dr. francisco laranjeira - aproximação entre academia e órgãos regulatórios no desenvolvimento...

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Francisco F. Laranjeira Aproximação entre Academia e Órgãos Regulatórios

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Francisco F. Laranjeira

Aproximação entre Academia e Órgãos Regulatórios

Pragas quarentenárias

Ativos biológicos

Oportunidades

Se

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es

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en

tati

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S

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uti

vo

Manejo integrado

Manejo em paisagens

Oportunidades de desenvolvimento tecnológico

Oportunidades

Se

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En

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A

ca

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Se

tor

pro

du

tiv

o

Políticas públicas

Transferência e marketing

Pesquisa

Oportunidades de integração

fun54.com

Sanidade Vegetal

Manejo Racional de Agrotóxicos

Princípios Intensificação Sustentável

Pesquisa Translacional

Manejo Integrado

Ações Integrativas

• Fechar a lacuna produtiva aumento sustentável da produtividade em áreas já cultivadas pela aplicação de tecnologias e

conhecimentos já disponíveis

• Aumento da produção potencial desenvolvimento de novos conhecimentos científicos para aumentar a produção de maneira

sustentável

Intensificação Sustentável

Pesquisa Translacional

Traduzir descobertas

científicas em tecnologia

para a sociedade

Química Genômica Fitopatologia Sociedade

Agronomia

Genômica

Nanotech

Tec. Precisão Modelagem

Química

Física

Matemática

Entomologia

Fitopatologia

Solos Horticultura

Melhoramento

Sistemas de Produção

Economia

Comportamental

Extensão

Sociedade (empresas, produtores, consumidores)

Princípios de Manejo INTEGRADO

ambiente

agente

biótico

hospedeiro

exclusão

erradicação

evasão

regulação

terapia

proteção

imunização

Danos atuais causados por problemas fitossanitários

Danos futuros

Impactos associados às tecnologias geradas

e em conexão com princípios de manejo

Princípios de Manejo como base

Ações Integrativas

• Avaliações de adoção e impacto de tecnologias

• Prospecção, ações integrativas de transferência de

tecnologias e comunicação

• Apoio a políticas públicas de defesa fitossanitária

Diretrizes Projetos Orientados a Tecnologias Inovadoras

Priorização Rigorosa

Implementação de Vertentes Prioritárias

Projetos orientados a tecnologias inovadoras

• Diminuir chances de produzir soluções pontuais,

esporádicas, transitórias ou irrelevantes

• Diminuir ações espasmódicas, sujeitas a não chegarem à

resolução dos problemas no longo prazo

• Independe do estádio atual da pesquisa

• Integração e diálogo permanente com setor produtivo

“Comece do começo, vá até o final;

então pare”

“Se você não sabe para onde vai,

Qualquer estrada a levará até lá”

Diagrama de priorização de PROBLEMAS

REDESENHO DO PRODUTO Ação chave: Prototipagem e aperfeiçoamento de tecnologias

CRIAÇÃO DE NOVO MERCADO Ação chave: Tecnologias sofisticadas de alto impacto generalizado ou produtores alheios à necessidade de tecnologias

DESENVOLVIMENTO DE NOVO MODELO DE NEGÓCIOS Ação chave: Tecnologias mais simples, adaptáveis a sistemas de produção voláteis, com ênfase na eficiência

EXPANSÃO DE MERCADOS INTEIRAMENTE NOVOS Ação chave: Tecnologias adaptáveis a sistemas de produção em diferentes regiões

CONQUISTA DE MERCADOS COMPETIDORES Ação chave: Preenchimento de lacunas tecnológicas em sistemas de produção pouco atendidos

DESENVOLVIMENTO DE NOVO PRODUTO Ação chave: Adaptação de tecnologias robustas e acessíveis a diferentes condições ambientais

ALCANCE DA DISTRIBUIÇÃO Ação chave: Parcerias não-tradicionais para desenvolvimento ou transferência

PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA

IMP

AC

TO

MIT

IGÁ

VE

L P

OR

RE

SU

LT

AD

OS

DE

PE

SQ

UIS

A*

ALTA

ALTA ALTA

BAIXA

BAIXA

BAIXA MÉDIA

MÉDIA

MÉDIA

fun54.com

Sanidade Vegetal Tecnologias dirigidas por Princípios de Manejo Integrado

capazes de diminuir a localização, contato, reconhecimento

e sensibilidade das plantas aos agentes de estresse biótico

Implementação de Vertentes Prioritárias

Técnicas avançadas visando ativos biológicos

• Bioinformática aplicada à biologia integrativa de sistemas

• Cisgenia e transgenia dirigidas e integradas ao manejo

• Metagenômica, metatranscriptômica e metabolômica aplicadas à

resistência

• Tecnologia de RNAi

• Seleção assistida por marcadores

• Seleção genômica

• Plataformas de fenotipagem da resistência a agentes deletérios

Interações multitróficas em agroecossistemas

• Interações multitróficas entre o micro/macrobioma e a planta hospedeira

em diversas escalas, incluindo técnicas de biologia integrativa

• Aumento da favorabilidade ambiental ao hospedeiro, visando modulação

fisiológica para escape ou para expressão de resistência

• Ecologia química de comunidades rizosféricas e comunidades epifíticas

• Ecologia química de pragas e seus inimigos naturais, manejo baseado em

semioquímicos

• Otimização de tecnologias para conservação e aplicação de agentes de

controle biológico

Manejo em paisagens agrícolas

• Ecologia de pragas em paisagens agrícolas

• Zoneamentos para tomada de decisão de evasão em meso e macroescala

espacial

• Otimização do manejo via agricultura de precisão

• Robótica lato sensu aplicada à proteção de plantas

• Implementação de sistemas de alerta baseados em dados

epidemiológicos, com apoio de modelagem e simulação

Inteligência quarentenária

• Tecnologias de Exclusão

– Ferramentas biomatemáticas de estimativa de risco espaço-temporal de invasão e

dispersão, baseadas em modelagem epidemiológica

– Tecnologias de detecção rápida de infecto-infestações

– Tecnologias de eliminação ambientalmente segura de infecto-infestações

Inteligência quarentenária

• Tecnologias de Exclusão

– Ferramentas biomatemáticas de estimativa de risco espaço-temporal de invasão e

dispersão, baseadas em modelagem epidemiológica

– Tecnologias de detecção rápida de infecto-infestações

– Tecnologias de eliminação ambientalmente segura de infecto-infestações

• Tecnologias de Erradicação

– Análise de impactos socioeconômicos e ambientais de invasões e erradicações em

micro e mesoescala espacial para subsidiar tomadas de decisão

– Desenvolvimento de métodos físicos, bioquímicos e moleculares para diagnose

precoce de infecto-infestações

– Desenvolvimento e/ou otimização da amostragem em diversas escalas espaciais

Inteligência quarentenária

• Tecnologias de Exclusão

– Ferramentas biomatemáticas de estimativa de risco espaço-temporal de invasão e

dispersão, baseadas em modelagem epidemiológica

– Tecnologias de detecção rápida de infecto-infestações

– Tecnologias de eliminação ambientalmente segura de infecto-infestações

• Tecnologias de Erradicação

– Análise de impactos socioeconômicos e ambientais de invasões e erradicações em

micro e mesoescala espacial para subsidiar tomadas de decisão

– Desenvolvimento de métodos físicos, bioquímicos e moleculares para diagnose

precoce de infecto-infestações

– Desenvolvimento e/ou otimização da amostragem em diversas escalas espaciais

• Tecnologias de Imunização

– Melhoramento preventivo para resistência a pragas quarentenárias

fun54.com

Manejo Racional de Agrotóxicos Desenvolver estratégias e tecnologias para melhorar a eficiência de uso

e evitar ou reduzir os impactos ambientais associados aos agrotóxicos

Racionalização do Uso

• Resistência de pragas a agrotóxicos

– Desenvolvimento de métodos inovadores de avaliação de resistência de pragas a

agrotóxicos

• Impactos econômicos e sociais do uso de agrotóxicos

– Estudos dos impactos das cultivares transgênicas sobre o uso de agrotóxicos

• Tecnologia de Aplicação

– Estudo de tecnologia de aplicação de agrotóxicos em sistemas de cultivo protegido e

para agricultura familiar

• Prospecção de novas moléculas derivadas da biodiversidade para

desenvolvimento de agrotóxicos de baixa toxicidade

Dinâmica Ambiental

• Monitoramento ambiental de agrotóxicos

• Processos de transporte, retenção e de transformação

• Avaliação de Risco Ambiental (ARA)

– Desenvolvimento, adaptação e uso de modelos e cenários para avaliação do risco

ambiental de agrotóxicos

• Desenvolvimento e adaptação de métodos e protocolos para estudos

ecotoxicológicos de agrotóxicos sobre organismos não-alvo

• Avaliação dos Impactos ambientais e sócio-econômicos do uso de

agrotóxicos

• Cenários Emergentes

– Dinâmica ambiental de agrotóxicos frente à ocorrência de eventos climáticos extremos

