SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
NELMIRA DE FÁTIMA DA CUNHA
PLURALIDADE DOS SUJEITOS QUE ESTUDAM NO
CEEBJA PROFESSOR PASCHOAL SALLES ROSA.
Ponta Grossa
2012
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PLURALIDADE DOS SUJEITOS QUE ESTUDAM NO
CEEBJA PROFESSOR PASCHOAL SALLES ROSA
Autora: Nelmira de Fátima da Cunha1
Orientadora: Marli de Fátima Rodrigues2
Resumo
Este artigo tem por finalidade caracterizar a modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA) e debater sobre a pluralidade dos sujeitos que estudam no Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos Professor Paschoal Salles Rosa (CEEBJA), da cidade de Ponta Grossa. A implementação do projeto PDE/2010, foi realizada nas dependências do CEEBJA. Participaram dos encontros, uma pedagoga e doze professores (as) do CEEBJA Sede e das Ações Pedagógicas Descentralizadas (APEDs), com o objetivo de ampliar os encaminhamentos metodológicos que valorizem os saberes e a história de vida dos alunos e alunas jovens e adultos, caracterizar a modalidade de EJA, revisar os conceitos de inclusão, andragogia, pluralidade, diferenças e desigualdades, presentes no contexto escolar. Para efetivar o projeto optamos em realizar oficinas, através de “rodas de conversas”, conversas pedagógicas, ou melhor, andragógicas. Os professores demonstraram interesse pelos temas e trocaram experiências de suas práticas, em sala de aula, o que enriqueceu os debates, pois discutir a nossa prática deve fazer parte do cotidiano das escolas, principalmente, das que ofertam a EJA, porque atuam com os fracassos e as vitórias, com os medos e as incertezas, com as expectativas e realizações dos (as) cidadãos (as) adolescentes, jovens, adultos e idosos, que frequentam o CEEBJA Paschoal.
Palavras-chave: EJA; função social; diversidade; inclusão; andragogia.
______________ 1Especialista em Educação e Educação Especial ,Licenciatura em Pedagogia, CEEBJA Paschoal Salles Rosa. 2Doutora em Educação, Licenciatura em Pedagogia, UEPG, Chefe do Departamento de Educação.
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1- Introdução
“Ensinar não é transferir conhecimento, mas
criar as possibilidades para sua produção ou
sua construção.”
Paulo Freire
A modalidade de Educação de Jovens e Adultos tem como característica a
heterogeneidade de sujeitos, considerando a sua história de vida, sua situação
socioeconômica e cultural.
No CEEBJA Paschoal, estudam adolescentes, jovens, adultos e idosos,
oriundos dos diversos segmentos sociais e culturais da nossa sociedade sendo,
alguns com necessidades educacionais especiais, como as pessoas com deficiência
física permanente ou temporária, alunos surdos e deficientes auditivos, cegos ou
deficientes visuais e ainda, alunos em situação de semiliberdade ou em privação de
liberdade, como é o caso dos educandos da APED Especial do Centro de
Socioeducação – CENSE. Essa pluralidade de sujeitos, foi objeto de estudo do
nosso projeto de implementação PDE/2010.
Para compreender a função da EJA e do CEEBJA, o público alvo foi
composto de doze professores (as) da Sede e das APEDs e uma pedagoga, os
quais debateram sobre os temas pertinentes a educação de jovens e adultos, como
por exemplo: a função social da EJA, a legislação que rege as suas ações e os
conceitos que permeiam essa modalidade de ensino. Refletiram, ainda, sobre suas
práticas vivenciadas em sala de aula, com os alunos adolescentes, jovens, adultos e
idosos, principais sujeitos do processo educativo, conhecendo as expectativas
desses alunos ao voltar à sala de aula, para completar seus estudos e a concepção
que os mesmos têm a respeito do espaço escolar. Por esse motivo escolhemos
como tema de estudos a Função Social da EJA, em relação ao processo
educacional dos diferentes sujeitos que estudam no CEEBJA.
O CEEBJA Paschoal é referência de Educação de Jovens e Adultos, na
cidade de Ponta Grossa, contribuindo para a mudança de concepção sobre o
3
espaço escolar, por parte dos alunos e alunas, sobre as perspectivas de vida, o
conhecimento e principalmente as relações humanas.
