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UNIVERSIDADE DE SANTO AMAROCURSO DE PSICOLOGIA – ENADE 2012
Profa. Ms. Vânia V. CostaProfa. Ms Marcia R. Zemella
Out/2012
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PPNE – PSICOLOGIA DAS PESSOAS COM NECESSIDADES
ESPECIAIS
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TÓPICOS
• Inclusão e Exclusão• Diferença e Deficiência• Dados IBGE• Breve histórico• A Psicologia• Interdisciplinaridade e Desafios• Questões• Referências• Anexos
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INCLUSÃO E PSICOLOGIA•Nos últimos anos: crescente interesse de profissionais de diversas áreas pela temática da inclusão.•Psicologia: passa a se ocupar da discussão sobre as práticas inclusivas/segmentos: pessoas com deficiência, em situação de rua, de abandono, de pobreza, de gênero, “loucos”.•Em especial: instituições educacionais- problematizando a segregação vivida por essas pessoas.
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EXCLUSÃO E INCLUSÃO
•Sawaia (1999, p.7) refere a ambiguidade:
exclusão/inclusão”.
“Todos estão incluídos de alguma forma,
mas esta inclusão nem sempre é decente
e digna, pois podemos estar incluídos em
uma ordem desigual, exploradora,
culpabilizante, enfim, configurando uma
“inclusão perversa”.
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EXCLUSÃO E INCLUSÃO
•Não há uma única forma de conceituar a
exclusão, nem tampouco de combatê-la,
pois é produto do funcionamento de um
sistema social e só poderá ser
compreendida na dinâmica desse sistema.
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INTERESSE
•Ao se falar da inclusão, se aborda um conflito histórico e pertencente a certo funcionamento social, determinado pela exclusão social: o sistema em que vivemos é excludente em sua raiz.•Assim... falar de inclusão é perceber as práticas exclusivas constitutivas da sociedade: uma sociedade de desiguais.
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O QUE É DIFERENTE?
•O que é diferente e a história do preconceito:•Marcas
construídas
socialmente
inconsciente
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TIPOS
1. Deficiência intelectual
2. Deficiência física (locomoção)
3. Deficiências sensoriais (auditiva/surdez;
visual, surdocegueira, deficiências multiplas)
4. TGD -Transtornos Globais do
Desenvolvimento (Autismo, Asperger, Síndrome
de Rett e Transtorno Desintegrativo da infância)
5. Superdotação e Altas habilidades
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Gráfico 1: População com deficiência no Brasil em porcentagens comparativas, Censo 2000 e 2010.
%
Fonte: Censo Demográfico IBGE 2010
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Gráfico 2: População com deficiência no Brasil, em porcentagens segundo regiões e unidades federativas, Censo 2010.
Fonte: Censo Demográfico IBGE 2010
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Gráfico 3: População com deficiência no Brasil, em porcentagens segundo o tipo, Censo 2010.
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Fonte: Censo Demográfico IBGE 2010
![Page 12: UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO CURSO DE PSICOLOGIA – ENADE 2012 Profa. Ms. Vânia V. Costa Profa. Ms Marcia R. Zemella Out/2012 Imagens Google PPNE – PSICOLOGIA](https://reader037.vdocuments.com.br/reader037/viewer/2022103113/552fc120497959413d8cb8b4/html5/thumbnails/12.jpg)
BREVE HISTÓRICO DO DEFICIENTE NA SOCIEDADE
A conquista gradativa dos direitos das
pessoas “excepcionais”.
A infância, assim como tudo que vivemos
hoje - cultivado a partir de mudanças na
estrutura familiar e na sociedade.
A partir das necessidades do estado foram
se instituindo “comportamentos integrados aos
fins da vida social”.
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A CONSTRUÇÃO DA INFÂNCIA
O espaço forjado para a “constituição da
infância” foi a escola.
A infância não é natural nos seres
humanos, mas algo que vai sendo criado a
partir das novas formas de falar e sentir dos
adultos em relação ao que fazer com as
crianças.
