Download - Revista Brasil Paralímpico n° 42
Brasil
PARALÍMPICOrevista do COMItê PARALÍMPICO bRAsILeIRO // novemBro/dezemBro 2012 // www.CPb.ORg.bR
42número
entrevista: Mariana Mello
retorno de mídia dos Jogos passa de R$ 440 milhões
nas ALtuRAsBrasil cumpre meta e fica em sétimo nos Jogos de londres
editorialAndRew PARsOnspresidente do comitê paralímpico Brasileiro
Os Jogos Paralímpicos de Londres ficarão na história. Na volta ao país onde tudo começou, o movimento paralímpico con-firmou o seu crescimento e amadureci-mento. Estádios e ginásios lotados (fo-ram 2,7 milhões de ingressos vendidos), grande audiência na TV em todo o mun-do e, principalmente, desempenhos sen-sacionais dos atletas mostraram a todos que, definitivamente, estamos falando de esporte de alto rendimento, de eficiência.
Para nós, brasileiros, mais motivos ainda para comemorar. Logo após assumir o comando do Comitê Paralímpico Brasi-leiro, juntamente com o Departamento Técnico e as demais Confederações e entidades do Movimento Paralímpico nacional, fizemos nosso planejamento estratégico até 2016. A primeira etapa foi cumprida com louvor, ao atingirmos
nossas metas: repetir o primeiro lugar do Parapan do Rio em Guadalajara, em 2011, e subir da nona colocação de Pe-quim para a sétima em Londres.
Neste ciclo paralímpico, o CPB, além da verba proveniente da Lei Agnelo-Piva, conseguiu novas receitas, por meio de convênios com o Ministério dos Esportes e também com o apoio do Governo do Estado de São Paulo e da Prefeitura do Rio, com os Times SP e RJ. A Caixa se manteve como um parceiro fundamental, e desta vez ainda contamos com patrocí-nios da Infraero e da Ecorodovias – este último específico para o Voleibol – que nos ajudaram a chegar ao sonhado e sua-do sétimo lugar."
Os resultados foram espetaculares, co-mo vocês poderão ver nas páginas desta
edição especial, e nos enchem de ale-grias, ao mesmo tempo que aumentam nossas responsabilidades. Queremos e acreditamos que poderemos chegar ao quinto lugar no Rio 2016, mas percebe-mos em Londres que não será nada fácil. Vamos precisar de mais apoio ainda e será fundamental que a iniciativa privada abra os olhos e passe a ver no Esporte Paralímpico uma excelente oportunida-de de investimento, com retorno garanti-do. Afinal, em qual outro segmento o Brasil é tão vencedor e é possível unir al-to desempenho, vitórias e responsabili-dade social?
Um grande abraço,
Caros leitores,
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suMáRIO edição 42 // nov/dez 2012 // www.CPb.ORg.bR
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6Balançocom 21 ouros, 14 pratas e 8 bronzes, Brasil termina em 7o
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Atletas de ouroconfira quem brilhou em londres
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Novos Temposesporte paralímpico sobe de patamar após Jogos de londres
Sucesso na mídiaretorno midiático das paralimpíadas supera r$ 440 milhões
revistabRAsIL PARALÍMPICO
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Os aspectos que tive alguma dificuldade em meus dias de cobertura pelas arenas paralímpicas não guardaram relação ne-nhuma com barreiras arquitetônicas,mas, sim, com algo que ultrapassa a lógica de uma rampa que garante vencer um degrau.
Eles têm pura relação com a tal língua não falada, mas plenamente entendida com mais facilidade pelos cadeirantes, pelos cegos, pelos surdos, pelos “mal-acaba-dos” em geral. Uma língua que interpre-ta demandas humanas de alguma “van-tagem”, de alguma atenção diferente para que todos sejam realmente iguais.
Durante a cobertura dos Jogos Paralím-picos de Londres, preciso confessar, tive uma vantagem intrínseca por ser o único jornalista cadeirante credenciado do Bra-sil: eu estava no mesmo nível de visão de mundo de muitos de nossos atletas e de-mais envolvidos no evento.
Na muvuca das coletivas dos vencedores, muitas vezes, os medalhistas direciona-vam o olhar e a fala para mim, que estava mais próximo de seu campo de visão, sem falar que não teriam de expor o pescoço a esforço básico.
Afora uma questão meramente física, ha-via também um diálogo sem palavras. Um deficiente tende a saber com perfeição o caminho de seu igual para tentar simples-mente ser igual. Quando um campeão fa-cilitava minha vida ao se aproximar do meu gravador, ele sabia que os outros po-deriam se agachar, poderiam se sentar no chão, mas eu não poderia ficar em pé.
