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Revista

Brasília, Nov | Dez. 2015 Ano II Ed.14

Skatista brasiliense vence obstáculos e é referência de sucesso no esporte

Equilibrando sonhos

DEITEI PARAREPOUSAR E ELE MEXEUCOMIGO

Pinturas deFÁBIO BAROLI

Até 21 de dezembro, no Centro Cultural Banco do Brasil – Brasília

Ministério da Cultura apresentaBanco do Brasil apresenta e patrocina

Realização

Nos termos da Portaria 3.083, de 25.09.2013, do Ministério da Justiça, informamos que a Licença de Funcionamento deste CCBB tem número 00340/2011, com prazo de validade indeterminado.

DEITEI PARAREPOUSAR E ELE MEXEUCOMIGO

Pinturas deFÁBIO BAROLI

Até 21 de dezembro, no Centro Cultural Banco do Brasil – Brasília

Ministério da Cultura apresentaBanco do Brasil apresenta e patrocina

Realização

Nos termos da Portaria 3.083, de 25.09.2013, do Ministério da Justiça, informamos que a Licença de Funcionamento deste CCBB tem número 00340/2011, com prazo de validade indeterminado.

EDIT

ORI

AL

EXPEDIENTE

Esta última edição de 2015 traz na capa um ídolo do skate nacional e internacional, Felipe Gustavo, com uma história de lutas, derrotas e conquistas. Incentivo aos aspirantes de qualquer esporte, esta história suscitou emoções que nos levaram a revelar nesta edição especial de fim de ano, um jovem profissional talentoso e determinado.

Empreendedorismo social também é pauta desta última edição, com um exemplo digno de uma profissional sonhadora, dona de uma escola de dança em Brasília. Conheça a história de Noara Beltrami e seu proje-to social junto a alunos carentes da cidade.

Em nossa editoria Coluna ECO, fontes sustentáveis de energia têm sido um dos principais temas abordados. No Brasil e no mundo esta é uma pauta de discussão e preocupação entre governos e população. Neste sentido, uma ONG desenvolve métodos lúdicos de conscientizar as pessoas sobre a importância da energia solar. Leia na matéria sobre este projeto idealizado pelo Greenpeace.

A equipe Di Rolê agradece àqueles que acompanharam o trabalho dedicado que desenvolvemos em 2015 e deseja à você, leitor, um belo final de ano e um feliz ano novo. Até 2016!

JÚLIA DALÓIADiretora Executiva

Revista Di Rolê

Jornalistas: Bianca Bruneto, Bianca Ramos, Giulia Roriz, Kirk Moreno, Juliana Mendes, Mariana Dâmaso, Ludmilla Brandão, Priscilla Teles e Thalyne Carneiro.Fotografia: Carlos Eduardo Jr. e Ítalo AmorimProjeto Gráfico e Diagramação: Gueldon BritoDiretora executiva: Júlia Dalóia

EsPAço Do leitoR

Expresse sua opinião, sugestão ou comentário acerca das matérias abordadas nesta edição.

Envie sua sugestão de pauta para o email: [email protected]

/revistadirole @revistadirole

www.arevistadirole.com.br

Sum

áRIONovA foRMA sAuDávEL DE CoNsuMIR

açaí conquista BRasília6

viaJaR: melhoR investimento EM TEMPos DE CRIsE10

foI TuDo um sonho 16

camPeão Do LAGo PARANoá 12

DoR, DE sER 24

uM ToquE DE TEMPERo em um munDo De PalavRas 8

PRoJeto sustentável PeRmite a PRoDução DE AGRICuLTuRA E hIDRoPoNIA DENTRo DE CAsA14

escola De Dança De BRasília ofERECE BoLsAs PARA MENINos E MENINAs CARENTEs22

solaRize-se Já!18

eu vi 26

PRática Do meRGulho TEM sE ToRNADo CoMuM EM BRAsÍLIA 20

Nova forma saudável de consumir açaí

conquista BrasíliaO Cilindro Açaí foi criado por um brasiliense que conseguiu embalar um produto saudável

para o consumo prático dos clientesPor Kirk Moreno

quERo CoMER

6 Nov|Dez 2015 | Revista Di Rolê6 NOv|DEz 2015 | Revista Di Rolê

Produto 100% natural, com embalagem prática e de

fácil armazenamento, a marca Cilindro Açaí está conquis-tando cada vez mais o público do Distrito Federal. Há seis anos no mercado, a invenção diferencia-se por ser prática e saudável, já que contém menos açúcar e mais fruta, em relação a outras marcas ven-didas no mercado.

A ideia de armazenar o açaí com textura cremosa den-tro de uma embalagem do tradicional “dim-dim” foi do brasiliense Igor Fonseca, 29 anos. Tudo começou em 2009, quando o empresário largou a graduação em Educação Fí-sica para se dedicar ao curso técnico de Processos Geren-ciais de Empresas. Daquele tempo até hoje o empreende-dor nato arriscou-se em negó-cios como produção de festa e até venda de biquíni. Com o passar do tempo, o jovem chegou na área de produtos saudáveis, batendo de porta em porta para vender salada

de frutas. Porém, foi no açaí a sua melhor aposta.