Como entender o deficiente nesse espaço?
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BREVE HISTÓRICO
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•Os deficientes
eram jogados de
penhascos, pois
não poderiam
contribuir com o
Estado.
IDADE ANTIGA - Grécia
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•A criança com deficiência:
“entendida” como um problema
que deveria ser eliminado.
•Essa responsabilidade era do
pai assim como do Estado.
•O deficiente não poderia
alcançar a perfeição física
exigida de um cidadão grego.
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•Roma: o pai da criança
era quem resolvia se ela
deveria viver ou morrer.
•Aparece o deficiente pela
primeira vez na Lei das 12
Tábuas.
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Deficientes eram tidos como “criaturas
divinas” pela Igreja Católica e como
demônios por Lutero.
Nesta época os deficientes
mentais também são tratados
como “bobos da corte”.
IDADE MÉDIA
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•Os deficientes
eram separados da
sociedade para
evitar que seu
comportamento
prejudicasse os
“saudáveis”.
IDADE MÉDIA
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AINDA NA IDADE MÉDIA
•Outro modo de lidar com os segregados,
fossem estes prisioneiros,
criminosos ou deficientes, eram as “naus dos tolos” -,
eram enviados para o mar, sozinhos.
Hieronymus Bosch –A nave dos loucos. Óleo sobre madeira (c.1450-1500)
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•A temática da loucura.•Uma realidade invertida.•A obra retrata uma crítica social.•A nave da igreja em uma nave de loucos.
Hieronymus Bosch –A nave dos loucos. Óleo sobre madeira (c.1450-1500)
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OLHANDO A ARTE
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IDADE MODERNA O PRECONCEITO AINDA EXISTE
•No século XIX, a sociedade ainda
reflete nos seus atos uma posição
de confinamento dos excepcionais
em instituições especiais.
•Agora a visão não é só de separar,
mas a visão é de reabilitar.
![Page 23: UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO CURSO DE PSICOLOGIA – ENADE 2012 Profa. Ms. Vânia V. Costa Profa. Ms Marcia R. Zemella Out/2012 Imagens Google PPNE – PSICOLOGIA](https://reader037.vdocuments.com.br/reader037/viewer/2022103113/552fc120497959413d8cb8b4/html5/thumbnails/23.jpg)
AS MARCAS HISTÓRICAS BUSCANDO A IGUALDADE
•A revolução Francesa prega: Igualdade,
Fraternidade, Liberdade;
•Luta para o término da escravidão;
•A igualdade de direitos pelas mulheres;
Direito de voto;
•A desinstitucionalização dos doentes
mentais, etc. Imagens Google
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DIREITOS HUMANOS
1Logo após a 1ª. Guerra Mundial: “Direito Internacional Humanitário”, “Organização Internacional do Trabalho” e “Liga das Nações”.
2Após a 2ª Guerra Mundial com a criação da “Organização das Nações Unidas” e com a adoção da “Declaração Universal dos Direitos Humanos”.
Século XX: dois momentos
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ONU
•Objetivo: promover a segurança no mundo,
fomentar relações cordiais entre as nações,
promover progresso social, melhorar os padrões de
vida e direitos humanos.
•Desenvolve documentos norteadores para o
desenvolvimento de Políticas Públicas de seus
países membros.
Imagens Google
![Page 26: UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO CURSO DE PSICOLOGIA – ENADE 2012 Profa. Ms. Vânia V. Costa Profa. Ms Marcia R. Zemella Out/2012 Imagens Google PPNE – PSICOLOGIA](https://reader037.vdocuments.com.br/reader037/viewer/2022103113/552fc120497959413d8cb8b4/html5/thumbnails/26.jpg)
POLÍTICAS PÚBLICAS
•Conjunto de normas que orientam práticas
e respaldam os direitos dos indivíduos em
todos os níveis e setores da sociedade.
