UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANATelma Rebelo NaVlino
CONTRIBUI<;:AO NO PROCESSO DA APRENDIZAGEM: UMA ANALISEDA AUTO-ESTIMA SOB 0 OLHAR DO PROFESSOR E DA ESCOLA
Curitiba2005
CONTRIBUI9.ii.0 NO PROCESSO DA APRENDIZAGEM: UMA ANALISEDA AUTO-ESTIMA SOB 0 OLHAR DO PROFESSOR E DA EscdLA
Curitiba2005
)"F. Universidade Tu.iuh do Parana./
FACULDADE DE CltNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
Curso de Pedagogia
TERMO DE APROVA<;:AO
NOME DO ALUNO: TELMA REBELO NARDINO
TITULO: Contribui~ao no processo da aprendizagem: uma analise daauto-estima sob 0 olhar do professor e da escola
TRABALHO DE CONCLUSAO DE CURSO APROVADO COMO REQUISITO PARCIAL
PARA A OBTEN<;:AO DO GRAU DE LlCENCIADO EM PEDAGOGIA, DO CURSO DE
PEDAGOG lA, DA FACULDADE DE CltNClAS HUMANAS, LETRAS E ARTES, DA
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA.
MEMBRO~~DAC9~ISSA9 AVALIADORA:
1\\~iJ.C~·V~~PROF(a). MARIA ELISA SOKOLOSKI WINKELMANN
ORIENTADOR(A)
PROF(a). OLGA MARIA SILVA MATTOS ~I~~~l~.:MEMBRO DA BANCA
PROF(~rfR~~ ~ROZINSKI
MEMBRO DA BANCA
DATA: 05/12/2005
CURITIBA - PARANA
2005
Telma Rebelo Nardino
CONTRIBUI9AO NO PROCESSO DA APRENDIZAGEM: UMA ANALISEDA AUTO-ESTIMA SOB 0 OLHAR DO PROFESSOR E DA ESCOLA
Trabalho de ConcluS80 de Curso Apres.entado aoCurso de Pedagogia da Faculdade de Cianci.1iHumanas. letr-as e Artea d.a Universidade Tuiuti doParana como requisito parcial par., a conc1usio docurso.
Prof.- Orientadora: Maria Elisa Sokoloski
Curitiba2005
De(/ico esta monografia a todos que
trabal/Jam em busca de uma educavl10inovadora, no futuro que e agora.
Agradec;:o a Professora Maria Elisa Sokoloski, per todo tempo dispensado, per
todo apoio e dedicac;:ao para que esse trabalho acontecesse, e principalmente pela
oportunidade de aprendizagem. E ao meu marido Saddy que tanto me apoiou em mais
essa conquista.
"Tudo que eu rea/mente precise saber
sobre como viver e 0 que fazer e como
ser, eu aprendi na Pre-Escola.
Sabedoria n~o esttJ no topo da
montanha da P6s-Graduaqao, mas IB
na caixa de ar-eia." (Robert Fulghum)
SUMARIO
RESUMO ..
1 INTRODU<;Ao ..
2 A AUTO·ESTIMA NA ESCOLA ....
................6. 7
........ 9
2.1 VISUALISANDO 0 CONCEITO DE AUTO-ESTIMA 9
2.2 0 ELOGIO E A AUTO-ESTIMA.. ........................................... 11
2.3 A AFETIVIDADE NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO E
APRENDIZAGEM DE CRIAN<;AS PEQUENAS.. . 12
2.4 0 PAPEL DA ESCOLA E DO PROFESSOR NO PROCESSO DE FORMA<;AO
2.5
DA AUTO-ESTIMA..
o PROFESSOR E A AFETIVIDADE ...
.................15
. 18
3 COMO TRATAR OS SENTIMENTOS DA CRIAN<;A 20
3.1 OS SENTIMENTOS NEGATIVOS 20
3.2 LlDAR COM OS SENTIMENTOS CONSTRUTIVAMENTE .. . 22
3.3 A IMPORTANCIA DA FAMILIA NA CONSTRU<;AO DA AUTO-ESTIMA 23
4 METODOLOGIA .26
4.1 CAMPO DE ESTUDO 27
. 29
....29
4.2 PARTICIPANTES ..
4.3 INSTRUMENTOS ..
4.4 ANALISE DOS DADOS.... .................•............................................................... 30
5 CONSIDERA<;OES FINAlS 37
REFERENCIAS 39
ANEXOS .....•....•..•..•.•..•..•..............................................................•.......•..•........•.•.•.•.....41
RESUMO
o objetivo geral desse trabalho e definir se a auto-estima pode interferir naaprendizagem de uma crianc;ae quais seus resultados na vida escolar da crianya.Discute tambem as objetivos especificos: como e a desenvolvimento infantil da auto-estima; a que tazer para estimular a auto-estima nas crianc;:as e se a visao que acrianc;:a tern de si mesma pade interferir no seu comportamento. Tambem saoabordadas Qutras questOes relacionadas ao tema como 0 papel do professor em salade aula na questao da auto-estima e do vinculo que deve ou nao existir entre 0
professor e 0 aluno na escola. Como fontes, utiliza a pesquisa bibliogratica comauto res de eficacia que atuam nessa compet~ncia e tambem com a pesquisa de campocom pedagogos e professares que atuam na area de Educayao Infantil. Nesse sentida,a pesquisa bibliografica, busca refletir sabre a importancia da auto-estima na vida dacrian~a para a desenvolvimenta de seu aprendizado.
Palavras-chave: auto-estima; papel do professor: vinculo professor-aluno: familia
INTRODU<;:AO
o tema escolhido para esla pesquisa e ~Contribui9ao no Processo da
Aprendizagem: Uma Analise da Auto-Estima sob a olhar do Professor e da Escola".
Vivemos hoje urn momento em que instituiv6es como as familias parecem estar se
deteriorando com mu;ta rapidez, em que 0 egofsmo e a viol~ncia est:to ban indo a
bondade das rela90es sociais. Os efeitos disso podem ser devastadores na vida de
crianc;as em idade pre-escolar. Neste trabalho, busca-se conseguir maior compreensao
sabre a relay30 entre auto-e5lima, afetividade e a dificuldade de aprendizagem.
A escolha desse lema aconteceu, po is verificou-se que nos dias de hoje hi! uma
con stante preocupac;ao dos pais e educadores quanta ao desempenho dos filhos e
alunos nas escolas, esquecendo da irnportancia das questOes afetiva e social que a
escola tarn bern deve oferecer. Palavras e atitudes dernonstrarn enorrne valor na vida de
cada urn de n6s, portanto, ha de se considerar que e de fundamental a importancia da
auto-estima dos nossos filhos e alunos.
A pesquisa de campo foi realizada com professoras e pedagog as do Colegio Bom
Jesus Aldeia. Vale lembrar que independente das condi¢es que a escola e 0 sistema
educacional proporcionam, e de responsabilidade de cad a um estar sempre atento a
esse educando. Ressalta-se 0 papel da familia como fator primordial na formac;:ao da
auto-estima e aprendizagem da crianq.a, oportunizando-Ihes 0 crescimento como
sujeitos capazes de auxiliar na construc;::'o de uma sociedade livre e democriltica. Neste
trabalho, procura-se tratar a quest:.o das crianc;as que apresentam dificuldades de
aprendizagem e baixa auto-estima decorrente do mesmo e que devido a i550 sao
consideradas crianc;:.asque t~m uma baixa auto-estima. POem-5e em questao, assuntos
que prevalecem, como a dificuldade de aprendizagem, a importancia dos professores e
dos pais na conviv~ncia com esses educandos e qual a influancia dos mesmos sabre a
quest~o da auto-estima.
o problema que se pretende responder, consultando autares dos livr05 que tratam
deste assunto e: A auto-estima de uma criant;a interfere na sua aprendizagem? As
questoes que se pretendem responder com esse trabalho sao: Como se da 0
desenvolvimento da auto-estima? Ate que ponto a visao que a criant;a tern de 5i
mesma afeta 0 seu comportamento? 0 que e possivel fazer para estimular a auto-
estima de uma crian~a?
