Título: Guerra do Paraguai: Meus avós disseram outras coisas!
Autor
José Barbosa de Oliveira Junior
Disciplina/Área:
História
Escola de Implementação do
Projeto e sua localização
Colégio Estadual Jorge Schimmelpfeng –
Foz do Iguaçu
Município da Escola
Foz do Iguaçu
Núcleo Regional de Educação
Foz do Iguaçu
Professor Orientador
Fábio Lopes Alves
Instituição de Ensino Superior
UNIOESTE – Campus Marechal Cândido
Rondon
Relação Interdisciplinar
Geografia – Sociologia
Resumo
Este projeto apresenta uma possibilidade de
trabalho utilizando a temática sobra a Guerra
do Paraguai, conflito entre a Tríplice Aliança e
o Paraguai na segunda metade do século
XIX. Tema instigante e importante no
processo de compreensão da própria História
do Brasil. Nesse sentido, buscamos através
das histórias e interpretações que resistiram
ao tempo nas famílias de descendentes de
paraguaios, habitantes na região da Tríplice
Fronteira, por meio da História oral.
Promovendo a pesquisa dessa temática
visamos lançar olhares para além dos livros
didáticos e das versões historiográficas
oficiais possibilitando ao estudante participar
desse processo e perceber como a História é
escrita.
Palavras-chave
Guerra do Paraguai; História do Paraná;
História Oral; História Local; História
Regional; Memória;
Formato do Material Didático
Caderno Pedagógico
Público Alvo
Uma turma do oitavo ano do Ensino
Fundamental
CADERNO
PEDAGÓGICO
GUERRA DO PARAGUAI: MEUS AVÓS DISSERAM OUTRAS COISAS!
Monumento aos Heróis de Laguna e Dourado Panteão Nacional dos Heróis BR-RJ PY-AS
JOSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA JUNIOR
GUERRA DO PARAGUAI: MEUS AVÓS DISSERAM OUTRAS COISAS!
Callejón Histórico Locomotiva Sapucai
Rio Paraguai Panteão dos Heróis1
JOSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA JUNIOR
1 Fonte Imagens: Acervo pessoal do autor
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL- PDE
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ
AUTOR:
JOSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA JUNIOR
ORIENTADOR:
PROF. FÁBIO LOPES ALVES
FOZ DO IGUAÇU
2012
APRESENTAÇÃO
[...] na casa de meu avô, o cel. Joaquim Monteiro de Carvalho e Silva havia um preto velho, seu Arlindo a quem eu pedia frequentemente que me contasse coisas da guerra, sem prestar grande atenção nelas. Hoje; que eu daria para ouvi-lo! (CARNEIRO, 1995, p. 21)
Caro professor (a),
Esta produção didático-pedagógica procura atender o conjunto de
atividades previstas no Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE.
Pensada e desenvolvida com a intenção de colaborar com o debate e o ensino
de História, porém utilizando-se ao final da História Oral, seus recursos e
perspectivas, tendo como ponto de partida o contexto da Guerra do Paraguai.
Passados muitos anos desde o seu término muitos relatos, obras,
versões, heróis, anti-heróis e consequências devastadoras ainda ecoam,
chamam atenção e dúvidas permanecem.
Estamos agora na sala de aula, dispomos muitas vezes tão somente de
livros didáticos e a disposição para aprender e ensinar algo que se torne
relevante, principalmente para os que habitam a região da Tríplice Fronteira,
compreendendo o Brasil, Paraguai e Argentina, protagonistas do conflito. É
nesse momento que a proposta ganha contornos que podem despertar o
interesse tanto de professores, quanto de estudantes, pois é muito difícil não
encontrar nesta região uma sala de aula que não tenha descendentes de
paraguaios presentes.
Diante dessa situação e a possibilidade de pesquisar esse outro lado
das versões e histórias que se enraizaram nas famílias de descendentes de
paraguaios é que pensamos e estamos construindo esse trabalho. Propomos
ao professor (a) uma ideia de trabalho e ao estudante um meio de acessar
(adentrar) as vozes que foram esquecidas pela historiografia tradicional, mas,
nunca olvidada por aqueles que um dia ouviram e guardaram em suas
memórias e as transmitiram aos seus descendentes, as vivências e o legado
da participação em uma guerra que culminou com a tragédia pessoal de
milhares de pessoas e famílias das jovens nações americanas envolvidas.
