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PROJETO DE PESQUISA
INTRODUÇÃO
1 TEMA
Motivação no Trabalho. (VILANOVA, Tomás Monteiro Lopes. 1980)
1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA
Motivação: Um estudo abrangente da motivação dos funcionários de contabilidade
Santo Antônio da Platina.
2 TÍTULO
A real motivação dos funcionários de contabilidade de Santo Antônio da Platina.
3 PROBLEMA DE PESQUISA
Estaria o humor dos gestores de escritório de contabilidade de Santo Antônio da
Platina, interferindo na rotina de trabalho dos auxiliares contábeis?
4 HÍPOTESE
O ser humano em seu ambiente de trabalho é impulsionado pelo reconhecimento de
seus superiores naquilo que realiza, sendo assim pequenos gestos de delicadeza ou
de pressão, acarretará notavelmente no rendimento do indivíduo naquele dia dentro,
da rotina contábil.
5 OBJETIVOS
5.1 OBJETIVO GERAL
Pesquisar se o humor dos gestores altera na rotina dos funcionários de escritório de
contabilidade de Santo Antônio da Platina.
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5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Traçar uma abordagem teórica sobre a motivação e humor e
seus resultados dentro de uma organização;
Identificar a realidade motivacional de funcionários de escritório
de contabilidade de Santo Antônio da Platina, e a interferência do
humor dos gestores na rotina dos mesmos;
Relatar os resultados da pesquisa de campo, comparando com a
pesquisa teórica, levantando o real estado de motivação dos
mesmos.
6 JUSTIFICATIVA
Sabe-se da necessidade e da importância da motivação, em
qualquer organização seja ela de qual segmento for colaboradores bem motivados
serão sempre sinônimos de produção e de qualidade no ambiente organizacional.
Em face ao exposto sente-se a necessidade de se pesquisar sobre “A real
motivação dos funcionários de escritório de contabilidade de Santo Antônio da
Platina”.
No entanto será necessário fazer um estudo abrangente sobre
motivação, para que assim se comprove a importância da mesma, na rotina dos
colaboradores de contabilidade platinense, levantando assim os pontos positivos e
negativos do tema exposto.
O tema proposto se faz de suma importância na sociedade, pois se
os colaboradores sentem-se desmotivado isto refletirá na sua vida particular,
tornando-se quase um círculo vicioso, pois se sabe que pessoas desmotivadas
infelizmente desmotivam outras pessoas, bem como, ocorre o contrário no caso do
sujeito motivado.
Ao levar essa desmotivação profissional para dentro de sua casa,
afeta toda sua família e por conseqüência sua vida social será atingida.
No universo acadêmico, se faz necessário fazer este estudo para
que assim, a universidade possa cumprir seu papel e alterar o meio onde está
inserida. Com o resultado desta pesquisa espera-se que os gestores atentem sua
atenção para a motivação de seus colaboradores.
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O tema é de suma importância no mundo organizacional, espera-se
com esta pesquisa colaborar de modo eficaz, para o melhoramento do clima
organizacional das empresas aqui envolvidas.
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7 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
7.1 TEORIA MOTIVACIONAL
Ao se falar de motivação deve-se considerar sempre que o aspecto
comportamento, sempre varia de pessoa a pessoa, não há como dissertar sobre
motivação sem abordarmos de início a hierarquias das necessidades básicas do ser
humano.
Figura 1 – Hierarquia das necessidades básicas.
Freud (1920), o célebre autor já comenta que na teoria psicanalítica
a compreensão do comportamento humano e sua motivação ocorrem através do
curso tomado pelos eventos mentais que automaticamente buscam o princípio do
prazer, ou seja, o indivíduo busca relacionar e regular o prazer e o desprazer
reduzindo ou equilibrando a quantidade de excitação que se encontra vinculada na
mente.
Chiavenato (1998) explica que as pessoas são diferentes no que
tange a motivação, sendo que as necessidades variam de indivíduo a indivíduo, e
com isso cada um estabelece o seu próprio padrão de comportamento; contudo, o
processo que resulta a motivação é o mesmo para todas as pessoas.
O ciclo motivacional surge com uma necessidade. A necessidade
pode ser considerada uma força dinâmica e persistente que provoca o
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comportamento. A cada necessidade emergente, há também um rompimento do
equilíbrio do organismo, que causa um estado de tensão. A conseqüência do estado
de tensão é o comportamento ou uma ação que é capaz de livrar o desconforto.
