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PROJETO DE PESQUISA INTRODUÇÃO 1 TEMA Motivação no Trabalho. (VILANOVA, Tomás Monteiro Lopes. 1980) 1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA Motivação: Um estudo abrangente da motivação dos funcionários de contabilidade Santo Antônio da Platina. 2 TÍTULO A real motivação dos funcionários de contabilidade de Santo Antônio da Platina. 3 PROBLEMA DE PESQUISA Estaria o humor dos gestores de escritório de contabilidade de Santo Antônio da Platina, interferindo na rotina de trabalho dos auxiliares contábeis? 4 HÍPOTESE O ser humano em seu ambiente de trabalho é impulsionado pelo reconhecimento de seus superiores naquilo que realiza, sendo assim pequenos gestos de delicadeza ou de pressão, acarretará notavelmente no rendimento do indivíduo naquele dia dentro, da rotina contábil. 5 OBJETIVOS 7

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PROJETO DE PESQUISA

INTRODUÇÃO

1 TEMA

Motivação no Trabalho. (VILANOVA, Tomás Monteiro Lopes. 1980)

1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA

Motivação: Um estudo abrangente da motivação dos funcionários de contabilidade

Santo Antônio da Platina.

2 TÍTULO

A real motivação dos funcionários de contabilidade de Santo Antônio da Platina.

3 PROBLEMA DE PESQUISA

Estaria o humor dos gestores de escritório de contabilidade de Santo Antônio da

Platina, interferindo na rotina de trabalho dos auxiliares contábeis?

4 HÍPOTESE

O ser humano em seu ambiente de trabalho é impulsionado pelo reconhecimento de

seus superiores naquilo que realiza, sendo assim pequenos gestos de delicadeza ou

de pressão, acarretará notavelmente no rendimento do indivíduo naquele dia dentro,

da rotina contábil.

5 OBJETIVOS

5.1 OBJETIVO GERAL

Pesquisar se o humor dos gestores altera na rotina dos funcionários de escritório de

contabilidade de Santo Antônio da Platina.

7

Page 2: Tcc Adriano[1]

5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Traçar uma abordagem teórica sobre a motivação e humor e

seus resultados dentro de uma organização;

Identificar a realidade motivacional de funcionários de escritório

de contabilidade de Santo Antônio da Platina, e a interferência do

humor dos gestores na rotina dos mesmos;

Relatar os resultados da pesquisa de campo, comparando com a

pesquisa teórica, levantando o real estado de motivação dos

mesmos.

6 JUSTIFICATIVA

Sabe-se da necessidade e da importância da motivação, em

qualquer organização seja ela de qual segmento for colaboradores bem motivados

serão sempre sinônimos de produção e de qualidade no ambiente organizacional.

Em face ao exposto sente-se a necessidade de se pesquisar sobre “A real

motivação dos funcionários de escritório de contabilidade de Santo Antônio da

Platina”.

No entanto será necessário fazer um estudo abrangente sobre

motivação, para que assim se comprove a importância da mesma, na rotina dos

colaboradores de contabilidade platinense, levantando assim os pontos positivos e

negativos do tema exposto.

O tema proposto se faz de suma importância na sociedade, pois se

os colaboradores sentem-se desmotivado isto refletirá na sua vida particular,

tornando-se quase um círculo vicioso, pois se sabe que pessoas desmotivadas

infelizmente desmotivam outras pessoas, bem como, ocorre o contrário no caso do

sujeito motivado.

Ao levar essa desmotivação profissional para dentro de sua casa,

afeta toda sua família e por conseqüência sua vida social será atingida.

No universo acadêmico, se faz necessário fazer este estudo para

que assim, a universidade possa cumprir seu papel e alterar o meio onde está

inserida. Com o resultado desta pesquisa espera-se que os gestores atentem sua

atenção para a motivação de seus colaboradores.

8

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O tema é de suma importância no mundo organizacional, espera-se

com esta pesquisa colaborar de modo eficaz, para o melhoramento do clima

organizacional das empresas aqui envolvidas.

