Programa de Pós-Graduação em Jornalismo – POSJOR/UFSC | PROJETO DE PESQUISA
Raquel Ritter Longhi
Webnotícia e linguagem hipermidia: como conta o jornalismo online
Período de execução: Maio/2012 – Maio/2015
Linha de Pesquisa: Processos e Produtos
Grupo de Pesquisa: Hipermídia e Linguagem/CNPq
1. Apresentação: Como professora do Curso de Jornalismo e do
PosJor/UFSC, atuando na linha de pesquisa Processos e Produtos
Jornalísticos, e como coordenadora do grupo de pesquisa Hipermídia e
Linguagem/CNPq, do NEPHI-Jor, do Núcleo de Estudos e Produção
Hipermídia Aplicados ao Jornalismo e do Grupo Hipertexto, do Curso de
Jornalismo/UFSC, e membro da Rede de Pesquisa Aplicada Jornalismo e
Tecnologias Digitais/SBPJor, e, mais recentemente, membro da rede
internacional Transmediaticos1, temos investigado as formas que assumiu a
notícia nos novos meios, especialmente aqueles produtos que definimos
como específicos dos meios digitais. Esse interesse vem de encontro a uma
atuação acadêmica que sempre priorizou a pesquisa com narrativas e
linguagens. Primeiro, na especialização História y Estética del Cine, realizada
em Madri, entre 1992 e 1993, quando elaboramos o paper Breve comentario
acerca de Estraños en un Tren, em que investigávamos a transposição da
narrativa do livro de Patrícia Highsmith para o filme de Hitchcock Pacto
Sinistro (1951) (LONGHI, 1993)2. Em seguida, ao lado do trabalho com
jornalismo gráfico, sempre nos preocupou a questão das linguagens visuais,
em especial sua transposição para os novos meios que surgiam e
desenvolviam-se então, nos quais o jornalismo online logo tomou lugar.
1< http://www.redtransmediaticos.blogspot.com.br >
2 Mimeo.
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Verificamos a migração da fotografia e do impresso para os meios digitais,
levando em conta, assim, a linguagem hipermidiática própria da rede de
computadores Internet. Partindo do interesse pelo hipertexto como
linguagem visual e narrativa, elaboramos a dissertação de mestrado
Metáforas e Labirintos: a narrativa em hipertexto na Internet (LONGHI,
1998)3. Seguiu-se o doutorado, no qual verificamos mais a fundo a questão
das narrativas em hipertexto, dessa vez através da análise de um software de
criação literária, o Storyspace, na tese intitulada Escritura em hipertexto:
uma abordagem do Storyspace (LONGHI, 2004)4. Nossa entrada no Curso
de Jornalismo da UFSC ocorreu na área de jornalismo gráfico, onde a
preocupação com as linguagens nos meios digitais, como um desdobramento
dos suportes até então dominantes para o jornalismo, tomou forma no
Núcleo de Estudos e Produção Hipermídia Aplicados ao Jornalismo – Nephi-
Jor, e Grupo Hipertexto, ambos filiados ao Grupo Hipermídia e Linguagem,
que coordenamos junto ao CNPq5, onde desenvolvemos pesquisa, grupo de
estudos e orientação na área do jornalismo digital.
Sempre procuramos atualizar tais interesses nas disciplinas ministradas,
ao contar com a preocupação com o desenvolvimento da linguagem do
jornalismo gráfico e sua transposição para os ambientes digitais. O
Jornalismo, como área, evoluiu em torno de novas tecnologias e suportes, e,
assim, procuramos acompanhar tal evolução no que diz respeito à transição
das linguagens pelos diferentes suportes, do gráfico ao digital.
Concomitante com essas atividades, passamos a fazer parte da Rede de
Pesquisa Aplicada Jornalismo e Tecnologias Digitais, desenvolvendo
pesquisa sobre a transposição de linguagens, as novas formas narrativas
multimidiáticas próprias do webjornalismo e os possíveis novos formatos de
3 Disponível em:< http://www.nephijor.ufsc.br/bancodearquivos/livrodissert.pdf>, acesso em abril/2012.
4 Mimeo.
5 Disponível em: http://dgp.cnpq.br/buscaoperacional/detalhegrupo.jsp?grupo=0043609XENZ9GQ, acesso em maio 2012.
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linguagens no ambiente hipermídia. Nossa atuação, nesse sentido, sempre
conjugou o interesse pelas linguagens visuais gráficas aliadas à sua
transposição para o ambiente hipermidiático, levando em conta a
convergência de meios e linguagens que se configura nos meios digitais.