Quando satisfeita a necessidade, o organismo volta a um estado de equilíbrio.
(Chiavenato, 1998).
Maslow (1954) apud Moscovici (2002) caracterizou as necessidades
básicas como um dos aspectos da motivação humana. O autor estabeleceu
distinções entre motivação de crescimento e motivação de deficiência.
Para o mesmo, motivação de deficiência constitui carências no
indivíduo tem, e que precisam ser supridas por outras pessoas. O homem não
alcança um estado de satisfação global, pois assim que satisfaz um desejo, logo
surge outro em seguida.
Desejo em ter trabalho fixo, rotina e estabilidade são aspirações que
uma pessoa adulta busca para satisfazer a sua segurança. Após as necessidades
fisiológicas e as necessidades de segurança garantidas, o indivíduo quer a
satisfação de afeto e amor, quer pertencer a grupos e ser socialmente adaptado. O
patamar acima é referente a estima e status, a pessoa nessa fase tem desejos de
realização, força, competência confiança e almeja reputação e reconhecimento.
As necessidades básicas podem variar a posição da hierárquica em
indivíduos diferentes, portanto muitas vezes não segue a hierarquia de forma rígida.
Existem pessoas em que a necessidade de estima é maior que a necessidade de
amor. O surgimento da necessidade é um processo gradativo e cíclico, na medida
em que outras necessidades são realizadas. A satisfação equilibrada das
necessidades básicas na infância garante um desenvolvimento normal, uma
personalidade estruturada e sadia e ainda, resistências as frustrações.
(MOSCOVICI, 2002).
7.2 MOTIVOS HUMANOS PARA MOTIVAÇÃO
Segundo Vilanova (1980), virtualmente cada pessoa tem sua própria
concepção sobre o que é motivação. Todavia, em todas as definições, uma ou mais
das seguintes palavras são usualmente encontradas: desejos, aspirações, metas,
objetivos, estímulos, impulsos e necessidades. Tecnicamente o termo motivação
pode ser traçado ao latim movere, que significa mover. Esta acepção evidencia-se
na definição de Bernard Berelson & Gary A. Steiner: “Um motivo é um estado
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interno que dá energia, torna ativo ou move (daí motivação) e que dirige ou canaliza
o comportamento em direção a objetivos.” (BERELSON , 2002, p. 45).
Assim considerada a motivação, seu estudo logicamente começou
pelo entendimento do significado e das relações entre “necessidade /estímulo ou
impulsos /objetivos”.
De acordo com esse ponto de vista, o processo motivacional
consiste de um ciclo formado por três elementos interdependentes, em permanente
estado de interação, que são a necessidade, estímulo e objetivos.
7.3 HUMOR E SUAS DEFINIÇÕES
O humor é um estado de ânimo cuja intensidade representa o grau
de disposição e de bem-estar psicológico e emocional de um indivíduo.
A palavra humor surgiu na medicina humoral dos antigos Gregos.
Naqueles tempos, o termo humor representava qualquer um dos quatro fluidos
corporais (ou humores) que se considerava serem responsáveis por regular a saúde
física e emocional humana.
O humor é uma das chaves para a compreensão de culturas,
religiões e costumes das sociedades num sentido amplo, sendo elemento vital da
condição humana. O homem é o único animal que rI, e através dos tempos a
maneira humana de sorrir modifica-se acompanhando os costumes e correntes de
pensamento.
Em cada época da história humana a forma de pensar cria e derruba
paradigmas, e o humor acompanha essa tendência sócio-cultural. Expressões
culturais do humor podem representar retratos fiéis de uma época, como é o caso,
por exemplo, das comédias gregas de Plauto e das comédias de costumes do
brasileiro Martins Pena.
Sendo assim o humor passa por três teorias, o da superioridade,
incoerência e do alívio.
7.3.1 Teorias da Superioridade
Estas teorias partem do pressuposto que todo riso é oriundo da
sensação de superioridade de um indivíduo frente a outra ou alguma situação.
Traduz-se o riso como uma resposta a uma "gloria repentina" advinda da percepção
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de superioridade por parte do indivíduo. A superioridade pode se dar não somente
pela depreciação do outro, mas também, da ética e da moral estabelecidas como em
piadas e trocadilhos que zombam das regras sociais ou mesmo gramaticais.