Em outra oportunidade, levei “vantagem” com a autoridade máxima da Paralimpíada,
Londres me ofereceu
uma estrutura de
trabalho incrível
e condições de ir
e vir que jamais estive
próximo na vida
o inglês Philip Craven, que também é do ti-me dos que usam cadeira de rodas.
Assistindo a uma partida de vôlei, no es-paço reservado à mídia, vejo que uma ca-ravana de engravatados se aproximava trazendo o cartola.
Ele me viu, tivemos aquela conversa sem palavras, apenas com simpatia. “Presi-dente, sou do Brasil, o senhor me dá uma entrevista?”, no que ele respondeu “of course”. E daí nasceu uma conversa ex-clusiva, fechando com um “foi uma gran-de honra”, dos dois lados.
Em minha carreira, sempre tive temor de me envolver em grandes coberturas, me-nos por achar que eu era incompeten-te para tais empreitadas e mais porque sempre tive receio de que minhas condi-ções físicas pudessem comprometer um resultado jornalístico.
Mas o evento paralímpico me era muito caro, seja por minha trajetória, também, li-gada à inclusão das pessoas com deficiên-cia no Brasil, seja para experimentar uma realidade que eu esperava ser ideal pa-ra um repórter cadeirante desempenhar bem seu papel.
Londres me ofereceu uma estrutura de tra-balho incrível e condições de ir e vir que ja-mais estive próximo em doze anos de pro-fissão. Também foi admirável a disposição dos londrinos para encarar o cego, o sujeito sem pernas ou braços, o indivíduo que não anda como cidadãos, como pessoas que podem dar orgulho e gerar admiração. Ou não, que seja apenas uma pessoa comum...
Jairo marquescolunista da fOLhA de sãO PAuLO
uma cadeira
de vantagem
Colunista convidadoJairo marques
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6revistabRAsIL PARALÍMPICO
balanço Participaçãoresultados consolidados
missão cumpridaa delegação Brasileira saiu dos mais competitivos Jogos paralímpicos da história com um salto
qualitativo. ainda que terminando as competições com um total de medalhas inferior às 47
obtidas em pequim, nossos atletas saíram de londres com um maior total de ouros (21) e um
desempenho geral que garantiu ao país a sétima posição no quadro geral, a melhor colocação
da história, dois postos à frente de pequim e atingindo a meta estabelecida pelo comitê
paralímpico Brasileiro. um resultado que consolidou a posição verde-amarela no grupo das 10
maiores potências mundiais do esporte para deficientes. ao todo, o Brasil conquistou medalhas
em sete dos 18 esportes que participou nas competições da capital britânica, uma distribuição
que encoraja as perspectivas de um salto qualitativo e quantitativo para o rio 2016, em que o
objetivo em termos de resultados é assegurar a quinta colocação geral.
muito trabalho precisa ser feito, já que a diferença entre o sétimo e quinto lugar em 2012 foi
de 14 medalhas de ouro, mas há perspectivas de ascensão ao pódio de esportes como o tênis
em cadeira de rodas e o vôlei sentado.
MedALhIstAs dO bRAsIL
OurO 21
Daniel Dias (6)Andre Brasil (3)Terezinha Guilhermina (2)Alan FontelesYohansson NascimentoTito SenaShirlene CoelhoFutebol de 5Jovane GuissoneFelipe GomesDirceu Pinto/Eliseu dos SantosDirceu PintoMaciel Sousa
Prata 14
Andre Brasil (2)Lucas Prado (2)Jerusa Geber (2)Daniel SilvaYohansson NascimentoClaudiney dos SantosOdair SantosGoalball MasculinoLucia TeixeiraPhelipe RodriguesEdênia Garcia
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Atletismo 1
Mais uma vez o carro-chefe do Brasil nas medalhas. Em Londres foram 18 pódios, número superior ao de Pequim, com sete ouros, oito pratas e três bronzes. Em nú-mero de medalhas, a dobradinha de Tere-zinha Guilhermina nos 100m e 200m T11 foi o destaque, principalmente por um pó-dio brasileiro - Jerusa Santos e Jhulia San-tos fecharam a tripleta. Nenhuma meda-lha, porém teve a repercussão do título de Alan Fonteles nos 200m T44. Afinal, o paraense deixou o mundo de boca aber-ta ao derrotar o sul-africano Oscar Pisto-rius, até então invicto na prova. Também se consagraram em Londres Felipe Go-mes (100m T11), Yohansson Nascimento (200m T46), Tito Sena (Maratona T46) e Shirlene Coelho (Dardo F37/38).
