Download - Rouanet Ideia
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
1/62
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
2/62
I O que o Programa Nacional de Apoio
Cultura Pronac?
01 Instrumento de apoio lei federal de incentivo cultura
02 Fundo nacional da cultura03 Mecenato
04 Ficart
05 Representao do ministrio para o Pronac
(Relao de endereos)
II Cultura um bom negcio
01. Porque investir em cultura
02. Uma tendncia mundial
03. A cultura est em alta
04. O brasil tem potencial
05. Os novos incentivos da lei
06. Como investir em cultura
07. Pessoas jurdicas
08. Pessoas fsicas
09. O que devem fazer Artistas e produtores
10. Atribuies do ministrio da cultura para o pronac
11. Cultura essencial
Programa nacional de apoio culturaRetirado de Ministrio da Cultura
www.minc.gov.br
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
3/62
142
01 I
NC
O Fundo Nacional de Cultura constitudo principalmente de re-
cursos oriundos das loterias federais, do Tesouro Nacional, de
Fundos de Desenvolvimento Regional (FINOR, FINAM e FUNRES),
legados, subvenes e doaes, alm de saldos ou devolues
oriundos de projetos de Mecenato, saldos de exerccios anterio-
res e resgate de emprstimos.
Destina-se o FNC a financiar, a fundo perdido, 80% dos
valores de projetos aprovados por um Comit constitudo por
membros do Ministrio da Cultura e suas entidades vinculadas e
homologados pelo mesmo.
Os projetos que concorrem a esse Fundo devem, obrigato-
riamente, ser propostos por entidades pblicas ou privadas,
que no tenham fins lucrativos. As excees so para pesso-
as fsicas, desde que solicitem apenas passagens para atender
convites no exterior ou para pessoas fsicas e entidades com
ou sem fins lucrativos que solicitem emprstimos reembols-
veis, operados pela CEF (Caixa Econmica Federal), destinados
a montagens teatrais.O projeto, apresentado em formulrio prprio, analizado
pelas entidades vinculadas ao Ministrio da Cultura quanto ao
enquadramento na Lei e custos (que devem ser de mercado) e,
aps, submetidos ao Comit Assessor. Sendo aprovado e haven-
do disponibilidade de recursos, celebrado convnio entre o Mi-
nistrio da Cultura e o proponente, e so repassados os recursos.
03 Mecenato
o instrumento, por excelncia, da Lei Federal de Incentivos
Cultura. Baseia-se no apoio a projetos de produtores culturais
analisados pelas entidades vinculadas ao Ministrio da Cultura e
aprovados pela Comisso de Incentivo Cultura, permitindo s
pessoas fsica e jurdica redues no Imposto de Renda.
04 Ficart
Prev a constituio de fundos para investimento em cultura e
isenta de Imposto de Renda e de Operaes de Crdito, Cm-
bio e Seguro os rendimentos auferidos pelos fundos, que so
regulamentados pela Comisso de Valores Mobilirios (CVM). A
nstrumento de apoio lei federal de incentivo
cultura
O Programa Nacional de Apoio Cultura (Pronac), do Minist-
rio da Cultura, possui trs mecanismos de estmulo a projetosculturais: o Fundo Nacional de Cultura (FNC), os Fundos de In-
vestimento Cultural e Artstico (Ficart) e os incentivos a projetos
culturais (Mecenato).
02 Fundo nacional de cultura F
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
4/62
143
implementao do FICART est em estudos pela Secretaria de
Apoio Cultura do Ministrio da Cultura.
05 Representao do ministrio para o pronacPara encaminhamento de projetos e maiores informaes sobre
o Programa Nacional de Apoio Cultura, localize a representa-
o do Ministrio da Cultura mais prxima:
MINISTRIO DA CULTURA
Braslia DF SEDE
Esplanada dos Ministrios, Bloco B
CEP 70068 900
FUNDO NACIONAL DE CULTURA
Fones: (061) 225 7110 Ramais 336/245
MECENATO
Fones: (061) 225 7110 Ramais 120/304
MINAS GERAIS
Delegacia Regional
Fone: (031) 226 8311
PARAN
Delegacia Regional
Fone: (041) 264 7971
PERNAMBUCO
Delegacia Regional
Fone: (081) 221 1066
RIO DE JANEIRO
Delegacia Regional
Fones: (021) 262 2426/220 6440
SO PAULO
Delegacia Regional
Fone:(011) 66 1811
AMAZONAS/ACRE/RORAIMA
1 Coordenao Regional do IPHAN
Fone: (092) 633 2822
BAHIA
7 Coordenao Regional do IPHAN
Fone: (071) 321 0133
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
5/62
144
CEAR/RIO GRANDE DO NORTE
4 Coordenao Regional do IPHAN
Fone: (085) 221 6360
GOIS/RONDNIA/TOCANTINS/
MATO GROSSO DO SUL/ MATO GROSSO
14 Coordenao Regional do IPHAN
Fone: (061) 223 2873/226 4948 (Div. Adm.)
(062) 223 9631 (Div. Tc.)
MARANHO/PIAU
3 Coordenao Regional do IPHAN
Fone: (098) 221 1753
PAR/AMAP
2 Coordenao Regional do IPHAN
Fones: (091) 224 1825/224 0699
RIO GRANDE DO SUL
12 Coordenao Regional do IPHAN
Fones: (051) 225 9351/227 1188
SANTA CATARINA
11 Coordenao Regional do IPHAN
Fones: (048) 223 0883/223 0699
SERGIPE/ALAGOAS
8 Coordenao Regional do IPHAN
Fone: (079) 222 5446
01. Porque investir em cultura
A cultura um componente essencial do desenvolvimento de
qualquer Nao. Atravs dela, os grupos que formam a socie-
dade participam e contribuem para o bem coletivo. Junto com
os fatores econmico e social, ela forma o trip sobre o qual se
apia a cidadania de um povo.
Este o primeiro motivo para a iniciativa privada se asso-
ciar ao Estado e apoiar o desenvolvimento da cultura visando
ao aprimoramento da sociedade. As manifestaes culturais,
sejam de preservao e de memria, sejam de criao Arts-
tica todas, formas de expresso de identidades so im-
portantes tambm porque geram empregos em vrios setores
da mo de obra Artesanal tecnologia avanada de infor-
matizao. Alm disso, ao crescer em qualidade e quantida-
de, o entretenimento cultural cria um mercado prprio que se
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
6/62
145
consolida como parte da estrutura do turismo e da indstria
cultural do Pas.
Por isso, o investimento privado em cultura um poderoso
parceiro do Estado no desenvolvimento econmico e social. Ex-
perincias conhecidas de empresas que investem com regulari-
dade em atividades culturais comprovam o retorno satisfatrio
desse tipo de marketing, tanto em termos institucionais como,
em alguns casos, inclusive na alavancagem de produtos.
Este resultado, aliado aos benefcios fiscais decorrentes da
Lei Federal de Incentivo Cultura, faz da parceria Estado/inicia-
tiva privada/produtor cultural um mercado promissor, s compa-
rvel ao mercado publicitrio, um vez que envolve, necessaria-
mente, os meios modernos de comunicao. Isso o que faz do
investimento em cultura um bom negcio.
Jos lvaro Moiss (Secretrio de Apoio Cultura)
02. Uma tendncia mundial
Os incentivos que o governo d a empresas que investem na
produo cultural vm confirmar, entre ns, uma forte tendncia
internacional no mundo dos negcios: a crescente opo pelo
marketing cultural.
A identidade que as manifestaes culturais criam com seus
pblicos e, por extenso, com as empresas que as patrocinam,
trazem timos resultados em termos de promoo institucional,
um retorno mais que compensador.
Por esse motivo, apontam os especialistas, patrocnios Arts-
ticos e culturais esto conquistando espaos tradicionalmente
ocupados por outras estratgias de promoo de imagem, inclu-
sive patrocnios esportivos.
O marketing cultural oferece a mais rica gama de opes, no
universo simblico, de valores que o empresrio pode agregar
imagem de seu empreendimento ou marca de seu produto, a
depender da estratgia estabelecida.
Essa diversidade se d no apenas pela extenso das reas
de manifestao Artstica e promoo cultural incentivadas pelo
governo (artes cnicas, plsticas e audiovisuais, msica, litera-
tura, patrimnio cultural etc), como pela caractersticas, em si,
da obra ou evento escolhido: se clssico, popular, moderno, de
vanguarda, futurista etc.
No fosse por tudo isso, a simples opo de promover o en-
riquecimento cultural da sociedade a prtica do mecenato
tem sido fonte de prestgio indiscutvel a pessoas e instituies
no decorrer dos sculos. Nada se compara, em termos de perma-
nncia, imagem do mecenas, isto , do apoiador da cultura.
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
7/62
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
8/62
147
mentos e elimina as datas fixas para entrega de projetos, que agora
podem ser apresentados durante todo o ano;
limita a 60 dias o prazo mximo para apreciao dos projetos pelo
Ministrio da Cultura.
06. Como investir em cultura
6.1.Escolha o projeto a ser apoiado, dentro do amplo universo de
atividades que compem o mundo da cultura. So as seguintes
as reas para as quais podem ser canalizados os investimentos
atravs da Lei Federal de Incentivo Cultura:
teatro, dana, circo, pera, mmica e congneres;
produo cinematogrfica, videogrfica, fotogrfica, discorgrfica
e congneres;
msica;
literatura, inclusive obras de referncia; Artes plsticas, artes gr
ficas, gravuras, cartazes, filatelia e congneres;
folclore e Artesanato;
patrimnio cultural;
humanidades;
rdio e televiso, educativas e culturais, de carter no comercial;
cultura negra;
cultura indgena.
6.2.Para beneficiar-se dos incentivos fiscais, o investidor dever
escolher projetos que tenham recebido o aval do Ministrio da
Cultura, atravs da Comisso Nacional de Incentivo Cultura
(CNIC). Dela parte a autorizao de captao de recursos a pro-
jetos. O documento de autorizao que permite a deduo do
investimento realizado do Imposto de Renda devido. Entre em
contato direto com o produtor cultural (proponente) ou informe-
-se, junto ao Ministrio da Cultura, do rol de projetos aprovados
mensalmente.
6.3.Organizaes que adotam a cultura como poltica de ma-
rketing podem encomendar projetos compatveis com seu inte-
resse ou mesmo criar organizaes culturais, com personalidade
prpria e sem fins lucrativos, com o objetivo de promover sua
imagem institucional.
6.4.Na hiptese de criao de entidade cultural, o incenti-
vador pode custear sua manuteno e de seus projetos pela lei.
6.5.Quando o incentivador tem a propriedade ou posse legti-
ma de bens patrimoniais tombados pelo governo federal, admi-
tida a proposio de projeto em benefcio prprio para conservar,
preservar ou restaurar bens, ouvido sempre o IPHAN (Instituto
do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional). A condio que
os resultados desses projetos sejam abertos visitao pblica.
