UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATU SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
QUEM CANTA SEUS
MALES ESPANTA
DANIELE MARTINS NETTO REIS DE BRITTO
2
Rio de Janeiro
Julho/2005 UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATU SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
QUEM CANTA SEUS MALES ESPANTA
Monografia apresentada a Universidade
Cândido Mendes – curso de Psicopedagogia
– Instituto A Vez do Mestre como requisito
para obtenção do título de especialista.
Orientador: Professor Celso Sanches
3
Rio de Janeiro
Julho/2005 AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por ter estado comigo a todo
tempo iluminando meus caminhos.
Ao meu amado marido por ter me
proporcionado mais esta “vitória” e em especial, meus
adorados filhos Lara e Bruno por terem respeitado e
entendido com grande carinho e sabedoria as minhas
tardes e noites ausente.
DEDICATÓRIA
4
Á memória:
Com imensa saudade, dedico este grande
momento em minha vida aos meus pais, cuja valiosa
sabedoria e humildade me deram uma grande base e
sustentação emocional indispensável para concretização
de mais esta vitória.
Aos meus pais, ”meu muito obrigada”. O mais
profundo reconhecimento e agradecimento.
RESUMO
Este presente trabalho apresenta o desenvolvimento da aprendizagem, com
algumas condições necessárias e básicas para que ocorra o conhecimento,
exemplificando algumas modalidades da aprendizagem.
Aborda a inteligência de forma a contemplar as Inteligências Múltiplas, a relação de como aplicar a
Inteligência Musical em sala de aula e comenta o desenvolvimento da inteligência nas considerações feitas
por grandes pensadores como Vygotsky, Wallon e Piaget.
5
Delineia a organização complexa do Psicopedagogo institucional e clínico, assim como a
colaboração da atividade musical frente ao diagnóstico de problemas e pedagogia musical.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 01
CAPÍTULO I
Aprendizagem 03
CAPÍTULO II
Inteligência 09
CAPÍTULO III
Inteligência e Música 20
CAPÍTULO IV
Psicopedagogia Musical 30
6
CONCLUSÃO 38
Anexo 1 40
Anexo 2 41
Anexo 3 46
BIBLIOGRAFIA 47
ÍNDICE 48
7
INTRODUÇÃO
O trabalho de pesquisa que ora apresentamos foi desenvolvido em
conformidade com alinha de Pesquisa da Universidade Cândido Mendes –
Instituto A Vez do Mestre, tendo como tema a Psicopedagogia Musical na
sugestão de forma a ser aplicada tanto por profissionais em sala de aula, ou seja,
por psicopedagogos em suas intervenções.
A escolha é de ordem pessoal para atuação desta pesquisa, o que será de
suma importância na qualidade de um futuro trabalho a ser desenvolvido
profissionalmente. Sendo assim, realizamos um estudo de forma que o
psicopedagogo como facilitador do processo educativo, bem como melhorar as
relações interpessoais, com segurança e embasamento necessário a todos que
atuam no processo ensino-aprendizagem. Delineamos como objetivo geral como a
música pode atuar de forma positiva e agradável no processo educativo e nas
intervenções. Como problema central nos reportamos a seguinte questão: Como a
música poderá minimizar a deficiência de um aprendizado?
A voz está relacionada diretamente a emoção. A voz é um meio expressivo
que nos acompanha desde as mais remotas origens individuais e coletivas. Do
ponto de vista pedagógico a música é considerada uma ponte entre o brincar e o
aprender, função tal que faz com que a criança exercite naturalmente seu corpo,
desenvolve a linguagem, o raciocínio, a memória sendo assim estimula o gosto do
conhecimento tornando a aprendizagem significativa.
Pontuamos Inteligência e a relação com as inteligências múltiplas, como
também aplica-la em sala de aula tendo como ferramenta de trabalho a música.
8
A presente pesquisa emprega dados bibliográficos com base histórica e
contemporânea de atuação relevante para o Psicopedagogo.
9
CAPÍTULO I
Desenvolvimento da Aprendizagem
A aprendizagem é identificada como saúde mental, com ausência da
mesma não acontece. Cada indivíduo têm seus interesses e seus ritmos de
aprendizagem próprios, a cada novo aprendizado pe preciso relacioná-lo com sua
bagagem cultural anterior, ou seja, seu repertório de conhecimentos e
experiências adquiridos, para que possam sempre reorganizar suas idéias de
maneira coerente.
A aprendizagem é gradual, isto é, vamos aprendendo pouco a pouco durante toda nossa vida. Portanto é um processo constante e contínuo (DROUET, p.8)
A aprendizagem como parte de um processo social de comunicação à
educação, apresenta os seguintes elementos:
Ø Consumidor ou emissor – representado pelo professor ou transmissores de
informação.
Ø Mensagem – é o conteúdo educativo, ou seja, os conhecimentos e as
informações transmitidas aos alunos, deve ser de forma clara e precisa.
Ø Receptor – é o aluno que recebe a mensagem, deve ser crítico ao invés de
passivo.
Ø Meio ambiente – é o meio familiar e social onde efetiva o processo ensino
aprendizagem (DROUET, p.7)
O problema de aprendizagem surge quando um desses elementos
falha, ocasionando o surgimento de um obstáculo à comunicação e
conseqüentemente à aprendizagem.
Quando se fala em crescimento, todos se lembram de aumento de peso,
altura e outras mudanças que ocorrem na constituição física, porém,
10
desenvolvimento é um termo muito mais amplo e complexo que define um
processo contínuo e ordenado, abrange todas as modificações que ocorrem em
nossas vidas.
A hereditariedade, o ambiente, a maturação e a aprendizagem são fatores
do desenvolvimento. Sendo assim para que ocorra o processo de
desenvolvimento em todas as fases, as condições atuam simultaneamente:
orgânicas, físicas e ambientais.
Os princípios gerais do desenvolvimento segue duas direções:
Ø Cífalo-caudal – da cabeça para os pés.
Ø Próximo-distal – das partes mais próximas do centro para as mais distantes.
Este processo é contínuo e procede das atividades gerais, para as
específicas, cada parte do corpo tem sua velocidade própria e acontece de
maneira unificada.
Aprendemos que nós mesmos, não podemos aprender pelos outros,
as novas aprendizagens do indivíduo depende de suas experiências anteriores,
desta forma, as primeiras aprendizagens servem de pré-requisitos para as
subseqüentes.
A aprendizagem é gradual vamos aprendendo pouco a pouco, durante toda
a nossa vida é um processo cumulativo, ou seja, cada nova aprendizagem vai se
juntar ao repertório de conhecimentos anteriores. Este processo não é estático
pois a cada nova aprendizagem o indivíduo reorganiza suas idéias, faz o juízo de
valores colocando seus sentimentos estabelecendo relações com aprendizagens
anteriores. Trata-se portanto de um processo integrativo e dinâmico.
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É comum as pessoas restringirem o conceito de aprendizagem somente o
que ocorrem na escola, como resultado de ensino. O termo tem um sentido muito
mais amplo, abrange os hábitos que formamos, aspectos de nossa vida afetiva e
assimilação de valores culturais. Enfim, a aprendizagem resulta de toda
estimulação ambiental recebida pelo indivíduo no decorrer de sua vida.
“Sempre acreditava que as ovelhas eram caazaes de atender o que ele
falava.” (Paulo Coelho – O Alquimista) (Ver anexo 1)
O processo da aprendizagem sofre interferência de vários fatores –
intelectual, psicomotor, físico, social – mas é o fator emocional que depende
grande parte da educação infantil.
