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8/19/2019 Tratamento de Estrias
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SEÇÃO I
1 HISTOLOGIA
1.1 - Tecido epitelial
Classificado em duas categorias: tecidos de revestimento e tecido
glandular. Os tecidos epiteliais so formados por c!lulas "ustapostas# com uma
$uantidade m%nima de su&stancia intercelular. 'les formam uma &arreira $ue
reco&re as superf%cies do corpo e o revestimento dos tu&os e ductos $ue se
comunicam com a superf%cie (G)I**O e G)I**O# +,,.
Os tecidos so constitu%dos por c!lulas e por matri/ e0tracelular ('C.
A 'C ! composta por muitos tipos de mol!culas# algumas das $uais soaltamente organi/adas# formando estruturas comple0as como as fi&rilas de
col2geno e mem&ranas &asais na camada da derme (3)45)'I*A e
CA*4'I*O# +,16.
)ma das propriedades dos tecidos epiteliais ! a capacidade de coeso
entre as tecidos# $ue atrav!s das "un78es celulares unem as &ordas das
c!lulas# formando camadas celulares cont%nuas# revestindo superf%cies e
cavidades do corpo (3)45)'I*A e CA*4'I*O# +,16.Segundo Guirro e Guirro (+,, a nutri7o do tecido epitelial ! feita por
difuso dos nutrientes atrav!s da mem&rana &asal# $ue ! a cone0o do tecido
con"untivo. 9ois os vasos sangu%neos# com raras e0ce78es para $ue o o0ignio
e os nutrientes possam c;egar as suas c!lulas# elas devem se difundir pela
su&st
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Os epit!lios so tecidos# cu"as c!lulas tm vida limitada# catalogados
como tecidos l2&eis# ocorrendo continua renova7o de suas c!lulas# gra7as a
uma atividade mit=tica continua (G)I**O e G)I**O# +,,.
1.1.1 - 'pit!lios de revestimento
4os epit!lios de revestimento as c!lulas se disp8em em fol;etos $ue
co&rem a superf%cie e0terna do corpo# ou $ue revestem as cavidades internas.
(3)45)'I*A e CA*4'I*O# +,16.
1.1.+ - 'pit!lios glandulares
Os epit!lios glandulares so constitu%dos por c!lulas especiali/adas naatividade de secre7o. As c!lulas epiteliais glandulares podem sinteti/ar
arma/enar e eliminar prote%nas# lip%dios# ou comple0os de car&oidrato e
prote%na. (3)45)'I*A e CA*4'I*O# +,16.
1.+ - Tecido con"untivo
> o termo aplicado a um tipo &2sico de tecido de origem mesod!rmica
$ue fornece sustenta7o estrutural e meta&=lica para os outros tecidos e
=rgos por todo o corpo. O tecido con"untivo usualmente cont!m vasos
sangu%neos e ! o mediador da troca de nutrientes# meta&=licos# produtos de
e0cre7o entre os tecidos e o sistema circulat=rio. ' atualmente ! mais
apropriado usar a e0presso tecido de sustenta7o (9'*'I*A# +,,?.
@iferente de outros tecidos (epitelial# muscular e nervoso# $ue so
formados principalmente por c!lulas# o principal constituinte tecido con"untivo !
a matri/ e0tracelular. A matri/ e0tracelular consiste em diferentes com&ina78es
de prote%nas fi&rosas e de su&st
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O material intercelular do tecido con"untivo ! formado por su&st
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Tecido Con"untivo @enso - '0iste predomin
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1.+.6 Bi&ras do tecido de con"untivo
Segundo 3un$ueira e Carneiro (+,16# as fi&ras do tecido con"untivo so
formadas por prote%nas $ue se unem formando estruturas mais alongadas. Os
trs tipos principais de fi&ras do tecido con"untivo so as col2genas# as
reticulares e as el2sticas. As fi&ras do sistema el2stico apresentam
caracter%sticas funcionais vari2veis# podendo oferecer resistncia ou
elasticidades aos tecidos.
1.+.6.1 - Bi&ras col2genas
As fi&ras col2genas so as mais fre$uentes do tecido con"untivo# sendo
constitu%das por uma escleroprote%na denominada col2geno# $ue proporciona o
arca&ou7o e0tracelular para todos os organismos pluricelulares (G)I**O e
G)I**O# +,,# p. F.