“Deu certo logo de cara. Fui levando pequenas porções para campeonatos de jiu-jitsu, futevôlei e os clientes sempre elogiavam com feedbacks po-sitivos e de incentivo. A partir daí eu me capacitei cada vez mais lendo livros, participan-do de cursos no Sebrae, e fui tomando gosto pela área. Aí decidi que o açaí seria o meu principal negócio”, revela Igor.

Devidamente capacitado, o primeiro passo para criar a empresa foi a definição da missão. “Queremos incentivar a população a adicionar o açaí na sua alimentação diária de forma prática e saudável. Nosso produto é 100% natural e entregamos em domicilio, com formas exclusivas de re-lacionamento junto aos clien-tes”, conta o empresário.

Com a empresa crescendo e sempre mantendo a qualida-de, a primeira loja foi inau-

gurada em 2012 na cidade. Atualmente, são mais de 35 revendedores do produto pelo DF, além de cinco parcei-ros com freezer da marca em seus estabelecimentos e que também ajudam na distribui-ção dos produtos.

A última novidade da marca é a “pack”, caixa com doze unidades para quem pretende estocar e criar várias receitas para consumo próprio, além de oferecer para visita, família e amigos. Para 2016, a empre-sa pretende lançar um segun-do produto, que é o Cilindro Açaí sem adição de açúcar. Já para um futuro próximo, a ideia é expandir a venda do produto para outros Estados e até à exportação.

Se ainda não conhece o Ci-lindro Açaí, a loja fica no su-doeste (CLSW 104, bloco B, loja 67, subsolo), aberta das 09h às 18h. Também é possível solicitar o serviço de entrega, por meio do telefone (61) 8460-6619.

quERo CoMER

Revista Di Rolê | Nov|dez 2015 7

LITERATuRA

Um toque de tempero em um mundo de

palavrasO amor pela gastronomia e o gosto por bons livros reúne

jovens em um clube do livro inspirador

Por Giulia Roriz

8 Nov|Dez 2015 | Revista Di Rolê

LITERATuRA

O prazer de ler é algo in-comparável para muitos.

Compartilhar desse prazer com pessoas que também têm o mesmo gosto é ainda melhor, de acordo com um grupo de jovens de Brasília. Pensando nesta ideia, a nu-tricionista Maína Pereira teve a iniciativa de criar um clube do livro, em que os temas são centrados em um gosto co-mum: a culinária! A ideia sur-giu durante a faculdade, mas ficou “guardada na gaveta” por muito tempo e, em 2012, foi colocada em prática. “O grupo surgiu pra discutir so-bre alimentação e os dilemas que as pessoas enfrentam na vida moderna. No grupo nós podemos discutir com outras pessoas sobre estes e outros assuntos relacionados à gas-tronomia em seus diversos aspectos”, comenta a idealiza-dora do projeto.

Os participantes utilizam li-vros literários com a temática alimentar, mas que não são, necessariamente, livros técni-cos de nutrição, por exemplo. “A gente tenta enxergar a alimen-tação não como um aspecto biológico apenas, mas como algo social também”, explica Maína. A escolha dos livros deve ser unânime, em que qualquer participante pode dar suges-tões. “O diferencial do grupo é que a gente procura mesclar a alimentação em toda a sua complexidade, como um conto, a questão do afeto, a questão política, e etc...”, cita Rafael Rio-ja, membro do grupo.

As reuniões acontecem nor-malmente no Sebinho da 406 Norte e são marcadas via Wha-tsApp. Para participar, basta entrar em contato com os or-ganizadores pela fanpage no Facebook e demonstrar inte-

resse, já que o grupo é aberto a qualquer um que queira aprender e compartilhar co-nhecimentos. Apesar de pa-recer ser específico, o público abrange desde nutricionistas e estudantes da área, até chefs de cozinha, jornalistas e donas de casa. “O grupo é comple-tamente aberto pra qualquer um que se interesse. É legal ter esse outro olhar de pessoas que não estudaram nutrição”, explica Rafael.

E o projeto não ficou apenas em Brasília. Por meio de um dos membros, a iniciativa che-gou até Belém do Pará e, via facebook, todas as reuniões são documentadas com regis-tros fotográficos e textos. Para descobrir um pouco mais desse mundo fantástico da leitura colaborativa acesse: https://www.facebook.com/temperode-palavras .

Carlos Eduardo Jr.

Revista Di Rolê | Nov|dez 2015 9

Viajar: melhor investimento em tempos de crise

Mesmo com a instabilidade do dólar é possível desbravar destinos nacionais e internacionais

PRóXIMA PARADA

Por Kirk Moreno

Em tempos de crise finan-ceira no país é comum ficar

em dúvida se realizar aquela viagem tão desejada é real-mente a melhor opção no momento. Como a previsão monetária é de incertezas para 2016, a Di Rolê consultou alguns especialistas e reuniu aqui algumas dicas para você economizar e não deixar para 2017 a viagem que pode ser feita em 2016.