9

Page 4: Tcc Adriano[1]

7 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

7.1 TEORIA MOTIVACIONAL

Ao se falar de motivação deve-se considerar sempre que o aspecto

comportamento, sempre varia de pessoa a pessoa, não há como dissertar sobre

motivação sem abordarmos de início a hierarquias das necessidades básicas do ser

humano.

Figura 1 – Hierarquia das necessidades básicas.

Freud (1920), o célebre autor já comenta que na teoria psicanalítica

a compreensão do comportamento humano e sua motivação ocorrem através do

curso tomado pelos eventos mentais que automaticamente buscam o princípio do

prazer, ou seja, o indivíduo busca relacionar e regular o prazer e o desprazer

reduzindo ou equilibrando a quantidade de excitação que se encontra vinculada na

mente. 

Chiavenato (1998) explica que as pessoas são diferentes no que

tange a motivação, sendo que as necessidades variam de indivíduo a indivíduo, e

com isso cada um estabelece o seu próprio padrão de comportamento; contudo, o

processo que resulta a motivação é o mesmo para todas as pessoas.

O ciclo motivacional surge com uma necessidade. A necessidade

pode ser considerada uma força dinâmica e persistente que provoca o

10

Page 5: Tcc Adriano[1]

comportamento. A cada necessidade emergente, há também um rompimento do

equilíbrio do organismo, que causa um estado de tensão. A conseqüência do estado

de tensão é o comportamento ou uma ação que é capaz de livrar o desconforto.

Quando satisfeita a necessidade, o organismo volta a um estado de equilíbrio.

(Chiavenato, 1998). 

 Maslow (1954) apud Moscovici (2002) caracterizou as necessidades

básicas como um dos aspectos da motivação humana. O autor estabeleceu

distinções entre motivação de crescimento e motivação de deficiência.

Para o mesmo, motivação de deficiência constitui carências no

indivíduo tem, e que precisam ser supridas por outras pessoas. O homem não

alcança um estado de satisfação global, pois assim que satisfaz um desejo, logo

surge outro em seguida.

Desejo em ter trabalho fixo, rotina e estabilidade são aspirações que

uma pessoa adulta busca para satisfazer a sua segurança. Após as necessidades

fisiológicas e as necessidades de segurança garantidas, o indivíduo quer a

satisfação de afeto e amor, quer pertencer a grupos e ser socialmente adaptado. O

patamar acima é referente a estima e status, a pessoa nessa fase tem desejos de

realização, força, competência confiança e almeja reputação e reconhecimento. 

As necessidades básicas podem variar a posição da hierárquica em

indivíduos diferentes, portanto muitas vezes não segue a hierarquia de forma rígida.

Existem pessoas em que a necessidade de estima é maior que a necessidade de

amor. O surgimento da necessidade é um processo gradativo e cíclico, na medida

em que outras necessidades são realizadas. A satisfação equilibrada das

necessidades básicas na infância garante um desenvolvimento normal, uma

personalidade estruturada e sadia e ainda, resistências as frustrações.

(MOSCOVICI, 2002).

7.2 MOTIVOS HUMANOS PARA MOTIVAÇÃO

Segundo Vilanova (1980), virtualmente cada pessoa tem sua própria

concepção sobre o que é motivação. Todavia, em todas as definições, uma ou mais

das seguintes palavras são usualmente encontradas: desejos, aspirações, metas,

objetivos, estímulos, impulsos e necessidades. Tecnicamente o termo motivação

pode ser traçado ao latim movere, que significa mover. Esta acepção evidencia-se

na definição de Bernard Berelson & Gary A. Steiner: “Um motivo é um estado

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Page 6: Tcc Adriano[1]

interno que dá energia, torna ativo ou move (daí motivação) e que dirige ou canaliza

o comportamento em direção a objetivos.” (BERELSON , 2002, p. 45).

Assim considerada a motivação, seu estudo logicamente começou

pelo entendimento do significado e das relações entre “necessidade /estímulo ou

impulsos /objetivos”.

