Download - Síndrome Metabólica
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SNDROME METABLICA
PROF. CLARISSE ZANETTE
NutricionistaMestre em Cincias Mdicas UFRGS
Especialista em Nutrio Clnica GAMA FILHO/RJ
FACULDADE NOSSA SENHORA DE FTIMA
COMO DEFINIR ASNDROME METABLICA?
Definida como conjunto de fatores de risco para DCV, incluindo as seguintes alteraes:
- Obesidade (com predomnio da gordura abdominal);
- Dislipidemia;
- HAS;
- Resistncia insulina/diabetes.
Reaven GM, Zimmet PZ. Diabet Med 1988Alberti FGMM, Zimmet PZ. WHO 1998
Expert Panel. JAMA 2001Zimmet KJMM, et al. Circulation 2009
Para ser diagnosticado SM o indivduo deve apresentar 3 ou mais
critrios para SM
Risco aumentado de desenvolver DM2
Doena cardiovascular aterosclertica
Morte cardiovascular
IMPORTNCIA DA SM?
Rodriguez BI, et al. Diabetes Care, 2006
A importncia de se fazer um diagnstico basea-se no fato que a SM tem uma elevada associao com o risco cardiometablico
Critrios diagnsticos Sociedades Cientficas
World Health Organization - WHO - 1998
European Group for the Study of Insulin Resistance - EGIR - 1999
National Cholesterol Education Programme Adult Treatment Panel III - NCEP ATP III - 2001
American College of Endocrinology - ACE - 2003
International Diabetes Federation - IDF - 2005
X X XX X XX X XX X XX X XX X XX X XX X X
DEFINIES - CRITRIOS
Resistncia Insulina
HDL baixo
Hipertenso Arterial
Hipertrigliceridemia
Obesidade abdominal
Intolerncia glicose
Diabetes
LDL alto
WHO1999
NCEP-ATP III2001
X incluso na definio X no incluso na definio
IDF2005
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Circunferncia da cintura
Mulheres (cm) >85 >88 >80
Homens (cm) >90 >102 >94
Presso Arterial (mmHg) 140/90 130/85 130/85
Intolerncia glicose (mg/dL) 110 110 100
Triglicerdeos (mg/dL) >150 >150 150
HDL
Mulheres (mg/dL)
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OBESIDADE VISCERAL EST ASSOCIADA COM VRIAS ANORMALIDADE METABLICAS
* Hipertrigliceridemia* Diminuio do HDL* Perfil Inflamatrio
* Hiperinsulinemia* Resistncia Insulina* Intolerncia glicose* Aumenta o fibrinognio
Estas caractersticas podem levar ao
DMII, HAS e DCV
CIRCUNFERNCIA DA CINTURA
CIRCUNFERNCIA DO QUADRIL
A medida da CC tomada na metade da distncia entre a crista ilaca e o rebordo costal inferior
2) RESISTNCIA INSULINA
Resistncia insulina definida como uma captao defeituosade glicose face s concentraes elevadas de glicose e insulina noplasmas dos indivduos
Insulina controla a glicose, cidos graxos, aminocidos e corposcetnicos
Pereira, et al. 2003
RELAO DA RI:
cidos Graxos
Consumo energia a deposio de AGL nas cel de gordura.Estas clulas cheias de AGL barram a sua entrada a RI.O Pncreas na tentativa de eliminar os AGL do sangue, a produo deinsulina.
Resultado: AGL e insulina na corrente sangunea. Os AGL voltam para o fgado e so transformados em energia e
armazenados em TG e aps liberados na corrente sangunea
esteatose heptica
O Fgado na tentativa de barrar a entrada de AGL RI.A insulina responsvel pela liberao de glicose do fgado, como o
fgado fez uma barreira contra a insulina ele acaba liberando glicoseextra no sangue.
O pncreas libera mais insulina, mais a RI.O fgado bloqueia a entrada de AGL e os AGL buscam um novo local para
se alojar (Msculos). Os msculos passam a usar AGL para obterenergia, bloqueando a entrada de glicose e fazem isto criando uma RIque est tentando colocar glicose para dentro das clulas musculares.
Os nveis de glicose aumentam: Intolerncia Glicose
os tecidos do corpo resistem a entrada de glicose, apesar da presena degrande quantidade de insulina
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E para completar este quadro.....
Temos insulina extra circulando no sangue, o que altera a PA.
Os altos nveis de insulina causados pela RI fazem a pressosubir acima do normal. A insulina pode resultar em uma estimulaoexcessiva dos vasos sanguneos, comprimindo-os e forando a PA.