Se a situação estiver realmen-te apertada, existem locais próximos à capital federal

com preços baixos, ideais para aproveitar as férias e contemplar a natureza. Duas boas opções, por exemplo, são Pirenópolis (130 km de Brasí-lia) e a Chapada dos Veadeiros (250 km).

Para aqueles que já conhecem estes famosos locais ao redor de Brasília e querem desbra-var outros lugares, que tal começar a pensar em locais alternativos Brasil a dentro? Ao invés de praias famosas, outra alternativa é aproveitar o sol no Espírito Santo - lito-

ral mais próximo de Brasília -, como em Iriri ou Torres, ou ainda em praias menores do Nordeste.

“A alimentação nesses lo-cais é barata. O que sai um pouco do orçamento são passeios tur ís t icos , mas mesmo assim são preços amigáveis para quem está acostumado a morar em cidades com custo de vida elevado, como Brasília”, conta Amanda Santiago, editora de conteúdo do site Quanto Custa Viajar.

10 Nov|Dez 2015 | Revista Di Rolê

PRóXIMA PARADA

Com o dólar em alta, as opções Brasil afora fica restrita, mas não impossível. Segundo o Quanto Vai Custar, gastam-se cerca de R$62 por dia viajan-do para algumas cidades da Colômbia, como Medellin e Bogotá. Já em Portugal o valor aproximado chega a R$ 211/dia, tornando-se um destino barato na Europa, assim como a Cracóvia e Bucareste, por exemplo, que ficam no leste europeu. Outro destino econô-mico é a Tailândia, na Ásia, que tem sua moeda desvalorizada em relação ao real, em que R$1 equivale aproximada-mente 9 baht, moeda do país. O problema encontrado é o preço da passagem, que pode chegar a mais de R$4 mil, de-pendendo da época do ano.

Priscila Teles, jornalista da Di Rolê, tem experiência nesta busca por passagem ao país asiático e a procura por preços baixos em sites especiali-zados, como o Skyscanner e Melhores Destinos, era feita pelo menos três vezes ao dia desde janeiro de 2015. Além da antecedência e disponibili-dade de tempo foi preciso op-tar pelo stopover, um tipo de conexão voluntária no meio do caminho para conseguir economizar até a metade do preço na hora da compra dos bilhetes aéreos.

“Na data em que eu fechei a passagem, em abril de 2015, o dólar teve uma queda. A cota-ção do dólar é importante de se levar em consideração an-

tes da compra. Eu vou e volto por Abu Dhabi (Emirados Ára-bes), só que no retorno farei o stopover. Mas nem sempre fazer a conexão de mais tem-po em uma cidade é a melhor opção para se economizar. Nesse caso, a passagem esta-va cerca de R$5.550 e conse-gui comprar por menos R$3 mil”, ressalta Teles, que no ro-teiro de um mês de viagem vai fazer trabalho voluntário com elefantes, além de conhecer também o Camboja e o Vietnã.

Mesmo com a atual situação econômica do País e a cres-cente alta do dólar, a Di Rolê dá algumas dicas que te aju-darão a economizar, afinal, o mais importante é conhecer o mundo, desbravar e viajar.

1. Escolher períodos de baixa temporada é a melhor opção para quem está com o orçamento reduzido;

2. Comprar as passagens com alguns meses de antecedência e optar pelo stop-over podem ajudar a baratear o valor final dos seus bilhetes;

3. Albergues e hostels, ou até um aparta-mento privado podem sair mais barato no seu orçamento, mas nossa principal dica de economia é o couch surfing (sistema de hospedagem na casa de pessoas que dispo-nibilizam espaços e os anunciam em sites);

4. Fazer seu próprio roteiro de passeios saem sempre mais em conta que ônibus

ou passeios turísticos organizados por empresas;

5. Pesquisar os dias em que as atrações turísticas saem de graça, como museus por exemplo, é uma boa opção para eco-nomizar uma graninha;

6. Pesquisar passeios pela internet é na maioria das vezes a melhor opção, uma vez que a maioria dos sites oferece des-contos para compras on-line;

7. Levar um kit viagem é fundamental para evitar gastos desnecessárias que poderão sair caro no seu orçamento, como remédios, itens de higiene pes-soal, etc.

Revista Di Rolê | Nov|dez 2015 11

Campeão do Lago Paranoá

EsPoRTE

Por Thalyne Carneiro

Classificado na 10º posição do River Sup Games, brasiliense se prepara para a próxima competição em novembro

12 Nov|Dez 2015 | Revista Di Rolê

EsPoRTE

Obrasiliense Rafael Maia pôde comemorar mais

uma vez ao voltar para casa. Em agosto, o também instru-tor da modalidade, participou do 2° River Sup Games, cam-peonato de Stand Up Paddle que aconteceu em Foz do Iguaçu, no Paraná. Tendo a hidrelétrica como paisagem, Rafael disputou a modalidade de Race Sprint Olímpico e se classificou em 10º lugar. O próximo desafio será em Flo-rianópolis, na terceira edição da Battle of the Paddle, nos dias 18 a 22 de novembro.