1.1 - Aprendizagem significativa
Para que a aprendizagem promova uma mudança de comportamento e
aumente mais a motivação e espontaneidade em potenciar é necessário que ele
perceba a relação entre o que está aprendendo e a sua vida.
O aluno precisa ser capaz de reconhecer as situações em que aplicará o
novo conhecimento, aquilo que foi aprendido precisa ter significado para ele, uma
aprendizagem mecânica por exemplo não traz significações para o aluno.
Para ser significativa é necessário que a aprendizagem envolva raciocínio,
análise, imaginação e o relacionamento entre as idéias, coisas e acontecimentos.
Requisitos para alcançar a aprendizagem significativa:
Ø Significado lógico do material
Ø Significado ψ do material
Ø Atitude favorável ao aluno
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Vantagens da aprendizagem significativa
Ø Retenção mais duradoura da informação
Ø Facilita adquirir novos conhecimentos
Ø A nova informação, relaciona-se com a anterior e é guardada na memória a
longo prazo.
Ø Depende da assimilação das atividades de aprendizado por parte do aluno.
Ø A personalidade e o significado do aprendizado depende dos recursos
cognitivos do aluno.
1.2 - Curva representativa da aprendizagem
Por ser a aprendizagem um processo contínuo e estarmos
permanentemente em um estado de aprendizagem, há porem uma curva
representativa da aprendizagem no desenvolvimento humano ela á ascendente na
infância; sobe rapidamente até a juventude, continua crescendo na idade adulta e
se estabiliza na maturidade para depois decrescer lentamente.
O declínio da curva se dá porque começa a haver um enfraquecimento
neuro-hormonal no indivíduo devido a este enfraquecimento certos indivíduos
envelhecem mais cedo, enquanto outros permanecem lúcidos até uma idade
muito avançada, como exemplo podemos citar Piaget que aos 80 anos ainda era
coordenador e orientador de trabalhos de uma equipe mundial de cientistas em
Genebra na Suíça.
Infância
Juventude
Maturidade
Velhice
Senilidade
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1.3 - Condições necessárias para aprendizagem
Seja qual for a teoria da aprendizagem considerada, existem pelo menos
sete fatores fundamentais para que ocorra a aprendizagem.
1) saúde física e mental
2) motivação
3) prévio domínio
4) maturação
5) inteligência
6) concentração de atenção
7) memória
Para ser capaz de aprender a criança deve apresentar um bom estado físico
geral, deve estar gozando de boa saúde com todos os órgãos dos sentidos
funcionando e seu sistema nervoso em funcionando perfeitamente bem.
1) motivação
O interesse é sem dúvida a mola propulsora da aprendizagem. O fato de
quem aprender garante à criança um maior sucesso na aquisição do
conhecimento.
2) Prévio domínio
O currículo oculto que a criança já traz de casa, a soma dos
conhecimentos, experiências e habilidades já vivenciadas no lar lhes dão uma
grande vantagem em relação aos colegas que não possuem.
3) Maturação
Chama-se maturação “o processo de diferenciações estruturais e funcionais
do organismo, levando a padrões específicos de comportamento”. (Gerson
Marinho Falcão, Psicologia da Aprendizagem, p.46).
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4) Inteligência
A criança deve ter a capacidade de assimilar e compreender as
informações que recebe, estabelecer relações entre elas, criar e inventar coisas
novas. Ser capaz de raciocinar com lógica na resolução de problemas.
5) Concentração ou atenção
A capacidade de deter a atenção em um determinado assunto é um fator
intelectual que interfere na aprendizagem. Dependerá de sua maior ou menor
capacidade de aprender o indivíduo se concentrar no objeto de conhecimento.
6) Memória
“A criança aprende por experiências concretas, através de seus sistemas
sensoriais. Todos esses sistemas se comunicam com o centro de aprendizagem,
através de seus centros nervosos localizados nos hemisférios cerebrais. Tudo
que é aprendido é transmitido a um outro centro nervoso: o da memória, onde
será guardado até que a criança tenha necessidade de utilizá-lo. Ela usará então
os conhecimentos anteriores já memorizados. A memória é um fator importante
no processo ensino-aprendizagem.” (Marcelo Edgard Drouet).
O único homem que educa é aquele que aprendeu como aprender: que aprendeu como se adaptar e mudar: que se capacitou de que nenhum conhecimento é seguro, que nenhum processo de buscar conhecimento oferece uma base de segurança. (Carl R. Rogers)
15
CAPÍTULO II
Pontuando as Inteligências
Existem várias definições sobre a inteligência. De acordo com a
Enciclopédia Britânica, “ela é a habilidade de se adaptar efetivamente ao
ambiente, seja fazendo uma mudança em nós mesmos ou mudando o ambiente
ou achando um novo ambiente”, não deixa de ser uma visão onde se incorpora o
aprendizado.
A inteligência é um processo multifatorial, pois engloba linguagem,
pensamento, memória, raciocínio, consciência (a percepção de si mesmo),
capacidade para aprendizagem e interação de várias modalidades sensoriais.
Sendo assim, “inteligência” tem sua origem na função de duas palavras latinas:
inter=entre e eligere=escolher, ou seja, ela é um produto de uma operação mental
que permite ao indivíduo resolver problemas, apontar a melhor opção para
solucionar uma dificuldade.
Felicidade é o estado de uma pessoa sem problemas, a pessoa que não
tem problemas ou que consegue resolver quando ele surge é uma é uma pessoa
feliz e se a inteligência é a faculdade de compreender ou resolver problemas,
então quanto mais inteligente nos tornamos, mais facilmente construímos a
felicidade. A escola tem participação especial no assunto, pois ela (a escola) é
uma “central estimuladora da inteligência”.
A criança vai a escola não somente para aprender, mas sim para “aprender
a aprender”, desenvolver suas habilidades e estimular suas inteligências.
Os professores que são somente transmissores de informações perdem
seus espaços, ao contrário dos que transformam a sua na mais importante das
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profissões, por sua missão de estimulador da inteligência e agente orientador da
felicidade.
2.1 – Inteligências Múltiplas
Existem áreas no cérebro que correspondem, pelo menos de maneira
aproximada, a determinados espaços de cognições. Embora seja difícil dizer qual
seriam essas áreas, cada área pode expressar uma forma diferente de
inteligência, de se responsabilizar pela solução específica de problemas ou
criação de produtos válidos para uma cultura.
Segundo Howard Gardner essa áreas seriam oito, desta forma o ser
humano teria a propriedade de oito pontos diferentes em seu cérebro onde se
abrigam diferentes inteligências múltiplas.
É bastante estimulantes para o ser humano a identificação de diversas
inteligências e as diferenças existentes entre o homem e a mulher quanto ao uso
deste ou daquele hemisfério cerebral.
Seriam elas as inteligências:
Ø Espacial (lado direito):
Abertura da janela dos 5 aos 10 anos. Aperfeiçoamento da coordenação
motora e a percepção do corpo no espaço. Regulação no sentido de
lateralidade e direcionalidade. (ver anexo) Habilidade de visualizar com
precisão formas e objetos em ângulos diferentes para utilizar e elaborar com
eficiência mapas, localizar com exatidão o mundo visual. Responsável por
certas partes da inteligência.