Mitigação e Remediação

• Sistemas de conservação do solo e água

– Mitigação dos impactos de agrotóxicos por meio do manejo da irrigação e quimigação

• Vulnerabilidade ambiental

– Mapeamento de vulnerabilidade ambiental à contaminação por agrotóxicos nos

sistemas produtivos brasileiros

• Remediação de solo e água

– Desenvolvimento de métodos físicos, químicos e físico-químicos de remediação de

áreas contaminadas por agrotóxicos

• Redução da exposição de organismos não-alvo

– Desenvolvimento de métodos e tecnologias de aplicação que minimizem a exposição

de organismos não-alvo aos agrotóxicos

• Áreas de amortecimento

– Critérios para estabelecimento e dimensionamento de áreas de amortecimento para

proteção de corpos hídricos e áreas de proteção ambiental

Políticas Públicas e Desenvolvimento Institucional

• Subsídios para Políticas Públicas sobre Agrotóxicos

– Ações que subsidiem os órgãos regulatórios na Avaliação de Risco Ambiental (ARA)

associado ao uso de agrotóxicos

– Ações que subsidiem os órgãos regulatórios na Avaliação de Risco de Pragas (ARP) e

elaboração de mapas de riscos fitossanitários

– Ações que subsidiem a revisão ou criação de normativas para registro, uso e aplicação

de agrotóxicos

– Subsídios para tomada de decisão de ações de prevenção da introdução e

estabelecimento de pragas (medidas fitossanitárias)

– Subsídios para ações de harmonização de procedimentos regionais quanto ao uso de

agrotóxicos no âmbito do COSAVE

Políticas Públicas e Desenvolvimento Institucional

• Ações de Desenvolvimento Institucional

– Formação de rede de especialistas na temática de agrotóxicos visando à formação de

massa crítica e padronização de procedimentos na Embrapa e parceiros

– Mapeamento de competências na Embrapa e parceiros para ações de P&D e TT na

temática de agrotóxicos

– Fomentar a estruturação de uma rede analítica para estudos com agrotóxico na

Embrapa e instituições parceiras

Diagrama de priorização de tecnologias

REDESENHO DO PRODUTO Ação chave: Prototipagem e aperfeiçoamento de tecnologias

CRIAÇÃO DE NOVO MERCADO Ação chave: Tecnologias sofisticadas de alto impacto generalizado ou produtores alheios à necessidade de tecnologias

DESENVOLVIMENTO DE NOVO MODELO DE NEGÓCIOS Ação chave: Tecnologias mais simples, adaptáveis a sistemas de produção voláteis, com ênfase na eficiência

EXPANSÃO DE MERCADOS INTEIRAMENTE NOVOS Ação chave: Tecnologias adaptáveis a sistemas de produção em diferentes regiões

CONQUISTA DE MERCADOS COMPETIDORES Ação chave: Preenchimento de lacunas tecnológicas em sistemas de produção pouco atendidos

DESENVOLVIMENTO DE NOVO PRODUTO Ação chave: Adaptação de tecnologias robustas e acessíveis a diferentes condições ambientais

ALCANCE DA DISTRIBUIÇÃO Ação chave: Parcerias não-tradicionais para desenvolvimento ou transferência

ABRANGÊNCIA DE SISTEMAS DE PRODUÇÃO

PR

OV

ÁV

EL I

MP

AC

TO

DA

TE

CN

OLO

GIA

ALTA

ALTA ALTA

BAIXA

BAIXA

BAIXA MÉDIA

MÉDIA

MÉDIA

Terceira dimensão: probabilidade de obtenção

Estrutura determinada por oportunidades

MARKETING DIRECIONADO Ação chave: Transferência de tecnologias disponíveis, mas subutilizadas

REDESENHO DO PRODUTO Ação chave: Prototipagem e aperfeiçoamento de tecnologias

CRIAÇÃO DE NOVO MERCADO Ação chave: Tecnologias sofisticadas de alto impacto generalizado ou produtores alheios à necessidade de tecnologias

DESENVOLVIMENTO DE NOVO MODELO DE NEGÓCIOS Ação chave: Tecnologias mais simples, adaptáveis a sistemas de produção voláteis, com ênfase na eficiência

