Download - Universidades Inovadoras
Universidade inovadora: desafios e oportunidades para a educação superior - 5i´s para IES contemporâneas.Roberto C. S. PachecoPrograma de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do ConhecimentoUniversidade Federal de Santa Catarina – EGC/UFSCInstituto Stela – Pesquisador [email protected]
30 de novembro de 2015.Seminário de Planejamento Estratégico – UNIPÊ
João Pessoa – PB
Agenda
Quem somos Histórico e Tendências nos sistemas universitários (UE e EUA) Interdisciplinaridade Inovação Inter-institucionalização Internacionalização Informação
Quem somos – EGC/UFSC
Programa de PG em Engenharia e Gestão do ConhecimentoEGC/UFSC - 1995-2005
Criado em 200435 Doutores de diversas áreas
(Psicologia, Administração, Engenharias, Computação, Semiótica, Educação)700 candidatos para 60 ingressantes por ano
(30 mestrado e 30 doutorado)Conceito 5 na CAPES
+ de 200 doutores e + de 200 mestres
CAInter
AVALIAÇÃO
Quem somos – Instituto Stela
Grupo StelaPPGEP/UFSC1995-2005
Instituto StelaDesde 2005
11 países2001-2003
201220082007
Breve Histórico
1290 – 1350Encontros acadêmicos
1810 – HumboldtUniversidade de Berlim
1963Robbins Report
1999 Acordo de Bolonha
Universidade = Ensino + PesquisaVeículo de avanço do conhecimento e de investigação crítica e não somente lugar de transmissão de conhecimentos do passado. Prática é indissociável do ensino e da pesquisa
Universidades britânicas deveriam ser menos elitistas. Pesquisa e educação são indissociáveis. Necessidade de múltiplos investimentos e planejamentohttp://www.educationengland.org.uk/documents/robbins/robbins1963.html
Espaço europeu de ensino superiorCompatibilidade e comparabilidade entre os sistemas de ES
Sistema com graus acadêmicos de fácil equivalênciaBaseado em pré-licenciatura e a pós-licenciatura
Incentivar a mobilidade de estudantesDe professores, investigadores e pessoal administrativo
Cooperação inter-governamental
Será o suficiente para as gerações X e Y?
1290 – 1350Encontros acadêmicos
1810 – HumboldtUniversidade de Berlim
1963Robbins Report
1999 Acordo de Bolonha
Learning and Teaching in European Universities Trends 2015
As políticas nacionais permanecem muito importantes, mesmo depois de muito esforço de integração como o do acordo de Bolonha.
Deve haver foco na definição de prioridades, uso de TIC, políticas coordenadas, instrumentos e abordagens comuns (…) com confiança
construída entre os atores.Sursock, 2015
Internacionalização do aprendizado70% das IES europeias consideram a internacionalização sua principal política: mobilidade, colaboração, atração de estudantes, aulas em inglês, financiamento adicional,
Tendências (Europa)
Estratégias de e-LearningOferecer flexibilidade e oportunidade aos alunosMOOCs (2014). Gamefication (2016); 3D Printing (2018). Exames online são uma grande tendênciaOpenness – open data, open content and transparency
Mudanças conceituais no ensinoMetas de Aprendizagem. Cooperação entre docentes. Aplicabilidade do aprendizado e empregabilidade do aluno
http://www.eua.be/Libraries/publications-homepage-list/EUA_Trends_2015_web
Estruturas organizacionaisPreparação e avaliação de docentes.Criação de espaços comuns (coworking). Suporte constante aos estudantes
1290 – 1350Encontros acadêmicos
1810 – HumboldtUniversidade de Berlim
1963Robbins Report
1999 Acordo de Bolonha
5 Higher-Ed Trends for 2014
Queda de investimento público, mudanças demográficas, tecnologias avançadas e um Mercado de trabalho cada vez mais complex..
