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O N Design – Encontro Nacional de Estudantes de Design – é um evento sem fins lucrativos de caráter científico, político, acadêmico e cultural, realizado anualmente desde 1991. Devido ao volume de participação dos estudantes nos eventos de desenho industrial, surgiu a iniciativa de buscar um fórum próprio anual direcionado para os interesses estudantis. Em outubro de 1990, paralelamente à Bienal de Design em Curitiba, surgiu o Pré-ENED que reuniu estudantes para deliberar sobre a realização do 1º encontro nacional de estudantes de design. No ano seguinte, no Rio de janeiro, houve o 2º Pré-ENED em dezembro, onde foi aprovada que Curitiba sediaria o que viria a ser o 1º N Design, com o objetivo de criar um espaço para o encontro de todos os estudantes de Design do país, e assim promover discussões, troca de idéias e geração de soluções para as questões relativas ao mundo do Design.
Em 19 anos de realização, o N Design conseguiu se consolidar como um dos maiores eventos em toda a América Latina, tornando-se referência de qualidade na área de Design. A primeira e a oitava edições
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1991: Curitiba, PR1992: Santa Maria, RS1993: Belo Horizonte, MG1994: Rio de Janeiro, RJ1995: Recife, PE1996: Sao Luis, MA1997: Sao Paulo, SP1998: Curitiba, PR1999: Brasilia, DF2000: Salvador, BA2001: Recife, PE2002: Bauru, SP2003: Belo Horizonte, MG2004: Santa Maria, RS2005: Sao Luis, MA2006: Brasilia, DF2007: Florianopolis, SC2008: Manaus, AM2009: Olinda, PE
Maiores informações
http://ndesign.org.br
Segunda-feira (12/07) – Imersão x Dispersão
Terça-feira (13/07) – Sinestesia x Apatia
Quarta-feira (14/07) – Ontem x Amanhã
Quinta -feira (15/07) – Boiar x Navegar
Sexta -feira (16/07) – Gralha Azul x Pomba
Sábado (17/07) – Fim x Começo
Temáticas Diárias
Edições Anteriores
A exposição apresenta o pensamento de vanguarda que tem se obras do acervo do Museu Oscar Niemeyer: a monotipia Memento desenvolvido na Alemanha atual. A mostra reúne 25 artistas Mori, do artista paraibano José Rufino e outras cinco obras de alemães contemporâneos que investigam e refletem sobre a João Osório Brzezinski - Visão Caipira I, III, IV e Objeto Caipira I e relação entre belas-artes e design aplicado, na arquitetura urbana, II. em mobiliários e em objetos de uso cotidiano, como sofás, mesas, Sobre o conceito geral da exposição, Renate explica que, em luminárias e cadeiras. Ao mesmo tempo em que promovem muitos casos, os objetos remetem aos espaços interiores para os aparentes aproximações, estabelecem demarcações entre os quais foram criados e que formam elos entre aspectos da história diversos campos criativos relacionados - artes visuais, design, contemporânea e da biografia e estética crítica do próprio artista. A teatro, vídeo, fotografia, música e outros. exposição, já exibida por 12 vezes no exterior, é promovida pelo A partir de diferentes posições e atuações, os artistas se utilizam Instituto de Relações Exteriores do Governo da Alemanha (Ifa – da temática do espaço para promover a re-interpretação cênica de Institut für Auslands – beziehungen e.V.), com o apoio do Goethe – situações, aparentemente, já condicionadas. “Eles transportam Institut Curitiba, do Governo do Estado, da Secretaria de Estado elementos da realidade do dia-a-dia para a ficção”, a afirma a da Cultura e da Caixa Econômica Federal. curadora Renate Goldmann. Um sofá, por exemplo, restrito Muitos dos artistas participantes produziram trabalhos superficialmente à sua função aparente, é só um sofá. Mas e, se especialmente para a exposição “Come-In”, que se focaliza em esse mesmo sofá ganhar outras referências, fora de seu domínio dois tipos de objetos: aqueles que tratam do fenômeno da funcional? Ou ainda o característico M do Mac Donald's, que memória pessoal e coletiva na tradição da escultura e/ou da arte identifica a marca, se utilizado em outra função que mensagem ou de instalação e aqueles que assumem uma “forma” definitiva imagem transmitiria? “São artistas dos anos 1990, que trabalham apenas por meio de seu funcionamento comunicativo, ou seja, de com a estética relacional, onde o conceito de arte se dissolve, é a seu uso prático. O catálogo contém documentação detalhada das diluição dos conceitos”. mostras individuais, com contribuições de Frank Boehm, Diedrich Obras e catálogo Diederichsen, Holger Liebs, Martin Pesch, Annete Tietenberg e dos Com essa proposta foram reunidas 22 obras para esta exibição, curadores Volker Albus e Renate Goldmann. Todos examinam os entre objetos individuais, esculturas, instalações, vídeos e efeitos das influências relacionadas ao interior no mundo do inserções específicas no catálogo, alguns artistas só tem sua design, da cultura pop e da arquitetura moderna. Os autores criação impressa na publicação relativa à mostra. Como ocorreu explicam o significado mais amplo do termo “mobiliário” ou em outros lugares onde a mostra já foi exibida, a curadora incluiu “mobília”, e enfatizam a relevância dos “mundos do meio mobília” trabalhos de artistas locais. Nesta exposição, foram incluídas seis dentro do discurso artístico contemporâneo.