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
9/62
148
6.6.O incentivador no pode beneficiar projetos de pessoas
ou instituies a ele vinculadas, a saber:
a pessoa jurdica da qual o doador ou patrocinador seja titular, ad
ministrador, gerente, acionista ou scio, na data da operao ou nos
doze meses anteriores;
o cnjuge, os parentes at o terceiro grau, inclusive os afins, e os
dependentes do doador ou patrocinador ou dos titulares, administra
dores, acionistas ou scios de pessoas jurdica vinculada ao doador
ou patrocinador;
outra pessoa jurdica da qual o doador ou patrocinador seja scio.
6.7. So consideradas doaes as distribuies gratuitas de in-
gressos para eventos de carter Artstico e cultural feitas por pes-
soas jurdicas para seus empregados e dependentes legais, sem-
pre por intermdio de organizaes de trabalhadores da empresa.
6.8. Exclusivamente no caso de doaes, podem ser conside-
rados materiais e servios.
6.9. Definido o projeto a ser apoiado, o incentivador faz, de
acordo com o cronograma de desembolso previsto no mesmo, os
depsitos na conta bancria especfica aberta pelo proponente. O
patrocinador deve preencher formulrio informando data e valor
do depsito e projeto beneficiado, anexar cpia da guia de depsi-
to e remeter ao Ministrio da Cultura at cinco dias aps o repasse.
6.10. Os incentivos fiscais da Lei 8.313/91 no excluem ou re-
duzem outros benefcios, abatimentos ou dedues em vigor. O
valor incentivado, porm, no pode ultrapassar a 5% do imposto
devido, totalizando uma parcela de 30%, no caso das empresas,
do valor do investimento total como patrocnio, ou 40% do valor
do investimento total como doao.
07. Os benefcios da lei, na prtica Pessoas jurdicas
A lei oferece dois atrativos de deduo, que so acumulativos.
Em primeiro lugar, o valor aplicado em cultura apropriado con-
tabilmente como custo operacional, reduzindo, em consequn-
cia, o lucro tributvel. Em outras palavras, o incentivador deixar
de recolher tributos em seu prprio benefcio.
Alm das vantagens tributrias, o patrocinador pode, depen-
dendo do projeto que apoiar, obter retorno em produto (livros,
discos, esculturas, gravuras etc) para brinde e/ou obter mdia es-
pontnea. O recebimento do produto Artstico gerado pelo pro-
jeto est limitado legalmente a 25% do total produzido e deve se
destinar a distribuio gratuita.
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
10/62
149
Exemplos de uso da lei federal de incentivo cultura e benefcios correspondentes em cada hiptese
Hiptese 1 patrocnio realizado por empresa no financeira
Com apoio Cultura( em R$ )
Sem apoio Cultura( em R$ )
1) Lucro Lquido 100.000,00 100.000,00
2) Valor do Patrocnio (*) 1.000,00 0,00
3) Novo Lucro Lquido (1 2) 99.000,00 100.000,00
4) Contribuio Social 7,40% de 3 7.326,00 7.400,00
5) Lucro Real (3 4) 91.674,00 92.600,00
6) IR devido 15% de 5 (**) 13.751,10 13.890,00
7) Deduo permitida do IR devido pela lei 8.313/91, de 30% de 1.000,00 (***) 300,00 0,00
8) IR a ser pago 13.451,10 13.890,00
9) Total de Imposto pagos (8+4) 20.777,10 21.290,00
(*)Abatimentocomodespesa operacional
(**) A alquota de IR que incide sobre o Lucro Real de 15%. O valor de Lucro Real que excede a R% 240.000,00 , sofre uma incidncia adicional de
10%. Assim, quando o Lucro Real for superior a R% 240.000,00, o resgate tributrio acresce em 9,26%, passando a 60,55%.
(***) Limitados a 5% do Imposto Devido, calculado com a aplicao da alquota de 15%. O Imposto Devido pela aplicao adicional de 10% sobre o
excedente aos 240.000,00 deve ser recolhido integralmente e no computado para a relao entre os 30% ou 40% do valor do projeto e os 5% do
IR devido.
Verifica se assim que o empresrio ao patrocinar R$ 1.000,00 teve uma reduo tributria de 21.290,00 20.777,10 = R$ 512,90. Em resumo, o empre
srio usou no seu marketing cultural 512,90 de recursos que pagaria de Impostos ou 51,29% do valor do patrocnio.
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
11/62
150
Hiptese 2 doao realizada por empresa no financeira
Com apoio Cultura( em R$ )
Sem apoio Cultura( em R$ )
1) Lucro Lquido 100.000,00 100.000,002) Valor da Doao (*) 1.000,00 0,00
3) Novo Lucro Lquido (1 2) 99.000,00 100.000,00
4) Contribuio Social 7,40% de 3 7.326,00 7.400,00
5) Lucro Real (3 4) 91.674,00 92.600,00
6) IR devido 15% de 5 (**) 13.751,10 13.890,00
7) Deduo permitida do IR devido pela lei 8.313/91, de 30% de 1.000,00(***) 400,00 0,008) IR a ser pago 13.351,10 13.890,00
9) Total de Imposto pagos (8+4) 20.677,10 21.290,00
(*) Idem hiptese 1.
(**) Idem hiptese 1. O resgate tributrio passa a 70,55% do valor doado.
(***) Idem hiptese 1.
Neste caso, a reduo tributria foi de R$ 612,90 ou 61,29% do valor doado.
OBSERVAES:
1. Os valores obtidos nos exemplos, no clculo dos 30 ou 40% do montante apoiado (patrocnio ou doao) para deduzir do imposto devido, en
to limitados a 5% do mesmo imposto devido. Nos exemplos as dedues puderam ser integrais por serem inferiores aos 5% do imposto devido.
2. O investimento em marketing que no seja apoiado pela lei n 8.313/91 propicia ao investidor apenas os resgates decorrentes da contabilizao
como despesa operacional, mas priva o do abatimento de 30% ou 40% do valor investido.
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
12/62
151
Hiptese 3 patrocnio realizado por empresas financeiras
Com apoio Cultura( em R$ )
Sem apoio Cultura( em R$ )
1) Lucro Lquido 100.000,00 100.000,002) Valor do Patrocnio (*) 1.000,00 0,00
3) Novo Lucro Lquido (1 2) 99.000,00 100.000,00
4) Contribuio Social 23,077% de 3 22.846,23 23.077,00
5) Lucro Real (3 4) 76.153,77 76.923,00
6) IR devido 15% de 5 (**) 11.423,07 11.538,45
7) Deduo permitida do IR devido pela lei 8.313/91, de 30% de 1.000,00 (***) 300,00 0,00
8) IR a ser pago 11.123,07 11.538,45
9) Total de Imposto pagos (8+4) 33.969,30 34.615,45
(*)Idemhiptese1
(**) Idem hiptese 1. O resgate tributrio passa a 7,69%, passando a 72,30%.
(***) Idem hiptese 1.
Verifica se assim que o empresrio teve uma reduo tributria ao usar a lei n 8.313/91 de R$ 646,15 ou 64,61% do valor patrocinado, usando recursos
de impostos no seu marketing cultural.
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
13/62
Hiptese 4 doao realizada por empresas financeiras
Com apoio Cultura( em R$ )
Sem apoio Cultura( em R$ )
1) Lucro Lquido 100.000,00 100.000,002) Valor da Doao (*) 1.000,00 0,00
3) Novo Lucro Lquido (1 2) 99.000,00 100.000,00
4) Contribuio Social 23,077% de 3 22.846,23 23.077,00
5) Lucro Real (3 4) 76.153,77 76.923,00
6) IR devido 15% de 5 (**) 11.423,07 11.538,45
7) Deduo permitida do IR devido pela lei 8.313/91, de 30% de 1.000,00 (***) 400,00 0,00
8) IR a ser pago 11.023,07 11.538,45
9) Total de Imposto pagos (8+4) 33.869,30 34.615,45
(*) Idem hiptese 1.
(**) Idem hiptese 1. O resgate tributrio passa a 7,695%, passando a 82,30%.
(***) Idem hiptese 1.
Obtm se no caso de doao por empresa financeira, a reduo tributria de R$ 746,15 ou 74,61% do valor doado.
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
14/62
153
Referncias para a aplicao tima da lei n 8.313/91
A Lei n 8.313/91 estabelece que a deduo de 30% do valor do
patroccnio ou 40% da doao est limitada a 5% do Imposto
de Renda devido. Logo, o ponto ideal de aplicao em marke-
ting cultural situa-se na igualdade entre as duas condies.
Condiderando-se:
* IR = Imposto de Renda antes do abatimento de 30% ou 40% do valor
apoiado;
* VP = Valor ideal do patrocnio;
* LL = Lucro lquido (antes do abatimento do valor patrocinado/doado
como despesa operacional);
* K = Alquotas incidentes.
Ento: 5% de IR 30% de VP (patrocnio) ou 5% de IR 40%
de VP (doao)
logo: VP 5%/30% de IR ou 5%/40% de IR ento; VP
16,66% de IR nos patrocnios ou VP 12,5% nas doaes
Como IR K (LL VP), temos VP 16,66% de K (LL VP) ou
VP 12,5% de K (LL VP)
A aplicao da frmula conduz aos seguintes resultados por tipo
de empresa (financeira ou no) nos casos de patrocnio ou doao:
Empresas Financeiras
* patrocnio ideal 1,88% do LL
* doao ideal 1,42% do LL
EmpresasNoFinanceiras
*patrocnioideal2,26%doLL
* doao ideal 1,70% do LL
Deve-se observar tambm que, para os casos em que a deduo do
patrocnio no lucro bruto altera a faixa de incidncia da alquota tri-
butria, reduzindo-o para a alquota imediatamente anterior, os be-
nefcios obtidos pela aplicao em apoio cultural crescem, podendo
mesmo propiciar reteno tributria superior ao valor patrocinado.
Notas
1) Para efeito dos exemplos e dos parmetros de aplicao ideal, conside
rou se o lucro real igual ao lucro lquido do exerccio excludos apenas o
valor do projeto e a contribuio social devida.
2) Os valores de alquotas utilizados so os vigentes. Caso a Receita Fe
deral os altere para exerccios futuros, deve ser feita a adequao nos
quadros de exemplos.
3) As empresas que recolhem imposto de rende sobre lucro presumido po
dem fazer uso da Lei n 8.313/91, apenas no se beneficiando da deduo
do apoio cultural como despesa operacional.