Sophie Quinton, Dezembro de 2013
Redução de recursos impacta na demanda por resultadosAdministração Obama solicita o “aprendizado baseado em competências”. Estudantes trocam de espaço da sala de aula para seu próprio espaço de aprendizagem com acesso a emprego durante o processo de aprendizagem
Tendências (EUA - Cenários)
Carreira e Habilidades TécnicasHigh Schools, Colleges e empresas estão se unindo para ampliar as habilidades dos estudantes. Aprendizagem e acesso a emprego convergiram
Excesso de empréstimos estudantisEstudantes americanos devem 1 trilhão de dólares. Houve grande queda em credito disponível para a formação. Colleges devem ser mais efetivo e menos custosos
http://www.eua.be/Libraries/publications-homepage-list/EUA_Trends_2015_web
Efetividade docenteProfessores começarão a ser recompensados pela efetividade de seu aprendizado.Debate: o quanto a avaliação docente deve estar ligada à performance do aluno x segurança de emprego. Cuidados redobrados com o recrutamento de docentes.
Tendências (EUA - Reflexões)
1290 – 1350Encontros acadêmicos
1810 – HumboldtUniversidade de Berlim
1963Robbins Report
1999 Acordo de Bolonha
Universidades Inovadoras
Hoje o Desafio da Universidade Tradicional é mudar de modo a diminuir seu preço e a crescer sua contribuição
para os estudantes e para a sociedade.Christensen e Eyring, 2014
Liberdade e utilidadeNão são escadas e sim cenários.IES não podem ficar sujeitas a um modelo único e hierárquico de avaliação. Reconhecimento estará na qualidade do egresso
Otimismo cautelosoÉ muito difícil para IES tradicionais realizar inovações disruptivas. Professores motivados são agentes-chave
Poda e focoSomente sobreviverão as IES que reconhecerem seus pontos fortes e realizarem inovações com otimismo, com desempenho reconhecido por seus estudantes e comunidade
Interdisciplinaridade1º “I” para Universidades contemporâneas
The world has problems, but universities have departments Garry D Brewer (1999)
Reconhecimento à Disciplinaridade
DisciplinaridadeFoi uma resposta fundamental à visão secular de que fé e razão eram inseparáveis.
Fonte: Pacheco 2014http://pt.slideshare.net/rpacheco/4-is-para-a-pg-brasileira
Reconhecimento à Disciplinaridade
DisciplinaridadeFoi responsável por diversas conquistas:
Expectativa de vidaAlimentaçãoAcesso à informação...
Esta última já fruto da multidisciplinaridadeFonte: Pacheco 2014
http://pt.slideshare.net/rpacheco/4-is-para-a-pg-brasileira
Limites da Disciplinaridade
Fonte: Pacheco 2014http://pt.slideshare.net/rpacheco/4-is-para-a-pg-brasileira
ComplexidadeA disciplinaridade é incapaz de resolver os problemas complexos que gerou
MobilidadePoluição e climaPobreza e desigualdade...
Ampliando os limites da Disciplinaridade
Fonte: Pacheco 2015http://pt.slideshare.net/rpacheco/coproduo-e-cocriao-em-cincia
Níveis de integração e atores de conhecimentodiferenciam os três tipos de interdisciplinaridade
Exemplos de IES Interdisciplinares
Montana University Learning Commonshttp://www.lib.umt.edu/commons/#tour9
Learning LabUniversity of Queenslandhttps://www.pinterest.com/pin/474074298246476402/
Media Production Center – Columbia Collegehttps://www.pinterest.com/duboisclaire/media/
Implicações da Interdisciplinaridade na Educação Superior
No Plano pedagógico Novos currículos Aprendizado não linear (quebra de requisitos) Aprendizado e Resolução de Problemas Convivência de múltiplos docentes Uso intensivo de Web 3.0 Formação empreendedora
Nas estruturas organizacionais Fim das estruturas departamentalizadas Fim da hierarquia e da ortodoxia Mobilidade discente e docente Contração baseada em competência
https://twitter.com/NewPedagogies
Implicações da Interdisciplinaridade na Educação Superior
Na Pesquisa Novos frameworks
(ex. Ground Theory, Pesquisa-ação) Coprodução em ciência
Ciência com a sociedade e não para ela Avaliação de saída, resultados e impactos
Nas relações com a sociedade Transdisciplinaridade e Extensão Relações universidade-empresa Avaliação de impacto sócio-econômico Capital relacional da universidade (ex. Portal de Egressos)
Interdisciplinaridade no Brasil CAInter CAPES
370 cursos Mais de 5% dos formados de PG
PNPG 2011-2020• Capítulo dedicado à ID
REUNI• Bacharelados Interdisciplinares
Universidades Interdisciplinares• UFABC• UFFS
Interdisciplinaridade no Brasil FOPROP 2015 Interdisciplinaridade entrou na
agenda das IES do País:1. Identificar avanços e desafios
para ID no EnsPesqExt2. Papel das agências de fomento
na promoção da ID3. Evitar exigir diploma disciplinar
em processos seletivos4. Promover ID em diversos níveis5. Avaliação deve valorizar
experiências ID6. Inter-institucionalização
Inovação2º “I” para Universidades contemporâneas
Inovação: O que é?