De acordo com esse ponto de vista, o processo motivacional

consiste de um ciclo formado por três elementos interdependentes, em permanente

estado de interação, que são a necessidade, estímulo e objetivos.

7.3 HUMOR E SUAS DEFINIÇÕES

O humor é um estado de ânimo cuja intensidade representa o grau

de disposição e de bem-estar psicológico e emocional de um indivíduo.

A palavra humor surgiu na medicina humoral dos antigos Gregos.

Naqueles tempos, o termo humor representava qualquer um dos quatro fluidos

corporais (ou humores) que se considerava serem responsáveis por regular a saúde

física e emocional humana.

O humor é uma das chaves para a compreensão de culturas,

religiões e costumes das sociedades num sentido amplo, sendo elemento vital da

condição humana. O homem é o único animal que rI, e através dos tempos a

maneira humana de sorrir modifica-se acompanhando os costumes e correntes de

pensamento.

Em cada época da história humana a forma de pensar cria e derruba

paradigmas, e o humor acompanha essa tendência sócio-cultural. Expressões

culturais do humor podem representar retratos fiéis de uma época, como é o caso,

por exemplo, das comédias gregas de Plauto e das comédias de costumes do

brasileiro Martins Pena.

Sendo assim o humor passa por três teorias, o da superioridade,

incoerência e do alívio.

7.3.1 Teorias da Superioridade

Estas teorias partem do pressuposto que todo riso é oriundo da

sensação de superioridade de um indivíduo frente a outra ou alguma situação.

Traduz-se o riso como uma resposta a uma "gloria repentina" advinda da percepção

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Page 7: Tcc Adriano[1]

de superioridade por parte do indivíduo. A superioridade pode se dar não somente

pela depreciação do outro, mas também, da ética e da moral estabelecidas como em

piadas e trocadilhos que zombam das regras sociais ou mesmo gramaticais.

7.3.2 Teorias da Incoerência

A incoerência aqui é tida como força motriz de toda situação cômica,

sendo a mesma identificada como uma "experiência frustrada". Immanuel Kant

alegava que o humor surge da "transformação repentina de uma grande expectativa

para o nada". O humor é tido como a dissolução violenta de uma atitude emoção,

que e produzida pela associação de duas idéias inicialmente distantes. Segundo

estes preceitos a piada de boa qualidade deverá necessariamente mesclar dois

elementos altamente contrastantes de forma que se estabeleça forte relação entres

ambos. Para que a piada tenha boa aceitação pelo público é essencial que este

esteja inteirado das idéias opostas que se apresentam na piada. Da mesma forma, o

comediante, deve se inteirar sobre os aspectos sócio-culturais do público para que

consiga estabelecer relações inusitadas para aquela platéia, uma vez certas

relações podem parecer inusitadas para um grupo e não para outro.

7.3.3 Teorias do Alívio

Provém da remoção de uma tensão, Sigmund Freud teorizou que

esta tensão é resultado da ação da "censura", nome que deu às proibições internas

que impedem o indivíduo de dar forma aos seus impulsos naturais. Segundo Freud,

o humor, seria uma forma de enganar a censura e portanto provocar alívio e por

conseguinte o riso. A censura é enganada se a quebra da proibição for disfarçada

por uma idéia que não denote algo proibido. Como um insulto dito como um elogio.

7.4 HUMOR NAS ESPRESAS SERIA POSSÍVEL?

Segundo Karkotli (2004) há casos em que nenhuma competência

compensa o mau humor. As empresas estão valorizando ter em seu quadro de

pessoal profissionais que saibam sorrir. Não aquele sorriso amarelo que causa uma

falsa impressão, mas o riso espontâneo de quem trabalha com bom humor e sabe

13

Page 8: Tcc Adriano[1]

tirar sempre uma lição positiva das adversidades do dia-a-dia. Afinal, o mau humor

também contagia. Empregado sisudo espanta a clientela e até os colegas de equipe.

