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2ª Conferência CIDAADS
Dina Freire da Paz
Mariana Marques
Ivo Santos
Bárbara Marques
Henrique Freire da Paz
Porquê?
Porque as BOAS causas não são
causas perdidas
e as causas perdidas também se ganham
“Ecoconsciência” sob suspeita?
As falácias e a permeabilidade em ciência
Creio no mundo como num
malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso
nele.
Caeiro
POR QUE ESTAMOS AQUI?
PORQUE TEMOS UMA MÃO CHEIA DE SUSPEIÇÕES A LANÇAR
SOBRE AS NOSSAS BOAS “ECOCONSCIÊNCIAS”
TAMBÉM TEMOS ALGUMAS SEMENTES DE CONSCIÊNCIA CRÍTICA.
Nota: damos sugestões sobre o que fazer com elas …
• É do tipo separa lixo?
• É do tipo frequenta colóquios e conferências?
• É do tipo argumenta muito e faz coisa nenhuma?
A QUALIDADE DA BONDADE DA NOSSA “ECOCONSCIÊNCIA”
SÓ PODERÁ SER DECIDIDA SE A CONFRONTARMOS
COM UMA QUESTÃO RADICAL
Ecoconsciência em teste
Conseguimos
viver com
8% da energia
que
Consumimos?!
Teste
Apenas 8% da
energia total
consumida é
proveniente
de fontes
renováveis!!!
Não!
Rejeitar todas as energias censuradas pela minha boa
consciência ambiental significa ser capaz de viver sem:
• Computador
• Elevador
• Aquecedor
• Recursos da medicina
• Etc…
Será que uma grande parte de nós tem que morrer
para salvar o planeta?
Será que é necessário matar a nossa civilização
para salvar o planeta?
Será que conseguíamos viver numa terra às escuras?
Um sim seria um sim suicida.
Venham de lá os malmequeres pela mão da Mariana!
A fusão nuclear é um processo de alteração de núcleos. É
viável para núcleos mais leves que o Ferro, pois o produto
baseia-se num átomo mais estável. Consiste, tal como o
nome indica, na fusão de núcleos. Para quebrar a barreira
electrostática é necessária uma quantidade significativa de
energia. No entanto, após ultrapassar este dilema, as forças
nucleares são suficientemente fortes para fundirem os dois
núcleos leves, formando um mais pesado. Mas este não é o
único produto da reacção, sendo também libertada uma
enorme quantidade de energia. Assim, seria o aproveitamento
da mesma a resposta para o nosso défice energético.
O desafio é criar as condições necessárias ao início do
processo – temperatura e pressão muito elevadas.
Mas, mesmo assim, não é fácil aceitar que seja impossível, ou
assim tão distante dos nossos recursos. Então, que ainda
não chegámos lá? Falta de energia para chegar à resposta?
O ser humano superou a lei da gravidade e consegue voar, o
mesmo que consegue conceber uma caixa para passar o
tempo a ver filmes e que já pisou a lua? Não vamos cair no
descrédito e encostar-nos à sombra, o sonho e a vontade são
uma ignição poderosa neste estranho, estranho mundo.
Chamo-me Mariana Marques, tenho 20 anos e estudo
Engenharia Aeroespacial no Instituto Superior Técnico. Perante
estes 20 anos deparei-me com o abandonar da inocência
adolescente e vi, claramente, os meus pés entrarem na
consciência adulta. Ainda não estou totalmente lá, direi. Ainda
acredito piamente que podemos mudar. Ainda sou jovem.
Mas, pergunto-me, o que muda nestes que me rodeiam?
Porque se sentam e esperam, quando cabe a cada um de nós
um voto, um sonho ou até uma pequena revolta?
Somos um mar de sonhadores rumo à verdade. Por entre o
caminho da humanidade, durante esta existência, que é um
breve segundo em comparação com a semana da criação do
Universo, chegámos a “mares nunca antes navegados”.
Subimos ao topo da criatividade e desenvolvemos sociedades
que encaixam quase perfeitamente nestas nossas
personalidades cheias de caprichos. E não nos condeno:
porquê viver com menos do que aquilo que podemos? Porquê
viver 50 anos se a medicina nos leva aos 80? Porquê andar de
cavalo se temos carros?
Agora atentemos na parte menos bonita da questão: o
descontrolo. O mundo evoluiu a velocidade-luz, são as casas,
os carros, as pessoas, os animais, as máquinas, os aviões, os
satélites… É o mundo moderno. Tamanha evolução
desmedida haveria algum dia de trazer repercussões ao
planeta. Hoje, nesta era, cai-nos o céu. Porque o problema de
todos estes avanços é quando abandonamos a zona de
segurança e partimos para viver acima das nossas
capacidades. Quando nos voltamos uns contra os outros e,
sobretudo, contra o planeta Terra. Aí é urgente recuar. Mas
recuar como? Abandonar os padrões de vida a que tanto nos
afeiçoámos? Mantenhamos a fasquia alta, olhemos a
alternativas seguras e fidedignas. E lembram-se quando
falava sobre esperança fugaz e sonhos loucos? É agora que
eles entram e são totalmente necessários. Não os evoquei
antes, na expansão do conhecimento, mas reconheço a sua
urgência nesta etapa – a de resolver as questões que nos
assombram. Por entre problemas que temos em mão, destaco
hoje a crise energética que vivemos. A eminente falta de
combustíveis fósseis e a necessidade de alternativas limpas e
seguras. Olhemos a fusão nuclear, por exemplo, como
processo para produção de energia.
Lançadas suspeições sobre a “ecoconsciência” terá
a crença da Mariana um fundamento racional?
Sim, diz-nos a história da ciência através dos seus
casos mais brilhantes…
Os exemplos Copérnico e Einstein.
Sim, porque a ciência já não é dona de verdades
absolutas.
Não se vê que possa avançar com alguma evidência
lógica que possa refutar o argumento da Mariana.
Estão no reino da impossibilidade prática da
verificação das hipóteses das leis intemporais e
universais; e nem encontram salvação na Razão, por
força do inevitável vício do raciocínio em que
inevitavelmente incorreriam: na falácia da afirmação
do consequente.
Lembrete: a investigação científica exige um forte
investimento económico……
Na sequência do pensamento de Thomas Kuhn o Ivo
deixa-nos uma dúvida: estará o poder económico de
que depende a investigação cientifica a conduzi-la
no caminho mais “ecoconsciente”?
E nós, cidadãos do mundo, nada temos a dizer
sobre isto???
Talvez faça algum sentido revisitar uma velha aula de
Filosofia:
“Era uma vez uma ciência que nasceu prepotente e
arrogante, julgando-se senhora da uma Verdade, que
nos disse ser universal e intemporal “
Continua a dar-nos muito mais do que alguma vez
esperámos ter, mas pode não estar sempre no
melhor caminho…
Estejamos atentos e vigilantes.
Sejamos exigentes!!!