no prado,

    por teus passos sem rumo e marginais.

    Foste tudo, naquela madrugada,

    mas no ouviste o som dos madrigais!

  • (Emlia Possdio)

    Recife (Pe) - Brasil

    Glosa de Lda Mello

    Mote:

    Foste silncio nas longas esperas,

    pergunta sem resposta (presa) ao corao,

    obra inacabada ultrapassando eras

    esquecida na estante da iluso.

    GLOSA:

    Vieste minha vida e te fiz senhor,

    Tudo te dei no nada das quimeras.

    Eu fui palavra expressando amor,

    Foste silncio nas longas esperas.

    Nesse intervalo de uma vida inteira,

    Do tudo que sonhei foste a frao,

    Elo perdido n'alma prisioneira,

    Pergunta sem resposta (presa) ao corao.

    Trecho de um livro que no foi escrito,

    Gotas de chuva em cus de primaveras,

    Tela esquecida no tempo infinito,

    Obra inacabada ultrapassando eras.

    Do tudo que sonhei, sincero e franco

    E dei abrigo no meu corao,

    Restou o nada de uma folha em branco

    Esquecida na estante da iluso.

    (Lda Mello)

    Arapiraca (AL) - Brasil

    Incio

  • FLORESCER Merclia Rodrigues

    A margem do rio cobre-se de flores.

    Exalam perfumes, talvez por gratido.

    Belezas annimas medradas em cores,

    So, por certo, o amor na imensido!

    Permanecem em ciclo quase nfimo,

    Mas derramam no solo a semente,

    Morrem na terra, em louvor ntimo,

    Para renascer florzinha humildemente!

    Por que temos um olhar impuro?

    Por que nossa mente obscura?

    Somos almas pelo Pai criadas,

    Para galgar cada patamar da altura.

    Tambm fechamos a porta da estrada,

    Levando em nossa bagagem de aprendiz.

    Errar e aprender muito,

    Mas com pouco que se feliz!

    [email protected]

  • SIMPLIFICAR Lda Mello

    Vejo o rio, na mansido das suas guas.

    Segue, sem pressa, para o seu destino,

    Na certeza de que h um bero de mar

    Esperando para o acolher e acalentar.

    Observo as flores do jardim.

    Simples ou nobres... No importa.

    No importa a cor, o formato, o perfume.

    So, igualmente, belas, na harmonia de quem sabe

    Que as diferenas se completam.

    Passeio entre os irmos de caminhada.

    No temos tempo para enxergar o outro,

    No h o espao do olhar para dentro de si.

    No h tempo...

    Apressados para chegar (aonde?),

    No olhamos, no enxergamos, no vivemos.

    No aprendemos com a sabedoria do rio

    Ou com a harmonia das flores.

    Buscamos no emaranhado do complexo

    O que s ser encontrado na simplicidade.

    E somente chegados ltima curva do caminho,

    Ao lanarmos um olhar ao que ficou para trs,

    Percebemos quanta vida foi gasta sem proveito.

    Basta-nos to pouco para sermos felizes!

    Arapiraca (AL) - Brasil

    Incio

  • No sei.....

    Sylvia Cohin

    (uma aluso a nossos papos inesquecveis...)

    No sei se penso ou se digo,

    mas sinto...

    No sei se quero ou desdenho,

    no minto...

    Do morse de meus dedos

    voejam segredos.

    Escondem-se entre linhas,

    espaos brancos que recheio...

    So traos, so bainhas,

    pespontos onde chuleio

    pensamento ou devaneio...

    No sei se devo...

    Devia?

    Que respondam os meus dedos

    esses cofres que sem medos

    Afoitos ou reservados...

  • Insolentes destemidos...

    Costuram tantos 'tecidos'

    que exprimindo-se agitados,

    Falam do que eu nem sabia...

    Brasil, 17.11.2008

    TAMPOUCO SEI

    Vou duetar... nem sei se devo

    pois virou moda... s aludo

    a sentena : dueto proibido.

    Teimosa, antecipo... escrevo

    mas o segredo no desnudo

    quando se probe...vira querido.

    Assim, s enviarei... quase do prelo

    versos do No Sei... mas s cuido

    ressaltar tudo que tem de belo!

