Norminha
Desde 18/08/2009
Nesta edição:
12 páginas
Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860-8 - Ano 11 - 06 de junho de 2019 - Nº 522
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Norminha
Embora a NR-33, norma que trata da
segurança em espaços confinados, te-
nha completado 13 anos de existência,
ainda é muito comum o registro de o-
corrências graves e até fatais nesses
ambientes considerados extremamente
perigosos, já que não são projetados
para a permanência humana.
Os requisitos para a realização de ta-
refas nesses locais envolvem um exten-
so checklist de procedimentos de iden-
tificação de riscos e adoção de medidas
de segurança, que deve ser antecedido
por treinamento e ampla capacitação
dos trabalhadores e equipes envolvidas
em atividades em espaços confinados,
como dutos, galerias, tanques de água
e esgoto, tubulações, entre outros.
Segundo os especialistas, na análise
das causas de muitas ocorrências, veri-
fica-se que um dos fatores recorrentes
é a ausência de treinamento específico
para tarefas nesses ambientes, bem co-
mo em situações de emergência e sal-
vamento, previstas na NR-33.
A edição desta semana do SST em
Áudio, da plataforma Sesi Viva Mais,
coloca o assunto em evidência na en-
trevista com o consultor e técnico de
segurança do trabalho, Erny Francisco
Pereira.
Além de reforçar os principais pro-
cedimentos preconizados pela norma,
Erny enfatiza também a importância de
capacitar o trabalhador para exercer o
seu direito de recusa.
“ Se ao iniciar uma tarefa em espaço
Espaços confinados ainda causam muitos acidentes Rosinaldo Ramos é destacado pela Câmara de Pres.
Prudente (SP)
Dr. Rosinaldo Ramos
Norminha
Por indicação do Vereador William
Leite, a Câmara Municipal de Presiden-
te Prudente (SP), aprovou na Sessão do
dia 27 de maio de 2019, por unanimi-
dade, Congratulações ao Dr. Rosinaldo
Ramos – Advocacia Previdenciária.
A homenagem foi registrada devido
aos 20 anos de atuação e consciência
profissional por parte de Ramos e equi-
pe, que vem trabalhando pelo primado
da justiça, em sintonia com os fins so-
ciais e o bem comum, baseando a sua
relação com o cliente na confiança recí-
proca, objetivando a satisfação plena do
cliente, atendendo com atenção e cari-
nho a todos.
Rosinaldo mantém escritórios em
várias cidades do interior paulista, sem-
pre prestando os serviços da advocacia
previdenciária de maneira diferenciada
com resultados exemplares.
Registramos aqui também, os nos-
sos parabéns pela atuação digna. N
PALESTRA EM VITÓRIA ES
Aspectos Gerais do Sistema de Gestão
em Segurança e Saúde do Trabalho
Norminha
A palestra tem objetivo de apresen-
tar as diversas ferramentas de seguran-
ça e saúde utilizadas nas empresas co-
mo um diferencial na gestão de SST,
bem como a gestão com base na norma
NBR-ISO 45. 001:2018.
O evento é voltado para profissio-
nais da área de segurança e saúde, ges-
tores de empresas, lideranças que coor-
denam equipes em áreas produtivas,
estudantes e pessoas interessadas no
tema.
O palestrante será Jorge Luiz Freitas
Rodrigues, Engenheiro Mecânico e
Professor, Engenheiro de Segurança do
Trabalho, MBA Gestão de Negócios,
Supervisor de Radioproteção – CNEN,
Supervisor de Espaços Confinados –
West Group, Auditor Líder ISO 45.000:
2018, Auditor Líder ISO 14.001:2015,
Auditor Líder de Qualidade ISO 9.001:
2015, Professor da área de segurança
do trabalho na UVV e Multivix, Profes-
sor da área de mecânica, Análise de
Riscos e Gerenciamento de Riscos –
DNV. A coordenação será de Antônio
Carlos Garcia Júnior – Fundacentro/ES.
A palestra será apresentada no dia
10 de junho de 2019, das 14h às 17h,
no Auditório da Fundacentro/ES, Rua
Cândido Ramos, nº 30 Edifício Cha-
monix - Jd. da Penha - Vitória-ES.
CLIQUE AQUI para fazer sua inscri-
ção.
Informações:
(27) 3314-1867 Raquel - ramal 220
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Em Araçatuba, dia 13 de junho Palestra e noite de autógrafo com Carla Lima, garanta seu lugar
Prêmio Sintesp de segurança e saúde no trabalho
confinado o trabalhador identificou ris-
co grave e iminente ou descumpri-
mento de algum requisito da norma que
represente risco a sua segurança e a de
terceiros, ele deve usar o seu direito de
recusa e sair imediatamente do local,
pois é a sua integridade física que está
em perigo”, afirma o especialista.
Ele destaca ainda que muitos traba-
lhadores desenvolvem falsa noção de
segurança, após realizar durante anos
esse tipo de atividade, não dando a de-
vida atenção à prevenção e às arma-
dilhas escondidas em ambientes confi-
nados, principalmente com atmosferas
perigosas de difícil detecção, a exemplo
da presença do dióxido de carbono, que
não é perceptível ao olfato e visão, o
que pode levar à fatalidade.
Para ouvir a entrevista completa, a-
cesse SST em Áudio.
N
Norminha
O PRÊMIO SINTESP DE SEGURANÇA
E SAÚDE NO TRABALHO é promovido
pelo SINTESP - Sindicato dos Técnicos
de Segurança do Trabalho no Estado de
São Paulo, com o objetivo de destacar,
na opinião dos técnicos de segurança
do trabalho do estado, as principais
empresas fornecedoras.
O objetivo do Prêmio é o de destacar
as principais empresas que atuam no
Estado de São Paulo, para que os téc-
nicos de segurança do trabalho possam
ter opções de consultas em suas com-
pras para as empresas que represen-
tam, com empresas indicadas pelos
seus pares, gerando economia e me-
lhores condições de fornecimento pelo
aumento de demanda, agraciamento
das empresas que são reconhecidas
pela sua melhoria continuada, a am-
pliação do agrupamento em torno do
SINTESP e o fortalecimento da catego-
ria.
A consulta do Prêmio será enviada
para os técnicos paulistas de segurança
do trabalho por meio eletrônico, em que
irão registrar a principal empresa em
cada categoria e enviarão os seus votos
para o SINTESP, para fazer a devida a-
puração na Comissão do Prêmio.
Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 522 - 06/06/2019 - Fim da Página 01/12
Os técnicos paulistas terão um prazo
de sessenta dias para indicar as princi-
pais marcas que consideram as melho-
res para estarem presentes em seu es-
tabelecimento, independentemente de
valores, levando em consideração a ex-
celência dos produtos.
PREMIO TÉCNICO DESTAQUE - As
empresas vencedoras terão quarenta
dias para indicarem os melhores técni-
cos de segurança do trabalho para se-
rem agraciados, oriundos dos seguin-
tes setores: Agro-indústria; Alimentos;
Automotivo; Comércio; Comunicação;
Construção Civil; Eletro-eletronica; E-
nergia; Entretenimento; Farmacêutico;
Financeiro; Florestal; Hospitalar; Hote-
laria; Imprensa; Metalurgia; Mineração;
Química e Petroquímica; Saneamento;
Têxtil; Transportes e Logística.
O Prêmio será entregue em ceri-
mônia festiva, realizada pelo SINTESP e
seus parceiros, sempre no segundo se-
mestre, dentro do Estado de São Paulo.
XXIX Seminário da SST do DF será
em setembro
Comissão Organizadora
Norminha
A Comissão Organizadora do XXIX
Seminário de Promoção da SST DF, es-
teve reunida nesta quarta-feira, 05 de
maio, para traçar todas as diretrizes para
a realização do evento em Brasília.
O Seminário será realizado nos dias
18 e 19 de setembro de 2019 e comple-
tará 29 anos de difusão de dados, in-
formações e conhecimentos sobre SST
numa semeadura para consolidação de
uma Cultura de Prevenção de Acidentes
e Doenças Ocupacionais no DF e re-
gião.
Breve teremos a programação com-
pleta e meios de inscrições. N
Segurança na TV desse próximo sábado será sobre “Meio Ambiente”
Eng. Agrônomo Anderson Fontes e o
apresentador Nivaldo Barbosa
Norminha
O entrevistado deste sábado, 8 de junho
de 2019 será o Eng. Agrônomo An-
derson Fontes Diretor de Controle Am-
biental da SEMAM-J (Secretaria Muni-
cipal do Meio Ambiente de João
Pessoa/PB).
Fontes estará falando sobre a sema-
na do Meio Ambiente , ás 10h30 no ca-
nal 39.1 e 23 na NET, em outros esta-
dos através do canal do YouTube. siga
nosso Instagran @sstnatv
A Rádio SESMT1 retransmite os
programas durante sua grade semanal.
Acesse:
http://radiosesmt1.agoranoar.com.br N
Laudo Ergonômico: Qual profissional deve elaborá-lo?
No artigo de hoje estamos falando sobre um item que muitos profissionais da área
de Segurança do Trabalho têm dúvida. Quem pode elaborar Análise Ergonômica
do Trabalho (AET), ou o famoso laudo ergonômico?
O que diz a NR 17?
Esta Norma Regulamentadora (NR) visa estabelecer parâmetros que permitam a
adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos traba-
lhadores, de modo a proporcionar o máximo de conforto, segurança e desempenho
eficiente.
E para avaliar a adaptação dessas condições de trabalho, cabe à empresa realizar
a Análise Ergonômica do Trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as con-
dições de trabalho conforme a NR.
Muitos esperam que a NR 17 defina o profissional competente para assinar ou
elaborar o Laudo Ergonômico, denominado de “Análise Ergonômica do Trabalho
(AET)”, como citado no parágrafo anterior.
Porém, informamos que não há norma legal que defina a competência para a
assinatura ou elaboração desse laudo, ou que exija a especialização em Ergonomia.
Registre-se ainda que muitas vezes, vários profissionais participam da elaboração
desse documento.
Mas o que é o Laudo Ergonômico?
O laudo ergonômico/AET é um documento obrigatório para as empresas cujos
funcionários estejam expostos a riscos decorrentes de esforços físicos. Esses es-
forços podem ser por levantamento e transporte de cargas pesadas, por conse-
quência de esforços repetitivos ou, ainda, por posturas inadequadas, entre outros
fatores.
A análise demonstra detalhadamente os riscos ergonômicos aos quais o profis-
sional está exposto, oferecendo subsídios para que se realizem adaptações que vão
aperfeiçoar a relação entre a produção e o bem-estar do funcionário, minimizando
os riscos de lesões decorrentes do trabalho.
Qual seria o profissional mais habilitado para elaboração?
• Engenheiros de Segurança;
• Médicos do Trabalho;
• Educadores Físicos;
• E Fisioterapeutas
Assinam Laudos Ergonômicos e, de fato, não há norma que os proíba de o faze-
rem ou que defina quem são os profissionais competentes para assiná-los.
Entende-se que o profissional deve possuir um conhecimento ligado à área de
Ergonomia, seja no período de graduação ou em uma especialização.
Então, o que aconselhamos é que somente os profissionais citados acima, que
possuam conhecimentos em Ergonomia e Registro em seus respectivos Conselhos
de Classe, assinem o laudo.
E dentre esses, é mais comum vermos a elaboração de tal documento pelo fisio-
terapeuta, profissional que possui conhecimentos específicos sobre os problemas
de saúde decorrentes de más condições ergonômicas nos ambientes de trabalho.
Existe Ergonomista?
Um importante documento foi publicado pelo Ministério do Trabalho (MTE –
MTPS) sobre esta matéria. A Nota Técnica 287/16 veio esclarecer o assunto quanto
ao profissional responsável pela realização da Análise Ergonômica do Trabalho.
De acordo com essa Nota Técnica, no Brasil, a profissão de Ergonomista não
apresenta uma formação específica de nível superior, ela se dá através de cursos de
especialização Latu Sensu, que são frequentados por profissionais de áreas varia-
das de nível superior.
Nessa formação são incluídas disciplinas como:
• Psicologia;
• Anatomia e Fisiologia;
• Organização do Trabalho;
• Design e Métodos de Avaliação;
• Tecnologia da Informação, entre outras.
Não há definição explícita de qual profissional está habilitado legalmente a exe-
cutar esse tipo de avaliação, porém, as definições deixam claro que há necessidade
de uma formação específica para executar trabalhos nessa área, bem como conhe-
cimento prévio de formação acadêmica de nível superior dos sistemas humanos
para poder interpretar e planejar melhorias ergonômicas que protejam o ser humano
no seu ambiente de trabalho.