Nesse período em que buscamos investigar tais migrações de linguagens para
o ambiente do webjornalismo, centrando-nos nas narrativas hipermidiáticas,
atuamos na área do jornalismo online em diversas frentes, tais como
avaliação de artigos e projetos para entidades da área e agências de fomento6,
conferências7, orientações de graduação e de mestrado.
A preocupação com a configuração dos formatos noticiosos no
webjornalismo vem como parte da evolução da trajetória da pesquisadora.
Novas questões se colocam nesse cenário, especialmente no que diz respeito à
produção noticiosa. Este projeto de pesquisa, que ora apresentamos ao
Departamento de Jornalismo/UFSC, tem o objetivo de analisar os produtos
webjornalísticos sob três pontos de vista pertinentes à convergência editorial,
quais sejam: 1) a migração das linguagens jornalísticas para o ambiente
digital e sua convergência; 2) a reconfiguração de gêneros que se configura
nos formatos webjornalísticos multimidiáticos e 3) o uso das redes sociais na
produção da webnotícia. Esses três temas serão analisados levando-se em
conta as instâncias da produção, circulação e consumo da notícia.
Este projeto de pesquisa deverá ter uma etapa em nível de pós-doutora-
do, a ser realizado no período de setembro de 2013 a agosto de 2014, na Uni-
versidade Nova de Lisboa, sob orientação do Prof. Francisco Rui Cádima, que
já confirmou sua participação nesse sentido. Tal etapa será imprescindível
6 Intercom, SBPJor, Fapesp, dentre outras.
7 “Los especiales multimedia en el periodismo on-line”. Palestra no III Seminario Walter Lippmann de Investigación en Periodismo. (Universidad del Rosario, Bogotá, 2011); “Metodologia de Investigação no Jornalismo Digital”. Palestra no II EJICC – Encontro de Jovens Investigadores em Ciências da Comunicação. (Universidade Fernando Pessoa, Porto, Portugal, 2011).
5.
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para a consecução da pesquisa, uma vez que o orientador tem forte atuação
na área de jornalismo e audiovisual, e coordena o Mestrado de Novos Media e
Práticas Web (FCSH-UNL).
2. Problematização:
Em seu livro El lenguaje de los nuevos médios de comunicación, Lev
Manovich propunha uma investigação em torno da lógica da linguagem nos
novos meios, buscando ainda, especular se esta nova linguagem estaria perto
de obter sua forma estável e definitiva (MANOVICH, 2006, 50). Tratava-se
de investigar as transformações culturais que desembocaram no
desenvolvimento da primeira década de utilização dos computadores
pessoais, que passaram de ferramentas de produção (em geral, para a área
gráfica), para meios de armazenamento e distribuição da informação e
comunicação. Desde então, a trajetória do computador pessoal como meio de
comunicação, aliada ao surgimento das redes de computadores e internet,
ampliaram o escopo de abrangência das mídias digitais, que hoje são
onipresentes.
Se o jornalismo utilizou as redes de computadores como novos suportes
de difusão (num primeiro momento), e produção, mais recentemente o
jornalismo digital tem focado na convergência suas estratégias de
desenvolvimento empresarial, tecnológico e editorial. A indústria midiática
está adotando a cultura da convergência por várias razões, segundo Henry
Jenkins (2007), entre elas, o fato de que a convergência cria múltiplas formas
de vender conteúdos aos consumidores, sendo a notícia considerada uma
parte desse conteúdo. A convergência está mudando o modo como os setores
de mídia operam e o modo como as pessoas pensam sobre sua relação com os
meios de comunicação.
Entendemos linguagem, para nossa pesquisa, como define Manovich
(2006, 56), ou seja: “as convenções que estão surgindo, os padrões de
desenho recorrentes e as principais formas dos novos meios”, tudo isso
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dentro do escopo do webjornalismo, temática principal de nossas
investigações, e ainda, no cenário da hipermídia, linguagem específica dos
meios digitais, que se traduz na presença de blocos de informação que podem
ser verbais, sonoros e/ou visuais, de forma convergente, no ambiente digital
de informação.
Dentre os resultados dos nossos estudos mais recentes sobre as
linguagens hipermidiáticas (LONGHI, 2008, 2009, 2010), sustentamos o
conceito de intermídia, que se presta para definir uma linguagem que aposta
na “fusão conceitual, formando uma terceira linguagem” (LONGHI, 2008).