Alm disso os altos nveis de insulina fazem o rim reter sdio,conseqentemente mais gua, que aumenta o volume do sangue,exercendo grande presso nas paredes dos vasos sanguneos.
Os altos nveis de insulina fazem o revestimento interno dos vasossanguneos produzir o Fator Inibidor Plasminognio (PAI-1) que soativadores da coagulao sangunea.
PAI-1 a coagulao : risco de infarto e derrame cerebral -TROMBOSE
RESISTNCIA INSULINA
AGL
INSULINA
TECIDO ADIPOSO
RI
RI
TG
GLICOSE
ESTEATOSE HEPTICA
INSULINA AGL
BLOQUEAM A ENTRADAGLICOSE
INTOLERNCIA GLICOSE
RI
RESISTNCIA INSULINA
Resistncia
Insulina
Obesidade
HipertensoArterial
Hiperglicemia
Disfuno endotelial
DoenaCardiovascular
Intolerncia Glicose
Adaptado de McFarlane SI, et al. J Clin Endocrinol Metab. 2001Reusch JEB. Am J Cardiol. 2002
Dislipidemia
Intolerncia Glicose
InsuficinciaVascular Perifrica
HipertensoArterial Sistmica
AcidenteVascular Cerebral
Doena Coronariana
Aneurismas
HDL eTriglicrides
Obesidade(abdominal))
SNDROME METABLICARESISTNCIA INSULINA
Cncer de Mama
Cncer Endomtrio
HOMA-IR
Homeostatic Model Assessment Insulin Resistence
HOMAR-IR= insulina x glicemia22,5
Insulina: U/mlGlicemia: mmol/l (mg/dl 18)
Valores de referncia:HOMA-IR: 1,2 para adultos e 2,16 para crianas
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VALORES DE REFERNCIA
Glicose em jejum normal: valores > 100 mg/dL
Insulina em jejum normal: valores 2,6 a 11,1 uU/mlcrianas: valores 2,6 a 24,9 uU/ml
American Diabetes Association. Diabetes Care, 2010
3) DISLIPIDEMIAS
So alteraes nas concentraes de lipdeos na corrente sangunea
Podem causar distrbios no fluxo sanguneo
Tem comprovada relao com o aparecimento de doena arterial coronariana (DAC)
DISLIPIDEMIASDISLIPIDEMIAS
LIPDEOS
So substncias essenciais ao organismo
So fontes de energia
So insolveis em meio aquoso
Atuam como precursores dos hormnios esterides; vitamina D e cidos biliares
As fontes de lipdeos no organismo so a sntese interna (endgeno) e a alimentao(exgena)
Principais lipdeos:
Colesterol, triglicerdios, fosfolipdios
PRINCIPAIS LIPDEOS
COLESTEROL
Elemento essencial de todas as membranas celulares de animais
Est presente na bile
o agente mais importante no desenvolvimento da doena coronariana
TRIGLICERDIOS
Importantes na transferncia de energia do alimento para a clula;
Podem ser usados de imediato ou armazenados para posterior utilizao
LIPOPROTENAS :
HDL = lipoprotena de alta densidade
(apoprotena + colesterol)
LDL= lipoprotena de baixa densidade
(a maioria do colesterol carregado em partculas LDL)
VLDL= lipoprotenas de muito baixa densidade
lipoprotenas grandes (a maioria dos triglicerdios encontrada em VLDL)
COLESTEROL X TRIGLICERIDIOS
Os triglicerdios endgenos colaboram de forma indireta no processo de aterosclerose. Os dois tipos (endgenos e exgenos) perturbam o mecanismo da coagulao, aumentando os riscos de aparecimento de cogulos nas artrias
Exerccios fsicos ajudam a queimar TG endgenos (reserva energtica)
Crianas obesas , filhas de pais obesas podem apresentar nveis de colesterol e TG elevados
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Obesidade, sobrepeso
Excesso de ingesto de HC
Dieta rica em gordura saturada e colesterol
reduzido consumo de fibras - frutas e vegetais
Sedentarismo
Ingesto excessiva de lcool / Fatores genticos
Diabetes melitus / Tabagismo
Sndrome nefrtica / Medicaes
FATORES DE RISCOFATORES DE RISCOABORDAGEM CLNICA
HISTRIA
Histria familiar de morte por doena coronariana;
Histria familiar de DM; HAS; DCV
Hbitos alimentares
Consumo de bebidas alcolicas
Tabagismo
Medicaes em uso
EXAME FSICO
Peso e estatura
Medida da circunferncia abdominal
Presena de xantomas (leses cutneas decorrentes da deposio de lipdeos na pele) Xantelasmas localizados nas regies palpebrais
ABORDAGEM LABORATORIAL
Perfil lipdico
Colesterol total
Triglicerdios
HDLc
LDLc
Se a dosagem do colesterol srico for elevada repetir aps jejum de 12 horas todo o perfil lipdico;
Calculo do LDLc
LDLc= colesterol total ( colesterol HDL- (triglicerdios/5))
CLASSIFICAO DA CONDIO CLNICA SEGUNDO NVEIS DE COLESTEROL TOTAL E DO LDL-c (ATPIII)
TRATAMENTO NO FARMACOLGICO
Corrigir vcios dietticos
Ingesto insuficiente de alimentos ricos em fibras solveis;
