duc 7 - dispositivos em usinagem rev a
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PROF. MARIA
AULA 14 - DISPOSITIVOS EM USINAGEM
INTRO
A produção em massa visa o aumento da Produtividade e a Intercambiabilidade.
Precisa-se assim de dispositivos de usinagem para aumentar ritmo de produção e de
dispositivos de inspeção para agilizar os procedimentos de inspeção.
VANTAGENS
Além da busca pela Produtividade e a possibilidade da Intercambiabilidade, é
alcançada a redução da habilidade de operadores e a consequente redução de custos.
LOCALIZADORES posicionam a peça rigorosamente em relação à guia da ferramenta ou
elementos para “zerar” elementos na fixação.
GABARITOS direcionam a ferramenta para a posição correta na peça de trabalho.
Gabaritos raramente são fixos na mesa da máquina porque é necessário mover o dispositivo
na mesa para alinhar os vários furos no gabarito com o eixo da máquina.
FIXAÇÕES seguram a peça de trabalho firmemente na posição correta com relação à
maquina ou ferramenta durante a operação. Às vezes deve-se prever da fixação “zerar” a
ferramenta em relação à peça de trabalho, mas a ferramenta não é guiada como num
gabarito. Fixações podem ser solidarizadas com a mesa da máquina.
DISPOSITIVOS DE INSPEÇÃO facilitam a intercambiabilidade. A uniformidade deve ser
limitada em função da capabilidade da máquina. Certas variações de furos (ou eixos) devem
ser permitidas por razões econômicas.
LIMITES x AJUSTES
Admitindo limite superior e inferior como a maior e a menor dimensão de um furo ou
eixo e tolerância sendo a diferença entre esses limites (variação permissível), podemos ter
tolerância unilateral ou bilateral.
Tipo de ajuste Alta
precisão
Média
precisão
folga H7-f6 H8-f7
pequena folga H7-h6 H8-h7
interferência H7-p6 H8-p7
grande interferência H7-s6 H8-s7
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INFORMAÇÕES BÁSICAS
As seguintes informações devem ser do conhecimento do projetista:
• Desenho e Especificações da peça;
• Especificações da matéria prima;
• Volume de produção de data de entrega;
• Equipamento de produção;
• Ferramentas disponíveis.
QUALIDADE DE UM PRODUTO é definida por parâmetros geométricos, físicos, químicos e
mecânicos, que são DETERMINADOS PELO PROJETISTA.
QUALIDADE DA PEÇA
Parâmetros reais ↔ Parâmetros definidos no projeto
Precisão de usinagem é o grau de coincidência entre os parâmetros macro-geométricos
(dimensão e forma) de uma peça.
Qualidade da superfície é o grau de coincidência entre os parâmetros micro-geométricos
reais (acabamento superficial).
Erro de usinagem é a diferença entre os parâmetros de uma peça usinada e aqueles de
uma peça perfeita (absolutamente precisa) especificada no desenho.
Limites de tolerância são dados de projeto, constando nos desenhos de fabricação.
MÉTODOS PARA OBTER A PRECISÃO DIMENSIONAL EXIGIDA
(a) Tentativas
Este método tem baixa eficiência, e não é adequado para um volume de produção
elevado. A máquina-ferramenta não precisa ser preparada anteriormente e o efeito da
variação dimensional da matéria-prima (forma, tamanho, dureza, etc.) pode ser reduzido nas
operações de usinagem.
(b) Método da dimensão automática
Este método se baseia na utilização de ferramentas de dimensão e forma fixas, da
usinagem em máquinas presetadas e na utilização de dispositivos guia.
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USINAGEM PERFEITA
FATORES CAUSADORES DE ERROS EM USINAGEM
• Preparação imprecisa da máquina
• Fixação imprecisa da peça
• Processos de usinagem
• Imprecisão teórica
• Imprecisão Geométrica de Máquinas e Ferramentas
Erros causados por imprecisões entre o barramento e o eixo de rotação da peça no
torneamento:
• Imprecisão das ferramentas
• Deformação do sistema de usinagem sob forças externas
• Estado de equilíbrio
• Erros de medição
• Variação da força de corte
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• Variação da posição de atuação da força
• Efeitos de outras forças externas
• Deformação Térmica de Sistemas de Usinagem:
– Ferramenta
– Peça
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• Deformação da Peça Devido a Tensões Internas:
– Processos a quente (fundição, forjamento, soldagem)
– Processos a frio (usinagem, estampagem).