Acreditar na capacidade dos alunos adolescentes, jovens, adultos e idosos
que frequentam o CEEBJA Paschoal é fundamental para o comprometimento do
corpo docente, pedagogos e alunos, permitindo assim a aproximação, o respeito e a
convivência. Segundo (BOFF, 2006, p.33), “Con-viver e coexistir são modos
globalizantes e inclusivos” e através dessa convivência é que acontece o
aprendizado real como construção coletiva do conhecimento, “da visão de mundo,
dos valores que dão orientação à vida e das utopias que mantêm aberto o futuro.”
Sob esta ótica, foi que desenvolvemos o nosso projeto.
Aprofundar os estudos sobre a EJA com os professores (as) e a pedagoga foi
desafiador e ao mesmo tempo encantador, pois “educar incorpora as marcas de um
ofício e de uma arte, aprendida no diálogo de gerações. O magistério incorpora
perícia e saberes aprendidos pela espécie humana ao longo de sua formação.”
(ARROYO, 2011, p.18) e nos propiciou acompanhar a trajetória de diferentes
pessoas, suas histórias de vida, seus saberes, tanto as histórias dos professores
(as) como dos alunos (as), relatadas pelos (as) docentes.
Uma característica frequente do (a) aluno (a) é sua baixa auto-estima, muitas vezes reforçada pelas situações de fracasso escolar. A sua eventual passagem pela escola, muitas vezes, foi marcada pela exclusão e/ou pelo insucesso escolar. Com um desempenho pedagógico anterior comprometido, esse aluno volta à sala de aula revelando uma auto-imagem fragilizada, expressando sentimentos de insegurança e de desvalorização pessoal frente aos novos desafios que se impõem. (MEC, 2004, p.16)
Diante dessa realidade muitos professores (as) e pedagogos (as) que atuam
no CEEBJA, sentem-se inseguros e, algumas vezes, despreparados para atender
essa diversidade de sujeitos, principalmente porque em sua formação acadêmica, os
estudos sobre a EJA, na maioria das vezes, não fizeram parte do currículo. Por essa
razão, optamos em realizar oficinas onde pudéssemos ler e debater, nas rodas de
conversas, sobre os temas mencionados.
Durantes as rodas de conversas, discutimos sobre, os desafios da EJA, suas
funções, o perfil dos alunos e alunas, o aumento do número de matrículas de alunos
adolescentes, com idade entre 15 a 18 anos era a preocupação dos professores e
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professoras, porque esse aluno chega à escola de educação de jovens e adultos,
muitas vezes por imposição dos responsáveis ou de profissionais da educação de
outras modalidades de ensino e “perceber esses jovens do ponto de vista da EJA,
revela uma condição marcada por profundas desigualdades sociais.” (ANDRADE,
2009, p.36).
Para Ribeiro, algumas habilidades básicas que o educador da EJA deve
procurar desenvolver, são elas:
a) a capacidade de solidarizar-se com os educandos; b) a disposição de encarar dificuldades como desafios estimulantes; c) a confiança na capacidade de todos de aprender e ensinar. (Ribeiro, 1997 apud ROSA e PRADO, 2008, p.107).
O CEEBJA Paschoal já se constitui um espaço de convivência, e uma das
finalidades da implementação do projeto, era que os professores, professoras e
pedagoga ampliassem essas relações, através de uma fundamentação teórica que
os auxiliassem a compreender a pluralidade e a complexidade dessa modalidade de
ensino, por essa razão, consideramos importante um processo de educação
continuada, além daquelas promovidas pela SEED, para garantir o acesso, a
permanência e, principalmente, a conclusão dos alunos e alunas jovens, adultos e
idosos do CEEBJA Paschoal Salles Rosa. Por essa razão justificou-se a
implementação desse projeto. Pois, educandos jovens, adultos e idosos têm
histórias de vida podem ser objetos de estudo dos mesmos, pois estão prenhes de
conhecimentos e precisam ser sistematizados, desvelados e muitas vezes
superados. (LOCH, 2009).
1.1 A implementação: debatendo a realidade
Na implementação do projeto, foram usados os dados obtidos no estudo
realizado na Semana Pedagógica de 2011, do primeiro semestre, para caracterizar o
perfil atualizado dos alunos e alunas, também foram revistos alguns itens do Projeto
Político Pedagógico, da Proposta Pedagógica e das Diretrizes Curriculares de EJA.
Os objetivos propostos, durante a elaboração do Projeto foram: aprofundar os
estudos sobre a política de inclusão na EJA, identificando a pluralidade de sujeitos
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que estudam no CEEBJA Paschoal; caracterizar a modalidade da EJA; caracterizar
o perfil dos alunos do CEEBJA Paschoal; identificar os conceitos de inclusão,
andragogia, pluralidade, diferenças e desigualdade, presentes no contexto escolar
do CEEBJA Paschoal; e, ampliar os encaminhamentos metodológicos que valorizem
os saberes e a história de vida dos alunos e alunas do CEEBJA.