@e acordo com Guirro e Guirro (+,,. O col2geno# $ue ! a prote%na
mais a&undante do corpo ;umano# representa 6, do total das prote%nas. 'sta
prote%na apresenta apro0imadamente , do peso total de pele seca.
'ntretanto 3un$ueira e Carneiro (+,16 afirma $ue o col2geno ! o tipo mais
a&undante de prote%na do organismo# e essa prote%na representa 6, do seu
peso seco.
O col2geno tem como fun7o fornecer resistncia e integridade
estrutural a diversos tecidos e =rgos# sendo $ue para se romper uma fi&ra de
col2geno de 1 mm de di
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original# to logo interrompem as for7as $ue causam deformidades. ' tam&!m
suportam grandes tra78es.
1.+.6.6 - Bi&ras *eticulares
So fi&ras unidas umas as outras# $ue se disp8e formando uma
estrutura semel;ante a uma rede. 'stas fi&ras com fre$uncia formam o
arca&ou7o interno (estroma das gl
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$ue impede o contato com os componentes org
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diferenciada na palma das mos e planta dos p!s# 2rea su"eita J constante
presso e fric7o (G)I**O ' G)I**O# +,,.
@e acordo com Guirro e Guirro (+,,# a epiderme ! em geral descrita
como constitu%da de $uatro ou cinco camadas ou estratos# devido ao fato da
camada lMcida estar ou no inclu%da# sendo o&servada em determinadas
amostras de pele espessa.
1..1 - Camada &asal ou germinativa
> a camada respons2vel pela constante renova7o da epiderme#
fornecendo c!lulas para su&stituir a$uelas $ue so perdidas na camada c=rnea
(G)I**O ' G)I**O# +,,.
@e acordo com Guirro e Guirro (+,,# ! a camada mais profunda# gera
novas c!lulas e apresenta intensa atividade mit=tica. Segundo 3un$ueira e
Carneiro (+,1+# ficam sendo respons2vel# "unto com a camada seguinte
(camada espin;osa# pela constante renova7o da epiderme. 9resume-se $ue
a epiderme ;umana se renova a cada 1 a 6, dias# dependendo
principalmente da idade ou do local de cada pessoa.
9ereira (+,,?# di/ $ue a atividade mit=tica nesta camada fornece um
suprimento continuo de novos $ueratin=citos para su&stituir os $ue so
perdidos pelo desgaste normal. So encontrados nesta camada os
melan=citos# respons2veis pela s%ntese e pela li&era7o do pigmento castan;o
melanina# $ue ! o principal respons2vel pela cor da pele.
Tem como fun7o fa/er a renova7o da epiderme# reali/ando uma troca
cont%nua de c!lulas (OLIN'I*AK DO*G'S# +,,.
1..+ - Camada espin;osa
As c!lulas dessa camada possuem em sua estrutura um aspecto
espin;oso# respons2vel pela denomina7o dessa camada. Suas c!lulas tem
importante fun7o na manuten7o da coeso das c!lulas da epiderme e#
conse$uentemente# na resistncia ao atrito (G)I**O e G)I**O# +,,.
@e acordo com 9ereira (+,,?# possui gr
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desempen;am um papel importante na forma7o da &arreira $ue
impermea&ili/a a epiderme contra a 2gua.
1..6 - Camada granular A camada granulosa ! formada por c!lulas $ue "2 esto em franca
degenera7o# cu"os sinais so os gr
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Tem espessura muito vari2vel e ! constitu%da por c!lulas ac;atadas#
mortas e sem nMcleo. O citoplasma dessa c!lula apresenta-se repleto de
$ueratina (3)45)'I*A e CA*4'I*O# +,1+.