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
15/62
154
Observaes
1. As atuais alquotas de contribuio social so 8% para em-
presas em geral e 20% para empresas financeiras. Entretanto, a
frmula de clculo da contribuio social de:
CS =
Base de Clculo x alquota
1 + alquota
2. A aplicao a frmula nos leva a identificao de 7,40% (no
caso dos 8%) e 15,25% (caso dos 20%) como os ndices a serem
aplicados diretamente na base de clculo, dispensando-se o uso
da frmula.Assim, nos exemplos apresentados, o percentual da
Contribuio Social para empresas no-financeiras (hipteses 1 e
2) aplicado sobre a base de clculo de 7,40%.Para as empresas
financeiras o fator utilizado deveria ser 15,25%, porm, o Fundo de
Estabilizao Fiscal, que substituir o Fundo Social de Emergn-
cia, estabelece para esse tipo de empresa a alquota de 30% que
nos d, pela frmula, 23,077% para aplicao direta na base de
clculo, como se verifica nos exemplos (hiptese 3 e hiptese 4).
Caso o Congresso nacional no aprove o Fundo de estabilizao
Fiscal os valores de resgate tributrio nas hipteses 3 e 4 so,
respectivamente:
Patrocnio
Lucro Real igual ou menor do que R$ 240.000,00 resgate
tributrio de 58,75% Lucro Real superior a R$ 240.000,00
resgate tributrio de 66,44%
Doao
Lucro Real igual ou menor do que R$ 240.000,00 resgate
tributrio de 68,75%
Lucro Real superior a R$ 240.000,00 resgate tributrio de
76,44%
3. Para empresas que declaram IR sobre lucro presumido inxiste
a contabilizao do apoio cultural como despesa operacional, res-
tringindo-se a vantagem tributria a 30 ou 40% do valor do pro-
jeto (Patrocnio ou Doao), limitados a 5% do valor do IR devido.
Pessoas fsicas
A lei possibilita a deduo de 60% do valor aplicado em projetos
culturais sob a forma de patrocnio e de 80% nas doaes, at o
limite de 12% do IR devido no exerccio.
No caso de pessoas fsicas, quem determina a contribuio
como doao ou patrocnio a condio do proponente do
projeto (produtor cultural ou Artista). Sendo ele pessoa fsica
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
16/62
155
ou jurdica de direito pblico ou privado sem fins lucrativos, o
apoio considerado como doao ou patrocnio; sendo pessoa
jurdica de direito privado com fins lucrativos, a contribuio
ser sem patrocnio.
Tomando por base as alqotas do IR-Pessoa Fsica para a
declarao de ajuste feita em 1996, ano base 1995, temos, por
faixa de renda, as seguintes comparaes:
Alquota de 15%
O abatimento por doao (80%) corresponde ao de um recibo
mdico de 5,33 vezes o valor doado. Exemplo: doao de R$
100,00 recibo mdico de R$ 533,00.
O abatimento por patrocnio (60%) corresponde ao de um re-
cibo mdico de 4 vezes o valor patrocinado. Exemplo: patrocnio
de R$ 100,00 recibo mdico de R$ 400,00.
Alquota de 25%
O abatimento por doao corresponde ao de um recibo mdico
3 vezes o valor doado. Exemplo: doao de R$ 100,00 recibo
mdico de R$ 300,00.
O abatimento por patrocnio corresponde ao de um recibo
mdico de 2,25 vezes o valor patrocinado. Exemplo: patrocnio
de R$ 100,00 recibo mdico de R$ 225,00.
08. O que devem fazer Artistas e produtores para apre-
sentarem projetos
8.1.Preencher o formulrio fornecido pela Secretaria de Apoio
Cultura para apresentar o seu projeto, acompanhado de crono-
grama e planilha de custos, com a finalidade de enquadr-lo nos
objetivos da Lei Federal de Incentivo Cultura.
8.2. Fornecer ao Ministrio da Cultura a documentao exi-
gida pela Lei:
curriculum vitae, se pessoas fsicas (artistas, produtores culturais,
pesquisadores, tcnicos, Arteses etc); contrato social e relatrio de
atividade da empresa, se pessoa jurdica de direito privado (entidade
ou empresa) com fins lucrativos; estatuto e/ou regimento e relatrio
de atividade da instituio, se pessoa jurdica de direito privado sem
fins lucrativos
8.3. Aguardar a comunicao do resultado da primeira ava-
liao do Ministrio da Cultura e da aprovao final da Comisso
Nacional de Incentivo Cultura.
8.4. Recorrer, se desejar, Comisso em caso de deciso ne-
gativa, no prazo de 30 dias aps o recebimento da comunicao.
8.5. Contratar, se desejar, agente cultural ou escritrio espe-
cializado, para a captao de recursos autorizados.
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
17/62
156
8.6. Observar o prazo de validade estabelecido pelo Ministrio
da Cultura para a captao dos recursos junto iniciativa privada.
8.7. Fornecer recibo ao patrocinador, com uma cpia a ser
enviada ao Ministrio da Cultura e outra para ser guardada du-
rante 5 anos.
09. Atribuies do ministrio da cultura para o pronac
O Ministrio da Cultura recebe os projetos culturais apresenta-
dos, segundo padres estabelecidos em formulrio.
Analisa a pertinncia dos oramentos dos projetos, por in-
termdio de suas entidades supervisionadas, usando critrios
de objetividade e de respeito liberdade de expresso e o seu
enquadramento nos dispositivos da Lei de Incentivo Cultura.
Aprova, em ltima instncia, atravs da Comisso Nacional
de Incentivo Cultura, os projetos culturais considerados aptos
a receberem os incentivos das empresas privadas.
Notifica aos proponentes no aprovados, no prazo mximo
de 60 dias, a negao dos benefcios pretendidos, esclarecendo
os motivos da negativa.
Publica, no Dirio Oficial da Unio, a relao dos projetos
aprovados pela CNIC, informando: ttulo do projeto, instituioresponsvel, valor autorizado para obteno da doao ou pa-
trocnio e prazo de validade da autorizao. Acompanha e avalia
a execuo dos projetos aprovados.
Cultura essencial
Para o governo Fernando Henrique Cardoso, a cultura parte
essencial do desenvolvimento do Pas. Da a sua concepo de
parceria entre Estado e Empresa, mantendo as responsabilidades
do Estado, ao mesmo tempo que estimula a participao da ini-
ciativa privada e da sociedade civil. A recente reforma da regu-
lamentao da Lei de Incentivo Cultura instrumentalizou essa
parceria,ao fortalecer o mercado de projetos culturais e ampliar
a participao das empresas, com o aumento dos percentuais de
deduo tributria, cujo limite cresce agora de 2% para 5%. A
meta desburocratizar o uso da lei. A liberdade de criao Arts-
tica e o acesso cultura so manifestaes da cidadania preciosas
para um projeto de Nao. As empresas e a sociedade civil tm
um importante papel nesse processo, que cuidamos de viabilizar.
Francisco Weffort
Ministro da Cultura
Setembro, 1995
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
18/62
161
Patrocnio de projetos cultura
Estamos selecionando e patrocinando projetos culturais aprova-
dos na Lei do ProAC (ICMS) e outras leis de incentivo.
Cadastre-se no site e envie a apresentao de seu projeto
completa com a documentao de aprovao para contato@pa-
trocinio certo.com.br ou entre em contato para maiores informa-
es pelo telefone (11) 3842 7457.
Esta lei destina-se a incentivar a produo Artstica no Bra-
sil, e atravs dela pessoas fsicas ou jurdicas podem dar re-
cursos financeiros para a implementao de projetos culturais
que forem aprovados pelo Ministrio da Cultura, como o caso
deste projeto.
Os benefcios fiscais para quem der recursos para estes pro-
jetos so os seguintes:
Pessoas fsicas
Podero deduzir do imposto de renda devido na declarao de
rendimento anual os seguintes percentuais dos valores efetiva-
mente destinados no ano-calendrio:
I 80% do somatrio das doaes;
II 60% do somatrio dos patrocnios.
Edital do PROAC (exemplo)
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
19/62
162
A deduo no poder ultrapassar a 6% do imposto devido.
O valor que ultrapassar o limite de dedutibilidade menciona-
do no poder ser deduzido nas declaraes posteriores.
Pessoas jurdicas
As pessoas jurdicas tributadas com base no lucro real, presumi-
do ou arbitrado podero deduzir do imposto de renda devido, os
seguintes percentuais dos valores efetivamente destinados, no
perodo de apurao, a projetos culturais:
I 40% do somatrio das doaes;
II 30% do somatrio dos patrocnios.
A deduo no poder ultrapassar a 4% do imposto devido.
O valor que ultrapassar o limite anual, apurado na declarao de
rendimentos, no poder ser deduzido nas declaraes posteriores,
inclusive no caso de projetos culturais de execuo plurianual.
Para uma leitura completa da legislao brasileira referente ao
assunto, Lei Novanet (Meceneto), acessar, a homepage do Minis-
trio da Cultura http://www.minc.gov.br/, nos seguintes tpicos:
Lei 8313/91
Medida da provisria 1611/97
Decreto 1494/95
Instruo Normativa IN/MINC n. 1 de 13/06/95
Portaria MINC n. 46 de 19/11/98
Obs: Para ainda maiores informaes e esclarecimento contatar:
Raimundo da Costa Veloso Filho
Esplanada dos Ministrios Bl. B sala 213
Ministrio da Cultura CEP: 70068 900
Braslia DF
Tel: (61) 316 2011 316 2311
FAX: 321 7712
E mail: [email protected]
Publicado em 05 de junho de 2009
O que muda na Lei Rouanet
A Lei 8.313, popularmente conhecida pelo nome do ento ministro
da Cultura Srgio Paulo Rouanet, define as formas como o go-
verno federal deve incentivar a produo cultural no Brasil. Aps
sua aprovao, em 1991, ela j foi alterada algumas vezes e sofreu
regulamentaes. Agora, o governo federal prope uma nova re-
forma, para ampliar a capacidade de fomento cultura e aumen-tar as formas como o produtor pode acessar os recursos. Saiba o
que muda com o projeto que ser enviado ao Congresso Nacional:
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
20/62
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
21/62
164
O FNC destina recursos a projetos culturais por meio de em-
prstimos reembolsveis ou cesso a fundo perdido. O Programa
de Difuso e Intercmbio Artstico e Cultural, que viabiliza o re-
passe de recursos para a compra de passagens para a participa-
o de eventos de natureza cultural a serem realizados no Brasil
ou no exterior, tambm utiliza recursos deste Fundo.
J o mecanismo de Incentivo Fiscal, mais conhecido como Mece-
nato, viabiliza benefcios fiscais para investidores que apoiam proje-
tos culturais sob forma de doao ou patrocnio. Empresas e pesso-
as fsicas podem utilizar a iseno em at 100% do valor no Imposto
de Renda e investir em projetos culturais. Alm da iseno fiscal,
elas investem tambm em sua imagem institucional e em sua marca.
