Download - Trabalho Metodologia
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO TOCANTINS
CAMPUS I
ENGENHARIA AGRONÔMICA
Saúde no Campo
Palmas -TO
Maio/2014
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO TOCANTINS
CAMPUS I
ENGENHARIA AGRONÔMICA
Saúde no Campo
Palmas - TO
Maio/2014.
Relatório técnico-científico referente à pesquisa sobre Saúde no Campo, realizada durante a Agrotins/2014, como parte da segunda avaliação bimestral da disciplina de Metodologia Científica e de Biologia, sob a orientação dos professores Thania Maria F. Aires Dourado e Renato Eurípedes Nascimento Jr.
AcadêmicosClóvis Osmar Perleberg
Dalila Lopes da silvaGabriel Barbosa
Gilson da Silva Ribeiro Lucas Felipe
Lucas RibeiroMarcellus Vinicius
Miéle Bau Cortelini
RESUMO
A presente pesquisa refere-se a estudo exploratório realizado entre os dias 6 e 8,
durante a realização da 14ª Feira Agropecuária e Tecnológica do Estado do Tocantins:
A força do conhecimento. TEMA Agricultura familiar. Nos 14 anos de existência da
feira, nenhuma ação foi realizada para responder a seguinte questão: “como vai a saúde
do trabalhador rural e de sua residência”.
Foi elaborado em questionário direcionado a produtores rurais de estados da
região norte e nordeste. Este instrumento quantitativo e qualitativo abordou os seguintes
pontos: sócio economia, salubridade ambiental e saúde e bem estar.
Após a tabulação e análise estatística dos dados recolhidos, foi possível perceber
que estão ocorrendo mudanças. As propriedades rurais próprias representam hoje 90%.
E destes 74% são residências definitivas em alvenaria. Os entrevistados residem a
distância média de 35 quilômetros da área urbana mais próxima. Quando relata sobre as
doenças que adquiriu no campo, as mais frequentes são diarréia, gripe e hipertensão.
No quesito moradia é nítida a permanência de “velhos costumes” promovidos
por políticas “inacabadas ou mal aplicados” na oferta e disponibilização de
fornecimento de água, coleta de lixo e esgotamento sanitário.
PALAVRAS-CHAVE: Saúde do trabalhador; Saúde dos alimentos; Doenças de
veiculação hídrica; compostagem; salubridade ambiental; mudança de hábito na
produção rural; agroecologia e economia rural; política rural de saneamento.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1. Destino do lixo na zona rural.
Figura 2: Materiais comuns á prática da compostagem e suas quantidades de
matéria orgânica.
Figura 3: Abastecimento de Água por Domicílios na área rural e urbana no
Brasil.
Figura 4: Abastecimento de água nos domicílios do Brasil
Figura 5: Abastecimento de Água nos Domicílios Rurais do Brasil
Figura 6: Abastecimento de água por Região Geográfica.
Figura 7: Abastecimento de água em domicílios rurais por Região Geográfica.
Figura 8: Percentual de domicílios rurais ligados à rede de abastecimento de
água por Estado.
Figura 9: Percentual de domicílios rurais com soluções alternativas de
abastecimento de água por Estado.
LISTA DE TABELA
Tabela 1. Destino dos resíduos sólidos nas propriedades rurais.
Tabela 2. Percentual da prática de compostagem.
Tabela 3. Composição - Mistura utilizada e seus respectivos percentuais
Tabela 4. Aquisição de geladeira na área rural.
Tabela 5. Tipo da posse da propriedade.
Tabela 6. Tipo de coberturas predominantes nas residências.
Tabela 7. e Gráfico 10. Doenças contraídas pelos produtores rurais.
Tabela 8. Doenças predominantes na região.
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1. Destino dos resíduos sólidos na área rural.
Gráfico 2. Queima e coleta do lixo na propriedade rural. Número de
Propriedades que promovem a queima do lixo.
Gráfico 3. Origem dos Alimentos
Gráfico 4. Conservação dos Alimentos
Gráfico 5. Restante das Refeições
Gráfico 5. Restante das Refeições
Gráfico 6. Conservação das Frutas
Gráfico 7. Material comumente utilizado na construção das casas.
Gráfico 8. Tipo da posse da propriedade.
Gráfico 9. Doenças que já foram contraídas
Gráfico 10. Doenças mais comuns na comunidade
SUMÁRIO
RESUMO...............................................................................................................3
LISTA DE ILUSTRAÇÕES.................................................................................4
LISTA DE TABELA.........................................................................................5
LISTA DE GRÁFICOS.....................................................................................6
SUMÁRIO.............................................................................................................7
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................9
2 EMBASAMENTO TEÓRICO.....................................................................11
2.1 Saneamento................................................................................................14
2.2 Sistema de Abastecimento de Água..........................................................15
2.3. Captação Sanitária....................................................................................17
2.4. Resíduos Sólidos.......................................................................................20
2.5. Compostagem...........................................................................................21
2.6. Saúde dos Alimentos................................................................................22
2.7 Conservação dos alimentos cozinhados.....................................................24
2.8 Moradia Rural...........................................................................................25
2.9 Aspectos da saúde do produtor rural.........................................................25
3. OBJETIVOS................................................................................................27
4. MATERIAIS E MÉTODOS............................................................................29
5. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS......................................................30
5.2 COMPOSTAGEM.....................................................................................33
5.3 Saneamento e abastecimento hídrico.........................................................35
5.4 Saúde dos Alimentos.................................................................................39
5.5 Moradia rural.............................................................................................43
5.6 Aspectos de saúde......................................................................................46
6. CONCLUSÃO.............................................................................................51
7. RECOMENDAÇÃO...................................................................................51
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................52
SITES VISITADOS........................................................................................55
1 INTRODUÇÃO
A vida do homem do campo é cercada de riscos a sua saúde, seu habitat está
repleto de perigos que são ignorados ou desconsiderados.
A busca pela manutenção da vida e a plenitude da atividade humana, sempre
estiveram ligadas a sua saúde. Desde os tempos imemoriais o homem procura soluções
para os problemas que o aflige. Com a descoberta do fogo o alimento pode ser estocado,
pois ao assar o alimento elimina os parasitas. Na jornada evolutiva, muitos outros
problemas foram resolvidos. Estas informações são transmitidas pessoa a pessoa e
difundidas, aumentaram a expectativa de vida dando oportunidade de voltar-se a outras
atividades, como a pecuária e agricultura.
O passo seguinte, a escrita, novos conhecimentos e práticas em saúde formaram
códigos ou condutas sanitárias. Mesmo em textos religiosos, o mais antigo livro a bíblia
mais precisamente no antigo testamento ou Torá, encontramos normas e regras de
saúde, como no seguinte trecho:
“... um animal não poderia ser abatido por pessoa que tivesse doença de pele, o
que faz sentido: lesões de pele podem conter micróbios. Moluscos eram proibidos, e
dessa forma doenças, como a hepatite transmitida por ostras, podiam ser evitadas. Isso
não significa que a prevenção fosse exercida conscientemente, pois, as causas das
doenças infecciosas eram desconhecidas.”
Com a colonização do Novo Mundo, hábitos ancestrais vindos dos países
europeus foram introduzidos como um receituário de saúde e práticas comuns de
conservação dos alimentos, higiene pessoal e cuidados com a moradia, e estas práticas
ainda perduram no campo.
“...esfriar alimento quente na janela ou a mesa” é comum, mas não significa que
seja salutar. Na Europa com temperaturas moderadas em torno de 6 a 10 ºC graus,
seria aceitável, mas no Brasil, com média 27 °C, o alimento exposto serve ao
crescimento de microrganismos presentes na poeira e mesmo no próprio alimento.
Este e outros ensinamentos, HERDADOS, transmitidos geração apos geração,
por todo território nacional, contaminaram até civilizações indígenas.
Estas práticas estão ainda presente na atualidade, formando uma sub cultura
local e se engendram Brasil adentro onde estes hábitos antigos comprometem a saúde
do trabalhador rural.
A realidade da saúde do homem do campo precisa ser conhecida, e para tanto é
necessária investigação mais aprofundada de forma a gerar dados contribuam para a
mudança nos hábitos do trabalhador rural.
2 EMBASAMENTO TEÓRICO
Dentre as principais causas que acometem a saúde do trabalhador destacam-se:
a falta de rede de esgoto; coleta inadequada do lixo; abastecimento de água; qualidade e
conservação dos alimentos; convívio íntimo com animais e suas fezes (cão, gato, barata,
cupim, morcego e etc..); higiene pessoal, moradias precárias com falta de manutenção e
limpeza no entorno. Assim como acidentes com objetos perfurantes no entorno de suas
residências, por despejo inadequado de vidros, como outros objetos cortantes. Sem
contar com a inumerável fauna brasileira responsável por diversas doenças.