Especiais multimídia, nesse sentido, configuram-se como narrativas
intermídia, que “realizam uma fusão conceitual, ao estabelecerem o extremo
cuidado estético aliado às novas possibilidades do manejo da linguagem. (...)
exemplificam, na prática, um formato totalmente específico dos meios
digitais” (LONGHI, 2010 a). Quando analisamos a construção desse formato
noticioso, levamos em consideração, apoiados em Santaella (2007), os
processos sígnicos envolvidos, ou seja, os processos de linguagem que
operam na conformação de um novo tipo de forma de representação, como é
a hipermídia. Essa autora define “três matrizes lógicas, a partir das quais, por
processos de combinações e misturas, originam-se todas as formas possíveis
de linguagens e processos de comunicação (...): a sonora, a visual e a verbal”
(SANTAELLA, 2007, p. 75). A hipermídia seria, assim, um sistema sígnico
resultante dessas combinatórias, e operaria uma fusão conceitual
(intermídia) (LONGHI, 2010). Trata-se de uma linguagem que se mistura no
ato mesmo de sua formação, para usar uma expressão da mesma autora
(SANTAELLA, 2007, p. 85).
Neste sentido, a ideia de intermídia vem de encontro à posição de
Salaverría, que, com o conceito de multimídia por integração (2005),
sublinha a reunião de elementos com o resultado final de unidade
comunicativa. Para nós, intermídia traduz-se na efetiva combinação e
integração dos elementos multimídia, ou seja, um formato novo, diferente
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daqueles que operam para lhe dar configuração, através da combinação e
rearranjo (LONGHI, 2010 a).
A grande reportagem nos meios digitais parece estar reconfigurada nos
especiais multimídia. Ainda que apareça denominado com vários nomes, o
“especial multimídia” poderia ser definido levando-se em conta dois aspectos
principais: as características de sua linguagem e as características ligadas ao
gênero de formato informativo. Sobre esse segundo aspecto, uma vez que
podemos entender o especial multimídia como uma espécie de herdeiro da
grande reportagem do impresso, e verificando o quadro classificatório
proposto por Noci e Salaverría para os gêneros do webjornalismo (apud
PALACIOS e NOCI, 2009: 24), uma melhor classificação definiria o especial
multimídia dentro da categoria “gêneros interpretativos”. Por outro lado, há
que levar em conta que, dentro do que se entende por especial multimídia,
aparecem formatos tão diversos como entrevistas, depoimentos,
documentários, todos eles, classificáveis, segundo as teorias canônicas do
jornalismo, como gêneros.
No que diz respeito à reportagem, concordamos com Larrondo Ureta
quando afirma que ela se converteu num modelo paradigmático das
mudanças que o hipertexto trouxe para os gêneros e formatos redacionais
conhecidos (2009, 85). Para a autora, “a chegada de uma nova modalidade
textual como o hipertexto informativo reconfigura os gêneros jornalísticos tal
e como o conhecemos no meio impresso” (LARRONDO URETA, 2004: 5). A
convergência de linguagens, desta forma, atua na composição e
reconfiguração do gênero da grande reportagem.
Jornalismo de convergência
O termo convergência define o atual momento do Jornalismo, para Janet
Kolodzy (2009), marcando um estágio de desenvolvimento dos meios no qual
a convergência é o processo principal. Isso se deve ao fato de mudanças
tecnológicas, sociais e econômicas desafiarem as empresas tradicionais a
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desenvolver novas formas de atrair leitores e espectadores e manter os
correntes. A autora observa que a convergência implica mudanças editoriais e
corporativas no jornalismo contemporâneo.
Convergência no jornalismo exige mudanças na forma como asorganizações de notícias pensam as matérias e a cobertura noticiosa,como eles produzem a notícia, e como as divulgam. A maior parte daconvergência no jornalismo de hoje centra-se na última destas áreas,na distribuição da notícia. (KOLODZY, 2006, p.9)8
Gordon (2003), citado por Grant (2009), aponta cinco dimensões para a
convergência: propriedade, táticas, estrutura, captura da informação
(information gathering) e apresentação (narrativa). Essa última
característica da convergência jornalística vem como resultado da
convergência tecnológica, como lembra Kolodzy (2009), que abriu novas
formas de apresentar a informação, pois trouxe consigo a multimídia, onde
diferentes plataformas de narrativas podem ser combinadas, na Internet,
como texto, áudio, fotos, gráficos, vídeo, cinema.