1. - @erme
Segundo Guirro e Guirro (+,, a derme ! uma grossa camada de
tecido con"untivo# ! encontrada so&re a epiderme# ligando esta com a
;ipoderme. ' de acordo com 3un$ueira e Carneiro (+,1+# a derme apresenta
espessura vari2vel de acordo com a regio o&servada. So constitu%das por
vasos linf2ticos e sangu%neos# nervos# fi&ras el2sticas# reticulares e col2genas
e gl a camada mais pr=0ima da superf%cie# estando locali/ada a&ai0o da
epiderme se alongando com as papilas d!rmicas. Constitu%da de tecido
conectivo folgado# com fi&rilas de col2genos e fi&ras el2sticas $ue a"udam a
tornar presa a derme na epiderme (OLIN'I*AK DO*G'SK +,,. > delgada#$ue se inserem por um lado na mem&rana &asal e pelo outro penetram
profundamente na derme (3)45)'I*A e CA*4'I*O# +,1+.
Sua designa7o ! dada# por$ue as papilas d!rmicas so as partes mais
importantes# aumentando assim 2rea de contato derme e epiderme# tra/endo
maior resistncia J pele. N2rias papilas contm alas capilaresK outras contm
receptores sensoriais $ue vo reagir a est%mulos e0ternos# como presso e
mudan7a de temperatura (G)I**O ' G)I**O# +,,.
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1..+ - Camada *eticular
Segundo Guirro e Guirro (+,,. > a camada mais espessa# constitu%da
por tecido con"untivo denso# e ! assim denominada devido ao fato de $ue os
fei0es de fi&ras col2genas $ue comp8e entrela7am-se em um arran"osemel;ante a uma rede. Am&as as camadas cont!m muitas fi&ras el2sticas#
respons2veis# em parte# pelas caracter%sticas de elasticidade da pele.
Al!m dos vasos sangu%neos# linf2ticos# e dos nervos# tam&!m so
encontradas na derme as seguintes estruturas# derivadas da epiderme: fol%culo
piloso# gl dividida em duas camadas# derme reticular profunda# na $ual temos
grande parte das fi&ras estruturais da derme e col2genas# al!m da "un7o entre
a derme e a ;ipoderme e a derme reticular superficial (COSTA# +,16.
'0istem trs tipos de les8es d!rmicas importantes $ue apresentam
diferentes altera78es nas fi&ras el2sticas e col2genas na su&stancia
fundamental amorfa e nos fi&ro&lastos. Les8es# estria atr=fica# senilidade e
cicatri/ (G)I**O ' G)I**O# +,,# p. 1.
1.? - Hipoderme
Segundo 3un$ueira e Carneiro (+,16# a ;ipoderme ! formada per tecido
con"untivo frou0o# $ue une de maneira no muito firme a derme aos =rgos $ue
se encontram por &ai0o. > a camada $ue fica respons2vel pelo desli/amento
da pele so&re as estruturas nas $uais ela se apoia. @ependendo da regio e do
grau de nutri7o do organismo# pode ter uma camada vari2vel de tecido
adiposo $ue# $uando desenvolvida# constitui o pan%culo adiposo. O pan%culo
adiposo ! o $ue modela o corpo# ! uma reserva de energia e tam&!m a"uda na
prote7o contra o frio.
A ;ipoderme conecta frou0amente a pele e a f2scia dos mMsculos
su&"acentes# o $ue permite aos mMsculos contra%rem-se sem repu0ar a pele
(G)I**O ' G)I**O# +,,.
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+ - *'9A*O @OS T'CI@OS: BAS' @A CICAT*IPAQAO
+.1 - *eparo dos tecidos
A regenera7o ! um processo complicado# contudo ! essencial sem o
$ual o corpo seria incapa/ de so&reviver. 'nvolvem a78es integradas das
c!lulas# matri/ e mensageiros $u%micos e visa restaurar a integridade do tecido
de maneira r2pida. A regenera7o ! um mecanismo ;omeost2tico para
restaurar o e$uil%&rio fisiol=gico e pode ser iniciada como resultado da perda de
comunica7o entre c!lulas ad"acentes# entre c!lulas e seu suporte ou por
morte celular (RITCH'4# +,,6.O processo de regenera7o# $ue é comum a todos as tecidos corporais#
e dividido em trs fases# $ue sero vistas a seguir:
+.1.1 Base inflamat=ria
Guirro e Guirro (+,,# di/ $ue a fase inflamat=ria ocorre logo ap=s a uma
leso# e tem como finalidade de remover os tecidos desvitali/ados# ocorre pela
migra7o de linf=citos# mediadores $u%micos# neutr=filos e posteriormente os
macr=fagos# $ue ! a c!lula mais importante nessa fase# e $ue tem a fun7o de
remover e degradar os elementos $ue foram pre"udicados. ' ainda secretam
agentes $uimiot2ticos $ue iro atrair para o local da leso outras c!lulas
inflamat=rias $ue pre"udicaro ainda mais a permea&ilidade dos microvasos e
fagocitam &act!rias.