Entre os fatores de risco, 50% a 70% dos trabalhadores estão expostos a fatores ergonômicos, biológicos, físicos, químicos e psicossociais e mais de 60% são expostos a cargas de trabalho ou à condição ergonômica deficiente no trabalho. É estimado que 80% dos trabalhadores são expostos a ruídos, vibrações, radiações iônicas, eletromagnéticas e a microclimas insalubres no local de trabalho. A exposição a diversos fatores de riscos biológicos acarreta problemas em distintos grupos de trabalhadores. Os fatores de risco psicossociais como condições sociais no trabalho, desigualdade e injustiça, instabilidade econômica e perspectiva com atividade laboral são elementos influentes na rotina de trabalho e podem ser desencadeantes de condições inseguras. (Marques e Silva, 2003, p 102).
A qualidade da vida intrinsecamente ligada á saúde é expressa em leis, portarias
e demais atos legais emanados das sociedades, somam-se a elas regras de convívio
social e boas maneiras, e preceitos religiosos.
Segundo SCLIAR, Moacyr (2007), “Os preceitos religiosos do judaísmo
expressam–se com frequência em leis dietéticas, que figuram, em especial, nos cinco
primeiros livros da Bíblia (Torá, ou Pentateuco)”. Sua finalidade mais evidente é a de
manter a coesão grupal, acentuando as diferenças entre hebreus e outros povos do
Oriente Médio.
Essas disposições eram sistemas simbólicos, destinados a manter a coesão do
grupo e a diferenciação com outros grupos, mas podem ter funcionado na prevenção de
doenças, sobretudo de doenças transmissíveis. Seria muito difícil, por exemplo, associar
a carne de porco à transmissão da triquinose. Para isto há uma explicação ecológica, por
assim dizer. A criação de suínos, no Oriente Médio, seria um contra senso. Trata–se de
uma região árida, sem a água de que esses animais necessitam como forma de manter
seu equilíbrio térmico. Além disso, povos nômades teriam dificuldades em manter um
animal que se move pouco, como o porco. Finalmente, ao contrário dos bovinos, que
servem como animal de tração e que proporcionam leite, o suíno só fornece a carne –
uma luxúria, portanto, uma tentação que era evitada pelo rígido dispositivo da lei.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu saúde como um “completo
estado de bem-estar físico, mental e social e não meramente a ausência de doença”.
(WHO, 1946). No entanto, as políticas em saúde e a própria formação dos profissionais
sempre colocaram a prioridade no controle da morbidade e mortalidade. Apenas
recentemente vem havendo uma crescente preocupação não só com a frequência e a
severidade das doenças, mas também com a avaliação de medidas de impacto da doença
e comprometimento das atividades diárias (Bergner et al., 1981), medidas de percepção
da saúde (Hunt et al., 1985) e medida de disfunção/status funcional (Ware et al. 1992).
O conceito de saúde, segundo a VIII Conferência Nacional da Saúde (CNS) “Em seu sentido mais abrangente, a saúde é a resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse de terra e acesso a serviços de saúde. É assim, antes de tudo, o resultado das formas de organização social da produção, as quais podem gerar grandes desigualdades nos níveis de vida.” (CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE, 1987, p.382).
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), “saneamento é o controle de
todos os fatores do meio físico do homem, que exercem ou podem exercer efeitos
nocivos sobre o bem estar físico, mental e social”. De outra forma, pode-se dizer que
saneamento caracteriza “o conjunto de ações socioeconômicas que têm por objetivo
alcançar Salubridade Ambiental, que nada mais é do que a conciliação entre a qualidade
de vida, a qualidade ambiental e as condições ideais para desenvolver um ambiente
saudável e socialmente justo”. (FUNASA, 2006).
Conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD
2012), apenas 33,2% dos domicílios nas áreas rurais estão ligados a redes de
abastecimento de água com ou sem canalização interna. No restante dos domicílios
rurais (66,8%), a população capta água de bica, poços protegidos ou não, ou diretamente
de cursos de água sem nenhum tratamento e também de outras fontes alternativas
geralmente inadequadas para consumo humano.
Este cenário contribui direta e indiretamente para o surgimento de doenças de
transmissão hídrica, parasitoses intestinais e diarréias, as quais são responsáveis pela
elevação da taxa de mortalidade infantil.
Segundo Waxleret al. (1985), o status dos grupos minoritários resulta em pobreza, o que impede a família de possuir instalações sanitárias seguras, causando morte infantil. A mortalidade infantil não é, portanto, simplesmente um problema médico, para ser assumido pelos programas de saúde pública, nem tampouco é um problema econômico, que possa ser resolvido pela criação de empregos, mas é melhor que seja encarada como um problema da estrutura de toda a sociedade.
Na mesma linha, estudo epidemiológico realizado na sede urbana de Betim-MG
(Heller, 1997a), cidade de porte médio com população de aproximadamente 160.000
habitantes, permite inferir o marco causal da diarréia em crianças de até cinco anos, a
partir de determinantes socioeconômicos e relacionados ao saneamento.
É importante frisar que o meio rural é heterogêneo, constituído de diversos tipos
de comunidades, que vão desde as grandes propriedades rurais, pequenas propriedades
rurais, pequenos condomínios do Incra, e condomínios agrícolas, com especificidades
próprias em cada região brasileira, exigindo formas particulares de intervenção em
saneamento básico, tanto no que diz respeito às questões ambientais, tecnológicas e
educativas, como de gestão e sustentabilidade das ações.
A zona rural e zona urbana estão ficando cada vez mais interligadas. As cidades
crescem tão freneticamente, que rapidamente encontram se com as chácaras e sítios ao
redor, levando o pequeno produtor rural a migrar para a cidade, e transformar sua
chácara, sítio, ou outro, em loteamentos, que serão pagos por parcelamento.
Chega ao ponto, onde o "ex" trabalhador rural, se acomoda e passa a viver
somente do dinheiro dos loteamentos, entretanto, chegará o momento em que todos
serão quitados. Ao findar essa renda o agricultor, não vê outra opção a não ser voltar
para o campo, então começa a “grilar” ou invadir parcelas de terras alheias ou espólio
do Estado, próximas aos centros urbanos, na intenção de lotear futuramente.
A ideia seria então, em vez de loteamentos, cultiváveis de culturas como
hortaliças para venda nos mercados e distribuição para a população das cidades
próximas, criação de animais de pequeno porte, gerando renda para a família.
2.1 Saneamento
A vida do pequeno produtor é feita do seu trabalho diário, cada dia de ausência
no trabalho é faltoso no final do mês, A sua renda mensal, tem declínio a cada dia de
serviço perdido, por isso:
É possível afirmar que no processo de avaliação de riscos, fatores de risco e danos à saúde dos trabalhadores, além das análises das condições materiais de trabalho, é importante que se atenha aos homens responsáveis pela execução das tarefas, uma avaliação tanto nas suas condições fisiológicas, afetivas, como a experiência acumulada em relação à tarefa e às situações concretas de trabalho nas quais estão inseridos. (LAURELL E NORIEGA, 1989).
Todos os trabalhadores urbanos e rurais das cidades grandes e pequenas, do setor
formal ou informal e até mesmo os desempregados deverão ter acesso universal e
igualitário às ações e serviços de saúde do trabalhador.
Este aspecto é de grande significado, pois, tradicionalmente, as ações do setor trabalho e da previdência social restringiam-se aos trabalhadores do setor formal, especialmente nos maiores centros urbanos. O atendimento pelo setor saúde, para atingir a totalidade dos trabalhadores, em um país com as características do Brasil, deve estar pautado nas diretrizes definidas no Artigo 198 da Constituição Federal, que determina que as ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizando as ações de promoção, assistência e vigilância à saúde dos trabalhadores. (PASTORE, 1999).
No entanto está realidade não tem eficiência, quando no meio rural, que é
desprovido de saneamento básico e rede de esgoto, fatos que fazem com que o homem
do campo elimine o lixo produzido na maioria das vezes de forma inadequada, como a
realizarão da queima de material químicos, como embalagens de alguns venenos, até
mesmo agrotóxicos, prejudicando não somente sua saúde, mas a do meio ao qual ele
vive no total, ou seja, ele se preocupa somente com o odor que o lixo traz, deixando de
levar em consideração os demais riscos.
O saneamento sanitário, realizado de forma mesmo que particular, por vias
como a compostagem, de restos de alimentos, e restos de dejetos de animais, seria
"atualmente como a consolidação do inovador enfoque saúde e ambiente, que encontra
na terminologia epidemiologia ambiental seu instrumental metodológico e na expressão
saúde ambiental a chave para orientar a organização institucional e para sensibilizar
comunidades..." (HELLER, 1998).