•Base: princípios da igualdade e da
equidade surgem como necessidades em
resposta aos problemas sociais.
![Page 27: UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO CURSO DE PSICOLOGIA – ENADE 2012 Profa. Ms. Vânia V. Costa Profa. Ms Marcia R. Zemella Out/2012 Imagens Google PPNE – PSICOLOGIA](https://reader037.vdocuments.com.br/reader037/viewer/2022103113/552fc120497959413d8cb8b4/html5/thumbnails/27.jpg)
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS - 1948
Proclama que todos os seres nascem livres e
iguais, sem distinção de raça, cor, sexo, língua,
religião... Todos são iguais perante a lei.
• Igualdade : os direitos humanos são intitulados
por todos os indivíduos pelo mero fato de serem
Seres Humanos;
• Dignidade : junto ao conceito de igualdade haja o
reconhecimento da diferença (ao gênero, à raça, à
idade, etc.).Imagens Google
![Page 28: UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO CURSO DE PSICOLOGIA – ENADE 2012 Profa. Ms. Vânia V. Costa Profa. Ms Marcia R. Zemella Out/2012 Imagens Google PPNE – PSICOLOGIA](https://reader037.vdocuments.com.br/reader037/viewer/2022103113/552fc120497959413d8cb8b4/html5/thumbnails/28.jpg)
DIGNIDADE
•A abordagem atual da dignidade humana
faz-se, sobretudo em repúdio aos que
consideram a vida humana apenas como
uma presença ou ausência nos quadros
estatísticos (BAUMAN, 2005).
Imagens Google
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DIGNIDADE: PARA REFLETIR“Quando uma coisa tem um preço, pode-se pôr em vez dela, qualquer outra como
equivalente; mas quando uma coisa
está acima de todo o preço, e, portanto,
não permite equivalente, então ela
tem dignidade."
Kant (1997)
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•TODOS têm direito à Educação•Visa satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem e para isso propõe:
1.Satisfazer necessidades básicas de educação.
2.Universalizar o acesso à educação e promover a equidade.
3.Concentrar atenção na aprendizagem.
DECLARAÇÃO MUNDIAL SOBRE EDUCAÇÃO PARA TODOS - CONFERÊNCIA DE JOMTIEN –
1990
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DECLARAÇÃO DE SALAMANCA - 1994
• Um dos documentos mais importantes para a educação especial.•Discute a atenção educacional aos alunos com necessidades educacionais especiais.
Clipp art Office
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DECLARAÇÃO DE SALAMANCA - 1994
•No contexto desta Estrutura, o termo
"necessidades educacionais especiais" refere-
se a todas aquelas crianças ou jovens cujas
necessidades educacionais especiais se
originam em função de deficiências ou
dificuldades de aprendizagem.
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1996
A Lei de Diretrizes e Bases, nº 9394, se ajusta à legislação federal e aponta que a educação
das pessoas com deficiência deve dar-se preferencialmente na rede regular de ensino.
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CONVENÇÃO DA GUATEMALA - 1999
•Tomar as medidas de caráter legislativo, social, educacional, que sejam contra a discriminação dos deficientes.•Países membros deverão trabalhar prioritariamente na prevenção, detecção e educação visando o pleno desenvolvimento dos deficientes.
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•“as pessoas com deficiência tem os mesmos
direitos humanos e liberdades fundamentais que
outras pessoas e que estes direitos, inclusive o
direito de não ser submetidas a discriminação com
base na deficiência, emanam da dignidade e da
igualdade que são inerentes a todos ser humano”. (Convenção Guatemala – 1999)
CONVENÇÃO DA GUATEMALA - 1999
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•No primeiro artigo da Convenção, define-se o termo deficiência sendo que: •“deficiência, significa uma restrição física, mental ou sensorial, de natureza permanente ou transitória, que limita a capacidade de exercer uma ou mais atividades essenciais da vida diária causada ou agravada pelo ambiente econômico e social”. (Convenção Guatemala – 1999)
CONVENÇÃO DA GUATEMALA - 1999
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ASSIM..• Há dois movimentos:• A inclusão social (escolar)• A inclusão profissional (cotas)• Então temos um contraponto: onde está
este profissional?• R: A escola não ofereceu condições• Há uma desqualificação do tema • Há marcas físicas e sociais trazidas pelo
movimento social
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A base da sociedade é a educação!