MATERIAIS PARA DISPOSITIVOS
• Aço rápido – RC 64-65
• Aço forjado – alto Carbono (1,5-
2,33%)
• Aço Carbono (0,85-1,18%) – RC 62-
63
• Aço para molas – RC 47
• Aço para ferramentas
• Aço para cementação
• Aço estrutural
• Aço doce
• Ferro fundido
• Aço fundido
• Nylon e fibras
• Bronze fosforoso
AULA 15 – DISPOSITIVOS DE LOCALIZAÇÃO
DISPOSITIVOS LOCALIZADORES
Estes dispositivos podem localizar uma peça com grande precisão ou simplesmente
aproximá-la da posição correta. Neste caso são mais usados mordentes centralizadores ou
sujeitadores. Os localizadores são usados para posicionar furos, rasgos, dentes de
engrenagens, o exterior de uma peça e assim por diante.
PRINCÍPIOS
Seis princípios regem a localização de um elemento: requisitos da peça, precisão,
restrições aplicáveis, economia de movimentos, localizadores redundantes e ser à prova de
erros.
1 – REQUISITOS DA PEÇA
A localização deve atender aos requisitos dimensionais do desenho (A deve ser a
referência).
2 – PRECISÃO
A localização deve ser feita na superfície mais precisa da peça (DIA 80 é o mais
preciso).
3 – RESTRIÇÕES
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A localização deve restringir a movimentação da peça nos seis graus de liberdade, ou
seja, rotação e translação nos eixos X, Y e Z.
4 – ECONOMIA DE MOVIMENTOS
Sistemas de localização devem facilitar e agilizar o posicionamento da peça no
dispositivo de fixação.
5 – LOCALIZADORES REDUNDANTES
Devem ser evitados. A distância entre referências pode variar devido à capabilidade
dos processos.
6 – À PROVA DE ERROS
O sistema de localização deve evitar posicionamentos errados da peça na fixação.
MÉTODOS DE LOCALIZAÇÃO
Uma peça pode ser localizada por uma superfície plana, um perfil ou uma superfície
cilíndrica.
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SUPERFÍCIE PLANA:
Assim como um plano pode ser
identificado por três pontos, uma superfície
bruta pode ser localizada com três pinos
localizadores com um ponto de contato
esférico. Quanto mais distantes os pinos,
mais precisa a localização. Os pinos devem
ter a mesma altura para o plano ser paralelo
à base.
Pinos ajustáveis extras suportam
adequadamente a peça durante a
operação e pinos adicionais evitam
distorções e vibrações da peça.
Superfícies retangulares podem ser
melhor localizadas substituindo um dos
localizadores por um em balanço.
Superfícies usinadas podem ser
localizadas com pinos planos e para peças
grandes os pinos podem ser aparafusados no
corpo da fixação.
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LOCALIZAÇÃO DE SEIS PONTOS
– A peça é encostada nos pinos 1, 2 e 3,
o que evita deslocamento em Y e
rotação em X e Z.
– Os pinos 4 e 5 evitam deslocamento
em Z e rotação em Y.
– O pino 6 evita deslocamento em X.
PERFIL
Para componentes simples onde aparência é importante usa-se uma chapa tênue,
levemente maior que a peça. A peça é posicionada na placa de modo a deixar margens iguais.
O perfil da peça pode também ser localizado confinando-a com pinos localizadores
cilíndricos.
Quando se tem variação nas dimensões da peça a cada lote, um localizador excêntrico
pode ser usado.
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A excentricidade do localizador pode
ser variada rotacionando-o para se adaptar às
peças do lote.
Pode-se ainda usar um encosto ou
ninho ao redor da peça. O perfil interno do
ninho combina com o exterior da peça e a
altura do ninho deve ser menor que a da peça
para permitir a fixação e a usinagem.