A finalidade desta pesquisa consiste em compreender se existe influancia dos
sentimentos da criant;a sobre a auto-estima e se essa auto-estima afeta a inteligencia e
a criatividade. bern como, 0 desenvolvimento educacional da crianr;a. Assim, a objetivo
central desse trabalho e verificar a que se entende par auto-estima e qual a sua
influ~ncja na aprendizagem das criant;as de Pre-Escola.
2 A AUTO-ESTIMA NA ESCOLA
2.1 VISUALIZANDO 0 CONCEITO DE AUTO-ESTIMA
"Auto-estima e a capacidade de se gostar, de se sentir confiante e bem-
sucedido." (BETING. 2003, p. 30)
A auto-estima tarn bam pode ter outras defini~Oes, ~e0 seu pr6prio auto-conceito,
ou seja, corno voc~ se aceita" (URIBE, 2004, p. 39 ). Na crian,a, a auto-estima depende
muito da rela9aO com as pais. Quando falamos em auto-estima devemos lembrar que
existe todo urn proceSSD longo a ser trabalhado desde a nossa inf~mcia, pois nae
conquistamos auto-<>stima do dia para a noite. (URIBE, 2004)
Segundo Rogers (1951) existe urna rela,ao entre a percep,ao das apnecia,Oes dos
pais e a auto-estima desenvolvida pela criam;a. 0 tipo de apreciac;a.o negativa au
positiva que as pais adotam em relayao a crianc;a rerlete ate urn certo grau
consideravel. a grau de auto-aceitac;a.o dessa crianrya.
Ja Allport (1974) coloca a origem da auto-estima antes dos dois anos de idade
quando a crianc;a e frustrada em seu impulso explorat6rio. A crianya comer;a diversas
atividades que, quando impedidas, provocam 0 aparecimento do sentido do eu. Na fase
do negativismo a crian<;a se opoo ao adulto como forma de proteger seu autoconceito.
(apud Ricardo. 2004)
~A medida que as crianc;:as formam identidades e conceitos sobre si proprias,
implicitamente elas atribuem val ores positiv~s e negativos a seus proprios atributos. Em
conjunto, essas auto-avaliaC;:Oes constituem a auto-estima delas:" (MUSSEN, et alii,
1995, p. 83).
10
Ja 0 autoconceito e diferente da auto-estima. 0 autoconceito envolve avaliac;a.o,
ele pede ser urn conjunto de ideias sobre si mesma mas naD envolve julgamento de
valor. A auto-eslima se refere as avalia90es que uma pessoa faz de suas pr6prias
qualidades.
A auto-e5lima representa, em poucas palavras, a que uma pessoa sente em
relac;a.o a 5i mesma, e acreditar em si proprio, entender suas limita90es, valorizar suas
habilidades, confiar em seus valores e principalmente, se sentir feliz sem ter que
corresponder as expectativas de lodos que a cercam.
Como conseqOencia, uma pessoa com boa auto-estima podera ser mais feliz e
ter rna is chances de ser bem-sucedida em sua vida pessoal e profissional. E, mesmo
que tenha que enfrentar dificuldades, essa pessoa ni'!o sofrera tanto, pois mantera uma
atitude positiva. Como se ve, esse conceito e de extrema importancia, pois nele reside
uma chave que abre inumeras portas na busca da felicidade.
Por outro lado, uma pessoa com baixa auto-estima se sentira desvalorizada, tera
menos iniciativa e mais dificuldades ao encarar desafios, per nao acreditar que possa
fazer algo bom ou uti I.
Alem disso, ela podera estar rna is propensa a apresentar uma serie de
problemas, tais como: alcoolismo, bulimia, obesidade au depressao. E claro que isso
tambem dependera de outros fatores como heranya genetica, mas nao se pode
menosprezar a inf1u~ncia da auto-estima no contexto social do indivfduo.
Falaremos agora de outro fator muito importante que pode interferir na auto-
estima de uma crianc;a, e que esta total mente relacionado com a escola e com 0
professor: 0 elogio.
II
2.2 0 ELOGIO E A AUTO-ESTIMA
Na visao de Dunn (1988) sabre a natureza do amor-pr6prio, acredita-se que esse
sentimento esla relacionado a forma de como a pessoa ve a si mesma, como seus atos
causam determinados efeitos no seu ambiente. Ela afirma que a ess{!ncia da
autoconfian9a e justa mente a sens3c;ao que as pessoas tern de ter algum poder de
mudan93 sabre as caisas, ou seja, poder causar ou menes afetar as eventos ao redor e
tambem nas outras pessoas. (apud QUILICI, 2004)
Per Qutro lado, quando a individua sente-se amado par seus familiares no seu
ambiente, isso envolve a resposta de sentimentos que mastram que 0 sujeito e seu
comportamento realmente importam para os demais. Tais sentimentos s~o tao
importantes que fazem com que as individuos lenham a real capacidade de provocar
a~ao e rea~o nas pessoas queridas, inclusive raiva, tensAo, alegria e orgulho. (apud
QUILlCI,2004)
Elogios demais ou de menos podem ser prejudiciais para 0 estudante. 0 elogio
pede ser dividido em duas categorias: a valorativo e 0 descritivo. 0 valorativo tem um
carater destrutivo, independentemente de conter urna critica positiva ou negativa. Ja a
elogio descritivo e benefico e contribui para que 0 aluno adquira consci{!ncia da sua
propria evolu~o. Ser descritivo dtl mais trabalho ao professor, porque ele deve explicar
os pontos fortes e fracos dos alunos,e nao s6 escrever "parabens" au "linda". Existem
tr{!s raz6es para se elogiar: par iniciativa, por esforc;o e par resultado. (VINHA, 2003,
p.20).
Podemos explicar essas tr~s razOes da seguinte forma:
Par iniciativa: sao as boas ideias que devem ser valorizadas, mesmo que 0
produto final seja ruim. Geralmente esse tipo de elogio nao e muito comum nas escolas.
Par esfan;a: 0 empenho dos alunos precisa ser sempre reconhecido, caso
contra rio eles poderao se sentir desestimulados no futuro.
Por resultados: existem alunos que aprendem com rnais facilidade que outros,
mas a aten~ao deve acontecer para nao valorizar somente os bons resliitados, ja que
todos precisam de elogios.
Segundo Erikson (1971) 0 elogio tern que ser sincero e ele ensinou que ~nao e
posslvel enganar as crianryas com elO9ios ocos e urn incentivo condescendente. Elas
podem ter que aceitar 0 encorajamento artificial de sua auto-estima, na falta de alguma
cois. melhor." (ERIKSON at alii, 1971, p. 64).
Outro fator que enfocaremos agora no proximo subtitulo e a questao da
afetividade, pois todo educador precisa ser afetivo para trabalhar 0 educando como um
ser humano que possui sentimentos, medos e emoryOes, para que ele possa ampliar
sua visao de mundo, isto sera alcanryado com educaC;ao integrada a estimulos positiv~s
que devem partir dos educadores.