Conhecer de anatomia humana, biomecânica (que é a análise do movimento do
corpo humano), ferramentas ergonômicas, medidas antropométricas, tudo isso é
fundamental para poder elaborar a Análise Ergonômica do Trabalho com o mínimo
de sucesso. Continua na página 03/12.....
Maioli com professores e alunos do Técnico em Segurança do Trabalho
Diretor de Norminha brinda alunos e professores do Senac de Vitória (ES) com Aula/Palestra
Evento foi realizado no auditório da entidade na noite do último dia 29 de maio
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Norminha
Devido a passagem do Diretor de
Norminha, Wilson Célio Maioli, pela ci-
dade de Vitória (ES), para acompanhar
a realização do Curso de Higiene Ocu-
pacional e participar do 1º Fórum Capi-
xaba de Segurança e Saúde no Traba-
lho, o mesmo apresentou aos alunos,
professores e demais convidados, uma
Aula/Palestra no Senac de Vitória.
O evento foi realizado na noite do úl-
timo dia 30 de maio de maio, no auditó-
rio da entidade.
Encontro Microrregional -
Região Metropolitana
(Vitória/ES) Norminha
O ciclo de Encontros Microrregionais
preparatórios para o 10º Congresso Es-
tadual de Profissionais do Crea-ES
chega à Região Metropolitana. Profis-
sionais e estudantes já podem se ins-
crever no evento que será realizado
nesta quinta-feira (6 de junho) no Audi-
tório do Crea-ES, localizado na Rua Izi-
dro Benezath, 48, Enseada do Suá –
Vitória.
O Encontro Microrregional irá reunir
profissionais de Engenharia, Agrono-
mia, Geologia, Geografia e Meteorolo-
gia de toda Região Metropolitana, bem
como Tecnólogos, Técnicos Agrícolas e
de Segurança do Trabalho. Trata-se de
uma oportunidade de apontar melho-
rias na atuação e regulamentação pro-
fissional, bem como para toda a socie-
dade.
A programação do evento inclui a
palestra do engenheiro industrial mecâ-
nico e professor universitário, Durval
Vieira de Freitas. O especialista irá a-
bordar os desafios de desenvolvimento
do Espírito Santo, bem como o tema
central definido para o Congresso de
Profissionais 2019: “Estratégias da
Engenharia e da Agronomia para o
Desenvolvimento Nacional”.
Inscreva-se em https://bit.ly/2Yp2w5p
N
O evento foi coordenado por Eliane
Belizário de Souza Gomes - Instrutora
de Educação Profissional; Bianca Cam-
pos Silvares e Stephanie Pires Sant'Ana
- Analistas de Educação Profissional.
Participaram da palestra os alunos
do Curso de Técnicos em Segurança do
Trabalho e de outros cursos técnicos
mantidos pelo Senac. O evento foi aber-
to ao público.
Maioli apresentou as “Atitudes que
evitam acidentes e doenças relaciona-
das ao trabalho”, demonstrando as difi-
culdades que os profissionais encon-
tram no ambiente de trabalho e as medi
das que os mesmos precisam desenvol-
ver para que suas atividades obtenham
êxito nos resultados da prevenção.
Por outro lado, foram apresentadas
também, as responsabilidades, com-
promissos e meios que os profissionais
precisam aplicar em suas atividades.
Maioli disse que no momento a Se-
gurança e Saúde no Trabalho convive
com algumas incertezas, devido ao a-
nuncio do reajuste que as Normas Re-
gulamentadoras devem passar, mas
disse que os profissionais da SST tam-
bém são responsáveis pelo acompanha-
mento e adequação das normas, em be-
nefício de melhorar a atuação do setor e
buscar com mais força e definição, a
prevenção de acidentes, doenças e pro-
porcionar condições melhores de tra-
balho.
N
Araripina sedia seminário sobre e-Social e os desafios para a segurança do trabalho
Continuação da página 02/13
Como o Laudo Ergonômico deve ser elaborado?
A elaboração do AET exige que seu responsável apresente conhecimentos e téc-
nicas de distintas áreas de atuação, e isso faz com que mais de um profissional si-
multaneamente.
Além disso, de acordo com a NR 17, as condições do ambiente de trabalho tam-
bém precisam estar adequadas às características psicofisiológicas dos trabalha-
dores e à natureza da atividade.
Tipos de laudos
De acordo com o blog do Núcleo Health Care, existem três tipos de laudo ergo-
nômico que podem ser definidos conforme seus objetivos específicos:
• Laudo Ergonômico do Objeto
• Laudo Ergonômico do Posto de Trabalho
• Laudo Ergonômico Funcional
Esses três tipos são parte importante da elaboração do que é chamado de Laudo
Consciente, que considera a ergonomia um fenômeno importante presente no dia a
dia das pessoas, prevenindo riscos das mais variadas naturezas.
E como elaborar o “Laudo Consciente”? Veja abaixo as condicionantes do posto
de trabalho que influenciam no conteúdo do documento:
• Condições organizacionais do trabalho: pressão por metas, rotinas opera-
cionais, diminuição do desgaste físico, organização das atividades, frustração com
metas divergentes.
• Condições ambientais: temperatura, vento, luminosidade, ruído e umidade do
ar.
• Condições físicas do ambiente de trabalho: funcionamento corporal envolvida
no desempenho da atividade, postura, dimensionamento dos equipamentos e mo-
biliários.
Quanto ao processo de criação dessa análise, a partir de uma avaliação qualita-
tiva e quantitativa, enquadram-se os riscos detectados em função da legislação, no-
tadamente a NR 17.
Após a entrega do AET, é necessário que se faça uma revisão geral a cada ano
para avaliar sua eficácia e acompanhar as eventuais mudanças nas informações que
precisarão de ajustes.
Os dados obtidos deverão ser arquivados por, pelo menos, 20 anos.
Quais são os benefícios do documento para a empresa?
O Núcleo Health Care também explica os possíveis benefícios com a elaboração
do laudo ergonômico, principalmente, em relação aos benefícios pessoais aos tra-
balhadores.
E podemos partir do primeiro benefício que é idealização de um trabalho mais
humanizado, ou seja, que foca nas necessidades e bem-estar do trabalhador para
lhe proporcionar um ambiente mais seguro.
Além disso, com o documento corretamente executado e implantado, a empresa
obterá diversas vantagens:
• Aumento da produtividade;
• Prevenção de multas e outras sanções;
• Redução de impostos;
• Pontos para certificações;
• Diminuição de custos em função de indenizações.
Logo, concluímos que o investimento na contratação de profissionais para ela-
borar um documento tão importante que é o laudo ergonômico, será algo positivo
a médio prazo, pois influência no resultado da relação custo/benefício da orga-
nização, independentemente do seu tamanho e do tipo de atividade exercida.
Fonte/Autora: Ius Natura (blog) - Ingrid Stockler
Uma ótima semana a todos e até a próxima!
Patrícia Dantas
Tema é de relevância para trabalhadores e empresas
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Por Fundacentro/ACS-Alexandra Rinaldi-
com informações do CRPE
Norminha
A cidade de Araripina, sertão
de Pernambuco, sediou o seminário “O
eSocial e os desafios para a segurança
do trabalho”, realizado no último dia 22
de maio.
O evento contou com 5 especialistas
que abordaram a temática e foi promo-
vido pela Fundacentro (Centro Regional
de Pernambuco) e teve o apoio do Sesi-
PE, Sebrae e Associação dos Engenhei-
ros de Segurança do Trabalho de Per-
nambuco - Aespe.
As palestras foram ministradas pelo
Coordenador Técnico da Fundacentro,
Luiz Antônio de Melo, que também co-
ordenou o seminário; pelos engenhei-
ros Renata Lima Wanderley, Audenor
Marinho e Maria Inez Campelo Barata,
diretores da Aespe e pelo engenheiro
Albério Calado do Sesi-PE.
Para a Gerente do Sistema Fiepe no
Araripe, Alba Nusia Mendes, as pales-
tras mostraram a importância dos in-
vestimentos que são feitos na preven-
ção de acidentes e das doenças ocupa-
cionais e que o eSocial reforça ainda
mais essa preocupação quanto aos e-
ventos de SST, onde fica claro o quanto
é importante cuidar para que o
ambiente de trabalho seja seguro e
saudável.
O evento reuniu centenas de partici-
pantes, dentre profissionais da área de
segurança do trabalho, estudantes e
empresários locais, todos interessados
em obter novos conhecimentos sobre o
tema eSocial, que está cada dia mais
presente nas empresas.
N
Norminha
O Supremo Tribunal Federal (STF)
decidiu no último dia 29 de maio de
2019, por 10 votos a 1, que grávidas e
lactantes não podem exercer atividades
consideradas insalubres.
A ação julgada foi apresentada em a-
bril de 2018 pela Confederação Nacio-
nal dos Trabalhadores Metalúrgicos.
A entidade questionou um trecho da
nova lei trabalhista que permitiu o tra-
balho de gestantes e lactantes em ativi-
dades insalubres, exceto em caso de
atestado médico.
A nova lei foi proposta pelo governo
Michel Temer e aprovada pelo Con-
gresso Nacional. O trecho questionado
pela confederação estava suspenso por
determinação do ministro Alexandre de
Moraes, e agora o plenário do STF ana-
lisou o caso de maneira definitiva.
Durante a sessão Moraes votou no-
vamente a favor de derrubar o trecho.
Conforme o ministro, a proteção em re-
lação a trabalho insalubre tem "direito
instrumental protetivo" para a mulher e
para a criança.
"Não é só a salvaguarda da mulher,
mas também total proteção ao recém-
nascido, possibilitando convivência
com a mãe de maneira harmônica, sem
os perigos do ambiente insalubre", a-
crescentou o ministro.
N
Norminha
A Comissão de Advogados Iniciantes e
a Comissão de Direito Previdenciário
da OAB-Paraná, Subseção de Arapon-
gas, realizou na noite do último dia 30
de maio de 2019, das 19h30 às 22 ho-
ras as palestras “Perícias e Perícia Mé-
dica Judicial sob a Visão Médica”.
Os convidados palestrantes da noite
foram a Dra. Lara Braz da Costa – Espe-
cialista em Medicina do Trabalho, pós-
graduada em perícias médicas e geria-
tria, membro Titular da Associação Na-
cional de Medicina do Trabalho; e Dr.
Antonio Tadeu da Costa – Advogado
pós-graduado “lato sensu” em Direito
do trabalho e processo do trabalho,
Técnico de Segurança do Trabalho, es-
pecialista em Higiene Ocupacional, foi
coordenador das áreas de SST e Meio
Ambiente do Senac de Presidente Pru-
dente (SP).
Dentre os assuntos apresentados
nas palestras, destacamos as unidades
programadas na área de segurança e
Os palestrantes Antonio Tadeu e Lara
Braz da Costa
saúde do trabalho, tais como: legislação
trabalhista, legislação previdenciária,
riscos de acidentes, responsabilidades,
profissionais habilitados, tipos de perí-
cias médicas e quesitos.
Os assuntos apresentados foram
bem esclarecedores aos participantes,
os quais acrescentaram melhores conhe
Mesa de abertura do evento
cimentos e capacitação aos profissio-
nais.
A Subseção da OAB-PR de Arapon-
gas vem sempre organizando apresen-
tações em sua sede para melhorar o de-
sempenho de seus associados em be-
nefício à sociedade.
Parabéns! N
OAB-Arapongas (PR) realiza palestra sobre “perícia médica judicial sob a visão médica”
Drª. Lara Braz da Costa e Antonio Tadeu da Costa (ao centro com Certificados de honra pelas apresentações) brindaram os
advogados de Arapongas (PR) e região com importantes temas sobre perícias
Confirmada proibição de trabalho insalubre de gestantes e lactantes
Norminha e Navarro Brasil realizam com sucesso, mais um Curso de Higiene Ocupacional em Vitória
Profissionais da SST de várias cidades capixaba participaram do Curso super prático de Higiene Ocupacional,
proporcionado por Dr. José Luis Garcia Navarro
Norminha
Dia 5 de Junho é o Dia Mundial
do Meio Ambiente. A data foi criada pe-
la Assembleia Geral das Nações Unidas
na resolução (XXVII) de 15 de dezembro
de 1972, quando foi aberta a Confe-
rência de Estocolmo, na Suécia, cujo
tema central foi o Ambiente Humano.
Desde então, neste dia, entidades públi-
cas e privadas, em nível global, apro-
veitam o momento para reforçar a im-
portância da conservação do meio am-
biente.