+.1.+ Base proliferativa
> nessa fase $ue fica respons2vel pelo fec;amento da leso e !su&dividida em trs su&fases. A reepiteli/a7o ! a primeira fase ! nela $ue os
$ueratin=citos das &eiradas da ferida e dos ane0os epiteliais vo migrar. A
fi&roplasia ! a segunda fase onde acontecer2 forma7o de elastina e col2geno.
A angiognese ! a Mltima fase e nela acontecer2 a forma7o de um novo tecido
devido J forma7o dos novos vasos# pois os mesmos deram um suporte
necess2rio (A4@*A@'K LIAK ALD)5)'*5)'# +,1,. 9ossui uma dura7o
de trs dias a trs semanas (LIA ' 9*'SSI# +,,.
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O tecido de granula7o ! formado durante a fase proliferativa. 'ssa !
uma estrutura tempor2ria $ue se desenvolve ap=s um per%odo de alguns dias e
compreende neomatri/# neovasculatura# macr=fagos e fi&ro&lastos (RITICH'4#
+,,6.
+.1.6 - Base de remodelamento
Segundo Guirro e Guirro (+,, > a terceira e Mltima su&fase# $ue !
respons2vel pela su&tra7o da cicatri/ e pelo aumento da for7a tnsil. Ocorre
devido a su&stitui7o do col2geno tipo 6 $ue com o passar do tempo vai sendo
degradado# em col2geno tipo 1 $ue vai aumentando devido a a7o dos
fi&ro&lastos. Al!m dessa mudan7a dos tipos de col2geno# ocorre tam&!m a
organi/a7o delas.
O remodelamento da matri/ de tecido imaturo come7a $uase ao mesmo
tempo em $ue ocorre a forma7o do novo tecido# em&ora esse se"a
normalmente considerado como parte da terceira fase de regenera7o. A matri/
$ue est2 presente neste est2gio ! gradualmente su&stitu%da e remodelada J
medida $ue o tecido cicatricial amadurece (RITCH'4# +,,6. ' de acordo com
Andrade# Lima e Al&u$uer$ue (+,1, essa fase dura de ? meses a + anos.
+.+ - Batores $ue influenciam no reparo dos tecidos
Segundo Guirro e Guirro (+,, e0istem alguns fatorem $ue aca&am
influenciando no reparo dos tecidos# so eles: A idade avan7ada# $ue promove
um atraso na fi&roplasia e colageni/a7o. A desnutri7o proteica $ue apresenta
um efeito destruidor so&re a repara7o# uma ve/ $ue a pr=pria s%ntese de
col2geno se ini&e. Os corticosteroides ini&em o processo reparador aosuprimirem o processo inflamat=rio# ou atrav!s da esta&ili/a7o das
mem&ranas lisossomais# &lo$ueando a li&era7o de en/imas proteol%ticas# ou
atrav!s de fatores de permea&ilidade necess2rios para a resposta inflamat=ria.
4os dia&!ticos# a insulina parece interferir no desenvolvimento da resposta
inflamat=ria pela sua capacidade de diminuir a imunidade celular. 'stes
indiv%duos so mais vulner2veis a invaso &acteriana e a retardos da
cicatri/a7o. ' o ;ormnio de crescimento $ue favorece a resposta
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inflamat=ria# so&retudo a atividade fi&ro&l2stica e a forma7o e deposi7o de
col2geno.
6 - Atrofia Linear Cut
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reflete imediatamente na pele na cor vermel;a claro# e em seguida a rea7o do
organismo fa/ com $ue a atrofia linear cut
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el2sticas enoveladas e algumas rompidas# com col2geno desorgani/ado e os
ane0os da pele desorgani/ados. (LIA ' 9*'SSI# +,,.