A Lei tambm autorizada a constituio de Fundos de Investi-
mento Cultural e Artstico FICART, sob a forma de condomnio,
sem personalidade jurdica, caracterizando comunho de recur-
sos destinados aplicao em projetos culturais e Artsticos.
Desde a sua criao, o mecanismo no foi utilizado.
Lei Rouanet Incentivo Fiscal
Neste mecanismo de apoio, a proposta cultural passa por uma
anlise no Ministrio da Cultura, e, se aprovada, o seu titular po-der buscar recursos para a execuo junto a pessoas fsicas
ou empresas tributadas com base no lucro real, que tero total
ou parte do valor apoiado deduzido no Imposto de Renda (IR),
dentro dos percentuais permitidos pela legislao. As pessoas
ou empresas que apoiam projetos culturais com benefcios fiscais
so chamadas incentivadoras.
Neste mecanismo, o Ministrio da Cultura NO repassa recur-
sos para a proposta cultural.
Ateno quem pleiteia apoio pelo mecanismo de incenti-
vos fiscais da Lei Rouanet tambm deve observar a Instruo
Normativa Conjunta MinC/Ministrio da Fazenda n. 01/1995, e o
Decreto 3.000/1999 (especificamente o captulo II, seo I).
Quem pode ser apoiado:
Pessoas fsicas com atuao na rea cultural (artistas, produtores cul
turais, tcnicos da rea cultural etc);
Pessoas jurdicas pblicas de natureza cultural da administrao indire
ta (autarquias, fundaes etc);
Pessoas jurdicas privadas de natureza cultural, com ou sem fins lucrati
vos, (empresas, cooperativas, fundaes, ONGs, Organizaes Sociais etc)
Lembre-se:
Pessoa fsica deve comprovar atuao cultural pelocurr culo ou por
tiflio; pessoa jurdica deve ter a natureza cultural expressa: no seu ato
constitutivo (contrato social ou estatuto); noCNPJ, onde deve constar a
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
22/62
165
atividade cultural como a atividade principal ou secundria; e pelo relat
rio de atividades culturais, ou currculo/portiflio dos dirigentes, em caso
de empresa ou instituio com menos de dois anos.
Instituies pblicas da administrao direta NO PODEM receber apoio
por incentivo fiscal.
O que pode ser apoiado
As propostas culturais podem abranger os seguintes segmentos,
entre outros: teatro, dana, circo, pera, mmica e congneres; lite-
ratura; msica; Artes plsticas e grficas, gravuras e congneres;
cultura popular e Artesanato; patrimnio cultural material e imate-
rial (museu, acervo etc); rea audiovisual (curta e mdia metragem,
festivais nacionais, oficinas, programas de rdio e TV, sites etc).
Quem pode apoiar com incentivo fiscal
Pessoas fsicas pagadoras de Imposto de Renda
Empresas tributadas com base no lucro real
No podem apoiar com incentivo fiscal
Microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples
Nacional
Empresas com regime de tributao baseada em lucro presumido ou
arbitrado
Doador ou patrocinador vinculado pessoa, instituio ou empresa
titular da proposta, exceto quando se tratar de instituio sem fins lucra
tivos, criada pelo incentivador.
Consideram-se vinculados
pessoa jurdica da qual o doador ou patrocinador seja titular, adminis
trador, gerente, acionista ou scio, na data da operao, ou nos 12 meses
anteriores;
cnjuge, parentes at o terceiro grau, inclusive os afins, e dependentes
do doador ou patrocinador ou dos titulares, administradores, acionistas
ou scios de pessoa jurdica vinculada ao doador ou patrocinador;
outra pessoa jurdica da qual o doador ou patrocinador seja scio
Formas de apoio: doao e patrocnio
O apoio pode ser efetuado por duas formas: doao ou patrocnio.
A doao compreende as seguintes aes:
transferncia definitiva e irreversvel de recursos financeiros, em favor
do titular da proposta cultural;
transferncia definitiva e irreversvel de bens, em favor do titular da
proposta cultural;
Tambm se configura como doao o valor despendido com as despe
sas de restaurao, conservao ou preservao de bem tombado pela
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
23/62
166
Unio, por pessoa fsica pagadora do Imposto de Renda ou pessoa jurdi
ca tributada com base no lucro real dele proprietria ou titular. Este tipo
de gasto tambm pode ser objeto de benefcio fiscal.
Na doao proibido qualquer tipo de promoo do doador e
s podem se beneficiar dela propostas culturais de pessoa fsi-
ca, ou jurdica sem fins lucrativos. O patrocnio compreende as
seguintes aes:
transferncia definitiva e irreversvel de dinheiro;
transferncia definitiva e irreversvel de servios;
utilizao de bens mveis ou imveis do patrocinador, sem transfern
cia de domnio.
O patrocinador tem direito a receber at 10% do produto resultan-
te do projeto (CDs, ingressos, revistas etc), para distribuio gra-
tuita promocional. Se houver mais de um patrocinador, cada qual
receber o produto em quantidade proporcional ao valor incentiva-
do, respeitado o limite de 10% para o conjunto de patrocinadores.
No patrocnio pode haver publicidade do apoio com identi-
ficao do patrocinador, e qualquer proposta aprovada pode sebeneficiar dele, inclusive as que estiverem em nome de pessoa
jurdica com fins lucrativos.
Percentuais de abatimento
Os percentuais de abatimento no Imposto de Renda so os se-
guintes, conforme o Artigo 26 da Lei 8.313/91:
Empresas:
30% do valor patrocinado;
40% do valor doado.
Pessoa fsica:
60% do valor patrocinado;
80% do valor doado.
Ateno A deduo limitada aos percentuais estabelecidospela legislao do imposto de renda vigente, que atualmente so
de 4% para pessoa jurdica e 6% para pessoa fsica. A empresa
pode ainda lanar o valor incentivado como despesa operacional.
Com a publicao da Lei 9.874/99 e a Medida Provisria n 2228-
1/2001, a pessoa fsica ou a empresa que apoiam projetos enquadra-
dos em determinados segmentos, estabelecidos pelo Artigo 18, pas-
saram a ter a possibilidade de deduzir at 100% do valor doado ou
patrocinado, tambm dentro dos limites da legislao do imposto derenda vigente. Neste caso, no entanto, o valor incentivado no pode
ser lanado como despesa operacional. Os referidos segmentos so:
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
24/62
167
Artes Cnicas;
Livros de valor Artstico, literrio ou humanstico;
Msica erudita ou instrumental;
Exposies de Artes Visuais;
Doaes de acervos para bibliotecas pblicas, museus, arquivos pbli
cos e cinematecas, treinamento de pessoal e aquisio de equipamentos
para manuteno desses acervos;
Produo de obras cinematogrficas e videofonogrficas de curta e
mdia metragem e preservao e difuso do acervo audiovisual (apenas
produes independentes e culturais educaticas de carter no comer
cial, realizadas por empresas de rdio e televiso);
Preservao do patrimnio cultural material e imaterial (s conside
rado como patrimnio o bem cultural oficialmente tombado, em esfera
federal, estadual ou municipal; processo de tombamento em andamento
no considerado).
Projetos audiovisuais Incentivo Fiscal
So apoiados projetos audiovisuais que se enquadrem nos se-
guintes segmentos:
Curta metragem (at 15 minutos)
Mdia metragem (de 16 at 70 minutos)
Festivais Nacionais
Difuso (mostras/distribuio de acervo)
Restaurao/Preservao de acervo
Oficinas
Workshops
Programa de rdio e TV
Multimdia (site / portal, DVD, CD Rom)
Promoo de atividades de estmulo pesquisa, de conhecimento do
mercado, de desenvolvimento de tecnologia, dos meios de produo, da
informao e anlise sobre o audiovisual brasileiro
Para projetos de outras modalidades como longa metragem (aci-
ma de 70), sries (+ de 3 captulos) e festivais internacionais, o
proponente deve dirigir-se Agncia Nacional de Cinema, Ancine.Para qualquer outro projeto cultural que no esteja relaciona-
do a contedos audiovisuais e radiofnicos, a exemplo de proje-
tos culturais voltados musica, teatro etc., clique aqui.
Os projetos culturais podem ser apoiados, via incentivos fis-
cais, por pessoas fsicas pagadoras de Imposto de Renda ou por
pessoas jurdicas, por meio de doaes ou patrocnios.As pes-
soas jurdicas tributadas com base no lucro real podem deduzir
valores de at 4% de seu Imposto de Renda e as pessoas fsicaspodem abater percentual de at 6%, seguindo os limites da le-
gislao referente ao Imposto de Renda.
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
25/62
168
De acordo com o Artigo 26 da Lei Rouanet (Lei 8.313/91),
empresas podem deduzir 30% do valor patrocinado e 40% do
valor doado. J as pessoas fsicas podem deduzir 60% do valor
patrocinado e 80% do valor doado. Nestes casos, as pessoas
jurdicas podero abater as doaes e patrocnios como despe-
sa operacional.
O Artigo 18 da mesma Lei Rouanet permite a deduo inte-
gral do valor incentivado para os segmentos:
produo de obras cinematogrficas e videofonogrficas de curta e m
dia metragem e preservao e difuso do acervo audiovisual, tambm
dentro dos limites da legislao do imposto de renda (redao dada pe
laMP 2228 1/01, Artigo 53, alnea f). e para construo e manuteno de
salas de cinema e teatro, que podero funcionar tambm como centros
culturais comunitrios, em municpios com menos de 100 mil habitantes
(Lei 8.313/91,Art 18, alnea h, redao inserida pela Lei 11 .646/08)
Nestes casos, no entanto, o valor destinado ao projeto no pode
ser lanado como despesa operacional. (ver o Artigo 18 da Lei
8.313/91, modificado pela Lei 9.874/99 e pela Medida Provisria
2228-1/200 1- Artigo 53, pargrafo 3, alnea f).
B Apresentao de Projetos
1) Proponentes:
a) Pessoa Fsica:
Apresentao de no mximo 02 (dois) projetos para captao e reali
zao simultnea;
Valor mximo passvel de autorizao para captao simultnea: at
1.000 (um mil) salrios mnimos.
b) Pessoa Jurdica de Natureza Cultural:
Apresentao de no mximo 02 (dois) projetos por segmento, respeita
do o limite mximo de at 06 (seis) projetos para captao e realizao
simultnea;
Valor mximo passvel de autorizao para captao simultnea: a ser
definido mediante anlise de portiflio de realizaes na rea audiovisual;
* O contedo das propostas (projeto) apresentadas tem que ser de na
tureza cultural.
** Em qualquer situao, seja o proponente pessoa fsica ou jurdica, a
depender do montante passvel de aprovao, a autorizao para capta
o de recursos poder ser concedida de forma escalonada (parcelada),
com a exigncia de prestao de contas parcial.