Segundo Jefferson Conceição Silva (2011), no quesito saneamento básico, 78,1% das famílias que afirmam realizar suas necessidades fisiológicas ao ar livre. Quanto ao destino do lixo, as famílias admitiram queimar (75,5%), enterrar (19,1%) ou jogar o lixo domiciliar em terrenos baldios (12,3%) por não haver coleta periódica no bairro onde moram. No item proximidades a casa, observou-se a existência de lama e/ou água empoçada (3,6%), lixo (12,5%) e animais vadios (38,2%). Todas as famílias afirmaram que em seus domicílios não havia a presença de pragas, todavia, admitiram ter algum tipo de animal. Todas as famílias afirmaram lavar frutas e verduras antes do consumo. Destas, 80,9% admitiu utilizar água advinda de poços manuais para beber e lavar roupas, as quais 71,8% afirmaram somente coar a água antes de beber, acreditando ser uma forma de tratamento eficaz. Quando interrogados sobre deslocamento para outras regiões, cerca de 80% afirmou não ter o hábito de viajar.
2.2 Sistema de Abastecimento de Água
“Toda água destinada ao consumo humano proveniente de solução alternativa
individual de abastecimento de água, independentemente da forma de acesso da
população, está sujeita à vigilância da qualidade da água. prevê valores máximos em
metros cúbicos permitidos para 15 elementos ou substâncias inorgânicas; 18 substâncias
químicas orgânicas; 39 agrotóxicos; 2 cianotoxinas (microcistina e saxitoxinas); 7
subprodutos da desinfecção; 2 parâmetros radioativas; microbiológico para presença
ausência de E. coli e coliformes totais.”
A água pura não é encontrada na natureza. Com ela podem-se encontrar diversas substâncias que foram dissolvidas e carreadas no seu caminho natural, seja no solo ou no ar. Algumas destas substâncias tornam a água até mesmo imprópria para consumo humano, como substâncias resultantes de atividades como, despejo inadequado de lixo e dejetos tanto de animais como humanos, como acontece em uma grande parcela na zona rural. Em outros casos, na água encontram-se substâncias como ferro, dando cor e sabor desagradáveis à mesma, bem como calcário e magnésio, que tornam a água mais densa (pesada) para o consumo humano. (FUNASA, 2006).
Segundo, Silva AM (1977), a “água é um elemento essencial à vida, porém pode
trazer riscos à saúde em face de sua má qualidade, servindo de veículo para vários
agentes biológicos e químicos; por isso, o homem deve estar atento aos fatores que
podem interferir negativamente na qualidade da água que consome e no seu destino
final”.
O melhoramento nos serviços públicos de abastecimento de água reflete numa
melhoria na saúde da população. “Em São Paulo, por exemplo, em fins do século
passado, iniciou-se o tratamento da água, e, logo em seguida, o índice de mortalidade
por febre tifóide caiu de 120 para pouco mais de 20 por 100 mil habitantes. Em 1926, o
índice foi reduzido a quase zero, graças à cloração das águas de abastecimento”.
(ROCHA ET AL. 2006).
“Além dos mananciais superficiais, os subterrâneos também têm sido afetados
pela ação antrópica, deteriorando sua qualidade e acarretando sérios problemas de saúde
pública em localidades onde o saneamento não é adequado”. (DI BERNARDO, 2005).
Em relação aos modelos que associam o abastecimento de água e o esgotamento
sanitário com a saúde, a influência sobre indicadores específicos, como a diarreia. Além
disso, a discussão sobre os efeitos da intervenção a curto e longo prazo, é também
encontrado. Nesse último aspecto, Briscoe (1985) postula que, “se, a curto prazo, o
efeito mensurável do abastecimento de água e do esgotamento sanitário pode parecer
reduzido, pela reposta não linear da intervenção, a longo prazo seu efeito sobre a saúde
é substancialmente superior ao de intervenções médicas”.
Em outra formulação, Cvjetanovic (1986) caracteriza como estreitos os modelos
que relacionam as ações de saneamento com um grupo definido de doenças, como as
enfermidades diarreicas.
“Afirma que tal enfoque ignora o caráter amplo da definição de saúde formulada pela Organização Mundial da Saúde, ao avaliar impactos sobre doenças e não sobre a saúde propriamente. Reconhece, entretanto, os obstáculos metodológicos para uma abordagem holística, que privilegie, sobretudo, os fatores socioeconômicos”. Cvjetanovic (1986)
Segundo o Ministério da Saúde, (OMS) “os grandes desafios da saúde ainda são,
principalmente, as hepatites, a malária, a febre amarela, a cólera, a esquistossomose, o
dengue, as leishmanioses, a hantavirose”. Por essa lista, percebe-se a importância que
ainda há nas doenças de veiculação hídrica ou que tenham como elo importante da
cadeia o ambiente. Não há como combater essas enfermidades deixando de lado as
populações rurais, nas quais a adequada captação e uso da água são sabidamente mais
negligenciados do que nos grandes centros urbanos.
Há grande importância em buscar o conhecimento da realidade rural,
caracterizada por populações com menor acesso às medidas de saneamento e pela
presença de atividades agropecuárias altamente impactantes, podendo interferir na
qualidade da água dos mananciais (BARCELLOS et al., 2006), muitos desses utilizados
no abastecimento de água nas cidades, como os ribeirões Santa Cruz e Água Limpa, que
são utilizados pela COPASA (Companhia Estadual de Saneamento de Minas Gerais)
para abastecer o Município de Lavras. O diagnóstico da utilização da água e do
conhecimento das pessoas nessas áreas sinaliza para os riscos à saúde dessas populações
e da contaminação e poluição dos mananciais que nascem ou passam nessas regiões.
Segundo Jefferson Conceição Silva (2011), no quesito saneamento básico, 78,1% das famílias que afirmam realizar suas necessidades fisiológicas ao ar livre. Quanto ao destino do lixo, as famílias admitiram queimar (75,5%), enterrar (19,1%) ou jogar o lixo domiciliar em terrenos baldios (12,3%) por não haver coleta periódica no bairro onde moram. No item proximidades a casa, observou-se a existência de lama e/ou água empoçada (3,6%), lixo (12,5%) e animais vadios (38,2%). Todas as famílias afirmaram que em seus domicílios não havia a presença de pragas, todavia, admitiram ter algum tipo de animal.
Todas as famílias afirmaram lavar frutas e verduras antes do consumo. Destas,
80,9% admitiu utilizar água advinda de poços manuais para beber e lavar roupas, as
quais 71,8% afirmaram somente coar a água antes de beber, acreditando ser uma forma
de tratamento eficaz. Quando interrogados sobre deslocamento para outras regiões,
cerca de 80% afirmou não ter o hábito de viajar.
Panorama atual das condições de saneamento no meio rural Abastecimento
de segundo a Água Fundação Nacional de Saúde – Funasa
Quanto ao cenário atual do saneamento no meio rural, os dados da PNAD/2012
demonstram que ainda são intensas as desigualdades no acesso aos serviços de
abastecimento de água entre os habitantes das áreas urbanas e rurais.
2.3. Captação Sanitária
Geraldo Cunha Cury (1994), O saneamento inexiste em 178 (37,79 %) casas,
enquanto em 293 (62,21%) casas a população se utiliza de banheiros ou fossas. Foi
observada ausência de instalações sanitárias em mais de 50% das casas.
A legislação brasileira através do Programa Nacional de Saneamento Rural,
Lei nº11. 445/2007: Estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico.
Entre as diretrizes (art.48), destaca-se:
VII - garantia de meios adequados para o atendimento da população rural
dispersa, inclusive mediante a utilização de soluções compatíveis com suas
características econômicas e sociais peculiares.
Entre os objetivos (art. 49), destaca-se:
IV - proporcionar condições adequadas de salubridade ambiental às populações
rurais e de pequenos núcleos urbanos isolados
Funasa (2014), sobre Saneamento Rural. A Fundação Nacional de Saúde-
Funasa, é o órgão do Governo Federal responsável pela implementação de ações de
saneamento em áreas rurais de todos os municípios brasileiros, inclusive no atendimento
às populações remanescentes de quilombos, assentamentos rurais e populações
ribeirinhas, conforme estabelecido no Plano Plurianual de Governo (PPA 2012-2015).
Ao Ministério da Saúde compete a coordenação do Programa de Saneamento
Rural, bem como a elaboração de um modelo conceitual em concordância com as
especificidades dos territórios rurais, definido como Programa Nacional de Saneamento
Rural, conforme expresso no Plano Nacional de Saneamento Básico – PLANSAB. No
exercício de suas atribuições e em consonância com sua estrutura e organização, o
Ministério da Saúde delega à Funasa a competência pela coordenação do Programa de
Saneamento Rural.
Segundo Censo Demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística – IBGE/2010, no Brasil cerca de 29,9 milhões de pessoas residem em
localidades rurais, totalizando aproximadamente 8,1 milhões de domicílios.