Anualmente, a ONU define um tema
principal para promover a importância
da data. Em 2019 o mote é
#COMBATAAPOLUIÇÃODOAR, com o
lançamento do desafio “Tome uma Ati-
tude” e incentivar cada cidadão a fazer a
sua parte para combater a poluição do
ar. Segundo a ONU, entender os dife-
rentes tipos de poluição e como ela
afeta a nossa saúde e o meio ambiente
nos ajudará a tomar medidas para me-
lhorar a qualidade do ar ao nosso redor.
No site estão disponíveis os ícones que
podem ser clicados e usados para di-
Dia 5 de junho é momento para expandir a conscientização ambiental
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Norminha
Com a participação de profissionais
das cidades de Vitória, Serra, Colatina,
Cachoeiro de Itapemirim e Atílio Vivác-
qua, mais uma vez a Navarro Barsil e
Norminha, realizaram o Curso de Higi-
ene Ocupacional na cidade de Vitória
(ES).
O curso foi realizado no Hotel Sol da
Praia nos dias 29, 30 e 31 de maio de
2019 com várias atividades práticas.
As atividades práticas proporciona-
ram a todos os participantes e utiliza-
rem os instrumentos de avaliações am-
bientais e posteriormente utilizarem os
dados nos laudos.
O curso capacitou os profissionais
em metodologia e estratégia de amos-
tragem de riscos físicos, químicos e bi-
ológicos, enfatizando a utilização na
prática de instrumentos de avaliação.
Realizaram amostragem prática, verifi-
cando dentro da legislação previdenciá-
ria e trabalhista, e o porquê da neces-
sidade dessas avaliações. Com os da-
dos coletados, elaboraram os Laudos
de Insalubridade, Periculosidade (Mi-
nistério do Trabalho e Emprego e LT
CAT - Laudo Técnico de Condições
Ambientais do Trabalho (Ministério da
Previdência e Assistência Social).
Foi realizada a prática instrumental
dos aparelhos para as avaliações quan-
titativas, tais como: metodologias de a-
valiação, posição dos aparelhos que
serão colocados no trabalhador; como
baixar os resultados dos aparelhos, co-
mo enviar as amostras químicas para os
laboratórios, como fazer uma evidência
de campo; como analisar os resultados
dessas avaliações quantitativas (foram
feitas também as análises qualitativas).
Após esses ensinamentos, foi reali-
zada a parte prática de elaboração e in-
terpretação dos resultados, vislum-
brando principalmente a Insalubridade
e a Periculosidade (enunciados legais
do Ministério do Trabalho e Emprego),
Agentes Nocivos - LTCAT (enunciados
legais do Ministério da Previdência e
Assistência Social).
Foi inserido também a parte de E-
ventos e Tabelas do Manual do eSocial,
mais precisamente na verificação des-
sas análises quantitativas e qualitativas
nos Eventos S-2240 (Condições Ambi-
entais do Trabalho - Fatores de Risco)
e S-2241 (Insalubridade, Periculosida-
de e Aposentadoria Especial), e nas Ta-
belas 21 (Fatores de Riscos Ambie-
ntais), 22 (Fatores de Risco para Insa-
lubridade/Periculosidade/Penosidade -
MTE) e 23 (Aposentadoria Especial IN
SS).
Muito obrigado aos profissionais ca-
pixabas pela participação e confiabili-
dade nos serviços prestados.
vulgação e apoio ao projeto. Também
faz parte deste trabalho a conferência
internacional do Dia Mundial do Am
biente, iniciativa promovida pela Orga-
nização das Nações Unidas no quadro
da Convenção-Quadro das Nações Uni-
das sobre a Mudança do Clima, que se-
rá sediada na China.
No Brasil, o objetivo da data é opor-
tunidade para ir além e podemos pre-
senciar diversas iniciativas que com-
põem a “Semana do Meio Ambiente”,
compreendendo atividades que são de-
senvolvidas por empresas, escolas,
ONGs, entre outras instituições, as
quais envolvem crianças, adolescentes
e adultos com o propósito de expandir a
conscientização ambiental e fortalecer o
papel de cada cidadão para deixar um
planeta melhor para as gerações futuras.
Leia a matéria completa no link do
canal Ecowords:
https://ecowords.com.br/dia-5-de-
junho-e-momento-para-expandir-a-
conscientizacao-ambiental/
N
No encerramento ocorreu a foto que demonstra a satisfação de todos e a real
capacitação para alavancar as atividades profissionais N
Manifesto em defesa das NRs de Saúde e Segurança no Trabalho
Congresso Portuário e Aquaviário ocorre em junho
Página 05/12 - Norminha - Nº 522 - 06/06/2019 – ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 522 - 06/06/2019 - Fim da Página 05/12
pretende promover o intercâmbio de in-
formações técnico-científicas relativas
à SST nesta área e suas interfaces com
as inovações tecnológicas, além de so-
cializar as experiências exitosas sobre
prevenção de acidentes e doenças rela-
cionadas ao trabalho nesses setores e-
conômicos.
Para saber mais detalhes sobre o e-
vento, como objetivos, organização,
hospedagem, entre outras questões,
acesse ao site do V Congresso Nacional
de Segurança e Saúde no Trabalho Por-
tuário e Aquaviário.
V Congresso Nacional de Segurança
e Saúde no Trabalho Portuário e Aqua-
viário
Período
11 a 13 de junho de 2019
Sessão solene de abertura no dia 11
às 9h30
Onde
Mar Hotel Conventions
Rua Barão de Souza Leão, 451, Boa
Viagem, Recife - PE
Informações/inscrições
(81) 3427-4775/3427-4566
Norminha
A ANAMT divulga, em parceria com o
Instituto Trabalho Digno, a Associação
Nacional dos Magistrados da Justiça
do Trabalho (Anamatra), Associação
Nacional dos Procuradores do Trabalho
(ANPT) e dezenas de entidades de todo
o país o manifesto Normas que Salvam
Vidas: em defesa das NRs de Saúde e
Segurança do Trabalho.
As entidades são representativas de
juízes, auditores, procuradores, advo-
gados, pesquisadores, estudantes e di-
versos profissionais da área de SST,
além das principais centrais sindicais
brasileiras e sindicatos.
Trata-se de uma resposta à iniciativa
do governo de reduzir as Normas Regu-
lamentadoras de Saúde e Segurança do
Trabalho, editadas pelo extinto Ministé-
rio do Trabalho. Segundo pesquisas,
somente entre 2012 a 2018 morreram
16 mil trabalhadores vítimas de aciden-
tes de trabalho. No Brasil, ocorre um a-
cidente de trabalho a cada 49 segundos
e morre um trabalhador a cada intervalo
superior a três horas.
Além da sua divulgação e debate por
meio de sessões públicas, o manifesto
será entregue à OIT - Organização Inter-
nacional do Trabalho e às autoridades
brasileiras, exigindo-se que o processo
seja transparente e que não se confi-
gure o anunciado retrocesso na área de
saúde e segurança do trabalho.
Leia o manifesto na íntegra:
NORMAS QUE SALVAM VIDAS: em
defesa das NRs de Saúde e
Segurança no Trabalho
O Governo Federal anuncia a inten-
ção de reduzir em 90% as normas regu-
lamentadoras de segurança e saúde no
trabalho, conhecidas sob a sigla NR. No
seu entender, haveria “custos absurdos
em função de uma normatização abso-
lutamente bizantina, anacrônica e hos-
til”.
Num país com indicadores alarman-
tes de acidentes do trabalho, e levada a
público apenas quatro meses depois do
maior acidente da história do país – o
rompimento da barragem de Córrego
do Feijão, em Brumadinho (MG), que
causou a morte de mais de 300 traba-
lhadores, tal iniciativa causa espécie,
pela absoluta desconexão da realidade
e pelo inaceitável retrocesso que re-
presenta.
De acordo com dados do Observató-
rio Digital de Saúde e Segurança do
Trabalho do Ministério Público do Tra-
balho (MPT), no período 2012-2018, o-
correram 4,5 milhões de acidentes de
trabalho no Brasil, representando um
acidente a cada 49 segundos, com mais
de 16 mil mortes no período e 38.183
amputações. Ou seja, uma morte por
acidente de trabalho a cada três horas e
43 minutos.
Nesse período, 79 bilhões de reais
foram gastos pela Previdência Social na
cobertura de benefícios acidentários e
foram perdidos 350 mil dias de trabalho
decorrentes de acidentes. A intenção de
reduzir as NR produzirá um efeito ainda
mais danoso, inverso ao propalado pelo
Governo, comprometendo ainda mais
os sistemas de saúde e previdenciário.
A afirmação de que as Normas Re-
gulamentadoras são “hostis às empre-
sas” é completamente equivocada e de-
monstra o mais primário desconheci-
mento do seu processo de elaboração.
As trinta e seis NR em vigor resultam de
discussões tripartites, que envolvem
não apenas o governo e os trabalha-
dores, mas os próprios representantes
da classe empresarial. Disciplinam pro-
cedimentos de segurança e prevenção à
saúde nos principais ramos da ativi-
dade econômica: operação de máqui-
nas e equipamentos, construção civil,
trabalhadores da saúde, atividades por-
tuárias, trabalho rural, frigoríficos, pla-
taformas de petróleo etc. E regem pro-
cedimentos administrativos fundamen-
tais, como embargo de obras e interdi-
ção de máquinas ou de atividades que
ofereçam risco grave e iminente à inte-
gridade dos trabalhadores.
As NR concretizam, assim, o dis-
posto em normas da Organização Inter-
nacional do Trabalho, notadamente a
Convenção 155, sobre segurança e
saúde dos trabalhadores e o meio am-
biente de trabalho, e o comando cons-
titucional de tutela da pessoa humana,
no marco dos arts. 4º, II, e 5º, caput, e
do meio ambiente equilibrado, na es-
teira dos arts. 225 e 200, VIII.
Tampouco há de se falar em “ana-
cronismo”. A paradigmática Norma Re-
gulamentadora nº 12, relativa à opera-
ção de máquinas e equipamentos, prin-
cipal causa de acidentes no Brasil, tem
sofrido, ao longo do tempo, mais de
uma dezena de revisões, sempre prece-
didas de discussões tripartites, que atu-
alizam periodicamente os procedimen-
tos nacionais no tocante às normas do
chamado sistema internacional de nor-
matização (ISO).
Nenhuma economia sustentável po-
de ter um dos pilares do seu cresci-
mento baseado na morte e adoecimento
de parcela significativa de sua força de
trabalho. Economias fortes e sustentá-
veis como União Europeia, Estados
Unidos, Japão, Austrália e outros paí-
ses possuem uma legislação relevante
em SST e garantias ao seu corpo de fis-
cais para executar a fiscalização.
A precarização do trabalho, iniciada
com a chamada reforma trabalhista e a
terceirização da atividade-fim, dá sinais
preocupantes de seu aprofundamento.
Em sua esteira, pretende-se a flexibili-
zação das normas de meio ambiente do
trabalho, o que constitui uma inadmis-
sível banalização da vida humana, re-
duzida a um mero fator de adminis-
tração dos meios produtivos.
Toda e qualquer revisão das normas
regulamentadoras do meio ambiente do
trabalho deve obrigatoriamente pautar-
se nas premissas da dignidade da pes-
soa humana e do valor social do tra-
balho, do direito à vida, à saúde e à se-
gurança, e resultar de um processo
transparente, com a participação iguali-
tária de todas as partes envolvidas.
Do contrário, em nome de uma falsa
modernização, a tragédia ambiental tra-
balhista assumirá contornos ainda mais
nefastos, ampliando o já imenso passi-
vo socioeconômico do País. N ANAMT
Norminha Por Fundacentro/ACS - Cristiane Reimberg
O V Congresso Nacional de Segurança
e Saúde no Trabalho Portuário e Aqua-
viário será realizado entre 11 e 13 de ju-
nho, no Mar Hotel Conventions, locali-
zado na Rua Barão de Souza Leão, 451
– Boa Viagem – Recife/PE. Para partici-
par, é possível se inscrever pelo site da
Fundacentro ou por e-mail:
Basta enviar nome completo, empresa,
função, cidade/estado, telefone, e-mail.
O tema central do evento é “O tra-
balho seguro e saudável num cenário
de profundas transformações sociais e
econômicas”. Haverá 49 diferentes te-
mas expostos e discutidos em plenário
por quase 100 expositores, debatedores
e autores de trabalhos orais. Ao todo,
16 estados de todas as regiões do país
serão representados nas discussões.
Veja a programação completa.
Um dos objetivos é avaliar e debater
o nível de aplicação das Normas Regu-
lamentadoras de Segurança e Saúde no
Trabalho Portuário (NR-29) e no Traba-
lho Aquaviário (NR-30). Também se
Evento em Recife/PE, organizado por Fundacentro e parceiros, reúne
especialistas de 16 estados do Brasil
Já em sua 12ª edição, o Congresso Na-
cional da Bioenergia é referência no se-
tor, se firmando como o Maior Con-
gresso Técnico do setor bioenergético!