O Stand Up Paddle ou Sup é um esporte individual prati-cado em cima de uma pran-cha, onde o atleta fica em pé enquanto rema. Pode ser praticado em rios, no mar ou, como no caso de Brasília, em lagos. O Rafael pratica a atividade há cinco anos, com-petindo nos diferentes am-bientes propícios ao esporte.

“As competições são em todo tipo de água; mar, ondulação, tem até um modelo de rafting, que é descendo pelo meio das correntezas, no meio das pe-dras”, explica. “No começo eu sentia muita dificuldade, por morar em Brasília e aqui não ter onda. Hoje em dia já não sinto tanta dificuldade igual à antes. A gente consegue simular bastantes situações de mar com a ajuda da lancha e treinando em tempestades. Para trabalhar esse lado do surfe, do movimento de ondu-lação e do vento.”.

Essa não é a primeira boa classificação do atleta. Neste ano o Rafael foi o campeão brasiliense da modalidade e em 2013, ele alcançou a se-gunda posição na pontuação final do Ranking Nacional de longa distância e de Sprint, que são os pontos acumula-dos com os resultados das competições do ano todo.

Segundo ele, só houve uma competição em que não se saiu bem e foi obrigado a desistir. “Teve uma prova em que eu passei muito mal, o ‘Rei de Búzios’. As condições eram muito difíceis, tinha muita on-dulação, eu caía muito, estava com um equipamento que eu não tinha me adaptado ainda. Acabei abandonando a prova, cheguei a vomitar várias ve-zes“, conta.

Para quem tem vontade de competir também, o Rafael, que também é professor, avi-sa: “Precisa de um bom au-xiliar, uma pessoa experien-te que já competiu muito e muito treinamento.“ Além disso, também é preciso um equipamento mais específico, diferente daqueles que se aluga em vários clubes de Brasília. ”As pranchas profis-sionais são bem diferentes. Elas são maiores, mais estrei-tas e mais leves“, explica.

fotos Ítalo Amorim

Revista Di Rolê | Nov|dez 2015 13

Projeto sustentável permite a produção

de agricultura e hidroponia dentro

de casa

Por Mariana Dâmaso

Estas serão as alternativas do futuro para espaços urbanos reduzidos

Aquaponia é um sistema integrado de cultivo de

peixes e plantas, a partir de um sistema compacto de água circulante. Essa tecno-logia teve início entre os sé-culos XI e XII com os astecas, que viviam às margens do rio Tenochtitlan e criaram uma ilha flutuante para recolher arbustos, galhos e fibras. Os egípcios e chineses também cultivavam peixes cavando lagos e recolhendo frutos para seu próprio proveito.

O objetivo da criação do pro-jeto, atualmente, é a redução de gastos com a agricultura, diminuição de produtos quí-micos, reaproveitamento de água e possibilidade de pro-duzir alimentos frescos inde-pendente da estação, garan-tindo assim uma alimentação viva e saudável para todos. A verticalidade do design per-mite que adeptos cultivem

CoLuNA ECo

quaisquer hortaliças conven-cionais, legumes, temperos, ervas medicinais, etc.

E m S ã o Pa u l o , a aquaponia além de ser um projeto sus-tentável é também usada como ferra-menta educativa em salas de aulas, promo-vendo integração entre os alunos, trabalho em equipe e ensinamento prá-tico das matérias de Biologia, Química e Física.

Entenda como o projeto fun-ciona

Esta tecnologia é livre de pesticidas e fertilizantes quí-micos, utiliza até 90% menos água que a agricultura con-vencional e outros recursos naturais, sendo uma excelen-te solução para ambientes ur-banos como casas e prédios.

Uma bomba silenciosa de aquário recircula a água enquanto bactérias naturais são responsáveis por conver-ter os resíduos dos peixes em alimentos para as plantas. Os peixes disponibilizam 10 dos 13 nutrientes essenciais para as plantas.

Para produzir esse material em casa é necessário um local que fique exposto a mais ou

14 Nov|Dez 2015 | Revista Di Rolê

CoLuNA ECo

menos 4 horas de luz solar, energia elétrica e fonte de água potável. Entre os itens de manutenção estão a bomba de aquário, comida para os peixes e canos que interligam a caixa de hortaliças com a do peixe.

É possível utilizar a aquaponia de dois jeitos diferentes: com hidroponia e agricultura or-namental – apenas para deco-ração do ambiente – ou como fonte de alimento, onde os peixes e hortaliças serão pro-duzidos para consumo próprio.