come-inDesign de interiores como Meio de Arte Contemporânea na Alemanha
com
e-in
Serviço: Come-in – Design de interiores como Meio de Arte Contemporânea na Alemanha Realização: Instituto de Relações Exteriores do Governo da Alemanha (Ifa – Institut für Auslands – beziehungen e.V.) e Goethe – Institut Curitiba Apoios: Governo do Paraná, Secretaria de Estado da Cultura e Caixa Econômica Federal Visitação: de 06 de maio a 19 de setembro 2010 - Museu Oscar Niemeyer - Rua Marechal Hermes, 999
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CLAUS FÖTTINGERHermann’s Dönner Inn
2000400x300x250cm
STEFAN KERNSem título (Escultura de Coca-Light)
1995-200035x82x182cm
DOROTHEE GOLZRecepção
2000
... e eles construíram a Modernidade no Paraná
V i r t u o s i s m o , m a e s t r i a , qualidade técnica são antigas virtudes aprendidas com esforço e durante muito tempo e, agora, aqui estão para serem e s t ud a d a s , a n a l i s a d a s e servirem de modelo às novas pinturas.
“Sempre pintura, sempre”, e em todos os seus caminhos e mesmo depois das colagens cubistas e dos objets trouvés surrealistas, e mesmo ainda após a desmaterialização do objeto de arte no final dos anos 70, a pintura permanece, por vezes recupera com mais força o seu espaço. A fotografia não matou a pintura no século XIX e a tecnologia só vem reafirmar o valor dos códigos pictóricos. Tanto os artistas da fotografia quanto os dois meios tecnológicos do mass media (arte digital e videoarte, por exemplo), parecem, quase sempre, atraídos pela magia pictural. Pintura quase sempre é o título do livro de Sérgio Millet (Globo, 1944), no qual ele diz que “o artista sensível, antes marginal, assume agora a liderança e fala numa nova linguagem que ainda não conhece gramáticas”, isto é, não quer mais se prender a
aquele que nos induz à contemplação, à reflexão: “Feuerbach não diz que para se entender um quadro precisa-se de uma cadeira? Para que a cadeira? Para que as pernas cansadas não pertubem o espírito. [...] Portanto, é necessário tempo.” (Paul Klee)A razão desta exposição, idealizada pelo diretor do Museu de Arte Contemporânea do Paraná, conforme explicou Alfi Vivern ao me convidar para esta curadoria, é convidar um grupo de artistas, entre tantos outros, que fundamentaram e construíram a Modernidade no Paraná e continuam reafirmando o inesgotável prazer de pintar: virtuosismo, maestria, qualidade técnica são antigas virtudes aprendidas com esforço e durante muito tempo e,
gramáticas, não quer se prender a normas e leis, quer procurar a sua liberdade, quer construir suas próprias normas, a partir da grande herança do seu passado histórico. Esta é a proposta da modernidade e o que nos atrai nela, mesmo dominando os códigos da pintura e tendo consciência do processo crítico pelo qual passou com relação a sua herança tradicional, este artista moderno, pós-Segunda Grande Guerra, descobriu novamente o “prazer de pintar”. A pintura é como o adagio da música, o movimento lento,
como professor da Escola de Música e Belas Artes do Paraná. A pintora Ida Hannemann de Campos freqüentou o ateliê livre de Guido Viaro de quem herdou a forte tendência figurativa ligada ao “expressionismo lírico”, como classificou Adalice Araújo. Suas figuras são leves, coloridas e espontâneas, produzindo uma síntese plástica com base na simplicidade e recriando a natureza. Ela busca sua inspiração nos temas literários, nas tradições populares e na vida cotidiana, mas seus quadros, mesmo os pintados nos anos 40, guardam o mesmo colorido intenso e fresco de suas obras recentes. A cor é para ela o elemento básico, e o quadro é construído pela cor, herança de Viaro, mas que vem afirmar o primeiro preceito da pintura: pintura é cor, o que levou Ennio Marques Ferreira a dizer
agora, aqui estão para serem estudadas, analisadas e servirem de modelo às novas pinturas. Nestes artistas, Ida Hannemann de Campos, Domicio Pedroso e Fernando Velloso, Antonio Arney, Fernando Calderari e João Osório Brzezinski, encontramos a sinceridade do sonho romântico em querer mostrar a verdade, construída ou imaginada, através de suas pinturas engendradas na história de suas vidas. O Movimento Moderno no Paraná, sob a forte influência de Guido Viaro e também de Poty Lazzarotto, tem sua origem no que se convencionou chamar de Movimento de Renovação, a partir do XIV Salão Paranaense de Belas Artes em 1957, quando os artistas que já possuíam uma linguagem mais contemporânea, descontentes com a ação do júri, altamente comprometido ainda com a arte acadêmica e rançosa, provocam o aparecimento do Salão dos Pré-julgados.