Estimulação através de exercícios físicos e jogos operatórios que explorem a
noção de direita, esquerda, em cima e embaixo.
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Ex.: Natação, Judô, alfabetização cartográfica, piloto de Fórmula I. Oscar
Niemayer.
Ø Lingüística ou verbal (lado esquerdo):
Abertura da janela do nascimento aos 10 anos. Conexão dos circuitos que
transformam os sons em palavras. As crianças precisam ouvir muitas palavras
novas, enriquecer o vocabulário, participar de conversas estimulante, construir
com palavras, imagens sobre composição com objetos, aprender quando
possível uma língua estrangeira. Habilidade de usar palavras oralmente ou na
escrita.
Ex.: Contadores de histórias, oradores, políticos, poetas, jornalistas, entre
outros.
Ø Sonora ou musical (lado direito):
Abertura da janela dos 3 aos 10 anos. As áreas do cérebro ligadas aos
movimentos dos dedos da mão esquerda são muito sensíveis e facilitam a
execução de instrumentos de corda.
Cantar junto com a criança e brincar de aprender a ouvir a musicalidade dos
sons naturais e das palavras são estímulos importantes como também,
habituar-se a deixar um CD no aparelho de som, com música suave, quando a
criança estiver comendo, brincando ou até mesmo dormindo. Habilidade de
escutar diferentes sons da música, da natureza e os fonemas lingüísticos. È o
lado da razão, cria através da música o controle da voz.
Ex.: Elis Regina, Compositores.
Ø Cinestésica corporal (lado esquerdo):
Abertura da janela do nascimento aos 5 ou 6 anos. Associação entre o olhar
um objeto e agarra-lo, assim como passagem de objetos de uma mão para
outra. Habilidade de demonstrar idéias e sentimentos através da expressão
corporal. O corpo que grava e age pelo cérebro se dá nos dois hemisférios.
Ex.: Jogadas de Ronaldinho.
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Estimulação: Desenvolver brincadeiras que estimulem o tato, o paladar e o
olfato.
Ex.: Simular situações de mímica e brincar com a interpretação dos
movimentos. Promover jogos e atividades motoras diversas.
Ø Intra e Interpessoal (lobo frontal):
Do nascimento a puberdade. O circuitos dos sistema límbico começam a se
conectar e se mostram muito sensíveis a estímulo provocado por outra pessoa.
Abraçar a criança carinhosamente, brincar bastante. Compartilhar de sua
admiração pelas descobertas. Mimos e estímulos na dosagem e na hora
correta são importantes
Interpessoal: habilidade de perceber nas outras pessoas estados diferentes de
ânimo, intenções, motivações se temperamento.
Ex.: professores, políticos.
Intrapessoal: capacidade de uma pessoa conhecer a si própria, suas forças, suas
limitações, controle das emoções.
Ex.: Nelson Mandela.
Ø Lógico Matemática (lobos panetais esquerdos):
De 1 a 10 anos. O conhecimento matemático deriva inicialmente das ações da
criança sobre os objetos do mundo (berço, chupeta, chocalho) e evolui para
suas expectativas sobre como esses objetos se comportarão em outras
circunstâncias. Acompanhar com atenção a evolução das funções simbólicas
para as funções motoras. Exercícios com atividades sonoras que aprimores o
raciocínio lógico-matemático. Estimular desenhos e facilitar a descoberta das
escalas presentes em todas as fotos e desenhos mostrados.
Ø Pictória (lado direito):
Do nascimento até 2 anos. É a função visual e, nesse curto período de dois
anos ligam-se todos os circuitos entre a retina e a área do cérebro responsável
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pela visão. Estimular a identificação de cores. Usar figuras, associando-as a
palavras descobertas.
Ex.: Brincar de interpretação de imagens, fornecer figuras de revistas e
estimular o uso das abstrações nas interpretações.
Ø Naturalista (lado direito):
Dos 4 meses aos 14 anos. Conexão de circuitos cerebrais que transformam
sons em sensações. Estimular a percepção da temperatura e do movimento do
ar e da água.
Ex.: Brincar de “descobrir” a chuva, o mar o vento.
As inteligências são independentes, por possuir uma, não significa não
poder ter outra.
“Não esconda seus talentos. Para o uso eles foram feitos. De que adianta um
relógio de sol na sombra?” Bem Franklin
2.2 – Desenvolvimento da inteligência segundo Piaget.
Segundo Piaget “a inteligência humana, somente se desenvolve no
indivíduo em função de interações sociais que são, em geral, demasiadamente
negligenciadas”. É de se estranhar, pois o que sabemos é que Piaget costuma
“desprezar” o papel dos fatores sociais no desenvolvimento humano. Na realidade,
Piaget não deteve somente sobre a questão da interação social, sobre o
desenvolvimento da inteligência.
A preocupação central de Piaget foi o sujeito epistêmico, ou seja, o estudo
dos processos de pensamento desde a infância até a fase adulta. Piaget
fragmenta as idades (estágios), ele se preocupa em como a criança aprende.
20
Passou a estudar o desenvolvimento cognitivo (enquanto desenvolvimento
mental) como processo, construindo seu próprio entendimento. Saiu da medição
quantitativa (Q.I.) para a qualitativa, respeitou todo e qualquer desenvolvimento da
criança.
Sua preocupação central dirigiu-se à elaboração de uma teoria de
conhecimento, que possa explicar como o organismo conhece o mundo. Piaget
considera que só o conhecimento possibilita ao homem um estado de equilíbrio
interno que o capacita a adaptar-se ao meio ambiente.
“no total equilíbrio de uma troca supõe: 1) um sistema comum de signos e definições, 2) uma conservação das proposições válidas obrigando aquele que as reconhece como tal e 3) uma reciprocidade de pensamento entre interlocutores.” (Piaget, 1992)
Para que esse equilíbrio ocorra é necessário interlocutores que cumpram
regras de um determinado tipo de reação social.
Para Piaget “ser social” é aquele que consegue se relacionar com seus
semelhantes de forma equilibrada.
Segundo Piaget não herdamos inteligência e sim um organismo que vai
amadurecer na interação com o meio ambiente que inclui aspectos físicos e
sociais.
Para observar como o pensamento das crianças se desenvolve, Piaget
observou seus próprios filhos.
Com base nessas observações conclui que determinadas faixas etárias
correspondem a determinados tipos de aquisição mental.
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São 4 grandes estágios: sensório motor (0-24 meses), pré-operacional (2-7
anos), operações concretas (7, 11, 12 anos), operações formais (12 anos em
diante).
“Ações, quer sejam elas individuais ou interpessoais, são essencialmente coordenadas e organizadas pelas estruturas operacionais que são espontaneamente construída no curso do desenvolvimento intelectual.”(Piaget, 1991, p.170)
Jean Piaget (1896-1980) nasceu na Suíça e foi autor de uma imensa obra.
Publicou mais de 50 livros e monografias. A sua formação inicial foi em biologia.
2.3 – Considerações do desenvolvimento cognitivo segundo Wallon.
Para Wallon afetividade e inteligência estão sincreticamente misturadas,
mas tudo surge com o predomínio da afetividade.
Segundo Wallon a afetividade não é apenas uma das dimensões do ser
humano ela é uma fase do desenvolvimento. O ser humano logo que saiu da vida
orgânica tornou-se um ser afetivo.
Na aquisição de cada desenvolvimento (afetivo, inteligência), há mais
reciprocidade do que diferenciação, a afetividade reflui para dar espaço à intensa
atividade cognitiva.