2.3 A AFETIVIDADE NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO E
APRENDIZAGEM DE CRIAN<;:AS PEQUENAS
Ainda que a auto-e5tima comece no ambito familiar, produto da rela9aO da
crian98 com seus pais au responsaveis, e ainda antes do nascimento, na mente dos
pais, essa continua no ambito escolar, na relayao com 0 docente e 0 grupo de colegas.
entre ambos. Quando 0 aluno e aooito e compreendido, devolve os mesmos
sentimentos para 0 professor, que tambem se sente reconhecido, valorizado. Assim se
gera um circulo de bem estar. onde a tarefa e gratificante para ambos e 0 clima e
propicio para 0 desenvolvimento das potencialidades.
Na fase da EducaC;ao Infantil a afetividade exerce um papel fundamental no
desenvolvimento de cada crianya, pode-se dizer que a maioria deles sao influenciados
pelos aspectos emocionais: desde 0 desenvolvimento pSicomotor, ate 0 intelectual, 0
social e 0 cultural.
A crianc;a extrai suas vivencias principalmente do contato com outras pessoas,
adultos ou crianyas. Se as pessoas que a rodeiam a tratam com carinho, reconhecern
seus direitos e se demonstram atenciosos, a crianc;a pode experirnentar urn bern estar
ernocional, urn sentirnento de seguranC;a, urn sentlmento de estar protegida.
A atitude dos que a redeiam, despertara nela sentimentos multo variados. Nesse
aspecto, e irnportante mencionarmos as relaC;Oes interpessoais. Segundo Wallon (1989)
trata-se de urn processo ativo, ou seja, uma treca de experiencias socia is. A Educayao
Infanti! tern como objetivo oferecer a crianc;a momentos de treca, conhecimento,
amadurecimento, seja ele cognitiv~, social, motor ou afetivo. Todos esses aspectos
mostram-se fundamentals para 0 born desenvolvimento da crianya.
A maioria das pesquisas, envolvendo a correlaC;ao entre os temas aprendizagem,
desenvolvimento e interayao social de crianc;as pequenas, sao desenvolvidas na area
da psicolegia do desenvolvimento. Oiante disso, tres auto res serao alicerces dessa
pesquisa: Henri Wallon (1989), que explicita a importancia dos aspectos afetivos no
desenvoivimento infantil. e 0 individuo abrangente. As contribui~5es da Epistemoiogia
Genetica de Jean Piaget (1978), no que diz respeito as relay6es crian~a x crianya. E
ainda 0 trabalho cooperativo e a autonornia, propostas s6cio·interacionistas de Lev
Semionovich Vygotsky (1984).
A teo ria de Wallon e bastante abrangente, considera 0 individuo urn ser completo
e concreto. Fo; urn dos autores que rnais defenderam a importancia da afetividade no
desenvolvimento das crian~as, destacando a questa.o das emo~Oes, compreendida
como urn tipo particular de manifestayao afetiva. As emo~Oes estao sempre
acompanhadas par algumas expressOes, geralmente traduzidas por transforma~Oes
fisicas. Segundo sua teoria, as emo~Oes sa.o as prirneiros recursos de que dispOe 0 ser
humano para comunicar·se com os oulros.
Analisando as contribui~Oes da Episternologla Genetica, percebemos a
relevancia das intera~Oes sociais para Jean Piaget. Segundo essa teoria, a construya.o
do conhecimento se efetiva nas relayOes, trocas ativas das crianyas com 0 meio
ambiente, elaborando e interpretando as informa.yOes recebidas, contribuindo para a
reconstruyao do seu conhecimento.
Ainda na Epistemologia Genetica, 0 Jogo Simb61ico caracteriza·se pelo faz-de-
conla em que um objeto qualquer assume a representa.yao que a crian.ya desejar.
Segundo Piaget (1978), a constru\,ao do jogo simb61ico se inicia no periodo sensorio-
motor e ao final deste a crian.ya jil. e capaz de reconhecer 0 concreto e representar 0
que Ihe e conhecido. Este autor defende que 0 jogo simb61ico exerce papel fundamental
na vida da crianya, pOis e a partir dele que ela adapta a rnundo social a sua maneira
particular sem a obrigatoriedade de seguir modelos exteriores.
Na teoria s6cio-interacionista de Vygotsky (1984), os fatores socials e culturais
interferem no desenvolvimento intelectual, ou seja, a intera\,ao com individuos mais
15
experientes possibilitam uma constrUl;:ao e internaliza~ao dos conhecimentos que estes
possuem. Partindo dessa ideia de que as processos pSicol6gicos encontram suas
origens nas relac;oes socia is, Vygotsky propOs 0 conceito de Zona de Desenvolvimento
Proximal (ZPD) que sao "aquelas fun90es que ainda nao amadureceram, mas que
esta.o em processo de maturac;ao, func;Oes que amadurecerao, mas que estao em
estado embriomirio" (VYGOTSKY, 1984, p.97). Assim, 0 que a crian9a e capaz de fazer
com a ajuda de alguem hoje, conseguira faz~-Io sozinha amanha..
Percebe-se entao que todos as autores estudados se preocuparam com a
questao da afetividade e das interac;6es socia is no processo de aprendizagem e
desenvolvimento das crianyas. Isto nos remete a importa.ncia dessas relay6es no
ambito escolar e rnais especificamente na Educac;a.o Infantil e 0 papel fundamental que
a escola e 0 professor t~m nesse processo de interayao social e tambem responsclvel
par uma parcela de influ~ncia sobre 0 desenvolvimento e manuten<;ao da auto-estima.
2.4 0 PAPEL DA ESCOLA E DO PROFESSOR NO PROCESSO DE
FORMAyAo DA AUTO-ESTIMA
Analisando 0 papel do professor nas interatyOes acorridas em sala de aula,
cansideramas 0 processo educativ~ puramente social, pois e a partir dele que se
estabelecem relayOes interpessaais que sao cruciais para 0 desenvolvimento
satisfat6ria deste processo.
Vale ressaUar que nesse contexte, 0 ate de ensinar e aprender requer no minima
dois agentes participativos: a que aprende e 0 que ensina. E dentro deste processo
16
dialetico as papeis sa.o invertidos a depender de cad a situa<;a.o. portanto, aquele que
ora ensina, passa a ser aprendiz e vice-versa.
A escola enquanto espa~o edueativo esta sendo instigada a lIltrapassar da pratiea
tradicional preocupada somente com a aquisiyao de conceitos para uma educat;:~o mais
global e que priorize a formaya.o do ser humano mais consciente, critico, reflexive e
feliz.
Fica evidente que educac;ao e saude emocional podem caminhar de maos dadas
e tornar-5e natural no ambiente escolar. uma vez que desenvolver a auto-estima
tambem irnplica no fortalecimento da capacidade de participa9Ao e transforma9:io da
realidade social.
Uma classe desmotivada. que nao participa das atividades, deixa as tarefas
incompletas e nao aprende adequactamente. Em situac;:Oes assim, a elevar a auto-
estirna aparece como uma posslvel soluy30 para mudar a atitude dos alunos e resolver
os problemas de aprendizagem. 0 papel do professor sera 0 de fazer com que a
crianya construa a imagem que faz de si com base no que ve e no que ouve dos
adultos que a rodeiam. Se essas pessoas na.o a valorizarem, sua auto-estima
provavelmente fieara eomprometida. (BETING, 2003, p. 31).
As vezes 0 professor pode se sentir impotente ao lidar com as crian9<Js, mas
deve procurar aprecia-Ias como seres reais e na.o ideais. Cada crianya e urn ser unico e
deve ter sua individualidade respeitada.
Uma vitoria obtida em sala de aula pode se refletir na vida do aluno em outros
ambientes. Podem-se apresentar algumas atitudes simples para mudar a dinamica em
sal a de aula: conhecer melhor 0 aluno, estimular as potencialidades dele; dar ouvidos
ao que os alunos tern a dizer, fazer uma auto-avalia,ao das aulas, eriar urn ambiente
17
onde todos aprendam juntos, criar atividades que valorizem 0 que 0 aluno ja sabe e 0
estimule a aprender mais. (BETING, 2003, p. 30).