Referência no assunto troca de ex-
periências entre os participantes, o
Congresso Nacional da Bioenergia, re-
alizado desde 2008, leva aos congres-
sistas novos conceitos de gestão, tec-
nologias, sistemas de produção alta-
mente aplicáveis ao dia a dia das usinas
e de empresas. Saiba mais!
Garanta já sua vaga!
Poka Yoke (pocá yokê) à prova de erros
De origem japonesa significando “à prova de erros”, criada no Japão e implantada
no sistema Toyota de produção, trata-se de um sistema de inspeção desenvolvido
para prevenir riscos de falhas e correções eventuais de erros em processos indus-
triais, sempre por ações simples. Surgiu em 1960, quando Shigeo Shingo, consi-
derado um gênio da engenharia liderava a produção da Toyota. No princípio, este
projeto se identificava pelo nome “Baka” (idiota - em japonês), Yoke (à prova de).
Baka Yoke (à prova de idiotas) e foi substituída por Poka Yoke (à prova de erros)
após reivindicações dos trabalhadores.
Consiste na aplicação de mecanismos que evitam erros e defeitos na produção
e no desenvolvimento de atividades. Previne erros e defeitos no início do processo
de produção e no caso das empresas varejistas, no atendimento. Evitará também
acidentes e garante maior segurança no uso dos produtos.
Se desenvolve de duas maneiras básicas:
a) - Controle: o controle de produção com mecanismos Poka Yoke, automática-
mente realiza paradas na produção quando qualquer erro é detectado.
b) - Advertência: as advertências detectam quaisquer erros e defeitos e avisam,
através de dispositivos sonoros e outros equipamentos, para impedir eventuais
acidentes e erros na produção.
Erros por falta de advertência são os erros cometidos sem que exista percepção.
Não intencionais e para evita-los é necessário fazer a medição de incidência deles
nas tarefas. Identificada a tarefa, o próximo passo é fazer com que essa tarefa, seja
executada de forma automática.
Erro de natureza técnica são erros que podem estar relacionadas à falta de prepa-
ro técnico para a sua execução por parte dos trabalhadores. Para solucionar esse
aspecto é necessário que se promova treinamento efetivo, principalmente em qual-
quer atividade que envolva o uso de tecnologia e mudança de processo.
Erros premeditados são aqueles que os operadores não tiveram informações su-
ficientes para a execução da tarefas e foram executadas assim mesmo sem questio-
namentos.
Para a implantação do Projeto, será necessário:
a) - conhecer as falhas; b) -compreender as causas;
c) -Cogitar soluções; d) –Verificar a eficácia da solução;
e) –Implante a solução; f) –Registre-a.
Defeitos:
1- Não executado por falha de processamento;
2- Erro na execução ou no processamento;
3- Erro na disposição e posicionamento dos elementos;
4- Ausência ou excesso de elementos;
5- Utilização de elemento errado;
6- Execução ou processamento de elemento errado;
7- Falha do equipamento;
8- Falha de ajuste;
9- Falha na preparação do equipamento;
10- Ferramentas ou dispositivos inadequados.
Falhas Humanas:
1- Falta de concentração ou esquecimento;
2- Inércia mental, decisão “sem pensar”, excesso de familiaridade;
3- Análise superficial e/ou rápida; identificação errônea;
4- Falta de experiência, amadorismo;
5- Imprudência ou teimosia;
6- Distração momentânea;
7- Lentidão na ação, demora na decisão;
8- Ausência de padrão, falta de procedimento;
9- Situação inesperada, surpresa;
10- Má fé ou intencional.
Exemplos práticos de mecanismos “Poka Yoke”: tomadas 110/220/300v com
pinos específicos para encaixe nas devidas tomadas; câmbio automático nos veícu-
los automotores não ligam o motor se o câmbio não estiver em posição neutra; dis-
juntor no painel elétrico principal de uma casa ou apartamento desarma quando
houver desiquilíbrio de voltagem para um curto circuito; marcador de combustível
nos veículos alertando sobre a condição de volume de reserva...
N
Jorge Gomes
Especialista em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho
Página 06/12 - Norminha - Nº 522 - 06/06/2019 – ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 522 - 06/06/2019 - Fim da Página 06/12
Número de mortes por acidente de trabalho volta a crescer no Brasil
Muitos trabalhadores atuam sob
condições de risco, sem equipamentos
necessários, carregando muito peso,
com jornadas muito longas. Com os
danos morais prefixados, a tendência é
que o número de acidentes de trabalho
continue crescendo porque, infelizmen-
te, alguns empregadores pensam ser
mais barato pagar um processo na jus-
tiça que tomar as medidas preventivas
para que os acidentes não ocorram – o-
pinou Tepedino.
Os dados do MPT ainda revelam
que, no mesmo período, as despesas
com afastamentos acidentários custa-
ram R$ 732 milhões à Previdência So-
cial. Só o valor referente a gastos previ-
denciários com amputações geradas
por acidentes de trabalho foi de R$ 191
milhões, sendo que R$ 131 milhões fo-
ram motivados por amputações causa-
das por máquinas, o que corresponde a
69% do total das despesas. N ANAMT
Norminha
Após cinco anos em queda, o número
de mortes por acidente de trabalho vol-
tou a crescer no Brasil. De acordo com
dados no Ministério Público do Traba-
lho (MPT), no ano passado, foram re-
gistrados 2.022 óbitos, enquanto em
2017, foram computadas 1.992 mortes
em ofício. Anteriormente, o último cres-
cimento registrado foi entre 2012 e
2013, quando o índice saltou de 2.561
para 2.675.
Para o advogado trabalhista Solon
Tepedino, um dos fatores que contri-
buíram para esse quadro foi a reforma
trabalhista, que permitiu a flexibilização
das normas de trabalho e fez com que
as empresas, consequentemente, dei-
xassem de observar normas de segu-
rança e saúde do trabalho:
A estatística pode ser ainda maior
porque os números computados são
referentes a empregados formais. As
empresas que não assinam a carteira de
trabalho têm ainda menos cuidado ain-
da com seus funcionários. Isso faz com
que a gente se depare com um número
muito mais alarmante.
Entre 2012 e 2018, as atividades e-
conômicas em que mais ocorreram aci-
dentes de trabalho foram atendimento
hospitalar (378.297); comércio varejis-
ta de mercadorias em geral, com predo-
minância de produtos alimentícios
(142.907); administração pública em
geral (119.266); construção de edifícios
(104.645); e transporte rodoviário de
carga (100.340), respectivamente.
As máquinas e os equipamentos fo-
ram os principais agentes causadores
de acidentes, provocando 528.473 re-
gistros, além de 2.058 mortes aciden-
tárias notificadas e 25.790 amputações
ou enucleações, no Brasil. O país per-
deu mais de 14 milhões de dias de tra-
balho nesses sete anos somente por
conta de afastamentos por esse motivo.
O cálculo corresponde à estimativa
dos prejuízos de produtividade para a
economia formal brasileira, em razão
dos períodos de afastamento em que os
trabalhadores deixaram de produzir, a-
cumuladamente.
http://bit.ly/Inscriçõesesocial
Reconhecido pela OMS, burnout é preocupação frequente no jornalismo
Futuro do Trabalho Cenário demonstra necessidade de abertura do foco da Segurança
e Saúde Ocupacional
Página 07/12 - Norminha - Nº 522 - 06/06/2019 – ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
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Norminha
A próxima Classificação Internacional
de Doenças (CID-11) da Organização
Mundial de Saúde (OMS) revisa a defi-
nição da síndrome de burnout, ou es-
gotamento profissional, na lista de pro-
blemas associados ao emprego ou à
falta dele. Nela, a síndrome é enqua-
drada como “fenômeno ligado ao traba-
lho”.
A nova classificação entra em vigor
em 2022 e já é considerada uma sina-
lização positiva por aqueles que lidam
com situações envolvendo o problema
no mercado de trabalho. Psicóloga e
presidente da International Stress Ma-
nagement Association (Isma-BR), Ana
Maria Rossi, destaca que a decisão
“pode dar um embasamento maior para
os juízes decidirem questões trabalhis-
tas relacionadas com a saúde mental”.
Ligada a um estresse crônico no tra-
balho, característico de algumas profis-
sões, a síndrome vem ganhando mais
visibilidade a cada ano no meio jorna-
lístico. O caso mais emblemático en-
volvendo uma profissional do setor foi
o da jornalista Izabella Camargo. Após
ser demitida da TV Globo, ela desaba-
bafou, revelando ter a doença. Mas ou-
tros profissionais da área sofrem com o
problema mesmo sem revelar o diag-
nóstico.
A situação é antiga. Em 2010, o tema
foi assunto de matéria no jornal New
York Times e a coordenadora do pro-
grama de mídia digital da Escola de Jor-
nalismo da Universidade de Columbia,
Duy Linh Tu, já demonstrava preocu-
pação com o assunto.
O Portal IMPRENSA conversou com
João Silvestre Silva-Junior, diretor da
Associação Nacional de Medicina do
Trabalho (ANAMT) e perito médico do
Instituto Nacional do Seguro Social (IN
SS), sobre o tema. Ele destacou que a
discussão sobre o esgotamento profis-
sional tornou-se mais frequente no Bra-
sil na última década.
No caso específico dos profissionais
de comunicação, Silva-Junior elenca
alguns fatores psicossociais que contri-
buem para o risco da doença: “Longas
jornadas de trabalho, insegurança dos
vínculos de trabalho, a baixa remune-
ração, pouca autonomia sobre o traba-
lho (prazos curtos), e outras caracte-
rísticas que podem comprometer a saú-
de dos trabalhadores”.
Assim como os jornalistas, várias
profissões compartilham desse risco.
Em comum, os profissionais que atuam
nestas áreas lidam com aspectos como
alta demanda qualiquantitativa do tra-
balho sem um controle para organizar
tais tarefas, desequilíbrio entre esforços
e recompensas, excesso de compro-
metimento e, principalmente, baixo
apoio/suporte entre colegas e/ou che-
fias. “Em algumas profissões especí-
ficas, a cobrança na prestação de ser-
viço com risco de violência pode ser
bastante agressiva para a saúde men-
tal”, destacou Silva-Junior.
Pesquisa realizada pela Isma-BR in-
dicou que, no cenário profissional geral
do país, 72% dos brasileiros no mer-
cado de trabalho sofrem alguma seque-
la pelo estresse. Desses, 32% sofre-
riam de burnout, sendo que 92% das
pessoas acometidas pela síndrome
continuariam trabalhando.
“O esgotamento profissional está di-
retamente ligado às condições adversas
no trabalho. A melhor prevenção é me-
lhorar o ambiente físico e psicossocial
do trabalho. Para os trabalhadores sob
risco, é necessário fazer prevenção pri-
mária, com orientações para relaxa-
mento físico e mental. Todavia isso é
‘enxugar gelo’ se não houver melhora
das condições de trabalho. Para aque-
les que estão com sinais e sintomas do
estresse, é necessário fazer prevenção
secundária, com encaminhamento para
acolhimento de profissionais de saúde.
Nos casos graves, a prevenção terciária
discute a reinserção produtiva de
pessoas que estão com uma doença
instalada que impacta sua capacidade
profissional”, finalizou o especialista. N
(Fonte: Portal Imprensa)
Por Luiz Augusto Damasceno Brasil*
Norminha
Neste ano em que celebra o seu
centenário de criação, a Organização
Internacional do Trabalho elegeu como
temática para discussão e reflexão nos
seus estados membros as questões re-
lacionadas com a segurança e saúde
dos trabalhadores e o futuro do traba-
lho.
O intuito é, a princípio, realizar um
balanço e uma avaliação desses 100
anos de atividades dedicadas à pro-
moção de ambientes de trabalho segu-
ros e saudáveis em todo o mundo.
Esta visão prospectiva da OIT nas-
ceu originalmente das preocupações
advindas de inúmeros governos e ato-
res sociais componentes de seu tripar-
tismo, chamando a atenção para os de-
safios que o futuro do trabalho já co-
meçou a sinalizar, fruto de um cenário
de céleres mudanças que vem se esta-
belecendo e impactando todos os paí-
ses. Para tanto, foram eleitos quatro fe-
nômenos dentro do atual paradigma e
cenário contemporâneo que, no enten-
dimento das expertises, necessitam ser
analisados e considerados minuciosa-
mente pelo fato de estarem relaciona-
dos, principalmente, com os avanços e
inserções de tecnologias nos locais de
trabalho, a nova organização do traba-
lho, a transição demográfica e as pro-
fundas alterações climáticas.