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
26/62
169
2) Documentao
Todos os proponentes, ao apresentarem projetos, devem en-
caminhar:
a Formulrios
Formulrio padro preenchido, incluindo termo de responsabilidade
assinado pelo proponente, oramento fsico financeiro, plano bsico de
divulgao, plano de distribuio, etc.
Formulrio Apresentao de Projetos Incentivo Fiscal
Instrues de Preenchimento Incentivo Fiscal
b Documentos
Toda a documentao requerida para a apresentao de projetos est ex
posta na Portaria MinC no. 4/08. A leitura deste documento essencial.
Os proponentes devem apresentar documentos legais, documentos com
plementares e documentao tcnica especfica a cada segmento audio
visual ao qual est relacionada a proposta.
Documentos legais
I Pessoa Fsica
a) documento de identificao (Carteira de Identidade, Carteira de Moto
rista, Passaporte, Registro de Estrangeiro);
b) CPF Cadastro de Pessoa Fsica;
c) comprovante de residncia;
d) apresentar verso atualizada de seu Curriculum Vitae devidamente
assinado ou Portflio comprovando as atividades culturais realizadas.
II Pessoa Jurdica de Direito Privado
a) Documento de Constituio de acordo com sua natureza dever
apresentar:
cpia autenticada do contrato social e alteraes contratuais, devida
mente registrados no rgo competente, ou contrato social consolidado,
devidamente registrado no rgo competente, contendo no objeto social
a finalidade cultural;
cpia autenticada do estatuto social e atas de alterao estatutrias,
devidamente registrados no rgo competente, ou estatuto social con
solidado, devidamente registrado no rgo competente, contendo no
objeto social a finalidade cultural;
b) ata de eleio da atual diretoria;
c) termo de posse de seus diretores;
d) CNPJ , contendo atividade cultural registrada no campo Cdigo e
descrio da atividade econmica principal ou Cdigo e descrio da
atividade econmica secundria
e) Documentos de seus scios / dirigentes / procuradores:documento de identificao (Carteira de Identidade, Carteira de Moto
rista, dentre outros)
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
27/62
170
CPF Cadastro de Pessoa Fsica
comprovante de residncia
documento de pessoa estrangeira:
i. cdula de identidade de estrangeiro da Repblica Federativa do Brasil;
ii. comprovante de residncia;
iii. passaporte, constando visto de permanncia e prazo de validade
f) relatrio de atividades culturais da instituio/empresa. No caso da
instituio/empresa possuir menos de 2 anos de atividades, dever apre
sentar verso atualizada do Curriculum Vitae devidamente assinado ou
Portflio comprovando as atividades culturais realizadas pelos seus prin
cipais dirigentes.
III Pessoa Jurdica de Direito Pblico
a) Documento de Constituio de acordo com sua natureza devera
apresentar:
estatuto social e atas de alterao estatutrias, devidamente registra
dos no rgo competente, ou estatuto social consolidado, devidamente
registrado no rgo competente, contendo no objeto social a finalidade
cultural;
regimento interno, contendo em seus objetivos a finalidade l;cultura
decreto ou lei que a constituiu, contendo em seus objetivos a finalidadecultural;
b) Atas de eleio de diretoria;
c) Termo de posse de seus diretores;
d) Instrumento de delegao de competncia;
e) Documentos de seus dirigentes:
Documento de identificao (Carteira de Identidade, Carteira de Moto
rista, dentre outros)
CPF Cadastro de Pessoa Fsica
Comprovante de Residncia
documento de pessoa estrangeira:
i. cdula de identidade de estrangeiro da Repblica Federativa do Brasil;
ii. comprovante de residncia;
iii. passaporte, constando visto de permanncia e prazo de validade
f) relatrio de atividades culturais da instituio/empresa.
A documentao relacionada nos tens I, II e III dever ser apre-
sentada em cpia acompanhada do documento original, para au-
tenticao, mediante confrontao com o original, pelo servidor
pblico que a receber ou, na impossibilidade de apresentao do
original, por cpia autenticada em cartrio.
O Ministrio da Cultura, aps a anlise da documentao re-
cebida, poder solicitar ao proponente o envio de outros docu-
mentos que se fizerem necessrios ao exame de admissibilidadedo proponente.
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
28/62
171
Nos casos em que o proponente opte pela outorga de pode-
res a terceiros, a procurao dever ser conferida por instrumen-
to pblico, nica e exclusivamente relacionada proposta cultu-
ral apresentada, sendo admitidos apenas, os poderes para vistas
dos autos obteno de cpias de documentos neles contidos,conhecimento das decises proferidas e requisio de juntada
de documentos, sendo os demais atos de competncia exclusiva
do proponente da proposta cultural.
Documentos Complementares Apresentao Obrigatria:
Para todos os projetos obrigatria, ainda, a apresentao dos seguintes
documentos:
I. projeto do curso acompanhado do currculo do responsvel, no caso de
proposta que contenham previso de atividades de ensino, capacitao
ou oficinas;
II. pelo menos trs oramentos obtidos no mercado, no caso de propos
tas que contenham previso de aquisio de bens permanentes ou loca
o de espao;
III. contrato ou acordo de cooperao tcnica, no caso de proposta que
contenham previso de execuo compartilhada;
IV. documentos comprobatrios de autoria ou titularidade da obra quando se tratar de utilizao de obra prpria;
V. anuncia do proprietrio ou detentor de direitos, no caso de propostas
que contenham previso de utilizao de acervos de terceiros, de adapta
o de obra de imagens, exibio de filmes e uso de roteiros;
VI. autorizao de uso da obra e identificao da fonte, para uso de ima
gem de terceiros, inclusive no caso de pesquisa em banco de imagens;
VII. autorizao do rgo pblico competente, no caso de eventos ou
interveno Artstico culturais em espaos pblicos;
VIII. no caso de propostas que contenham previso de aquisio de bens
permanentes, termo de compromisso onde o proponente declare que
dar destinao cultural aos bens, aps a finalizao do proposta, indi
cando o(s) beneficirio(s);
IX. cpia de instrumento de cesso de direitos do autor(es) e titular(es)
dos direitos autorais, emitido pelo rgo responsvel pelo registro ou
pelo Cartrio de Ttulos e Documentos em que tal instrumento tiver sido
registrado, de acordo com o Artigo 50, 1 da Lei 9.610/1998, ou, ain
da, de autorizao de utilizao ou adaptao da obra dada por seu(s)
autor(es) e demais titular(es) de direitos autorais, de acordo com a Lei
9.610/1998;
X. traduo juramentada, com cpia autenticada, para a utilizao de
textos estrangeiros redigidos em outra lngua;
XI. informaes sobre medidas preventivas que sero adotadas para evi
tar o impacto ambiental;XII. documento especfico exigido para cada a rea cultural em conformi
dade com o proposta, identificados no Anexo I.
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
29/62
172
Quando os documentos citados nos incisos deste Artigos forem
firmados em lngua estrangeira, devera ser apresentada tradu-
o efetuada por tradutor juramentado. Documentao tcnica
(Propostas da rea audiovisual) Produo de obra audiovisual de
curta ou media metragens:
a) no caso de fico, roteiro dividido por seqncias, contendo o desen
volvimento dos dilogos e registrado na Fundao Biblioteca Nacional;
b) no caso de documentrio, argumento contendo abordagem ou aes
investigativas, identificao das locaes, dos depoentes ou personagens
e, quando for o caso, material de arquivo e locues;
c) Storyboard, no caso de animao;
2. Restaurao ou preservao de acervo audiovisual
a) termo de comprometimento de entrega de um master para
preservao na Cinemateca Brasileira, devidamente assinado
pelo titular do proposta e dos direitos sobre a obra;
b) Declarao anuncia do proprietrio ou detentor de direitos,
no caso de propostas que contenham previso de utilizao de
acervos de terceiros; de adaptao de obra; uso de imagens; exi-
bio de filmes e utilizao de roteiros;c) Laudo tcnico do estado das obras a serem restauradas
3. Programas de Rdio e TV (de carter no comercial)
a) manifestao de interesse de emissoras em veicular o programa;
b) declarao de regularidade da emissora exibidora junto ao
ECAD.
c) Estrutura/formato do programa, contendo sua durao, periodi-cidade e nmero de programas.
d) Propostas de programas de Rdio e TV no contemplaro a
aquisio de espao(s) para a sua veiculao.
4. Propostas de Mostras/Festivais/Oficinas e Workshops
a) Identificao dos ttulos a serem exibidos com a devida mani-
festao de interesse do(s) titular(es) dos direitos das mesmas,
no caso de mostra;b) Justificao acerca do contedo (acervo) indicado para o seg-
mento de pblico a ser atingido, no caso de mostra;
c) Apresentao de planilha oramentria especifica para cada
ao prevista (mostra competitiva, mostra paralela, oficinas,
workshop, etc.), no caso de festivais;
d) Vinculao de despesas (cachs, passagens, hospedagens e
alimentao) referentes a profissionais e participantes (homena-
geados, palestrantes, instrutores, curadores, atores/produtores)com as respectivas identificaes e funes a serem exercidas,
em ambos os casos;
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
30/62
173
- Quando o projeto envolver realizao de cursos de formao e
capacitao de profissionais ou ensino das Artes, necessrio
encaminhar o projeto pedaggico, nome e currculo do coorde-
nador pedaggico.
5. Multimdia (cd-room, site, portal)
a) Estrutura do site/portal;
b) Descrio das fontes de alimentao de contedo;
c) Definio de contedos( pesquisa e sua organizao e, roteiros);
d) Design das interfaces, descrio da navegabilidade, opes
de interatividade, design da editorao de texto/imagem/som e,
indexaes.
A qualquer produto ou sub-produto, faz-se necessrio a inclusoda logomarca do Ministrio da Cultura, conforme o Manual de
Identidade Visual da SECOM/PR.
Os documentos de projetos audiovisuais devem ser entre-
gues, pessoalmente ou por correspondncia, no protocolo da
Secretaria do Audiovisual (SAV), ou nas Representaes Regio-
nais do Ministrio.
Lei de MendonaConhea a lei que regulamenta os incentivos fiscais para projetos
culturais
Lei n 10.923 de 30 de dezembro de 1990
Dispe sobre incentivo fiscal para a realizao de projetos cultu-
rais, no mbito do Municpio de So Paulo.
LUIZA ERUNDINA DE SOUSA, Prefeita do Municpio de So Pau-lo, usando das atribuies que lhe so conferidas por lei, faz sa-
ber que a Cmara Municipal, em sesso de 28 de dezembro de
1990, decretou e eu promulgo a seguinte lei:
Art. 1 Fica institudo, no mbito do Municpio de So Paulo,
incentivo fiscal para a realizao de projetos culturais, a ser con-
cedido a pessoa fsica ou jurdica domiciliada no Municpio.