Segundo os consultores de recursos humanos, até mesmo a

qualificação não adianta em se tratando de um profissional casmurro. Para as

empresas, o fato de trazer ou não resultados tem menos importância do que o

impacto da pessoa no funcionamento da equipe. O autor cita o caso de uma

empresa, cliente da consultoria, que preferiu afastar do quadro um funcionário com

excelente desempenho, mas com péssimo temperamento. "Seu mau humor

constante desestabilizava a equipe"

O sério como símbolo da competência é muito pesado. Chega uma hora em que a pessoa cansa de exercer esse papel e a personagem, a máscara do dia-a-dia, cai" afirma.No entanto, para a importância de se perceber o limite onde termina o humor e começa o sarcasmo e o desrespeito. "Quando dosado, o humor não arranha a credibilidade de uma organização. Pelo contrário, ao se perder o medo do ridículo, do fracasso, o bom humor pode ser uma ferramenta para encarar as gafes como partícipes da própria vida".(KARKOTLI, 2004, p. 114).

7.5 A REALIDADE CONTÁBIL PLATINENSE

Santo Antônio da Platina, cidade pólo comercial do Norte pioneiro,

atualmente com 43 mil Hab. Segundo dados do IBGE (2007), se solidifica na região

com um grande potencial em prestação de serviços.

Na área contábil a cidade conta atualmente com 23 escritório que

prestam o serviço de contabilidade e assessoria, ressaltamos que neste trabalho

foram estudas apenas 13 dessas empresas, tendo vista que as outras empresas se

recusaram a participar deste trabalho.

Na pesquisa de campo foi utilizado um questionário, que foi

preenchido por um funcionário de cada escritório participante. Sendo assim segue

abaixo as perguntas, com as respostas e as intervenções científicas para as

questões abordadas.

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SEXO

F46%M

54%

F M

Gráfico 1 – Sexo Fonte: Elaborado pelo autor, 2009.

É importante observar que, dentre as pessoas pesquisadas, se

percebe que existe uma percentagem bem pequena na questão masculina e

feminina no universo contábil platinense. Ou seja, aquele conceito de que cálculos e

números pertencia apenas ao universo masculino esta se diluindo, sobre essa

questão de cultura organizacional o autor Jean François Chanlat, faz a seguinte

afirmação.

Cada um dos sexos, de acordo com sua maneira específica, via os dirigentes como depositários dos valores, das orientações e das expectativas da organização, como geradores de exemplo a seguir e de atitudes a interiorizar, como catalisadores que favorecem a formação de grupos, a cooperação e a colaboração ou consideravam ainda, que fatores como o sexo e a imagem conferem a empresa uma espécie de personalidade própria.(CHANLAT, 2001, p. 41).

Ou seja, o autor afirma que dependendo se em uma determinada

empresa, a maioria de seus funcionários forem homem ou mulher, isso vai definir

a personalidade da empresa, concluímos assim que na realidade da

contabilidade platinense, esta questão mantêm-se equilibrada.

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FAIXA ETÁRIA

15 a 20 anos 0%

20 a 30 anos 62%

Acima de 30 anos.38%

15 a 20 anos

20 a 30 anos

Acima de 30 anos.

Gráfico 2 – Faixa Etária Fonte: Elaborado pelo autor, 2009.

Conclui-se também que nas empresas contábeis platinense, não

existem colaboradoress menores de vinte anos ou seja, o perfil dessas empresas

são para funcionários com uma certa experiência, ou talvez se trate de uma cultura

organizacional imposta, e que tem se perpetuado. Talvez tenha faltado a essas

empresas um pouco de responsabilidade social, quando se deixa de dar

oportunidades para pessoas com menos de vinte anos, sobre esse assunto

Chanlat afirma:

Nesse sentido, é necessário exceder ao entendimento mais imediato do que a responsabilidade social corporativa esta ligada ás estratégias e práticas voltadas identificadas com o engajamento de jovens aprendizes no mercado de trabalho. Muito mais que isso a responsabilidade social que a organização tem por obrigação pode ser identificada através dessa prática. (CHANLAT, 2001, p. 41).