FAMÍLIA SOCIEDADE
ESCOLA
É aqui a atuação da Psicologia
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E A PSICOLOGIA?
•A Psicologia, neste contexto, tem a função de diagnosticar e de tratar da diversidade, além de construir meios de exercício pleno da cidadania, através de sua atuação junto às Políticas Públicas.•Ou seja...•Intervir em níveis de prevenção, reabilitação e equiparação de oportunidades que possibilitem respeitar e conviver junto à diversidade.
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INTERDISCIPLINARIDADE
•É um processo: de comunicar ideias até
a integração recíproca de finalidades,
objetivos, conceitos e procedimentos de
ação.
Resposta à fragmentação pela
especialização.
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INTERDISCIPLINARIDADE
•Não basta integrar conteúdos
•É necessária uma atitude e postura interdisciplinar.
•Reconhecer que:
•todo conhecimento é igualmente importante,
derrubando a hierarquia entre saberes;
•todos os campos do conhecimento são limitados.
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DEVE O PSICÓLOGO
•Conhecer as características da intervenção dos
psicólogos em instituições de educação especial.
•O impacto das políticas de inclusão escolar.
•Com tais elementos para a avaliação desse
processo com vistas à identificação de
necessidades de incremento da formação dos
psicólogos, de modo a ampliar a
responsabilidade social e os direitos humanos.
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DEVE O PSICÓLOGO
•O foco do trabalho deve ser o potencial de
cada um e não a deficiência em si.
•O papel do psicólogo na inclusão social dos
portadores de necessidades especiais é praticar
o enfrentamento e a lidar com a exclusão
tentando introduzir principalmente a afetividade
no cotidiano dessas pessoas.
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•Um dos desafios e, ao mesmo tempo, uma
das mais importantes possibilidades de
contribuição da Psicologia:
Ajudar os indivíduos e os grupos sociais
a superar os entraves para a construção
e efetivação de um novo paradigma nas
relações humanas.
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Questão
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ReferênciasBAUMAN, Z. Vidas desperdiçadas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes para a educação especial na educação básica. Brasília: Secretaria de Educação Especial, MEC/SEESP, 2001.BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil. 9ª ed. São Paulo: Atlas, 1988.BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: nova LDB (Lei n. 9.394). Rio de Janeiro: Qualitymark, 1997.CONSELHON FEDERAL DA PSICOLOGIA. Educação Inclusiva: Experiências profissionais em Psicologia. Brasília: CFP, 2009.COSTA, Teresinha Pavanello Godoy. Integração social de portadores de necessidades especiais. Rev. SPAGESP, Ribeirão Preto, v. 5, n. 5, dez. 2004 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-29702004000100007&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 29 out. 2012.NUNES, Meire Aparecida Lóde. A Educação pela sensibilidade: uma análise iconográfica do pecado em Hieronymus Bosch.Dissertação de Mestrado. Maringá, 2010.SAWAIA, B. Exclusão ou inclusão perversa? In: SAWAIA, B. (Org.) As artimanhas da exclusão: Análise psicossocial e ética da desigualdade social. Petrópolis: Vozes. 1999.SILVEIRA, A.F. Caderno de psicologia e Políticas Públicas. Curitiba:Unificado, 2007.