7.3.2 Teorias da Incoerência
A incoerência aqui é tida como força motriz de toda situação cômica,
sendo a mesma identificada como uma "experiência frustrada". Immanuel Kant
alegava que o humor surge da "transformação repentina de uma grande expectativa
para o nada". O humor é tido como a dissolução violenta de uma atitude emoção,
que e produzida pela associação de duas idéias inicialmente distantes. Segundo
estes preceitos a piada de boa qualidade deverá necessariamente mesclar dois
elementos altamente contrastantes de forma que se estabeleça forte relação entres
ambos. Para que a piada tenha boa aceitação pelo público é essencial que este
esteja inteirado das idéias opostas que se apresentam na piada. Da mesma forma, o
comediante, deve se inteirar sobre os aspectos sócio-culturais do público para que
consiga estabelecer relações inusitadas para aquela platéia, uma vez certas
relações podem parecer inusitadas para um grupo e não para outro.
7.3.3 Teorias do Alívio
Provém da remoção de uma tensão, Sigmund Freud teorizou que
esta tensão é resultado da ação da "censura", nome que deu às proibições internas
que impedem o indivíduo de dar forma aos seus impulsos naturais. Segundo Freud,
o humor, seria uma forma de enganar a censura e portanto provocar alívio e por
conseguinte o riso. A censura é enganada se a quebra da proibição for disfarçada
por uma idéia que não denote algo proibido. Como um insulto dito como um elogio.
7.4 HUMOR NAS ESPRESAS SERIA POSSÍVEL?
Segundo Karkotli (2004) há casos em que nenhuma competência
compensa o mau humor. As empresas estão valorizando ter em seu quadro de
pessoal profissionais que saibam sorrir. Não aquele sorriso amarelo que causa uma
falsa impressão, mas o riso espontâneo de quem trabalha com bom humor e sabe
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tirar sempre uma lição positiva das adversidades do dia-a-dia. Afinal, o mau humor
também contagia. Empregado sisudo espanta a clientela e até os colegas de equipe.
Segundo os consultores de recursos humanos, até mesmo a
qualificação não adianta em se tratando de um profissional casmurro. Para as
empresas, o fato de trazer ou não resultados tem menos importância do que o
impacto da pessoa no funcionamento da equipe. O autor cita o caso de uma
empresa, cliente da consultoria, que preferiu afastar do quadro um funcionário com
excelente desempenho, mas com péssimo temperamento. "Seu mau humor
constante desestabilizava a equipe"
O sério como símbolo da competência é muito pesado. Chega uma hora em que a pessoa cansa de exercer esse papel e a personagem, a máscara do dia-a-dia, cai" afirma.No entanto, para a importância de se perceber o limite onde termina o humor e começa o sarcasmo e o desrespeito. "Quando dosado, o humor não arranha a credibilidade de uma organização. Pelo contrário, ao se perder o medo do ridículo, do fracasso, o bom humor pode ser uma ferramenta para encarar as gafes como partícipes da própria vida".(KARKOTLI, 2004, p. 114).
7.5 A REALIDADE CONTÁBIL PLATINENSE
Santo Antônio da Platina, cidade pólo comercial do Norte pioneiro,
atualmente com 43 mil Hab. Segundo dados do IBGE (2007), se solidifica na região
com um grande potencial em prestação de serviços.
Na área contábil a cidade conta atualmente com 23 escritório que
prestam o serviço de contabilidade e assessoria, ressaltamos que neste trabalho
foram estudas apenas 13 dessas empresas, tendo vista que as outras empresas se
recusaram a participar deste trabalho.
Na pesquisa de campo foi utilizado um questionário, que foi
preenchido por um funcionário de cada escritório participante. Sendo assim segue
abaixo as perguntas, com as respostas e as intervenções científicas para as
questões abordadas.
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SEXO
F46%M
54%
F M
Gráfico 1 – Sexo Fonte: Elaborado pelo autor, 2009.
É importante observar que, dentre as pessoas pesquisadas, se
percebe que existe uma percentagem bem pequena na questão masculina e
feminina no universo contábil platinense. Ou seja, aquele conceito de que cálculos e
números pertencia apenas ao universo masculino esta se diluindo, sobre essa
questão de cultura organizacional o autor Jean François Chanlat, faz a seguinte
afirmação.