Ingesto elevada de alimentos ricos em calorias, gorduras saturadas e colesterol
Alterao de outros fatores de risco modificveis pela dieta (controle da obesidade; HAS; diabetes)
Manuteno permanente dos hbitos alimentares
TRATAMENTO NO FARMACOLGICO
Incentivar atividade fsica
Diminuir consumo de lcool
Controle adequado dos fatores de risco (HAS, obesidade, DM)
Uso criterioso de medicamentos que podem alterar o metabolismo lipdico (diurticos, corticides, betabloqueadores)
Uso de micronutrientes (vitE , betacaroteno (pr-vitA, cido ascrbico) previnem a oxidao das LDL
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CONTROLE
Repetir o colesterol a cada 4/6 semanas e aps 3 meses resposta a dieta
MELHORA controles de 3/3 meses no primeiro ano e 6/6 meses aps
META NO ATINGIDA:
Reavaliar adeso a dieta
Instituir dieta mais rgida
Tratamento medicamentoso
Seleo de medicamentos que alteram o perfil lipdico
Preveno primria
Mulheres na pr-menopausa raro
- Estatinas , niacina resinas
Homens (35 75 anos)
- Estatinas , niacinas , resinas
Mulheres na ps menopausa ( < 75 anos)
- Estatinas , estrgenos, niacina
Preveno Secundria
HOMENS
- Estatina, niacina , combinaes
MULHERES
- Estatinas , estrgeno , niacina , combinaes
SNDROME METABLICA EM PEDIATRIA
Ford e Li
Levantaram todas as publicaes, a partir de 1998. Encontraram 27artigos, com 46 definies diferentes. Os artigos apresentaram critriose pontos de corte diferentes
Prevalncias de SM variam de 4,2 % a 49,7%, apresentando alta prevalncia em crianas gravemente obesas
Estudos brasileiros as prevalncias variam entre 1,3% a 42,3%, apresentando alta prevalncia em crianas obesas
Ford ELS, Li C. J Pediatr 2008
Cook S, et al. Arch Pediatr Adolesc Med 2003Weiss R, et al. N Engl J Med 2004
Rodrigues AN, et al. J Pediatr 2009Buff CG, et al. Rev Paul Pediatr 2007
DENIFIES EM PEDIATRIA
IMC - Curvas da OMS 5 a 19 anos (2006)
WHO AnthroPlus (2009)
Fatores de risco (3) DefinioObesidade abdominal 90 percentilPresso Arterial 95 percentilTriglicerdeos 130 mg/dLHDL-c 40 mg/dLGlicemia 100 mg/dLResistncia insulina (HOMA-ir) 3,16
Expert Panel. JAMA 2001McCarthy HD, et al. Eur J Clin Nutr 2001
Task Force. Pediatrics 2004Giuliano ICB, et al. Arquivos Brasileiros de Cardiologia 2005
Keskin M, et al. Pediatrics 2005 Diagnosis and classification of diabetes mellitus. Diabetes Care 2004
TRATAMENTO
Mudana comportamental
Dieta
Atividade Fsica
Farmacolgico
Cirrgico
DIETOTERAPIA
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Dieta balanceada e individualizada para a necessidade de cada paciente
A dieta deve estar direcionada para a perda de peso e da gorduravisceral, com o objetivo de normalizao da PA, dislipidemias,hiperglicemia e conseqentemente a reduo do risco CV
As evidncias favorecem as dietas ricas em fibras, pobres em gordurassaturadas e colesterol e com reduzida quantidade de acares
A dieta do tipo Mediterrneo mostrou-se capaz de reduzir eventoscardiovasculares e a dieta DASH mostrou-se eficaz na reduo da HAS
OBJETIVOS DIETOTERAPIA
A terapia nutricional a primeira conduta teraputica a ser adotadana preveno e/ou tratamento da SM
1 passo: Estabelecer as necessidades do indivduo, a partir daavaliao nutricional
2 passo: VET
Mudana de estilo de vida
INGESTO RECOMENDADA
KCAL DRIS
CHODM
50-60% do VET10% de CHO simples
PROTENA 0,8 a 1,0 g/Kg/peso da ou 15%
LIPDIOS 25-35% do VET
MONO At 20% do VET
POLI At 10% do VET
SAT
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Sardinha X Atum
Cuidado com o Corao:Atum............................16 mg e Sardinha......................31 mg de colesterol
Sem Presso:Atum............................130 mg e Sardinha......................274 mg de sdio
Vida longa aos Ossos:Sardinha.......................330 mg e Atum.............................4,2 mg de clcio
Proteo-cabea: O mega 3 um nutriente importante para o crebroSardinha......................1g e Atum............................0,6g de mega 3
Ferro:Sardinha.......................2,1 mg e Atum.............................0,7 mg de ferro
LEO DE COCO EXTRA VIRGEM
COLESTEROL - Baixa o LDL e aumenta o HDL, Contribuindo assim napreveno e tratamento das DCV.