Liderados por Loio Pérsio, Alcy Xavier, Paul Garfunkel, Nilo Previdi, Ennio Marques Ferreira, Fernando Velloso e outros, o grupo pretendia uma “modernidade tomada à força”, tomando ainda como ponto de partida o “expressionismo”, abrem os caminhos para a abstração de Fernando Velloso, Fernando Calderari, Domicio Pedroso, Nelson Luz, Helena Wong ou Érico da Silva. Começava assim uma nova história da pintura no Paraná, fruto do trabalho pedagógico de Viaro de seu Ateliê-escola e
enfaticamente: “mas Ida é, antes de tudo, pintora”. Sabemos que não existe representação fiel, pois o real não pode ser adequadamente denominado, nem delimitado e por esta razão é que Arthur Danto afirmou que “com o Modernismo, as próprias condições de representação tornaram-se centrais, de modo que a arte de certa forma se tornou seu próprio assunto” (Danto, Após o fim da arte). O caminho que a arte tomaria era o da abstração: “o real, o resultado das pinceladas, a camada de tinta na tela, sua textura, o verniz que é aplicado” como escreveu Sartre, se tornaria agora o ponto central, o objeto de apreciação estética. Fernando Velloso e Domicio Pedrosl se encontram em Paris entre 1959 e 1962 e no retorno ao Brasil vão ajudar a consolidar a abstração nascente. Velloso transforma as lições pós-cubistas de André Lhote na construção disciplinada e na organização do espaço pictórico e Domicio desenvolve sua pesquisa formal no intervalo entre a figuração e a abstração, uma “figuração outra” (M. Tapié), voltado à universalização construtiva. Velloso, como também Domicio, tomam parte ativa na política artística do Estado, sendo que o primeiro tem o mérito de ser o fundador, e por diversos anos o diretor, do Museu de arte Contemporânea do Paraná. Afirmou Merleau-Ponty que “viver na pintura é respirar ainda este mundo, sobretudo para quem nele vê alguma coisa a pintar, e todo o homem traz um pouco deste olhar”, assim Fernando Calderari tira partido desse olhar o mundo e da tensão entre a figuração e a abstração. Nos anos 60 ele opta pela abstração numa espécie de descoberta da pintura – é como um “entrar na pintura” – e o uso dos grandes formatos, mas os objetos nunca se afastaram totalmente de suas telas. Era qualquer coisa como um afastamento pra uma posterior aproximação e nos anos 70 associa gravura e pintura e começa a talhar e pintar seus quadros realizados sobre a madeira cujo tema vai em direção à paisagem. Marcel Duchamp afirmou a impossibilidade da pintura “retiniana e com cheiro de terebintina”, tudo é ready made e a nova pintura é o “diagrama de uma idéia”. A pintura então não é mais só tela e pincel e a relação do artista com a obra foi profundamente modificada: “pintura sem pincel, pintura SM quadro, pintura-escultura, pintura do imaginário”, tudo é pintura, mas o mais difícil é como se livrar da tradição milenar. Antonio Arney desde 1966 discute a problemática do suporte da sua obra e atinge uma sofisticada proposição plástica em relação à realidade da matéria, parte das apropriações dadas e surrealistas (os objets trouvés) atualizado com as questões
trazidas pela arte povera, ele vai reconstituir a “paisagem com a própria paisagem” utilizando o objeto contaminado pelo seu meio, com o valor de símbolo vivo, objeto que carrega consigo a sua própria memória. João Osório, mais intelectualizado do que Arney, se apropria da linguagem da pop art, dos papiers collés cubistas, dos objets trouvés surrealistas, que para ele já adquiriram sei título de nobreza, cola tecido sobre tecido, inscreve textos ou palavras isoladas e da discussão do objeto cria os seus objetos caipiras, crítica da relação do produto industrial e do objeto manufaturado, que põe em crise o ideal burguês de beleza, mas principalmente do uso do objeto industrializado pelo caboclo; como a capa