Inovação
Curtis CarlsonSRI - Stanford Research Institute
Definição completa de inovação que destaca que:• Inovar é criar e entregar valor• Quem avalia o valor é beneficiário• Só há inovação com modelo de negócio sustentável associado
Criação e entrega de um novo valor a um mercado, com um modelo de negócios sustentável para produzi-lo.
Inovação: Papel da Universidade
Na criação de valor Recursos humanos qualificados Conhecimento científico de ponta Conhecimento tecnológico Aplicabilidade e resolução de problemas Mudança de patamares tecnológicos Formação empreendedora
Na valoração e sustentabilidade Comunicação com a sociedade Confiança do consumidor (prestígio) Relações com setor empresarial Impacto social da inovação
EmpresasGovernoAcademia
Fonte: Pacheco et. al, 2013
Inovação: Universidade como beneficiária Onde inovar na universidade?
Nas estruturas curriculares Nas estruturas organizacionais Nos mecanismos de mobilidade docente e discente Na forma de integração entre docentes e cursos Nos instrumentos de cooperação (capital relacional) No ambiente e na cultura organizacional Nos instrumentos de contratação docente Na comunicação com a sociedade (marketing, redes sociais)
Fatores impeditivos Cultura e tradição Regulação (excessiva) ou Insuficiente (ex. Lei de Inovação x PEC 77) Supervalorização de seu papel no sistema de CT&I Impacto social da inovação
Innovation is today the crucial source of effective competition of economic development and the transformation of the society. Does this renaissance extended to educational sector? The answer must be “not yet”.
OECD Report 2004
Inter-institucionalização3º “I” para Universidades contemporâneas
Inter-institucionalização: O que é?
Inter-institucionalizaçãoInterligação de saberes via parcerias entre as universidades, organizações do setor público, empresas e sociedade civil, com benefícios e impactos à forma com que cada parceiro cumpre sua missão.
Qual é a missão e que responsabilidades cada ator de nossos sistemas regionais e nacional de CT&I devem assumir?
Suas estruturas e operações atuais estão adequadas? Como devem ser as relações:
G2B G2U G2G B2B B2U B2B U2G U2B U2U
Governo
Academia Empresas
B2U
Que competências as empresas esperam receber de egressos das universidades?
Inter-institucionalização: Como fazer?
“Não queremos funcionários que façam apenas o que mandam. Eles podem até se negar a realizar alguma atividade quando avaliam que não há condições de segurança”,
http://www.elektro.com.br/Default.aspx
Carlos Alberto dos SantosGerente executivo de recursos humanos
(...) algo na Perkins já faz parte de sua cultura há tempos: a capacidade que a organização tem de ouvir os profissionais. (...) Os líderes são obrigados a responder a todas elas, mesmo as que não forem aplicadas. “Nenhuma opinião pode ser ignorada”.
Lucas Rossi, Revista VoceSA 01/09/2012
Tudo é comemorado: do Dia do Operador de Call Center ao Natal. As mulheres ocupam 30% dos cargos de liderança, um percentual alto no setor.Ursula Alonso Manso, Revista VoceSA 01/09/2012
Autonomia
Participação
Diversidade
Exemplo U-B: que competências as empresas esperam?
Melhores Empresas
para se trabalhar...
Críticas: universidade no banco dos réus
Parcerias requerem que todos sejam efetivos.