    Gui Oliva

    (em novembro/08 julho/12)

    Incio

  • A Lgrima! Carmo Vasconcelos

    No sei por que uma lgrima rolou, teimosa e repentina plo meu rosto,

    se na minha alma mora um sol de agosto e no meu peito um amor que despontou

    Por que tal emoo me transtornou

    tal uma iluminura de sol-posto? Se em vez de partitura de desgosto,

    foi um concerto de anjos que chegou

    E nesse acorde de harpas promissor, foi como o mundo ento rodasse em cor,

    alagando os meus olhos por te ter

    E a lgrima incontida transbordou, e de nsias liquefeita deslizou,

    buscando os beijos teus para a sorver! `

    Carmo Vasconcelos Lisboa/Portugal 27/Out/2012

  • Tua lgrima Zferro

    A lgrima que rola em belo rosto prola que cai qual uma ddiva E t que s o meu sol de agosto

    Trouxeste-me ventura em um timo

    Porque tu s o meu farnel de flores Encantas minha vida qual jardim E Deus o criador de mil amores

    Guardou deles o mais belo pra mim

    Tu s minha certeza de ventura Meu remanso de paz e de harmonia Me trazes tanto amor tanta doura Que s posso te dar minha poesia

    Tua lgrima veio ao meu peito

    E fez de mim dos deuses o eleito

    Zferro, 4-jul-13

    S. Paulo Brasil

    http://www.carmovasconcelos-fenix.org/Enlaces/CV-Enlaces.htm http://www.carmovasconcelos-fenix.org/Enlaces/J-F-%20MARQUES_ZE-FERRO/CV-Enlaces-JFM6.htm

    Incio

  • A NAU QUE NAVEGUEI

    Odir Milanez

    A nau, em que me fiz navegador

    no mar dos menestris do nunca mais,

    encalhou nos calhaus do cho do cais,

    devastada das ondas ao fragor.

    S meus versos restaram, sem valor.

    Sequer o vento os viu nos vendavais.

    Nem mesmo as ondas, rudes nos caudais,

    ouviram minha voz cantando amor.

    A nau que naveguei eis destruda.

    Pereceram meus sonhos no poro.

    Dos velames ventosos, tristes troos...

    Aos sonetos sensuais a que dei vida,

    s vestgios inversos, sem razo.

    Como di ver meus versos em destroos!

    JPessoa/PB

    13.07.2013

    oklima

  • A NAU QUE NAVEGUEI

    Eugnio de S

    Da minha nau, resta a quilha na lama

    E uns quantos pedaos arqueados

    Das cncavas cavernas dos costados,

    Nada que lembre o que lhe deu a fama.

    Com ela naveguei, tendo a bombordo

    Toda a costa africana ocidental

    Depois de haver deixado Portugal

    O meu reino adorvel que recordo.

    Fui ressumando versos na amurada

    No corao; a saudade da amada

    No horizonte; o olhar deslumbrado.

    Todas as tardes, no castelo da popa

    Sempre pousava uma branca gaivota

    Na espera de escutar o som de um fado.

    Sintra, Portugal

    14.07.2013

    Podes ser lindo ou medonho

    Mar salgado e infinito

    Mas fazes parte do sonho

    Desse sonho to bonito!

    E.S

    Incio

  • DUETO

    Fernando Peixoto & Sylvia Cohin

    Escrevinhando

    Sinto-me tonto e nem sei bem porqu.

    Ou talvez saiba

    mas uma vez mais queira

    amordaar dentro de mim

    aquele grito de aflio que teima

    em morrer silencioso no meu peito.

    Ontem foi um dia divino, uma noite memorvel.

    Lemos poesia, e voamos...

    percebemos tanto elo da cadeia que nos une...

    Mas o tempo no se renova

    nem se repete

    apenas se sucede no ritmo

    infatigvel do relgio insensvel e estpido.

    Hoje quero apenas

    beber

    e tivesse eu a certeza que beber

    me faria entrar numa outra atmosfera,

    beberia sem parar...

    depositando os lbios adormecidos

    sobre a fonte de onde jorra o sonho...

    No, hoje no daqueles dias

    em que acordamos repletos de certezas,

    mas apenas a hora

  • em que me apetece disparar por a fora,

    falar em voz alta no silncio da noite

    e dizer s estrelas: calai-vos que agora falo eu!