... a convergência tecnológica também abriu novas formas deapresentar a informação. (...) levou à apresentação da informação emmultimídia. A internet permite que plataformas ou meios narrativosanteriormente separados – texto do impresso; o áudio do rádio,figuras e gráficos do design visual; e imagens em movimentos,animação, filme e televisão – sejam combinados em novas formas deproporcionar a informação. (KOLODZY, 2009, 34)9
Reconfiguração de gêneros audiovisuais
No ambiente da linguagem hipermídia, muita coisa ainda está por ser melhor
definida, em termos de conceitos e nomenclaturas. Quando nos reportamos a
gêneros audiovisuais no webjornalismo, a questão inevitável é se tal
8 Texto original: “Convergence in journalism requires changes in how news organizations think about the news andnews coverage, how they produce the news, and how they deliver the news. Most convergence in journalism todayfocuses on the last of those areas, delivering the news.”(KOLODZY, 2006, p.9).9 Tradução nossa. No original: ... technological convergence has also opened up new ways of presenting thatinformation. Technological convergence has led to multimedia information presentation. The internet allows formerlyseparate and distinct storytelling media or platforms – the text of print; the audio of radio, pictures and graphics ofvisual design; and the moving pictures of animation, film, and television – to be combined into a new way of providinginformation.
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nomenclatura é adequada, já que se trata de um ambiente de informação
bastante diferenciado de seus predecessores, como o impresso e o eletrônico.
A referência direta do audiovisual se dá com o ambiente pré-linguagens
digitais, onde o audiovisual dizia respeito a “qualquer comunicação destinada
simultaneamente aos sentidos da audição e da visão” (...) “Qualidade de todo
e qualquer meio que transmite mensagens através de som e imagem”
(RABAÇA e BARBOSA, 2002: 49). Com o desenvolvimento da multimídia, e
depois, no ambiente digital, da hipermídia, com formatos que conjugam
imagem, texto e som, pode-se afirmar que os três termos audiovisual,
multimídia e hipermídia, conversam entre si, cada um deles, explicitando em
maior ou menor grau o tipo de suporte em que trafegam as linguagens. No
caso do audiovisual, não se pode deixar de lado o slide, a fita de áudio, o
projetor, dentre outros10; relativamente à multimídia, já se adentra em um
contexto da informação informatizada, segundo os mesmos autores, que
“integra textos, sons e imagens, transmitidos através de redes internet ou
intranet, armazenados em CD-Rom, etc” (RABAÇA e BARBOSA, 2002: 501),
e finalmente, quanto à hipermídia, entende-se como a linguagem que
conjuga, além de textos verbais, sons e imagens, em um único ambiente de
informação, o digital, e através de conexões entre suas partes (LONGHI,
1998).
Resultados de nossas pesquisas com os formatos noticiosos no
jornalismo online apontam para uma possível reconfiguração de gêneros
fotojornalísticos, o que mercerá maior espaço no escopo da pesquisa
pretendida. Em artigo publicado em 2010, trabalhamos com a ideia de que as
histórias com imagens em forma de slideshow estão trazendo para o
ambiente hipermídia da web a reconfiguração de gêneros fotojornalísticos
como as picture stories e o ensaio fotográfico (LONGHI, 2011, 2010 a). A
imagem está sendo usada como matéria-prima da notícia nos slideshow
noticiosos, ou seja, ocupando o lugar principal de código lingüístico.
10 Ver ainda o verbete audiovisual em Rabaça e Barbosa, 2002, p. 49.
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Na sua forma mais comum, o slideshow utiliza imagens distribuídas em
uma determinada sequência, onde o que importa é o conteúdo individual de
cada fotografia, contando apenas com um título e legendas. Sua progressão
obedece ao clique do usuário sobre botões indicativos, como por exemplo,
números, setas ou play. Apesar de sua iminente simplicidade de forma,
entretanto, o slideshow pode ser verificado como um formato noticioso e
mesmo narrativo, quando o contexto causado pela sucessão de imagens é
capaz de lhe conferir um sentido expressivo, ou seja, ultrapassando o sentido
individual de cada foto em particular (LONGHI, 2010 a). Concluímos, assim,
que a grande utilização desse formato noticioso mostra que, com a
hipermídia, a imagem em sequência ganha como expressão narrativa, uma
vez que ela é capaz de dar conta da transmissão da notícia em toda a sua
intensidade, seja acompanhada de legendas, títulos, seja apenas como uma
sucessão de imagens.
Convergência e circulação
O espectro da convergência, no cenário do webjornalismo e das redes sociais,
é ampliado para a circulação. Para González (2010), a circulação multiplicada
de notícias está implícita no processo de convergência midiática, já que
quando um meio inicia a convergência, o faz com a ideia de aumentar tais
possibilidades de compartilhamento da informação através de todos os meios
possíveis. Além disso, é importante reconhecer que o novo consumidor de
notícias é também um produtor de informação em potencial. O público
consumidor de notícias está onipresente assim como a informação, em
especial quando se considera o acesso a partir de diferentes plataformas
conectadas à internet, em um conjunto formado também por aparelhos
móveis como celular, tablets, netbooks, laptops entre outros. Logo, a
distribuição multiplataforma tornou-se uma das principais metas do processo
de convergência.