Procuramos demonstrar que o estudante, com o auxilio do professor (a),
por meio da Guerra do Paraguai poderá aprender a buscar e experimentar a
história através da pesquisa, compreendendo o que é ser sujeito da sua própria
história ou ainda visualizando e reconhecendo que uma história pode possuir
muitas histórias e o quanto podem enriquecer a própria História que muitas
vezes está tão próxima.
Neste sentido, o Caderno Pedagógico foi dividido em duas unidades
mais específicas que trazem a sensibilização e o levantamento de
conhecimentos prévios dos estudantes e atividades de aprofundamento e a
pesquisa em si destinada a estudantes do oitavo ano.
Foz do Iguaçu, novembro de 2012.
José Barbosa de Oliveira Junior
INTRODUÇÃO
A guerra é sempre uma falência da diplomacia. Não há caso mais
flagrante de falência da diplomacia do que a chamada Guerra da
Tríplice Aliança, a Guerra do Paraguai, a Guerra contra o Paraguai,
Guerra Guaçu, Guerra Grande ou, só para usar a expressão de um
de seus protagonistas, a Guerra Maldita. (MARQUES, 1995, p. 167)
Lecionar em Foz do Iguaçu, no extremo oeste do Paraná, na Tríplice
Fronteira (Brasil-Argentina e Paraguai), submete qualquer profissional, o
professor (a) em especial, a uma grande diversidade étnica e histórico-cultural.
Nesse sentido, quando iniciamos os estudos sobre a Guerra do
Paraguai, guerra envolvendo a Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai)
contra a República do Paraguai no século XIX, algumas questões chamam a
atenção, uma vez que essa região desde muito tempo é habitada por
paraguaios e seus descendentes que contribuem enormemente com a
formação multiétnica desta importante cidade paranaense.
Portanto, lecionar história nessa região requer um olhar atento para com
a historiografia oficial, visando um exercício de pluralidade e visão ampla da
História, como François Dosse (2003) nos alerta ao destacar a Escola dos
Annales: “Não existe mais a história, mas as histórias” (p. 269).
A polêmica Guerra do Paraguai produziu várias versões historiográficas,
o que não nos impede de buscar outras histórias, além das já escritas.
Histórias que podem transformar a aula em algo significativo, pois estamos em
uma fronteira entre os países que dela participaram, considerando o que
supostamente foi esquecido, mas que resiste na memória coletiva da região.
Considerando a existência de saberes acerca da ou das histórias
referentes ao conflito enraizados na fronteira, pretende-se acessar essas
histórias por meio da história oral, reconstruindo tais saberes em sala de aula.
Segundo Schimidt e Cainelli,
Algumas perspectivas do trabalho com a história oral têm levado ao entendimento de que a utilização de fontes orais constituiria uma reação às explicações globalizantes, apoiadas somente em documentos escritos. [...] Para isso, é necessário articular experiências individuais, muitas vezes desarticuladas do contexto da aprendizagem ou deixadas de lado pelo ensino tradicional da História,
com as grandes interpretações da história das sociedades. (SCHIMIDT; CAINELLI, 2004, p.127)´
Partindo da necessidade de contrapor o ensino de uma História do
conflito alheia a realidade local, visando despertar o interesse para o processo
de construção do conhecimento histórico e colaborar com o ensino e o debate
sobre Guerra do Paraguai nas aulas de História do Brasil. E considerando a
realidade histórica e étnica local, visamos inserir o próprio estudante como
elemento chave para essa realização. Produzimos algumas atividades
relacionadas ao contexto da própria guerra e entrevistas, propondo a utilização
de recursos tecnológicos para a concretização deste trabalho, procurando
fornecer meios para que docentes e estudantes construam juntos novos
olhares sobre este conflito e sobre a própria História Local, do Brasil e da
América Latina, reconhecendo-se como sujeitos críticos e transformadores
pertencentes a essa mesma História.