As crianryas naa s6 precisam de uma atmosfera que estimule a curiosidade e a
explorayao. como tambem precisam de amplos cantatas com uma grande variedade de
experh~ncias e motivarya.o. Ha muitas evid~ncias de que urn estimulo variado, nos
primeiros anos de vida, afeta 0 desenvolvimento intelectual. Toda crianc;a precisa do
maximo de experi~ncias e motivaryao passivel; 56 dessa maneira ela podera chegar a
conhecer 0 seu ambiente pessoalmente. Quanta mais experi~ncias diretas a crianrya
tiver, melhor conhecera 0 seu mundo, a que Ihe darn maior confianya e seguranc;a.
(BRIGGS, 2000)
A motivar;tao faz parte do sucesso escolar. e conseqUentemente tambem ajudara
na vida adulta.
'·A motivav80 para 0 aprendizado li uma tend~ncia gerai parll aV811D, ~desempenho de Ulna pe:uoo de acordo com padrOe.s de elfCel6ncia. atingir 0
SUces50 no de.sempenho e 5entir prazer contingenle em um des.empenho bem-sucedido. E a desejo de suces.so em um determinado domlnio juntamenle comuma tendencia perl! IIvalillir 0 de-sempenho de alguem espontaneamente."(MUSSEN, 1995, p.309)
A postura que 0 professor assume em sala de aula interfere no desempenho da
turma e e por meio do vinculo existente entre 0 professor e cada aluno que a
aprendizagem acontece. A afetividade existe quando 0 professor considera 0 estudante
como linico e 0 leva a construir suas pr6prias rela~Oes com 0 mundo. (ABREU, 2003, p.
17).
Piaget (1978), Vygotsky (1984) e Wallon (1989) mostram que a capacidade de
conhecer e aprender se constr6i a partir das trocas estabelecidas entre 0 sujeito e 0
meio. A Educa,ao Infantil atua na vida da crian,a desde bem cedo, portanto, essa
13
educa9aO tern um papel muito importante nas relayoes que se estabelecem com as
crianltas.
A Educac;ao InfantH e urn momento onde a crianya tern oportunidade de
desenvolver suas habilidades, assim como interagir com outras crianyas e ampliar sua
relayao social. Atraves do contato com seu proprio corpo, com a ambiente, com as
colegas e com as professores, podem desenvolver a capacidade afetiva, a
sensibilidade, a auto-estima, 0 raciocinio, a pensamento e a linguagem. Portanto,
reconhece-se a importancia que a Educayao Infantil, e sobretudo, a professor tern na
vida da crianya.
2.50 PROFESSOR E A AFETIVIDADE
Para se construir um ambiente de confianya, cooperayao e autonomia, as formas
de agir do professor precisam estar pautadas par firmeza, seguranya e em uma relal):ao
afetiva forte com a crianya. Por isso, e essencial 0 professor ser um professor afetivo,
principalmente em se tratando de criancas em idade pre-escolar.
Um professor afetivo nao e aquela pessoa perrnissiva, em cujas aulas pode fazer
de tudo, onde nao ha regras, nem respeito ou onde 0130existe disciplina. Ao contrario, 0
professor e capaz de estabelecer em sala de aula, rela<;Oes de respeito, onde todos silo
conscientes de seu papel e de suas IimitayOes, sendo constantemente estimulados a
aprendizagem significativa.
19
Segundo Mora (2004), as caracteristicas pessaais e as metadas utilizadas pelas
docentes sao as fatores principais para se alcanyar 0 sucesso no processo de ensino-
aprendizagem. Estudos recentes apontam para uma nova vertente que impulsiona as
rela90es estabelecidas entre professor e alune como centrals.
Sempre que passivel, 0 professor deve participar das atividades com seus
alunes, demonstrando prazer, pois essa atitude pade possibilitar urna maior intimidade
com a crianc;a, fazendo com que a crianc;a a encare como um wcompanheiro~. Fazendo
assim, 0 professor tera maior conhecimento das rea~es do grupo e estara aumentando
seu vinculo afetivo com a turma.
o aspecto afetivo ou emotional tern urna serle de implicac;oes pedag6gicas. A
afetividade e decorrente do clima em sala de aula, do respeito ao aluno e ao seu
desenvotvimento s6cio-cognitivo alem da valorizac;ao de tudo que se constr6i nesse
espaliO·
Num bam retacionamento entre professor-atuno, e preciso que a professor aceite
cada atuno como ete e, acreditar no potencial dele, conhecer seus alunos e as
necessidades de cad a um. lsso nos faz refletir sabre as sentimentos das crianyas, qual
sua importiJncia e quais as tipos de sentimentos que as crian.;;as trazem desde a
Educa.;;ao lnfantil e levam durante todo a percurso de desenvolvimento.
3. as SENTIMENTOS DA CRIAN<;:A
3.1 OS SENTIMENTOS NEGATIVOS
Apesar dos sentimentos negativos serem urn dos fates da vida, ensina-se que
nao se deve t~-Ios. Convencemo-nos de que somas menos dignos, ou menos
amadurecidos se tais sentimentos aparecem em n65. Mas as pessoas nao podem
conviver dia ap6s dia sem conflitos e as conf1itos provocam sentimenlos.
Uma auto-estima rebaixada seria caracterizada par emoryoes negativas
associadas aDs varios papeis vividos par uma pessoa. A auto-estima reduzida e sempre
ligada a sentimentos de duvida de alguem sabre a aceitabilidade de seus proprios
valores, com a sentimento de ser abandonado e triste. (apud QUILICI, 2004)
Autores diversos sugerem que a maneira mais rapida de livrar-se das emoyaes
ne.gativas sera estimular a sua expressao. Os sentimentos negativQs expressQs e
aceitos perdem a seu poder destrutivQ, au seja, 0 corpo prepara-se para lutar ou fugir.
As emQ\:Oes nos transformam em pessoas quimicamente diferentes. (BRIGGS, 2000)
Transportando isso para as crianc;as, vemos acontecer no modo como os pais ou
professores falam com as crian~as. Par exemplo: 'VocA e muito ruim em Maternatica~;
quando isso e dito continuarnente a crian~a acaba acreditando que de fato e veridico.
Os julgamentos negativos podem transformar 0 professor nurn espelho negativo para
seus alunos e destruir a auto-respeito e a seguran~a, diminuindo, envergonhando e
castigando. 0 correto seria dizer: "Voce nao foi bern em MatematicaM
, sem fazer
julgamentos. assim a criam;a percebe que esse e urn estado transit6rio e nao uma
caracteristica inerente sua. (BRIGGS, 2000, p. 28)
Cada crian9a tern uma capacidade diferente de percep930 do seu desempenho,
muitas vezes os meninos tern expectativas mais altas do que as men inas. Para Mussen
(1995) as crianyas com os mesmos nlveis de desempenho tern, freqiientemente,
diferentes percepC;Oes de suas capacidades e diferentes expectativas sabre a sucesso
futuro.
Em uma pesquisa sabre a sucesso e a fracasso escolar, Mussen (1995)
descobriu que ao ensinar as crianc;as que seus fracassos aconteciam devido a falta de
esforyo poderia ser prejudicial se elas nao tivessem as habilidades apropriadas para a
tarefa. Ou seja, se uma crianya se esforya multo e fracassa, pode concJuir que nilo ecapaz.