4a gravide/ ;2 v2rias altera78es ;ormonais# manifesta78es cut
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Guirro e Guirro (+,, di/ $ue os surgimentos dos sintomas iniciais so
vari2veis# sendo $ue os primeiros sinais cl%nicos podem ser caracteri/ados por:
prurido# dor (em alguns casos# erup7o papular plana e levemente eritomatosa
(rosada as estrias so denominadas nessa fase inicial de ru&ras (estriae
ru&rae. 4a fase seguinte onde o processo de forma7o "2 est2 praticamente
esta&elecido# as les8es tornam-se es&ran$ui7adas# $uase nacaradas# sendo
denominada nesta fase de estria al&a (estriae al&ae.
6. - Incidncia
As estrias atr=ficas so encontradas em am&os os se0os# com
predomin
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Guirro e Guirro (+,, di/ $ue $uando as fi&ras da derme foram
e0aminadas no microsc=pio de polari/a7o# foi encontrado um rompimento nas
fi&ras da derme# com uma desarmonia das fi&ras col2genas. 4o arran"o normal
as fi&ras col2genas so &ril;antes# pois so &irrefringentes no ocorre nas
estrias# pois uma ve/ $ue elas se apresentam desorgani/adas#
conse$uentemente no refletem lu/.
6. - 'tiologia
Sua etiologia ! &astante controversa# sendo essas as trs teorias $ue
tentam "ustific2-la:
6..1 - Teoria mec
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tifo# fe&re reum2tica# ;ansen%ase e outras infec78es (G)I**O ' G)I**O#
+,,.
- CA*DOVIT'*A9IA
@e acordo com Dorges (+,1,. A ;ist=ria do uso da car&o0iterapia
iniciou-se na d!cada de 16,# na 'sta7o T;ermal de *oUat# na Bran7a# onde
era denominada como uma terapia com g2s car&nico. A car&o0iterapia c;egou
ao Drasil no inicio desse s!culo e foi direcionado J 2rea de est!tica (gordura
locali/ada# celulite# flacide/ e estria. Atualmente# tam&!m ! utili/ada como
coad"uvante no tratamento de cicatri/es inest!ticas.
Caracteri/a-se pelo uso teraputico do g2s car&nico medicinal com
# de pure/a administrado de forma su&cut
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Com o desenvolvimento de um e$uipamento capa/ de controlar o flu0o
in"etado por minuto e o volume total in"etado# possi&ilitou a aplica7o da
car&o0iterapia e seu recon;ecimento teraputico nos pa%ses da 'uropa#
principalmente It2lia e Bran7a# onde ! recon;ecida para uso em SaMde 9M&lica
(WO*THI4GTO4 ' LO9'P# +,,?.
A utili/a7o da Car&o0iterapia para fins est!tico-funcionais por
fisioterapeutas# ap=s anos de discusso e a"ustes de seguran7a# este ano o
COBBITO pu&licou o acordo nX+6E+,1+ $ue regulari/a a pr2tica da
Car&o0iterapia por profissionais fisioterapeutas# desde $ue so& algumas
condi78es: apresentar documentos $ue comprovem a devida ;a&ilita7o para
atuar com a t!cnica# ter conclu%do curso te=rico-pr2tico de primeiros socorros#
ter contrato com servi7o de emergnciaEurgncia $ue garanta a remo7o do
cliente para unidades especiali/adas e aplicar princ%pios de &iosseguran7a no
local de tra&al;o (COBBITO# +,1+.
- @i=0ido de car&ono (CO+
@esco&erto pelo escocs 3osep; Dlac# em 1# o g2s car&nico
desempen;a um papel importante na fisiologia respirat=ria e sangu%nea (trocasrespirat=rias e manuten7o do e$uil%&rio 2cido-&2sico (DO*G'S# +,1,
A utili/a7o da teraputica atrav!s de g2s car&nico iniciou-se nos anos
6, na Bran7a. Trata-se de um g2s at=0ico $ue ! encontrado no meta&olismo
celular normalmente como um intermedi2rio (A@*)GA# +,1+.