Em que pese críticas que possam ser dirigidas a governo e mesmo ao setor empresarial, é fundamental que a universidade tenha autocrítica sobre como vem desempenhando seu papel na percepção dos demais atores sociais.
http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=89555
http://oglobo.globo.com/economia/universidade-falha-no-preparo-profissional-6474340
http://www1.folha.uol.com.br/educacao/2013/09/1339699-baixa-internacionalizacao-de-universidades-e-falha-gritante-diz-pesquisador.shtml
http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,discriminacao-entre-cursos-presenciais-e-a-distancia-tende-a-se-tornar-obsoleta,650177,0.htm
http://www.howtobeadad.com/wp-content/uploads/2012/06/Wrong-101-Header.jpg
+ Autocrítica - Conservadorismo
- Autosuficiente- Desconectada
Onde melhorar: exemplos de fatores que devem ser superados (reforçados) no ambiente acadêmico
Internacionalização4º “I” para Universidades contemporâneas
Today a good internationasation strategy positions a university in the global knowledge production networks.Andree Sursock (2015)
Internacionalização: O que é?
InternacionalizaçãoProcesso que visa tornar a universidade uma instituição internacional tanto em sua formação como na produção e aplicação de conhecimentos.
Internacionalização das IES européias
Intercâmbios de alunos e professores
Redes internacionais Atuar em outras
regiões (principalmente Africa)
E-learning, incluindo MOOCS devem crescer
Internacionalização: Como fazer? Desafio atual
Alto custo econômico Redução de credibilidade do País Compreender que resultados vêm no médio e
longo prazos Mecanismos ágeis
Participação de docentes estrangeiros em aulas por videoconferência
Participação virtual em eventos internacionais Internacionalização de eventos por uso da
videoconferência para palestrantes estrangeiros
Atração de talentos internacionais com programas em parcerias com empresas e outras universidades (“talent share”)
No Brasil, o maior desafio da internacionalização surge agora com a crise
econômica que se abate sobre o País. Indicadores de mobilidade, participação em
eventos internacionais, comissões, entre outros. Será necessário criatividade.
Informação5º “I” para Universidades contemporâneas
Informação: O que e por que
Gestão da InformaçãoPlanejar, desenvolver e utilizar informação são desafios e necessidades à efetiva tomada de decisão e à operação de uma universidade. As questões centrais são:
1. Que informações são necessárias?2. Que informações deve-se gerar e quais se deve
acessar?3. Como gerar, manter, evoluir e descartar?4. Que soluções devem ser adquiridas/criadas?5. Que condições de contexto devo respeitar
(ex. MEC/INEP, CAPES, CNPq, FINEP, etc)?
Considerações FinaisSíntese e mensagem final
Considerações finaisFatores indutores de mudanças
Interdisciplinaridadeintegração de saberes
InovaçãoProtagonista do desenvolvimento socioeconômico
Inter-institucionalidadeRelacionamentos entre universidades, com empresas, governo e com sociedade
InternacionalizaçãoPartícipe da rede global de conhecimento
InformaçãoInsumo estratégico para que a universidade realize adequadamente sua operação e seu posicionamento estratégico
Efeitos em planejamento estratégico: IES devem considerar o impacto destas 5 dimensões em se planejamento estratégico, de modo transversal. Como cada “i” afeta o ensino, a pesquisa e a extensão e de que maneira seus projetos e indicadores fortalecerão e se valerão destas tendências.
Considerações finaisUma universidade inovadora é:
Mantém-se conectada às tendências
internacionais em educação,
pesquisa e extensão (ex.
Interdisciplinaridade e
Inovação)
Está sempre disposta a
buscar melhoria em
seus processos pedagógicos, institucionais, metodológicos
e instrumentais.
Respeita seu contexto
regulatório, mas não o utiliza
como bloqueio a avanços em
áreas ainda não regulamentadas
(e é crítica a regulamentos de alto
custo e baixo impacto)
Busca sempre desenvolver sua agenda
ensino, pesquisa e
extensão em efetiva parceria e coprodução com todos os demais atores da sociedade.
Forma egressos com
competências e fundamentos
alinhados com as demandas
contemporâneas de visão
sistêmica e geradora de
valor.
Universidade inovadora: desafios e oportunidades para a educação superior - 5i´s para IES contemporâneas.
Roberto C. S. PachecoPrograma de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento
Universidade Federal de Santa Catarina – EGC/UFSCInstituto Stela – Pesquisador fundador
MUITO OBRIGADO!
30 de novembro de 2015.Seminário de Planejamento Estratégico – UNIPÊ
João Pessoa – PB