rendada do botijão de gás, os objetos de plástico se tornam totens revestidos com tecido de chita. Para Gaston Bachelard “antes da obra, o pintor, como todo criador, conhece o devaneio do mediante, o devaneio que medita sobre a natureza das coisas”, nesta exposição propomos a meditação sobre a pintura ou sobre a matéria pictórica, mas lembrando com Merleau-Ponty que a pintura, como o romance, se exprime de maneira silenciosa, ela é a expressão da vida do autor e “não mais se procura, como Chardin, o veludo dos pêssegos, mas sim, como Braque, o aveludado do quadro” (Merleau-Ponty) e não podemos pensar hoje que a pintura é uma, homogênea e coerente, tomada pela diversidade ela quer se reinventar todo o tempo. Tentamos traçar aqui um percurso possível dentro dos muitos que existem na arte paranaense, ao mesmo tempo em que se presta uma homenagem a estes bravos artistas que, a cada vez que ouvem as pregações sobre a morte da pintura, encontram um renovado e singular prazer em reaprender uma técnica que o mundo tecnológico pressupunha estar desaparecendo; é esta vitalidade que eles nos mostram “o prazer de pintar, de descobrir materiais, formas e cores” como afirmava Karel Appel.
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Nasceu na Lapa, Paraná, em 1939. Formou-se em pintura pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná. É considerado um dos introdutores do abstracionismo no Paraná. Orientado por Viaro e Erbo Stenzel, estagiou ainda no Atelier de gravura em metal do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (1963). Vem atuando como professor na Escola de Música e Belas Artes do Paraná e na Pontifícia Universidade Católica do Paraná, em desenho, gravura, pintura, teoria da conservação e restauração. Realizou diversas mostras individuais e participou de Salões Oficiais em Curitiba, São Paulo, Porto Alegre e Brasília.
Nasceu em Curitiba, em 1922. Pintora, desenhista e tapeceira. Foi aluna de Guido Viaro de 1942 e 1944 e freqüentou os cursos de gravura com Fernando Calderari e de escultura com Franscisco Stockinger. Realizou mais de 10 exposições individuais, participou de 67 mostras coletivas no Brasil e exterior e de 32 salões oficiais. Dos prêmios recebidos destacam-se: medalha de bronze no 1º Salão Paranaense de Belas Artes (1944); aquisição nos Salões Paranaenses de 1960 e 1962; aquisição no 6º Salão de Arte Religiosa Brasileira. Realizou retrospectiva de sua obra na Biblioteca Pública do Paraná, em 1965.
Nasceu em Castro, Paraná, em 1941. Pintor e desenhista. Frequentou a Escolinha de Arte do Colégio Estadual do Paraná (1958). Ingressou na Escola de Música e Belas Artes do Paraná, formou-se em Pintura (1952). Em 1968, assumiu a vaga de professor deixada por Guido Viaro, na EMBAP, com a Cadeira de Desenho de Modelo Vivo. Em 1982, ingressou no Departamento de Arte da Universidade Federal do Paraná. Incursionando pelas artes gráficas, criou cartazes, símbolos, e capas de livros. Realizou inúmeras exposições individuais e ganhou mais de 30 prêmios oficiais no país.
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Pintura em Vermelho1968
60x80cm
Desenho XC1947
70x91cm
A magia da pedreira1972
75x100cm
Nasceu em Curitiba, em 1930. Iniciou seus estudos com Guido
Viaro. Em 1952 formou-se pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Residiu em Paris de 1952 até 1962, participando de
atividades artísticas locais. É um dos artistas mais premiados no Salão Paranaense. Suas obras
fazem parte de inúmeras coleções e dos acervos do Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro,
Museu de arte de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea do Paraná, Museu Oscar Niemeyer e
Museu Metropolitano de Arte, ambos em Curitiba. Participou de
mostras nos Estados Unidos, Alemanha, Suíça e Japão.