A circulação de conteúdos por meio de diferentes sistemas midiáticos,
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para Jenkins (2008), depende fortemente da participação ativa dos
consumidores. Para o autor, a convergência não ocorre por meio de
aparelhos, mas dentro dos cérebros de consumidores individuais e na sua
interação com outros. Recente estudo de Santaella e Lemos aponta para as
inúmeras mudanças que as redes sociais vêm trazendo nas relações sociais e
humanas (2011). De acordo esse estudo, a grande mudança encontra-se nas
possibilidades de novas interfaces de interação social que as redes sociais,
junto com as tecnologias móveis, trazem ao cenário da Comunicação. As
autoras sugerem que se cria uma cultura do always on, em que a conexão ao
digital é onipresente e contínua.
As redes sociais somam-se às estratégias de convergência como
plataformas midiáticas que passam a ser utilizadas também na produção da
notícia. Para Orihuela (2006), os meios de socialização resgatam o
protagonismo mediático do público, que se converte no centro do processo
comunicativo. O papel que exercem tais plataformas de socialização online,
aliados a possibilidades cada vez mais facilitadas de conexão e acesso,
tornaram as redes a alma do jornalismo na internet. As redes sociais, assim,
tornaram-se o mais forte elo de interação entre o público leitor de notícias e
consumidor do jornalismo e os meios.
Nesse quadro evolutivo, a informação na internet passou a requerer
uma série de interações digitais com o público, inspiradas inicialmente nas
possibilidades oriundas dos blogs – comentários e links - em um processo de
“bloggização” dos jornais online, como observa Tíscar Lara: os meios,
segundo esse autor, “têm de disponibilizar espaços de comunicação e
socialização a suas audiências (...) agora o desafio é captar novos públicos e
converter suas audiências em redes sociais”11 (2008, nossa tradução). Mais
ainda, a interatividade com o público propiciada pelas redes sociais favorece
os meios através da distribuição de seus conteúdos entre as redes,
produzindo um efeito em cadeia entre os membros da rede social e
11 Texto original: “han de proveer de espacios de comunicación y socialización a sus audiencias. (...) ahora el retoestriba en captar nuevos públicos y convertir a sus audiencias en redes sociales.” Disponível em <http://goo.gl/sjdlI>.
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melhorando sua repercussão, como observa Orihuela, citado por Cébrian
Herreros y Vivar (2011).
Por meio desse tipo de estratégia, os veículos objetivam incentivar a
audiência a distribuir seus conteúdos através de diferentes canais. O usuário
ativo das redes sociais torna-se então uma espécie de formador de opinião
dentro de sua rede de contatos e, ao mesmo tempo, gatewatching da notícia
(BRUNS, 2005). A audiência transforma-se em difusora, retransmissora e
disseminadora de informação, em sua relação com os meios (BOWMAN &
WILLIS, 2003; DEUZE, BRUNS & NEUBERGER, 2007 apud BACHMANN e
HARLOW, 2011).
Acostumados a usar blogs, Facebook, Twitter e outras plataformas,
cidadãos querem mais que apenas escrever uma carta ao editor. Os leitores
agora esperam algum nível de interatividade e um maior envolvimento com o
site de notícias, forçando a mídia tradicional a repensar não apenas o
processo de produção noticiosa, mas também o que é considerado um
jornalista. (Hayes et al., 2007). (BACHMANN e HARLOW, 2011, p. 5)12
As novas práticas de comunicação em rede têm sido analisadas por
diversos autores. Clay Shirky observou, nesse sentido, sobre a fusão da
comunicação pessoal e a publicação. Nessa nova configuração das práticas
jornalísticas, a situação se inverte para, em primeiro lugar, um processo de
filtragem da informação, depois sua publicação. Segundo Shirky, as redes
sociais estão impondo um novo modelo onde primeiro se publica de tudo, e
depois as interações dos usuários se encarregam de hierarquizar os temas e
organizá-los13.
SCOLARI reflete sobre a hipermediação como um processo de
“intercâmbio, produção e consumo simbólico que se desenvolvem em um
ambiente caracterizado por uma grande quantidade de sujeitos, meios e12 No original: Accustomed to using blogs, Facebook, Twitter, and other such platforms, citizens have come to wantmore than just the ability to write a letter to the editor. Internet-savvy newspaper readers now expect some level ofinteractivity and increased engagement with a news site, forcing traditional news media to rethink not only theprocess of news production, but also who is considered a journalist (Hayes et al., 2007).