Cada um dos sexos, de acordo com sua maneira específica, via os dirigentes como depositários dos valores, das orientações e das expectativas da organização, como geradores de exemplo a seguir e de atitudes a interiorizar, como catalisadores que favorecem a formação de grupos, a cooperação e a colaboração ou consideravam ainda, que fatores como o sexo e a imagem conferem a empresa uma espécie de personalidade própria.(CHANLAT, 2001, p. 41).
Ou seja, o autor afirma que dependendo se em uma determinada
empresa, a maioria de seus funcionários forem homem ou mulher, isso vai definir
a personalidade da empresa, concluímos assim que na realidade da
contabilidade platinense, esta questão mantêm-se equilibrada.
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FAIXA ETÁRIA
15 a 20 anos 0%
20 a 30 anos 62%
Acima de 30 anos.38%
15 a 20 anos
20 a 30 anos
Acima de 30 anos.
Gráfico 2 – Faixa Etária Fonte: Elaborado pelo autor, 2009.
Conclui-se também que nas empresas contábeis platinense, não
existem colaboradoress menores de vinte anos ou seja, o perfil dessas empresas
são para funcionários com uma certa experiência, ou talvez se trate de uma cultura
organizacional imposta, e que tem se perpetuado. Talvez tenha faltado a essas
empresas um pouco de responsabilidade social, quando se deixa de dar
oportunidades para pessoas com menos de vinte anos, sobre esse assunto
Chanlat afirma:
Nesse sentido, é necessário exceder ao entendimento mais imediato do que a responsabilidade social corporativa esta ligada ás estratégias e práticas voltadas identificadas com o engajamento de jovens aprendizes no mercado de trabalho. Muito mais que isso a responsabilidade social que a organização tem por obrigação pode ser identificada através dessa prática. (CHANLAT, 2001, p. 41).
TEMPO DE TRABALHO
MENOS DE 1 ANO 8%
DE 1 A 5 ANOS 46%
ACIMA DE 5 ANOS46%
MENOS DE 1 ANO
DE 1 A 5 ANOS
ACIMA DE 5 ANOS
Gráfico 3 – Tempo de Trabalho no Escritório Fonte: Elaborado pelo autor, 2009.
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Em um mercado de trabalho tão instável, e comum se ter
rotatividade no trabalho, estudos mostram que a rotatividade nem sempre e benéfica
para o empregador, pois assim o mesmo sempre tem que estar investindo em novos
treinamentos. Em relação a pesquisa percebe-se que os funcionários encontram-se
quase que totalmente há mais de um ano neste emprego, o que nos leva a garantir
que existe uma estabilidade empregatícia.
Bergamini (1997), afirma que não é apenas a estabilidade levará a
conduta motivacional, mas será um dos fatores que irá colaborar para que a mesma
ocorra.
Gráfico 4 – Motivos Por Estar Nesta Profissão Fonte: Elaborado pelo autor, 2009.
Na pirâmide de Maslow a auto-realização aparece no topo como
ponto máximo para a realização de um indivíduo, sendo assim para uma pessoa se
auto realizar é necessário que esteja feliz naquilo que realiza, e o fator profissional é
primordial para tal fato.
A pesquisa revela um fato alarmante na realidade contábil,
platinense, pois apenas 23% (vinte e três) declaram que estão na profissão por
vocação, ou seja os restante se encontra por falta de opção ou simplesmente por
dinheiro. O que deixa uma duvida se e possível, ser motivado quando o fator
predominante e simplesmente o dinheiro.
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Gráfico 5 – Pretensão de Permanecer no Trabalho Fonte: Elaborado pelo autor, 2009.
Os funcionário contábeis platinense, tem como grande característica
o espírito empreendedor, podemos afirmar isso tendo em vista que quase a
totalidade dos entrevistados pensam em abrir seu próprio escritório, ou procurar algo
melhor. O que nos leva a crer em se tratar de funcionários com visão de negócios.
Pois sabe-se que na área contábil a experiência conta muito, então
os gestores platinenses deveriam ficar mais atento a isso, tendo em vista que dentro
em breve terão novos concorrentes.
Gráfico 6 – Curso Superior Ligado a Contabilidade Fonte: Elaborado pelo autor, 2009.
Outro dado interessante da pesquisa em questão é o fato que
grande parte dos funcionários que tem curso superior, eles tem sua formação na
área contábil, o que emprega certamente uma qualificação a esses profissionais.