CILINDRO
É a mais comum e conveniente forma de localização. Quando um cilindro é localizado
no eixo e na base, ele pode apenas rotacionar no seu eixo – todos os outros movimentos estão
restringidos.
Chanfros ou raios na entrada permitem que a peça seja montada rapidamente. Eles
centralizam a peça no localizador rapidamente.
O localizador é localizado na fixação por um diâmetro concêntrico com ajuste por
interferência
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ENGRIPAMENTO
Um único localizador não pode evitar
a rotação da peça ao longo eixo do
localizador, sendo necessário um segundo
localizador.
Localizadores cônicos são usados
para localizar cilindros brutos em fundidos
e forjados. Eles também são usados para
fixar as peças localizadas e têm ajuste axial
com parafusos.
Localizadores em “V” são usados para localizar superfícies cilíndricas externas. Blocos
fixos “V” são usados para localização aproximada. Eles são presos por parafusos na fixação e
pinados para evitar movimentação durante a operação.
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Para uma localização mais precisa usa-se localizadores em “V” ajustáveis ao longo do
eixo do “V”.
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EXEMPLOS
Este localizador com carga elástica tem um batente. O que aconteceria se ele não fosse
previsto?
Borracha macia ou plástico podem ser
colocados no interior das ranhuras para evitar o acúmulo de sujeiras e cavaco.
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A peça permanece sobre o localizador C até que
os blocos em “V” a peguem para sujeitá-la.
O localizador pode girar de 90 graus fora da posição onde será mantido por um detentor
que também é usado para mantê-lo em posição.
O pino A carregado elasticamente mergulha no orifício B na moldura até que o localizador seja
necessário.
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AULA 16 – DISPOSITIVOS DE FIXAÇÃO
Estes dispositivos seguram a peça firmemente ao dispositivo de localização durante a
operação. Velocidade de operação, fadiga do operador e posicionamento estratégico são
considerações importantes ao dimensionar ou selecionar um dispositivo de fixação. Eles
devem ser fortes o suficiente para suportar as forças desenvolvidas durante a operação. Ao
mesmo tempo, a força de fixação não deve danificar a peça.
PRINCÍPIOS
Cinco princípios determinam a seleção e o dimensionamento dos dispositivos de fixação:
1. POSICIONAMENTO: a fixação deve ser posicionada para direcionar a força numa região
forte e suportada da peça. Fixar em regiões fracas da peça provocam deformações que
podem afetar a precisão da operação.
Fixações não devem obstruir o caminho de montagem e desmontagem da peça. Se
necessário, fixações retráteis ou oscilantes devem ser utilizadas.
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As fixações não devem obstruir o caminho da ferramenta e não devem ser usinadas ou
soldadas DURANTE a operação.
2. FORÇA: o dispositivo de fixação deve ser capaz de garantir a segurança da peça quanto
às forças desenvolvidas durante a operação. A força de fixação não deve marcar ou
danificar a peça com uma pressão exagerada. Para fixações leves ou peças frágeis a
força deve ser distribuída numa área maior da peça. As fixações devem ter mordentes
de materiais mais macios.
3. PRODUTIVIDADE: o tempo de fixação deve ser minimizado usando botões, alavancas,
parafusos recartilhados, volantes e manípulos.
Assim a fixação pode ser acionada e solta manualmente sem uso de chaves, que
adicionam movimentos de pegar, alinhar e soltar.
4. FADIGA DO OPERADOR: se um número considerável de fixações a serem acionadas e
liberadas repetidamente é melhor usar fixação hidráulica ou pneumática, que além de
reduzir a fadiga do operador também economizam tempo.
5. VARIAÇÃO DA PEÇA: os pontos de fixação na peça devem permitir que o dispositivo
opere mesmo que haja variação na peça
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Desalinhamentos entre a superfície da peça e a do dispositivo podem ser contornados
com o uso de pares de arruelas esféricas.
Em fixações múltiplas um equalizador é usado para fixar duas peças diferentes ao
mesmo tempo.
Esse princípio pode ser estendido para facilitar a fixação de inúmeras peças
simultaneamente num único dispositivo.