Na Figura a seguir é ilustrada a distribuição da população rural por estado
(Figura 1), apresentando aqueles com maior população residente em áreas rurais.
Fonte IBGE, censo 2010.
Os serviços de saneamento prestados a esta parcela da população apresentam
elevado déficit de cobertura. Conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios – PNAD/2012, apenas 33,2% dos domicílios nas áreas rurais estão ligados a
redes de abastecimento de água com ou sem canalização interna. No restante dos
domicílios rurais (66,8%), a população capta água de chafarizes e poços protegidos ou
não, diretamente de cursos de água sem nenhum tratamento ou de outras fontes
alternativas geralmente inadequadas para consumo humano.
A situação é mais crítica quando são analisados dados de captação sanitária:
apenas 5,2% dos domicílios estão ligados à rede de coleta de esgotos e 28,3% utilizam a
fossa séptica como solução para o tratamento dos dejetos. Os demais domicílios
(66,5%) depositam os dejetos em “fossas rudimentares”, lançam em cursos d´água ou
diretamente no solo a céu aberto (PNAD/2012).
2.4. Resíduos Sólidos
A pesquisa teve como um dos objetivos analisar a realidade do homem nas
propriedades rurais, tendo como interesse as informações: composição,
acondicionamento e destino final dos resíduos sólidos;
Foi observado que o sistema de coleta de lixo representa 43,9%, e necessita de
adequações para obter melhor aproveitamento do material orgânico, evitando a queima,
é o elevado índice de lixo jogado em áreas abertas. Assim evita-se a proliferação de
microrganismo e parasitas indesejáveis, que provocam doenças e risco a saúde.
“São Paulo – Dados do Censo 2010, divulgado pelo IBGE, mostram que em
mais da metade dos domicílios brasileiro das zonas rurais, a falta de um sistema de
coleta de resíduos leva os moradores à uma prática perigosa: a queima de lixo. Apesar
de ser proibida por lei, essa alternativa cresceu em torno de 10 pontos percentuais,
passando de 48,2% em 2000 para 58,1% em 2010. Segundo o IBGE, Segundo o
professor Sérgio Almeida Pacca, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH)
da USP, um dos riscos para saúde dos habitantes é a liberação, pela queima de materiais
plásticos, de dioxinas, substâncias químicas com potencial cancerígeno. Outro perigo
vem dos resíduos de embalagens de agrotóxicos.”(Vanessa Barbosa, de E,Exame.com.
2014).
Dalva A. Mello e Maria Zélia Rouquayrol (1998), relata que em relação ao lixo,
75 (43,9%) pessoas responderam que era recolhido pela carrocinha da prefeitura, e 96
(56,1%) davam um destino por conta própria, lançando-o no rio, terreno vazio ou mato
apontando o caminho do “a céu aberto”, conforme figura baixo.
Figura 1. Destino do lixo na zona rural.
Fonte: Dalva A. Mello e Maria Zélia Rouquayrol (1998)
Figura 1. Destino do lixo na zona rural.
2.5. Compostagem
Para Clarice Oliveira (2008), os resíduos sólidos (urbanos, hospitalares,
industriais e rurais) contam em sua composição com grande quantidade de matéria
orgânica, superior a 50% em peso.
Segundo Fernandes Maria (2004) compostagem é um processo natural de
decomposição biológica de materiais orgânicos (aqueles que possuem carbono em sua
estrutura), de origem animal ou vegetal, pela ação de microrganismos. Para que o
processo ocorra não é necessária a adição de qualquer componente físico ou químico à
massa do lixo. A compostagem pode ser aeróbia ou anaeróbia, em função da presença
ou não de oxigênio no processo. O processo de compostagem aeróbio, que é o mais
utilizado no tratamento de resíduos orgânicos, tem como produto final o composto
orgânico, um material rico em húmus e nutriente mineral e que pode ser utilizado na
agricultura como recondicionador de solo, com algum potencial fertilizante. É um
processo biotecnológico, desenvolvido em meio aeróbico controlado ou não, realizado
por uma colônia mista de micro-organismos.
Ocorre em duas fases distintas: a primeira, quando acontecem as reações
bioquímicas de oxidação mais intensas, predominantemente termofílicas, a segunda ou
fase de maturação, quando ocorre o processo de humificação dos materiais orgânicos
compostados, predominando nesta fase reações mesofílicas. Compostos imaturos ou até
mesmo semicurados são inadequados á serem usados na prática da compostagem,
optando-se assim, por usar compostos humificados. Nenhum material isolado confere
características físicas, químicas e biológicas tão equilibradas quanto à matéria orgânica
estabilizada, decomposta e humificada, cumprindo, de maneira integral, os seus muitos
benefícios ás plantas ao condicionamento dos solos.
Filho, Edimar (2000) destaca em seu texto ser interessante observar se o local é
próximo da fonte ou que tenha disponibilidade de água, fácil acesso tanto para
descarregar o material, para revirar o composto, como também para posterior utilização.
O ideal é que tenha um pouco de inclinação para facilitar a drenagem, protegido de
ventos, da insolação direta e de chuvas, pois quando o composto fica exposto
diretamente aos agentes climáticos poderá perder em até 50% seu poder nutritivo.
João Carlos Godoy, A compostagem é o processo biológico de decomposição e
de reciclagem da matéria orgânica contida em restos de origem animal ou vegetal
formando um composto. A compostagem propicia um destino útil para os resíduos
orgânicos, evitando sua acumulação em aterros e melhorando a estrutura dos solos. Esse
processo permite dar um destino aos resíduos orgânicos agrícolas, industriais e
domésticos, como restos de comidas e resíduos do jardim. Esse processo tem como
resultado final um produto - o composto orgânico - que pode ser aplicado ao solo para
melhorar suas características, sem ocasionar riscos ao meio ambiente.
Na compostagem os principais materiais utilizados para fazer o composto, tais
como: Esterco de animais, qualquer tipo de plantas, pastos, cascas, folhas verdes, palha,
todas as sobras de cozinha que sejam de origem animal ou vegetal: sobras de comida,
cascas de ovo, qualquer substância que seja parte de animais ou plantas: pêlos, lãs,
couros, algas, dentre outros, provando á abundância de produtos naturais compostáveis.
Eduardo Teixeira (2006) demonstra algumas utilizações pertinentes á
compostagem tais como, agricultura e horticultura – nas plantações de alimentos e
vegetais; viveiros e floriculturas – em vasos de plantas, produção de mudas de espécies
arbóreas, etc; lugares públicos – taludes de estradas, áreas de recreação, gramados e
demais propriedades públicas; residências – jardins e taludes residenciais; outros –
recobrimento de aterros sanitários e ainda afirma que os benefícios sanitários e sociais
associados à compostagem resultam em ganhos econômicos, tais como redução da
sobrecarga nos sistemas de saúde, geração desempregos, economia de energia, aumento
da produtividade agrícola e venda do composto orgânico.
2.6. Saúde dos Alimentos
O marco referencial/inicial no conhecimento dos aspectos de saúde relacionados
ao homem do campo e sua residência, um dos fatores predominantes para a saúde é a
alimentação saudável, comer nas horas certas e de forma balanceada.
Na vida no campo, essa realidade é extinta, pois o pequeno produtor rural,
responsável por sua própria subsistência, saiu da sua residência por volta das quatro
horas da manhã, para trabalhar, em condições mais agradáveis, levando em
consideração o calor tocantinense, antes de iniciar sua jornada de trabalho, como uma
farofa daquela carne de porco que está armazenada na gordura a mais de um, dois ou até
mais meses.
Por volta de meio dia, até às treze horas ele retorna ao seu lar, e vai comer
comida requentada, pois sua esposa fez o almoço por volta das nove horas da manhã,
para alimentar as crianças que necessitam do transporte escolar, para se deslocarem até
a escola mais próxima.
Ou seja, é a somatória de vários fatores, que culminam para a má alimentação do
produtor rural, não tratando somente, do mau armazenamento do alimento, cozimento,
preparo até mesmo a fonte de onde ele é concebido. Mas a somatória de todos esses
fatores com a rotina do cidadão.
De acordo a ANVISA os alimentos devem ser armazenados de forma a impedir
a contaminação e/ou a proliferação de microrganismos. Os recipientes e embalagens
devem estar protegidos contra alterações e danos. O local de armazenamento deve ser
limpo, sendo os alimentos mantidos separados por tipo ou grupo, sobre estrados
distantes do piso, ou sobre paletes, bem conservados e limpos ou sobre outro sistema
aprovado, afastados das paredes e distantes do teto de forma a permitir apropriada
higienização, iluminação e circulação de ar.