1 O incentivo fiscal referido no caput deste Artigo corres-ponder ao recebimento, por parte do empreendedor de qualquer
projeto cultural no Municpio, seja atravs de doao, patrocnio
ou investimento, de certificados expedidos pelo Poder Pblico,
correspondentes ao valor do incentivo autorizado pelo Executivo.
2 Os portadores dos certificados podero utiliz-los para paga-
mento dos impostos sobre servios de qualquer natureza ISS e so-
bre a propriedade predial e territorial urbana IPTU, at o limite de
20% (vinte por cento) do valor devido a cada incidncia dos tributos.3 Para o pagamento referido no pargrafo anterior, o valor de
face dos certificados sofrer desconto de 30% (trinta por cento).
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
31/62
174
4 A Cmara Municipal de So Paulo fixar anualmente, o valor
que dever ser usado como incentivo cultural, que no poder
ser inferior a 2% (dois por cento) nem superior a 5% (cinco por
cento) da receita proveniente do ISS e do IPTU.
5 Para o exerccio de 1991, fica estipulada a quantia equiva-lente a 5% (cinco por cento) da receita proveniente do ISS e do
IPTU, excluindo-se o valor destinado ao FUNTRAN.
Art. 2 So abrangidas por esta lei as seguintes reas:
I msica e dana
II teatro e circo
III cinema, fotografia e vdeoIV literatura
V Artes plsticas, Artes grficas e filatelia
VI folclore e Artesanato
VII acervo e patrimnio histrico e cultural, museus e centros culturais.
Art. 3 Fica autorizada a criao, junto Secretaria Municipal
de Cultura, de uma Comisso, independente e autnoma, forma-
da maioritariamente por representantes do setor cultural a se-rem enumerados pelo Decreto regulamentador da presente lei e
por tcnicos da administrao municipal que ficar incumbida da
averiguao e da avaliao dos projetos culturais apresentados.
1 Os componentes da Comisso devero ser pessoas de compro-
vada idoneidade e de reconhecida notoriedade na rea cultural.
2 Aos membros da Comisso, que devero ter um mandato de
1 (um) ano, podendo ser reconduzidos, no ser permitida a apre-sentao de projetos durante o perodo de mandato, prevalecen-
do esta vedao at 2 (dois) anos aps o trmino do mesmo.
3 A Comisso ter por finalidade analisar exclusivamente o as-
pecto oramentrio do projeto, sendo-lhe vedado se manifestar
sobre o mrito do mesmo.
4 Tero prioridade os projetos apresentados que j conte-
nham a inteno de contribuintes incentivadores de participa-
rem do mesmo.5 O Executivo dever fixar o limite mximo de incentivo a ser
concedido por projeto, individualmente.
6 Uma parcela dos recursos a serem destinados ao incentivo
dever ser destinada para a aquisio de ingressos.
Art. 4 Para a obteno do incentivo referido no Artigo Art. 1,
dever o empreendedor apresentar Comisso cpia do projeto
cultural, explicando os objetivos e recursos financeiros e huma-nos envolvidos, para fins de fixao do valor do incentivo e fis-
calizao posterior.
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
32/62
175
Art. 5 Aprovado o projeto o Executivo providenciar a emisso
dos respectivos certificados para a obteno do incentivo fiscal.
Art. 6 Os certificados referidos no Artigo 1 tero prazo de
validade, para sua utilizao, de 2 (dois) anos, a contar de sua
expedio, corrigidos mensalmente pelos mesmos ndices apli-cveis na correo do imposto.
Art. 7 Alm das sanes penais cabveis, ser multado em 10
(dez) vezes o valor incentivado o empreendedor que no com-
provar a correta aplicao desta lei, por dolo, desvio do objetivo
e/ou dos recursos.
Art. 8 As entidades de classe representativas dos diversossegmentos da cultura podero ter acesso, em todos os nveis, a
toda documentao referentes aos projetos culturais beneficia-
dos por esta lei.
Art. 9 As obras resultantes dos projetos culturais beneficia-
dos por esta lei, sero apresentadas, prioritariamente, no mbito
territorial do Municpio, devendo constar a divulgao do apoio
institucional da Prefeitura do Municpio de So Paulo.
Art. 10 Fica autorizada a criao, junto Secretaria Municipal
de Cultura, do Fundo Especial de Promoo das Atividades Cul-
turais FEPAC.
Art. 11 Constituiro receitas do FEPAC, alm das provenientesde dotaes oramentrias e de incentivos fiscais, os preos de
cesso dos Corpos Estveis, teatros e espaos culturais munici-
pais, suas rendas de bilheteria, quando no revertidas a ttulo de
cachs, a direitos autorais e venda de livros ou outras publica-
es e trabalhos grficos editados ou co-editados pela Secretaria
Municipal de Cultura, aos patrocnios recebidos participao na
produo de filmes e vdeos, arrecadao de preos pblicos
originados na prestao de servios pela Secretaria e de multasaplicadas em conseqncia de danos praticados a bens Artsticos
e culturais e a bens imveis de valor histrico, quando no seja
receita do CONPRESP, o rendimento proveniente da aplicao de
seus recursos disponveis, alm de outras rendas eventuais.
Art. 12 Caber ao Executivo a regulamentao da presente lei
no prazo de 90 (noventa) dias a contar de sua vigncia.
Art. 13 Esta lei entrar em vigor na data sua publicao, revo-
gadas as disposies em contrrio.
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
33/62
176
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Captulo I
Do procultura
Seo IDisposies Preliminares
Art. 1 Fica institudo o Programa Nacional de Fomento e Incen-
tivo Cultura Procultura, com a finalidade de mobilizar e apli-
car recursos para apoiar projetos culturais que concretizem os
princpios da Constituio, em especial os dos Arts. 215 e 216.
Pargrafo nico. Para os efeitos desta Lei, considera-se:
I projeto cultural: forma de apresentao das polticas, programas, pla
nos anuais e aes culturais que pleiteiem recursos do Procultura;
II proponente: pessoa fsica ou jurdica, com ou sem fins lucrativos, que
apresente projeto cultural;
III avaliao de projetos culturais: procedimento por meio do qual os
projetos culturais sero selecionados para a aplicao dos recursos dos
mecanismos previstos no Art. 2, incisos I e II, respeitadas a igualdade
entre os proponentes, a liberdade de expresso e de criao, as diferenas regionais e a diversidade cultural;
IV projeto cultural com potencial de retorno comercial: projeto cultural
Procultura projeto de lei n 6722/2010
Institui o Programa Nacional de Fomento e Incentivo Cultura
Procultura, e d outras providncias.
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
34/62
177
com expectativa de lucro, cuja aplicao de recursos dar se preferen
cialmente na modalidade investimento;
V equipamentos culturais: bens imveis com destinao cultural per
manente, tais como museus, bibliotecas, centros culturais, teatros, terri
trios arqueolgicos e de paisagem cultural;VI doao incentivada: transferncia, sem finalidade promocional, de
recursos financeiros para projeto cultural previamente aprovado pelo
Ministrio da Cultura;
VII co patrocnio incentivado: transferncia, com finalidade promocio
nal, de recursos financeiros a projetos culturais previamente aprovados
pelo Ministrio da Cultura;
VIII doador incentivado: pessoa fsica ou jurdica tributada com base no
lucro real que aporta, sem finalidade promocional, recursos financeirosem projetos culturais aprovados pelo Ministrio da Cultura ou que por
ele autorizada a transferir bens mveis de reconhecido valor cultural ou
bens imveis para o patrimnio de pessoa jurdica sem fins lucrativos; e
IX co patrocinador incentivado: pessoa fsica ou pessoa jurdica tribu
tada com base no lucro real que aporta, com finalidade promocional,
recursos financeiros em projetos culturais aprovados pelo Ministrio
da Cultura.
Art. 2 O Procultura ser implementado por meio dos seguintes
mecanismos, entre outros:
I Fundo Nacional da Cultura FNC;
II Incentivo Fiscal a Projetos Culturais;
III Fundo de Investimento Cultural e Artstico Ficart; e
IV Vale Cultura, criado por lei especfica.
Pargrafo nico. Os mecanismos previstos neste Artigo devero
observar os limites de disponibilidade oramentria e de teto de
renncia de receitas constantes da Lei de Diretrizes Oramen-
trias.
Art. 3 O Procultura promover o desenvolvimento cultural e
Artstico, o exerccio dos direitos culturais e o fortalecimento da
economia da cultura, tendo como objetivos:
I valorizar a expresso cultural dos diferentes indivduos, grupos e co
munidades das diversas regies do Pas e apoiar sua difuso;
II apoiar as diferentes iniciativas que fomentem a transversalidade da
cultura, em reas como educao, meio ambiente, sade, promoo da
cidadania e dos direitos humanos, cincia, economia solidria e outras
dimenses da sociedade;
III estimular o desenvolvimento cultural em todo territrio nacional,buscando a superao de desequilbrios regionais e locais;
IV apoiar as diferentes linguagens Artsticas, garantindo suas condi
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
35/62
178
es de realizao, circulao, formao e fruio nacional e interna
cional;
V apoiar as diferentes etapas da carreira dos Artistas, adotando aes
especficas para sua valorizao;
VI apoiar a preservao e o uso sustentvel do patrimnio histrico,cultural e Artstico brasileiro em suas dimenses material e imaterial;
VII ampliar o acesso da populao brasileira fruio e produo
de bens, servios e contedos culturais, valorizando iniciativas voltadas
para as diferentes faixas etrias;
VIII desenvolver a economia da cultura, a gerao de emprego, a ocu
pao e a renda, fomentar as cadeias produtivas Artsticas e culturais,
estimulando a formao de relaes trabalhistas estveis;
IX apoiar as atividades culturais que busquem erradicar todas as formas de discriminao e preconceito;
X apoiar os conhecimentos e expresses tradicionais, de grupos locais
e de diferentes formaes tnicas e populacionais;
XI valorizar a relevncia das atividades culturais de carter criativo,
inovador ou experimental;
XII apoiar a formao, capacitao e aperfeioamento de agentes cul
turais pblicos e privados;
XIII valorizar a lngua portuguesa e as diversas lnguas e culturas queformam a sociedade brasileira;
XIV promover a difuso e a valorizao das expresses culturais brasi
leiras no exterior, assim como o intercmbio cultural com outros pases;
XV apoiar a dimenso cultural dos processos multilaterais internacio
nais baseados na diversidade cultural;
XVI valorizar o saber de Artistas, mestres de culturas tradicionais, tc
nicos, pesquisadores, pensadores e estudiosos da Arte e da cultura; eXVII fortalecer as instituies culturais brasileiras.