TIPOS
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FIXAÇÃO COM ROSCA
São dispositivos com anéis recartilhados, manípulos, alavancas ou chaves para
rotacionar e apertar o parafuso.
FIXAÇÃO COM GRAMPOS
São feitos de chapas retangulares para agir como alavancas. Elos são acionados
rotacionando uma porca num parafuso de fixação.
Um lado do grampo pressiona contra a peça e o outro lado se apoia um encosto,
carregando o grampo como uma barra simplesmente apoiada.
Geralmente são providos de uma arruela e uma mola sob a fixação. A mola eleva o grampo
assim que a arruela é solta. A peça se livra do seu peso graças ao peso do grampo. A mola
segura o grampo numa posição elevada durante o posicionamento e descarga da peça.
Grampos Retráteis: usados quando estão no caminho de carga e descarga da peça.
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Grampos Oscilantes: rotacionam 90 graus no momento de carga e descarga da peça.
Grampos com Travas: rotacionam no momento de carga e descarga da peça.
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Grampos Laterais: o aperto de uma porca provoca o efeito de “cunha” ou de
mordente do grampo na superfície lateral da peça.
Grampos Especiais: a forma do grampo pode se adaptar à peça e à operação.
Grampos Pivotados: em produção seriada simplificam a operação.
Grampos Articulados: permitem liberação rápida para carga e descarga da peça.
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Grampos Articulados: geralmente são fixados com olhais oscilantes.
Arruela “C”: é uma fixação com grampos com um canal aberto, de fácil e simples
operação.
FIXAÇÃO DE AÇÃO RÁPIDA
O advento da produção em massa resultou no desenvolvimento de diversos e engenhosos
dispositivos de fixação. A seguir os dispositivos mais utilizados em sistemas de fixação.
Cames: se valem da excentricidade para uma fixação rápida e segura.
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Os cames podem substituir o parafuso numa fixação por grampos.
Os cames também podem substituir o
encosto numa fixação por grampos.
Cames podem ainda substituir o
parafuso numa fixação lateral.
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“Sargento”: o arco desliza para posicionar e liberar a peça e a fixação é convencional.
Alavancas: podem estar afastadas da carga e descarga da peça, e são muito aplicadas em
soldagem.
Parafuso de ¼ de Volta: usado para fixar gabaritos, apenas para cargas leves.
Fixação Dupla: duas peças com alguma variação podem ser fixadas com um grampo.
Arruelas esféricas permitem que o grampo se adapte à variação.
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Equalizador: compensa a variação entre duas peças.
Empilhamento: as peças podem ser empilhadas e toda a pilha pode ser fixada por um
único grampo. Uma peça pode ser “ensanduichada” entre localizadores.
FIXAÇÃO NÃO CONVENCIONAL
a) ADESIVOS
Aplicáveis a peças com superfícies planas e para baixas forças (esforços).
b) FUSÃO
Utilizando ligas de baixo ponto de fusão, aplicável a peças com superfícies complexas.
FIXAÇÃO DIFERENCIAL
Fixadores diferenciais ajustam-se à peça, e não forçam a peça a deformações ou
distorções.
ENERGIA DE FIXAÇÃO
Numerosos grampos podem ser acionados simultaneamente. Quando a energia provém de
fluidos, sistemas hidráulicos e pneumáticos podem ser adotados. Também é possível a adoção
de sistemas de fixação a vácuo, magnético e eletrostático.
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1. Fixação por Fluido: essas fixações são acionadas por atuadores individuais ou
múltiplos.
Na fixação pneumática o ar é pressurizado de 5 a 6 atm. Na fixação hidráulica: o óleo é
pressurizado de 7 a 250 atm. Cilindros compactos desenvolvem altas forças, mas são mais
lentos.
2. Fixação por Vácuo: particularmente conveniente paras chapas finas vulneráveis a
distorção sob altas forças. A pressão é no máximo 0 atm.
3. Fixação Magnética: através de imãs permanentes e eletroímãs.
4. Fixação Eletrostática: a peça é carregada com eletricidade estática, de polaridade
oposta à do fixador. A atração entre as polaridades opostas promove a fixação e as
peças são separadas insuflando fluido dielétrico. Materiais não condutores podem ser
fixos com uma fina camada metálica.