Para auxiliar na implementação, foi produzido um Caderno Temático sobre a
EJA, composto de três unidades: A função social da EJA, A EJA e as práticas
pedagógicas e andragógicas, A EJA e a inclusão.
Consideramos positivo o resultado da implementação do Projeto PDE/2010,
pois tivemos a oportunidade de conhecer as concepções que nossos pares têm a
respeito da EJA e de sua clientela, principalmente, dos professores que estavam
iniciando sua atuação nesta modalidade. A contribuição dos participantes foi valiosa,
suas opiniões e sugestões enriqueceram o nosso estudo, pois o importante é saber
conviver com as diferentes opiniões, respeitando-as e juntos buscar soluções para
os problemas enfrentados no exercício de nossa profissão.
2. EJA: revendo a sua trajetória
Compreender as ações do homem e as mudanças que elas realizam no
mundo em que vivemos, pressupõe um resgate histórico, porque
(...) Captar o processo histórico envolve determinar as próprias leis de movimento da História, isto é, detectar o conjunto das transformações desde o início da existência humana. (ARRUDA e PILETTI, 1995, P.7).
A trajetória da educação de jovens e adultos e do analfabetismo no Brasil é
marcada por políticas de exclusão e marginalização, “das camadas mais pobres da
população” (PAIVA e OLIVEIRA, 2009, p.5). Vários estudos sobre a história da EJA,
dos movimentos educação popular e das transformações ocorridas na educação de
jovens e adultos, estão disponíveis em textos científicos, livros, artigos, teses,
dissertações, na internet e outros. Para fundamentar os estudos, foi importante
analisar alguns aspectos históricos e conceitos da EJA.
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Segundo (FÁVERO, 2009, p.9) desde a Colônia e o Império o analfabetismo
é discutido no Brasil, o autor revisa algumas análises, com o objetivo de destacar
lições que ajudem a melhor entender as necessidades da EJA, através das ações
desenvolvidas, em diferentes épocas e conjunturas. Questiona as propostas atuais,
para entender se houveram avanços, retrocesso ou superação das propostas.
Conclui que campanhas e movimentos de educação popular, não resolveram e não
resolverão o problema do analfabetismo da população jovem e adulta do Brasil.
Para (REZENDE, 2008, p. 37-38) “educação básica de adultos começou a
delimitar sua história a partir da década de 1930, mas ficou mais acentuada na
década de 1940”. A autora também apresenta um estudo sobre a construção dos
conceitos de Educação de Jovens e Adultos, nas Conferências Internacionais que
apresenta os diferentes conceitos da EJA, são eles
a) educação moral paralela à educação escolar referendada na I
Conferência Internacional realizada na Dinamarca (1949);
b) educação como continuação da educação formal, passa a ser
permanente; educação de base ou comunitária; na II Conferência Internacional
realizada em Montreal (1963);
c) entendida como suplência da Educação Fundamental na III Conferência
Internacional em Tóquio (1972);
d) caracterizada pela pluralidade de conceitos: alfabetização de adultos,
pós-alfabetização e outros, Paris (1985);
e) Conferência Mundial realizada em Jontiem (Tailândia, 1990), educação
para todos, educação de adultos – primeira etapa da educação básica;
f) V Conferência Internacional realizada em Hamburgo (1997) é considera
uma chave para o século XXI (REZENDE, 2008).
Após a Conferência de Hamburgo, segundo Paiva, (2009) duas vertentes
passaram a configurar a Educação de Jovens e adultos, a da escolarização,
assegurando o direito à educação básica a todos os sujeitos e a da educação
continuada, entendida pela exigência de aprender pela vida toda.
Neste artigo, não iremos resgatar todo esse processo histórico, mas sim nos
deter nos avanços mais recentes da Educação de Jovens e Adultos.
Em 2004, o Ministério da Educação (MEC) cria a Secretaria de Educação
Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD), com intuito de garantir políticas
públicas, “como instrumentos de cidadania e de contribuição para a redução das
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desigualdades.” (MEC, 2009, p.1). Para apoiar os educadores da EJA a SECAD
lança a coleção Trabalhando com Educação de Jovens e Adulto constituída de
cinco cadernos temáticos.
O primeiro caderno, Alunos e Alunas da EJA, com questões que abordam o
perfil dos educandos da Educação de jovens e Adultos.