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Esse dado da pesquisa nos faz compreender a questão anterior, ou
seja, se esses funcionários têm formação contábil, porque permanecer como
funcionários, se eles podem se tornar donos do próprio negocio.
Gráfico 7 – Você se considera motivado. Fonte: Elaborado pelo autor, 2009.
Com essa questão chegamos há um dos temas principais deste
trabalho, ou seja, comprova-se através desta pesquisa que quase a metade dos
funcionários contábeis, considera-se motivados em seu ambiente de trabalho e
naquilo que realiza.
Conclui-se assim, que o clima organizacional e o fator financeiro seja
um dos pontos que contribuem para essa motivação.
O objetivo motivacional é então, procedido quando a pessoa se sente realizada no âmbito profissional, a partir daí ser perseguido a cada momento particular e a direção de busca de qualidade e superação será prioritariamente determinada por um fator interno e individual. (BERGAMINI, 1997, p. 92).
Funcionário motivado sempre resultara em bons resultados para
qualquer empresa, ainda mais em se tratando de funcionário, com metas e
planejamentos bem definidos como os mostrado aqui na pesquisa.
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Gráfico 8 – Razões que o Motivam no Seu Ambiente de Trabalho Fonte: Elaborado pelo autor, 2009.
A necessidade de afetividade social descrita por Maslow se
comprova aqui também, pois uma maioria significante declarou que o fator amizade,
é uma das principais razões que o levam a se motivar.
Sobre a importância do ciclo social em uma empresa Chiavenato
(1999), diz que quando o individuo alcança a satisfação das necessidades sociais,
surgem as necessidades de estima, e que somente que depois dessa necessidade
suprida ele vai busca a sua auto realização por completo.
Por isso que a necessidade social aparece no meio da Pirâmide das
Necessidades Humanas, como pudemos ver na Fig. 01. É como se a necessidade
fosse um divisor de águas.
Gráfico 9 – Humor Interfere no Rendimento Fonte: Elaborado pelo autor, 2009.
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Essa questão vem de encontro com a problematização do trabalho,
que aborda a questão se o humor dos gestores estaria afetando a motivação dos
funcionários contábeis.
Pois bem fica claro e evidente que sim, grande parte dos
funcionários sente-se motivados quando seus superiores estão de bom humor. Pois
este bom humor leva o dia há um clima cordial e produtivo, que assim ressultara, em
rendimento nos trabalhos.
Chiavenato (1999), afirma que para a satisfação das necessidades
superiores depende muito de outras pessoas, particularmente daquelas que estão
em posição de autoridade, torna-se importante para a administração compreender a
natureza do ajustamento e do desajustamento das pessoas.
Gráfico 10 – Chefe Mal Humorado e Estressado Como Fica o Clima Fonte: Elaborado pelo autor, 2009.
Como complementação da questão anterior esse dado vem
comprovar, que gestores mal humorados deixa o clima organizacional tenso, e
leva há uma pequena queda no rendimento dos funcionários.
Chiavenato (1999), ainda sobre esse assunto complementa
dizendo que, todavia, quando há baixa motivação entre os membros, seja por
humor, frustração ou barreiras a satisfação das necessidades, o clima
organizacional tende a abaixar-se, caracterizando-se por estados de depressão,
desinteresse, apatia, insatisfação,etc., podendo chegar em casos extremos a
estado de agressividade, típicos de situações em que os funcionários se
defrontam com superiores autoritários, mal humorados e estressados
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Gráfico 11 – Agrado = EficiênciaFonte: Elaborado pelo autor, 2009.
Mais uma vez a prática comprova o que a teoria já afirmou, de fato
gentileza gera gentileza, isto é o que afirma essa questão na pesquisa, pois assim entende
os funcionários contábeis platinenses.
Pois toda vez que um gestor procura ser gentil, ou surpreender seus
funcionários com gestos de gentileza além de motivá-lo ele contribui, para aumentar
significativamente sua eficiência no ambiente organizacional.
Gráfico 12 – Fator Financeiro Fonte: Elaborado pelo autor, 2009.
Sendo assim Chiavenato afirma:
As pessoas desejam dinheiro porque lhes permite não somente a satisfação das necessidades fisiológicas e de segurança, mas também lhes dá plena condições para a satisfação das necessidades sociais, de estima e de auto realização. O dinheiro é um meio e não um fim em si mesmo Ele pode comprar muitas coisas que satisfazem múltiplas necessidades pessoais. (CHIAVENATO, 1999, p. 104).