EMAGRECIMENTO De fcil absoro, a gordura de coco a melhorfonte de TCM, no necessita de enzimas para sua digesto emetabolismo. No fgado, estes TG rapidamente se transformam emenergia, desta maneira no se depositam no organismo. Por isso ela considerada termognica, ou seja, capaz de gerar calor e queimarcalorias. Esta propriedade, aliada a capacidade que a gordura de cocotem de estimular a glndula tireide, aumenta o metabolismo basal e,conseqentemente: EMAGRECE!
Melhora o sistema IMUNOLGICO - agindo na preveno e nocombate aos VERMES BACTRIAS e FUNGOS. A gordura de cocoapresenta a maior concentrao de cido Lurico, dentre todas asgorduras vegetais.
Ao ANTIOXIDANTE Contrrio a outras gorduras, principalmenteem relao aos leos poliinsaturados, a gordura de coco diminui asnecessidades de vitamina E do organismo.
Regula a funo intestinal. Elimina Toxinas
FIBRAS
SOLVEIS: pectina (frutas), gomas (aveia, cevada) e leguminosas(feijo, gro-de-bico, lentilha e ervilha)
Reduzem o tempo de trnsito gastrintestinal e ajudam na eliminaodo colesterol
INSOLVEIS: celulose (trigo), hemicelulose (gros) e pela lignina(hortalias)
No reduzem colesterol mas aumentam a saciedade e atuam nareduo calrica
OLEAGINOSAS
Nozes, amndoas, castanhas, avels, castanha do Par
Apesar dessas frutas conterem muitas calorias, elas tambm socarregadas de nutrientes que trazem vrios benefcios sade, comoas gorduras monoinsaturada e poliinsaturada, vitaminas e minerais
A castanha-do-Par fornece o mineral selnio, que antixiodante,magnsio e cido graxo mega 3 benfico para a sade
SOJA
ISOFLAVONAS (fitoestrgenos): prfil lipdico, antioxidante,antiproliferativo (cls. musculares lisas), antitrombtico
Colesterol sangneo
Doenas cardiovasculares
Recomendao:25g
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FLAVONIDES Antioxidantes
Polifenis (semente) / Resveratrol (casca)
Quercetina: frutas (cereja, amora, uva, , morango, jabuticaba),gros, batata, berinjela, feijo marrom e cebola
Campferol: rabanete, couve, escarola e nabo
Miricetina: vinho e suco de uva
Inibem a oxidao do LDL-col e agregao plaquetria
LCOOL
Ingesto excessiva de bebidas alcolicas est relacionada ao aumentoda PA, TG e peso
Recomenda-se limitar a ingesto de bebidas alcolicas a 30ml/dia deetanol para homens e a metade para mulher. Isso corresponde para ohomem a 720ml de cerveja, 240ml de vinho e 60ml de bebidadestilada
Atividade Fsica
Benefcios
Controle do peso
Aumento do gasto energtico;
Condicionamento fsico e melhora da circulao cardaca;
Mobilizao de gordura abdomino-visceral;
Regulao do apetite
No basta ensinar ao homem uma especialidade, porque se tornar assim uma mquina utilizvel e no uma personalidade. necessrio que adquira um sentimento, um senso prtico daquilo que vale a pena ser empreendido, daquilo que belo, do que moralmente correto.
Albert Einstein