4o in%cio da d!cada de trinta# o&serva78es na Bran7a constataram $ue
um simples &an;o com 2guas saturadas em di=0ido de car&ono (CO+#
mel;orava a sintomatologia em portadores de doen7as inflamat=rias e
is$umicas# provavelmente por aumentar a circula7o local. 9osteriormente#
verificou-se $ue a infiltra7o percut
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organismo diariamente em grandes $uantidades e eliminado pelos pulm8es
durante a respira7o (SCO*PA ' DO*G'S# +,,F.
O di=0ido de car&ono ! produ/ido naturalmente pelas c!lulas em nossos
corpos cada dia de nossa vida. Segundo Dorges (+,1, $uando o sangue sai
do cora7o# camin;a pelas art!rias (sangue arterial carregado de o0ignio e o
distri&ui nas c!lulas. onde ocorre uma troca gasosa entre o O+ e o CO+# @essa
forma# o sangue retorna ao cora7o pelas veias (sangue venoso carregado de
CO+. 'ste# por fim# ser2 levado at! os pulm8es por onde ser2 e0pelido na
respira7o.
Devido ao seu alto poder de diusão" este g$s - rapidamente
a,sorvido e eliminado" cando apenas o eeito vasodilatador" o uereduz o risco de em,olia gasosa atal (SCO*PA ' DO*G'S# +,,F.
A $uantidade de g2s car&nico transportada no sangue venoso at! os
pulm8es ! cerca de +,, mlEmin no adulto em repouso# mas pode aumentar em
1, ve/es durante o e0erc%cio f%sico (SCO*PA ' DO*G'S# +,,F
'm uma cita7o feita por Barias e ei"a (+,1 di/ $ue infuso do CO+
ativa a microcircula7o local# mel;ora a nutri7o celular e elimina to0inas# redu/
o processo inflamat=rio mel;orando a $ualidade dos tecidos. Trata-se de umat!cnica $ue pode atuar isoladamente ou como um e0celente coad"uvante para
as terapias convencionais. @entre os resultados esperados esto: mel;ora da
microcircula7o e redu7o do edema# mel;ora a nutri7o celular e a elimina7o
das to0inas# redu7o da gordura locali/ada# mel;ora da elasticidade e do tnus
da pele (mais lisa e regular# redu7o de medidas e remodelagem corporal.
O g2s car&nico comumente utili/ado na car&o0iterapia no Drasil possui
cerca de # de pure/a# pr=prio para a t!cnica. > o mesmo g2s utili/ado emvideolaparoscopia# controle de pH em incu&adoras ( DO*G'S# +,1,
O CO+# $uando aplicado no su&cut
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volume de g2s dentro das estrias ! muito pe$ueno. O flu0o deve estar entre ?,
mlEmin e F, mlEmin# podendo c;egar at! 1, mlEmin. (DO*G'S# +,1,
O mecanismo de a7o do g2s car&nico !# so&retudo# na
microcircula7o vascular do tecido conectivo# promovendo uma vasodilata7o e
um aumento da drenagem veno-linf2tica. Com a vasodilata7o# mel;ora-se o
flu0o de nutrientes# entre eles# as proteinases necess2rias para remodelar os
componentes da matri/ e0tracelular e para acomodar a migra7o e repara7o
tecidual (4ONOA ' 'I3A# sEa.
Os efeitos teraputicos da infiltra7o su&cut
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Ap=s a aplica7o# o&serva-se um eritema intenso nos locais tratados.
5uanto mais tempo permanecer esse eritema na pele# mel;or resposta tr=fica
do organismo# mel;or ser2 a cicatri/a7o da estria com um mel;or prognostico
(DO*G'S# +,1,.
@evemos respeitar o intervalo entre as sess8es# de pelo menos# +1 dias#
tempo necess2rio para a forma7o e matura7o do col2geno. (&orges# +,1, .. p
?. @e acordo com Barias e ei"a (sEa. A resposta inflamat=ria diante uma
agresso f%sica ! imediata e atua no sentido de destruir# diluir ou &lo$uear o
agente agressor# mas# desencadeia uma s!rie de eventos no tecido con"untivo
vasculari/ado# inclusive no plasma# nas c!lulas circulantes# nos vasos
sangY%neos e nos componentes e0travasculares do tecido con"untivo# com o
o&"etivo de cicatri/ar e reconstituir o tecido lesado.