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O autor afirma que pela questão financeira que o individuo alcançara
todos as outras etapas de suas necessidades. Ou seja a sociedade não pode ser
hipócrita ao afirmar que a questão financeira não pesa no mercado de trabalho.
O fator financeiro não aparece como o principal fator motivacional,
mas é correto afirmar que sem dúvida é um dos preponderantes para a motivação
dos funcionários contábeis platinenses.
Gráfico 13 – Clientes Afetam sua Motivação Fonte: Elaborado pelo autor, 2009.
É certo que os funcionários contábeis platinenses, se esforçam e
fazem o melhor para satisfazerem os clientes de seu escritório. Quando esse
objetivo não é alcançado é normal haver uma desmotivação.
Mas como compreender quando se faz de tudo para agradar um
cliente e o mesmo continua insatisfeito, para tal questionamento a pesquisa
comprova que a relação cliente funcionário é uma das variáveis para a motivação
desse funcionário. Sobre essa complexidade de relacionamento interpessoal
Chiavenato afirma:
O homem não só é complexo, mas é também muito variável, tem muitas motivações que se encontram dispostas em certa hierarquia de importância, pôr essa hierarquia está sujeita as mudanças de momento a momento e de situação a situação. Assim hora se satisfaz o cliente ora o mesmo se torna incompreensível. (CHIAVENATO, 1999, p. 121).
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Gráfico 14 – Fiscalização x Segurança Fonte: Elaborado pelo autor, 2009.
Os funcionários contábeis se mostram ciente da responsabilidade
que tem diante de seus clientes, ou seja, algum erro, ou falta de atenção por sua
parte poderá acarretar, em multas ou processos para seus clientes. Sendo os
funcionários se preocupam confirmando assim sua eficiência e responsabilidade
perante a função que exerce.
Gráfico 15 – Período que te desmotiva Fonte: Elaborado pelo autor, 2009.
Sabe-se que na rotina contábil existem datas já fixadas pelo
governo, que precisam ser rigorosamente cumpridas, datas tais como, entrega de
Importo de Renda, lançamentos de notas, fechamentos de caixa, entrega de
arquivos magnéticos, ISS, DAS, entre outros impostos.
24
A grande parte desses serviços precisa ser entregue religiosamente
ate o dia quinze de cada mês, mesmo assim os funcionários afirmam não ser na
primeira quinzena o período que mais os desmotivam, e sim a partir da segunda, os
mesmo alegam que por motivos financeiros e tendo em vista que um novo período
se aproxima e terão que refazer o mesmo processo, isto os fazem se desmotivarem
na segunda quinzena do mês.
7.6 CONSIDERAÇÕES SOBRE A PESQUISA DE CAMPO
Conclui-se assim com a pesquisa de campo, que o problema de
pesquisa levantado neste trabalho, se “Estaria o humor dos gestores dos escritórios
de Contabilidade de Santo Antônio da Platina, interferindo na rotina de trabalho dos
auxiliares contábeis?”, de fato ocorre, o humor realmente vem interferindo, variando
para o lado positivo quando os gestores estão bem humorados, e para o lado
negativo quando os gestores são indelicados ou mal humorados.
Nota-se também que a hipótese levantada pelo trabalho, vem se
igualar com a realidade contábil platinense. Mostrando assim que a variação
motivacional está ligada diretamente as atitudes e gestos de seus gestores
superiores.
8 METODOLOGIA
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Segundo Gil (2008) pode se definir pesquisa como procedimento
racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas
que são propostos. A pesquisa é requerida quando não se dispõe de informação
suficiente para responder ao problema, ou então quando a informação se encontra
em tal estado de desordem que não possa ser adequadamente relacionada ao
problema.
A pesquisa é desenvolvida mediante o concurso dos conhecimentos
disponíveis e a utilização cuidadosa de métodos, técnicas e outros procedimentos
científicos.
A metodologia aplicada para fundamentação da pesquisa, foi de
pesquisa de campo, explicativa do tipo Pesquisa Bibliográfica analisando autores,e
comparando com a teoria, sendo isto feito através de livro, revistas e sites.