AULA 17– DIMENSIONAMENTO DE PARAFUSOS
EMPREGO DOS PARAFUSOS
• Fixação, para junções desmontáveis
• Protensão(pré-tensão), para se aplicar em protensões(tensores)
• Obturadores, para tampar orifícios
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• Ajustagem, para ajustes iniciais ou ajustes de eliminação de folgas ou compensação de
desgastes
• Parafusos micrométricos, para obter deslocamentos mínimos
• Parafusos transmissores de forças, para obter grandes forças axiais através da
aplicação de pequenas forças tangenciais (prensa de parafuso, morsa)
• Parafusos de movimento, para a transformação de movimentos rotativos em
movimentos retilíneos (morsa, fuso), ou de movimentos retilíneos em rotativos (pua)
• Parafusos diferenciais, para a obtenção de pequenos deslocamentos por meio de
roscas
VANTAGENS
• Permitem montagens mais rápidas e de fácil inspeção;
• Permitem desmontagens para alteração e reparo;
• Economia de energia;
• Menor MDO (não qualificada);
• Boa resposta à fadiga.
DESVANTAGENS
• Áreas líquidas: reforço;
• Necessidade de pré-montagem;
• Dificuldade para modificações.
DESCRIÇÃO
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ROSCAS
Parafuso com Rosca
(a) Simples, (b) Dupla, e (c) Tripla
TRAVAS PARA FIXAÇÃO
FABRICAÇÃO E MONTAGEM
• Fabricação:
– Por conformação plástica: prensagem ou rolagem
– Por usinagem: torneamento ou fresamento
• Elementos:
– O próprio parafuso
– A porca
– Hastes dotadas de roscas (fusos)
– Arruelas
– Dispositivos de segurança.
• Cabeça do parafuso:
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– sextavadas – predominantes em construção de máquinas
– de fenda (cabeça escariada)
– de sextavado interno (Allen)
• Forma do corpo:
– passantes (utilizam porca)
– não passantes (não utilizam porca)
– parafusos pinos
PERIGOS NAS UNIÕES APARAFUSADAS
• Incerteza sobre grandeza das forças externas –aumentar o coeficiente de segurança
• Aperto inconveniente do parafuso – excessivo ou insuficiente
• Não uniformidade de aperto para uniões com vários parafusos -controle do torque
através de torquímetro ou controle da tensão através de micrômetro
• Apoio unilateral do parafuso, gerando tensões de flexão
• Perda de protensão, por dilatação térmica ou deformação plástica
• Solicitações adicionais devido a choques
• Auto-afrouxamento devido a trepidações
• Corrosão química e eletrolítica
• Desgaste da rosca de movimento
• Fratura por fadiga (geralmente na seção transversal do primeiro filete)
DIMENSIONAMENTO DE PARAFUSOS
REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA
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PERFIS DE ROSCA
(a) ACME; (b) UN.
PERFIS ROSCADOS M E UM
SOLICITAÇÕES
COLAPSO POR TRAÇÃO
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EFEITO ALAVANCA
TRAÇÃO NO PARAFUSO
Pmax: carga de tração
σσσσadm: tensão admissível de tração do parafuso
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TORQUE DE APERTO
T=k*Qt*d
• Qt: força atuante no parafuso
• d: diâmetro externo do parafuso
• k: constante de torque
– 0,1, rosca lubrificada e arruela lisa
– 0,35, rosca fina e arruela de pressão
– 0,2, valor usual para rosca normal com arruela lisa
EXEMPLO
• Carga máxima de tração: 800 kgf
• Tensão admissível a tração: 60 kgf/mm2
• d1min = ((4 * 800)/(p * 60))1/2 = 4,12 mm
PARAFUSO M8 X 1,25 mm (d1 = 6,51 mm)
T = 0,2 * 800 * 6 = 960 kgf
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PRÉ-TENSÃO
CISALHAMENTO
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FORÇA CORTANTE NO PARAUSO
tadm: tensão admissível de cisalhamento
EXEMPLO
• Carga máxima de cisalhamento: 4000 kgf
• Tensão admissível a cisalhamento: 120 kgf/mm2
• d1min = ((4*4000)/(p * 120))1/2 = 6,51 mm
PARAFUSO M10 X 1,5 mm (d1 = 8,052 mm)
T = 0,2 * 4000 * 10 = 8000 kgf
FURAÇÃO PARA PARAFUSOS
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PROJETO DE PARAFUSOS
PROPRIEDADES MECÂNICAS
Metric grade
Crest
diameter, dc,
mm
Ultimate
tensile
strength, Sut,
MPa
Yield
strength, Sy,
MPa
Proof
strength, Sp,
MPa
4.6
4.8
5.8
8.8
9.8
10.9
12.9
M5-M36
M1.6-M16
M5-M24
M17-M36
M1.6-M16
M6-M36
M1.6-M36
400
420
520
830
900
1040
1220
240
340a
415a
660
720a
940
1100
225
310
380
600
650
830
970
aYield strength approximate and not included in standard.