Países como a Austrália e os Estados Unidos já adotaram esse sistema, mas o Brasil não está tão longe de se

tornar mais um adepto de questões sustentáveis. Em São Paulo é possível encon-trar lugares e pessoas que adotaram uma forma mais saudável de se alimentar.

Um exemplo é o empresário André Figueira, que adotou a aquaponia por ser um projeto possível de se realizar em am-bientes pequenos, como casas e para mostrar à sua filha, que se tornou vegetariana, que é possível produzir seu alimen-to em casa e de forma saudá-vel. “Adotei por ser pequeno e caber em ambientes menores, como a minha casa, e por ser livre de produtos químicos,” ressalta.

A aposentada Maria Apareci-da também adotou a medida para melhorar a alimentação. “Quando comemos fora não sabemos como se dá a pro-dução daquele alimento e, ao produzi-lo em casa, temos a certeza que é saudável e livre de toxinas.”

Para conhecer mais sobre o tema e/ou produção e se tornar um adepto ao projeto são disponibilizados on-line cursos, palestras e fóruns para debater um tema que não é atual, mas que ainda vai ren-der muitos frutos positivos. Informe-se e seja “ECO” você também: www.aquaponiaur-bana.com.br .

Hortaliças Diversas100% Orgânicas

Os peixes são alimentados e geram amônia em seus resíduos. Muita amônia é tóxica, mas no sistema ela é transformada em alimento para as plantas. As bactérias estão presentes na cama de cultivo e no tanque dos peixes. Há dois grupos de bactérias, os quais transformam a amônia em nitrito e depois em nitrato, que alimenta as plantas. As plantas recebem o nitrato, transformando-o em alimento e nutrientes. Plantas e peixes podem ser consumidos, gerando segurança alimentar, renda e saúde.

Bomba de Oxigenação

Cama de Cultivo

Tanque dos Peixes

Bomba de circulação

da água

Ciclo de águaCiclo de nutrientesCiclo do nitrogênio

Proteína Animal 100% Saudável

Associação Aliança Luz www.aliancaluz.org

SISTEMA DE AQUAPONIA

Revista Di Rolê | Nov|dez 2015 15

Foi tudo um sonho

Felipe Gustavo começou sua infância como a maio-

ria das crianças brasileiras, jogando futebol. E foi nas ruas do Guará I, no Distrito Federal, que o pequeno bra-siliense, então com sete anos,

jogava bola e começava a se apaixonar pelo esporte. Não, não pelo futebol, mas por um esporte mais radical.

Influenciado pelo irmão mais velho, Felipe Gustavo co-

meçou a andar de skate e cresceu alimentando um sonho: ser skatista profis-sional. Sonho difícil, “casca”, como diz na sua gíria, em um país que valoriza tanto a bola, mas pouca atenção dá

Por Juliana Mendes

Das ruas do Guará para a Califórnia, somando prêmios, experiências e realizando sonhos. Essa é a história de um

jovem skatista brasiliense

CAPA

16 Nov|Dez 2015 | Revista Di Rolê16 NOv|DEz 2015 | Revista Di Rolê

a outras modalidades. Mes-mo com pouco patrocínio e sempre apoiado pela família começou a participar de cam-peonatos locais e nacionais. Ganhar vários campeonatos no Brasil aumentou suas as-pirações e ele queria mais.

Em 2006 viu seu sonho mais perto de se tornar realidade. Ganhou uma competição cuja a premiação era a chance de participar de um dos maio-res campeonatos de skate do mundo, que acontecia na cidade de Tampa, no Estado norte-americano da Flórida. A vitória na competição veio seguida da decepção, a passa-gem para os Estados Unidos nunca apareceu.

Mas um pai que conhece o co-ração do filho jamais deixaria seu sonho morrer. O pai do jovem, agora no auge dos seus 15 anos, vendeu o carro da fa-mília e rumou com ele para os Estados Unidos. Com a ajuda da família, o jovem sonhador foi com a cara e a coragem e encarou o desafio.

Com um vocabulário repleto de gírias típicas dos skatis-tas, Felipe Gustavo, mais co-nhecido entre a galera como Buchecha, conta que sua ex-periência fora de seu país começou com altos e baixos. “Sem falar inglês tive muitas dificuldades quando cheguei lá. Eles não queriam me dei-xar participar e tudo mais. Com muita persistência final-mente me deixaram partici-par. Um fim de semana longo e muito abençoado. Acabei

CAPA

sendo campeão mundial do evento e sendo o primeiro brasileiro a vencer a competi-ção”, relembra.

A primeira aventura vivida pelo jovem brasiliense trouxe experiência e mais vonta-de de ir além. A partir daí as portas se abriram, vieram os patrocínios e ele começou li-teralmente a viajar em seu so-nho. Mesmo sendo brasileiro e brasiliense de coração, sabia que seu país não dá muita oportunidade para quem não quer ser jogador de futebol.