O segundo caderno A Sala de Aula como Grupo de Vivência e
Aprendizagem, destaca estratégias que são capazes de fazer da sala de aula um
espaço onde cresçam os vínculos entre professor (a) e aluno (a) entre si.
Os cadernos Observação e Registro e Avaliação e Planejamento, são
instrumentos importantes para a prática pedagógica dos professores e professoras.
No último caderno O Processo de Aprendizagem dos Alunos e
Professores (as), traz orientações e discussões sobre a teoria do conhecimento:
como os alunos aprendem e como os professores (as) aprendem ensinando (MEC,
2009, p.1). Esses materiais auxiliam os educadores (as) com também a equipe
pedagógica, na fundamentação teórica sobre os temas que envolvem a EJA com a
finalidade de compreender a pluralidade de sujeitos que buscam concluir seus
estudos, e fazê-los refletir a respeito dos fenômenos sociais que os afetam e saber
como intervir na sua realidade, com base nos conhecimentos adquiridos. Porque
A visão de mundo de uma pessoa que retorna aos estudos depois de adulta, após um tempo afastada da escola, ou mesmo daquela que inicia sua trajetória escolar nessa fase da vida, é bastante peculiar. Protagonistas de histórias reais e ricos em experiências vividas, os alunos jovens e adultos configuram tipos humanos diversos. São homens e mulheres que chegam à escola com crenças e valores já constituídos. (MEC, 2004, p.4)
Para Oliveira (2007), o adulto da EJA, não é o estudante universitário, o
profissional qualificado que frequenta cursos de formação continuada ou de
especialização, ou a pessoa adulta interessada em aperfeiçoar seus conhecimentos
nas diversas áreas, mas aquele que vem das classes populares, das áreas rurais,
filho de trabalhadores entre outros.
Ao mediar essa apropriação dos conhecimentos formais, professores (as) e
pedagogos (as) precisam ser também investigadores dessa realidade, a fim de
auxiliar os jovens, adultos e idosos em sua trajetória escolar, pois como nos coloca
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Freire (2001), não há ensino sem pesquisa e, da mesma forma, pesquisa sem
ensino, pois ser pesquisador faz parte da natureza da prática docente.
2.1 Como surgiu o projeto
Quando nos propusemos a debater com os nossos pares sobre pluralidade de
sujeitos que estudam no CEEBJA, pensamos em aprofundar os estudos teóricos
sobre a EJA, para garantir que os atores sociais que faziam parte do processo,
pudessem ter acesso em primeiro lugar aos documentos sobre a EJA, como Projeto
Político Pedagógico, Proposta Pedagógica, Diretrizes Curriculares da EJA, da
Legislação vigente sobre a EJA e da Educação Inclusiva3 e, em segundo lugar, da
Produção Didático Pedagógica, para o PDE 20104..
A nossa participação no Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE
2010) da Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED), requeria um “novo
olhar” do educador, para as oportunidades que surgem, e assumir uma postura de
despertar frente aos desafios que o processo educacional possui. A situação
problema que nos inquietava e desafiava, era buscar respostas juntamente com
professores e pedagogos do CEEBJA Professor Paschoal Salles Rosa, refere-se a
pluralidade de sujeitos que estudam no CEEBJA.
A complexidade da modalidade de Educação de Jovens e Adultos que
segundo Baquero (2004, apud MORAES, 2009, p. 91) advém das
(...) características diversificadas da área, em termos deinstituído e instituinte e as racionalidades diversas sobre as quais se ancoram suas propostas educativas, múltiplos desafios se colocam a esse campo de conhecimento e de prática social: o desafio teórico, o desafio metodologia e o desafio da formação do educador.
_____________ 3 Aqui entendida como um processo amplo.
4 Produzimos um Caderno Temático.
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Desafios esses, presentes no cotidiano da maioria dos CEEBJAs e das
Escolas da Rede Pública que ofertam a EJA. Essa inquietação provém de
indagações feitas aos professores e pedagogos, sobre a inclusão dos alunos com
deficiência, percebemos que alguns profissionais tinham opiniões baseadas no
senso comum, sem uma fundamentação teórica que referendasse seus conceitos.
Por essa razão, resolveu-se indagar sobre:
a) Quais as características dos alunos da EJA?
b) Quem são os sujeitos que estudam no CEEBJA Professor Paschoal Salles
Rosa?
c) Quais os desafios do processo de inclusão no CEEBJA?