A conservação dos alimentos trata sobre a conservação dos alimentos, onde diz
que os alimentos deterioram-se com o passar do tempo e mais ainda se forem mantidos
em condições que propiciem a perda de nutrientes ou, o que é mais perigoso, a
proliferação de micro-organismos nocivos.
Todos os alimentos frescos tendem a contaminar-se com micro-organismos
procedentes do exterior e, inclusive, com o passar do tempo, sucumbem à ação das
bactérias normalmente presentes no seu interior, cuja proliferação acaba por deteriorá-
los. A refrigeração inibe o crescimento da maioria das bactérias, mas algumas podem
proliferar lentamente.
A maioria dos alimentos frescos deve conservar-se a temperaturas que oscilam
entre os 2°C e os 7°C, margem esta em que os processos metabólicos e a reprodução
dos micro-organismos se inibem ou são tão lentos que, durante algum tempo, se previne
a deterioração dos produtos.. Por isso, e dado que nem todos os produtos têm os
mesmos requisitos, cada tipo de alimento deve ser guardado num sector específico do
refrigerado/freezer e apenas se pode manter em bom estado durante certo tempo.
A carne também deve ser colocada na parte mais fria, de preferência depois de
trocar o saco de plástico em que foi colocada no local de venda. Nestas condições, a
carne pode conservar-se em média cerca de dois dias: os pedaços maiores conservam-se
durante mais tempo do que os pequenos, enquanto que a carne picada e as miudezas se
deterioram mais rapidamente.
Os ovos podem ser guardados numa parte menos fria, de preferência numa zona
especialmente reservada a esse fim. Desta forma, podem conservar-se durante cerca de
três semanas.
O leite e derivados frescos, como o queijo, iogurte, pudim, etc., podem ser
guardados numa zona intermédia. O leite pasteurizado e o queijo fresco podem manter-
se nestas condições durante cerca de três dias e, em relação a outros produtos
embalados, deverá ter sempre em conta o prazo de validade.
A fruta madura e as verduras devem ser mantidas nas zonas menos frias do
frigorífico, de preferência nas gavetas próprias para esse fim. Desta forma, podem
manter-se em boas condições de dois a sete dias, dependendo do produto que se vai
consumir.
Para congelar produtos frescos ou pratos já cozinhados, deverá dispor de um
aparelho que alcance uma temperatura inferior a -30°C (30 graus abaixo de zero).
Convém separá-los previamente em pequenas porções e envolver cada uma em papel de
alumínio. Assim, tanto a congelação como a posterior descongelação serão mais rápidas
e, além disso, será maior o aproveitamento do produto - não faz sentido descongelar um
pedaço de carne inteiro quando apenas pretende consumir uma parte.
2.7 Conservação dos alimentos cozinhados
Um alimento cozinhado é tão nutritivo para o ser humano como para os
múltiplos micro-organismos que se encontram no ambiente: se lhes é permitido o
acesso, os micróbios seguramente encontrarão aí uma excelente oportunidade para se
desenvolverem. A grande maioria destes seres vivos apenas se pode reproduzir a uma
dada temperatura, que oscila entre os 4°C e os 65°C - por isso, nunca se devem manter
os pratos já cozinhados dentro destas temperaturas. Os pratos frios devem ser guardados
no frigorífico, imediatamente após serem preparados, e mantidos na parte mais fria até
serem consumidos. Também os pratos quentes se podem introduzir diretamente no
frigorífico, embora devam arrefecer antes, introduzindo o recipiente noutro com água
fria. O que nunca se deve fazer é manter os pratos confeccionados à temperatura
ambiente durante muito tempo.
2.8 Moradia Rural
Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), A moradia adequada foi
reconhecida como direito humano em 1948, com a Declaração Universal dos Direitos
Humanos, tornando-se um direito humano universal, aceito e aplicável em todas as
partes do mundo como um dos direitos fundamentais para a vida das pessoas.
Vários tratados internacionais após essa data reafirmaram que os Estados têm a
obrigação de promover e proteger este direito. Hoje, já são mais de 12 textos diferentes
da ONU que reconhecem o direito à moradia. Apesar disso, a implementação deste
direito ainda é um grande desafio.
O direito à moradia integra o direito a um padrão de vida adequado. Não se
resume a apenas um teto e quatro paredes, mas ao direito de toda pessoa ter acesso a um
lar e a uma comunidade seguros para viver em paz, dignidade e saúde física e mental. A
moradia adequada deve incluir:
Todas as pessoas têm o direito de morar sem o medo de sofrer remoção, ameaças
indevidas ou inesperadas. As formas de se garantir essa segurança da posse são diversas
e variam de acordo com o sistema jurídico e a cultura de cada país, região, cidade ou
povo.
Segundo o IBGE (Censo demográfico 2010: Domicílios – Amostra), temos no
estado do Tocantins 81.808 domicílios particulares permanentes rurais, destes, 30.909
são de alvenaria com revestimento e 29.707 são de alvenaria sem revestimento,
perfazendo o total de 60.616 moradias. Em termos percentuais isso significa que 74%
das moradias construídas são de alvenaria, confirmando nossa pesquisa que apresentou
cerca de 79%. A pequena margem de diferença também pode ser explicada pelo número
reduzido de nossa amostra pesquisada.
2.9 Aspectos da saúde do produtor rural
As doenças são manifestações patogênicas que influenciam na nossa qualidade
de vida. Dependendo de sua gravidade, podem levar à morte. A palavra doença vem do
termo em latim dolentia que significa “sentir ou causar dor, afligir-se, amargurar-se”.
Várias são as definições para esse termo, mas especialistas consideram as doenças como
manifestações patológicas que se apresentam em nosso organismo. Elas estão sempre
associadas a sintomas específicos, levando o indivíduo que as apresenta a se privar de
prazeres físicos, emocionais e mentais.
A representação do quadro de saúdes dos agricultores se faz necessário
devido a saúde dos agricultores ser fragilizada com tantos descuidos na alimentação,
higiene, entre outros que provocam doenças como a diarreia,
Representações das doenças em geral e da diarreia em particular. A visão que os
horticultores comerciais têm das doenças, em geral, e da diarreia em adultos e crianças,
em particular, não se baseia em uma única percepção. Diarreia em adultos é uma doença
como qualquer outra; pode ser causada por uma comida que não caiu bem ou não
combinou bem com você. Nas crianças, a diarreia é frequente: frequentemente a gente
vê cocô mole, cocô com sangue, às vezes acompanhado por febre. (Boureima
Ouedraogo 199
Segundo Ulisses Confalonieri (2005), Utilizando-se um conceito próprio de
paisagem de doença, modificado da epidemiologia paisagística, geram-se fenômenos de
grande importância no ambiente amazônico são as interações entre a atmosfera e a
floresta, sob o ponto de vista socioambiental o "uso da terra" é um conceito
essencialmente econômico e relaciona-se aos aspectos espaciais de todas as atividades
humanas sobre a terra e às formas por meio das quais a superfície terrestre é, ou pode
ser, adaptado para servir às necessidades humanas e intimamente ligado á doença
adquirida pelo: grau de dependência direta dos recursos naturais locais, como elementos
de subsistência; formas predominantes de uso da terra; capacidade de uso de insumos
tecnológicos modernos; extensão das transformações do meio natural e da degradação
dos serviços ecológicos (benefícios obtidos pela sociedade pelo funcionamento dos
ecossistemas); acesso a instituições e serviços do estado moderno.
Na primeira situação, o de paisagem natural encontra-se, principalmente,
doenças infecciosas e parasitárias ("Infecções Focais"), bem como intoxicações por
animais peçonhentos, resultantes da exposição humana em atividades de subsistência,
ou, simplesmente, pela proximidade e contato direto com os elementos do meio natural
(vegetação; solo; animais; água etc.). Como grupos populacionais especialmente sob-
risco estão às comunidades tradicionais, pela sua exposição permanente. As infecções/
intoxicações focais são adquiridas pela exposição a insetos hematófagos ou urticantes e
peçonhentos, a animais venenosos do meio aquático, pela ingestão de carne de espécies
silvestres, pelo contato com animais domésticos (especialmente cães), que amplificam
infecções adquiridas de animais silvestres, ou ainda por contatos diretos com solo e
vegetação. Os perigos biológicos são oriundos da própria natureza e não tem o homem
como elemento determinante da sua produção.
Alguns dos agravos à saúde típicos desta situação são: infecções por arbovírus
silvestres (febre amarela, Oropouche, Mayaro etc.); oncocercose (endêmica entre os
indígenas Yanomami); acidentes por insetos peçonhentos, como a pararamose e
contatos comlarvas de Lonomia sp; blastomicose queloideana de Jorge Lobo;
gastroenterites de veiculação hídrica; ictismo (contacto com peixes venenosos e
peçonhentos); doença de Chagas; hepatites virais; helmintoses como a hidatidose
policística e a lagoquilascaríase; leishmaniose tegumentar americana; malária e gripe.