Em 2007, mudou-se então para o berço do skatismo, a Califórnia, e foi viver o que diz o trecho da música de Lulu Santos, “Eu dou a volta, pulo o muro. Mergulho no escuro. ‘Sarto’ de banda. Na minha vida ninguém manda não. Eu vou além desse sonho. Garota, eu vou pra Califórnia”.

Foi campeão da Mallof Money Cup 2009 e 2010. Em 2013 venceu uma competição on-line promovida pelo site The Berrics, a Run & Gun. Foi vice-campeão no Kimberley Dia-mond Cup, na África do Sul. E esse ano foi medalha de ouro na 9ª edição do Kia World Extreme Games, em Shangai, na China. Essas são apenas algumas das premiações que coleciona.

Ainda em 2013 foi oficializa-do como atleta profissional de uma das maiores marcas do mercado de skate, a Plan B. Passou a fazer parte de um time de estrelas integrado pe-

los melhores do mundo, como Dan Way, PJ Ladd, Colin McKay, Ryan Sheckler, Torey Pudwill e Pat Duffy.

Apesar das dificuldades vi-vidas no início em um país desconhecido, o jovem brasi-liense não desistiu e alcançou seu sonho, sem esquecer suas origens. “Acredito que no iní-cio, inglês e a cultura ame-ricana foram as coisas difí-ceis de lidar. Na realidade já acostumei. Mas minha família sempre vai ser a minha base”, afirma.

A Plan B divulgou um vídeo de boas vindas ao novo integran-te do seleto grupo, cujo nome expressa a trajetória do jovem skatista, “It was all a dream”, que em português significa “Foi tudo um sonho”. Sonho este que ele buscou com co-ragem e perseverança até al-cançar. E hoje dá um conselho aos aspirantes a profissional que, apesar de ser dirigido aos apaixonados por skate, serve para qualquer pessoa que tem um objetivo a alcançar. “Ande de skate por amor e siga o seu sonho!”. 

Hoje, com 24 anos, o jovem brasiliense, sonhador e dono de manobras radicais de alto nível como o 360º Flip mais bonito do mundo, soma prê-mios, experiências e reconhe-cimento. É possível encontrar vários vídeos com suas belas manobras na internet. E vê, todos os dias, seu sonho se tornando realidade. Afinal, o sonho continua e ele tem uma vida pela frente.

Revista Di Rolê | Nov|dez 2015 17Revista Di Rolê | NOv|DEz 2015 17

O Greenpeace Suíça desen-volveu há três anos um

jogo com o intuito de mapear a região e conscientizar a po-pulação sobre os benefícios do uso de placas fotovoltaicas para captação de energia so-lar. Desde 2014 o Greenpeace Brasil trouxe para nossa rea-

ONG desenvolve jogo para conscientizar população sobre a importância da energia solar

Solarize-se já!

Por Priscilla Teles

CoLuNA ECo

lidade essa ferramenta que, além de abordar de forma lúdica as informações sobre o processo, também vem como meio de pressionar o Governo Brasileiro a expandir as pos-sibilidades de acesso da po-pulação às ferramentas para geração de energia limpa.

O Solariza é uma plataforma on-line que, conectada ao Google Maps permite que qualquer brasileiro encontre seu telhado e assim descubra o potencial de sua residência para gerar energia solar. Além desse primeiro pontapé, a plataforma também indica

18 Nov|Dez 2015 | Revista Di Rolê

o valor que poderá ser gasto para instalação do sistema e a economia que seria sentida na conta de luz.

“Nós esperamos que o Sola-riza ajude a conscientizar as pessoas para as vantagens da energia solar. Também que-remos demonstrar, tanto para os cidadãos quanto para os nossos parlamentares, o po-tencial do país para essa fonte de energia e a importância que ela pode ter na nossa matriz elétrica, se tiver mais incentivo do Governo”, afirma Bárbara Rubim, Coordenadora da Cam-panha de Energias Renováveis do Greenpeace Brasil.

Atualmente a produção de energia elétrica no País ba-seia-se no modelo de grandes usinas (em sua maioria hidre-létricas), sempre situadas fora do raio da concentração dos consumidores. Isso acarreta, além de gastos adicionais para distribuição, a perda de energia e impactos am-

CoLuNA ECo

bientais e sociais. Em contra-partida a energia solar, dita limpa, é produzida no local de consumo – nas próprias residências –, o que não oca-siona perdas e interferências à natureza como o modelo adotado no Brasil.

Em abril de 2015 o Greenpea-ce Brasil ofereceu como pre-sente à Presidente Dilma Rou-sseff a instalação de placas fotovoltaicas no Palácio do Planalto. Logo após o con-tive houve a queda do ICMS - imposto que incide sobre a geração de eletricidade para todos os brasileiros – e a li-beração em alguns Estados

de que o cidadão gere sua própria energia. Porém, ainda são esperados incentivos do Governo para popularização do uso das placas fotovoltai-cas. “A energia solar não é uma possibilidade para o futuro, é uma realidade presente. A única coisa que impede o Brasil de ser uma potência no aproveitamento dessa fonte é a falta de vontade política do Governo Federal”, conclui Bárbara.