A partir daí a construção do ser humano será constituída por um processo
de momentos dominantemente afetivos ou dominantemente cognitivos, não
paralelos mais integrados. A afetividade depende, para evoluir, de conquistas
realizadas no plano da inteligência e vice-versa.
22
Para Wallon a idéia das fases da inteligência é bem familiar, sem menos
comum é a noção de etapas da afetividade.
Depois que a inteligência construiu sua função simbólica, a comunicação se
beneficia, alargando seu raio de ação. Ela se incorpora à linguagem primeiro oral
depois à escrita.
A construção da puberdade retorna ao primeiro plano. Surge então um tipo
de conduta que coloca as exigências racionais às relações afetivas: exigências de
respeito recíproco, justiça, igualdade de direitos etc. Quando não há interação tal
fato pode ser percebido como desamor, uma relação comum entre adolescentes e
seus pais.
Deve-se então concluir que a construção do sujeito e a do objeto se
integram, ou seja, se alimentam mutuamente, sendo assim inteligência e
afetividade pode ser transposto para o processo que se realiza entre o objeto e o
sujeito. A elaboração do conhecimento depende da construção do sujeito nos
quadros do desenvolvimento humano concreto.
Vale ainda ressaltar os seguintes aspectos sobre as inteligências múltiplas:
Ø Não somos todos iguais. Todo indivíduo, entretanto, é portador
de forças cognitivas específicas que o diversifica e o singulariza;
Ø Não temos com igual intensidade todos os tipos de inteligência
pois temos mentes diferentes. Nesse sentido, toda avaliação,
que busca comparar ou nivelar seres humanos apresenta-se
carregada de preconceitos.
Ø A educação funciona de modo mais eficiente se essas diferenças
forem levadas em consideração, se forças pessoais forem
23
reconhecidas e se pais e professores empenharem-se em
desenvolver projetos para efetivamente conhecer e estimular
mentes, descobrindo em que são efetivamente capazes.
Ø A essas proposições julgamos interessante acrescentar que um
estímulo às inteligências somente ganha sentido se promovido
através de um projeto, se estabelecido a partir de objetivos e
trabalhados com competência. Não se estimula inteligência
acidentalmente ou com ações esporádicas.
2.5 - Desenvolvimento da Inteligência segundo Vygotsky
Para Vygotsky o aprendizado é essencial para o desenvolvimento do ser
humano e se dá sobretudo pela interação social. Vygotsky acredita que o sujeito é
o processo o tempo todo, aí se dá a diferença para Piaget que fragmenta a idade
através dos estágios.
Segundo Vygotsky quatro etapas para o desenvolvimento:
- Filogênese: Define o desenvolvimento do psicológico do homem
- Ontogênese: desenvolvimento do ser
- Sociogênese: História da cultura a qual o sujeito está inserido, cada
cultura organiza o desenvolvimento psicológico de forma diferente
- Microgênese: Cada fenômeno psicológico tem sua própria história, entre
saber e não saber algo que se passou. É a porta aberta para o não
determinismo.Todo o grupo humano tem uma língua. A linguagem nasce como
forma de comunicação, o ato de nomear é o ato de classificar.
Para Vygotsky a primeira fala é socializada. Isto foi observado por Piaget
mais Vygotsky quem evidenciou que a linguagem é um instrumento d do
pensamento. Para ele a fala ocorre de fora para dentro. Segundo Vygotsky, o
24
aprendizado que promove o desenvolvimento cognitivo. A intervenção pedagógica
é essencial no desenvolvimento do sujeito.
2.5 – Ressaltando outros aspectos sobre as Inteligências Múltiplas.
Ø Não somos todos iguais. Todo indivíduo, entretanto, é portador de forças
cognitivas específicas que o diversifica e o singulariza;
Ø Não temos com igual intensidade todos os tipos de inteligência, pois temos
mentes diferentes. Nesse sentido, toda avaliação que busca comparar ou
nivelar seres humanos apresenta-se carregada de preconceitos.
Ø A educação funciona de modo mais eficiente se essas diferenças forem
levadas em consideração, se forças pessoais forem reconhecidas e se pais
e professores empenharem-se em desenvolver mentes, descobrindo em
que são efetivamente capazes.
Ø A essas proposições julgamos interessante acrescentar que um estímulo às
inteligências somente ganha sentido se promovido através de um projeto,
se estabelecido a partir de objetivos e trabalhados com competência. Não
se estimula inteligência acidentalmente ou com ações esporádicas.
CONCLUSÃO
A inteligência é um processo multifatorial, pois engloba várias modalidades.
A escola tem uma função primordial no assunto, pois a criança não vai somente a
escola para aprender e sim para desenvolver suas habilidades e estimular suas
inteligências.
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Inteligências estas que tem função específica de solucionar problemas.
Não podemos trabalhar do mesmo jeito com várias crianças, pois cada uma tem
sua maneira de aprender. Devemos respeitar a individualidade de cada
inteligência, criar estratégias para que elas se desenvolvam.
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CAPÍTULO III
COMO APLICAR AS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS NA
SALA DE AULA
Muitas pessoas olham para as oito inteligências citadas especialmente a
musical, cinestésica e a espacial e perguntam, porque Howard Gardner as
chamam de inteligências, e não talentos ou aptidões.
Gardner usou a palavra inteligência de forma muito consciente e intencional
pois as pessoas estão acostumadas a ouvir expressões como: “ele não é muito
inteligente, mas tem uma aptidão maravilhosa para a música”; desta forma ele
tenta descrever cada categoria.
Em uma entrevista ele disse: “estou sendo deliberadamente um pouco
provocativo se eu dissesse que existem oito tipos de competência, as pessoas
bocejariam e diriam: ‘sim, sim’. Ao chamá-las de ‘inteligências’, estou dizendo que
tendemos a colocar num pedestal uma variedade que chamamos de inteligência,
mas que na verdade existe uma pluralidade delas, e algumas são algo que jamais
consideramos como sendo uma ’inteligência’”. (Weireich – Haste, 1985, p.48).
Embora seja verdade que cada criança possui todas as oito inteligências e
pode desenvolvê-las em um nível bem elevado de competência, as crianças
existem em nos mostrar que já possuem essas “tendências” em inteligências
específicas desde tenra idade. Quando entram na escola elas já estabelecem uma
maneira de aprender que tendem a prevalecer por algumas linhas de inteligências
do que das outras.
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Educadores devem estar atentos nas inteligências mais desenvolvidas nos
alunos, para que a maior parte da aprendizagem possa ocorrer através das
inteligências preferidas por eles, desta forma o processo ensino-aprendizagem se
torna em momento prazeroso onde leva a criança em total motivação e
espontaneidade em potenciar.
Cada professor deveria ter um caderno à mão para registrar observações
deste tipo. A criança que está quase dormindo durante a apresentação lógica
pode ficar alerta quando começa a apresentação da mesma atividade em método
musical e pode voltar a se desligar se for cinestésica corporal por exemplo. Esses
declínios acendendo e apagando-se no decorrer do dia é tanto uma afirmação da
existência dessas inteligências.
Na educação infantil todo momento para a criança se torna prazeroso se
este momento for alegre, seguro e satisfatório, pois a sai do seu mundo, proteção
da mamãe, e começa a cativar sua própria independência este momento único
precisa ser bem explorado.