Em suma, trata-se de um grupo de agravos ligados ao meio físico-biológico
natural, cuja transmissão não está associada a grandes transformações ambientais. Sua
ocorrência se dá principalmente em populações tradicionais "rurais", mas quaisquer
indivíduos ou grupos que penetrem nos nichos de infecções focais podem adquiri-las.
Por outro lado, as populações tradicionais podem apresentar ainda tanto agravos
infecciosos inespecíficos (como, por exemplo, infecções pulmonares) como não
infecciosos, de tipo degenerativo ou traumático, embora em menores proporções.
3. OBJETIVOS
O geral
Diagnosticar a qualidade e salubridade ambiental na área residencial das micro
propriedades rurais de entorno urbano.
Objetivos específicos
Levantar indicadores através de questionário quali-quantitativos através de
entrevistas;
Buscar subsídios da sobre a saúde do pequeno e micro produtor rural;
Fornecer campo experimental aos acadêmicos de engenharia agronômica,
ampliando a capacidade investigativa dos acadêmicos do primeiro período;
Despertar o hábito de trabalho em equipe e senso crítico.
4. MATERIAIS E MÉTODOS
Aplicação de ferramenta de pesquisa quanti-qualitativa no período
compreendido de 6 a 8 de maio de 2014, entrevistando produtores rurais em caravana de
visitação a 14 Agrotins. Após analisados os 31 questionários sendo 4 descartados
devido a incoerência, contra informação ou erros de preenchimento.
O instrumento elaborado com questões fechadas, contendo variáveis
relacionadas à: sexo e idade, pois são informações básicas para acompanhar o
crescimento; distribuição geográfica; grau de instrução, no país cerca de 13% são
analfabetos; condições de moradia; condições sanitárias, e sua relação a doenças,
atendimento médico, e prevalência de doenças. (ref)
Segundo Antonio Arnot Crespo (2001), amostragem casual ou aleatória simples,
ou seja: Na prática, a amostragem simples ao acaso pode ser realizada numerando-se a
população de 1 a N, sorteando-se, a seguir, por meio de um dispositivo aleatório
qualquer, N números dessa sequencia. Um instrumento útil para realizar a sorteio acima
descrito é a tabela de números ao acaso. Desta forma sorteamos 3 dos seis dias de feira e
aleatoriamente as caravanas visitantes nestes dias.
O método estatístico fornece dados para a coleta, organização, descrição e
análise dos dados para a utilização dos mesmos, na tomada decisão de pesquisa, quanti-
qualitativa. Pois diante da impossibilidade de manter as causas constantes, admitindo
todas essas causas presentes, variando-as, registrando essas variações e procurando
determinar, no resultado final, que influência cabe a cada uma delas.
A amostragem aleatória exige que cada "elemento" da população tenha a mesma
oportunidade de ser incluído na amostra. Uma amostra aleatória de uma população
discreta então, uma amostra em que a probabilidade de extrair qualquer dos N itens
numa única prova é igual a 1/N.O embasamento teórico ou revisão bibliográfica foi
realizada sobre dados estatísticos do IBGE, e ainda consulta a livros, artigos, legislação
específica da área de saneamento básico e documentos em meio eletrônico. “As
informações são colhidas por meio de um questionário estruturado ou entrevista fechada
com perguntas claras e objetivas” (MARCONI & LAKATOS; 1990).
5. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
5.1 Destino dos resíduos sólidos
Este cenário contribui direta e indiretamente para o surgimento de doenças de
transmissão hídrica, parasitoses intestinais e diarreia, as quais são responsáveis pela
elevação da taxa de mortalidade infantil.
As ações de saneamento em áreas rurais visam reverter este quadro, promovendo
também a inclusão social dos grupos sociais minoritários, mediante a implantação
integrada com outras políticas públicas setoriais, tais como: saúde, habitação, igualdade
racial e meio ambiente.
É importante frisar que o meio rural é heterogêneo, constituído de diversos tipos
de comunidades, com especificidades próprias em cada região brasileira, exigindo
formas particulares de intervenção em saneamento básico, tanto no que diz respeito às
questões ambientais, tecnológicas e educativas, como de gestão e sustentabilidade das
ações.
Tabela 1. Destino dos resíduos sólidos nas propriedades rurais.
LocalQua
ntidade%
Área vizinha 3 11
Cova 12 43
Queima 4 14
Adubo 3 11
Leva na rua 2 7
Da para os
porcos1 4
Coleta
Municipal3 11
Total 28 100
Tabela 1. Destino dos resíduos sólidos nas propriedades rurais. Em nosso caso
apenas 11%, 86% declararam oferece destino próprio aos resíduos, nas seguintes
modalidades: Área vizinha; Cova; Queima; Adubo; Leva na rua. E apenas 11% tem o
lixo recolhido pelo sistema de coleta municipal. Ao certo estas diferenças tem relação
com a formação da área urbana circundada pela micro propriedades.
Segundo Junior Batista do Nascimento (2013), o caso do Tocantins, Estado
criado pelo viés da Constituição de 1988, teve um aumento de 60 municípios, visto que,
na época de sua criação, só existiam 79 municípios e, atualmente, já são 139. Num curto
espaço de tempo, muitos povoados e distritos que viviam em situação de penúria,
abandono e isolamento, foram emancipados dando novos arranjos na economia
regional.
Gráfico 1. Destino dos resíduos sólidos na área rural.
Área viz-inha
CovaQueimaAduboLeva na ruaDa para os porcos
Coleta Municipal
3
12
43213 0.107142857
1428570.428571428
5714290.142857142
8571440.107142857
1428570.071428571
42857150.035714285
71428570.107142857
142857
Destino dos Resíduos Sólidos na Área Rural
Gráfico 1. Destino dos resíduos sólidos na área rural. Que as vias cova, queima,
área vizinha e leva na rua, se constituem na forma mais primária e inadequada de
destino final dos resíduos sólidos.
No contrapasso do reaproveitamento de MO para fins energéticos, reciclagem,
tem-se a coleta municipal com 11% de representatividade e o 35% desperdício de fontes
alternativas de energia com a queima ou abandono dos resíduos em matas ou mesmo em
covas.
Enquanto o aproveitamento energético do lixo justifica-se por poder ofertar até
30% da eletricidade consumida no país. O aproveitamento de Resíduos Sólidos Urbanos
(RSU), Segundo Serôa da Motta e Chermont (1996) apud Oliveira (2000), as rotas para
destinação final dos resíduos sólidos podem ser hierarquizadas e, quando utilizado o
critério de resíduo final mínimo, sua ordenação será: redução da geração na fonte,
reutilização do material produzido, reciclagem, recuperação de energia e aterro
sanitário.
A matéria orgânica na prática da adubação
Pode constatar que o índice de reaproveitamento do material orgânico pelos
agricultores e baixo perante a perda gerada pela queima dessas. Assim constata-se que
existe grande perda dos nutrientes, devido a não realização da compostagem, gerando
maior gasto dos agricultores com adubo e agrotóxicos.
5.2 Análise da queima do lixo e coleta de lixo
O destino do lixo gerado na propriedade é principalmente a incineração (68%).
Em apenas 20%, havia recolhimento público do lixo. Outras formas de eliminação dos
resíduos sólidos são adotadas individualmente. (Christiane Maria Barcellos e Magalhães
da Rocha, 2006).
Gráfico 2. Queima e coleta do lixo na propriedade rural. Número de
Propriedades que promovem a queima do lixo.
Um Dois Coleta Todos os dias
Mensal Não sabe Queima Dias pares
Series1 3 3 3 1 2 3 11 2
Series2 0.107142857142857
0.107142857142857
0.107142857142857
0.0357142857142857
0.0714285714285714
0.107142857142857
0.392857142857144
0.0714285714285714
Queima e coleta do lixo na propriedade rural
Gráfico 2. Queima e coleta do lixo na propriedade rural. Em sua citação
Christiane Maria Barcellos e Magalhães da Rocha (2006), pode se observar que
aproximadamente 80% dos entrevistados fazem a queima do lixo, assim constata-se que
maior parte do lixo que poderia ser reutilizado seja na recomposição dos nutrientes da
terra, compostagem, alimentação de animais entre outros, e perdido e não tem serventia
depois da queima.
A falta de destino adequado aos resíduos sólidos e ao lixo comum oriundo da
residência denota clara ausência de conhecimento de tecnologias adequadas ao descarte
ou aproveitamento deste material.
Ainda de acordo com Oliveira (2000), o fato das duas primeiras rotas
requererem mudanças de comportamento da população e dos interesses dos setores
econômicos é suficiente para que sejam entendidas como metas futuras. Assim, a
reciclagem e a recuperação de energia são as alternativas disponíveis no curto prazo
para reduzir a quantidade de resíduos que é encaminhada aos vazadouros de lixo.