SAiBA mAiSAtualmente o Brasil possui um pequeno consumo de energia solar – por volta de 0,01% da matriz elétrica –, o que nos deixa fora de qualquer ranking estabelecido pelas agências internacionais de energia. Que tal mudarmos isso?

O Greenpeace comprome-teu-se, por meio do Solariza, a abrir uma chamada pública, após alcançar 4,2 milhões de casas solarizadas no jogo, para que entidades beneficentes cadastradas, interessadas em ter seus telhados solarizados, concorressem à instalação gratuita do sistema.

Acesse www.solariza.org.br e comece a jogar!

Revista Di Rolê | Nov|dez 2015 19

EsPoRTE

Domingo, 8h30 da manhã e aproximadamente 34ºC

em Brasília. No caminho para a barragem do Lago Paranoá a sensação de não saber o que esperar da primeira ex-periência com mergulho to-mou conta da equipe Di Rolê que seguia para fazer esta

reportagem. Mas seguimos em frente e o resultado foi uma experiência um tanto inusitada e interessante.

Praticado desde o início dos tempos, com registros an-teriores a 1.000 anos a.C. , o mergulho ganha adeptos de

todas as idades e estilos ao redor do mundo. Basicamen-te existem duas formas de praticar o esporte, que são o ‘livre’ e o ‘autônomo’. O mer-gulho livre é aquele em que não se utilizam aparelhos de respiração, e que se divide em duas modalidades, o mergu-

O Lago Paranoá proporciona diversas opções de lazer e esporte, mas a prática do mergulho

tem sido um dos principais atrativos

Prática do mergulho tem se tornado

comum em Brasília

Por Priscilla Teles

20 Nov|Dez 2015 | Revista Di Rolê

EsPoRTE

lho em apnéia – em que não é utilizado nenhum apare-lho ou aparato para respirar, apenas submerge com o ar dos pulmões -, e o snorkeling – que pode ser praticado por qualquer pessoa e é a forma mais fácil de se ter um pri-meiro contato com o esporte, e necessita apenas de um par de nadadeiras, uma máscara e um snorkel.

Já o mergulho autônomo uti-liza aparelhos de respiração subaquáticos. A modalidade recreativa consiste em efe-tuar submersões equipado com um “Scuba” (Self-Cotai-ned Underwater Breathing Aparattus), composto por um cilindro reservatório com uma combinação para respiração, um re-gulador de pressão do ar, um profundímetro (medidor de profundi-dade), um manômetro (medidor de pressão) e um colete equilibrador.

É importante lembrar que o esporte de aventura ao mes-mo tempo que desbrava bele-zas naturais, também requer cuidado e atenção. A atividade nunca deverá ser praticada por um indivíduo sozinho, deve haver sempre uma boia ou estrutura que flutue para descanso ou emergência, e é importante respeitar seus limites, verificar sempre o equipamento antes da saída, entre outros cuidados.

A equipe da Di Rolê teve a oportunidade de realizar um

batismo no Lago Paranoá com instrutores profissionais da Scubadu. Silei Lemos, dive-master desde 2001 e proprie-tário da escola de mergulho, explica que a prática oferece aos participantes uma incrí-vel sensação de liberdade. “Sempre tive o meu trabalho e praticava o mergulho como hobby. Me aposentei e resolvi entrar de cabeça no esporte comprando a escola e pas-sando meu conhecimento a pessoas de todas as idades e instruindo que o mundo submerso também deve ser apreciado e respeitado. Sem-pre em parceria com o Corpo de Bombeiros, participamos da limpeza do lago, que infe-lizmente acaba acumulando muito lixo pela falta de edu-cação das pessoas que o utili-zam”, relata.

A escola conta com uma lis-ta de certificações de peso, podendo o aluno tirar a cer-tificação pelo PADI - maior organização de treinamento no mercado mundial -, SSI, SDI, TDI, ERDI (exclusiva para treinamento de segurança pú-blica), DAN (exclusiva para so-corristas de mergulho) e EFR.

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Dia do mergulho: domingo

Revista Di Rolê | Nov|dez 2015 21

EMPREENDEDoRIsMo soCIAL

Escola de dança de Brasília oferece

bolsas para meninos e meninas carentes

Ao todo, 50 bolsas integrais e parciais por ano e por tempo indeterminado serão doadas para as modalidades Balé

Clássico, Dança Contemporânea e Hip HopPor Ludmilla Brandão

jovens talentos de 12 a 17 anos. O projeto visa oferecer uma formação além da dan-ça para os alunos. “Por meio do que aprendem aqui, os jo-vens podem exercer a profis-são de professores de dança, ensaiadores, assistentes de direção em eventos artísti-cos, entre outras funções”, afirma a bailarina.