Essas indagações foram o nosso desafio, dos professores e pedagogos e
para isso buscamos subsídios com os próprios docentes, os quais nos reponderam
que o perfil do nosso aluno está descrito no Projeto Político Pedagógico, na
Proposta Pedagógica e nas Diretrizes Curriculares e Regimento Escolar5.
A maioria dos alunos do CEEBJA Paschoal é constituída de alunos
trabalhadores, do comércio, das indústrias, autônomos, com trabalho informal,
donas de casa e outro tantos que buscam através dos estudos uma inserção no
mercado de trabalho, apesar de uma das finalidades da escola é prepará-los para
mundo do trabalho6.
Na implementação do projeto, foram revistos os documentos e a legislação
sobre a EJA, iniciando com o que estabelece a Constituição Federal para a Educação,
em seu Art. 205.
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (CF/1988, Artigo 205). A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida
Lembrando que a LDBEN, em seu Art. 37 estabelece que a educação de
jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de
estudos no ensino fundamental e médio na idade própria
______________ 5 Os documentos foram disponibilizados para consulta dos professores na sala da equipe pedagógica.
6 Em 28 de abril de 2011 foi instituído pelo Governo Federal o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego –
Pronatec o público alvo, serão os jovens do ensino médio e trabalhadores que necessitam de qualificação profissional.
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§ 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado,seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames. § 2º O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si. § 3º A educação de jovens e adultos deverá articular-se, preferencialmente, com a educação profissional, na forma do regulamento. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008).
A legislação sobre a EJA e sobre a Inclusão estão disponibilizadas para
consulta, no anexo, da Produção Didático Pedagógica - Caderno Temático.
As Políticas de Inclusão na EJA foram abordadas com a finalidade de permitir
aos professores, professoras e pedagoga, conhecer ou relembrar os conceitos que
fazem parte da EJA. Para Giardinelli (2007,citado por CHRISTOFOLI, 2009, p. 81).
“(...) Os professores deveriam ser os primeiros leitores, os mais entusiastas, os que
contagiam o desejo de ler”. Também tivemos o propósito de fomentar nos
professores e pedagoga o hábito da pesquisa, contagiando-os a participar dos
eventos da Formação em Ação da SEED, especialmente no Programa de
Desenvolvimento Educacional do Estado do Paraná, mesmo porque um número
considerável de docentes do CEEBJA Paschoal, concluíram o Programa e muito
contribuíram nas discussões.
2.2 Etapas da Implementação
A implementação do projeto foi realizada no segundo semestre de 2011, com
12 (doze) professores (as) do CEEBJA Sede e das APEDs e uma pedagoga, nas
dependências do CEEBJA Paschoal. Reuniram-se professores (as) das diversas
disciplinas os quais aceitaram o convite na apresentação do projeto, durante a
Semana Pedagógica de 2011. Foram apresentados justificativa, objetivos e as
estratégias de ação a fim de despertar o interesse dos profissionais em participar da
implementação, não somente para cumprir a carga horária, mas principalmente, com
o intuito de aprofundar os estudos sobre a EJA e contribuir na melhoria de sua
prática pedagógica.
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Durante o processo de implementação, optamos por desenvolver oficinas
pedagógicas, ou melhor, andragógicas, pois as reflexões eram sobre a educação de
jovens e adultos e as mesmas foram realizadas através de rodas de conversas.
Adaptamos alguns temas propostos no projeto, para atender o interesse do grupo,
não comprometer a hora-atividade e as reuniões pedagógicas, a mudança na carga
horária de alguns professores, desta forma, desenvolvemos as oficinas nas sextas-
feiras à noite e também no turno da manhã, em dias alternados.
Iniciamos as oficinas sobre as funções da EJA, no dia 26/08/11, apresentando
o Vídeo de Animação “Vida Maria”7.
Estabelecer as relações da Função Social da EJA, com o Filme de Animação
apresentado, foi uma das atividades realizadas pelos participantes. Foram discutidas
as a função reparadora com o objetivo de devolver a escolarização não realizada na
fase infantil; a função equalizadora a qual trata das políticas públicas educacionais,
para aqueles cidadãos e cidadãs que foram excluídos em razão da falta e/ou
impedimento de continuar seu processo de escolarização e, a função qualificadora
tem como finalidade possibilitar o aprendizado por toda a vida, evidenciando o
principal objetivo da existência da EJA (PAIVA, 2009, p24).