5.2 COMPOSTAGEM
Tabela 2. Percentual da prática de compostagem.
Tabela oriunda de pesquisa mediante questionário e posterior revisão percentual,
nota-se que a prática da compostagem ainda é pouco difundida.
Faz
compostagem
Qu
antidade %
Sim 14
5
2%
Não 13
4
8%
Total 27
1
00,0%
Tabela 2. Percentual da prática de compostagem. A compostagem chegou
como uma condição de enorme potencial para a gestão de resíduos orgânicos, ainda é
superficialmente conhecida e também minimamente aplicada ou incentivada pelo poder
público, observa-se na tabela acima, o percentual da prática do processo por pequenos
agricultores, notoriamente conclui-se que a mesma não é difundida, cabendo ao governo
incentivo, que por sua vez repassado aos técnicos elevariam este resultado, melhorando
a produtividade e diminuindo custos em relação á insumos gastos.
COMPOSTOS UTILIZADOS PRESENTES NA COMPOSTAGEM
Tabela 3. Composição - Mistura utilizada e seus respectivos percentuais
Tabela oriunda de pesquisa mediante questionário e posterior revisão percentual,
observa-se os principais compostos utilizados pelos micros agricultores com destaque á
notória utilização do esterco, devido á facilidade de manejo e obtenção.
Compostos
utilizados
Nº de
Residências%
Restos de
alimentos 8
30
%
Restos vegetais 8
30
%
Fezes de animais 10
37
%
Resto de lavoura 1
3
%
Total 27
10
0%
Tabela 3. Composição - Mistura utilizada e seus respectivos percentuais. A
consequência direta deste quadro, se a compostagem não for adequada, é uma série de
impactos ambientais de grande porte, especialmente o assoreamento de rios, devido ao
lançamento de detritos, a contaminação do solo e de lençóis subterrâneos pelos
compostos produzidos durante a degradação dos resíduos, a poluição atmosférica e a
disseminação de doenças pela proliferação de vetores como insetos e roedores.
Em comparação entre a prática avaliada e as desenvolvidas no país, segundo
figura abaixo, o MIX padrão é próximo ao levantado.
Figura 2: Materiais comuns á prática da compostagem e suas quantidades
de matéria orgânica.
Figura oriunda de pesquisa mediante Internet percebe-se a relevância energética
dos principais materiais usados na compostagem, e demonstra de certa forma que a
forma de obtenção dos mesmos está intimamente relacionada á sua utilização.
Figura 2: Materiais comuns á prática da compostagem e suas quantidades
de matéria orgânica. O reaproveitamento de fezes animais e restos vegetais são
fundamentais para uma boa prática de reciclagem orgânica e decomposição,
relacionando-se as duas tabelas anteriores observa-se a utilização de esterco animal e
restos de lavoura como sendo extremamente viáveis á prática da compostagem na
agricultura familiar, pois implicam na facilidade de obtenção e manejo junto ao baixo
custo e elevado índice de matéria orgânica.
Sendo assim, é preciso reorientar os atuais padrões de produção e consumo,
promovendo a eficiência dos processos de reaproveitamento de dejetos animais e
vegetais, reduzindo os desperdícios para assim dar prioridade ao atendimento das
necessidades básicas da população rural, quais seja alimentação, saúde, educação,
moradia, e estabelecer padrões sustentáveis que reduzam as pressões ambientais e as
desigualdades sociais.
5.3 Saneamento e abastecimento hídrico
Quanto ao cenário atual do saneamento no meio rural, os dados da PNAD/2012
demonstram que ainda são intensas as desigualdades no acesso aos serviços de
abastecimento de água entre os habitantes das áreas urbanas e rurais.
Conforme demonstrado na Tabela 1 e na Figura 4, apenas 33,2% dos domicílios
rurais estão ligados à rede de distribuição de água, e 66,8% dos domicílios rurais usam
outras formas de abastecimento, ou seja, soluções alternativas, coletivas e; ou
individuais, de abastecimento. Enquanto 93,9% dos domicílios urbanos estão ligados à
rede de distribuição de água.
Figura 3: Abastecimento de Água por Domicílios na área rural e urbana no
Brasil.
Fonte: IBGE/PNAD 2012
Figura 4: Abastecimento de água nos domicílios do Brasil
Fonte: IBGE/PNAD (2012)
Na Figura 5 observa-se que predomina na área rural o abastecimento de água a
partir de outras formas com canalização interna (44,1%). Nestes casos, a qualidade da
água depende da proteção das fontes e de uma rede de distribuição sem risco de
contaminação.
Figura 5: Abastecimento de Água nos Domicílios Rurais do Brasil
Figura 5: Abastecimento de Água nos Domicílios Rurais do Brasil
Na Figura 6 é apresentada a cobertura de abastecimento de água por região
geográfica e na Figura 7 é caracterizado o abastecimento de água em domicílios rurais
por região geográfica. Observa-se que as regiões Norte e Centro-Oeste têm os menores
percentuais de cobertura de domicílios ligados à rede de distribuição de água e,
consequentemente, os maiores percentuais de domicílios que utilizam soluções
alternativas de abastecimento.
O fato de a região Nordeste apresentar maior percentual de domicílios rurais
ligados à rede pode ser atribuído às suas características demográficas, pois 46,7% dos
domicílios rurais brasileiros estão localizados nesta região. Além disso, a distribuição de
seus domicílios é menos dispersa do que nas regiões Norte e Centro-Oeste.
Figura 6: Abastecimento de água por Região Geográfica.
Fonte: IBGE/PNAD (2012)
Figura 7: Abastecimento de água em domicílios rurais por Região Geográfica.
Fonte: IBGE/PNAD (2012)
As Figuras (8 e 9) apresentam a cobertura de abastecimento de água dos
domicílios rurais, por unidade da federação, e demonstram existir uma diferença
considerável no percentual de cobertura nos estados. Rondônia, por exemplo, apenas
6,4% dos domicílios rurais estão ligados à rede de distribuição de água, enquanto em
Sergipe, esse percentual é cerca de 61%.
O fato de alguns estados recorrerem a soluções alternativas de abastecimento,
em detrimento da ligação à rede, deve-se a alguns fatores, tais como: demográficos
(concentração de grandes propriedades e dispersão de domicílios), geológicos
(disponibilidade de água subterrânea), ausência ou insuficiência de sistemas públicos de
abastecimento.
Figura 8: Percentual de domicílios rurais ligados à rede de abastecimento de
água por Estado.
Fonte: IBGE/PNAD-2012
Figura 9: Percentual de domicílios rurais com soluções alternativas de
abastecimento de água por Estado.
Fonte: IBGE/PNAD-2012
Todas as famílias afirmaram lavar frutas e verduras antes do consumo. Destas,
80,9% admitiu utilizar água advinda de poços manuais para beber e lavar roupas, as
quais 71,8% afirmaram somente coar a água antes de beber, acreditando ser uma forma
de tratamento eficaz. Quando interrogados sobre deslocamento para outras regiões,
cerca de 80% afirmou não ter o hábito de viajar.
As análises mostram notoriamente a má distribuição de água e saneamento em
condições precárias, o abastecimento do ponto de vista geográfico é devido ao relevo
que sustenta á disponibilidade de água e as vias de escoamento e conhecimentos
utilizados, implica em aspectos de cada região desta realidade, principalmente no que
diz respeito às propriedades rurais, do ponto de vista social este fato se dá pela má
distribuição de renda e pouco incentivo da parte governamental, que não gera políticas
públicas para sanar os problemas de distribuição hídrica rural.
5.4 Saúde dos Alimentos
Tabela 4. aquisição de geladeira na área rural.
Sua Moradia tem
geladeira?
Sim
2
5
8
9%
Não 3 1
1%
Total
2
8
1
00%
Tabela 4. aquisição de geladeira na área rural.
Nesta amostra de resultados, observamos que as grandes maiorias dos produtores
pesquisados informaram possuir geladeiras, e esta conquista demonstra que eles
passaram a ter um mecanismo mais eficiente para a conservação dos seus alimentos,
bem como a melhoria do seu cotidiano, tendo em vista esta região ser muito quente e a
possibilidade de ter uma água fria/gelada em casa é essencial.
Gráfico 3. Origem dos Alimentos
68%
18%
14%
Origem dos Alimentos
MercadoCriação/Produção PrópriaMercado e Produção Própria
Gráfico 3. Origem dos Alimentos
O gráfico acima refere à origem dos alimentos dos produtores rurais, o mesmo
demonstra um grande percentual que corresponde a 68% onde se traduz que os
alimentos advêm do mercado para a mesa do produtor, 18% como criação/produção
própria e 14% informaram que os alimentos são de origem do mercado e
criação/produção própria. Algo que pode ser considerado preocupante, uma vez que um
dos maiores sentidos de se manter no campo seria a sua produção de subsistência.