TEMPO DE TRABALHO

MENOS DE 1 ANO 8%

DE 1 A 5 ANOS 46%

ACIMA DE 5 ANOS46%

MENOS DE 1 ANO

DE 1 A 5 ANOS

ACIMA DE 5 ANOS

Gráfico 3 – Tempo de Trabalho no Escritório Fonte: Elaborado pelo autor, 2009.

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Em um mercado de trabalho tão instável, e comum se ter

rotatividade no trabalho, estudos mostram que a rotatividade nem sempre e benéfica

para o empregador, pois assim o mesmo sempre tem que estar investindo em novos

treinamentos. Em relação a pesquisa percebe-se que os funcionários encontram-se

quase que totalmente há mais de um ano neste emprego, o que nos leva a garantir

que existe uma estabilidade empregatícia.

Bergamini (1997), afirma que não é apenas a estabilidade levará a

conduta motivacional, mas será um dos fatores que irá colaborar para que a mesma

ocorra.

Gráfico 4 – Motivos Por Estar Nesta Profissão Fonte: Elaborado pelo autor, 2009.

Na pirâmide de Maslow a auto-realização aparece no topo como

ponto máximo para a realização de um indivíduo, sendo assim para uma pessoa se

auto realizar é necessário que esteja feliz naquilo que realiza, e o fator profissional é

primordial para tal fato.

A pesquisa revela um fato alarmante na realidade contábil,

platinense, pois apenas 23% (vinte e três) declaram que estão na profissão por

vocação, ou seja os restante se encontra por falta de opção ou simplesmente por

dinheiro. O que deixa uma duvida se e possível, ser motivado quando o fator

predominante e simplesmente o dinheiro.

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Gráfico 5 – Pretensão de Permanecer no Trabalho Fonte: Elaborado pelo autor, 2009.

Os funcionário contábeis platinense, tem como grande característica

o espírito empreendedor, podemos afirmar isso tendo em vista que quase a

totalidade dos entrevistados pensam em abrir seu próprio escritório, ou procurar algo

melhor. O que nos leva a crer em se tratar de funcionários com visão de negócios.

Pois sabe-se que na área contábil a experiência conta muito, então

os gestores platinenses deveriam ficar mais atento a isso, tendo em vista que dentro

em breve terão novos concorrentes.

Gráfico 6 – Curso Superior Ligado a Contabilidade Fonte: Elaborado pelo autor, 2009.

Outro dado interessante da pesquisa em questão é o fato que

grande parte dos funcionários que tem curso superior, eles tem sua formação na

área contábil, o que emprega certamente uma qualificação a esses profissionais.

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Page 13: Tcc Adriano[1]

Esse dado da pesquisa nos faz compreender a questão anterior, ou

seja, se esses funcionários têm formação contábil, porque permanecer como

funcionários, se eles podem se tornar donos do próprio negocio.

Gráfico 7 – Você se considera motivado. Fonte: Elaborado pelo autor, 2009.

Com essa questão chegamos há um dos temas principais deste

trabalho, ou seja, comprova-se através desta pesquisa que quase a metade dos

funcionários contábeis, considera-se motivados em seu ambiente de trabalho e

naquilo que realiza.

Conclui-se assim, que o clima organizacional e o fator financeiro seja

um dos pontos que contribuem para essa motivação.

O objetivo motivacional é então, procedido quando a pessoa se sente realizada no âmbito profissional, a partir daí ser perseguido a cada momento particular e a direção de busca de qualidade e superação será prioritariamente determinada por um fator interno e individual. (BERGAMINI, 1997, p. 92).

Funcionário motivado sempre resultara em bons resultados para

qualquer empresa, ainda mais em se tratando de funcionário, com metas e

planejamentos bem definidos como os mostrado aqui na pesquisa.

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Gráfico 8 – Razões que o Motivam no Seu Ambiente de Trabalho Fonte: Elaborado pelo autor, 2009.

A necessidade de afetividade social descrita por Maslow se

comprova aqui também, pois uma maioria significante declarou que o fator amizade,

é uma das principais razões que o levam a se motivar.