"Nesses casos, ~ melhor ensinar estrategial de aborda,gem d~problemas_ Por exemplo, a auto-erlC8cia da crianlYs, 0 esfor90 para 0aprendizado e 0 desempenho melhoravam mais quando elas aprendiameltrategias paril!l rMOlver problemas de Matematicll, bem como formas"adapt-.das" de interpretar. A estrategia meil ertCaZ foi modelar e praticar - 8S
crianyas viam um adulto falando !oobre como resolver problemas enquantodemonslrava issc, e praticavam verbalizando para si meamas enquantore30tvlam problemas." (MUSSEN, 1995, p.314)
Mas esses sentimentos de fracasso podem ser substituidos pelo sentimento da
reallzayao. A educac;a.o envolve a desenvolvimento natural e harmonioso de todos os
poderes e aptidOes do individuo. Consiste na constru930 de uma organizaC;30 de
conhecimentos que ajudam na realizayao dos objetivos da vida. 0 principal objetivo da
educayao e de auxiliar cada individuo a tornar~se tudo aquilo que ele tern capacidade
de ser, portanto uma das form as de lidar com os sentimentos das crianc;as e a
construtivista.
22
3.2 LlDAR COM OS SENTIMENTOS CONSTRUTIVAMENTE
Lidar com os sentimentos negativos de maneira construtiva e um problema que
interessa a todos que convivem com crian~as. A rnaneira talvez rna is adequada de lidar
com as sentimentos de maneira construtiva e, quando surgirem as emoc;oes (positivas
ou negativas) trabalhar~se de forma saudavel com a crianc;a e aceitar seus sentimentos.
Antes de poder aceitar os sentimentos, 0 professor devera ser capaz de ouvi-Ios.
~Aceitar as sentimentos significa perrnitir que seu aluno sinta a sua propria
emo9Ao sem ser julgado. A aceitarrao dificilmente pede ser fingida: para ser util ela tern
que ser autentica." (BRIGGS, 2000, p. 164)
A socializac;ao tambem auxilia para que a crianc;a tenha uma aceitac;ao mais facil
e fac;a parte da interac;ao com 0 mundo, e os pais e os professores sa.o as principais
agentes soclalizadores da crianc;a.
"Socializ.a<;llo e 0 proces$O pelo qual as crianyas aprendem as ptKirOe-s, valorese comportamentcn esperados em sua cultura e sociedade. Nos primeiros doisanOI, os pais s~o 01 princiP2is agentes da socializllr;llo. Estll ocorre atravesdos modek>s de comport.mento dados pelos paii, expressando aceitayllo eClIrinho. colocando restdy6e. ou dando liberdade, e punindo 0 comportamentoinacei~vel.M (MUSSEN, 1995, p.185)
o metodo indicado para melhorar a auto-estima de uma crianc;:a e criar uma auto-
imagem positiva, trabalhando sua conscientizaC;ao. Ap6s a conscientizac;a.o, e
trabalhada a auto-aceita93o pelo que ela e. (URIBE, 2004)
A crianc;:a precisa praticar desde cedo a solu9Ao de problemas, ajudando~a a
encontrar res pastas para as perguntas que faz. Deixanda~a enfrentar os problemas
23
sQzinha, ficando ao seu lado, pronto para Ihe dar apoio e ainda estimulando-a a
encontrar as suas pr6prias solu¢es.
KRespeitar a curiosidade da crianc;a e 0 seu desejo de explorar. A auto-estima e
fortalecida quando a sua atitude e 0 seu comportamento dizem as crian~s que elas
s~o inteligentes e capazes." (BRIGGS, 2000, p. 79)
Em sala de aula, a professor devera procurar conhecer melhor seus alunos,
descobrindo suas potencialidades, ouvindo as contribuiyoes que eles t~m para as
aulas, ser claro nas falas, nao rotulando nem desestimulando ninguem, valorizando
mesmo que a crianya tenha acertado apenas uma parte do que se pediu, criando
urn ambiente onde todos possam aprender juntos e par fim criando atividades que
valorizem 0 que as alunos ja sabem e estimulando-os a aprenderem mais. (BETING,
2003, p. 30).
No processo educativo 0 professor tem um papel importante frente a auto-estima
do seu aluno mas, a responsabilidade nao gira somente aD redor da figura do
professor, a familia tambem tem um papel importante na formayao da crian9a.
3.3 A lMPORTANC1A DA FAMILIA NA CONSTRUyAo DA AUTO-EST1MA
Oesde que toma conhecimento sobre sua exist~ncia, a crianc;a comec;a a
estabelecer uma imagem de si pr6pria, ou seja, a construir sua auto-estima. Nesse
processo, a atuayao dos pais e fundamental.
24
No final da decada de 60, a psic6logo norte-americana Sian ley Coopersmith
buscou desvendar que fatores tern influ~ncia fundamental na construc;a.o da auto-estima
das crianc;as. Ele acompanhou 0 crescimento de mais de 1.700 crian<;as e pubHcou as
resultados dessa pesquisa no livro The Antecedents of Self-Esteem, que logo se tornou
uma referencia no assunto. Coopersmith verificou que as criam;as que desenvolveram
boa auto-estima viviam em lares cnde:
Os pensamentos, valores e sentimentos das crianc;as eram compreendidos e
aceitos.
As regras e as limites eram bern definidos, mas nolo opressivos. Como resultado,
elas sentiam-se seguras.
Os pais nao usavam a viol~ncia ou a humilhac;:ao como meio para serern
obedecidos. Apesar de imporem regras claras, eles estavam sempre dispostos a
discuti-Ias e negocia-Ias.
Os pais mantinham altas expectativas em rela980 ao comportamento e it
performance de seus filhos, desafiando-os sempre a darem ° rnelhor de si.
Os proprios pais tinham urna boa auto-estirna, servindo de modelo para seus
filhos.
Para Coopersmith ap6s essa experi~ncia realizada com as maes e a perceP9ao
da crianya com relayao aos pais, chegou-se it conclusao de que as condi90es
existentes no lar e 0 meio interpessoal imediato tem urn grande efeito no julgamento
do auto-valor. Pocle-se dizer entao que "a auto-estirna e urna poderosa necessidade
humana, que contribui de maneira essencial para a processo da vida. sendo
indispensavel para um desenvolvimento normal e saudavel. Tern valor de
sobrevivencia.' (apud Ricardo, 2004)
A auto-estima nao e adquirida facilmente. Se n~o se sentir amada, dificilmente a
crianya gostara de si mesma. Os pais precisam estar atentos ao demonstrar seus
sentirnentos de forma construtiva. Os pais nao deveriam elogiar seus filhos em excesso
au tornando todos os cuidados possiveis para que ele nao passe por nenhum tipo de
sofrimento au frustray30. A auto-estima nao pode ser "dada" pelos pais como um
presente. Ela tern que ser construida aos poucos, como resultado de atitudes
merecedoras de reconhecimento.
o maior desafio para as pais, entretanto, e saber como estimular a auto-estima de
seus filhos na dose certa. Atualmente. as pais se obrigam a desempenhar seu papel
com maxima competencia. pois sabem que serao cobrados no futuro. 0 problema e
que, na tentativa de fazer a melhor, eles acabam tomando atitudes contradit6rias au
caindo no exagero.
Existem pais que, ao mesmo tempo em que dao tudo para seus filhos. exigem
demais deles, deixando-os desorientados, assim como existem pais que querem
proteger seus filhos e acabam impedindo sua autonomia. Com a auto-estima. na.o e
diferente. Na intenyao de alimentar a auto-estima dos pequenos. muitos pais exageram
e acabam tecendo elogios desrnedidos, enaltecendo a crianya de forma indiscriminada,
de modo que ela na.o consiga sequer distinguir suas conquistas de suas derrotas.