basquete em Cadeira de RodasApós terminar na décima colocação em Pequim, o Brasil mostrou evolução com a Seleção Feminina. A estreia foi com a Aus-trália, numa derrota por apenas dois pon-tos (50 a 52) contra uma equipe que está no pódio desde Sydney-2000 e que der-rotara as brasileiras por 36 pontos de di-ferença em 2008. Na sequência, as me-ninas perderam para Grã-Bretanha (42 a 37), Canadá (65 a 51) e Holanda (55 a 42). Ficaram fora das quartas de final, mas superaram a França na disputa do no-no lugar para alcançar o melhor desempe-nho em Jogos Paralímpicos. A meta agora é chegar o mais perto possível das quatro primeiras colocações em 2016.
bocha 2
O Brasil terminou os Jogos de Londres re-afirmando-se como o país a ser batido. A equipe verde-amarela conquistou três ouros (Maciel Sousa e José Dirceu Pinto, na individual B3 e BC4, respectivamente, e com Dirceu/Eliseu dos Santos nas du-plas) e um bronze (Eliseu). Foi o melhor desempenho por países na modalidade, assim como em Pequim, de onde os brasi-leiros saíram com dois ouros e um bronze.
CiclismoA participação do Ciclismo brasileiro nos Jogos Paralímpicos de Londres por mui-to pouco não terminou com medalha. Na prova de estrada C4-5, disputada no au-tódromo de Brands Hatch, João Schwindt terminou em quarto lugar e Soelito Gohr em quinto. Ambos finalizaram o percurso de 80km com o tempo de 1h55m51s, com diferença apenas na ordem de chegada. O resultado foi o melhor do Ciclismo brasilei-ro nas Paralimpíadas de Londres. Na outra prova de estrada disputada pela dupla, Go-hr terminou em sétimo e Schwindt em no-no lugar no Contra Relógio Individual C5. Nas provas de pista, João foi o 12º e Soeli-to o 16º no Contra Relógio Individual C4-5. Na Perseguição Individual C-5, os brasilei-ros não passaram das eliminatórias.
esgrima em Cadeiras de Rodas 3
Jovane Guissone fez história em Londres. Aos 29 anos e em sua primeira Paralimpí-ada, o gaúcho ganhou a medalha de ouro ao vencer o atleta de Hong Kong, Chik Sum Tam, na final da Espada. Para chegar à conquista, o brasileiro passou pelos franceses Marc-André Catrene (15-11), nas quartas de final, e Alim Latreche (15-11), na semifinal. Na véspera, o brasileiro já havia se destacado nas disputas de Flo-rete ao vencer o espadachim número um do mundo, o ucraniano Anton Datsko, du-rante a fase de grupos. Foi a primeira me-dalha do Brasil na Esgrima em Jogos Para-límpicos ou Olímpicos.
futebol de Cinco 4
O Brasil fez história com a conquista do tricampeonato paralímpico invicto asse-gurado em Londres, com uma vitória por 2 a 0 sobre a França na final. O mesmo adversário empatara com a Seleção (0 a 0) na abertura do Grupo B, na Riverbank Arena. Os brasileiros enfrentaram ainda China (1 a 0) e Turquia (4 a 0) na primeira fase. Nas semifinais, derrotaram a Argen-tina nos pênaltis (2 a 0). O sonho agora é o tetra diante da torcida brasileira.
futebol de sete 5
Ainda não foi dessa vez que o Brasil con-seguiu voltar ao pódio paralímpico. Assim como em Pequim, a Seleção Masculina terminou na quarta colocação, perden-do a disputa do bronze para o Irã (5 a 0). Na primeira fase, os brasileiros bateram a Grã-Bretanha por 3 a 0, e massacraram os EUA (8 a 0), antes de empatar em 1 a 1 com a Ucrânia. Na semifinal, porém, a se-leção perdeu para a Rússia, eventual cam-peã dos Jogos (3 a 1).
goalball 6
A Seleção Brasileira Feminina de Goalball chegou às quartas de final em Londres, despedindo-se com uma derrota por 2 a 0 para o Japão, que seguiu adiante para ganhar o título diante da China. A campa-nha da equipe em Londres registrou du-as vitórias (Dinamarca e Finlândia) e du-as derrotas (China e Grã-Bretanha). No Masculino, um resultado histórico: depois de cair no “Grupo da Morte”, que conti-nha equipes tradicionais da modalidade como Filnândia e Lituânia, a Seleção che-gou à disputa da medalha de ouro, con-tra a mesma Finlândia, que derrotara por 6 a 5 na fase classificatória. Infelizmen-te, não conseguiu repetir o desempenho e ficou com a prata, perdendo por 8 a 1. Mas mostrou que tem potencial para bri-gar pelo ouro em 2016.