    E a lua, sorrindo atrs de uma nuvem

    parece ciciar-me um sopro de luz

    que se confunde com a nvoa que se evola do cigarro...

    A cidade est quieta, como quem espera

    o que vir no interior da noite

    e s eu sei que o interior da noite

    reserva a mesma solido de todas as outras noites...

    e s eu sei que tu me esperas

    como farol de navegante

    que no se cansa de esperar e de iluminar

    as incgnitas nocturnas.

    Escrevendo respiro,

    cerrando os olhos acredito

    que o Amor est ali,

    minha espera!

    FERNANDO PEIXOTO Portugal

    Escrevinhando

    Sinto-me sufocar em letargia.

    Um n me aperta a garganta,

    o grito de minha alma esvai-se

    e rasga o ar, nada o detm.

    Di-me o peito lacerado de tristeza;

    Parada no tempo, no cho, no espao,

    tento conter a carne que treme,

    o frio das mos vazias a tatear,

    o abrao que espera,

    a boca sequiosa de calor.

    Quero o regao onde me encolho!

    "Ontem" to juntos, to perto,

    to ternos e descontrados...

    Um espelho que nos refletia...

    uma fileira de cadeiras...

    algum dizia alguma coisa, no lembro...

    tenho apenas uma vaga lembrana...

    Os midos a marulhar... (lembras?)

    uma sande qualquer... um copo...

    tantos elos da cadeia que nos une a gritar... To prximos,

    ao alcance do abrao incontido,

    a magia dos olhares faiscando

    o que pedia para estar entrelaado,

    unindo o que no vive separado...

    Fel a escorrer da boca silenciosa da noite

  • que tudo abafa... e traga.

    Soubesse eu que rompendo esses grilhes

    abria todas as portas,

    no esperava para ler novos poemas, voar,

    nos braos deste amor que nos sustm

    e mal cabe dentro do peito.

    Gritava ao mundo: calai-vos que nada sabeis!

    De nada valem tuas leis seno para

    plantar tristeza, murchar o Amor,

    assassinar a Liberdade!

    E enquanto espero, sinalizo

    inundando de luz nosso caminho,

    braos abertos para te receber e

    sempre que chegares, louco de saudades,

    revivo em teu Amor, (nossa certeza),

    ou morro dele, feliz de tanto amar...

    SYLVIA COHIN Portugal

    Incio

  • Poeta, escreve um poema! gui Loureno Mauri

    Vai, poeta!... Escreve teu poema a ss!

    Na mente, deixa fluir a inspirao.

    Teus olhos so a antena do corao

    A irradiar a magia pela voz.

    Poeta, desde teu veio inesgotvel,

    Faz aflorar, mgicos, teus versos lricos.

    No permitas que julgamentos empricos

    Retirem da poesia o admirvel.

    Poeta, faz este poema medida

    Que a inspirao se manifeste no peito,

    Quando sentires que no h outro jeito

    De se guardar uma paixo recolhida.

    Poeta, solta o que est no corao;

    Usa, abusa de mltiplas fantasias.

    Faz tuas rimas a entoar melodias

    E a falar de amor com sublime emoo.

  • Teus olhos captam e teu corao sente.

    Poeta, escreve um poema, sem demora.

    Que tais versos saiam, enfim, para fora,

    Mesmo que sejam s pra ti, de presente!

    Catanduva (SP), 25.09.2013.

    gui Loureno Mauri

    Respeite os direitos autorais

    Blog

    Palavras do Corao gui Loureno Mauri

    http://ogui.mauri.zip.net/

    Poeta, dou-te meus versos! Cleide Canton

    Que bem faz este teu doce chamado

    aos pares mil que vivem nas poesias

    ludibriando as tantas fantasias,

    num linguajar macio e apaixonado.

    Na eterna busca de florir a rima

    somam-se versos cheios de euforia

    para que ainda nasa uma alegria

    no bero estril de uma obra-prima.

    O vento agita a dor que se avizinha

    mas a chuva, fiel e companheira,

    recolhe as mgoas de uma vida inteira

    e faz sorrir a ddiva que minha.

    E em contos canto a vida que to bela

    do por do sol at as madrugadas,

    quando as serestas dormem nas caladas

    e novas tintas brincam de aquarela.