Isso pede acabar gerando uma crianya que se arrisca sem medir as consequencias,
que nao tolera a frustrayao e que se afasta de amig05, pais se ela sempre e avaliada
como perfelta as outros sempre estarao na categoria de imperfeito. E, alem de tudo.
essa crianya podera sentir-se extrernamente insegura. ao perceber que nem tudo sera
sempre do jeito que ela quer e que ninguem a ensinOl! a lidar com iS50. E preciso saber
criticar, enxergar os erros, admitir as limitayaes.
'6
4 METODOLOGIA
A presente pesquisa foi realizada mediante consulta bibliografica em livros,
periooicos, docurnentos em meio eletr6nico, Que se caraclerizavam como fontes
cientificas. Fai realizado, portanto. uma pesquisa quantitativa e qualitativa, que segundo
CHIZZOTTI (2000), pesquisa quantitativa preveem a menslIra9'lo de variaveis
preestabelecidas, procurando verificar e explicar sua influ~ncia sabre as outras
variaveis. mediante a analise da freqO~ncia de incidl§ncias e de correlayOes estatisticas.
Ja. a pesquisa qualitativa fundamenta-se em dados coligidos nas interayOes
interpessoais. na co-participayao das situayOes dos informantes, analisadas a partir da
significayao que estes dao aos seus atos, au seja, 0 pesquisador participa. compreende
e interpreta.
Utilizou-se como instrumento de medida urn questionario piloto aplicado para
uma turma de alunas do 4° ana de graduaya.o do curso de Pedagogia na intenyao de
medir a qualidade das questOes e verificar se as mesillas traziam as informayoes
necessarias a pesquisa em questao. Ap6s a aplica<;a.o e a verifica~o dos mesmos
passou-se para a confecyao e aplica<;ao do questionario ao publico alvo da
pesquisa.(AnexQ 1)
Para a pesquisa de campo. foi escolhida uma instituiyao de ensino privado onde
ap6s 0 consentimento da mesma, foram aplicados os questionarios. (Anexo 2)
Este trabalho tambem se referenciou em informa<;Oes e reflexOes coletadas
mediante a pesquisa bibliografica, que pode constituir numa tecnica valiosa trazendo
uma abordagem de dados qualitativos, seja complementando as informayOes obtidas
por outras recnicas, seja Irazendo aspectos novos de um lema ou problema. Segundo
LAKATOS (1991), a pesquisa bibliogratica oferece meios para definir, resolver, n~o
somente problemas ja conhecidos, como tambem explorar novas areas onde as
problemas nao se cristalizaram suficientemente, e tern por objetivo permitir ao cientista
o reforc;o paralelo na analise de suas pesquisas ou manipulayao de suas informayOes.
Ao final dessa pesquisa a mesma caracterizou-se como uma analise das minhas
considerayoes finais sobre 0 tema escelhido. E de acerdo com DEMO (1985). a
pesquisa e a atividade cientifica pela qual descobrimos a realidade. Partindo do
pressuposto de que a realidade nao se des venda na superficie. Nao e 0 que aparenta a
primeira vista. Ademais, nossos esquemas explicativos nunca esgotarn a realidade,
porque esla e mais exuberante que aquelas. Portanto, ima.ginamos que sempre existe 0
que descobrir na realidade, por Isso a pesquisa e urn processo interminavel.
4.1 CAMPO DE ESTUDO
A InstituiC;a.o escolhida para realizar a estudo em forma de pesquisa de campo
aconteceu na Instituic;ao ~Colegio Born Jesus Aldeia~, localizada na BR-277, km 112-
Rondinha, na cidade de Campo Largo, estado do Parana. A escolha desta instituiyao,
deve-se ao fato da instituic;:ao ser muito conhecida na area educacional e por se tratar
de uma escola com mais de vinte anos de exist~ncia.
A escola localiza-se em urn bairro rural, nao havendo comercio. A instituic;Ao e
particular, atende desde a Educac;:Ao Infantil ate S8 serie e possui periodo regular, semi-
integral e integral. A escola tem mais de vinte anos de existemcia e atualmente conta
com mais 4 unidades na cidade de Curitiba.
A proposta pedag6gica do Coh~gio Bom Jesus esta pautada na concepc;:a.o filos6fica,
teol6gica e educacional do homem como ser social e tern como missao promover a
formac;:ao do ser humane e a construyao da cidadania, de acordo com os principios
franciscanos, produzindo, sistematizando e socializando a saber cientifico, tecnol6gico
e filos6fico,
Essa proposta pedag6gica foi elaborada de forma participativa, em conformidade
com os principios eticos, politicos e esteticos, visando ser urn instrumento de
transformaC;:3o na medida em que expressa a compromisso com a carninhada coletiva.
Os valores que perpassam a processo de aprendizagern da Escola Franciscana
Born Jesus tern par objetivo farmar cidada.os dig nos e justos, capazes de serem livres
(aprender a pensar): servir a todos com alegria (aprender a fazer) e agir como
verdadeiros Irma.os (aprender a conviver).
A estrutura fisica do colegio e composta por uma ampla area verde, cerca de 100
hectares, por essa razao foi denominada de ~Escola Ecol6gica~, po is as crianc;:as tern
mais acesso e contato com a natureza. Alem dissa, a instituic;:ao possui restaurante para
os cursos semi-integral e integral" centro esportivo e fazendinha. 0 predio da Educayao
Infantil possui sala de video, biblioteca, brinquedoteca, laborat6rio de informatica e play
ground. As salas de aula sao amplas e comportal1"l adequadamente aos 162 alunos da
Educac;:ao Infantil que a mesma passui.
4.2 PARTICIPANTES
Participaram desta pesquisa cinco professoras, todas da area de Educayao Infantil,
tendo idades entre 25 e 30 anos. Tadas as professoras entrevistadas pOSSlJem
formaC;;:l0 de nivel superior em Pedagogia au Psicologia, uma del as com P6s-
gradua~o em Educa9ao lnfanti!.
Vale lembrar que as informac;:Oes coletadas foram escritas pelas professoras
responsaveis pelas turmas de Educa~o Infanti!.
4.3 INSTRUMENTOS
Para a levantamento dos dados, utilizDu-se 0 questionario com sete perguntas
enfocando 0 tema <;Auto-Estima~. assim. esse instrumento de pesquisa de campo
fai respond ida par profissionais que atuam na area educacional e que possuem
forma9~o superior. 0 questionario utilizado possuiu um roteiro de questOes abertas,
com 0 intuito de investigar quais eram as pontcs de vista peda,g6gicos dos
profissionais analisados. (Anexo 3)
Para tanto cabe salientar que: "Questionario e urn instrurnento de coleta de
dados, constituido par uma serie ordenada de perguntas, que devern ser
respondidas par escrito e sem a presenrya do entrevistador.~ (LAKATOS, 1991.
p.201)
30
4.4 ANALISE DOS DADOS
Os dados foram coletados atraves de questionarios escritos e com sete quest~es
descritivas. Os resultados obtidos na pesquisa, vieram do levantamento de categorias
definidas como ~palavras au frases que apresentam certa regularidade na freqGencia
em que aparecem nos dados descritivos", (BOGDAN & BIKLEN, 1994, p,221)
Veremos a seguir uma analise dos dados coletados atraves de gril.ficos para uma
melhor visualizac;::!Io.
Questao 1 - Voce consegue observar quando urn aluno esta com a Auto-Estima
:;\
abalada? Quais sao os sintomas demonstrados por ele?
Voce consegue observar quando umaluno estil com a Auto-Estimll abalada?
OOJ-~~SIM NAo
IDINSEGURAN<;A
CRESIS"ffiNCIA
Quais sAo os sintomas demonstradosporele?