halterofilismoCom três atletas colocados entre os 10 melhores de suas categorias, a Seleção Brasileira de Halterofilismo encerrou sua participação nas Paralimpíadas com a sensação de estar cada vez mais perto da primeira medalha do País na modali-dade. Márcia Cristina Menezes ficou em sexto lugar na disputa para atletas de peso até 82,5kg; Rodrigo Marques chegou a liderar a categoria até 90kg, mas também terminou na sexta posi-ção; Alexsander Whitaker foi o sétimo entre os atletas até 67,5kg, enquanto Josilene Ferreira ficou em oitavo na ca-tegoria até 75kg.
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hipismo 7
O sétimo lugar de Sérgio Oliva mon-tando Emily, no Individual Estilo Livre 1A, foi o melhor resultado do Brasil. Campeão mundial em 2007, o brasi-liense ficou ainda em décimo lugar no Individual Misto 1A. Os conjuntos for-mados por Marcos Alves/Luthenay de Vernay e Davi Salazar/Dauerbrenner terminaram, respectivamente, em dé-cimo e 11° na disputa Individual Estilo Livre 1B, e em 14° e 11° no Individual Misto 1B. Elisa Melaranci, com Zabel-le, ficou em 11° no Individual Estilo Li-vre II e em 14° no Individual Misto II. O Brasil terminou a competição por equi-pes na 13° posição.
Judô 8
Com quatro medalhas, uma prata e três bronzes, o Judô encerrou sua participa-ção em Londres em décimo lugar. Des-taque para o tetracampeão paralímpico Antonio Tenório (B1), ovacionado pela plateia que lotou a Arena ExCel ao con-quistar o bronze contra o iraniano Ha-med Alizadeh (B2). Lúcia Teixeira (B2), prata, Michele Ferreira (B2) e Daniele Bernardes (B3), bronze, foram os outros pódios brasileiros. Em Pequim, o Brasil ficara na terceira posição, com um ouro, duas pratas e dois bronzes.
nataçãoAlém de fechar na sexta posição, à frente dos britânicos e com apenas dois ouros a menos que a Rússia, a Na-tação obteve seu maior número de ou-ros paralímpicos (nove) e viu Daniel Dias se consagrar como o maior atle-ta paralímpico brasileiro, com seis ou-ros e seis recordes mundiais. Destaque também para os três ouros e duas pra-tas de Andre Brasil. Também medalha-ram Phelipe Rodrigues (prata, 100m medley S10), Edênia Garcia (prata, 50m costas S4) e Joana Silva (bronze, 50m borboleta S5).
RemoCláudia Santos ficou em quarto na ca-tegoria Single Skiff (Braços e Ombros), a 32 centésimos do bronze, o melhor resultado dentre os quatro barcos bra-sileiros. Luciano Oliveira terminou na sexta colocação no Single Skiff (Braços e Ombros), Josiane Lima e Isaac Ribei-ro ficaram em segundo lugar na Final B (oitavo lugar geral) do Double Ski-ff Misto (Tronco e Braço), e o Quatro Com Misto (Pernas, Tronco e Braço) foi terceiro lugar na Final B (nono no geral) com o tempo de 3min36s.
tênis 9
Maurício Pomme e Carlos Santos, o Jor-dan, chegaram à segunda rodada do tor-neio de duplas, mas foram eliminados pelos holandeses Ammerlaan e Vink, ca-beça de chave número 2. A outra dupla, Daniel Rodrigues e Rafael Medeiros, per-deu na primeira rodada para os sul-core-anos Lee/Oh. No individual, Rafael Me-deiros (para Shingo Kunieda, do Japão), Natália Mayara para Jiske Griffioen, da Holanda) e Jordan (para Joachim Gerard, da Bélgica) foram eliminados na primei-ra rodada. Maurício Pomme e Daniel Ro-drigues venceram seus primeiros jogos, contra o polonês Albin Batycki e o colom-biano Eliecer Oquendo , respectivamente. Na rodada seguinte, Pomme foi derrota-do pelo francês cabeça de chave número 1, Stephane Houdet, e Daniel pelo britâni-co Gordon Reid.