De modo geral, procuramos demonstrar que a função social dos
estabelecimentos que ofertam a EJA é garantir o acesso, a permanência e a
conclusão em nível médio dos adolescentes, jovens, adultos e idosos, oriundos dos
diversos segmentos sociais e culturais da nossa cidade e região.
Vale destacar, no processo de implementação, a interessante experiência
desenvolvida com o Grupo de Trabalho em Rede, pois possibilitou conhecer as
práticas desenvolvidas por pessoas de diferentes cidades que trabalham na
mesma área que a sua, além de compartilhar idéias e rever concepções.
________________ 7 Produção de Márcio Ramos e Joelma Ramos, Direção, Roteiro e Direção de Arte Márcio Ramos, Música Hérlon Robson,
2006, Brasil,disponível em www.vídeolog.tv/video.php?id=717870-74k
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2.3 A EJA: pedagogia x andragogia
Dominar bem os conceitos e buscar novos conhecimentos são pressupostos
fundamentais, pois os conceitos
(...) são fundamentais para entendimento das práticas sociais. E moldam as ações. E nos permitem analisar nossos, programas, serviços, e políticas sociais. Pois os conceitos acompanham a evolução de certos valores éticos (...). Portanto, é imprescindível dominarmos bem os conceitos inclusivistas para que possamos ser participantes ativos na construção de uma sociedade que seja realmente para todas as pessoas, independentemente de sua cor, idade, gênero, tipo de necessidade especial e qualquer outro atributo pessoal. (SASSAKI,1997,p.270).
A diferenciação das ações metodológicas na EJA se faz necessária quando
os professores (as) perceberem as características da pedagogia e da andragogia
apresentas no quadro abaixo. Na oficina realizada sobre este tema, os participantes,
puderam vivenciar essa diferença, e ter um novo olhar sobre a aprendizagem dos
educandos jovens, adultos e idosos.
APRENDIZAGEM
PEDAGOGIA ANDRAGOGIA
Necessidade de saber
Os educandos precisam saber que devem aprender aquilo que o professor lhes ensina.
Os adultos têm a necessidade de saber por que razões essa aprendizagem lhes será útil e necessária.
Conceito de si
O professor tem do educando a imagem de um ser dependente. É esta dependência que marca, também, a auto-imagem daquele que aprende.
Os adultos têm consciência de que são responsáveis pelas suas decisões e pela sua vida. É necessário que sejam encarados e tratados como indivíduos capazes de se auto gerir.
Papel da experiência
É considerada de pouca utilidade. O que é importante é a experiência do professor.
As experiências dos adultos constituem o recurso mais rico para as suas próprias aprendizagens.
Vontade de aprender
A disposição para aprender aquilo que o professor ensina. Tem a finalidade de obter êxito e progredir em termos escolares.
Disposição à aprendizagem desde que compreendam a sua utilidade para melhor afrontar problemas reais da vida pessoal e profissional.
Orientação da aprendizagem
É encarada como um processo de aquisição de conhecimentos sobre um determinado tema. Centrada nos conteúdos e não em problemas
As aprendizagens são orientadas para a resolução de problemas e tarefas com que se confrontam na sua vida quotidiana e não centrada nos conteúdos
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Quadro elaborado por ANFILO, G. A. H. Fonte: (CANÁRIO, 2000)
O conceito de Andragogia ainda não é bem conhecido por alguns
profissionais que ingressam na Educação de Jovens e Adultos, apesar de “surgir
ampla literatura sobre o assunto a partir de 1970” (Cavalcanti, 1999). Andragogia é
um termo que “vem do grego, andro=adulto e gogia=estudo” (ROCHA, 2011).
Segundo a autora é importante porque possibilita um ensino aprendizagem
contextualizado na faixa etária dos alunos da EJA.
Diante das comparações entre as características da aprendizagem é
importante ressaltar que a práxis na EJA, precisa estar baseada nas experiências
vividas pela pluralidade de sujeitos que buscam essa modalidade de ensino para
concluir seus estudos.
As práticas andragógicas, devem estar presentes nas atividades propostas no
CEEBJA Paschoal para garantir o acesso, a permanência e a conclusão dos
estudos, em nível médio.
Um dos problemas apontados é da desistência dos alunos, se configurando
em uma preocupação constante dos profissionais que atuam no CEEBJA. Não
temos a intenção de apontar “culpados” para os problemas da evasão, mas a
intenção de juntos buscarem as soluções, para garantir os diretos destes cidadãos e
cidadãs.