ABORDAGEM
Para subsidiar as discussões ao
longo deste ano, a OIT está disponi-
bilizando em seu portal 33 artigos so-
bre essa temática, escritos por educa-
dores, tecnologistas, pesquisadores e
profissionais da área de Segurança e
Saúde no Trabalho de diversos países,
onde compartilham testemunhos sobre
a SST e o futuro do trabalho sob pontos
de vistas acadêmicos, técnicos e práti-
cos. Portanto, há um chamamento des-
se organismo internacional para ado-
ção de medidas proativas e mitigadoras
dos impactos que os quatros fenôme-
nos já estão causando e que irão se in-
tensificar na próxima década.
Outro aspecto muito importante e
que também deverá ser considerado é a
forma de abordagem desses fenômenos
no âmbito do mundo do trabalho por te-
rem enfoque sistêmicos. Ou seja, estão
bastante inter-relacionados entre si. Di-
recionando o foco para o Brasil e diante
dessas realidades emergem as seguin-
tes indagações: quais serão as alternati-
vas e possibilidades para os gestores
públicos e privados, atores e autores
sociais quando temos:
- Poderosa inserção massificada de
novas tecnologias, robotização e inteli-
gências artificiais em nosso mercado de
trabalho;
- Acentuado desemprego estrutural
nos setores primário, secundários e ter-
ciário da economia;
- Processo de envelhecimento da
sociedade;
- Reiterados registros de baixas ta-
xas de natalidade;
- Elevados índices de mortes prema-
turas causadas por acidentes no trân-
sito, nos locais de trabalho e pela vio-
lência urbana;
- Repetidas tragédias e catástrofes
naturais que vêm causando desaba-
mentos, enchentes e inundações nas
mais diversas regiões do País.
Diante deste cenário, faz-se neces-
sária a contribuição e a abertura do foco
da SST para ampliação dos estudos e a-
nálises. Objetivando, além do estabele-
cimento e difusão de uma eficiente cul-
tura de prevenção de acidentes e do-
enças, a promoção de novos conjuntos
de habilidades e qualificações com ên-
fase principalmente na educação tecno-
lógica, nos fatores psicossociais, na
nova dinâmica organizacional e na teo-
ria da aprendizagem ao longo da vida.
Alise-se a tudo isso, a necessidade de
avaliação proativa com visão holística
de perigos e riscos para gestão de SST.
Luiz Augusto Damasceno Brasil – Dr e Mestre em
Educação, advogado, pedagogo, Tecnologista da
Fundacentro.
Norminha
O Vereador Pedro Roberto Gomes da
Câmara Municipal de São José do Rio
Preto (SP) requisitou junto à casa de
leis e foi aprovada por unanimidade,
Moção de preocupação com a manifes-
tação em reduzir em 90% as Normas
Regulamentadoras (NRs) que regem
saúde e a segurança no trabalho, con-
forme divulgou o Jornal Valor Econô-
mico de 13 de maio de 2019.
Na moção, Gomes explica que com
essa informação, deixou em alerta o
Ministério Público do Trabalho (MPT),
Sindicato dos Técnicos de Segurança
do Trabalho (SINTESP), Secretaria de
Segurança e Saúde no Trabalho (SS
ST), Secretaria de Segurança e Saúde
no Trabalho (SSST) e as Delegacias Re-
gionais do Trabalho (DRT) em todo
País.
Gomes diz que preocupa, sobre-
tudo, tendo em vista que no Brasil já
uma grande incidência de acidentes,
doenças ocupacionais e mortes nas
mais diversas atividades profissionais.
Segundo o estudo da Organização In-
ternacional (OIT), o Brasil ocupa o 4º
lugar no mundo com maior número de
acidentes de trabalho. Segundo levan-
tamento da OIT, a cada 48 segundos
acontece um acidente de trabalho no
Brasil.
Pedro cita também, que segundo o
Observatório Digital de Saúde e Segu-
Ministro destaca urgência da geração de emprego e
renda Norminha
A importância da Nova Previdência para
o crescimento da economia brasileira e
para o combate às desigualdades foi o
tema central da participação do minis-
tro da Economia, Paulo Guedes, em au-
diência na Comissão de Finanças e Tri-
butação da Câmara dos Deputados nes-
ta terça-feira (4).
Paulo Guedes abordou os principais
resultados que o governo federal proje-
ta com as mudanças das regras previ-
denciárias, constantes da Proposta de
Emenda Constitucional (PEC) 6/2019.
“Se aprovarmos a Nova Previdência va-
mos dar um choque de emprego na ju-
ventude”, disse o ministro, ao explicar
que, depois da aprovação da proposta
que está no Congresso, começará o de-
bate sobre o novo sistema de poupança
garantida.
Guedes afirmou que a equipe econô-
mica não está parada na reforma da
Previdência e que tem outras medidas
prontas para retomada do crescimento
do país. Depois da Nova Previdência
será enviada ao Congresso a Reforma
Tributária e o Novo Pacto Federativo.
“Nossa função é prover alternativas,
mas quem decide são os políticos”. N
NRs: Câmara de Rio Preto (SP) envia Moção de preocupação ao governo
rança do Trabalho, criado pelo MPT em
parceria com a Organização Internacio-
nal do Trabalho (OIT), de 2012 a 2018,
a área de máquinas e equipamentos re-
gistrou 528.473 acidentes de trabalho,
com 2.058 mortes notificados e 25.790
amputações ou remoções cirúrgicas. O
setor de área de máquinas e equipa-
mentos foi responsável por 15% dos
registros no período.
Na Moção, Pedro cita que Mexer ou
alterar esse contexto bem como todo
escopo das NRs gera preocupação
quanto ao futuro desse País, em espe-
cial com a segurança e saúde dos tra-
balhadores brasileiros.
O documento foi enviado pela Câ-
mara de Rio Preto ao Presidente da Re-
pública, Senadores e Deputados Fede-
rais.
Uma cópia da Moção de preocu-
pação foi enviada para nossa redação,
por intermédio do autor, Vereador Pe-
dro Roberto Gomes. N
Colhedora de laranjas será indenizada por falta de banheiro
no local de trabalho
Seminário no RS discute cumprimento de cota de inserção de aprendizes
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Norminha
Uma colhedora de laranja de Jacare-
zinho (PR) deverá receber R$3 mil de
indenização por danos morais por ter
trabalhado em condições precárias de
uma fazenda, em Santa Cruz do Rio
Pardo (SP). Para a Primeira Turma do
Tribunal Superior do Trabalho, caberia
ao empregador comprovar o cumpri-
mento das normas trabalhistas, a fim de
evitar a condenação.
A trabalhadora rural foi contratada
no Paraná para prestar serviços na fa-
zenda em São Paulo, distante cerca de
duas horas e meia de Jacarezinho, onde
morava. Segundo ela, o ônibus não ti-
nha banheiro e não havia instalações
sanitárias no local de trabalho, o que a
obrigava a fazer refeições e necessida-
des fisiológicas no meio do laranjal.
O juízo da Vara do Trabalho de Jaca-
rezinho negou o pedido de indenização,
por entender que a trabalhadora deveria
ter comprovado os fatos alegados. Se-
gundo o juízo, o empregador juntou do-
cumentos comprobatórios de aquisi-
ções de mesas, cadeiras, banquetas,
tendas e instalações sanitárias em
quantidade suficiente para os trabalha-
dores. Assim, considerou implausível
que o material não tivesse sido usado
pelos empregados.
Para o Tribunal Regional do Traba-
lho da 9ª Região (PR), os depoimentos
foram divididos: as testemunhas da em-
pregada mencionaram que não havia
banheiro nem local apropriado para re-
feições, e as testemunhas do fazendeiro
afirmaram que havia banheiros separa-
dos por sexo e local com bancos e ca-
deiras suficientes para todos os traba-
lhadores. Diante disso, o TRT entendeu
que caberia à colhedora de laranja com-
provar sua versão dos fatos.
O relator do recurso de revista da
empregada, ministro Dezena da Silva,
disse que o entendimento adotado pelo
Tribunal Regional sobre o ônus da pro-
va contraria os artigos 373 do Código
de Processo Civil e 818 da CLT. “Em re-
lação às condições de segurança e saú-
de do trabalho no ambiente rural, a Nor-
ma Regulamentadora 31 do Ministério
do Trabalho prevê a obrigação dos em-
pregadores rurais de fornecer instala-
ções sanitárias e local para descanso e
refeição”, observou. “Assim, recai so-
bre à empregadora o ônus de compro-
var o cumprimento das normas traba-
lhistas, para afastar as irregularidades
apontadas pelo empregado e impedir
eventual condenação por ato ilícito”.
A decisão foi unânime. N
Colaborou: Enrique Diez Parapar
Fisioterapeuta do Trabalho – Professor de
Educação Física
EDP Consultoria – Ergonomia e Higiene
Ocupacional
www.edpconsultoria.com.br
Audiência coletiva com a participação de 468 empresas faz parte da
programação do evento, que será realizado em 12 de junho, Dia Mundial e
Nacional contra o Trabalho Infantil
zagem profissional: uma estratégia no
combate ao trabalho infantil e a prote-
ção ao adolescente trabalhador".
A auditora-fiscal Denise Natalina
Brambilla González, coordenadora de
fiscalização do trabalho infantil na SRT-
RS, destaca que o evento é uma opor-
tunidade para orientar e incentivar as
empresas para o cumprimento da cota
de contração de jovens aprendizes. "A
Aprendizagem Profissional é uma porta
para a correta inserção dos jovens no
mercado de trabalho. As empresas que
cumprem essa obrigação legal não a-
penas ficam livres de penalidades, mas,
sobretudo, contribuem para que o país
forme os seus trabalhadores do futuro",
enfatiza Denise.
Resultado de parceira da SRT-RS
com o Fogap e o Fórum Estadual de
Prevenção e Erradicação do Trabalho
Infantil e Proteção ao Trabalho do Ado-
lescente (Fepeti), o seminário foi com-
cebido para fomentar a aprendizagem
no Rio Grande do Sul. De acordo com a
Lei nº 10.097/2000, ampliada pelo De-
creto Federal nº 9.579/2018, empresas
de grande e médio porte devem com-
tratar de 5% a 15% de aprendizes, per-
centuais calculados em relação ao nú-
mero total de empregados. Para as mi-
croempresas (ME), empresas de pe-
queno porte (EPP) e entidades sem fins
lucrativos (ESFLs), a contratação é fa-
cultativa. A Lei de Aprendizagem, além
de abrir ao jovem uma experiência pro-
fissional, proporciona às empresas que
contratam aprendizes atender a cota
obrigatória.
As inscrições, gratuitas, são feitas
no site:
www.forumgauchoap.com.br/seminario
N
Norminha
As medidas restritivas ao cigarro no
Brasil evitaram a morte de 15 mil crian-
ças entre 2000 e 2016. Os dados foram
divulgados no último dia 31 de maio,
data escolhida pela Organização Mun-
dial da Saúde (OMS) como “Dia Mun-
dial sem Tabaco”.
Este é o primeiro estudo que anali-
sou o impacto na medida na saúde in-
fantil brasileira – e também em um país
em desenvolvimento. O artigo é assina-
do pelo Instituto Nacional do Câncer (In
ca), e por cientistas do Imperial College
of London e do Centro Médico Erasmus
da Holanda.
Os autores reforçam a necessidade
de a medida ser adotada por outros paí-
ses – apenas 20% da população mun-
dial está protegida por medidas públi-
cas de controle ao fumo. Ainda no úte-
ro, a exposição do bebê às substâncias
do cigarro podem causar problemas de
desenvolvimento, um parto prematuro
ou um nascimento com peso abaixo da
média.
Os bebês também são afetados após
o parto, com um maior risco de infec-
ções respiratórias, asma e morte súbita.
Para chegar aos resultados do estudo,
os pesquisadores analisaram dados de
todos os nascidos vivos, óbitos infantis
e mortes neonatais no Brasil entre 2000
e 2016.
“As crianças têm o direito de serem
protegidas contra as doenças causadas
pelo cigarro. Pedimos aos governos do
mundo que introduzam novas leis anti-
fumo abrangentes para proteger a saúde
infantil”, disse o médico André Szklo,
do Inca.
A mudança mais drástica na legisla-
ção brasileira ocorreu em 2014, com a
Norminha
As formas de assegurar o cumprimento
da cota de contratação de jovens apren-
dizes pelas empresas serão debatidas
no VII Seminário de Aprendizagem Pro-
fissional no Combate ao Trabalho In-
fantil e na Proteção ao Adolescente Tra-
balhador, que será realizado pela Su-
perintendência Regional do Trabalho
do Rio Grande do Sul (SRT-RS) e par-
ceiros no Auditório Dante Barone da
Assembleia Legislativa, em Porto Ale-
gre, em 12 de junho, Dia Mundial e Na-
cional contra o Trabalho Infantil, a partir
das 8h30.