Sob direção e coreografia de Beltrami, o Grupo Rota Brasil - do qual os alunos bolsistas participam - já ganhou vários prêmios, como o 2º Lugar no Festival Internacional de Joinville/SC, 1º Lugar no Fes-tival Internacional de Hip Hop, em Curitiba/PR, e no Meeting de Hip Hop, em Vali-nhos/SP, todos em 2011. Noa-

Com 11 anos de expe-riência e muitas premia-

ções no currículo, a Escola de Dança Noara Beltrami viu o desperdício de talentos na Capital do País pela falta de oportunidades. Foi então que a Diretora da Companhia de Dança e bailarina profis-sional, Noara Beltrami, teve a ideia de oferecer bolsas para

22 Nov|Dez 2015 | Revista Di Rolê

EMPREENDEDoRIsMo soCIAL

ra Beltrami conversou com a Di Rolê e contou um pouco mais sobre o projeto.

Di Rolê // Como surgiu a ideia de oferecer bolsas de dança a jovens carentes?Noara Beltrami // Temos muitos talentos em nossa cidade, porém alguns ba-tiam em minha porta e não tinham condições financei-ras de manter os custos de um curso de dança. Além da mensalidade, temos que ad-quirir figurinos e sapatilhas e outros adereços para aulas e apresentações. Precisamos de recursos para locomoção, já que os ensaios acontecem todos os dias, enfim, um estu-do caro. Devido a isso resolvi estipular 50 bolsas por ano na escola para casos como estes.

Di Rolê // Qual o princi-pal ganho que estes alunos têm na vida profissional e pes-soal?Noara Beltrami // Por meio do que aprendem

aqui podem exercer uma pro-fissão na área e a participação em espetáculos locais e nacio-nais abre o leque de oportu-nidades de contratação, assim como bolsas de estudos para outras companhias.

Di Rolê // A seleção acontece com que periodicidade?Noara Beltrami // A seleção é feita uma vez por ano, sempre em meados de janeiro. Re-cebemos alunos de diversos níveis sociais e de diferentes localidades do DF.

Di Rolê // Qual o próximo festival que os alunos vão participar?Noara Beltrami // Em 2015 participamos do Festival Pas-

so de Arte Minas, em Minas Gerais, Festival Internacional de Dança do Goiás, Festival Passo de Arte Indaiatuba, em São Paulo, Festival de Dança de Joinville, em Santa Cata-rina, e Festival de dança de Anápolis, em Goiás. Também participamos de festivais locais como o Just Dance e do Aberto para Balanço. Em ou-tubro de 2015 participamos do Festival Taguatinga Dança.

Para manter e até ampliar o projeto a escola precisa de apoios, seja da iniciativa pú-blica, seja da iniciativa priva-da. Para isto, a companhia de dança necessita de doações e parcerias e tem vagas para trabalhos voluntários.

SAiBA mAiS!

Facebook: https://www.facebook.com/escola.noarabeltrami/about

Site: http://www.noarabeltrami.com.br

Telefone: (61) 99734581

Revista Di Rolê | Nov|dez 2015 23

Dor, de ser Por Bianca Bruneto

Liberdade!fala a hipocrisia,

[Agonia]de mãos atadas.

A tal normalidadesem pé nem cabeça

não tem coração.Nem parâmetro.

Estapeia o carapor ser o que é,

Apedreja a moça [por não ser]como querem.

Vive na realidadecheia de cores,

Regada a florese espinhos.

De histórias,melodramas

arritmadoscomo muitos.

Rejeições,Tantas na vida

InterjeiçõesAi de mim!

Diante de um ApartheidImplorar:

Perdoe-me,por nascer.

[assim]

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24 Nov|Dez 2015 | Revista Di Rolê24 NOv|DEz 2015 | Revista Di Rolê

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Eu vi Por Bianca Ramos

Eu vi criança nascendoVi idoso morrendo

Vi vida acontecendo

Eu vi pássaro cantandoVi viúva chorando

Vi cidade transbordando

Eu vi rico enriquecendo Vi pobre empobrecendo

Vi desafios nascendo

Eu vi jovem estudandoVi prostituta trabalhando

Vi realidade gritando

Eu vi índio vivendoVi injustiça podendo

Vi a certeza querendo

Eu vi praia encantandoVi favela mudando

Vi cenário suspirando

Eu vi fé comovendoVi esperança se vendendo

Vi a paz querendo

Eu vi atleta jogandoVi político roubandoVi ironia reinando

Vi polícia rendendoVi bandido vencendoVi o sistema permanecendo

Eu vi mulata dançandoVi mendigo implorandoVi pessoas amando

Eu vi indústria se erguendoVi floresta apodrecendoVi esperança ardendo

Eu vi riquezas brotandoVi escravidão vazandoVi o avanço acenando

Eu vi ordem e progressoVi desordem e regressoEu vi o Brasil!

PALAvRAs Ao vENTo

26 Nov|Dez 2015 | Revista Di Rolê26 NOv|DEz 2015 | Revista Di Rolê

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