EXPANSÃO DE MERCADOS INTEIRAMENTE NOVOS Ação chave: Tecnologias adaptáveis a sistemas de produção em diferentes regiões

CONQUISTA DE MERCADOS COMPETIDORES Ação chave: Preenchimento de lacunas tecnológicas em sistemas de produção pouco atendidos

DESENVOLVIMENTO DE NOVO PRODUTO Ação chave: Adaptação de tecnologias robustas e acessíveis a diferentes condições ambientais

CRIAÇÃO DE NOVO CANAL Ação chave: Tecnologias de baixo trabalho direcionadas a pequenos negócios

ALCANCE DA DISTRIBUIÇÃO Ação chave: Parcerias não-tradicionais para desenvolvimento ou transferência

MODIFICAÇÃO DO SISTEMA DE PRODUÇÃO

AP

RE

ND

IZA

DO

DO

PR

OD

UT

OR

MP3 e MP4 3 anos

MP2 6 anos

Arranjos 10 anos

Adaptado de Simantis & Duke (2014) Harvard Business Review 92(10):73-79.

Exemplo

Foto: Juliana Freitas-Astúa Foto: Juliana Freitas-Astúa

Huanglongbing: doença do ramo amarelo

Foto: Elliot Kitajima

Candidatus Liberibacter spp. É limitada ao floema

Brown citrus aphid Toxoptera citricida (Kirkaldy)

Florida Division of Plant Industry Archive, Florida Department of Agriculture and Consumer Services, Bugwood.org

The Aphid_ A Virus Vector

Psilídeo asiático dos citros Diaphorina citri (Kuwayama)

Uma vez infectivo, transmite para sempre

Foto: Juliana Freitas-Astúa

HLB: a doença mais destrutiva dos citros

Anos

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

%

0

10

20

30

40

50

60

Percentagem de talhões afetados

4,5 milhões de plantas arrancadas em 2014!!!

HLB no Brasil HLB restrito ao Centro-Sul

Pomares em todo o país

88% das microrregiões

possuem pomares

comerciais de citros

HLB no Brasil Desenvolver ferramentas para as

agências de defesa

Rede Sentinela

Biomatemática em apoio à defesa fitossanitária

Rede Sentinela

HLB BioMath

• Detecção precoce • Estudar o vetor • Capacitar agentes da defesa • Desenvolver modelos, cenários e mapas a serem usados pela defesa

HLB no Brasil O quê vamos ver

• Motivação da Rede

• Monitoramento de invasões

• Adequação da IN53

• Amostragem para detecção

• Programa Cryptica

• Zoneamento de risco

Objetivo • Detecção de Liberibacter em adultos infectivos antes da deteção dos sintomas em plantas • Determinar épocas mais favoráveis ao vetor

Captura e amostras de Diaphorina

A

C

B

Folhas de laranjeira Pêra de plantio no Oeste da Bahia com sintomas similares aos do HLB (A),

Resultados de PCR com primers P1/P7 nested rU3/fU5 (B) Resultados de PCR com primers P1/P7

nested D7f2/D7r2 (C).

2012

Como amostrar uma região

indene para detectar o problema

tão cedo quanto possível?

Regiões com HLB

Recôncavo Baiano: região alvo

Regiões citrícolas livres de HLB

Diagonal

Linhas 20%

Linhas 100%

Borda Dupla

Bordas

México

W X

W20

Linhas 50%

Linhas 10%

Flórida

Linhas 25%

Cantos

Duplo W

Esquemas de amostragem intra-talhões

Eficácia x Eficiência

Eficiê

ncia

Eficácia

B-A A-B A-A B-B

Rw20 Ip = 0,54

Borda Dupla Ip = 0,72

Borda Simples Ip = 0,74

West – East distance (meters)

So

uth

– N

ort

h d

ista

nce (

me

ters

)

Atributos da paisagem

• Número e posição dos talhões

• Número e densidade de plantas

• Perfil de idade

• Município (cores diferentes)

Campo + computação D

istâ

ncia

Su

l – N

ort

e (

me

tro

s)

Distância Oeste – Leste (metros)

Within randomly placed quadrats

Dis

tân

cia

Su

l –

No

rte

(m

etr

os)

Distância Oeste – Leste (metros)

Centróides locais Centróide principal

Ao longo da BR 101 Quadrats aleatórios

Esquemas de amostragem testados

Ferramenta para planejamento da ADAB

Frequência de amostragem (meses)

Fra

çã

o d

e p

om

are

s a

mo

str

ado

s