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Anexos
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DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS - 1948
•A Assembléia Geral das Nações Unidas proclamou a Declaração dos Direitos Humanos, na qual reconhece que: •Artigo 1º “Todos os seres humanos nascem livres e iguais, em dignidade e direitos”. •No Artigo 26, inciso I, “toda a pessoa tem direito à educação. A Educação deve ser gratuita, pelo ao menos a correspondente ao ensino elementar é obrigatório [...]”•O Artigo 27, no inciso I, proclama que “toda a pessoa tem o direito de tomar parte livremente na vida cultural da comunidade, de usufruir as artes e de participar do progresso científico e nos benefícios que deles resultam”. ( SEESP/MEC, 2004).
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DECLARAÇÃO MUNDIAL SOBRE EDUCAÇÃO PARA TODOS - CONFERÊNCIA DE JOMTIEN –
1990•Artigo 1º - Satisfazer as necessidades básicas de educação - as crianças, jovens e adultos devem desenvolver plenamente suas capacidades; a educação deve possibilitar à sociedade a busca da justiça e preservação do meio ambiente, enriquecer os valores culturais.•Artigo 2º – Expandir o enfoque - desenvolver novas estruturas, recursos e possibilidades de comunicação, promover a eqüidade e articular a educação aos conjuntos de conhecimentos relevantes na sociedade.
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•Artigo 3º – Universalizar o acesso à educação e promover a eqüidade - educação básica para todos; melhorar a qualidade, alcançar e manter um padrão mínimo de qualidade; eliminar os preconceitos e estereótipos, priorizar as mulheres e meninas; superar a disparidade com grupos excluídos: meninos de rua, nômades, minorias étnicas, etc; ter medidas especiais com portadores de deficiência.•Artigo 4º – Concentrar a atenção na aprendizagem - A educação básica, deve estar voltada para a efetiva aprendizagem – abordagem de aprendizagens diferentes, definir níveis desejáveis de aprendizagem, implementar sistemas de avaliação e desempenho.•Artigo 5º – Ampliar os meios e o raio de ação da educação básica – a diversidade de modos de aprendizagem deve ser relevada. A aprendizagem começa na infância, na família e fora dela; criar sistemas de apoio; implementar programas próprios para jovens e adultos; ter programas de capacitação técnica.
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•Artigo 6º - Propiciar ambiente adequado à aprendizagem - a aprendizagem não ocorre de maneira isolada, devem ser garantidos aos educandos cuidados em nutrição, médicos, apoio físico e emocional.•Artigo 7º - Fortalecer alianças - é necessário que as autoridades de todos os níveis se preocupem com a educação e com a valorização dos seus profissionais. É importante também implementar alianças com outros órgãos governamentais ou não.•Artigo 8º - Desenvolver uma política contextualizada de apoio - é necessário o apoio de setores econômico, cultural e social para a promoção da educação básica; desenvolver uma política econômica de comércio, trabalho, etc visando ao desenvolvimento da sociedade; garantir ambiente intelectual e científico à educação básica. •Artigo 9º – Mobilizar recursos - é necessário mobilizar e disponibilizar recursos financeiros e humanos, para viabilizar a aprendizagem para todos.•Artigo 10 – Fortalecer a solidariedade internacional - satisfazer necessidades básicas de educação é compromisso comum e universal, visando a corrigir disparidades devendo haver aumento dos recursos destinados à educação; as necessidades básicas de aprendizagem devem ser atendidas e os países menos desenvolvidos deverão ser auxiliados. As nações devem agir conjuntamente para acabar com guerras, conflitos, etc, visando a garantir as necessidades de aprendizagem.
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DECLARAÇÃO DE SALAMANCA - Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades
Educativas Especiais – 1994.
Os delegados das Nações Unidas, em Salamanca, Espanha, entre 7 e 10 de junho de 1994, reafirmam o compromisso para com a Educação para Todos, reconhecendo a necessidade e urgência de providências de educação para as crianças, jovens e adultos com necessidades educacionais especiais dentro do sistema regular de ensino.