tênis de MesaO Brasil encerrou sua participação em Londres com a disputa das quartas de final por equipes nas classes 6-10. Bru-na Alexandre e Jane Karla perderam pa-ra as polonesas Natalia Partyka, líder do ranking da classe C10, e Karolina Pek, por 3 a 1. Bruna Alexandre esteve mui-to perto também das semifinais na dis-puta individual da classe 10. A vaga es-capou numa derrota por 3 a 2 de virada
para a australiana Melissa Tapper. Além dela, apenas Welder Knaf esteve a uma vitória de passar às quartas de final na classe 3. No jogo decisivo, ele perdeu por 3 a 2 para o sérvio Zlatko Kesler, que ter-minou com a medalha de prata.
tiro esportivo 10
Único representante brasileiro em Lon-dres, Carlos Garletti participou de qua-tro provas. Seu melhor resultado foi a 15º lugar na Carabina 3 x 40, distância 50m classe SH-1 (para atiradores que não re-querem suporte para a arma). Seus ou-tros resultados foram: Carabina deitado 50m SH-1 (19º), Carabina de Ar em pé 10m SH-1 (26º lugar) e Carabina de Ar deitado 10m SH-1 (27º).
Vela 11
A dupla Bruno Neves e Elaine Cunha ficou em 11° lugar na classe Skud 18, após seis dias de competição em Weymouth. A úl-tima regata foi cancelada por falta de ven-tos e a modalidade foi decidida com base nas dez regatas anteriores.
Vôlei sentado 12
A participação brasileira foi marcada pe-la estreia paralímpica no Feminino. Ape-sar de estar no grupo de China e os EUA, campeã e vice em Pequim, o Brasil ter-minou em quinto lugar. Derrotada por americanas e chinesas, as brasileiras ba-teram a Eslovênia na fase de grupos. No torneio do quinto ao oitavo lugares, su-perou as britânicas e nova mente as es-lovenas. No Masculino, o Brasil, na pri-meira fase, derrotou Ruanda e China e perdeu para os dois finalistas, Irã e Bós-nia. Os jogadores tiveram a chance de fazer uma inédita semifinal ao levar a Rússia para o tie-break nas quartas, mas caíram por 3 a 2. No torneio de quinto a oitavo, vitória sobre os britâni-cos e, contra o forte Egito, bronze em Pequim e no último Mundial.
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SAC CAIXA: 0800 726 0101 (informações, reclamações, sugestões e elogios)
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O BANCO DAS MELHORES TAXAS É TAMBÉM O MAIOR INCENTIVADOR DO PARADESPORTO BRASILEIRO.
A C A I X A T E M O R G U L H O D E A C R E D I TA R N O TA L E N T O D O S PA R AT L E TA S B R A S I L E I R O S E A C O M PA N H A R
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O R E S U LTA D O É U M T I M E V E N C E D O R E U M A T O R C I D A C A D A V E Z M A I O R .
ELES ENFRENTARAM O STÁ UL S E DESAFIOS. E TRANSFORMARAM TUDO ISSO EM ME ALH S.
Atletas CAIXA, da esquerda para direita:Antônio Del� no (atletismo), Phelipe Rodrigues (natação), Alan Fonteles (atletismo), Terezinha Guilhermina (atletismo), Joana Neves (natação), Shirlene Coelho (atletismo), Andre Brasil (natação), Yohansson do Nascimento (atletismo).No total, o Brasil conquistou 43 medalhas em Londres.
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1514 destaques modalidadesrevistabRAsIL PARALÍMPICO
O objetivo do velocista paraense era voltar de Londres com pódio nos três eventos, mas Alan Fonteles certamente não deixou cabisbaixo a pista do Estádio Olímpico de Londres. Sua única medalha não apenas foi um ouro (nos 200m T44) como representou ainda uma das maiores zebras paralímpicas dos últimos anos, já que o então defensor do título paralímpico, Oscar Pistorius, jamais havia perdido o evento numa competição de alto nível. Aos 20 anos, ele também ganhou experiência em sua segunda Paralimpíada e contribuiu para um aumento substancial de interesse do público nas competições paralímpicas.
AlAnFonteles
um time de
OuroA melhor campanha paralímpica brasileira de todos os tempos foi devido ao esforço de muitos, e não somente das principais estrelas do espetáculo. O desempenho repleto de coragem dos atletas nas pistas e quadras de Londres, fosse para confirmar favoritismos ou para surpreender, fica para a história.
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Integrante do Programa Ouro do CPB, Shirlene Coelho mostrou em Londres que a aposta estava mais do que certa. Com a marca de 37,86m, a brasileira bateu o recorde mundial e conquistou o primeiro lugar no Lançamento de Dardo na F37/38. Assim como Tito Sena, Shirlene fora medalha de prata nos Jogos de Pequim.