    Brotam versos quaisquer, so as quimeras

    que pousam com carinho nos meus dias,

    pois ouso confiar nas ousadias

    que chegam no frescor das primaveras.

    So Carlos, 30 de setembro de 2013

    15:05 horas

    Incio

  • RES PUBLICA

    H muita gente nas ruas

    H muita alegria no ar

    H msica e iguarias nas praas

    H confraternizao entre raas

    H cantos e rezas diante do altar

    H reprteres em campo

    H fatos para se relatar

    H estradas congestionadas

    H um feriado prolongado

    H enorme sede de viajar

    H opo de descanso no sacrrio do lar

    H enfim um Quinze de Novembro

    H uma Repblica Proclamada

    H um povo no belicoso

    H uma democracia profanada

    H um cheiro de laranja podre

    Colhida na beira da estrada

    Alceu Sebastio Costa

    15 de novembro de 2013

  • REPBLICA

    Cleide Canton

    H Direito nos direitos,

    profanado e estendido

    ao rano que envolve os pleitos

    do mal que no foi vencido.

    H sede no incontrolado

    e nuseas no j falido.

    H inglrias no vil passado

    do velho que foi banido.

    Histrias foram contadas

    em folhas enegrecidas

    e as vitrias conquistadas

    permanecem reprimidas.

    "No h mal que tanto dure

    nem bem que nunca se acabe".

    Na espera que a pedra fure

    h vises que no se sabe.

    O medo foi provocado

    nos quartis sem galhardia.

    Calam-se veios marcados

    na lana da covardia.

    H caminhos no seguros

    e atalhos delineados

    na voz que levanta muros

    sobre escombros malfadados.

    H ventos que ainda sopram

    dos vales, em segurana .

    H vozes que ainda cobram

    a sempre doce esperana.

    H risos no corrompidos

    na fala mal preparada,

    no sonho bem definido,

    na f que pauta a jornada.

  • H verde na nossa mata,

    azul no cu turbulento.

    O branco que paz nos ata

    lava a alma em acalento.

    RES PUBLICA claudicante

    tombando, j quase ao cho,

    canta teu canto pujante

    e empunha com f teu braso.

    So Carlos, 15/11/2013

    23:40 horas

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  • Um Tempo S Meu

    Vera Mussi

    Envolta em pensamentos

    Vivo momentos

    De mos dadas

    Com a cor das energias

    Azuladas

    Puros sentimentos

    Veias angelicais

    Mil garantias

    Muito alm...

    Sem ningum...

    Sons divinos

    Destinos musicais

    Espirituais...

    E nada mais...

    Um tempo s meu

    Aconteceu!

    Com apreo...

    Sem endereo!

    Nesse vazio...

    Ao som da cano

    Um (s) corao sadio

    Em estado de graa !

  • Outubro 2012

    Do Tempo e Eu...

    Sylvia Cohin

    Esse Tempo que lamento

    Corre sem cabimento,

    Calado, no faz zoada,

    Mas zomba das agonias

    E de minhas mos atadas.

    Nesse confinamento,

    O Tempo se faz voraz.

    Como Senhor de meus dias

    Ele assim me faz refm

    Sou 'Dele' como convm...

    Cabotinos

    Somos todos os mortais

    Quase sempre, virtuais,

    Da Vida, meros anais!

    Estultcia, digo eu,

    Iluso que o Tempo Meu!

    Crendo errado e ao avesso,

    Mal gasto o que no tem preo...

    Mas que insano desvario!

    Motim, conflito, arruaa,

    Um Mar imenso e vazio,

    Cheio de Vida que passa!

    Outubro 2012

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  • Louco Amor

    Sylvia Cohin

    Esse amor que te aperreia

    Muito louco e sem fronteira,

    Corre solto, ningum freia,

    No lhe fechem a torneira!!!

    Amor louco

    Gui Oliva

    um insano encontro

    e desastrado aperreio

    topar com amor louco

    sem direo e freio.

    E te enrosca nesse enleio

    meio doido e atordoado,

    pois no sabe a que veio

    pra te deixar desorientado.

    Esquenta c e l esfria

    chega depressa e tropea,

    at capricha na alegoria

    mas...soa fim pois mal comea.

    Santos/SP, fevereiro/2014

    www.vidaemcaminho.com.br

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