OBJETIVOS
1. OBJETIVO GERAL:
Identificar nos relatos dos descendentes de paraguaios elementos que
possam contribuir para uma melhor compreensão do conflito entre a Tríplice
Aliança e o Paraguai (1864 a 1870);
Documentar experiências obtidas por meio de relatos de descendentes
paraguaios em entrevistas sobre a Guerra do Paraguai;
Demonstrar as possibilidades que a história oral pode fornecer no processo
de reconhecimento da nossa própria história;
Contribuir com o debate acerca da Guerra do Paraguai partindo da história
local;
Conhecer as versões históricas existentes nas famílias de descendentes de
paraguaios na Tríplice Fronteira sobre a Guerra do Paraguai;
Produzir materiais (recursos) pedagógicos que auxiliem no ensino da Guerra
do Paraguai;
UNIDADE 1
SENSIBILIZAÇÃO E LEVANTAMENTO DE
CONHECIMENTOS PRÉ-EXISTENTES
Professor (a), considerando a existência ou não de descendentes de
paraguaios na sala de aula se faz necessário num primeiro momento o
levantamento de informações prévias sobre os conhecimentos acerca da
Guerra do Paraguai que poderão ajudar no desenrolar da pesquisa e das
atividades. Assim, sugerimos uma pequena entrevista que servirá tanto para
identificar possíveis descendentes, como conhecimentos relativos ao conflito,
esta poderá ser reduzida e impressa com seis unidades em cada folha A4.
Disponibilizamos um modelo detalhado na unidade 2.
Esse levantamento ajudará no processo de sensibilização, organização
e desenvolvimento das pesquisas pelos estudantes mais adiante, podendo os
futuros entrevistadores ser ou não descendentes de paraguaios desde que
tenham acesso a esse público.
Já em sala de aula, um ponto que podemos nos ater nesse momento
inicial é a geografia, as questões limítrofes da época e a navegação da Bacia
do Rio da Prata, para tanto sugerimos a visualização de imagens e recursos
disponíveis na internet, agendando inclusive visitas na sala de informática, para
se perceber a complexa questão da navegabilidade, vejamos algumas
imagens como exemplo:
a)
Figura 1 – Imagem via satélite do Rio da Prata (Argentina – Uruguai).
b)
Figura 2: Bacia do Rio da Prata (Argentina – Uruguai)
c)
Figura 3: Bacia do Rio da Prata (Argentina – Uruguai)
Nesse sentido, como atividade a ser desenvolvida pelos estudantes, o
professor (a) poderá sugerir, aproveitando a visita ao laboratório de
informática, um levantamento de dados sobre a navegação da Bacia do Rio da
Prata, as distâncias, importância, dificuldades da época e como é a navegação
atual nos portos de Buenos Aires e Montevidéu, inclusive percorrendo os rios
da bacia virtualmente, bem como fazendo a leitura dos tratados que sucederam
o Tratado de Tordesilhas, produzindo um relatório sobre a experiência, em
duplas ou trios, para ser debatido em sala.
Feita essa contextualização geopolítica um ponto forte é reforçarmos o
nascimento dessas duas nações latino-americanas, fortemente vinculadas à
crise do Antigo Sistema Colonial português e espanhol, e a dominação
napoleônica na Península Ibérica, nesse caso o professor (a) poderá
apresentar os vídeos selecionados que tratam dos processos de
independências, aproveitando para debater e discutir os elementos polêmicos
que constituíram ou construíram a nossa própria independência:
Figura 4: Independência ou Morte – O Grito do Ipiranga
Figura 5: Museu Casa da Independência2
Vídeo 1 - Dom Pedro I - Série "Construtores do Brasil" - TV Câmara ( o material com (9'07''), em 29/03/2007 e detalha passo a passo a trajetória de Pedro I e a condução do processo de independência com imagens e comentários) disponível no sítio:
Disponível em: http://www2.camara.gov.br/tv/materias/CONSTRUTORES-DO-BRASIL/175592-DOM-PEDRO-I.html ou http://www.youtube.com/watch?v=0jnOG4RL41M [Acesso em: 17 set. 2012.]