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Nasceu em Piraquara, Paraná, em 1926. Autodidata. Em Curitiba, freqüentou o Círculo de Artes Plásticas do Paraná. Suas obras fazem parte do Acervo do Museu de Arte Contemporânea do Paraná, Museu Oscar Niemeyer e Museu de Arte Moderna de São Paulo. Esposições individuais: 1966 – Galeria Cocaco, Curitiba; 1975 – Fundação Cultural de Curitiba; 1976 e 2003 – Museu de Arte Contemporânea do Paraná. Participou de várias mostras coletivas e salões oficiais destacando-se a Sala Especial na XI Bienal de São Paulo em 1971. Panorama da Arte Atual Brasileira no MASP, São Paulo. Prêmio de aquisição em 1971 e 1974 no Salão Paranaense.
Nasceu em Curitiba, em 1930. Formado pela primeira turma da Escola de Música e Belas Artes
do Paraná, em 1952. Teve como mestre Guido Viaro. No período
de 1959 a 1961, fixou-se em Paris, onde estudos com André
Lhote. Uma de suas telas está no acervo do Musée d'art Moderne
de La Ville de Paris. Possui obras no Museu Nacional de Belas Artes, Museu de Arte do Rio
Grande do Sul, Museu de Arte Moderna de Florianópolis, Museu
de Arte Contemporânea do Paraná, Museu Oscar Niemeyer e Museu Metropolitano de Arte, em
Curitiba. Participou de mostras na França, Suíça, Estados
Unidos, China, México e Paraguai
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Formas reveladas200297x130cm
Diptico2002100x100cm
Montagem II200492x67cm
A busca por novas técnicas e materiais para criação nos leva pelo caminho dos experimentos e estimula nossa criatividade e originalidade. Ao fazermos pesquisa bibliográfica e trocarmos informações com outros vidreiros, por exemplo, abrimos um leque enorme para a reutilização e reciclagem de materiais. Assim chegamos a resultados muito úteis para o desenvolvimento de projetos de cunho socioambiental.O curioso é que a dificuldade de acesso a materiais, ferramentas e equipamentos para a arte do vidro faz com que o vidreiro no Brasil potencialize sua capacidade de criação. Parece que isso faz parte da cultura do nosso país, que não desiste nunca. Como resultado, tenho visto trabalhos de altíssimo nível tanto técnico quanto formal, que não perdem em nada quando comparados com o que tem sido feito no Exterior.
InovaçãoA técnica desenvolvida por mim resulta de pesquisas realizadas com diversos tipos de vidro, óxidos e curvas de queima. Os estudos envolveram também erros e defeitos, detectando fronteiras para a obtenção de novas texturas e transformando o que em alguns casos é considerado defeito em característica e inovação.
Désirée Sessegolo
Designer e Vidreira Formada em design pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), atua em design, comunicação
e marketing desde 1985. Apaixonada pelas artes do fogo, participa das oficinas de cerâmica e vidro do Museu
Alfredo Andersen, em Curitiba, e se dedica à pesquisa de diversas técnicas de arte em vidro. Integrante do Grupo
de Vidreiros de Curitiba, recentemente foi premiada no III Salão Internacional de Artes Visuais (SINAP/AIAP), na
categoria escultura, com uma peça em fusing.
Conheça todo o trabalho da designer no site www.ceramicaevidro.com.br
DésiréeSessegolo
Com a técnica, é possível desenvolver esculturas, criar painéis e objetos impregnados de perfurações, que remetem a texturas celulares.
Texturas Celulares
O Vidro Celular, como a técnica foi denominada, atribui ao A fusão passa por dois processos e leva em torno de 50 vidro fundido maior plasticidade e explora ao máximo todas horas, com curvas específicas para a obtenção de cada tipo as possibilidades de cada tipo de material. A ação de alta de textura. Com a técnica, é possível criar esculturas, temperatura sobre grânulos de vidro produz texturas painéis e objetos tomados por esses pequenos furos que impregnadas de perfurações de tamanhos variados, remetem a texturas celulares.Meu trabalho foi selecionado conferindo composições e desenhos únicos em cada peça. para uma exposição individual no Museu Alfredo Andersen. Da confecção de moldes, passando a preparação do vidro Na exposição, foram mostrados esculturas, painéis e uma e acabamento, todo o processo é manual. grande instalação suspensa.
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Sara Cesari, 22 anos, nasceu em Bologna, Itália. Cursa Desenho Industrial na PUC-PR, gosta de fotografia, artes visuais, moda e Nutella! Pretende cursar no exterior e depois abrir um estúdio de fotografia.
CAOS é o título da sessão fotográfica que foi produzido para o projeto de conclusão de curso da fotógrafa.
