Download - S. Valentim / Desmascarar a máscara
Desmascarar a máscara!
• Fomos saber o que se esconde por detrás dela…
• Donde surgiu?
• Por que razão tem sido usada em tantas situações?
• Como chegou até às festas de carnaval?
• E… como se podem fazer máscaras?
S. Valentim… à espera de mim!
• Cartas premiadas:
• Ensino Secundário - Nuno Ventura, nº 9, 10ºA
• Ensino Básico - Teresa Costa, nº 17, 9ºA
• Menção Honrosa para o Ensino Secundário - Beatriz Alves, nº 3, 10º A
• Menção Honrosa para o Ensino Básico - Bárbara Costa, nº 2, 9ºA
Cidade X”, 14-2-2012 Querida M.
Decidi partir. Mas antes de ir, gostava de te contar uma
história, uma história de amor, a nossa história:
Quando eu te conheci eras apenas uma rapariga bonita,
simpática, nada mais. Mas, inesperadamente, foste-te
materializando no meu coração e em todo o meu ser,
até eu não ser mais nada do que o teu reflexo, que só
vive quando tu vives, que apenas existe porque tu
existes. E, receando explodir, abri o meu coração ao
amigo mais fiel: uma folha de papel:
De que serve a fantasia afinal
Se no real há tudo o que eu queria?
Tu és fantasia feita real
E tornas o real em fantasia.
Tu és a deusa que desceu à terra
Para me fazer ascender aos céus.
E eu sou um pobre mortal que berra
Apenas por não estares em braços meus.
Sempre que tu à minha frente andas
Chega-me sempre o mesmo pensamento:
Porque me deixas aqui, triste e só?
Tu, que tudo queres, podes e mandas,
Acaba-me com este sofrimento
Que eu sem ti sou só e apenas pó.
E assim, perdidamente apaixonado, fui-me, gravando na
minha fraca memória, nos meus olhos, no meu
coração, a doce miragem da tua imagem.
Voltei, não conseguindo suportar mais a distância entre
nós. Procurei-te como quem busca água no deserto ,
incapaz de fazer o que quer que fosse enquanto não te
encontrasse e te tomasse nos meus braços, privados de ti
durante um tão longo e sofrido tempo. E finalmente
encontrei-te, ah!, mais deslumbrante que nunca. Mas
algo estava muito errado. Não estavas só. E, num rasgo
de desespero, deixei escorrer a tristeza, a mágoa, as
lágrimas que brotavam às centenas do meu pobre
coração para o meu caderno, e estas formaram os
seguintes versos com que tristemente a nossa história
termina:
Quanto mais te aproximas dele
Mais longe estou eu do meu norte,
Mais perto estou eu das lágrimas,
E, com um pouco de sorte,
Mais perto estou eu da insanidade
Mais perto estou eu da morte.
Tenho um horrível pesadelo:
Tu com ele, e eu chorando.
Vejo uma triste fotografia:
Tu com ele, e eu desesperando.
Tu com ele. Tu com ele. Tu com ele.
E eu nunca me habituando.
Agora finalmente sei
O que quer dizer sofrer:
É uma espada gélida cravada
No mais profundo do meu ser;
É desejar que tudo acabe;
É querer morrer, morrer, MORRER.
Já mais nada faz sentido,
O sofrimento não tem fim.
A MINHA VIDA É UMA DESGRAÇA!
É impossível continuar assim!
Deus todo-poderoso,
Retirai este castigo de mim!
Resta-me uma gota de esperança,
Um fino fio que me fixa à sanidade.
Mas se como eu te amo tu o amas,
Assim, com tamanha vontade,
Diz-me, e eu partirei, pois
Acima de tudo a tua felicidade.
Até tu me desejares
Eu
Carta premiada: Ensino Sec. - Nuno Ventura, nº 9, 10ºA:
Carta premiada: Ensino Básico - Teresa Costa, nº 17, 9ºA
West Side de Manhattan, Nova Iorque - 1961 Meu querido Tony, Será que me deixas chamar-te de meu? Aqueles que, ao contrário de mim, conheciam a vida e o seu propósito,
disseram em tempos que devemos deixar livre quem amamos, para este poder voar, e se este, mais tarde, voltar para nós, podemos assim dizer que é e sempre será absolutamente nosso… Mas tu não voltaste.