!.2 / eitos siol'gicos
!.2.1 / stimulo circulat'rio sanguíneo
@e acordo com Dorges (+,1,# O organismo# por causa da leso
provocada pela agul;a e pelo g2s# desencadeia um processo inflamat=rio com
o&"etivo de cicatri/ar e reconstruir o tecido lesado. @ecorrente do processo de
repara7o ocorre prolifera7o de vasos sangu%neos (Angiognese e
fi&ro&lastos (Bi&rinognese. 4o local onde foi feita a infuso do g2s car&nico
;2 um aumento do cali&re vascular e# com isso# aumentando do flu0o
sangu%neo.
Scor/a e Dorges (+,,F relataram $ue a resposta inflamat=ria diante
uma agresso f%sica ! imediata e atua no sentido de destruir# diluir ou
&lo$uear o agente agressor# mas# por sua ve/# desencadeia uma s!rie de
eventos no tecido con"untivo vasculari/ado# inclusive no plasma# nas c!lulas
circulantes# nos vasos sangu%neos e nos componentes e0travasculares do
tecido con"untivo# com o o&"etivo de cicatri/ar e reconstituir o tecido lesado.
!. / eito Bo%r
uanto mais g$s car,3nico disponi,ilizamos no tecido" mais
%emoglo,inas carregadas com o4ig5nio (6,72) vão c%egar" por via
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circulação sanguínea. 8omo a %emoglo,ina ter maior anidade com a
mol-cula de 872" vai ocorrer li,eração da mol-cula de 72 para os
tecidos e captação da mol-cula de 872 ue ser$ transportada e
eliminada pela e4piração (DO*G'S# +,1,
O meio 2cido gerado pela car&o0iterapia favorece a afinidade da
;emoglo&ina com a mol!cula de g2s car&nico. conse$uentemente# ;aver2 um
desprendimento do O+ ligado J ;emoglo&ina e um aumento da concentra7o
de o0ignio nos tecidos. A presen7a de n%veis mais altos de CO+
(proporcionada pela car&o0iterapia e %ons de HZ potenciali/am as rea78es
$u%micas $ue ocorrem dentro dos eritr=citos# e seguindo o aporte de O+
tecidual (DO*G'S# +,1,
H2 um aumento significativo da concentra7o de o0ignio (O+ local
ap=s a infuso su&cut
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serotonina. 'ssas su&st
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n%vel local e sistmico. 9or!m pode ocorrer dor no local da aplica7o (por
causa da infuso do g2s# pe$uenos ;ematomas ou e$uimoses (pela
perfura7o de pe$uenas veias e# conse$uentemente# pe$ueno sangramento
com a retirada da agul;a. O&serva-se tam&!m um aumento da temperatura de
;iperemia. Al!m disso# alguns pacientes relataram a sensa7o de ci&ra nos
mem&ros inferiores durante o procedimento.
adruga (+,1+ di/ $ue# como efeitos colaterais podemos citar a
presen7a de dor durante o tratamento# sensa7o de crepita7o no local da
aplica7o devido a pe$ueno enfisema $ue desapareceria em m!dia at! 6,
minutos# &em como pe$uenos ;ematomas em decorrncia da pun7o feita no
local.
O paciente deve ser totalmente informado com rela7o ao procedimento
$ue vai su&meter-se antes mesmo de ser reali/ado. > e0tremamente
importante o esclarecimento da t!cnica e seus efeitos p=s-aplica7o
(DO*G'S# +,1,.
- Contra- Indica78es
Com &ase na literatura# a car&o0iterapia pode ser considerada umtratamento seguro# sem efeitos adversos ou complica78es importantes# tanto
locais# como sistmicas (SCO*PA ' DO*G'S# +,,F.
4o e0istem# na literatura# relatos de efeitos adversos ou complica78es#
tanto locais $uanto sistmicas. As altera78es relatadas# inerentes ao m!todo#
limitam-se a dor durante o tratamento# pe$uenos ;ematomas decorrentes da
pun7o (reali/ada com agul;a 6, G 1E+ - insulina e sensa7o de crepita7o no
local# resultante do pe$ueno enfisema su&cut
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produ/ido pelo organismo. Al!m disso# pacientes su&metidos a in"e78es
su&cut