A música é presença constante na vida da criança pois já na vida uterina
algumas crianças começam a ter convivência com a melodia proporcionada pela
mamãe.
Toda criança gosta de ouvir música claro que respeitando sua
individualidade cada criança tem seu ritmo preferido e devemos respeitar.
“Não usemos a coação, deixemos que a educação inicial seja uma espécie de divertimento; desta forma, será mais fácil descobrir a inclinação natural de cada um”. (Platão, 1952, p.399).
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Por milhares de anos, conhecimentos foram transmitidos de geração em
geração por meio de músicas ou cânticos. Os educadores, todavia, demoraram
mais a reconhecer a importância da música na aprendizagem.
Todos nós temos milhares de jingles musicais comerciais na memória em
longo prazo, “Guanabara tudo por você” (campanha dos Supermercados
Guanabara), mas relativamente poucas músicas relacionadas à escola. Daí a
importância da criatividade e autonomia do professor. Enfatizar uma aula
expositiva, a idéia principal de uma história ou tema central de um conceito, e
colocá-los em formato rítmico.
“Hoje é Sexta-feira,
dia de alegria,
vou tomar um banho,
vou ver a minha tia”.
(Danielle)
Conteúdos explorados:
Ø Dia semanal (noção temporal;
Ø Higiene;
Ø Reconhecimento de um espaço que é seu (escola).
“Meu livrinho encantado
é ligeiro como vento
eu e ele viajamos,
mas é só no pensamento”. (Danielle)
Conteúdos explorados:
Ø imaginação;
Ø Cuidado com material.
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Convidar os alunos a criar canções, RAPS ou cânticos que apliquem
significativos de assuntos que estão estudando os faz avançar em um nível
superior da aprendizagem.
Há vinte e cinco anos, os pesquisadores em educação na Europa Oriental
descobriram que os alunos conseguiam gravar mais informações na memória se
escutassem a exposição de um conteúdo com um fundo musical. Os alunos
devem estar em um estado relaxado enquanto o professor dá as informações a
serem aprendidas ritmicamente (por exemplo, ortografias, fatos históricos).
Trabalhando encontros vocálicos:
Ø AU ⇒
“Vogal A entrou na roda
procurando a letra U,
saíram de mãos dadas
foram gritando por aí:
“AU – AU – AU”
“AU – AU – AU”
Cuidado com o cachorro pra não fugir”. (Danielle)
Ø OI ⇒
“Vogal O ficou doente
estava triste demais
encontrou a vogal I
não te solto jamais
OI, OI, OI, vou sorrir
OI, OI, OI, por aí.”
(Danielle)
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Ø UI ⇒
“Vogal U foi passear, ar, ar
e saiu, ui, ui, ui, por aí
i, i, encontrou, ou, ou, vogal i, i, i,
de mãos dadas formarão UI piui.
(Danielle)
Como também podemos trabalhar com datas comemorativas os ritmos
atuais como FUNK, samba, RAP e construirmos paródias, como:
Ø Festa no “APÊ” (Latino).
Alunos do Pré II (2005) na festa da mamãe, confeccionado pela professora
com participação dos alunos. Tema da festa “LUAU”.
“Hoje a festa é só da mamãe
pode aparecer, vai rolar
beijo lê lê
Hoje a festa é só da mamãe
tem suquinho pra você.
Pode vir, vamos lá, pra você
Vou cantar (2 x)
Olá prazer, somos o pré II
Emoção, por favor vem aqui e fique
Com a mamãe.
Tá bom, tá e bom
Mamãe mora no coração
31
Pra você, vou dizer,
Nosso amor é uma emoção.
(Danielle e alunos Pré II )
3.1 – MÉTODOS MUSICAIS DE DISCIPLINAS
Ø Encontrar seleções musicais que tratem do problema que o aluno está
enfrentando.
Ø Colocar músicas que reflitam o comportamento apropriado. Música
calma para criança agitada.
Ø Ensinar ao aluno a “tocar” sua música favorita em sua mente quando se
sentir fora de controle.
3.2 – Alguns Possíveis Materiais e Estratégias para Crianças com “Boas
Inteligências Musical e Interpessoal”. Assunto: Leitura
Ø O aluno pode fazer músicas usando novas palavras.
Ø O aluno pode jogar jogos de tabuleiros ou de cartas que requeiram
novas palavras.
Ø O aluno pode ler literatura infantil para outra criança.
“Se a única ferramenta que você tem e um martelo, tudo ao seu redor se parece com um prego.”
Abraham Maslow
3.3 – MÚSICA (breve histórico)
A música influencia todo o processo físico, intelectual e emocional. A
música integra o corpo, porque a música é feita, dita, tocada e cantada como
manifestação corporal. O ser humano quer música para descansar e elevar-se, a
música cativa a mente.
32
Já nos estratos mais antigos da Pré-histórica a dança e a música, nessa
etapa tão primitiva, tem uma função ritual e não apenas imitativa. Nos povos
primitivos, as manifestações musicais eram compreendidas de imediato pela
comunidade.
Essa condição da música como expressão da comunidade se modifica
quando surgem a monarquia e a aristocracia. A música deixa de ter caráter e
compreensão coletivos, deixa de ser uma expressão emocional, para transformar-
se em expressão de caráter estético.
Música, criação e emotividade são conceitos inseparáveis. A música pode
atuar como efeito “gatilho” ou “sugestão” de lembranças quando o que se ouve
remete ao passado. A música movimento mobiliza, e por isso contribui para a
transformação e para o desenvolvimento.
3.4 – A CRIANÇA E A MÚSICA
O ambiente assim como a presença da música no cotidiano das crianças
faz com que se inicie um processo de musicalização intuitiva, com a ajuda dos
adultos com cantigas de ninar, brincadeiras cantadas, com rimas faz com que a
criança reconheça o fascínio que tais jogos exercem. Encantados com que ouvem
elas tentam imitar e responder, tornando o momento significativo no
desenvolvimento afetivo e cognitivo.
O balbucio e o ato de cantarolar dos bebês tem sido objeto de pesquisas
que apresentam dados importantes, pois desta forma eles estão explorando
possibilidades vocais, e estabelecendo desde então, um jogo caracterizado pelo
exercício sensorial e motor com esses materiais.
33
Do primeiro ao terceiro ano de vida é um momento de grande aprendizado,
os bebês podem entoar um maior número de sons, explorar gestos sonoros como
bater palmas, pernas, pés, capacidade de correr, pular e movimentar-se
acompanhando uma música.
A partir dos três anos, aproximadamente os jogos com movimento se
tornam fonte de prazer, alegria e possibilidade efetiva para o desenvolvimento
motor e rítmico e cognitivo.
Começa então a evolução do registro, a criança memoriza um repertório
maior de canções e conta consequentemente com um “arquivo” de informações
referentes a desenhos melódicos e rítmicos que utiliza com freqüência nas
canções que inventa. Surge então um grande enriquecimento na ampliação do
seu vocabulário.
A música faz parte de um grande complexo no processo lingüístico de
desenvolvimento da linguagem, no qual tem etapas bem definidas que avançam
gradativamente.
Os instintos auditivos, visuais, táteis, olfativos e gustativos são os primeiros
estímulos a serem percebidos pela criança, portanto são estímulos sensoriais,
juntos eles formam a linguagem interna do indivíduo.