• Os paises signatários, dos quais o Brasil faz parte, acreditam e proclamam que:
• • toda criança tem direito fundamental à educação, e deve ser dada a oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem;
• • toda criança possui características, interesses, habilidades e necessidades de aprendizagem que são únicas;
• • os sistemas educativos devem ser pensados e os programas implementados levando em consideração a diversidade educacional;
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• as pessoas com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à escola regular, que deverá pensar em uma Pedagogia centrada na criança, capaz de atender as suas necessidades;
• • escolas regulares que possuam tal orientação inclusiva constituem os meios mais eficazes de combater atitudes discriminatórias criando-se comunidades acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educação para todos.
• Incita os governos a:• • atribuir prioridade política e financeira ao aprimoramento de seus
sistemas educacionais para se tornarem aptos a incluírem todas as crianças, independentemente de suas diferenças ou dificuldades individuais;
• adotar o princípio de educação inclusiva em forma de lei ou de política, através da matricula de todas as crianças em escolas regulares, a menos que haja fortes razões para agir de outra forma;
• estabeleçam mecanismos de participação descentralizados para planejamento, supervisão e avaliação educacional para crianças e adultos com necessidades educacionais especiais;
• • promover e encorajar a participação de pais, comunidades e organizações de pessoas portadoras de deficiências nos processos de planejamento e tomada de decisão para atender os alunos com necessidades educacionais especiais;
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• • investir esforços em estratégias de identificação e intervenção precoces;
• • garantir que haja programas de treinamento para professores, tanto inicial como contínuo, visando a atender as necessidades educacionais especiais em escolas inclusivas.
• Os participantes também conclamam que agências internacionais governamentais e não governamentais auxiliem e apóiem o desenvolvimento da Educação Especial, como parte integrante dos programas educacionais relativas ao aprimoramento de professores, estimular a comunidade acadêmica no desenvolvimento de pesquisa e tecnologia, mobilização e criação de fundos para programas de apoio comunitário.
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• O princípio que orienta esta Estrutura é o de que escolas deveriam acomodar todas as crianças independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, lingüísticas ou outras. Aquelas deveriam incluir crianças deficientes e super-dotadas, crianças de rua e que trabalham, crianças de origem remota ou de população nômade, crianças pertencentes a minorias lingüísticas, étnicas ou culturais, e crianças de outros grupos desavantajados ou marginalizados. Tais condições geram uma variedade de diferentes desafios aos sistemas escolares. No contexto desta Estrutura, o termo "necessidades educacionais especiais" refere-se a todas aquelas crianças ou jovens cujas necessidades educacionais especiais se originam em função de deficiências ou dificuldades de aprendizagem. . Muitas crianças experimentam dificuldades de aprendizagem e, portanto possuem necessidades educacionais especiais em algum ponto durante a sua escolarização. Escolas devem buscar formas de educar tais crianças bem-sucedidamente, incluindo aquelas que possuam desvantagens severas. Existe um consenso emergente de que crianças e jovens com necessidades educacionais especiais devam ser incluídas em arranjos educacionais feitos para a maioria das crianças. Isto levou ao conceito de escola inclusiva.
Princípio orientador de uma sociedade/escola inclusiva
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• O desafio que confronta a escola inclusiva é no que diz respeito ao desenvolvimento de uma pedagogia centrada na criança e capaz de bem sucedidamente educar todas as crianças, incluindo aquelas que possuam desvantagens severa. O mérito de tais escolas não reside somente no fato de que elas sejam capazes de prover uma educação de alta qualidade a todas as crianças: o estabelecimento de tais escolas é um passo crucial no sentido de modificar atitudes discriminatórias, de criar comunidades acolhedoras e de desenvolver uma sociedade inclusiva.
• A Educação Especial incorpora os mais do que comprovados princípios de uma forte pedagogia da qual todas as crianças possam se beneficiar. Ela assume que as diferenças humanas são normais e que, em consonância com a aprendizagem de ser adaptada às necessidades da criança, ao invés de se adaptar a criança às assunções pré-concebidas a respeito do ritmo e da natureza do processo de aprendizagem. (Declaração de Salamanca, 1994)