Faz parte da programação o lança-
mento do documentário "Caminhos da
Aprendizagem Profissional”, produzido
pelo Ministério Público do Trabalho,
seguido de uma audiência coletiva com
468 empresas de grande porte notifica-
das pela SRT, na qual serão abordados
os caminhos para o cumprimento da
cota exigida pela Lei da Aprendizagem.
A quinta edição da "Revista Aprendiz" e
o selo de 10 anos do Fórum Gaúcho de
Aprendizagem Profissional (Fogap), em
ato solene com os Correios, também
serão lançados durante o seminário.
O evento terá quatro três painéis, to-
dos seguidos de debates: "Aprendiza-
gem Profissional: uma estratégia no
combate ao trabalho infantil e a prote-
ção ao adolescente trabalhador", sobre
a experiência de Porto Alegre no enfren-
tamento do trabalho infantil; "Aprendi-
zes em desenvolvimento: adolescentes
em atividades de aprendizagem profis-
sional com história de trabalho infantil”;
"Desenvolvendo aprendizagem: ativida-
des das instituições formadoras de a-
prendizagem profissional"; e "Aprendi-
zes desenvolvidos: egressos do Progra-
ma de Aprendizagem Profissional, inse-
ridos no mundo do trabalho".
O seminário incluirá ainda uma a-
presentação da Orquestra de Jovens A-
prendizes do Rio Grande do Sul. No
encerramento será apresentada e peça
teatral "Protagonismo em rede transfor-
ma", com os educadores do Projeto
Pescar, e a leitura da carta "Aprendi-
Proibição de cigarro em locais públicos evitou a morte de 15 mil crianças no Brasil
proibição do cigarro em áreas públicas
parcialmente ou completamente fecha-
das, incluindo bares e restaurantes. A
medida, segundo o estudo, reduziu em
5,2% a mortalidade infantil no país e em
3,4% a neonatal.
Os cientistas também analisaram os
impactos de outras medidas menos
drásticas aplicadas antes de 2014 no
Brasil. Em anos anteriores, 17 estados
aprovaram medidas parciais – como a
criação de espaços separados para fu-
mantes em estabelecimentos e casas
noturnas.
Essas mudanças, de acordo com a
pesquisa, ajudaram uma redução de
3,3% na mortalidade infantil, mas ne-
nhuma mudança significativa na neona-
tal. N (Fonte: G1)
Especificação de EPIs
Norminha Por Mário Sobral Jr*
Professor, preciso de um “Help”!
Papo de “Help”, meu filho! Mas diga
lá, qual o problema?
Eu estou com um problema lá na
empresa e não sei mais o que fazer.
Acabaram de criar um setor e, lógico,
junto com o setor surgiram novos ris-
cos para os trabalhadores e a chefia es-
tá me cobrando os controles necessá-
rios, mas principalmente a especifica-
ção dos Equipamentos de Proteção In-
dividual e é este o problema, para algu-
mas atividades não estou conseguindo
definir esta especificação e todo dia re-
cebo pressão para resolver o problema.
Meu filho, já passei diversas vezes
por esta situação e o meu primeiro con-
selho é para você não se estressar tan-
to, pois fazer este tipo de especificação
realmente é complicado dependendo da
atividade. Porém tenho algumas suges-
tões que podem lhe ajudar pelo menos
a começar a caminhar para uma solu-
ção.
Acho que o primeiro seria entrar em
contato com fornecedores de EPIs e pe-
dir uma visita técnica. Explique quais
os riscos a que os trabalhadores esta-
rão expostos e qual a recomendação
para o caso, solicite a visita de pelo me-
nos três destes representantes, desta
forma você terá como comparar as in-
formações e chegar a uma conclusão de
qual equipamento seria o mais ade-
quado.
Depois desta definição, peça para o
fornecedor escolhido amostras para
teste ou faça a aquisição de algumas a-
mostras (no caso de EPIs mais baratos
eles sempre fornecem).
Depois destes testes você faz a aqui-
sição, mas recomendo que fique moni-
torando e depois de um tempo faça uma
nova avaliação para verificar se está tu-
do correto com o uso do EPI.
Obrigado, professor. Já estou meio
atrasado para esta definição dos equi-
pamentos, mas pelo menos o senhor
deu um norte.
N
*Autor:
Mário Sobral Jr – Engenheiro de
Segurança do Trabalho
Leia mais no Segurito de Junho 153
No Dia Mundial do Meio Ambiente, McDonald´s anuncia a eliminação de película de EPS Foam de
suas embalagens Embalagens de café da manhã e copos de McCafé são os mais recentes a terem o EPS Foam (Poliestireno expandido)
substituído por Polipapel, que é igualmente eficaz e possui 100% de certificação pelo Forest Stewardship Council® (FSC) e
Programme for the Endorsement of Forest Certification Schemes (PEFC)
Senac Birigui abre inscrições
para três cursos gratuitos
Norminha
Auxiliar de Escritório tem como objetivo
proporcionar formação profissional ini-
cial de jovens em rotinas de escritório e
fornecer conhecimentos básicos para
uma atuação proativa na busca de um
emprego e, posteriormente, no exercí-
cio das funções. Serão duas turmas: às
segundas e quartas-feiras, com início
em 22/07; e às terças e quintas-feiras,
marcada para começar em 23/07. Para
participar é preciso ter, no mínimo, 14
anos de idade, e estar cursando o en-
sino fundamental 2.
Também já recebendo inscrições
para o processo de bolsas de estudo, há
o Língua Brasileira de Sinais 2, que
começa em 27/07. O curso capacita o
aluno para a prática da comunicação em
língua de sinais, permitindo o diálogo
com pessoas surdas no ambiente de
trabalho ou em situações cotidianas. Os
interessados devem ter sido aprovados
no Língua Brasileira de Sinais 1 há me-
nos de oito meses, ou comprovar co-
nhecimento equivalente por meio de
avaliação de competência linguística.
Também é preciso ser maior de 13 anos
e estar cursando o ensino fundamental.
Para se inscrever em qualquer um
dos cursos e obter outras informações,
basta acessar o Portal Senac:
www.sp.senac.br/birigui.
Senac Birigui
Endereço: Rua Bento da Cruz, 284 -
Centro - Birigui/SP
Auxiliar de Escritório (turma 1)
Início: 22 de julho de 2019 | Término:
11 de dezembro de 2019 às segundas e
quartas-feiras, das 13h30 às 17h30;
Auxiliar de Escritório (turma 2)
Início: 23 de julho de 2019 | Término:
10 de dezembro de 2019 às terças e
quintas-feiras, das 13h30 às 17h30
Língua Brasileira de Sinais 2
Início: 27 de julho de 2019 | Término:
30 de novembro de 2019 aos sábados,
das 08h30 às 11h30. N
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Norminha
Com metas globais para ampliar o
impacto positivo de seus negócios, o
McDonald’s reitera o seu compromisso
com o Dia Mundial do Meio Ambiente
e anuncia, (5/05), a conclusão do pro-
cesso de eliminação do uso da película
de EPS Foam (poliestireno expandido)
de todas as suas embalagens na Amé-
rica Latina. Recentemente, a empresa
removeu esse material dos copos de
café e embalagens de café da manhã,
substituindo-os por uma solução mais
sustentável econômica, social e ambi-
entalmente, mantendo a eficácia no iso-
lamento térmico das bebidas quentes.
A eliminação desse material - que
começou há cerca de cinco anos - tem
gerado um impacto positivo ao ecos-
sistema ao reduzir a presença de apro-
ximadamente 190 toneladas/ano de
material nocivo ao meio-ambiente. Isso
porque o poliestireno, também conhe-
cido como Isopor, traz efeitos nocivos
ao ambiente quando descartado incor-
retamente. No seu lugar, o McDonald’s
passou a usar Polipapel, uma cartolina
revestida por uma lâmina de polietileno
e que é certificada pelo Forest Stewar-
dship Council® (FSC) e pelo Pro-
gramme for the Endorsement of Forest
Certification Schemes (PEFC).
“Somos líderes do segmento de ser-
viço rápido de alimentação e entende-
mos que é nosso dever agir frente a
alguns dos maiores desafios ambientais
da atualidade. Temos um compromisso
global de adotar estratégias sustentá-
veis para recipientes e recicláveis até
2025, que inclui que 100% das emba-
lagens sejam provenientes de fontes
renováveis ou certificadas”, afirma José
Valledor, Vice-Presidente de Suplly
Chain da Arcos Dorados. “Em países
como o Brasil e a Argentina a meta já
havia sido alcançada há alguns anos e,
até o final de 2019, todos os restau-
rantes na América Latina passam a se-
guir essa prática mais sustentável”,
conclui.
Escala para o Bem
Além dessa meta alcançada, o Mc
Donald's soma diversos esforços para
diminuir a geração de resíduos de uma
maneira geral, como o desestímulo ao
uso de canudos, separação de lixo e re-
ciclagem de embalagens e óleo de cozi-
nha usados nos restaurantes. A marca
também é a primeira rede de restau-
rantes do mundo a assinar um acordo
global de combate às mudanças clima-
ticas. A companhia se comprometeu, em
março de 2018, a diminuir em 36% as
emissões de gases de efeito estufa até
2030, além de 20% em toda sua cadeia
de suprimentos dentro do mes-mo
período.
A ação faz parte da iniciativa global
do McDonald’s Scale for Good, que a-
proveita toda a força, tamanho e alcance
da marca para impulsionar o progresso
onde é mais relevante. A 'escala para o
bem' tem como premissa se respon-
sabilizar e agir em alguns dos desafios
sociais e ambientais mais urgentes da
atualidade.
Outro ponto a ressaltar é que sendo
um dos maiores compradores de carne
globalmente, a rede possui a responsa-
bilidade em ajudar a guiar as indústrias
para melhores práticas, uma vez tendo
como premissa limitar seu impacto no
planeta, falando da produção de ali-
mentos. Por isso, o McDonald's é a pri-
meira rede de serviço rápido a comprar
carne 'sustentável', proveniente de re-
giões onde a pecuária é mais produtiva
e requer menos espaço, desestimu-
lando qualquer necessidade de desma-
tamento.
Seu fundador, Ray Kroc, defendeu
em 1955 que, "Temos a obrigação de
retribuir às comunidades onde opera-
mos", filosofia que é seguida global-
mente pela empresa até hoje.
N
Norminha
A Sexta Turma do Tribunal Superior do
Trabalho determinou que o juízo da 64ª
Vara do Trabalho do Rio de Janeiro (RJ)
julgue a reclamação trabalhista ajuizada
por um servente que foi dispensado de
empresa fabricante de telhas em 1996
e, em 2012, foi diagnosticado com do-
ença decorrente da exposição ao ami-
anto. Segundo a Turma, por se tratar de
caso em que o conhecimento da lesão
ocorreu após a vigência da Emenda
Constitucional 45/2004, a jurisprudên-
cia do TST aplica a prescrição quinque-
nal trabalhista.
O servente foi empregado da recla-
mada de 1973 a 1996. Em setembro de
2012, a Fundação Oswaldo Cruz emitiu
laudo médico que diagnosticava espes-
samento pleural, doença compatível
com a exposição ao amianto e reconhe-
cida como incapacitante e altamente le-
siva.
Na reclamação trabalhista, ajuizada
em abril de 2016, ele pediu o paga-
mento de indenização por danos morais
e materiais, sustentando que a empresa
não havia adotado as medidas de pro-
teção necessárias para atenuar os efei-
tos da inalação do material nem infor-
mado os empregados dos problemas
gerados por ele. Segundo o servente, a
empresa escondia os resultados de exa-
mes médicos periódicos e demissio-
nais que denunciavam a propagação da
doença entre os empregados.
O juízo de primeiro grau extinguiu o
processo, por entender evidente a pres-
crição. “O contrato findou em 1996, 20
anos atrás”, assinalou. A sentença foi
mantida pelo Tribunal Regional do Tra-
balho da 1ª Região (RJ), que entendeu
que a demanda fora ajuizada mais de
dois anos depois da extinção do con-
trato de trabalho e da ciência da lesão.
No exame do recurso de revista do
servente, a Sexta Turma observou que
não houve, na reclamação, pedido de
parcelas decorrentes do contrato de
trabalho que se extinguiu em 1996, mas
apenas a indenização reparadora em ra-
zão do conhecimento da lesão. Assina-
lou também que o diagnóstico se deu a-
pós a vigência da Emenda Constitu-
cional 45/2004, que transferiu para a
Justiça do Trabalho a competência para
o julgamento dos pedidos de dano mo-
ral decorrente de acidente de trabalho
ou de doença profissional.