O trabalho com a música deve se organizar de forma a que as crianças
desenvolvam as seguintes capacidades:
Ø De 0 a 3 anos: ouvir, perceber e discriminar eventos sonoros
diversos, fontes sonoras e produção musical.
Ø De 4 a 6 anos: brincar com a música, imitar, inventar e reproduzir
criações musicais.
34
Ø Explorar e identificar elementos da música para se expressar,
interagir com os outros e ampliar seu conhecimento de mundo;
Ø Perceber e expressar sensações, sentimentos e pensamentos,
por meio de improvisações, composições e interpretações
musicais.
A organização dos conteúdos para o trabalho com música na educação
infantil deverá, acima de tudo, respeitar o nível de desenvolvimento das crianças
em cada fase bem como diferenças socioculturais entre grupos de crianças de
muitas regiões do país.
Os conteúdos deverão priorizar a possibilidade de desenvolver a
comunicação e expressão por meio dessa linguagem. O processo deve ser
contínuo e integrado que deve abranger a reflexão sobre a música como produto
cultural do ser humano torna-se importante forma de conhecer e representa o
mundo.
“Dê-me um peixe e eu terei comida por um dia. Ensina-me a pescar e eu terei comida por toda a vida.”
Provérbio CONCLUSÂO
A combinação de diversas inteligências forma as diferenças existentes nas
pessoas.
Devemos respeitar essas diferenças, porque as pessoas não têm os
mesmos interesses e habilidades, portanto, aprendem de modos diferentes.
O papel da escola seria identificar e desenvolver as diferentes inteligências
através de estímulos variados seja ele a música, os jogos, a dança, todos são
35
questões motivadores no processo ensino-aprendizagem, evitando assim o
fracasso escolar.
O aprendizado requer tempo de dedicação, recursos, estímulos e de
esforço.
“Devemos dar a todos o mesmo ponto de partida. Quanto ao ponto de chegada, isso depende de cada um.”
Mário Quintana
36
CAPÍTULO IV
PSICOPEDAGOGIA MUSICAL
“Cantar e cantar e cantar a alegria de ser um eterno aprendiz.”
(Gonzaguinha)
A música e o som, enquanto energia, estimulam o movimento interno e
externo no homem; impulsionam à ação e promovem nele uma multiplicidade de
condutas de diferente qualidade e grau.
Quando criança bem pequena atua como receptora de sons; reclama
chorando ou tapa os ouvidos. A criança em idade escolar não costuma o som da
música que ela mesma produz, grita quando canta e bate nos instrumentos, ao
invés de tocá-los.
O pré-adolescente não grita e até talvez preferisse não cantar. O pré-
adolescente sente e pensa globalmente. O adolescente põe na música – seja
como receptor ou como emissor – sua mente seu afeto. Também o adulto – tanto
o amador como o profissional – manifestam uma gama de reações específica
diante do som e da música. A conduta musical é complexa, uma vez que expressa
os diferentes aspectos ou elementos que concernem tanto ao objeto (música),
como ao sujeito (homem).
O aprendizado musical seria a síntese ou produto das condutas receptivo-
expressivas que envolvem o processo de musicalização. Para Piaget, “o afeto é o
principal impulso motivador dos processos de desenvolvimento mental da criança”.
37
4.1 - O Papel do Pisicopedagogo
“Educar-se na música é crescer plenamente e com alegria. Desenvolver sem dar
alegria não é suficiente. Dar alegria sem desenvolver tampouco é educar”.
(Violeta Hemsy 1988)
É sabido que em uma sociedade como a atual, em que a educação é
considerada fator de mobilidade social, o fracasso escolar de um indivíduo
promove sua desmoralização na própria escola, na família, na sociedade. Por
isso, é especialmente preocupante o fato de o principal problema enfrentado pelos
sistemas educacionais referir-se às dificuldades de aprendizagem de crianças e
adolescentes, como ocorre especialmente nos países subdesenvolvidos.
A Psicopedagogia clínica procura compreender de forma global e integrada
os processos cognitivos, emocionais, sociais, culturais, orgânicos e pedagógicos
que interferem na aprendizagem, a fim de possibilitar o resgate e o prazer de
aprender do educando.
Na relação com o aluno, o Psicopedagogo estabelece uma investigação
cuidadosa, que permite levantar uma série de hipóteses indicadoras das
estratégias capazes de criar a situação terapêutica que facilite uma vinculação
satisfatória mais adequada para a aprendizagem.
O Psicopedagogo também trabalha a postura, a disponibilidade a relação
com a aprendizagem, a fim de que o aluno torne-se agente de seu processo,
aproprie-se do seu saber, alcançando autonomia e independência para construir
seu conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta autovalorização.
Já a Psicopedagogia institucional assume um compromisso com a melhoria
da qualidade do ensino, expandindo sua atuação para o espaço escolar,
38
atendendo, sobretudo, aos problemas cruciais na educação do social. Na escola
o Psicopedagogo também utiliza um sistema específico de avaliação e estratégias
capazes de atender aos alunos em sua individualidade e de auxiliá-los em sua
produção escolar.
Cabe ainda ao Psicopedagogo assessorar a escola, alertando-a para o
papel que lhe compete, seja reestruturando a atuação da própria instituição junto a
alunos e professores, seja ainda redimensionando o processo de aquisição e
incorporação do conhecimento dentro do espaço escolar, sejam caminhando
alunos para outros profissionais.
Como assessor, o Psicopedagogo promove:
Ø O levantamento, a compreensão e a análise das práticas
escolares e suas relações com a aprendizagem;
Ø O apoio psicopedagógico a todos os trabalhados realizados no
espaço da escola;
Ø A ressignificação da unidade ensino/aprendizagem, a partir das
relações que o sujeito estabelece entre o objeto de conhecimento
e suas possibilidades de conhecer, observar e refletir, a partir das
informações que já possui;
Ø A prevenção de fracassos na aprendizagem e a melhoria da
qualidade do desempenho escolar. Esse trabalho pode ser em
diferentes níveis;
Ø A reconstrução dos seus próprios modelos de aprendizagem, de
modo que, ao se perceberem também como “aprendiz”, reveja
seus modelos de ensinantes;
Ø A identificação das diferentes etapas do desenvolvimento
evolutivo dos alunos e sua compreensão da relação com a
aprendizagem;
39
Ø O diagnóstico do que é possível ser melhorado no próprio
ambiente escolar e do que presa ser encaminhado para
profissionais fora da escola.
Ø A percepção de como se processou a evolução dos
conhecimentos na história da humanidade, para compreender
melhor o processo de construção de conhecimentos dos alunos;
Ø As intervenções para a melhoria da qualidade do ambiente
escolar;
Ø A compreensão da competência técnica e do compromisso
político presentes em todas as dimensões do sujeito.
Por isso a necessidade de um novo profissional em aprendizagem com a
formação psicopedagógica obrigatória a partir de um curso de pós-graduação,
capaz de desempenhar um papel específico na ação educativa. Estes
conhecimentos devem ser trabalhados por um conjunto de disciplinas que
contemple os aspectos acima citados e não os fragmente.
4.2 – Atividade Musical como Diagnóstico de Problemas
A música movimenta, mobiliza e por isso contribui para a transformação e
para o desenvolvimento.
Segundo Wilhems (1976) “cada um dos aspectos ou elementos da música
corresponde a um aspecto humano específico, ao qual mobiliza com exclusividade
ou mais intensamente. O ritmo musical induz ao movimento corporal a melodia
estimula a afetividade; a ordem ou a estrutura musical (na harmonia ou na forma
musical) contribui ativamente para afirmação ou para restauração da ordem
mental do homem”.