Meu interesse pela fotografia surgiu aos 15 anos, quando meu pai me presenteou com uma Minolta analógica. Foi com ela que comecei a explorar as infinitas possibilidades desta arte.
Os fotógrafos Richard Avedon e Man Ray são meus favoritos, mas procuro buscar sempre novas referências em livros, revistas e sites, pois o campo da fotografia está em contínua mutação. É inspirador comparar olhares e estéticas.
Eu tenho aprimorado conhecimento e técnicas através de cliques que revelam meu olhar curioso e atento às formas, texturas e personagens do cotidiano.
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o.
Não menos importante e a
presença do Salão Satélite,
espaço dedicado a jovens
designers.. Os 700
participantes – todos com
menos de 35 anos – foram
convidados a levar para
seu espaços produtos
relacionados as exposições
bienais (nesse caso,
Eurocucina e Salal
Internacional do banho),
alem de novos projetos,
como de costume. Esse
ano o salão satélite estava
dividido em cinco partes,
representando os
continentes. Apesar de ter
sido bastante divulgada,
essa divisão não estava tão
clara, mas também não
comprometeu o objetivo da
exposição.
Selecionamos alguns
destaques, e nos próximos
anos esses promissores
profissionais podem vir a
ser grandes referencias, e
preciso ficar de olho.
A designer americana
Jessica Carnevale lançou
uma linha de cadeiras com
o nome da stretch.
Segundo Jessica , a idéia
foi levar um pouco do
mundo da moda para o
mobiliário, e para isso ela
misturou alguns materiais
não tão comuns, como
corda e borracha. Jessica
trabalha no estúdio do
renomado designer Marcel
wanders em Amsterdã,
mas em breve pretende se
mudar para londrese tocar
seu próprio escritório. Vale
lembrar que a designer
ainda esta em busca de
uma parceria para
conseguir colocar as
cadeiras em produção!
Se o design vem da
Escandinávia, não ha
duvida de que e
interessante. A diferença e
que nesse caso também
ha influencia espanhola: o
norueguês Pal Jacob
conheceu Maria Margarita
durante o tempo que
estudaram juntos em
Madrid. A combinação deu
certo, e a cadeira fabricada
em laminado compensado
intercalado com perfis de
feltro e charmosa e
confortável. O detalhe fica
por conta da parte de trás
do encosto: as borboletas
de feltro 'voando' para fora
são mesmo a prova que os
jovens designers
conseguem ver o comum
com diferentes olhos.
Arianna vivencio e Christian
Chiatante utilizaram objetos
de cerâmica (como
chaleira, xícaras e pratos)
para dar forma a coleção
cerâmico. Formada por
uma mesa de centro e
luminária, a coleção chama
atenção justamente por dar
outro uso a peças que
originalmente servem para
objetivos completamente
diferentes.
A boa surpresa no Salão
Satélite foi encontrar o
stand do brasileiro Sergio
J. Matos. O trabalho dele
tem toda uma inspiração
brasileira e o banquinho
xique-xique e um exemplo
disso. O desenho da peça
foi inspirado em um cactus
do mesmo nome, que
cresce no sertão
nordestino. O melhor e que
o xique-xique e feito com
madeira, ou seja, Sergio
une muito bem a
brasilidade com a
sustentabilidade.
Portas de estantes e buffets com formas geométricas, brincando com volumetria, adicionaram um pouco mais de graça aos ambientes. E mesinhas complementares sempre bastante parecidas, com tampo em formato triangular com os cantos bem arredondados.
Para as camas e demais peças dos quarto, ha muita variedade. Camas inteiras estofadas, com
Um dos ícones da coleção e uma cadeira com encosto alto, que faz alusão ao corpo feminino de uma forma bastante elegante.
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E difícil eleger um preferido ou uma característica em comum, entre tantas marcas renomadas, como Edra, Moroso, Porada, Ligne Rose, Molteni&C, Kartell e vários outros. Todos eles fazem parcerias com designers e arquitetos de peso, como no caso da Edra, que ha anos leva para o salão mobiliário a assinatura dos irmãos Campana. Dessa vez, Fernando e Humberto assinam três peças: a estante Campana, a luminária Campana e a mesa Cotto
Um dos ícones da coleção e uma cadeira com encosto alto, que faz alusão ao corpo feminino de uma forma bastante elegante.