2 Fonte: Acervo pessoal do autor.
Vídeo 2 - Fantástico - Independência do Brasil - parte 01 – Caso o professor(a) prefira algo mais descontraído poderá assistir com os estudantes o quadro exibido pelo programa Fantástico " É muita história" com (8'03''), apresentado pelos jornalistas Pedro Bial e Eduardo Bueno, disponível no sítio:
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=97X1HafIRoM [ Acesso em: 27 nov. 2012.]
Vídeo 3 - Fantástico - Independência do Brasil - parte 02 ( continuação) com duração de (5'52''), disponível no sítio:
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=-Yz4n3GKaC8 [Acesso em: 27 nov. 2012.]
Video 4 - 1811 Independencia del Paraguay. Pelicula Paraguaya, o material com (25'00''), trata do processo de independência do Paraguai, seu personagens, enfrentamentos e objetivos, disponível no sítio, porém, em espanhol:
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=6gX0gJGMCIM [ Acesso em: 27 nov. 2012.]
Trabalhar com vídeos é sempre uma proposta muito interessante e
motivadora, possibilitando análises e reflexões que acrescentam, transcendem
e alertam para redirecionamentos. Sendo o material selecionado objetivo, seu
conteúdo visa contribuir para despertar o interesse pelo tema, fazendo com que
os estudantes percebam e comparem os dois processos ou modelos de
independência pretendidos nesses futuros países da América do Sul. O
professor (a) pode sugerir como atividade a anotação dos fatos destacados ou
situações chaves, elaborando questionamentos, o que enriqueceria muito um
debate entre os estudantes. Sugerimos algumas perguntas para serem
respondidas e socializadas no grande grupo:
a) Quais diferenças entre os dois processos de independência podem ser
destacadas?
b) Qual a diferença entre Monarquia e República?
c) O que mais chamou sua atenção?
d) Escolha um dos dois processos e faça uma crítica.
e) Qual fato você considerou que mereceria mais atenção ou pesquisa?
Justifique.
Remetendo-nos diretamente à Guerra do Paraguai, que foi mais um
dentre os conflitos que o Brasil veio a participar ao longo do século XIX, na
chamada Questão da Prata, o professor (a) poderá sugerir leituras que relatam
essa trajetória de lutas que antecederam a guerra de 1864 a 1870 envolvendo
a Tríplice Aliança e o Paraguai, solicitando, a seguir, a produção de um
Glossário Ilustrado Digital, utilizando o laboratório de informática, com os
principais momentos dessas questões, contendo personagens, conceitos,
aspectos geográficos, batalhas, entre outros, tendo em vista que os conflitos
mencionados são:
a) A Guerra da Cisplatina (1825-1828):
http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_da_Cisplatina ou
http://www.historiabrasileira.com/brasil-imperio/guerra-da-cisplatina/ - Acesso
em: 28 nov. 2012. “Em julho de 1821, depois de anos de escaramuças na
fronteira sulista, D. João incorporou ao Brasil a Banda Oriental do Uruguai, que
seu exército havia tomado em 1817. Rebatizado de Província Cisplatina, o
novo território permaneceria sob controle do Brasil até 1825.” (BUENO, 2010,
p.156)
b) Intervenção contra Oribe (Uruguai) e Rosas (Argentina) ou Guerra do
Prata (1851-1852): http://www.historiabrasileira.com/brasil-imperio/guerra-
do-prata/ ou http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_contra_Oribe_e_Rosas -
Acesso em: 28 nov. 2012. Da união entre Oribe e Rosas nasceu uma linha
política que contrariava os interesses brasileiros na região do Prata. Os
brasileiros diziam que os blancos não respeitavam nossas fronteiras no Rio
Grande do Sul e frequentemente provocavam conflitos com os proprietários
das fazendas gaúchas. (COTRIM, 1999, p. 207)
c) Guerra contra Aguirre ou Guerra do Uruguai (1864-1865):
http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_contra_Aguirre - Acesso em: 28 nov. 2012.