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DIMENSÕES DE PARAFUSOS
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DIÂMETROS E PASSOS NORMALIZADOS DAS RISCAS MÉTRICAS [mm]
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CAPACIDADE DE PARAFUSOS
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AULA 18– DISPOSITIVOS DE INSPEÇÃO
INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO CONVENCIONAIS
• Réguas
• Paquímetros
• Micrômetros
• Goniômetros
• Relógios comparadores
• Medidores 3D
• etc.
DISPOSITIVOS DE INSPEÇÃO
A inspeção de componentes também deve ser agilizada na produção me massa.
Instrumentos de medição convencionais devem ser substituídos por gabaritos ou calibradores.
GABARITOS OU CALIBRADORES
Não medem a dimensão real do componente. Verificam se a(s) dimensão(ões) do
componente estão dentro dos limites máximo e mínimo especificados no desenho e garantem
o ajuste desejado na montagem.
CALIBRADORES PADRÃO
Furos cilíndricos podem ser verificados por simples calibradores tampão ou passa-não
passa.
O lado passa (LP), mais longo, é passado através do furo para garantir que a dimensão do
furo é maior que o limite mínimo. O lado não passa (LNP), mais curto, não deve passar através
do furo se a dimensão do furo é menor que o limite máximo especificado no desenho.
Pode-se assim verificar se o componente está dentro dos limites especificados se o LP
entra no furo e o LNP não entra.
DIMENSÕES EXTERNAS
Calibradores padrão para medidas internas e externas são normalizados. Calibradores de
comprimento devem ser manufaturados para dimensões específicas.
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CALIBRADORES ESPECIAIS
Rasgos são verificados por
calibradores tampão planos.
Furos cônicos são verificados pelo
maior diâmetro com calibradores tampão
cônicos.
Para checar distâncias entre faces
paralelas: se o comprimento do pino está
entre os limites o calibrador entra entre as
faces.
Funciona também para verificar a
distância entre sedes cônicas.
A distância entre dois furos cilíndricos: calibrador de ferradura ou pressão (snap gauge).
Garantidos os diâmetros, verifica-se as dimensões máxima e mínima – se nenhuma das
dimensões encaixar, a distância está dentro dos limites.
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Para checar profundidades: se o comprimento do pino está entre os limites o
calibrador entra entre as faces.
CALIBRADORES DE RECEBIMENTO
Usados para checar se a peça é própria para a montagem com outras peças: se o
calibrador aceita a peça, ela pode ser facilmente montada no produto final.
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EXEMPLO
Este dispositivo pode checar quatro dimensões
FIXAÇÕES DE INSPEÇÃO
Dispositivo para checar a
concentricidade da sede angular da válvula
em relação ao eixo. O dispositivo simplifica
e acelera a inspeção.
CALIBRADORES DE MARCAÇÃO E SETUP DE PEÇAS
A usinagem de peças forjadas e fundidas pode ter grandes variações. Deve-se localizar as
saliências/rebaixos ao usinar as faces de referência, que depois serão usadas para fazer furos
nas posições das saliências/rebaixos.
Exemplo 1
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Exemplo 2 (depois de localizar a peça, o calibrador pode então ser removido para a
usinagem)