Para a italiana Talenti, Karim Rashid desenvolveu uma coleção de moveis de jardim. A primeira vista, não e possível encontrar o estilo marcante de Rashid nos desenhos: as formas são sim orgânicas, mas também muito discretas. Um dos ícones da coleção e uma cadeira com encosto alto, que faz alusão ao corpo feminino de uma forma bastante elegante. Mesas de centro e de canto com tampo de mármore pipocaram em vários stands ccassim como o acabamento de madeira natural brilhante. Em relação as cores, apesar de prevalecer o bege, foi fácil perceber a invasão do azul (mais acinzentado, sóbrio) e dos tons de lilás.
As cores primarias também tem lugar nos moveis, ainda que aparecendo em pequenos pedaços e fazendo vizinhança com o branco. Nas cadeiras, essas cores vem acompanhadas da transparência: plástico e acrílico foram materiais bem presentes.
cabeceira assimétrica, toda de madeira. Cada expositor trouxe uma solução diferente. No stand da MisuraEmme, a cabeceira de cama estilo sofá Maralunga – sofá clássico dos anos 70 assinado por Vico Magistretti – e um belo exemplo, assim como o modelo simples, mas clássico, em bege, da Matteo grassi. Enfim, o salão do móvel e um mergulho. No que ha de melhor no design de mobiliário. Muitas das peças apresentadas devem, em breve, chegar nas vitrines de lojas do mundo inteiro, ou então se transfomarao em tendências, conceituando coleções de tanta outras marcas e designers.
E anote na agenda: o Salão 2011 acontece de 12 a 17 de abril de 2011!
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Não, nenhuma nave pousou por aqui e esqueceu um aro de metal capaz de movimentar o ar tal qual um ventilador. A verdade é que o ventilador sem hélices já existe e, se você quiser, pode ser seu!
Como seria um ventilador sem hélices?
Por Luísa Barwinski
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Qual mãe nunca teve preocupações ao deixar um ventilador ligado Essa é a principal pergunta quando o assunto é este ventilador. O para refrescar seus filhos em um dia quente? O risco de a criança funcionamento dele é bem mais simples do que você poderia colocar o dedo nas hélices do aparelho é muito grande, afinal é imaginar. Não se trata de nenhum tipo de mágica ou ciência de um “brinquedão que faz vento”, não é? Muitos acidentes outro mundo. O ventilador sem hélice captura o ar por pequenos domésticos acontecem dessa maneira. Então por que não tirar as orifícios na sua estrutura e faz com que ele circule pela parte hélices do ventilador? interna do aro e saia pela parte frontal.OK, tiramos as hélices. Agora a dúvida fica em como fazer o Tudo isso acontece devido aos aerofólios utilizados para direcionar dispositivo funcionar sem nada para girar. Esse desafio já foi o ar em circulação. Do contrário, seria difícil manter o controle realizado – e com muito sucesso – pela Dyson com o seu modelo sobre o ar que passa por este aparelho. Apesar de parecer muito DAM de 12 polegadas. O ventilador é muito simples: consiste em simples, o ventilador novo chega a ser 15 vezes mais potente que um aro apoiado sobre uma base na qual é possível controlar um aparelho comum. Isso não seria possível caso não houvesse inclinação, velocidade e outros pontos. tecnologia similar às turbinas de avião.
Air x15Air x1
primeiro plano se sobressaiam nesta nova dimensão, criando uma sensação de profundidade maior e, consequentemente, o espectador veja tudo em 3D.Quando um filme é convertido o que acontece nada mais é do um ofuscamento da camada de fundo (ou segundo plano) em prol do primeiro plano. Com isso, as imagens que estão à frente em uma cena são ressaltadas criando uma sensação similar ao efeito 3D. Ou seja, se a imagem não for planejada com antecedência em 3D, o resultado final estará longe do ideal.
Ainda não há como afirmar que uma conversão de imagem em 2D para 3D apresente um resultado final perfeito. Embora os resultados possam ser consideravelmente satisfatórios, ainda não há como substituir ou reproduzir fielmente uma imagem que seja filmada completamente em 3D.Isso acontece graças ao processo adotado na conversão de imagens. A imagem é duplicada e o primeiro plano ganha maior destaque. Já o segundo plano ganha um leve desfoque. O resultado final é uma imagem com maior sensação de profundidade de campo, mas nem sempre alta qualidade de
Conversão perfeita?