No meio da praça, fiquei só, na escuridão, sem futuro. Perdi-me e encontrei-me num vórtice de onde não sei se quero sair.
Procuro o teu cheiro, mas na memória só me resta o cheiro da pólvora que te fulminou. Será que me podes dizer se algum dia voltarei a ver o reflexo das estrelas nos teus tão castanhos olhos? Porque,
Tony, sem ti, a luz perdeu o fulgor que tinha outrora. Não tenhas medo. Há, algures, um lugar para nós, algures, um lugar à nossa espera, onde teremos tempo para
saber, dizer, ver e viver. Por isso, abre as tuas asas e encanta-me. Esta noite o mundo está cheio de luz. Deixarei a janela aberta. Nesta ou em qualquer outra vida, para o sempre e para o não sempre, tua Maria
Porto, 18 de Dezembro de 2011
Amado
Parece que ainda sinto o bater do coração quando te vi pela primeira
vez; nunca poderia esquecer a cor dos teus olhos, esses olhos que me
levavam para outro mundo e o teu sorriso…o teu sorriso que
iluminava os dias mais cinzentos e tristes.
Eras tu que davas sentido à minha vida, eras tu também a razão do meu
sorriso, o impulso positivo quando tudo corria mal, eras tu que me
fazias acreditar que era bonita e capaz de chegar ao ponto mais alto
da montanha; contigo tudo era possível e junto de ti não havia medo
que me fizesse vacilar.
O dia em que partiste foi o mais hostil e violento que alguma vez tive, foi
o desabar de todas as minhas convicções e tudo perdeu o sentido.
Ambos dizíamos que Deus nos tinha juntado para que fôssemos felizes e
que morreríamos juntos, dois velhinhos apaixonados de mãos dadas
em frente à lareira que, ao fecharem os olhos, passariam juntos para a
outra margem.
Nunca percebi porque me deixaste deste lado da margem e durante
muito tempo esse foi o meu pesadelo, a razão pelas noites em branco
contudo, com a ajuda de todos e acredito que também tua encontrei
alguma luz na escuridão e continuei a minha caminhada.
Caminho, mas nunca me esqueço de quem me faz muita falta pois amar-
te-ei até ao fim da minha vida….
Pérola
Menção Honrosa para o Ensino secundário - Beatriz Alves, nº 3, 10ºA
Veneza, 17 de Dezembro de…
Querido Cupido
Sinto-me bastante estranha… não consigo explicar… sinto-me completamente perdida e confusa, não sei o que se passa comigo… não sou capaz de respirar normalmente e, às vezes, o meu coração acelera de tal modo que tenho dificuldades em acompanhá-lo. As minhas noites são mais longas do que as chuvas do Outono: compridas, intermináveis… sufocantes. Suspeito que seja amor…
O seu aroma, doce e suave envolve-me à noite durante o sono. Talvez… possivelmente, essa será a causa das minhas insónias. Tento fechar os olhos… e o seu rosto aparece nos meus sonhos. A maneira como ele mexe o cabelo, como me olha, como me abraça… sinto que faço parte da vida dele. Rapaz dos meus sonhos… não quero viver um conto de fadas contigo, porque sei que um dia irá acabar… sei que o nosso amor adolescente jamais suportará os obstáculos da vida.
E agora, pergunto-me. Porquê eu? Esta dor não tem cura… porque é que me fazes passar por isto? Cupido… deus do amor… peço-te… livra-me desta praga a que chamam amor. Chega de sofrimento, chega de lágrimas, chega de solidão! Retira a seta que cravaste no meu coração… e deixa-me… deixa-me adormecer.
Sasha Fierce
Menção Honrosa para o Ensino Básico - Bárbara Costa, nº 2, 9ºA