Sobre a importância do ciclo social em uma empresa Chiavenato

(1999), diz que quando o individuo alcança a satisfação das necessidades sociais,

surgem as necessidades de estima, e que somente que depois dessa necessidade

suprida ele vai busca a sua auto realização por completo.

Por isso que a necessidade social aparece no meio da Pirâmide das

Necessidades Humanas, como pudemos ver na Fig. 01. É como se a necessidade

fosse um divisor de águas.

Gráfico 9 – Humor Interfere no Rendimento Fonte: Elaborado pelo autor, 2009.

20

Page 15: Tcc Adriano[1]

Essa questão vem de encontro com a problematização do trabalho,

que aborda a questão se o humor dos gestores estaria afetando a motivação dos

funcionários contábeis.

Pois bem fica claro e evidente que sim, grande parte dos

funcionários sente-se motivados quando seus superiores estão de bom humor. Pois

este bom humor leva o dia há um clima cordial e produtivo, que assim ressultara, em

rendimento nos trabalhos.

Chiavenato (1999), afirma que para a satisfação das necessidades

superiores depende muito de outras pessoas, particularmente daquelas que estão

em posição de autoridade, torna-se importante para a administração compreender a

natureza do ajustamento e do desajustamento das pessoas.

Gráfico 10 – Chefe Mal Humorado e Estressado Como Fica o Clima Fonte: Elaborado pelo autor, 2009.

Como complementação da questão anterior esse dado vem

comprovar, que gestores mal humorados deixa o clima organizacional tenso, e

leva há uma pequena queda no rendimento dos funcionários.

Chiavenato (1999), ainda sobre esse assunto complementa

dizendo que, todavia, quando há baixa motivação entre os membros, seja por

humor, frustração ou barreiras a satisfação das necessidades, o clima

organizacional tende a abaixar-se, caracterizando-se por estados de depressão,

desinteresse, apatia, insatisfação,etc., podendo chegar em casos extremos a

estado de agressividade, típicos de situações em que os funcionários se

defrontam com superiores autoritários, mal humorados e estressados

21

Page 16: Tcc Adriano[1]

Gráfico 11 – Agrado = EficiênciaFonte: Elaborado pelo autor, 2009.

Mais uma vez a prática comprova o que a teoria já afirmou, de fato

gentileza gera gentileza, isto é o que afirma essa questão na pesquisa, pois assim entende

os funcionários contábeis platinenses.

Pois toda vez que um gestor procura ser gentil, ou surpreender seus

funcionários com gestos de gentileza além de motivá-lo ele contribui, para aumentar

significativamente sua eficiência no ambiente organizacional.

Gráfico 12 – Fator Financeiro Fonte: Elaborado pelo autor, 2009.

Sendo assim Chiavenato afirma:

As pessoas desejam dinheiro porque lhes permite não somente a satisfação das necessidades fisiológicas e de segurança, mas também lhes dá plena condições para a satisfação das necessidades sociais, de estima e de auto realização. O dinheiro é um meio e não um fim em si mesmo Ele pode comprar muitas coisas que satisfazem múltiplas necessidades pessoais. (CHIAVENATO, 1999, p. 104).

22

Page 17: Tcc Adriano[1]

O autor afirma que pela questão financeira que o individuo alcançara

todos as outras etapas de suas necessidades. Ou seja a sociedade não pode ser

hipócrita ao afirmar que a questão financeira não pesa no mercado de trabalho.

O fator financeiro não aparece como o principal fator motivacional,

mas é correto afirmar que sem dúvida é um dos preponderantes para a motivação

dos funcionários contábeis platinenses.

Gráfico 13 – Clientes Afetam sua Motivação Fonte: Elaborado pelo autor, 2009.

É certo que os funcionários contábeis platinenses, se esforçam e

fazem o melhor para satisfazerem os clientes de seu escritório. Quando esse

objetivo não é alcançado é normal haver uma desmotivação.