A prescrição bienal, segundo o cole-
giado, está relacionada à contagem do
prazo a partir da rescisão do contrato de
trabalho e não tem correlação com o
prazo de conhecimento de lesão para o
fim de buscar reparação judicial pos-
terior ao encerramento do contrato. De
acordo com a jurisprudência do TST, o
prazo prescricional deve observar o
artigo 7°, inciso XXIX, da Constituição
da República, ou seja, cinco anos. N
Amianto: Prescrição começa a contar a partir de ciência da doença
Colisão traseira. Quem é o culpado?
Demissão por dívida é ilegal, e pode gerar indenização por
Dano moral
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Norminha
A colisão traseira de veículos é muito
comum no trânsito brasileiro, sobretu-
do após o celular se tornar popular, tra-
zendo consigo as redes sociais.
Quando esse tipo de acidente acon-
tece, é comum os envolvidos discuti-
rem quem é o culpado pelo dano, seja
por uma freada brusca, desatenção ou
qualquer outro motivo.
Pelo lado jurídico, a resposta para
saber quem é culpado é o clássico “de-
pende”.
As normas de trânsito são regidas
pela lei nº 9.503/97, chamada de Códi-
go de Trânsito Brasileiro (CTB). Na re-
ferida lei, o artigo 29, inciso II deter-
mina que o condutor deverá guardar
distância segura com o veículo da fren-
te:
“II - o condutor deverá guardar dis-
tância de segurança lateral e frontal en-
tre o seu e os demais veículos, bem co-
mo em relação ao bordo da pista, consi-
derando-se, no momento, a velocidade
e as condições do local, da circulação,
do veículo e as condições climáticas;”
(grifei)
Diante dessa norma, o Superior Tri-
bunal de Justiça (STJ) fixou entendi-
mento no sentido de presumir que o
culpado pela colisão traseira é o moto-
rista que bateu atrás.
Perceba que sublinhei a palavra
“presumir”, justamente porque a culpa
não é automática, ou seja, não se aplica
em todos os casos. Não é porque a pes-
soa bateu na traseira que será culpada
imediatamente. Em cada caso, o juiz
deverá analisar os fatos, as provas e jul-
gar de acordo com a realidade daquele
processo específico.
O entendimento do STJ é um dire-
cionamento aos juízes para que estes
apliquem a presunção de culpa ao con-
dutor que bateu na traseira, sempre
quando não há prova de que o condutor
da frente causou o acidente por impru-
dência, imperícia ou negligência.
Portanto, não havendo prova mate-
rial ou testemunhal de que o causador
pelo dano foi o motorista da dianteira, o
responsável pelo pagamento do con-
serto será o condutor que colidiu na tra-
seira.
N
Air Alves Moreira Junior
Advogado cível e trabalhista. Cursando Pós
graduação em Direito Público
Norminha
A consolidação das leis trabalhista
criada em 1943, previa em no seu artigo
508, que o empregado bancário sendo
devedor contumaz poderia ser demitido
por justa causa, o bancário tinha um tra-
tamento diverso das demais categorias,
o que causava entre os doutrinadores e
militantes na justiça do trabalho diver-
gência quanto a violação a isonomia,
pois punia um segmento específico de
empregados.
O empregado bancário quando era
demitido por justa causa devido às dívi-
das, ele entrava com uma ação pedindo
para transformar a demissão por justa
causa em demissão sem justa causa,
com isso o empregado poderia pedir as
verbas rescisória.
Essa situação perdurou até o ano de
2010 quando o então presidente da re-
pública Luís Inácio Lula da Silva san-
cionou a lei 12.347 que revogou ex-
pressamente o artigo 508 da CLT, fa-
zendo com que os bancários não pu-
dessem mais ser demitido por justa
causa por estar endividado. Os bancos
por sua vez vêm tentando contorna essa
legislação criando regimento interno,
onde prevê a demissão por justa causa
dos empregados que são inadimplentes
contumaz.
Por sua vez, o judiciário quando é
provocado para resolver o conflito entre
empregado e empregador, aplica o prin-
cípio da norma mais favorável para o
empregado, portanto os estatutos de
banco que possuem essas cláusulas
quando levado ao judiciário se tornam
não nulas.
Não há impedimento legal para que
as empresas façam buscas no sistema
de proteção de crédito para realizar
contratação de empregado, portanto
quem tem o nome inserido no sistema
de proteção de crédito poderá ser eli-
minado do processo seletivo.
Porém a empresa não pode usar co-
mo critério a situação financeira do em-
pregado para demiti-lo, configura-se
uma prática ilegal que poderá gerar re-
paração de dano. Pois o fato do em-
pregado estar com dívida não poderá
causar a ele qualquer limitação, seja
quanto a liberdade de locomoção, e-
missão de novos documentos, entre
outros.
Demitir empregado por estar com o
nome no sistema de proteção de crédito
configura uma prática ilegal pois a pró-
pria Consolidação das Leis Trabalhista
no seu artigo 482 elenca os motivos
que o empregador pode demitir o em-
pregado por justa causa, não cons-
tando nessa relação o empregado que
está com o nome no sistema de pro-
teção de crédito.
Ocorrendo a demissão por justa, de-
vido à dívida, cabe ao empregado repa-
ração por dano moral. Assim como de-
cidiu a 6° turma do tribunal Regional
do Trabalho 2° Região de São Paulo,
no processo que duas empregadas fo-
ram demitidas por estar endividadas.
A reparação do dano não tem a pre-
tensão de pagar o preço da dor, mas
sim impedir que essa prática se repita
em outras empresas. O empregado
possui após o fim do contrato de tra-
balho o prazo de 2 anos para propor a
ação. N
Autor: Valdinei Loiola Lorenzon
Técnico de Segurança do Trabalho
Bacharelando em Direito Norminha
De acordo com a Organização Mundial
de Saúde (OMS), a depressão é uma
das doenças mais frequentes na popu-
lação mundial, sendo um dos maiores
desafios enfrentados pela saúde públi-
ca atualmente.
PRINCIPAIS SINTOMAS:
Os principais sintomas relacionados
à doença são: dificuldade de concen-
tração, humor deprimido, pensamentos
negativos, diminuição do interesse em
quase todas as atividades realizadas,
lentificação motora e de fala, baixa au-
toestima, inquietação, alterações do so-
no, irritabilidade, perda da motivação e
vitalidade, sentimentos de inutilidade e
culpa e até mesmo a ideação suicida.
Dessa forma, é comum que o quadro
depressivo torne inviável o exercício da
atividade laborativa, levando ao afasta-
mento do trabalho. Nessas circunstân-
cias, o segurado possui direito ao auxí-
lio-doença e em casos mais graves, po-
de requerer até mesmo a aposentadoria
por invalidez. Mas você sabe o que é
necessário para requerer o benefício? A
seguir, vamos esclarecer essa e outras
dúvidas, por isso fique atento e garanta
o seu direito.
Requisitos para solicitar o auxílio-
doença
Para a concessão do auxílio-do-
ença, o trabalhador deve comprovar in-
capacidade temporária para as ativida-
des laborativas que eram habitualmente
exercidas, sendo por isso afastado do
trabalho por mais de 15 dias corridos
ou intercalados dentro do prazo de 60
dias, pela mesma doença.
Além disso, deve ter realizado no
mínimo doze contribuições à Previdên-
cia Social, com exceção dos segurados
que comprovem que a sua incapacida-
de é decorrente do ambiente de tra-
balho.
Com os requisitos preenchidos, o
trabalhador será submetido à perícia
médica para comprovar a incapacidade
e a possibilidade de reversão mediante
tratamento, que a caracterize como
transitória. Caso for verificado com o
decorrer do tempo que a doença não foi
curada, o segurado pode requerer a
conversão do seu benefício em aposen-
tadoria por invalidez.
É comum que os pedidos de auxílio-
doença sejam negados pela Previdên-
cia Social, bem como as solicitações de
conversão do benefício em aposenta-
doria por invalidez, mesmo sendo rea-
lizadas por trabalhadores que recebem
o auxílio por vários anos. Nesses ca-
sos, é possível entrar com recurso ou
processo judicial para assegurar a con-
cessão dos direitos. N
Kaíque Freire - Advogado
Auxílio Doença para pessoas que sofrem com a depressão
PROJETO ‘TECNOLOGIAS E ARTES EM REDE: TECNOLOGIAS LIVRES’ PROPÕE UMA INOVAÇÃO DO FAZER
A segunda edição do projeto Tecnologias e Artes em Rede, realizado em 36 unidades do Sesc SP, traz para a São José do
Rio Preto oficinas e bate-papo tendo como tema as tecnologias livres
Senac Jaboticabal oferta cursos inéditos em julho
Para o período de férias, unidade tem mais de 340 vagas disponíveis em
capacitações de diversas áreas; inscrições podem ser feitas pelo site da instituição
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Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 522 - 06/06/2019 - Fim da Página 11/12
Norminha
Durante todo o mês de junho, as
diversas tecnologias livres, do analógi-
co ao digital, ganham destaque em
mais de 130 atividades, em 36 unida-
des do Sesc na capital, no interior e no
litoral do estado de São Paulo, na ação
“Tecnologias e Artes em Rede: Tecno-
logias Livres”. Essa é a segunda edição
do projeto “Tecnologias e Artes em Re-
de”. Na primeira, que aconteceu em se-
tembro de 2018, o tema foi “As Mulhe-
res e as Tecnologias”. Na ocasião, os
ETAs - salas-laboratório disponíveis
nas unidades do Sesc – ofereceram
uma intensa programação que visava o
fortalecimento e a valorização da auto-
nomia feminina.
Mas o que são tecnologias livres?
As tecnologias proprietárias são estru-
turadas por códigos fechados e confe-
rem licenciamento com direitos exclu-
sivos para seu produtor. Já as tecno-
logias livres permitem que seus usuá-
rios intervenham livremente em seu
funcionamento adaptando-as para suas
necessidades, estimulando o comparti-
lhamento de resultados, de modo que
toda a comunidade se beneficie. Para
isso oferecem acesso ao código fonte,
com a possibilidade de compartilha-
mento de cópias.
No Sesc Rio Preto a programação é
composta por bate-papo e oficinas,
com o objetivo de estimular o público a
inovar os usos de objetos, consertar
coisas, criar produções artísticas, gam-
biarras, dispositivos e softwares, de
forma que o mesmo se aproprie das
tecnologias e coloque-as a seu favor,
criando soluções que possam ser com-
partilhadas. Assim, artistas, técnicos e
pesquisadores apresentam atividades
que giram em torno de temas como har-
dware livre, software livre, direitos au-
torais, design aberto, inteligência cole-
tiva, mídias livres e ciências de dados.
Um dos destaques da programação
é o bate-papo com Francisco Scanferla,
especialista em mundo linux, deepweb
e criptomoedas que juntamente com
Danilo Massoni, membro da rede mun-
dial FabLab e do Laboratório da Escola
Sesi Rio Preto e Lucas Padilia, confuda
dor do Capivara Hacker Clube, falam
sobre temas como a cultura livre, ou do
faça você mesmo, robótica, educação
maker, entre outros.
Ainda, as oficinas Música em 8 bits
com arduino, Tangram, Quadro 3D e
Balão junino com led, compõe o quadro
de atividades.
Princípios como os das tecnologias
livres são fundamentais para promover
o protagonismo e a autonomia das
pessoas. Nos ETAs, os públicos do
Sesc são regularmente estimulados a
subverter os usos e consertar objetos,
criar dispositivos, gambiarras e softwa-
res, apropriando-se das tecnologias pa-
ra colocá-las a seu favor, buscando so-
luções que possam ser compartilhadas.
Toda a programação do Sesc Rio
Preto é gratuita e pode ser consultada
no portal sescsp.org.br/riopreto, só é
necessário observar a forma de partici-
pação, pois as vagas são limitadas e
algumas atividades necessitam de ins-
crição ou retirada de senha de partici-
pação.
Você conhece o ETA?
O Sesc São Paulo conta com 44 uni-
dades no estado que desenvolvem pro-
gramações em diversos formatos e lin-
guagens, entre eles, os cursos e ofici-
nas de artes visuais e tecnologias. Nes-
sa ampla rede de ação socioeducativa,
37 unidades dispõem do Espaço de
Tecnologias e Artes, o ETA. Tratam-se
de salas-laboratório dedicadas a práti-
cas de viés educativo que utilizam su-
portes tecnológicos e/ou digitais. Ori-
entando as ações do ETA, o Programa
de Tecnologias e Artes propõe a inter-
secção de materiais, processos e inspi-
rações provindos de diversos contextos
– o que inclui os fazeres realizados, por
exemplo, na garagem do avô, no ateliê
do artista, nos hack, fab e media labs, e
também nos maker e tinker spaces.