Os referenciais teóricos nos fizeram refletir sobre as nossas práticas, pois
pesquisas realizadas sobre EJA mostram que a desistência e o fracasso escolar são
ocasionados por muitos fatores, sendo um dos principais o uso de modelos
pedagógicos para ensinar os adolescentes, jovens, adultos e idosos.
Compartilhar com os colegas as ações que estão dando certo em cada
disciplina, foi um momento de reflexão, revisão dos conceitos, sugestão, avaliação e,
principalmente, de pensar juntos sobre novas alternativas, que resolvam o problema
da desistência, contribuído para que cada vez mais nossos alunos, sejam exemplo
de sucesso, conquistas sendo valorizados pela sua experiência, informação,
apropriação e busca de novos conhecimentos. Paulo Freire citado por (BOFF, 2006,
p.32) parte da convicção de que:
(...) a divisão mestre/aluno não é originária. Originária é a comunidade aprendente, onde todos se relacionam com todos e todos, ao trocarem, aprendem
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uns com outros. Aprender é muito mais que um ato intelectual de apropriação de saberes acumulados e tradicionais. Aprender é um ato vital, é uma comunhão de vidas, interesses e de destino, é um jogo de relações pessoais e sociais nas quais todas as dimensões da vida emergem e se articulam entre si, ora em tensão, ora em harmonia, mas sempre dentro de um dinamismo de troca em todas as direções.
3 A EJA e a Inclusão
Debater sobre o processo de inclusão educacional tinha a finalidade de em
primeiro lugar retomar as concepções que os pedagogos e professores têm a
respeito deste tema e, em segundo lugar, caracterizar os alunos e alunas que
estudam no CEEBJA Paschoal, a partir dos dados levantados na Semana
Pedagógica de 2011 (SEED – Secretaria de Estado da Educação – Paraná).
Para aprofundar os estudos sobre as políticas de inclusão no CEEBJA
Paschoal é necessário conceituar alguns termos a fim de aproximá-los dos
educadores, facilitando assim a retirada de possíveis barreiras que possam existir,
as quais dificultam o processo de aprendizagem.
Antes, porém, foi necessário responder algumas indagações feitas
anteriormente no Projeto de Implementação
a) Quem são os sujeitos que estudam no CEEBJA Professor Paschoal Salles
Rosa?
Alunos e alunas trabalhadores(as) com trabalho formal ou informal donas de
casa, pessoas idosas, com deficiências permanentes ou temporárias, alunos em
regime de semiliberdade e em privação de liberdade (estes estudam na APED
Especial que funciona no Centro Socioeducação – Unidade de Ponta Grossa),
alunos oriundos da zona rural do Município e de outros municípios vizinhos,
funcionário (Agente de Apoio).
b) Quais os desafios do processo de inclusão no CEEBJA?
O desafio de ensinar e aprender com esta pluralidade de sujeitos, de
conhecer as diferenças e desigualdades e o desafio de compreender que todos têm
direito ao acesso, permanência e conclusão dos estudos.
Temos a convicção que a EJA e o CEEBJA desde a sua criação, em razão de
políticas educacionais exigidas ou não pela sociedade ao longo dos anos, constitui-
se num espaço de inclusão, por atender a demanda de pessoas excluídas do ensino
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formal, em sua infância ou adolescência, como os negros, as mulheres, os
indígenas, a população jovem e adulta da zona rural, os presidiários, os
trabalhadores, os deficientes, entre outros.
A maioria dos alunos com deficiências são oriundos de Classes Especiais ou
de Escolas Especiais, as quais não tinham a função de educar formalmente, mas de
reabilitar, portanto, não estavam alfabetizados.
No CEEBJA Paschoal, os alunos com deficiência, em especial, os jovens,
adultos e idosos surdos iniciaram seus estudos no início da década de noventa, nos
referimos aos surdos, porque iniciamos nosso trabalho na EJA, atendendo estes
alunos, nas dependências do CEEBJA Paschoal.
Atualmente, são atendidos aproximadamente cinquenta alunos surdos, no
Ensino Fundamental e Médio, com o acompanhamento de Intérpretes/Tradutoras da
Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS.
No início de 2004, ingressou no corpo docente do CEEBJA Paschoal uma
professora de Apoio Itinerante para atendimento dos alunos com deficiência
intelectual.
Neste contexto, surge inúmeros movimentos em defesa dos direitos das
pessoas com deficiências, exigindo ações concretas que propiciassem a estas
pessoas a sua inclusão preferencialmente no Ensino Regular e, como conseqüência,
os jovens e adultos ingressarem nos estabelecimentos que ofertavam a EJA,
porque:
A inclusão de indivíduos com deficiência, além de ser uma política social é também uma garantia de direito destes indivíduos, que possuem respaldo legal perante a sociedade, no exercício pleno de sua cidadania, através de leis específicas que lhe assegurem o direito à educação. (CUNHA, 1998 p.22).