Mas como compreender quando se faz de tudo para agradar um

cliente e o mesmo continua insatisfeito, para tal questionamento a pesquisa

comprova que a relação cliente funcionário é uma das variáveis para a motivação

desse funcionário. Sobre essa complexidade de relacionamento interpessoal

Chiavenato afirma:

O homem não só é complexo, mas é também muito variável, tem muitas motivações que se encontram dispostas em certa hierarquia de importância, pôr essa hierarquia está sujeita as mudanças de momento a momento e de situação a situação. Assim hora se satisfaz o cliente ora o mesmo se torna incompreensível. (CHIAVENATO, 1999, p. 121).

23

Page 18: Tcc Adriano[1]

Gráfico 14 – Fiscalização x Segurança Fonte: Elaborado pelo autor, 2009.

Os funcionários contábeis se mostram ciente da responsabilidade

que tem diante de seus clientes, ou seja, algum erro, ou falta de atenção por sua

parte poderá acarretar, em multas ou processos para seus clientes. Sendo os

funcionários se preocupam confirmando assim sua eficiência e responsabilidade

perante a função que exerce.

Gráfico 15 – Período que te desmotiva Fonte: Elaborado pelo autor, 2009.

Sabe-se que na rotina contábil existem datas já fixadas pelo

governo, que precisam ser rigorosamente cumpridas, datas tais como, entrega de

Importo de Renda, lançamentos de notas, fechamentos de caixa, entrega de

arquivos magnéticos, ISS, DAS, entre outros impostos.

24

Page 19: Tcc Adriano[1]

A grande parte desses serviços precisa ser entregue religiosamente

ate o dia quinze de cada mês, mesmo assim os funcionários afirmam não ser na

primeira quinzena o período que mais os desmotivam, e sim a partir da segunda, os

mesmo alegam que por motivos financeiros e tendo em vista que um novo período

se aproxima e terão que refazer o mesmo processo, isto os fazem se desmotivarem

na segunda quinzena do mês.

7.6 CONSIDERAÇÕES SOBRE A PESQUISA DE CAMPO

Conclui-se assim com a pesquisa de campo, que o problema de

pesquisa levantado neste trabalho, se “Estaria o humor dos gestores dos escritórios

de Contabilidade de Santo Antônio da Platina, interferindo na rotina de trabalho dos

auxiliares contábeis?”, de fato ocorre, o humor realmente vem interferindo, variando

para o lado positivo quando os gestores estão bem humorados, e para o lado

negativo quando os gestores são indelicados ou mal humorados.

Nota-se também que a hipótese levantada pelo trabalho, vem se

igualar com a realidade contábil platinense. Mostrando assim que a variação

motivacional está ligada diretamente as atitudes e gestos de seus gestores

superiores.

8 METODOLOGIA

25

Page 20: Tcc Adriano[1]

Segundo Gil (2008) pode se definir pesquisa como procedimento

racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas

que são propostos. A pesquisa é requerida quando não se dispõe de informação

suficiente para responder ao problema, ou então quando a informação se encontra

em tal estado de desordem que não possa ser adequadamente relacionada ao

problema.

A pesquisa é desenvolvida mediante o concurso dos conhecimentos

disponíveis e a utilização cuidadosa de métodos, técnicas e outros procedimentos

científicos.

A metodologia aplicada para fundamentação da pesquisa, foi de

pesquisa de campo, explicativa do tipo Pesquisa Bibliográfica analisando autores,e

comparando com a teoria, sendo isto feito através de livro, revistas e sites.

De acordo com Severino (2000), a pesquisa bibliográfica

documental; pesquisa-ação é uma busca apurada em livros, revistas, sites, jornais,

documentários a respeito de um assunto. Ela tem o objetivo de auxiliar o

pesquisador no desenvolvimento de sua pesquisa, pois ela irá apresentar e ampliar

o conhecimento atual sobre o tema selecionado irá identificar pesquisas que estão

sendo feitas ou foram no passado dento do campo e do tema escolhidos.

Através da utilização dessa pesquisa, pretende-se compreender o

fator motivacional na vida dos funcionários dos escritórios contábeis platinenses.