Gráfico 4. Conservação dos Alimentos
Na mesa Na sombra Na geladeira
Quantidade 0 3 25
% 0 0.107142857142857
0.892857142857143
2.5
7.5
12.5
17.5
22.5
Conservação dos Alimentos
Gráfico 4. Conservação dos Alimentos
Neste gráfico a maioria absoluta dos entrevistados, afirmaram conservar seus
alimentos na geladeira, 89% dos produtores rurais, ou seja, todos que informaram
possuir geladeiras/ freezers em suas propriedades disseram conservar os alimentos na
geladeira o que neste momento demonstra um mínimo de conhecimento e ou suposição
por parte daqueles produtores com relação à importância de manter os alimentos
refrigerados/congelados.
Gráfico 5. Restante das Refeições.
8
6 6
43
10.285714285714286
0.214285714285714
0.214285714285714
0.142857142857143
0.107142857142857
0.0357142857142857
Restante das Refeições
Gráfico 5. Restante das Refeições
Os resultados deste gráfico nos apresenta uma controvérsia em relação ao
anterior, pois, apenas 11% afirmaram guardar o restante das refeições na geladeira,
enquanto 29% deixa na própria panela e 21% em vasilhas de plástico/vidro e o restante
é descartado. Já 21% não informaram como é feito este descarte, 14% é servido aos
animais e apenas 4% é feito compostagem. Este resultado nos mostra a necessidade de
que os produtores têm em obter maiores informações a cerca dos alimentos que já foram
cozidos, visto que estes alimentos sendo mal conservados também estragam.
Gráfico 6. Conservação das Frutas
Come no pé Geladeira Lavadas0
2
4
6
8
10
12
14
6
10
12
0.214285714285714
0.357142857142858
0.428571428571429
Frutas
Gráfico 6. Conservação das Frutas, Esta amostra é relevante porque apresenta
três resultados muito significativos, onde 43% afirmaram lavar as frutas, 36% disseram
manter em geladeiras e 21% come direto do pé. Este resultado denota desde o
conhecimento que alguns têm da necessidade de se lavar bem as frutas e aqueles que
veem a necessidade de mantê-las refrigeradas buscando um tempo maior de
conservação, a aos demais que a fruta saboreada direto do pé é mais gostosa.
Portanto o que se observa sobre a maneira que deve se conservar os alimentos,
frescos, cozidos e as frutas em geral para que se mantenha a qualidade nutritiva e de
igual importância a ausência de micro-organismos nocivos a saúde dos produtores rurais
é seguir as regras dispostas anteriormente pela ANVISA
Os dados apurados mediante questionário aplicado junto a micro produtores
rurais demonstram aspectos relevantes tanto no quesito maneira adequada quanto aquilo
que nunca se deve praticar. Manter os alimentos na geladeira apontada por 89% dos
entrevistados, lavar as frutas 43%, guardam na geladeira as frutas 36% e guardar sobras
das refeições na geladeira 11% são atitudes necessárias e que devem ser ainda mais
difundida. Enquanto, deve ser banido deixar sobra de refeições em panelas29%, em
vasilhas plástico/vidro fora da geladeira, conservar alimentos apenas na sombra e evitar
comer fruta direto do pé. Estes dados servem de marco para um aprofundamento desta
pesquisa.
Levanto aqui um questionamento sobre a incidência comum naquelas regiões
sobre as possíveis causas de diarreia uma vez que 30% disseram ser uma doença comum
na região, e este numero está intimamente ligada aos 29% que afirmaram deixar sobra
das refeições na panela.
5.5 Moradia rural
Gráfico 7. Material comumente utilizado na construção das casas.
79%
18%4%
Material predominante na construção
Alvenaria 22 Madeira 5 Taipa 0 Madeira Aproveitada 0 Palha 1Outro: 0
Gráfico 8. Tipo da posse da propriedade.
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18 17
61% 7% 25% 4% 4%
Series1Series2
Gráfico 8 Tipo da posse da propriedade.
Tabela 5. Tipo da posse da propriedade.
Tabela 5. Tipo da posse da propriedade. Tendo em vista que a grande maioria
das propriedades é própria isso evidencia um maciço investimento na moradia fixa e
definitiva de cada produtor rural.
Tabela 6. Tipo de coberturas predominantes nas residências.
Tabela 6. Tipo de coberturas predominantes
nas residências. Nota-se que a esmagadora maioria
das moradias tem a cobertura de telhas, isso é
ótimo, pois, deixa o ambiente menos quente e
arejado, propiciando um conforto climático, tendo
em vista que nosso Estado é um dos mais quentes,
propicia também uma menor ocorrência de animais peçonhentos como cobra, escorpião
e aranhas.
5.6 Aspectos de saúde
Gráfico 9. Doenças que já foram contraídas
Arrendada 3 10,71%
Própria2
589,29%
Total2
8100,00%
Tipo de cobertura
Nº
Telha2
0
Laje de Concreto 1
Zinco 1
Palha 6
Total2
8
Gráfico 9. Doenças que já foram contraídas.
Tabela 7. e Gráfico 10. Doenças contraídas pelos produtores rurais.
Que doenças você já
contraiu?
Malária 1
2
%
Diarreia
1
3
2
5%
Gripe
1
6
3
1%
Colesterol 2
4
%
Dengue 7
1
3%
Hemorróida 1 2
%
Hipertensão 5
1
0%
Gastrite 2
4
%
Labirintite 0
0
%
Hepatite 1
2
%
Osteoporose 1
2
%
Diabetes 2
4
%
Pneumonia 1
2
%
Leishimania 0
0
%
Verminoses 0
0
%
Doenças
Vasculares 0
0
%
Total
5
2
1
00%
Tabela 7. e Gráfico 10. Doenças contraídas pelos produtores rurais. Neste
gráfico pode-se observar que as doenças mais comuns entre os agricultores são GRIPE
28%, DIARREIA 23% e DENGUE 18%. Assim pode se constatar que as saúde dos
agricultores e vinculada a falta de higiene, ma conservação dos alimentos e falta de
limpeza da moradia confirmando aos casos de dengue.
Gráfico 10. Doenças mais comuns na comunidade
Gráfico 10. Doenças mais comuns na comunidade. Doenças mais aparentes e
comuns em qualquer região (urbana e rural), extrema variedade de manifestações das
patologias de acordo com as condições de clima, higiene e localização geográfica, é
notório que as populações rurais estão a mercê de uma taxa de vulnerabilidade maior
que as populações concentradas urbanas devidas a seu conhecimento e evolução
tecnológica precária.
Tabela 8. Doenças predominantes na região.
Qual a doença
mais comum em sua
região. Nº %
Malária 0 0%
Diarreia 21 30%
Gripe 25 36%
Colesterol 3 4%
Dengue 1 1%
Hemorroida 0 0%
Hipertensão 7 10%
Gastrite 3 4%
Labirintite 0 0%
Hepatite 1 1%
Osteoporose 1 1%
Diabetes 3 4%
Pneumonia 2 3%
Leishimania 1 1%
Verminoses 1 1%
Doenças
Vasculares 1 1%
Total 70
100
%
Tabela 8. Doenças predominantes na região.
Devido a doenças pode-se analisar que devido as doenças os agricultores tiveram
perda de produtividade com os dias em que ficaram fora do campo, cerca de 54% dos
entrevistados ficaram mais de cinco dias afastados do trabalho perdendo produção.
A maioria das doenças que ocorrem na vida do trabalhador rural baseada nos
dados é: Gripe, hipertenção, diabetes e, diarreia. Doenças que tem fáceis métodos de
prevenção, porém estes métodos preventivos não são praticados.
Estes métodos são de baixo custo, como a compostagem, por exemplo, que é
método de descarte do lixo, como restos de comidas, etc. que além de evitar despejo em
locais inadequados, ainda realiza a adubação do solo, deixando-o mais fértil e
cultivável, para algumas culturas.
6. CONCLUSÃO
Os resultados encontrados nos revelam sobre a propriedade rural, serem todas
próprias e devido a esta condição suas moradias são definitivas, edificadas em alvenaria
e cobertas com telhas, essas propriedades participam ou estão incluídas nos programas
de eletrificação rural.
Contudo não tem a sua disposição coleta de lixo, coleta de esgoto e
abastecimento de água tratada. Na ausência dessas condições evidencia-se variada
ocorrência de doenças, principalmente DIARRÉIA e DENGUE.
7. RECOMENDAÇÃO
De todos os quesitos pesquisados podemos concluir que restam ainda muitos
dados a serem levantados, sobre os itens: Moradia; Água e esgoto; Resíduos Sólidos;
Compostagem; Doenças e Saúde na propriedade.
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