“O governo brasileiro, vendo seus interesses prejudicados, fez inúmeras
reclamações ao governo do Uruguai.” (COTRIM, 1999, p. 208)
d) Guerra do Paraguai (1864-1870): http://bndigital.bn.br/projetos/guerradoparaguai/ - Acesso em: 28 nov. 2012.
Nesta página da Biblioteca Nacional Digital o estudante poderá acessar e
explora o projeto Guerra do Paraguai que contempla diversos links
interessantes ao aprofundamento do tema. “Acima de quaisquer motivos
políticos ou reivindicações territoriais, o que verdadeiramente alimentou a
Guerra do Paraguai foram questões de natureza econômica”. (COTRIM, 1999
p. 210)
Na busca de recursos didáticos e de trabalhos acerca da temática
deparamo-nos com uma produção interessante e importante no processo de
compreensão e de estudos sobre o conflito, se trata da obra do cineasta Sylvio
Back “Guerra do Brasil – Toda a Verdade sobre a Guerra do Paraguai”,
disponível no seguinte endereço:
http://www.youtube.com/watch?v=KV_lfwBbacs. - Acesso em: 28 nov. 2012.
O documentário produzido em 1987 propicia a oportunidade de acessar uma
retrospectiva da guerra com imagens, depoimentos e opiniões acerca do
conflito. O professor (a) após assisti-lo com os estudantes, como opção para
refletir criticamente sobre as visões e acontecimentos apontados na obra,
poderá solicitar que durante o processo de exposição o estudante anote em um
lado de uma folha de forma resumida as impressões sobre as informações e os
lugares visitados, impressões sobre as pessoas entrevistadas, a defesa de
ideias ou situações, causas do conflito, críticas e suas próprias opiniões. Feito
isso o estudante poderá entrevistar um colega buscando interar-se do que este
também destacou como relevante e vice-versa, anotando essa entrevista no
outro lado da folha, o resultado seria ainda socializado e debatido no grande
grupo.
Uma atividade que idealizamos ou visualizamos possível e que poderá
propiciar grande envolvimento no processo de implementação, seja nesse
momento, ou antes, é a da criação de grupos de trabalhos que podem ser
“batizados”, caso os estudantes concordem, com nomes oriundos de
personagens, lugares, batalhas, expressões etc. que tenham ouvido ou lido a
respeito durante o processo de sensibilização. Criados os grupos esses terão
as seguintes “missões”:
a) Pesquisar e aprofundar leituras que tratam de momentos ou fases do
conflito, suas causas e contextos que antecederam a guerra ou sobre algum
personagem que tenha sido escolhido pelo grupo, tanto na forma de artigos,
trechos de obras da literatura, filmes, documentários. Nesse caso o docente,
percebendo a necessidade, poderá sugerir obras, links, artigos, revistas
acessíveis, entre outros. Feito isso o grupo poderá produzir uma síntese para
socializar através da leitura com os outros grupos os resultados obtidos,
objetivando comentários sobre o que encontraram e interpretaram. Observando
que os integrantes de cada grupo deverão fazer anotações das falas dos
colegas para utilização durantes as considerações com o grande grupo;
Algumas sugestões:
- Monumento a Duque de Caxias. Disponível em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Monumento_a_Duque_de_Caxias.
[Acesso em: 28 nov. 2012.]
- Monumento aos Heróis de Laguna e Dourado. Disponível em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Monumento_aos_Her%C3%B3is_de_Laguna_e_Dou
rados. [Acesso em: 28 nov. 2012.]
- Monumento Panteão Nacional dos Heróis (Assunção). Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Pante%C3%A3o_Nacional_dos_Her%C3%B3is_%28Assun%C3%A7%C3%A3o%29 . [Acesso em: 28 nov. 2012.]
- A Retirada de Laguna de Visconde de Taunay. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv00304a.pdf . [Acesso em: 28 nov. 2012.] - Guerra do Paraguai: Controvérsias da Historiografia sobre as causas do conflito - Thiago Rabelo Sales. Disponível em: http://www.ichs.ufop.br/memorial/trab/h9_2.pdf [Acesso em: 28 nov. 2012.]