9 CRONOGRAMA

26

Page 21: Tcc Adriano[1]

ATIVIDADES Março Abril Maio JunhoEscolha do

TemaX

Pesquisa Bibliográfica

X X

Relatórios Parciais

X X X

Relatório Final XPesquisa de

CampoX X X

Redação Parcial X XRedação Final

do TextoX

Entrega Projeto/Pesquisa

X

ApresentaçãoProjeto/Pesquisa

X

10 REFERÊNCIAS

27

Page 22: Tcc Adriano[1]

BERGAMINI, Cecília Whitaker. Motivação nas organizações. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1997.

CHANLAT, Jean François. O Indivíduo na organização: dimensões esquecidas. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2001.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração de recursos humanos. 1. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

MORGAN, Gareth. Imagens da organização. 1. ed. São Paulo: Atlas, 1996.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. São Paulo: Cortez, .

VILANOVA, Tomás Monteiro Lopes. Motivação no trabalho:. 1. ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1980.

28

Page 23: Tcc Adriano[1]

11 APÊNDICE

QUESTIONÁRIO

UM ESTUDO SOBRE A REAL MOTIVAÇÃO DOS FUNCIONARIO DE CONTABILIDADE DE SANTO ANTONIO DA PLATINA – PR

1) Sexoa) M b) F

2) Qual sua faixa etáriaa) 15 a 20 anos b) 20 a 30 anos c) Acima de 30 anos.

3) Há quanto tempo você trabalha neste escritórioa) Menos de um ano b) De 1 ate 5 anos c) Acima de 5 anos

4) Por qual motivo você se encontra nesta profissão a) Falta de opção melhorb) Vocação – Sou feliz no que façoc) Questão financeira – O que me prende e o meu salário

5) Qual sua pretensão de permanecer neste trabalhoa) Assim que conseguir coisa melhor eu saiob) Pretendo me especializar e abrir meu próprio negocioc) Nunca pensei nisso

6) Caso você tenha formação acadêmica ou esteja em uma academia, sua função dentro do escritório, condiz com a academia cursada

a) Sim b) Não

7) Na sua rotina, dentro do ambiente de trabalho, você se considera motivado naquilo que faz

a) Sim b) Não c) As vezes d) Depende das circunstancias

8) Dentro do seu ambiente de trabalho, no dia a dia quais as razoes que mais te motivam

a) Amizade b) Clima organizacional pacifico c) O bom humor e o respeito de meus superiores, comigo

29

Page 24: Tcc Adriano[1]

9) Você acha que o fator bom humor de seus superiores interfere diretamente no seu rendimento durante o dia

a) Sim b) Não

10) O dia que seus superiores chegam mal humorados ou estressados, como fica o clima organizacional durante o diaa) Clima Tensob) Meu rendimento cai bruscamente, devido a tensão c) Isso não me afeta em nada, faço meu trabalho normalmente

11) Quando seus superiores lhe surpreende com algum gesto de cortesia não habitual, isto te motiva a ser mais eficientea) Simb) Nãoc) Quando isso ocorre, tenho certeza que ele me pedira algo

12) No contexto geral o fato financeiro e predominante para sua motivaçãoa) Simb) Nãoc) Se eu dependesse de meu salário para ser motivado, eu seria um frustrado

13) Em relação aos clientes de seu escritório, eles afetam sua motivação diáriaa) Simb) Não

14) Sabendo que a área contábil, esta em constante e alvo de constante fiscalização, isto lhe traz alguma insegurançaa) Sim, tendo em vista que algum erro meu acarretara em conseqüências aos escritório e ao clienteb) Não, isto não me afeta e não me importo com as fiscalizações

15) Tendo em vista que a rotina contábil, e bem definida em relação aos prazos de entregas de arquivos, Darfs, Fgts, etc....Qual período do mês você se considera menos motivadoa) Na primeira Quinzena, já que ocorre as maiores datas para entregas de serviços b) No final do mês, tendo em vista que meu salário acabou e vai começar tudo de novo

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12 ANEXOS

ENTREVISTAS

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