40
Essa qualidade – o poder mobilizador da música – constitui a base da
terapia musical.
Mas, além disso, a atividade musical mostra ou é indicativo de algo. Então,
que implicações tem a música usada como diagnóstico para educação musical? -
Toda atividade musical é uma atividade projetiva, algo que o indivíduo faz
mediante ao que se mostra; permite então a observação do profissional treinado
tanto os aspectos que funcionam bem para o indivíduo, como aqueles aspectos
mais incompletos ou em conflito, seus bloqueios, suas dificuldades.
Os dados do paciente colhidos em ficha orientadora são importantes para a
educação musical, pois assim o profissional poderá organizar sua estratégia,
elaborar seu plano de operações. ( Ver anexo ll )
Não apenas os motivos pessoais, físicos ou psíquicos incidem na
percepção musical, como em qualquer outro tipo de percepção, (quando estamos
mal, nos sentimos desligados, embora tenhamos as maiores aptidões e o melhor
ouvido do mundo), mas também os motivos externos. Esses fatos são realmente
positivos porque nos fazem ver a atividade musical como uma atividade realmente
humana. Uma pessoa que ama a música, que a idolatra, sofre se o seu ouvido
não funciona como ela gostaria. Isso significa que ela não sabe como se
proceder. E o pior é que ela não consegue entender o que está acontecendo.
Embora o ouvido funcione sem problemas específicos, uma vez que é
capaz de registrar diferentes fatos sonoros (uma batida, cadeiras arrastadas,
alguém que chama) quando se trata de reconhecer os sons de uma melodia, não
consegue fazê-lo porque o que realmente se encontra inibido é o funcionamento
mental em relação à música.
Ø Vejamos um caso:
41
Trata-se de uma mulher jovem (24 anos), com um ouvido excelente, com
uma grande capacidade de improvisação, sem problemas a nível musical, mas
com tremenda dificuldade de concentração e, como conseqüência de memória.
Não consegue fixar o que se escuta. E essa situação se prolonga por muito mais
tempo do que se costuma durar uma crise normal. Começa então a sentir-se
intranqüila e começa a afastar-se da música. Mais tarde irá se definindo em sua
relação com a música, ao mesmo tempo em que começam a afirmarem-se
diversos aspectos de sua personalidade.
Depois aparecerão outras crises (de amadurecimento muita criatividade),
mas se trata de anomalias periódicas que todas as pessoas experimentam em
diferentes épocas de suas vidas.
A música não pode ser vivida como um objeto independente porque não
podem surtir nada, nem sequer eles próprios, como autônomos e independentes.
Isso está vinculado a situações vividas e problemáticas infantis (sensações que
remontam às vezes aos primeiros anos de vida).
4.3 – Orientações Atuais da Pedagogia Musical
“Difícil e complicada a tarefa do pedagogo. Um duplo compromisso –
perante o homem e perante sua cultura – exige que viva no presente,
compartilhando e compreendendo o mundo exterior e as inquietações espirituais
de seus alunos, sem descuidar de sua ancestral missão, aquela que consiste em
preservar a cultura, rastreando no passado às essências vivas e resgatáveis
desse mesmo homem que hoje preocupa”.
(Violeta Hemsy, Fundamentos, Materiais e Técnicas da Educação Musical) O objetivo específico da educação musical é musicalizar, ou seja, tornar-se o indivíduo sensível e receptivo.
42
A relação com a música participa ativamente dos atributos sensíveis que
costumam caracterizar as relações entre os seres humanos: a música funcionaria,
assim como objeto “intermediário”.
Uma vez assegurado o vínculo, a música fará, por si só, grande parte do
trabalho de musicalização, penetrando no homem, rompendo barreiras de todo o
tipo, abrindo canais de expressão e comunicação a nível psicofísico, induzindo,
modificações significativas no aparelho mental dos seres humanos.
A arte musical liberta o homem de todo tipo de preconceitos que o impeçam
de chagar à conquista de uma liberdade individual mais completa e profunda.
Pôr em dia os processos pedagógicos na música é uma tarefa que se
realiza lentamente e tarda bastante para se generalizar. Desta forma, coexistem
na atualidade, as mais opostas e contraditórias técnicas e enfoques nos diferentes
meios em matéria de educação musical.
Na pedagogia, como na arte, a única constante é o movimento, a busca
interna e a exploração da realidade circundante. Sendo a música uma linguagem
eminentemente expressiva, é lógico que se dê ênfase especial ao aspecto afetivo
da participação. Entretanto, não deveríamos perder de vista a função primária que
cumpre o corpo como sede e origem dos processos psíquicos de toda índole.
CONCLUSÃO:
É fundamentalmente importante que todas as autoridades educacionais
sejam suficientemente lúcidas para poder resgatar uma vez mais a música e
colocá-la a serviço ativo da educação, ou seja, do desenvolvimento integral do
homem.
43
E para concluir uma reflexão pessoal: enquanto isso é nosso dever como
profissionais a serviço da educação ajudar a todos os professores, crianças e
jovens a resgatar a música para si mesmo e senti-la necessária.
Educar-se na música é crescer plenamente com alegria.
44
CONCLUSÃO
“Quem Canta Seus Males Espanta”, assim já dizia o ditado popular. A
música está condicionada a padrões aceitos por todos, contato corporal, a troca
de afeto ( tão necessários ao pleno desenvolvimento infantil ) ocorrem de forma
prazerosa e natural.
Este estudo pretende contribuir para os profissionais de educação e demais
pessoas que se interessam em minimizar os problemas de aprendizagem usando
a educação musical como ferramenta de trabalho.
Inicialmente precisou-se compreender o desenvolvimento da aprendizagem
pois esta tem uma função de ser abrangente, dinâmica existencial, de envolver
todas as situações da vida escolar do educando.
Apresentou-se algumas informações sobre inteligência como também a real
importância das inteligências múltiplas em sala de aula, como estimular a mesma,
pois as inteligências são independentes, por possuir uma não significa não
significa não poder ter outra.
A música estimula áreas do cérebro não desenvolvidas por outras
linguagens, como a escrita e a oral. Essas áreas não se interligam e se
influenciam. Sem a música, a chance é desperdiçada.
Com a turma descontraída fica mais fácil iniciar uma atividade.
É de fundamental importância despertar nos agentes que interferem neste
processo educacional a consciência da necessidade do seu comprometimento, se
está prática de inclusão da educação musical for adotada certamente se atingirá a
45
diminuição de “problemas”, basta que seja estabelecida uma parceria com seus
interesses voltado para este objetivo.
46
ANEXO 1
Um Pouco mais Sobre Aprendizagem ...
Ainda escuro quando acordou. Olhou para cima, e viu que as estrelas
brilhavam através do teto semidestruído.
“ Queria dormir um pouco mais “, pensou ele. Tivera o mesmo sonho da
semana passada, e outra vez acordara antes do final.
Levantou-se e tomou um gole de vinho. Depois pegou o cajado e começou
a acordar as ovelhas que ainda dormiam. Ele Havia reparado que, assim que
acordava, a maior parte dos animais também começava a despertar. Como se
houvesse alguma misteriosa energia unindo sua vida à vida daquelas ovelhas que
há dois anos percorriam com ele a terra, em busca de água e alimento.