De acordo com Severino (2000), a pesquisa bibliográfica
documental; pesquisa-ação é uma busca apurada em livros, revistas, sites, jornais,
documentários a respeito de um assunto. Ela tem o objetivo de auxiliar o
pesquisador no desenvolvimento de sua pesquisa, pois ela irá apresentar e ampliar
o conhecimento atual sobre o tema selecionado irá identificar pesquisas que estão
sendo feitas ou foram no passado dento do campo e do tema escolhidos.
Através da utilização dessa pesquisa, pretende-se compreender o
fator motivacional na vida dos funcionários dos escritórios contábeis platinenses.
9 CRONOGRAMA
26
ATIVIDADES Março Abril Maio JunhoEscolha do
TemaX
Pesquisa Bibliográfica
X X
Relatórios Parciais
X X X
Relatório Final XPesquisa de
CampoX X X
Redação Parcial X XRedação Final
do TextoX
Entrega Projeto/Pesquisa
X
ApresentaçãoProjeto/Pesquisa
X
10 REFERÊNCIAS
27
BERGAMINI, Cecília Whitaker. Motivação nas organizações. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1997.
CHANLAT, Jean François. O Indivíduo na organização: dimensões esquecidas. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2001.
CHIAVENATO, Idalberto. Administração de recursos humanos. 1. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
MORGAN, Gareth. Imagens da organização. 1. ed. São Paulo: Atlas, 1996.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. São Paulo: Cortez, .
VILANOVA, Tomás Monteiro Lopes. Motivação no trabalho:. 1. ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1980.
28
11 APÊNDICE
QUESTIONÁRIO
UM ESTUDO SOBRE A REAL MOTIVAÇÃO DOS FUNCIONARIO DE CONTABILIDADE DE SANTO ANTONIO DA PLATINA – PR
1) Sexoa) M b) F
2) Qual sua faixa etáriaa) 15 a 20 anos b) 20 a 30 anos c) Acima de 30 anos.
3) Há quanto tempo você trabalha neste escritórioa) Menos de um ano b) De 1 ate 5 anos c) Acima de 5 anos
4) Por qual motivo você se encontra nesta profissão a) Falta de opção melhorb) Vocação – Sou feliz no que façoc) Questão financeira – O que me prende e o meu salário
5) Qual sua pretensão de permanecer neste trabalhoa) Assim que conseguir coisa melhor eu saiob) Pretendo me especializar e abrir meu próprio negocioc) Nunca pensei nisso
6) Caso você tenha formação acadêmica ou esteja em uma academia, sua função dentro do escritório, condiz com a academia cursada
a) Sim b) Não
7) Na sua rotina, dentro do ambiente de trabalho, você se considera motivado naquilo que faz
a) Sim b) Não c) As vezes d) Depende das circunstancias
8) Dentro do seu ambiente de trabalho, no dia a dia quais as razoes que mais te motivam
a) Amizade b) Clima organizacional pacifico c) O bom humor e o respeito de meus superiores, comigo
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9) Você acha que o fator bom humor de seus superiores interfere diretamente no seu rendimento durante o dia
a) Sim b) Não
10) O dia que seus superiores chegam mal humorados ou estressados, como fica o clima organizacional durante o diaa) Clima Tensob) Meu rendimento cai bruscamente, devido a tensão c) Isso não me afeta em nada, faço meu trabalho normalmente
11) Quando seus superiores lhe surpreende com algum gesto de cortesia não habitual, isto te motiva a ser mais eficientea) Simb) Nãoc) Quando isso ocorre, tenho certeza que ele me pedira algo
12) No contexto geral o fato financeiro e predominante para sua motivaçãoa) Simb) Nãoc) Se eu dependesse de meu salário para ser motivado, eu seria um frustrado
13) Em relação aos clientes de seu escritório, eles afetam sua motivação diáriaa) Simb) Não
14) Sabendo que a área contábil, esta em constante e alvo de constante fiscalização, isto lhe traz alguma insegurançaa) Sim, tendo em vista que algum erro meu acarretara em conseqüências aos escritório e ao clienteb) Não, isto não me afeta e não me importo com as fiscalizações
15) Tendo em vista que a rotina contábil, e bem definida em relação aos prazos de entregas de arquivos, Darfs, Fgts, etc....Qual período do mês você se considera menos motivadoa) Na primeira Quinzena, já que ocorre as maiores datas para entregas de serviços b) No final do mês, tendo em vista que meu salário acabou e vai começar tudo de novo
30
12 ANEXOS
ENTREVISTAS
31