- Imagens em desordem de André Toral. Disponível em :
http://api.ning.com/files/c1lWqOuc2*7TG4AdyEqlaJASxU4XnMpNpD3Hvtye0lA
HB3SQ1RVfOvgFDLj3kK9XDLwIvXGHxoqejZN7*NOgiX0cCtD2VoHJ/AndrTora
lImagensemDesordem.pdf [Acesso em: 28 nov. 2012.]
- Revista Nossa História - A guerra do Paraguai - As origens do conflito
que sacudiu o continente. Disponível em:
http://pt.scribd.com/doc/58128763/GUERRA-DO-PARAGUAI-Revista-Nossa-
Historia - [Acesso em: 28 nov. 2012.]
- A Guerra do Paraguai nos livros didáticos de história do Brasil: uma
análise de obras publicadas entre 1900-1960 - de André Átila Fertig e
Tassiana Maria Parcianello Saccol. Disponível em
http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=
0CCQQFjAA&url=http%3A%2F%2Fseer.ufrgs.br%2Faedos%2Farticle%2Fdow
nload%2F12778%2F9172&ei=bPSDUP_qMoX28gTkq4D4Dw&usg=AFQjCNGi
qEb-PMhwyNwlaQp_QN-uZyypNQ&sig2=x3_lT94my2ZaBh1E6N-Skg
[Acesso em: 28 nov. 2012.]
- Guerra do Paraguai: os caminhos da memória entre a comemoração e o
esquecimento – Rodrigues, Marcelo Santos. Guerra do Paraguai: os caminhos
da memória entre a comemoração e o esquecimento [tese]. São Paulo: ,
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas; 2009. Disponível em:
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-07122009-102220/.
[Acesso em: 28 nov. 2012.]
b) Acessar e ouvir as entrevistas produzidas pela Rede Brasil Atual que estão
disponíveis tanto no site:
http://www.redebrasilatual.com.br/temas/especiais/quem-tem-medo-da-guerra-
do-paraguai ou no youtube: http://www.youtube.com/watch?v=LXcXbZR8X1U.
[Acesso em: 28 nov. 2012.] As produções contém entrevistas com diversos
historiadores, escritores, autoridades e interessados no tema. Como atividade
cada grupo poderá escolher uma entrevista, sugere-se que antes de ouvir a
entrevista realizem um breve levantamento sobre a trajetória do entrevistado
(a) para contextualizar sua fala e melhor compreender a entrevista. Anotar
descrevendo a experiência e debater entre os integrantes do grupo preparando
um pequeno relatório para socialização que poderá ser feita por meio de um
sorteio de nomes e leitura dos textos elaborados.
UNIDADE 2 Pesquisa
Nesse momento da implementação caminhamos para a realização de
algo que consideramos crucial na proposta. Trata-se da pesquisa em si, do
envolvimento do estudante com possíveis fontes, no caso em questão
buscando as histórias acerca do conflito que resistiram ao tempo e encontram
ecos no seio familiar, visando à busca de outras versões, fatos, opiniões,
história de vida, dúvidas e críticas que possam contribuir no processo de
ensino-aprendizagem.
Como já destacamos no começo, o professor (a) poderá em um primeiro
momento identificar ou não estudantes descendentes de paraguaios.
Reconhecemos que tal situação ficaria mais fácil nas regiões de fronteira,
porém não descartamos a possibilidade dos estudantes também se depararem
ou identificarem descendentes de participantes brasileiros, argentinos e
uruguaios nesse processo. Fato esse que enriqueceria em demasia a proposta,
pois recentemente conversamos com uma professora que leciona história no
interior do Paraná e a mesma conseguiu uma cópia transcrita de uma carta do
seu bisavô que lutou na Guerra do Paraguai destinada a sua esposa direto do
front de batalha, a carta em si se deteriorou em razão do tempo, mas o seu
conteúdo é muito interessante e nos remete às dificuldades da guerra. Já outra
professora nos relatou que há tempos na sua propriedade, uma chácara, foi
encontrada uma arma de fogo que, segundo ela, seus vizinhos diziam ser do
tempo da “guerra”, fato que não pudemos precisar. Esses relatos acabam
expressando que as possibilidades são muitas quando nos envolvemos com
pesquisa e o que não nos preocupamos é com o “engessamento” do tema, por
isso relatamos tais exemplos de situações que essa ação poderá nos remeter.