13 Citado por Scolari, 2011.
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linguagens interconectados tecnologicamente de maneira reticular entre si”
(2008: 113-114). O autor salienta a
“trama de envios, hibridações e contaminações que a tecnologiadigital, ao reduzir todas as textualidades a uma massa de bits, permitearticular dentro do ecossistema midiático. As hipermediações, entreoutras palavras, nos levam a indagar a respeito da emergência denovas configurações que vão mais além – por cima – dos meiostradicionais. Nesse sentido, se assemelham às mediamorfosis(Fidler,1998)” (SCOLARI, 2008: 114).
Este autor dinamiza seus estudos do objeto ao processo, para dar conta das
dinâmicas cognitivas e culturais que as tecnologias digitais colocam em
marcha.
Com isso, pretendemos avaliar até que ponto a circulação da informação
ganha com as redes sociais, do ponto de vista de sua produção, e de que
forma isso interfere em novas classificações para os formatos
webjornalísticos.
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3. Metodologia: Em se tratando de “novas mídias”, como vem sendo
definidos os meios de comunicação no ambiente digital de informação, a
questão que se coloca é até que ponto tais mídias necessitam de novos
métodos de abordagem. A resposta mais cuidadosa a esta questão reside no
modelo de combinação de aproximações consagradas pelas ciências sociais
com novas formas de tratamento dos objetos da mídia, resultantes de tais
novas configurações dos meios. Para Priest, “todas essas mudanças oferecem
novas oportunidades de observação, experimentos, amostragem e avaliação
da utilização que as pessoas fazem da tecnologia para se comunicar” (2011,
225). Em todo caso, salienta a autora, uma coisa é certa: os modelos de
pesquisa precisarão refletir o cenário da mídia contemporânea.
Isso diz respeito, por exemplo, a questões de análise dos produtos
midiáticos quando entram em cena novas configurações da comunicação
midiática, como as redes sociais e sua utilização pelo webjornalismo. Ou
ainda, a configuração do público, que torna-se usuário, ou uma espécie de
“filtro sócial”, fazendo a filtragem da notícia para depois distribuí-la através
das plataformas de redes sociais. Ao mesmo tempo, trata-se de verificar
novos cenários para a produção, distribuição e consumo da notícia, todos
eles, enriquecidos pelo estabelecimento das redes sociais e por uma nova
configuração do leitor/usuário/ navegador.
Tratando-se de objetos que encontram-se “em se fazendo”, como o são os
produtos informativos noticiosos no webjornalismo e uma possível
reconfiguração de gêneros, justifica-se a opção pela pesquisa de cunho
exploratório, que, no dizer de Severino (2010: 122), “busca apenas levantar
informações sobre um determinado objeto, delimitando assim um campo de
trabalho, mapeando as condições de manifestação desse objeto”. Para Gil
(1995), a pesquisa exploratória é desenvolvida com o objetivo de
proporcionar uma visão geral acerca de determinado fato, um tipo de
pesquisa realizado especialmente quando o tema escolhido é pouco explorado
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(GIL, 1995: 45).
É nossa intenção aliar esse tipo de pesquisa com a investigação descritiva,
que objetiva a descrição das características de determinado fenômeno, como
é o caso em tela, e podem, ainda, proporcionar uma nova visão do objeto, ou
do problema, o que as aproxima das pesquisas exploratórias, segundo Gil
(1995: 45).
Nossa investigação, nesse sentido, é de cunho exploratório e descritivo,
com análise qualitativa de conteúdo de produtos específicos, selecionados
aleatoriamente em três jornais de referência brasileiros, espanhóis e norte-
americanos. A metodologia seguirá, assim, as seguintes etapas:
1) a migração das linguagens jornalísticas para o ambiente digital e sua
convergência; 2) a reconfiguração de gêneros que se configura nos formatos
webjornalísticos hipermidiáticos e 3) o uso das redes sociais na produção da
webnotícia. Esses três temas serão analisados levando-se em conta as
instâncias da produção, circulação e consumo da notícia.
1ª: estudo teórico sobre a migração de linguagens e o estado da arte dos
formatos hipermidiáticos webjornalísticos, traçando um quadro evolutivo;
2ª: estudo teórico sobre uma possível reconfiguração de gêneros jornalísticos
hipermidiáticos e audiovisuais no webjornalismo; estudos multicasos sobre o
uso das redes sociais na produção da webnotícia e ilustração de casos
escolhidos aleatoriamente em três jornais de referência brasileiros, espanhóis
e norte-americanos. Classificação de possíveis webgêneros. Esta parte do
projeto deverá ser implementada e aprofundada dentro do projeto específico
de pós-doutorado.
3ª: estudo qualitativo através da observação exploratória e descritiva de
produtos webjornalísticos escolhidos aleatoriamente como ilustração da
reconfiguração de gêneros informativos audiovisuais no webjornalismo.