“ Elas já se acostumaram tanto a mim que conhecem meus horários”, disse
em voz baixa. Refletiu um momento, e pensou que podia ser também o contrário:
ele que havia se acostumado ao horário das ovelhas.
Havia certas ovelhas, porém, que demoravam um pouco mais para
levantar. O rapaz acordou uma a uma com seu cajado, chamando cada qual pelo
seu nome. Sempre acreditava que as ovelhas eram capazes de entender o que
ele falava. Por isso costumava às vezes ler para elas os trechos de livros que o
haviam impressionado, ou falar da solidão e da alegria de um pastor no campo, ou
comentar sobre as últimas novidades que via nas cidades por onde costumava
passar.
47
ANEXO 2
QUESTIONÁRIO
FICHA ORIENTADORA PARA A OBSERVAÇÃO DA CONDUTA MUSICAL
HISTÓRIA INDIVIDUAL
– Dados pessoais (nome, sexo, idade, estado civil).
– Pais, irmãos, parentes músicos.
– Estudos musicais realizados: quais? quando? onde? com quem? durante quanto
tempo?
– Estudos gerais: primário, secundário, universitário, especiais, idiomas, artes,
trabalhos manuais etc.
– Ocupação: trabalha? estuda? ensina? o quê? onde?
– Preferências musicais (e outros dados importantes com relação a elas).
– Lembranças relacionadas com as preferências musicais (infância, adolescência
etc.)
– Observações ou dados significativos (ambiente cultural, nível sócio-econômico
familiar etc.).
RECEPÇÃO MUSICAL
1. Estimulação - Motivação
1. Interesse
2. Atenção
3. Concentração
4. Memória
2. Tendência predominante em relação ao
A. Objeto (aspecto ou traço musical que o sujeito capta preferencialmente).
1. Timbre.
48
2. Ritmo.
3. Melodia.
4. Harmonia.
5. Estrutura formal.
6. Estilo.
7. Obra estética.
8. Não há traço dominante (integração).
B. Sujeito (aspectos ou níveis individuais comprometidos na recepção).
1. Sensorialidade (discrimina qualidades sonoras).
2. Motricidade (move-se).
3. Afetividade (aprecia, goza, escolhe).
4. Inteligência.
5. Não há traço dominante (integração).
II. EXPRESSÃO MUSICAL
1. Nível de externalização
Ø Manifesta.
Ø Latente
2. Via ou meio de expressão
A. Voz (registro – afinação – tônus muscular – técnica – comunicação).
B. Corpo (postura – tônus muscular – técnica – comunicação).
C. Instrumento (postura – tônus muscular – técnica – comunicação).
3. Tendência predominante em relação ao
A. Objeto (aspecto ou traço musical que o sujeito expressa preferencialmente).
1. Sentido tímbrico (sonoro).
2. Sentido rítmico.
3. Sentido melódico.
49
4. Sentido harmônico.
5. Sentido estrutural.
6. Sentido estético.
7. Não há traço dominante (integração).
B. Sujeito (aspectos ou níveis individual comprometido na expressão).
1. Sensorialidade.
2. Motricidade.
3. Afetividade.
4. Inteligência.
5. Sociabilidade.
6. Não há traço dominante (integração)
4. Características gerais
1. Sensibilidade.
2. Imaginação.
3. Criatividade.
4. Estereotipia
5. Capacidade de jogo.
6. Integração de campos expressivos.
7. Comunicação.
III. APRENDIZAGEM
(como equilíbrio do processo de recepção-expressão)
1. Características gerais
1. Atitude diante da possibilidade de realizar novas experiências.
2. Organização mental: atividade consciente, clareza e organização conceitual,
disciplina.
3. Memória: conservação da experiência musical.
50
2. Capacidades manifestadas (habilidades, técnicas, destrezas)
1. Capacidade de imitar.
2. Capacidade de interpretar.
3. Capacidade de aprender por si mesmo.
4. Capacidade de progredir.
5. Capacidade de superar erros.
6. Capacidade de transmitir experiências (capacidade pedagógica).
7. Capacidade de verbalizar processos e dificuldades.
8. Capacidade de compreender estruturas (global, detalhes).
9. Capacidade de relacionar, integrar, transferir conhecimentos e experiências.
3. Leitura e escritura
1. Nível de compreensão: global, de detalhes.
2. Rapidez
3. Eficácia.
4. Repertório musical (ativo-passivo)
- Gostos e preferências: autores – estilos – épocas – gêneros – países.
5. Observações
- Outras características pessoais que possam ser consideradas de
interesse.
RELAÇÃO PESSOAL
(excelente, muito boa, regular, insatisfatória, permanente, flutuante)
1. Com a música.
2. Com o instrumento.
3. Com o professor.
4. Com os companheiros.
51
PERSONALIDADE
1. Condições gerais de habilidade, sensibilidade, inteligência.
2. Capacidade de seguir, guiar, adaptar-se.
3. Prestígio no grupo.
4. Vocação (grau de intensidade na tendência para o objeto ou atividade
escolhida).
52
ANEXO 3
Atividades Extras
53
BIBLIOGRAFIA ANTUNES, Celso. Inteligências Múltiplas. São Paulo. Papirus. 2003
ARMSTRONG,Thomaz .Inteligências Múltiplas em sala de Aula. Porto Alegre. Art
Méd,2001.
BOSSA, Nádia. A Psicopedagogia no Brasil. Contrbuições a Partir da Prática. Art
Méd.
DROUET, Ruth. Distúrbios da Aprendizagem. São Paulo.Ática,2001.
FREGTMAM, Carlos. Corpo, Música e Terapia. São Paulo. Cultrix,1989.
HEMSY, Violeta. Estudos de Psicopedagogia Musical. São Paulo. Summus 1988.
MEC/SEF, Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de educação
Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil,
v3.Brasília 1998.
WEISS, Maria. Psicopedagogia Clínica. Uma Visão dos Problemas de
Aprendizagem Escolar. DPe A.
YVES,de Lataille. Piaget, Vygotsky, Wallom. Teorias Psicogenéticas em
Discussão. Summus Editorial.
54
ÍNDICE
INTRODUÇÃO 01
CAPÍTULO I 03
DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM 03
1.1 - Aprendizagem Significativa 05
1.2 -Curva representativa da aprendizagem 06
1.3 - Condições necessárias para aprendizagem 07
CAPÍTULO II 10
PONTUANDO AS INTELIGÊNCIAS 10
2.1 – Inteligências Múltiplas 13
2.2 – Desenvolvimento da inteligência segundo Piaget 15
2.3 - Desenvolvimento da Inteligência segundo Wallom 17
2.4 – Desenvolvimento da Inteligência segundo Vygotsky 18
CAPÍTULO III 20
COMO APLICAR AS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS EM SALA DE
AULA 20
3.1 – Métodos Musicais de Disciplina 25
3.2 - Estratégias para desenvolver Inteligência Musical e interpessoal 25
3.3 - Música (breve histórico ) 25
3.4 - A Criança e a Música 26
CAPÍTULO IV 30
PISICOPEDAGOGIA MUSICAL 30
4.1- Papel do Psicopedagogo 31
4.2 – Atividade Musical como Diagnóstico de problemas 33
4.3 – Orientação Atuais da Pedagogia Musical 35
CONCLUSÃO 38
ANEXO 1 40
ANEXO 2 41
55
ANEXO 3 46
BIBLIOGRAFIA 47
ÍNDICE 48