Conhecida como a velocista cega mais rápida do mundo, graças ao fato de ter chegado a Londres como recordista mundial dos 100m, 200m e 400m da categoria T11, Terezinha Guilhermina era uma das principais esperanças de medalhas do Brasil nas Paralimpíadas de Londres. A mineira não decepcionou, voltando para casa com o ouro nos 100m e 200m, com um novo recorde mundial na primeira prova e um novo recorde paralímpico na segunda. E teve personalidade para se recuperar do acidente que a tirou da disputa por medalha nos 400m, quando seu guia, Guilherme Santana, tropeçou e caiu. Aos 34 anos, ela brilhou tanto com a velocidade quanto com a irreverência mostrada nas máscaras coloridas com que correu.
Shirlene Coelho
terezinhA GuilherminA
Aos 26 anos, Felipe Gomes viveu seu melhor momento esportivo em Londres. O campista não só conquistou o bronze nos 100m T11 como superou o compatriota Daniel Mendes e subiu ao lugar mais alto do pódio nos 200m T11. Para quem havia se contundido nos Jogos de Pequim, as lembranças da “Terra da Rainha” serão bem mais agradáveis.
FelipeGomes
Yohansson Nascimento empolgou e emocionou em Londres. O alagoano bateu quatro recordes mundiais, nos 100m, nos 400m e duas vezes nos 200m classe T45. Nos 200m, ele ficou com o ouro e ainda pediu a noiva Thalita em casamento com uma cartaz após a vitória. Nos 400m, subiu ao pódio com a prata e, nos 100m, emocionou a todos. Com uma lesão na coxa, depois de ficar sentado no chão, se levantou e cruzou a linha de chegada quase se arrastando.
YohAnsson nAscimento
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Enquanto deixava a área de competições da Arena Excel, após ser eliminado da competição de Florete, nas quartas de final, Jovane Guissone deu entrevistas prevendo um desempenho melhor na disputa de Espada. Mas talvez nem mesmo o espadachim gaúcho esperasse sair de Londres com um ouro paralímpaico inédito e que também representou a primeira medalha paralímpica brasileira na Esgrima em Cadeira de Rodas.
JovAne Guissone
Mesmo sendo um dos mais famosos atletas paralímpicos da atualidade, Daniel Dias chegou a Londres com uma montanha para subir. O nadador tinha a meta de seis medalhas de ouro em seis provas individuais e para buscar o pódio nos revezamentos. Cumpriu a meta individual à risca, com direito a seis recordes mundiais. As braçadas levaram-no ainda mais longe: com os seis ouros em Londres, ele chegou a 15 medalhas paralímpicas (10 ouros, cinco pratas e um bronze), tornando-se o maior nome do esporte paralímpico brasileiro, superando os também legendários Ádria dos Santos e Clodoaldo Silva. E o paulista, de 24 anos, quer mais, convicto de que tem pelo menos mais duas Paralimpíadas para aumentar uma já invejável coleção.
DAniel DiAs
tito senATito Sena fechou com ouro a participação brasileira em Londres. Com uma emocionante reação no fim da prova, Tito venceu a Maratona na classe t46 com o tempo de 2h30m40, sua melhor marca pessoal, e terminou 40 segundos à frente do espanhol Abderrahman Ait Khamouch. Em Pequim, o brasileiro ficara com a prata.
AnDre BrAsilA tarefa hercúlea de Daniel Dias ofuscou o esforço não menos consagrador de Andre Brasil. O carioca simplesmente venceu as duas provas mais rápidas da categoria S10, os 50m e 100m livre, ficando com o ouro também nos 100m borboleta. Andre foi ainda prata nos 100m costas e, já na categoria SM10, também terminou em segundo nos 200m medley. É outro candidato a protagonista anfitrião na Rio 2016.
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Um dos atletas paralímpicos mais experientes - já pratica a Bocha há mais de uma década - o cearense Maciel Santos deu um verdadeiro show em Londres e conquistou a medalha dourada na classe BC2. Na decisão, Maciel não tomou conhecimento do chinês Zhiqiang Yan e venceu por nada menos do que 8 a 0.
mAcielsAntos
Por ter levado o ouro paralímpico em Atenas 2004 e Pequim 2008, a Seleção Brasileira masculina de Futebol 5 era a favorita natural para a disputa em Londres. A conquista do tri e a manutenção da hegemonia na modalidade, porém, não foi missão simples. Depois de um empate com a França e uma vitória apertada contra a China na primeira fase, a Seleção precisou de muito sangue frio para superar a Argentina na semifinal, nos pênaltis. Na final, brilhou ainda a estrela do goleiro Fábio, que defendeu duas cobranças no tempo normal e pôde enfim coletar sua medalha de ouro – nas Paralimpíadas de Atenas e Pequim, os jogadores da posição não eram elegíveis para o pódio.