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Categorização de webgêneros dentro de classificação postulada na segunda
etapa.
4ª: Finalização do projeto, revisão e produção de publicação em livro
impresso e digital.
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4. Alcance, Resultados, Contribuições e Metas: Dentre os resultados
pretendidos, estão o reforço e a continuidade do trabalho nos Grupos de pes-
quisa e nas redes já citados, o enriquecimento da oferta de disciplinas e mini-
cursos a serem oferecidos no Departamento de Jornalismo da UFSC, em nível
de graduação e de mestrado, assim como o reforço à mesma área e à atuação
desta pesquisadora na Linha de Pesquisa Processos e Produtos, do Programa
de Pós-Graduação em Jornalismo, PosJor/UFSC. Também prevemos a apre-
sentação de trabalhos em congressos e eventos científicos e publicações em
periódicos, assim como capítulos de livros. Como resultado final, pretende-
mos sistematizar tal investigação em forma de livro impresso e digital. Na
etapa pós-doutoral, pretende-se integrar a pesquisa no âmbito do Departa-
mento de Ciências da Comunicação/Faculdade de Ciências Sociais e Huma-
nas da Universidade Nova de Lisboa, nomeadamente nos seus cursos de gra-
duação e pós-graduação, através de conferências específicas e participação
em grupos de pesquisa da área de jornalismo e do audiovisual, em particular
junto do CIMJ – Centro de Investigação Media e Jornalismo.
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5. Objetivos: Geral: analisar os produtos webjornalísticos sob três pontos de
vista pertinentes à convergência editorial: 1) a migração de linguagens para o
ambiente digital e sua convergência; 2) a reconfiguração de gêneros nos
formatos webjornalísticos hipermidiáticos e 3) o uso das redes sociais na
produção da webnotícia. Estes três temas serão analisados levando-se em
conta as instâncias da produção, circulação e consumo da notícia.
Específicos
- Verificar o estado da arte dos produtos hipermidiáticos no webjornalismo,
fazendo um quadro de sua evolução histórica;
- Investigar o surgimento e configuração de gêneros e formatos específicos do
webjornalismo, levando em consideração a convergência de meios e
linguagens e a utilização das redes sociais;
- Analisar a função das redes sociais nos produtos informativos
webjornalísticos em casos selecionados;
Estabelecer uma classificação a partir das diversas manifestações de
webgêneros.
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6. Justificativa: A produção da notícia recebe, com as novas configurações
midiáticas, impulsos renovadores, que desafiam as classificações tradicionais
a respeito do produto noticioso. Por exemplo, a ampla utilização dos
formatos multimidiáticos, tais como o especial multimídia e o slideshow (na
qualidade de narrativas visuais), e ainda, a explosão das redes sociais trazem
questões relevantes. Como se dá a migração das linguagens jornalísticas para
o ambiente digital e sua convergência? Em que sentido as redes podem estar
transformando os paradigmas existentes quanto à produção, circulação e
consumo do produto noticioso? Como fica o leitor nesse quadro? Pode-se
falar de gêneros específicos dos meios digitais? Como se dá a reconfiguração
de tais gêneros? O que a convergência midiática tem a ver com tudo isso?
Relativamente à imagem, como surgem e se estabelecem no webjornalismo
os gêneros audiovisuais? Como os webjornais estão utilizando as redes sociais
na produção noticiosa? Estas são algumas questões que pretendemos
responder neste projeto de pesquisa.
A compreensão das especificidades dos formatos webjornalísticos
hipermidiáticos passa pelo entendimento e aprofundamento nas questões
relativas à convergência de linguagens propiciadas pelos meios digitais. Em
artigo apresentado na Compós, em 2009, e posteriormente publicado pela
revista Estudos em jornalismo e Mídia14, atentávamos para as narrativas
infográficas webjornalísticas, salientando o seu caráter de migração do
impresso para o online, e verificando seu caráter convergente:
“(...) a chamada convergência dos meios de comunicação vemoperando em pelo menos duas vias, a da produção, em que se insere alinguagem, e a da distribuição, na qual o espaço cibernético para ainformação é aglutinador de vários tipos de meios de comunicação – ojornal, o rádio e a televisão, por exemplo, que ali encontram umespaço a mais para sua representação midiática” (LONGHI, 2009, 02).
Apontávamos, ainda, o surgimento de um formato específico dos meios14 Disponível em: http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/jornalismo/article/viewFile/10953/10423, acesso em maio 2012.