Assim sendo, sugerimos o seguinte roteiro, reconhecendo a importância
da história oral no processo de ensino-aprendizagem. No que diz respeito aos
relatos e memórias que resistiram ao tempo por meio dos descendentes
daqueles que lutaram essa guerra. Propomos como já adiantamos
inicialmente:
1) Exposição de trechos de entrevista realizada pelo autor com descendentes
de paraguaios como sensibilização;
2) Identificação de descendentes junto aos estudantes do oitavo ano a ser feita
a intervenção: poderá ser reduzida e impressa com seis unidades em cada
folha A4;
*Para fins de levantamento de dados para o projeto de implementação do PDE 2012 na área de história, intitulado “Guerra do Paraguai: Meus avós disseram outras coisas!” Faremos algumas perguntas: - Nome: _____________________ nº: turma: - Nasceu em que cidade: - você sabe algo sobre a Guerra do Paraguai ? ( ) sim ( ) não ( ) pouca coisa - Alguém já falou com você sobre esse assunto? ( ) sim ( ) não - Se sim, quem ? ___________________________________ - Você faz parte de uma família que descende de paraguaios? ( ) sim ( ) não - Você tem descendentes paraguaios em sua família? ( ) sim ( ) não
3) Realizado o levantamento, marcar uma reunião com os estudantes
descendentes para expor o projeto e sugerir o desenvolvimento de entrevistas
e ouvir sugestão para possíveis readequações. Nesta oportunidade deve-se
reiterar o objetivo da pesquisa junto aos descendentes de paraguaios a
respeito do conflito conhecido por Guerra do Paraguai, Guerra Grande ou
Guerra da Tríplice Aliança, preparando para a execução da entrevista. Debater
o questionário previamente elaborado e definir o período de aplicação:
a) A entrevista apresenta-se com as seguintes orientações ou sugestões
de perguntas:
OBS: Estudante-Entrevistador: Não se preocupe em anotar ou gravar tudo o
que o entrevistado considerar inicialmente, trate a entrevista como uma
conversa com um tema específico.
Entrevista:
IDENTIFICAÇÃO
a) NOME:
b) IDADE:
c) NACIONALIDADE:
d) ENDEREÇO:
e) PROFISSÃO:
f) AUTORIZAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DOS DADOS OBTIDOS PARA
FINS ACADÊMICOS E EDUCATIVOS:
Assinatura:_________________________________________________
_____
g) DATA: / /
1) AO FALARMOS EM GUERRA DO PARAGUAI O QUE VEM À SUA
MEMÓRIA?
2) O SENHOR (A) TEVE ALGUM PARENTE QUE LUTOU NA GUERRA E
DEIXOU ESSA EXPERIÊNCIA REGISTRADA NOS RELATOS DE PAIS PARA
FILHOS? SE SIM: QUAL O NOME DO DESCENDENTE QUE LUTOU NA
GUERRA? SUA IDADE NA ÉPOCA? PROFISSÃO? SOBREVIVEU? O QUE
MAIS SABE SOBRE ELE (A)?
3) COMO ERA OU O QUE É DITO SOBRE O PARAGUAI ANTES DA
GUERRA?
4) QUAL FOI A CAUSA DA GUERRA?
5) O QUE SEU PAI OU AVÔ LHE DISSE SOBRE A GUERRA QUE VOCÊ
NÃO ESQUECEU?
6) EXISTEM OS QUE SÃO A FAVOR E OS QUE SÃO CONTRA O
MARISCAL LÓPEZ, O QUE ISSO SIGNIFICA?
7) A GUERRA DO PARAGUAI ESTÁ MUITO VIVA NA MEMÓRIA DO
POVO PARAGUAIO, ISSO SE DEVE POR QUAIS MOTIVOS?