FuteBol De cinco
Competindo na Bocha, um dos esportes mais difíceis do programa paralímpico, seja pela precisão exigida nos arremessos ou pelo grau de deficiência de seus participantes, o paulista Dirceu Pinto confirmou sua condição de expoente. Ao triunfar nas competições de simples e duplas da categoria BC4, Dirceu chegou à quarta medalha de ouro paralímpica. É o homem a ser batido na modalidade.
Dirceu pinto
O multimedalhista Eliseu dos Santos repetiu nos Jogos de Londres o mesmo espetacular desempenho de quatro anos antes, em Pequim, com a conquista de uma medalha de bronze e outra de ouro. O bronze veio no individual classe BC4, enquanto o lugar mais alto do pódio foi alcançado nas duplas, ao lado do amigo e parceiro Dirceu Pinto, na mesma classe.
eliseu Dos sAntos
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25novos temposo sucesso de londres
Se sediar pela terceira vez os Jogos Olímpi-cos, honraria nunca antes concedida a uma cidade, foi uma responsabilidade e tanto para Londres, a realização da Paralimpíada trouxe uma pressão especial. Afinal, a maior festa mundial do esporte para deficientes estava retornando pela primeira vez ao país onde teve origem, em 1948, com a realiza-ção dos Jogos de Stoke Mandeville. Mas as-sim como nas Olimpíadas, a capital britâni-ca brilhou na organização da Paralimpíada. Os Jogos de Londres foram simplesmente
os mais bem-sucedidos comercialmente da história. De acordo com projeções do Co-mitê Paralímpico Internacional, as competi-ções foram assistidas por mais de 4 bilhões pessoas ao redor do mundo, 200 milhões a mais que o número que acompanhou os Jo-gos de Pequim, em 2008, o dobro da audi-ência da Paralimpíada de Atenas (2004).
Um recorde também foi batido na venda dos direitos de transmissão, que renderam o equivalente a mais de R$ 35 milhões em
acordos com emissoras do mundo intei-ro, inclusive a Rede Globo no Brasil. Porém, mais do que gente em frente à telinha, uma medida do sucesso comercial destes Jogos foi na procura por lugares nas arenas, do Es-tádio Olímpico ao estande de Tiro de Royal Army Barracks. Segundo o LOCOG – o Co-mitê Organizador dos Jogos de Londres – a Paralimpíada de 2012 teve venda de 2.7 mi-lhões de ingressos, resultando não somen-te em arenas cheias, mas numa atmosfe-ra inesquecível para atletas, público e mídia.
novos tempos
O Estádio Olímpico, por exemplo, estava apinhado dia e noi-te, sob sol ou chuva.
Uma vitória de uma política de preços bem mais flexível que a das Olimpíadas – havia ingressos para competições paralímpi-cas custando cerca de R$ 35 – mas também do apelo desperta-do pelos ídolos nas pistas e quadras, e cuja atratividade também foi captada por patrocinadores como a rede de supermercados Sainbury’s, que pagou cerca de R$ 70 milhões pelo direito de ser o principal patrocinador paralímpico e usou celebridades do cali-bre do jogador de futebol David Beckham para promover as com-petições. O Canal 4 britânico, por sua vez, não apenas dedicou quatro vezes mais espaço aos Jogos que a rival BBC havia de-dicado a Pequim, como criou uma campanha de promoção da Paralimpíada (“Conheça os superhumanos”) que resultou, por exemplo, numa audiência de um quinto da população britânica assistindo à prova de Peacock.
Os Jogos de Londres também foram sucesso de uma filoso-fia de organização que tratou os dois Jogos como competições complementares, tanto na cronologia como no legado a ser dei-xado para as gerações futuras. A Paralimpíada de Londres será lembrada como um divisor de águas no que diz respeito às per-cepções da deficiência, uma lição que certamente foi captada pelos mais de 100 observadores enviados pela Rio 2016 a Lon-dres antes e durante as competições.
Os resultados dessa filosofia, no entanto, não foram apenas vis-tos em planos de marketing. Quem ouviu o Estádio Olímpico se transformar num caldeirão ensurdecedor durante provas como os 100m T44, em que 80 mil pessoas cantaram o nome do no-vo campeão paralímpico, o britânico Jonnie Peacock, sentiu–se testemunha de um momento especial, e não apenas por con-ta do fim da hegemonia paralímpica do mítico Oscar Pistorius nesta prova. Tal a evolução competitiva, vista também quanto Pistorius perdeu a coroa nos 200m na histórica vitória de Alan Fonteles, é uma garantia de que é também com grandes atletas que se faz uma grande competição.