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informativos jornalísticos digitais, e introduzíamos a ideia de intermídia:
“Alguns especiais do Clarín.com, neste sentido, tornam-se, parabuscar um termo mais propenso ao ambiente digital, narrativasintermídia, que realizam uma fusão conceitual, ao estabelecerem oextremo cuidado estético aliado às novas possibilidades do manejo dalinguagem. Poderíamos afirmar que exemplificam, na prática, umformato totalmente específico dos meios digitais” (LONGHI, 2009,02).
Concomitantemente, a verdadeira explosão do uso de narrativas fotográficas
em slideshow com áudio, levou-nos a iniciar a verificação também desses
produtos, do ponto de vista da construção da linguagem audiovisual e pela
reconfiguração de gêneros. No artigo “Formatos de linguagem no
webjornalismo convergente: a fotorreportagem revisitada”, apresentado no
8º Encontro da SBPJor, em 2010, observamos que:
“Diferentes tipos de formatos jornalísticos com imagens têm sidoproduzidos pelo webjornalismo, num processo de adequação àlinguagem hipermidiática do meio, que leva em conta em grande partea remodelação de linguagens anteriormente estabelecidas peloimpresso, televisão, rádio e cinema. Mais especificamenterelacionadas ao gênero fotojornalístico, sites noticiosos apresentamhistórias fotográficas onde se destacam o slideshow, os especiaismultimídia e as picture stories, ou fotorreportages” (LONGHI, 2010,01).
Naquele momento, buscávamos identificar o possível surgimento de um novo
gênero fotojornalístico, específico do webjornalismo, resultante da fusão dos
formatos do slideshow e do documentário, e herdeiro ainda da reportagem
fotográfica do impresso.
Aliando o interesse nas representações gráfico visuais no webjornalismo
com o desenvolvimento de softwares livres, criamos, em 2009, o projeto de
extensão Fotolivre.Ufsc15, um banco de imagens produzidas pelos alunos das
disciplinas de Fotojornalismo do Curso de Jornalismo da UFSC, onde a
migração das imagens do impresso para o digital configurava a base do
projeto.
Mais recentemente, o surgimento e estabelecimento das redes sociais, e
seu uso pelo webjornalismo foi chamando nossa atenção como possível15 WWW.fotolivre.ufsc.br, acesso em maio de 2012.
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objeto de pesquisa. Ademais, por ampliar o escopo de posturas de observação
a respeito dos formatos da webnotícia. Assim, no artigo “Os webjornais
querem ser rede social”, escrito em co-autoria com as orientandas de
mestrado Ana Marta Moreira Flores e Carolina Teixeira Weber, publicado no
livro Jornalismo Digital, Colaboração e Redes Sociais, lançado na 9º SBPJor,
em novembro de 2011, iniciamos estudos relativos à utilização das redes
sociais pelo webjornalismo. Não apenas a tecnologia converge, como lembra
Vivar, mas também o tipo de conteúdo, ou seja, a mensagem. Assim, surgem
as interrogações, segundo o autor: como devem estruturar-se as mensagens
num contexto de convergência dos meios com as redes sociais? (VIVAR,
2009, 74).
É dentro dessa trajetória de pesquisa que este projeto vem inserir-se, no
sentido de desenvolver investigação centralizada na transposição e
reconfiguração de linguagens e formatos noticiosos no jornalismo online,
levando em conta as redes sociais, e lembrando que, no ambiente do
webjornalismo, estamos tratando os formatos informativos e audiovisuais
como sinônimos de formatos hipermidiáticos, uma vez que a hipermídia
engloba a conjugação em um mesmo ambiente de representações verbais,
sonoras e visuais. Usamos ainda a nomenclatura de multimedia, para tratar
das mesmas instâncias de organização da linguagem no ambiente digital.
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7. Orçamento: próprio
8. Cronograma:
Etapa 1ª 2ª 3ª 4ª
Período Maio/2012Janeiro/2013
Fevereiro/2013Fevereiro/2014
Março/2014Dezembro/2014
Janeiro/2015Maio/2015
Descrição
Estudo teórico – Estado da arte dos formatos noticiosos hipermidiáticos e reconfiguração de gêneros jornalísticos informativos no webjornalismo.
Histórico da evolução dos formatos hipermidiáticos webjornalísticos.
Estudos teóricos e estudos multicasos sobre o uso das redes sociais na produção da webnotícia e possível reconfiguração de gêneros e formatos. Classificação de possíveis webgêneros.
Estudo qualitativo através da observação exploratória e descritiva de produtos informativos webjornalísticos como ilustração da reconfiguração de gêneros hipermidiáticos e audiovisuais no webjornalismo. Categorização de webgêneros dentro de classificação postulada na segunda etapa.
Finalização, revisão e produção de publicação impressa e digital.
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