Os CEEBJAs cumprem a sua função reparadora, mas sem as condições
necessárias para garantir o sucesso, a permanência e muito menos a conclusão
destes alunos.
Quando nos referimos à inclusão na EJA, estamos pensando num processo
amplo, uma escola para todos. Também uma “inclusão docente”, onde os
professores (as) e pedagogos (as) tenham “(...) a ótica de ampliação da leitura de
mundo de seus alunos (...)” (Moraes, 2009), a fim de realizar a sua docência com a
certeza de que está promovendo o acolhimento, incentivando a convivência, o
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respeito e a tolerância à diversidade de sujeitos que estudam no CEEBJA Paschoal,
pois, incluir vem do latim includere, e significa compreender, abranger, conter em si,
envolver, implicar, inserir, intercalar, introduzir, fazer parte, figurar entre outros,
pertencer juntamente com outros.
A inclusão foi um dos temas mais polêmicos, onde os debates foram mais
contundentes, quando propusemos essa discussão já esperávamos pelas reações
diversas, a favor e contra o processo de inclusão de pessoas com necessidades
educativas especiais, em razão da experiência que temos na modalidade de
Educação Especial.
Na condução do debate procuramos, argumentar com embasamento teórico,
respeitando as opiniões, pois os professores (as) têm dificuldades no processo do
ensino aprendizagem desses alunos e alunas, não por sua “culpa”, mas por falta de
conteúdos relacionados a esse tema na sua formação acadêmica. Como Pedagoga
e Professora-Intérprete da LIBRAS, do CEEBJA Paschoal, tenho o compromisso de
auxiliar os profissionais da nossa escola, a vencer as barreiras e os desafios de
trabalhar com a inclusão na EJA.
A conclusão que chegamos é que precisamos continuar a debater sobre os
temas referentes à inclusão. Nesse ano fizemos algumas intervenções durante a
semana e nas reuniões pedagógicas, continuamos usando o termo “pedagógico”,
pois a andragogia é um vocábulo que ainda não faz parte do nosso cotidiano
escolar, porém muitas ações desenvolvidas no CEEBJA Paschoal apresentam
práticas andragógicas.
4 Conclusão
Em seu livro “Ofício de Mestre: imagens e autoimagens”, Miguel Arroyo, no
capítulo sobre “Conversas sobre o Ofício de Mestre”, escreve sobre uma visita numa
escola, cuja frase escrita no cartaz lhe chamou a atenção: “Nossa Memória”. Este
texto fez-me lembrar dos anos que trabalho, parafraseando Arroyo, no Ofício de
Mestra, do qual muito me orgulho.
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Ser professor e professora é guardar na memória momentos diversos, de
alegrias, conquistas, desafios, de sorrisos, de tristezas, mas acima de tudo é lembrar
que estamos fazendo a diferença na vida das centenas de seres humanos que
passam pelas nossas vidas, pois como Paulo Freire eu também acredito que
“Pessoas transformam o mundo” através da Educação.
Participar do PDE – 2010, foi uma experiência única e que guardarei na
memória, conviver com os professores e professoras que participaram da
implementação do projeto propiciou que as relações profissionais, com aqueles que
não tínhamos muito contato se tornassem relações de amizade.
A intenção é que as reflexões continuam no interior da escola e fora dela,
através dos professores e professoras das APEDs, que trabalham em diferentes
espaços educativos e dos profissionais da Sede, que também convivem com a
pluralidade de sujeitos que estudam no CEEBJA Paschoal.
Nossa expectativa é de que o material didático-pedagógico produzido durante
o PDE-2010 seja utilizado pelos professores e professoras, como um referencial
teórico a ser consultado, a fim de esclarecer dúvidas sobre os temas abordados e
pelos pedagogos na orientação das atividades da escola, para os novos
professores, que farão parte do coletivo escolar do CEEBJA Professor Paschoal
Salles Rosa.
Espero que tenha suscitado em outros professores e professoras, a intenção
de continuar nossas reflexões e abordar novos temas em outros estudos, pois a
educação é processo dinâmico e os adolescentes, jovens, adultos e idosos que
estudam no CEEBJA Paschoal, merecem que continuemos a pesquisar, para
melhorar as ações em função do sucesso deles.
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