Com isso, busca-se explorar as mais va
Informações/Inscrições (81) 3427-4775 / 3241-3843
riadas possibilidades das mídias digi-
tais, com destaque para: fabricação di-
gital, software livre, hackerismo, cultura
digital, audiovisual (som, vídeo e luz),
fotografia, design, inclusão e letramen-
to digital, editoração, animação, moda,
marcenaria, games e inovações na ci-
dade. Para a realização de suas ativi-
dades, o ETA dispõe de equipes de edu-
cadores especializados, que propõem
cursos, oficinas, vivências e instala-
ções. Ao fazê-los, procuram valorizar a
convivência, a diversidade, o protago-
nismo, a autonomia e a reflexão criativa
e crítica. A fim de potencializar ainda
mais suas ações, o ETA convida artis-
tas, educadores e pesquisadores para
desenvolver propostas e cursos espe-
cíficos
PROGRAMAÇÃO
BATE-PAPO TECNOLOGIAS LIVRES
Com Francisco Scanferla, especia-
lista em mundo linux, deepweb e crip-
tomoedas; Danilo Massoni, membro da
rede mundial FabLab e do Laboratório
da Escola Sesi Rio Preto e Lucas Pa-
dilia, cofundador do Capivara Hacker
Clube.
Serão abordados temas da cultura
livre como software e hardware livres,
cultura do “faça você mesmo”, robótica,
a educação maker, a criação artística e
gambiarras.
Dia 7, sexta, 19h às 21h. Espaço de
Tecnologias e Artes. 15 Vagas. Grátis
14 anos. Inscrições no local.
OFICINA
MÚSICA EM 8 BITS COM ARDUINO
Com educadores do Espaço de Tec-
nologias e Artes.
Desenvolvimento de um protótipo
de um mini tocador de música estilo 8
bits que plugado à entrada USB de um
computador executa músicas progra-
madas na memória de um Arduíno.
Dias 8 e 9, sábado e domingo, 15h
30 às 18h30. Espaço de Tecnologias e
Artes. 15 vagas. Grátis. 14 anos. Entre-
ga de senhas no local da atividade com
30 minutos de antecedência.
OFICINA TANGRAM
Com educadores do Espaço de Tec-
nologias e Artes.
Aprenda a confeccionar um Tan-
gram, jogo de raciocínio que estimula a
criatividade e possibilita a criação de
diversas formas e figuras, a partir de
peças soltas em formatos geométricos.
Dias 1 e 2, sábado e domingo, 16h às
18h. N
Norminha
Para quem busca uma nova área de
atuação ou aprimoramento no currículo
em um curto período de tempo, o Senac
Jaboticabal está com inscrições abertas
para diversos cursos que acontecerão
durante as férias de julho. São 21 opor-
tunidades, com turmas nos períodos da
manhã, tarde e noite.
Entre os destaques da programação,
na área de gestão e negócios, está o
curso Gestão da Logística no E-com-
merce. Inédita na unidade, a formação
capacita o aluno para realizar operações
logísticas em e-commerce nos mais
variados segmentos. “É uma ótima o-
portunidade para quem trabalha com a-
tividades operacionais ou de coordena-
ção e também para quem deseja aper-
feiçoar a visão da cadeia logística. O
curso ainda é voltado para quem quer
investir na formação continuada”, diz
Danilo Leal, coordenador da área de ges
tão e negócios do Senac Jaboticabal.
Outra opção inédita nessa área é a de
Dinâmicas de Grupo com Foco em
Competências. Com direcionamento
para atuação em recursos humanos, o
curso prepara o participante para coor-
denar atividades em grupo para treina-
mento ou seleção de equipes de traba-
lho, com foco em competências com-
portamentais.
Há também oportunidades na área de
comunicação e artes, como Oficina de
Canto, que oferece ao aluno bagagem
para empregar técnicas vocais e respi-
ração adequada para um resultado efe-
tivo. Entre os temas abordados em sala
de aula, estão os estilos de canto para
os diversos tipos de música, como eru-
dito, pop, soul, MPB, entre outros, aten-
dendo às expectativas de quem deseja
profissionalizar-se na profissão ou a-
prender a cantar.
www.sp.senac.br/jaboticabal N
Impactos da Nanotecnologia geram um leque de ações desenvolvidas pela Fundacentro
Senado aprova MP que combate fraudes e melhora a qualidade dos
gastos na Previdência O Senado Federal aprovou em Plenário, na noite da segunda-feira (3/5), a Medida
Provisória (MP) 871, que tem o objetivo de combater fraudes, melhorar a qualidade
dos gastos na Previdência Social e reduzir a judicialização de temas previdenciá-
rios. A expectativa do governo é que a medida gere uma economia de R$ 9,8 bilhões
nos primeiros 12 meses de vigência.
“Quem ganhou hoje foi o Brasil. O parlamento está demonstrando que essa é
uma pauta da sociedade brasileira. O parlamento tem feito um trabalho extraor-
dinário”, disse o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da E-
conomia, Rogério Marinho, ao final da votação. Ele ressaltou que a MP 871 é um
dos pilares da construção da Nova Previdência, que inclui também a Proposta de
Emenda à Constituição (PEC) 06/2019, que aperfeiçoa o sistema de Previdência
Social; e o Projeto de Lei nº 1.646/2019, de cobrança de grandes devedores. “É um
processo de equidade e justiça contributiva que vai possibilitar um impacto fiscal,
iniciando um ciclo virtuoso em nosso país”, ressaltou. N
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Norminha
A Fundacentro - Centro Estadual de
Santa Catarina desenvolve diversas ati-
vidades relacionadas à saúde e segu-
rança no trabalho, dentre essas ativida-
des destaca-se as ações relacionadas
ao tema Nanotecnologia.
A nanotecnologia atua em vários
campos da ciência e da tecnologia, os
quais englobam áreas de pesquisa co-
mo medicina, eletrônica, ciência, ciên-
cia da computação e na engenharia dos
materiais, entre outros.
No campo da segurança e saúde no
trabalho, as discussões sobre as nano-
tecnologias e os nanomateriais trazem
novos desafios para compreender e a-
nalisar os possíveis riscos à saúde e
segurança dos trabalhadores, consumi-
dores e ao meio ambiente.
Os tecnologistas da Fundacentro si-
tuada em Florianópolis, Valéria Soares
Ramos Pinto e José Renato Alves Sch
midt realizam e participam de iniciati-
vas relacionadas aos impactos da na-
notecnologia e outras novas tecnolo-
gias na saúde dos trabalhadores e meio
ambiente. Este ano, os especialistas
foram docentes de um minicurso sobre
o tema, no I Congresso Sul-Brasileiro
de Segurança e Saúde do Trabalho –
SulSST.
Também esteve presente no evento,
representando a presidente da institui-
ção, Marina Brito Battilani, o tecnolo-
gista Leo Vinicius Maia Liberato que
compôs a mesa de abertura. “Um Con-
gresso, além dos cursos e das palestras
que geralmente ocorrem neste tipo de
evento e encontros, ganha destaque a
troca de experiência e conhecimento
entre os especialistas de diversas á-
reas”, salienta Léo Vinicius.
Frisa ainda que o tema da Campanha
Nacional de Prevenção e Acidentes de
Trabalho (Canpat2019) “Gestão de Ris-
cos Ocupacionais - o Brasil contra aci-
Em Santa Catarina, servidores
participam de eventos, ministram
cursos e lançam projeto de avaliação
de risco envolvendo nanomateriais
dentes e doenças do trabalho”, é impor-
tante para refletir e implementar medi-
das de prevenção de acidentes. “Existe
um slogan internacional que diz `Lem-
bremo-nos dos mortos e lutemos pelos
vivos´. A ciência não alcançará o seu
objetivo, senão valorizarmos a vida dos
trabalhadores”, comenta Liberato.
O tecnologista Arthur Carlos da Sil-
va Moreira foi o mestre de cerimônia e
participou da solenidade de posse da
diretoria dos Engenheiros sem Frontei-
ras.
Próximo evento
Sob coordenação técnica da tecno-
logista Arline Abel Arcuri, a Funda-
centro localizada em São Paulo reali-
zará nos dias 16 a 18 de julho de 2019,
das 8h30 às 17h30, o "Curso “Nano-
tecnologia", Novas Tecnologias e Im-
pactos na Saúde do Trabalhador”, os
servidores Valéria Pinto e José Schmidt
serão docentes no curso.
O curso tem como intuito apresentar
possíveis impactos das novas tecnolo-
gias e, sobretudo, das nanotecnologias
no mundo do trabalho. Além disso, os
docentes pretendem contribuir para que
sejam tomadas medidas de prevenção
de acidentes e doenças possivelmente
provocadas pela exposição dos traba-
lhadores a materiais na escala nano-
métrica.
Projeto
Dando continuidade aos projetos da
Fundacentro de Santa Catarina relacio-
nados ao tema nanotecnologia, José
Schmidt, lança este ano o projeto:
CESC.002.2019 - Desenvolvimento de
um método de avaliação qualitativa pa-
ra avaliação de risco envolvendo nano-
materiais para laboratórios de pesqui-
sas.
O objetivo do projeto é desenvolver
uma rede Bayesiana que permite avaliar
o risco ocupacional na manipulação
das nanoestruturas metálicas de dife-
rentes formas e tamanhos para ser a-
plicado em laboratórios de pesquisas.
A justificativa do projeto indica que, de
acordo com a Organização Internacio-
nal do Trabalho (OIT), aproximada-
mente 20% de todos os produtos ma-
nufaturados no mundo utilizarão com-
ponentes com nanotecnologia.
O especialista é formado em enge-
nharia ambiental, pós-graduado em en-
genharia de segurança do trabalho,
mestrado em engenharia ambiental e
atualmente é doutorando no Programa
de Pós-Graduação em Engenharia Am-
biental (PPGEA) da Universidade Fede-
ral de Santa Catarina (UFSC). O seu
interesse pelo tema “nanotecnologia”
surgiu ao assistir a palestra da pesqui-
sadora Arline Arcuri, em 2013, no Con-
gresso Nacional de engenharia de se-
gurança (CONEST).
Diante disso, nesta semana, Schmi-
dt fez exame de qualificação de douto-
rado, do projeto intitulado “Nanorisk
um modelo para avaliação do risco o-
cupacional”. O objetivo é desenvolver
um modelo probabilístico para avalia-
ção do risco ocupacional envolvendo
nanomateriais. Este exame de qualifica-
ção teve a participação como membro
da banca, o servidor Luís Renato Balbao
Andrade, da Fundacentro do Rio Gran-
de do Sul (CERS).
N
Norminha
Com o objetivo de fortalecer laços com
as autoridades chinesas, a Associação
Brasileira de Proteína Animal (ABPA),
em parceria com a Agência Brasileira de
Promoção de Exportações e Investi-
mentos (Apex-Brasil), participou ao
longo da última semana da China Inter-
national Food, Meat and Aquatic Pro-
ducts Exhibition (FMA 2019), realizada
entre os dias 29 e 31 de maio, em Xan-
gai, China.
Representada pela coordenadora de
acesso a mercados da associação, Bru-
na Kassama, e com a participação de
BRF e Seara, a ABPA contou com um
espaço institucional exclusivo no even-
to, e participou de encontros com sta-
keholders e membros de órgãos do go-
verno chinês.
Ao mesmo tempo, a entidade distri-
buiu materiais promocionais em man-
darim para o público altamente qualifi-
cado do evento, com informações sobre
as empresas e os diferenciais produti-
vos do Brasil, como a qualidade dos
produtos, o status sanitário e o perfil
sustentável do setor.
“Diferente de outros eventos estrita-
mente comerciais, as ações da ABPA na
FMA China se voltaram para o estrei-
tamento de relações com personagens
importantes para o setor produtivo do
Brasil na China. Nosso objetivo foi cla-
ro: demonstramos que o Brasil é um
porto seguro no auxílio à segurança ali-
mentar chinesa”, disse em comunicado
Francisco Turra, presidente da ABPA.
Evento com forte caráter político e
comercial, a FMA China é organizada
com o apoio do Ministério do Comércio
da República Popular da China e pela
Administração Geral das Alfândegas da
PRC (Administração Geral Original de
Supervisão de Qualidade, Inspeção e
Quarentena da República Popular Chi-
nesa). Paralelamente, a ABPA também
participou do International Import & Ex-
port Food Policy, Laws and Regulations
Summit (IFPS). N Carnetec
ABPA fortalece alianças durante a FMA China 2019