definição.A diferença á atenuada em imagens criadas em CGI. No entanto, imagens filmadas normalmente são muito mais complexas e mesmo com toda a tecnologia disponível ainda assim o resultado não é o ideal e os mais detalhistas perceberão imagens com pouca nitidez e leves deformações.A vantagem é dos virtuaisNa era da conversão de 2D para o 3D quem acaba se saindo melhor são as animações e os games. A explicação é simples: tanto os jogos quanto as animações são desenvolvidas inteiramente no computador, com a maior parte do processo ocorrendo sem a necessidade de captação de imagens.Por se tratar de uma imagem tridimensional, ampliar ou reduzir os efeitos de profundidade de campo é um processo mais simples e que necessita de menos correções do que o sistema adotado para conversão de imagens reais.No entanto, isso apenas minimiza os riscos de um projeto criado em 2D e convertido para 3D apresentar um resultado final aquém do esperado. Mais uma vez o problema aqui é a linguagem. De nada adianta ver uma sequência em 3D forçada. O ideal é que o efeito tridimensional tenha um
propósito caso contrário pode causar o feito contrário, distraindo o espectador ao invés de prender a sua atenção.
Você ainda verá muita coisa em 3D. Além dos cinemas e dos jogos, as próximas apostas são as televisões e os celulares. Diversas empresas já preparam produtos para suprir a demanda pelos efeitos tridimensionais. Embora ainda não exista muito conteúdo nesse formato, esse panorama deve mudar gradativamente nos próximos dois anos.
Cada vez mais real
Durante a Copa do Mundo alguns cinemas brasileiros exibirão em tempo real as partidas da seleção brasileira. Se tudo der certo até as Olimpíadas de 2012, os brasileiros já terão opções em televisores nas lojas e programação específica voltada para o formato.
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Designers: a espera acabou!
O CS5 chegou causando muito barulho. Seu foco
principal está na interatividade e integração com o
conteúdo digital. A Adobe reservou seu lançamento
para o auge das discussões entre a empresa e Steve
Jobs, da Apple.
O CS5 oferece novas ferramentas, ampliadas e
melhoradas, para o desenvolvimento em Flash. Por
outro lado, o iPad – super lançamento do ano – chega
ao mercado sem compatibilidade com o produto da
Adobe. E essa discussão ainda promete esquentar!
A Adobe lançou o CS5, focado em interatividade e máximo desempenho.
O desenvolvimento web tem os programas
Dreamweaver CS5, Fireworks CS5 (cria imagens para
publicação online), Contribute CS5 (para gerenciar
websites). As ferramentas para Flash são o novo
Adobe Flash Catalyst CS5, Adobe Flash Professional
CS5 e o Adobe Flash Builder 4.
Além disso, o CS5 traz excelentes programas para
produção, edição e acabamento de vídeos. O Adobe
Premiere Pro CS5 é voltado para a edição dos vídeos,
o Adobe OnLocation CS5 é uma eficiente ferramenta
de captura e o Adobe Encore CS5 fica encarregado da
produção. Para edição e trabalho com áudio, o pacote
traz o Adobe Soundbooth CS5. Este é um programa
completo e profissional, mas que possui uma
interface renovada e intuitiva, para que você trabalhe
Cs5 e suas variações Aplicativos
com edição de áudio mesmo sem grande
conhecimento na área.
Outro aplicativo popular é o Adobe Acrobat 9 Pro,
que cria documentos em formato PDF, ideais para
compartilhar livros e textos na internet. O Adobe
After Effects CS5 também é excelente para o
trabalho, pois possibilita o desenvolvimento de
gráficos com efeitos visuais.
E por fim, A Adobe disponibiliza outros três
aplicativos que são responsáveis pela integração e
por facilitar o trabalho com os arquivos criados por
seus programas: Adobe Bridge CS5 , Adobe Device
Central CS5 e Adobe Dynamic Link CS.
Cada programa da Adobe também recebeu melhorias
e novas funções na versão CS5. O suporte 64 bits
para Photoshop, Premiere e After Effects permite que
a produção de alta resolução tenha maior agilidade.
O InDesign CS5 melhorou seu desempenho para a
publicação digital, enquanto o Photoshop CS5 otimizou
a tecnologia detecção de bordas e substituição de
pixels. A criação de documentos no Illustrator CS5
permite uma precisão maior e o Dreamweaver CS5
agora tem compatibilidade com os serviços do
Wordpress.
O Adobe Creative Suite 5 promete facilitar o trabalho
de designers, artistas gráficos e desenvolvedores
para a internet. As novas ferramentas para criação
de documentos em Flash, a compatibilidade entre os
aplicativos e a interatividade com serviços da web
prometem fazer deste produto da Adobe mais um
sucesso de vendas.
Adobe Creative Suite 5 chega ao Brasil nos próximos
30 dias em português e com preços 15% inferiores ,
em relação a versão CS4, para os programas
Dreamweaver, Fireworks, Flash, Illustrator,
Photoshop e Photoshop Extended.
Daniele Starck