8) SOBRE OS PERSONAGENS GENERAIS, POLÍTICOS, HOMENS,
MULHERES E CRIANÇAS VOCÊ GOSTARIA DE FAZER MENÇÃO,
DESTACAR OU HOMENAGEAR ALGUM DELES?
9) O SENHOR (A) CONHECE ALGUMA HISTÓRIA SOBRE O CONFLITO
NÃO ESTÁ NOS LIVROS DE HISTÓRIA E GOSTARIA DE COMPARTILHAR?
10) O QUE O SENHOR (A) APRENDEU OU LHE FOI ENSINADO NA
ESCOLA ESPECIFICAMENTE SOBRE O CONFLITO, ALGUNS PONTOS,
FATOS, CAUSAS DA GUERRA E PERSONAGENS QUE CONSIDERA
DIVERGENTE ?
11) QUAL BATALHA OU PERSONAGEM MAIS LHE CHAMA ATENÇÃO E
POR QUAL MOTIVO?
12) GOSTARIA DE FALAR ALGO QUE NÃO FOI PERGUNTADO E QUE
ACHA INTERESSANTE DEIXAR REGISTRADO?
13) QUE LIÇÃO ESTE CONFLITO DEIXOU PARA OS PAÍSES QUE
PARTICIPARAM?
Professor (a), peça ao estudante-entrevistador que após a entrevista
elabore um relatório sobre a sua experiência e as informações obtidas
utilizando-se de uma página apenas. Após a realização das entrevistas muitos
dos estudantes-entrevistadores poderão ser mesclados entre os grupos de
trabalhos já formados e que já vinham desenvolvendo as atividades de
sensibilização, facilitando as etapas seguintes, que prevêem: a entrega dos
questionários (entrevistas já realizadas) e relatório sobre a experiência de uma
página para análise dos resultados.
O professor (a), após a leitura e análise prévia dos resultados das
entrevistas realizadas pelos estudantes junto aos descendentes, marcará um
dia para que os estudantes socializem suas experiências e os resultados da
pesquisa com o seu grupo ou com os grupos, dependendo do tempo e das
condicionantes da implementação, lendo suas entrevistas e relatando suas
experiências. Sugere-se, caso seja possível, que os entrevistadores sejam
entrevistados pelos próprios colegas do grupo produzindo mais um material a
ser analisado e incorporado ao processo da avaliação dos resultados da
implementação.
Para finalização dos procedimentos deve-se sugerir que cada grupo de
trabalho elabore uma apresentação materializada em cartazes, fotos, pinturas,
imagens, gibis, charges, encenações sobre as suas leituras, pesquisas e
impressões sobre a Guerra do Paraguai, que serão expostos na biblioteca
(dentro ou fora), criando o Dia das Lembranças de uma Guerra entre os Povos
Irmãos da América do Sul, nome sugestivo e sujeito à mudança conforme
avaliação, novas interpretações ou ainda novas sugestões dos estudantes e
que funcionará como mais uma momento de avaliação.
Fica a sugestão para que no começo dos trabalhos os estudantes, caso
considerem interessante, elaborem a indicação de 3 a 5 colegas para a
formação de um grupo específico que ajudará na organização, mobilização e
registros para a criação de um blog para disponibilização do projeto na WEB.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerando a complexidade do tema tanto no campo teórico e didático
essa proposta visa contribuir com o debate acerca da temática envolvendo a
Guerra do Paraguai, buscando nas histórias locais da tríplice fronteira, em Foz
do Iguaçu, resquícios desse episódio importantíssimo da História da América.
Nesse sentido esperamos que essa proposta se configure numa
iniciativa que aponte caminhos, perspectivas ou experiências que colaborem
com o ensino da disciplina de História em geral.
Se tivermos sucesso no sentido de identificar e trazer parte dessas
histórias esquecidas pela historiografia oficial e “arquivada” no interior das
famílias de descendentes daqueles que lutaram essa guerra para a sala de
aula, esperamos propiciar ao estudante envolvimento com a história a sua
volta, entendemos estar de alguma forma contribuindo com o ensino de
História.
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