OAGRESSIVIDADE
o BAIXO REND1MENTOESCOLAR I
,_CAR.NCIA !I I~0 INSTABIUDADE ;
i0 FAL TA DE INTERESSE:
I I
sim observar quando urn aluno esta com a Auto-Estima abalada. As respostas
Pode-se observar que as entrevistadas concordaram unanimemente que e passive!
referentes aos sintomas que sao demonstrados par esses alunos, foram diversas,
insegurant;a teve a maioria dos votos. totalizando 28%, resistEmcia teve 18%
juntamente com a agressividade tambem com 18%, a restante das respostas teve a
mesma parcentagem 9%, que sao: baixo rendimento escolar, car~ncia e instabilidade.
Ve~se. portanto que existem varios sintomas a serem considerados.
32
Questao 2 - Quais sao as caracteristicas principais demonstradas quando uma
crian~a vern para a escola com uma boa Auto-Estima?
Quais slo as caracteristicas principalsdemonstadas quando uma crianca vern para a
.scola com urn. boa Auto-EstIma? Im"",-""t<;A
• BCf.4 RB.ACONAf.elTO <:::a.tTtXX)S
O~EEI¥.R'T'l::IA'.CAOI'¥\SATNDA.[ES
o RELATASUAS~S
1
::::'~7ELMTA~• ~ CARH-I)SA
Observou-se que podem ser varios, as sintomas demonstrados pelo aluno que
esta com uma boa Auto-Estima. As entrevistadas apontaram alguns desses sintomas,
como 0 ~interesse e participac;ao nas atividadesM, que teve a maioria dos votes 26%, em
segundo lugar ficou 0 Nbom relacionamento com todosN com 19% dos votes e em
terceiro lugar a Nseguranc;;aN com 13% dos votes, todos as Qutros sintomas citados
como: relata suas experiAncias, vivacidade, curiosidade, ace ita seus erros e limites,
motiva~ao e e carinhosa, tiver 7% dos votos. Oeixa evidente que s~o todos sentimentos
bons para uma crian~a.
Questao 3 - Na sua opiniao quais sao os motivos que fazem com que a crianc;a de
Educac;;ao lnfantil esteja com problemas de Auto-Estima?
13% 12%
'3"~'2%
13%37%
Na sua opinilo qu.isslo os motivos que fazem eom que a ertan/;a deEducaclo Infanti! esteja com problemas de Auto-Estima?
II w..1SEXGENTES
.Rt.ISLIBEJ?AIS
OFALTA [EATENC;Aooos I¥.IS
D PROBLEflAS FAMIJo\RES
.FALTA a;ESTM.J...O
CJFALTA a;LMTES
Pode-se nolar que na opiniao das entrevistadas, os motivos que fazem com que
uma crian93 esteja com problemas de auto-estima sao todos familiares, ou seja, a
relacionamento familiar pode afetar a auto-estima da crian9a e podera se refletir na
eseola. As respostas fcram: 37% problemas familiares, 13% falta de aten~o dos pais,
13% falta de estlmulo, 13% falta de limites, 12% pais exigentes e 12% pais liberais. Os
problemas familiares foram apontados como as motivos mais freqOentes na
determina~o de uma baixa Auto-Estima.
Educa~ao Infantil? Por que?
Questa.o 4 - Uma Auto-Estima baixa pode interterir na aprendizagem da crianc;a de
Uma Auto-Estima baixa pode interterirna aprendizagem da crianc;a de
Educa~ao Infantil?
Observa-se na questao 4 que unanimemente as professoras entrevistadas
afirmam que uma Auto-Estima baixa pode interferir na aprendizagem da crianc;a,
mesmo nas crianc;as em idade de Educa~o Infanti!.
de aula?
Questao 5 - Voce acha que e importante 0 professor valorizar seu aluno em sala
Voce acha que e importante 0professor valorizar seu aluno em sala
de aula?
51 1[]---=--7'1o ILl L::::::7 -'
SIM ",",0
Na quest:io 5 vemos que na opiniao da maioria das entrevistadas, e importante 0
professor valorizar seu aluno em sala de aula. Nessa questao as 5 entrevistadas
responderam que sim, acreditam que tendo um born relacionamento na escola a auto-
estirna da crianya pode aumentar. Enquanto que nenhurna entrevistada respondeu nao,
que nao e import,ante 0 professor valorizar seu aluno em sala de aula.
Questao 6 - 0 que 0 professor deve fazer quando perce be que seu aluno esta. com
problemas de aprendizagem em decorrfmcia da falta de Auto-Estima?
!OFALAR COMOS PA1Sl
Ii1PROCURAR AJUDAPROFISSIONAL
OTENTAR MOllVA-LO NA!ESCOLA !
o que 0 professor dave fazer quando percebe queseu aluno esta com problemas de aprendizagem em
decorrl!ncia da lalla de Auto-Estima?
Observa-se na questa.o 6 que a maioria das professoras, 57% das entrevistadas,
acreditam que falar com os pais e a melhor soluc;:ao quando se percebe que 0 aluno
esla com problemas de aprendizagem em decorr~ncia da falta de Aulo-Estima,
enquanto que 29% acredita que a melhor soluyao seria tentar motivar 0 aluno em sala
de aula e 14% acredita que a melhor seria procurar ajuda de um profissional.
Auto-Estima das crian~as?
Questao 7 - Voce sa considera preparada(o) para trabalhar am sal a de aula com a
36
Voce se considera preparado paratrabalhar em sala de aula com a Auto-
Estima das crian~as?
Apresenta-se nesta questao unanimidade em rela~ao a preparayao dos
professores para trabalhar com a Auto-Estima dos alunos. Todas as profissionais
entrevistadas se consideram preparadas para isso. Vemos portanto que e muito
crian~as.
importante ter profissionais preparados para lidar com quest6es pSicol6gicas das
5 CONSIDERA<;:OES FINAlS
Ap6s essa analise feita em livros de Psicologia, Pedagogia, revistas voltadas aos
professores e reportagens da Internet, pode-se concluir que a auto-estima e capaz
de interferir na aprendizagem de uma crianc;:a. De acordo com as psic61ogos a auto-
estima comec;:a desde bern pequeno, quando a crianya ainda sente as frustrayoes
de nao poder fazer tude 0 que quer. A auto-estima e a capacidade de se g05t.ar, e
par isso a cr;anc;:a fara uma constru9aO dela mesma atraves do que ouve dos
adultos, par isso que 0 papel dos pais e dos professores e tao importante para esse
processo de construc;ao da auto-estima.
Vimos que a auto-estima pode interterir na aprendizagem da crianc;a e 0 fracasso
escolar e urn dos fatores da baixa auto-estima, problemas familiares tambem podem
afetar esse desenvolvimento. Cabe ao professor ajudar os alunos a construir uma
boa imagem de si mesma, valorizando-a. Ao conseguir uma vitoria em sala de aula,
o professor notarc:t que isso refletira na vida do aluno como urn todo.
Notou-se atraves dessa pesquisa que ao estill1ular a auto-estima das criant;:as. 0
professor percebera uma favoravel auto-aceitat;:ao per parte do aluno, esses
estimulos podem acontecer atraves do elogio e da afetividade. Outro fator
importante que 0 professor pede fazer para estimular a sala de aula e conhecer
melhor cada aluno em particular, para poder assim estimular as potencial ida des de
cada urn. porque atraves da pesquisa, vimos que a vi sa.o que uma crianya tern sob
si mesma, seja ela posit iva ou negativa, pede interferir no seu comportamento.
33
A aprendizagem na escola deve desenvolver 0 aluno, estimulando as
capacidades e aptidoes de perceber, sentir, imaginar, pensar, julgar e raciocinar. a
verdadeiro valor da escola consiste em desenvolver conhecimentos valiosos, como
habilidades, habitos, atitudes, idea is e virtudes que possibilitarao 0 individuo a
enfrentar eficientemente as problemas da vida.