1Para o alcance dos seus objetivos, o Procultura apoiar,
por meio de seus mecanismos e desde que presentes a di-
menso cultural e o predominante interesse pblico, as se-
guintes aes:
I produo e difuso de obras de carter Artstico e cultural, incluindoa remunerao de direitos autorais;
II realizao de projetos, tais como exposies, festivais, feiras e es
petculos, no Pas e no exterior, incluindo a cobertura de despesas com
transporte e seguro de objetos de valor cultural;
III concesso de prmios mediante selees pblicas;
IV instalao e manuteno de cursos para formar, especializar e pro
fissionalizar agentes culturais pblicos e privados;
V realizao de levantamentos, estudos, pesquisas e curadorias nasdiversas reas da cultura;
VI concesso de bolsas de estudo, de pesquisa, de criao, de trabalho
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
36/62
179
e de residncias Artsticas no Brasil ou no exterior, a autores, Artistas,
estudiosos e tcnicos brasileiros ou estrangeiros residentes no Pas ou
vinculados cultura brasileira;
VII aquisio de bens culturais para distribuio pblica, inclusive de
ingressos para eventos Artsticos;VIII aquisio, preservao, organizao, digitalizao e outras formas
de difuso de acervos, arquivos e colees;
IX construo, formao, organizao, manuteno e ampliao de
museus, bibliotecas, centros culturais, cinematecas, teatros, territrios
arqueolgicos e de paisagem cultural, alm de outros equipamentos cul
turais e obras Artsticas em espao pblico;
X elaborao de planos anuais e plurianuais de instituies e grupos
culturais, regulados pelos Arts. 31 e 32, 2;XI digitalizao de acervos, arquivos e colees, bem como a produ
o de contedos digitais, jogos eletrnicos, vdeo arte, e o fomento
cultura digital;
XII aquisio de imveis tombados com a estrita finalidade de instala
o de equipamentos culturais de acesso pblico;
XIII conservao e restaurao de imveis, monumentos, logradouros,
stios, espaos e demais objetos, inclusive naturais, tombados pela Unio
ou localizados em reas sob proteo federal;XIV restaurao de obras de Arte, documentos Artsticos e bens mveis
de reconhecidos valores culturais;
XV realizao de intercmbio cultural, nacional ou internacional;
XVI aquisio de obras de Arte por colees privadas de interesse
pblico; e
XVII apoio a projetos culturais no previstos nos incisos I a XVI e con
siderados relevantes pelo Ministrio da Cultura, consultada a ComissoNacional de Incentivo e Fomento Cultura CNIC.
2 O apoio de que trata esta Lei somente ser concedido a
projetos culturais cuja exibio, utilizao e circulao dos bens
culturais deles resultantes sejam oferecidos ao pblico em geral,
gratuitamente ou mediante cobrana de ingresso.
3 vedada a concesso de incentivo a obras, produtos,
eventos ou outros decorrentes, destinados ou circunscritos acolees particulares ou circuitos privados que estabeleam li-
mitaes de acesso.
Seo II
Da Participao da Sociedade na Gesto do Procultura
Art. 4 O Procultura observar as diretrizes estabelecidas pela
CNIC, rgo colegiado do Ministrio da Cultura, com composioparitria entre governo e sociedade civil, presidida e nomeada
pelo Ministro de Estado da Cultura.
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
37/62
180
Art. 5 Integraro a representao da sociedade civil na CNIC os
seguintes setores, na forma do regulamento:
I Artistas, acadmicos e especialistas com ampla legitimidade e ido
neidade;II empresariado brasileiro; e
III entidades associativas dos setores culturais e Artsticos de mbito
nacional.
1A escolha dos membros de que tratam os incisos do caput
ser feita de forma transparente e dever contemplar as diferen-
tes regies do Pas, setores da cultura e da sociedade e elos das
cadeias produtivas da cultura, na forma do regulamento. 2 Podero integrar a CNIC representantes do Poder P-
blico estadual, do Distrito Federal e municipal, e entidades de
representao da sociedade civil, observado o critrio de rodzio
entre os Estados, o Distrito Federal e as entidades civis.
3 Podero atuar como representantes da sociedade civil
na CNIC entidades, associaes sem fins lucrativos, especialistas,
tcnicos, produtores, Artistas, consumidores, agentes econmi-
cos e sociais. 4Os membros da CNIC devero ter comprovada idoneidade,
reputao ilibada e reconhecida competncia na rea cultural.
5A designao dos membros da CNIC ser feita pelo Mi-
nistro de Estado da Cultura para um perodo de no mximo dois
anos, permitida uma nica reconduo subsequente.
6 As reunies da CNIC sero pblicas e todas as suas de-
cises sero disponibilizadas em stio na internet. 7 O Ministro de Estado da Cultura presidir a CNIC e ter
direito a voto, inclusive o de qualidade.
8 Ficam criadas as CNICs Setoriais, rgos com represen-
tao paritria do governo e da sociedade civil que subsidiaro
a deciso do Ministrio da Cultura sobre projetos culturais, cuja
composio e funcionamento sero definidos em regulamento.
9 Ato do Poder Executivo dispor sobre a composio da
representao governamental na CNIC.
Art. 6 Compete CNIC:
I estabelecer as diretrizes da poltica de utilizao dos recursos do
Procultura, aprovando o plano de ao anual, em consonncia com as
diretrizes do Plano Nacional de Cultura e do Conselho Nacional de Po
ltica Cultural;
II propor programas setoriais de Arte e cultura para o FNC;III deliberar sobre questes relevantes para o fomento e incentivo
cultura, quando demandada por seu Presidente;
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
38/62
181
IV aprovar a proposta de programao oramentria dos recursos do
Procultura e avaliar sua execuo;
V estabelecer, quando couber, prioridades e procedimentos para uso
dos mecanismos previstos no Art. 2, incisos I e II;
VI fornecer subsdios para avaliao do Procultura e propor medidaspara seu aperfeioamento; e
VII exercer outras atribuies que lhe forem conferidas pelo seu presidente.
Seo III
Dos Procedimentos e Critrios para Avaliao de Projetos Culturais
Art. 7 Para receber apoio dos mecanismos previstos no Art. 2,
incisos I e II, os projetos culturais sero analisados conforme di-retrizes fixadas pela CNIC e aprovados pelo Ministrio da Cultu-
ra, conforme regulamento.
1 Para anlise inaugural e acompanhamento dos projetos
previstos no caput, podero ser contratados especialistas ou ins-
tituies especializadas, permitida, acrescida remunerao, a
indenizao de despesas com o deslocamento, quando houver,
e ajuda de custos.
2 Os pareceres previstos no 1 devem ser claros e funda-mentados e submetidos apreciao do rgo responsvel do
Ministrio da Cultura.
3 O especialista designado para avaliao dever possuir
notrio saber na rea do projeto.
4 vedada aos especialistas designados para avaliao
de projetos participao profissional, a qualquer ttulo, na sua
implementao ou execuo.
Art. 8 A anlise, seleo e classificao dos projetos culturais
sero feitas com utilizao dos seguintes critrios objetivos e
procedimentos:
I de habilitao, de carter eliminatrio, quando ser avaliado o enqua
dramento do projeto aos objetivos do Procultura;
II de avaliao das trs dimenses culturais do projeto simblica,
econmica e social , de carter classificatrio, mediante utilizao dos
seguintes critrios:
a) para a dimenso simblica:
1. inovao e experimentao esttica;
2. circulao, distribuio e difuso dos bens culturais;
3. contribuio para preservao, memria e tradio;
4. expresso da diversidade cultural brasileira;5. contribuio pesquisa e reflexo; e
6. promoo da excelncia e da qualidade;
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
39/62
182
b) para a dimenso econmica:
1. gerao e qualificao de emprego e renda;
2. desenvolvimento das cadeias produtivas culturais;
3. fortalecimento das empresas culturais brasileiras;
4. internacionalizao, exportao e difuso da cultura brasileira no exterior;
5. fortalecimento do intercmbio e da cooperao internacional com
outros pases;
6. profissionalizao, formao e capacitao de agentes culturais p
blicos e privados; e
7. sustentabilidade e continuidade dos projetos culturais;
c) para a dimenso social:
1. ampliao do acesso da populao aos bens, contedos e servios culturais;
2. contribuio para reduo das desigualdades territoriais, regionais e
locais;
3. impacto na educao e em processos de requalificao urbana, terri
torial e das relaes sociais;
4. incentivo formao e manuteno de redes, coletivos, companhias
e grupos socioculturais;
5. reduo das formas de discriminao e preconceito; e6. fortalecimento das iniciativas culturais das comunidades;
III de enquadramento, mediante utilizao dos seguintes critrios de
avaliao:
a) adequao oramentria;
b) viabilidade de execuo; e
c) capacidade tcnica e operacional do proponente.
Pargrafo nico. Os projetos culturais mencionados no caput
no podero ser objeto de apreciao subjetiva quanto ao seu
valor Artstico ou cultural.
Art. 9A mensurao e o peso dos critrios estabelecidos no Art.
89 para avaliao dos projetos culturais sero definidos e divul-
gados pelo Ministro de Estado da Cultura, aps manifestao daCNIC, ouvidas as CNICs Setoriais.
1 O recebimento dos projetos culturais dar-se- preferencial-
mente mediante editais de seleo pblica, que sero publicados
at quarenta e cinco dias antes do incio do processo seletivo,
salvo se houver fundamento relevante e a reduo do prazo no
acarretar prejuzo participao dos eventuais interessados.
2 O proponente indicar o mecanismo e a modalidade maisadequados para financiamento de seu projeto entre aqueles pre-
vistos no Art. 2, incisos I e II, e Art. 16, sem prejuzo de posterior
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
40/62
183
reenquadramento pelo Ministrio da Cultura, observada a classifi-
cao obtida no procedimento de avaliao previsto nesta Seo.
3 Os projetos culturais com potencial de retorno comercial
sero preferencialmente direcionados para a modalidade de exe-
cuo de investimento do FNC, prevista no Art. 20, e do Ficart. 4 O emprego de recursos de capital nos projetos culturais
observar as seguintes condies:
I os bens de capital adquiridos devem ser vinculados ao projeto cultural
e serem necessrios ao xito do seu objeto;
II dever ser demonstrada pelo proponente a economicidade da opo
de aquisio de bens de capital, em detrimento da opo pela locao; e
III dever ser assegurada a continuidade da destinao cultural do bemadquirido, prevendo se, ainda, clusula de reverso no caso de desvio
de finalidade.
5 Os proponentes que desenvolvam atividades permanentes,
assim consideradas pela CNIC, devero apresentar plano anual
de atividades, nos termos definidos em regulamento, para fins
de utilizao dos mecanismos previstos no Art. 2, incisos I e II.
6 O plano anual previsto no 5 poder conter despesasadministrativas, observado o limite de dez por cento de seu valor
total e os limites fixados no 3 do Art. 19.