Esse foi 0 motivQ maior da minha escolha desse tema, pais percebi que 0
educador tern um papel muito importante dentro da escola, que e propiciar aD aluno
desenvolver suas potencialidades. mas para isso 0 professor precisa estabelecer
uma relac;ao positiva com seus alunos. Percebi que estamos vivendo uma epoca em
que a escola passou a exercer um papel social e educativ~, pois ultrapassa a pratica
tradicional preocupada somente com a aquisiyao de conceitos para uma educa9ao
mais global e que priorize a formayao do ser humano mais consciente, critico,
reflexivo e feliz.
Esse estudo buscou aprofundar as poss[veis contribui96es da escola no
desenvolvimento da auto-estima dos alunos a partir da pratica pedag6gica dos
professores. Em busca de respostas, foram elaborados questionarios, pesquisa de
campo e pesquisas bibliograficas em autores e teorias que auxiliaram neste estudo.
Este estudo veio fundamentar as minhas expectativas em rela9aO ao tema
escolhido e os resultados aqui encontrados servirao de reflexao sobre as relayOes
s6cio-afetivas dentro da escola, especificamente na Educayao lnfantil, entre
professor e aluno e a importancia da Auto-Estima da crianya para a processo de
aprendizagem. Foi de imensa valia para minha formayao como Peda,goga, pois
atraves dessa pesquisa agora eu sei a verdadeiro papel de um educador na vida de
uma crianga.
39
REFERENCIAS
ABREU, Ana Rosa. Ensinar Bern e Criar Vinculos. Nova Esco/a, Sao Paulo, n.167, p.
17, nov.2003.
BETING, Grazielia. Aprender aumenta a auto-estima. Nova Esco/a, Sao Paulo, n.168,
p.30-31, dez.2003.
BOGDAN, Robert; BIKLEN, Sari. /nvestigat;aO Qua/itativa em Educat;So - Uma
/ntrodut;ilO a Teoria e aos Metodos. Porto - Portugal: Porto Editora, 1994, p.221.
BRIGGS, Dorothy. A auto-estima do seu fi/ho. Sao Paulo: Martins Fontes, 2000, p.79-
163.
CHIZZOTTI, Antonio. Pesquisa em Ci~ncias Humanas e Sociais. Sao Paulo: Cortez, 4.
ed. 2000, p.54.
DEMO, Pedro. /ntrodut;So a Metod%gia da Ci~ncia. Sao Paulo: Atlas, 2. ed. 1985, p.
22.
ERIKSON, Erik H. /nfancia e SociedBde. Rio de Janeiro: Zahar, 1971.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina Andrade. Fundamentos de Metod%gia
Cientinca. Sao Paulo: Atlas, 3. ed. 1991, p. 201.
MORO, Maristela Muller. Afetividade nas InterayOes Infantis: uma analise da
contribuic;ao no processo de aprendizagem. 2004. 54 f. Trabalho de Conclusao de
Curso (Especializ8.y30 em Educa~o Infantil) - Setor de Ciencias Humanas, Letras e
Artes, Universidade Tuiuti do Parana, Curitiba.
MUSSEN, PH et al. Desenvolvimento e personBlidade da crian,a. 3. ed. Sea Paulo:
Harbra, 1995.
PIAGET. Jean. Formaq~o do simbolo na crianq8. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
PROPOSTA PEDAG6GICA: Fundamentos Doutrinais. Disponivel em:
http://www.bomjesus.br. Acesso em: 02 nov. 2005.
QUILICI, Mario. Auto-eslima uma 8vafiar;~o iecnica. Disponivel em:
http://psipoinLcom.br/arquivo.htm. Acesso em: 04 abr.2004.
RICARDO, Sergio. Por que precisamos de auto-estima? Disponivel em:
http://iss.com.br/vozativalauto.htm. Acesso em: 04 abr.2004.
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA. Normas tecnicas: elaborayeo e apresentayeo
de trabalho acad~mico-cientifico. Curitiba: UTP, 2003.
URIBE, Juan (entrev;stado). Como vai sua auto-estima? Disponivel em:
http://pueridomus.br/revista9/entrevista.asp. Acesso em: 04 abr. 2004.
VINHA, Telma. Ensinar Bem e Saber Elogiar. Nova EscolB, Sao Paulo, n.166, p. 20,
out.2003.
VYGOTSKY, Lev Semenovich. Pensamento e linguagem. 3. ed. Sao Paulo: Martins
Fontes, 1984.
WALLON, Henri. Origens do pensBmento dB cliB",;a. Sao Paulo: Manoele, 1989.
ANEXO 2
Faculdade de Ci~ncias Humanas. Letras e Artes.Curso de Pedagogia
Curitiba, 06 de selembro de 2005.
Prezado(a) Senhor(a)
Apresenlamos Telma Rebelo Nardino, aluna do 4' ano do Cur>o de Pedagogia,que nesle periodo eslll desenvolvendo Trabalho de Conclusoo de Curso, com 0 lema "Auto-Estima- Para tanto, necessita embasar suas pesquisas em situa<;:6es reais.
Conlando com seu apoio agradecemos antecipadamente.
(.omp",,_~¥;,e;LtIThlIoaMII.IIItIUriI:Auas,otM..t.tlt •••••AIt••. s.anta,1.·!.I_tMc ••·«(~u.aIO_liO·~:141)lll.7104/F;tIO:(41)11l·nt~(_IKKIInt:_CI<~.bi""'''''''SIIl·hu<hm·«(1':t2.SIS·I._r_441)JJI·rn»/FM:141)lJl·mlC_(~t:-"''''rmlM(~5III'>·~ .«(I': •. 71•..n.·r•..•141)lll·rn»IFn:(4111ll.7l'9J("""",",Ja,dh ••SchM'f••:b.wDloMlpo~.C-lhI,nl· .••••••I<Ntf •••.·([P:IJ.loe·*-F_(41)lJI·noalF'''':'41Illl·ntl~=.~~=__IIIc!w,Il'9'~'([":1I.1.f.)oe'''''(41)nl-nmIFu:C411111.7l'9!
ANEXO 3
Este questionario tern como objetivo levantar informayaes para a realizac;:aode urn trabalho de conclusao do curso de Pedagogia que tern como tema "A Auto-Estima- Portanto, sua colaborac;:ao e de grande relevancia. Oesde ja agradec;:osua contribuic;:Ao.
Dados de Identifica,Bo:
Idade:Sexo: FD MDProfissao: ~ _Escolaridade:Area de Atuac;~a-o-:------------------
Auto-estima e a capacidade de S6 gostar, de se sentir confiante e bem-
sucedido. (NOVA ESCOLA. dez. 2003)
1) Voce consegue observar quando urn aluno esta com a Auto-Estima abalada? Quais sao os sintomas demonstrados por ele?
2) Quais sao as caracteristicas principais demonstradas quandouma crian9a vern para a escola com uma boa Auto-Estima?
3) Na sua opiniao quais sao os motivos que fazem com que acrian9a de Educa9i!0 Infantil esteja com problemas de Auto-Estima?
4) Uma Auto-Estima baixa pode interferir na aprendizagem dacrian9a de Educa9lio Infantil? Por qu~?
5) Voce acha que e importante 0 professor valorizar seu aluno emsala de aula?
6) 0 que 0 professor deve fazer quando percebe que seu alunoesta com problemas de aprendizagem em decorrencia da faltade Auto-Estima?
7) Voce se considera preparada(o) para trabalhar em sala de aulacom a Auto-Estima das crian9as?