Art. 10. A avaliao dos projetos culturais ser concluda no pra-
zo de trinta dias, prorrogveis por igual perodo, contados a par-
tir da data da apresentao de todos os documentos necessrios
pelo proponente e do cumprimento das diligncias que lhe forem
solicitadas. 1 Caso seja positiva a anlise inaugural de projeto cultural
de que trata o Art. 7, 1, ser encaminhado CNIC Setorial,
que propor sua aprovao ou reprovao pelo Ministrio da
Cultura.
2 Da deciso que avalia o projeto cultural, caber recurso
ao rgo prolator, no prazo de dez dias a contar de sua publica-
o no Dirio Oficial da Unio.
3 Interposto o recurso de que trata o 2, o rgo queproferiu a deciso poder reconsider-la, ou, ouvida a CNIC Se-
torial, encaminhar o recurso apreciao do Ministro de Estado
da Cultura.
4 O Ministrio da Cultura poder aprovar o projeto cultu-
ral com previso de condio a ser cumprida pelo proponente,
considerando-se sem efeito a aprovao em caso de descumpri-
mento da condio no prazo estabelecido.
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
41/62
184
Captulo II
Do fundo nacional da cultura
Seo I
Da Finalidade, Constituio e Gesto
Art. 11. O Fundo Nacional da Cultura FNC, criado pela Lei n
7.505, de 2 de julho de 1986 e ratificado pela Lei n 8.313, de 23
de dezembro de 1991, vinculado ao Ministrio da Cultura, fica
mantido como fundo de natureza contbil e financeira, com pra-
zo indeterminado de durao, de acordo com as regras definidas
nesta Lei.
Art. 12. O FNC ser o principal mecanismo de fomento, incentivoe financiamento cultura.
1 Oitenta por cento dos recursos do FNC sero destinados
aos proponentes culturais da sociedade civil no vinculados a
co-patrocinador incentivado ou a poder pblico nos entes fede-
rados, deduzidos os repasses previstos no Art. 21.
2 vedada a utilizao de recursos do FNC com despesas
de manuteno administrativa do Governo Federal, estadual e
municipal, bem como de suas entidades vinculadas.
Art. 13. O FNC ser administrado pelo Ministrio da Cultura, na
forma estabelecida no regulamento, e apoiar projetos culturais
por meio das modalidades descritas no Art. 16.
Art. 14. Ficam criadas no FNC as seguintes categorias de progra-maes especficas, denominadas:
I Fundo Setorial das Artes Visuais;
II Fundo Setorial das Artes Cnicas;
III Fundo Setorial da Msica;
IV Fundo Setorial do Acesso e Diversidade;
V Fundo Setorial do Patrimnio e Memria;
VI Fundo Setorial do Livro, Leitura, Literatura e Humanidades, criadopor lei especfica;
VII Fundo Setorial de Aes Transversais e Equalizao;
VIII Fundo Setorial do Audiovisual, criado pela Lei n 11.437, de 28 de
dezembro de 2006; e
IX Fundo Setorial de Incentivo Inovao do Audiovisual destinado
exclusivamente ao fomento, na modalidade de aplicao no reembol
svel, de projetos:
a) audiovisuais culturais de curta e mdia metragem;b) de renovao de linguagem das obras audiovisuais;
c) para formao de mo de obra;
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
42/62
185
d) para realizao de festivais no Brasil ou exterior;
e) de mostras e preservao ou difuso de acervo de obras audiovisuais;
f) que envolvam pesquisa, crtica e reflexo sobre audiovisual.
Seo IIDos Recursos e suas Aplicaes
Art. 15. So receitas do FNC:
I dotaes consignadas na lei oramentria anual e seus crditos adi
cionais;
II doaes e legados nos termos da legislao vigente;
III subvenes e auxlios de entidades de qualquer natureza, inclusivede organismos internacionais;
IV saldos no utilizados na execuo dos projetos culturais financiados
com recursos dos mecanismos previstos no Art. 2, incisos I e II;
V devoluo de recursos determinados pelo no cumprimento ou de
saprovao de contas de projetos culturais custeados pelos mecanismos
previstos no Art. 2, incisos I e II;
VI um por cento da arrecadao dos Fundos de Investimentos Regio
nais a que se refere a Lei n 8.167, de 16 de janeiro de 1991, obedecida naaplicao a respectiva origem geogrfica regional;
VII trs por cento da arrecadao bruta dos concursos de prognsticos
e loterias federais e similares cuja realizao estiver sujeita a autorizao
federal, deduzindo se este valor dos montantes destinados aos prmios;
VIII reembolso das operaes de emprstimo realizadas por meio do
FNC, a ttulo de financiamento reembolsvel, observados critrios de re
munerao que, no mnimo, lhes preserve o valor real;IX retorno dos resultados econmicos provenientes dos investimentos
em empresas e projetos culturais feitos com recursos do FNC;
X resultado das aplicaes em ttulos pblicos federais, obedecida a
legislao vigente sobre a matria;
XI converso da dvida externa com entidades e rgos estrangeiros,
unicamente mediante doaes, no limite a ser fixado pelo Ministrio da Fa
zenda, observadas as normas e procedimentos do Banco Central do Brasil;
XII recursos provenientes da arrecadao da Loteria Federal da Cultura,criada por lei especfica;
XIII saldos de exerccios anteriores;
XIV produto do rendimento de suas aplicaes em programas e projetos
culturais, bem como nos fundos de investimentos referidos no Art. 45;
XV emprstimos de instituies financeiras ou outras entidades; e
XVI outras receitas que lhe vierem a ser destinadas.
1 Os recursos previstos no inciso XII sero destinados, em suaintegralidade, aos Fundos previstos no Art. 14, incisos I, II e III.
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
43/62
186
2 As receitas previstas neste Artigo no contemplaro o
Fundo Setorial de Audiovisual, que se reger pela Lei n 11.437,
de 2006.
Art. 16. Os recursos do FNC sero aplicados nas seguintes mo-dalidades:
I no reembolsveis, na forma do regulamento, para:
a) apoio a projetos culturais; e
b) equalizao de encargos financeiros e constituio de fundos de aval
nas operaes de crdito;
II reembolsveis, destinados ao estmulo da atividade produtiva das
empresas de natureza cultural e pessoas fsicas, mediante a concessode emprstimos; e
III investimento, por meio de associao a empresas e projetos culturais
e da aquisio de quotas de fundos privados, com participao econ
mica nos resultados.
1 As transferncias de que trata o inciso I do caput dar-se-o
preponderantemente por meio de editais de seleo pblica de
projetos culturais. 2 Nos casos previstos nos incisos II e III do caput, o Mi-
nistrio da Cultura definir com os agentes financeiros creden-
ciados a taxa de administrao, os prazos de carncia, os juros
limites, as garantias exigidas e as formas de pagamento.
3 Os riscos das operaes previstas no pargrafo ante-
rior sero assumidos, solidariamente pelo FNC e pelos agentes
financeiros credenciados, na forma que dispuser o regulamento. 4 A taxa de administrao a que se refere o 2 no po-
der ser superior a trs por cento dos recursos disponibilizados
para o financiamento.
5 Para o financiamento de que trata o inciso II, sero fi-
xadas taxas de remunerao que, no mnimo, preservem o valor
originalmente concedido.
Art. 17. Os custos referentes gesto do FNC com planejamento,estudos, acompanhamento, avaliao e divulgao de resultados,
includas a aquisio ou a locao de equipamentos e bens neces-
srios ao cumprimento de seus objetivos, no podero ultrapas-
sar cinco por cento de suas receitas, observados o limite fixado
anualmente por ato da CNIC e o disposto no 2 do Art. 12.
Seo III
Dos Fundos
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
44/62
187
Art. 18. O FNC alocar recursos da ordem de dez a trinta por
cento de sua dotao global, conforme recomendao da CNIC,
nos Fundos Setoriais referidos nos incisos I a VII e IX do Art. 14.
1 Alm dos recursos oriundos da dotao global do FNC,
os Fundos Setoriais mencionados no caput podero receber, naforma da Lei, contribuies e outros recolhimentos, destinados
a programaes especficas.
2 Fica excluda dos limites de que trata o caput deste Arti-
go, a arrecadao prpria prevista no pargrafo anterior.
3 Os recursos alocados no Fundo Setorial de Aes Trans-
versais e Equalizao sero utilizados no cumprimento dos ob-
jetivos previstos no Art. 3, inciso II, e para custear projetos cuja
execuo no seja possvel ou adequada por meio dos demaisfundos previstos no Art. 14, independentemente de sua previso
no plano anual do Procultura.
Art. 19. O FNC financiar projetos culturais apresentados por
pessoas fsicas e pessoas jurdicas de direito pblico e de direito
privado, com ou sem fins lucrativos, observado o disposto no Art.
35 da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000.
1 Poder ser dispensada contrapartida do proponente nombito de programas setoriais definidos pela CNIC.
2 Nos casos em que a contrapartida for exigida, o propo-
nente deve comprovar que dispe de recursos financeiros ou de
bens ou servios, se economicamente mensurveis, para comple-
mentar o montante aportado pelo FNC, ou que est assegurada
a obteno de financiamento por outra fonte. 3 Os projetos culturais previstos no caput podero conter
despesas administrativas de at dez por cento de seu custo total,
excetuados aqueles apresentados por entidades privadas sem
fins lucrativos, que podero conter despesas administrativas de
at quinze por cento de seu custo total.
Art. 20. Fica autorizada a composio financeira de recursos
do FNC com recursos de pessoas jurdicas de direito pblico oude direito privado, com fins lucrativos para apoio compartilhado
de programas e aes culturais de interesse estratgico, para o
desenvolvimento das cadeias produtivas da cultura.
1 O aporte dos recursos das pessoas jurdicas de direito
pblico ou de direito privado previsto neste Artigo no gozar
de incentivo fiscal.
2 A concesso de recursos financeiros, materiais ou de
infra-estrutura pelo FNC ser formalizada por meio de convniose contratos especficos.
-
7/23/2019 Rouanet Ideia
45/62
188
Captulo III
Do apoio ao financiamento do sistema nacional de cultura
Art. 21. A Unio dever destinar no mnimo trinta por cento de
recursos do FNC, por meio de transferncia, a fundos pblicos de
Estados, Municpios e Distrito Federal. 1 Os recursos previstos no caput sero destinados a polti-
cas e programas oficialmente institudos pelos Estados, Distrito
Federal e municpios, para o financiamento de projetos culturais
escolhidos pelo respectivo ente federado por meio de seleo
pblica, com observncia dos objetivos desta Lei.
2 Do montante geral destinado aos Estados, cinquenta por
cento ser repassado por estes aos Municpios.
3 A transferncia prevista neste Artigo est condicionada existncia, nos respectivos entes federados, de fundo de cul-
tura e de rgo colegiado oficialmente institudo para a gesto
democrtica e transparente dos recursos culturais, em que a so-
ciedade civil tenha representao no mnimo paritria.
4 A gesto estadual e municipal dos recursos