“O desafio agora é mantermos o interesse para os eventos fu-turos. Mas as pessoas já perceberam que a Paralimpíada não é apenas uma confraternização de atletas com deficiência, mas sim uma imensa competição de elite, com os melhores atletas do mundo”, afirmou o diretor de Comunicações do IPC, Craig Spence, sobre o mito Oscar Pistorius nos 200m.
De certa maneira, Londres entregou ao Rio uma senhora missão junto com a bandeira paralímpica. Por outro lado, é um renasci-do e renergizado Movimento Paralímpico que em 2016 voltará a se reunir, desta vez numa inédita passagem pela América do Sul. O mundo mal pode esperar.
novos temposo sucesso de londres
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números chave
503 provas • 2,7 milhões de ingressos vendidos • 20 esportes
400
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1960 1964 1968 1972 1976 1980 1984 1988 1992 1996 2000 2004 2008 2012
evolução do número de atletas e de países presentes nos Jogos ParalímpicosFonte: Comié Internacional Paralímpico
375
21
750
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40
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61
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135
3.951
146
4.200
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Participantes
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Com público recorde e alta performance dos atletas, os Jogos de Londres levaram o Esporte Paralímpico a outro patamar
Estádios lotados chamaram atenção durante os Jogos de Londres
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27Operação de imprensanúmeros midiáticos
sucesso também na mídia
Enquanto os atletas brilhavam em Londres, o Comitê Paralímpico Brasileiro trabalhou em outra frente para que os ótimos resultados de nossas estrelas pudessem ser acompanhados pelo maior nú-mero de brasileiros. O CPB montou uma grande operação de im-prensa para produzir e distribuir notícias, fotos e vídeos, além de auxiliar a cobertura dos mais de 60 jornalistas brasileiros presen-tes em Londres , assim como todos os demais no Brasil.
Jornalistas brasileiros e também alguns estrangeiros que partici-param da cobertura dos Jogos contaram com excelente estrutu-ra montada no Centro de Imprensa, no coração dos Jogos. O CPB ofereceu uma sala de 400m2, com internet exclusiva e potente, e colocou no ar um hotsite (www.cpb2012.com.br) que disponibili-zou todo o conteúdo produzido por uma equipe de 17 jornalistas, entre coordenadores, editores, repórteres e fotógrafos que fizeram a cobertura como uma verdadeira agência de notícias.
"Nosso objetivo foi oferecer as melhores condições de trabalho para a imprensa e acho que fomos muito felizes e os resultados, excelentes", disse Frederico Motta, gerente de Marketing e Co-municação do CPB.
Londres consagrou o modelo iniciado em Atenas e mantido em Pequim, pelo qual o CPB comprava os direitos e ajudava na pro-dução e distribuição de conteúdo para as TVs brasileiras. Des-ta vez, de forma inédita, uma rede de TV (a Globo) comprou os direitos de transmissão dos Jogos Paralímpicos e colocou no ar mais de 160 reportagens. O hotsite do CPB foi o canal utilizado para a distribuição dos boletins diários que a Rede Globo dispo-nibilizava para toda a mídia.
Os resultados foram tão bons quanto de nossos atletas. Para ca-da real investido na operação de imprensa, CPB teve um retorno de 450 reais, atingindo cerca de R$ 450 milhões, de acordo com a tradicional análise de mídia por centimetragem.
A exposição dos Jogos Paralímpicos de Londres na mídia nacio-nal tem números que impressionam, como o total de mais de 130 horas de aparição na televisão. Este e outros dados podem ser acompanhados em detalhes ao lado.
Valoração | Centimetragem | Minutagem
Meio Cm/Col | Minutagem Valor estimado* (r$)
Jornais nacionais 9.303,64 cm/col (31 pg) R$ 4.568.373,41
Jornais regionais 22.228,71 cm/col (74,5 pg) R$ 1.918.528,79
Televisão 130h 41m e 26s R$ 442.252.107,48
total Geral 31.532,36 (105,5 pg)
130h 41m e 26s
r$ 448.739.009,68
retorno com a operação de imprensa ultrapassa os r$ 440 milhões
Alan Fonteles cercado por jornalistas após fazer história nos Jogos de Londres
Jornais nacionais e revistas Jornais regionais tV total geral
363 965 1080 2408
Os Jogos na mídiaeM núMerO de MatériaS
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rBp // Antes de mais nada, seria possível ex-plicar o trabalho de integração paralímpica?
mAriAnA // É uma área muito extensa, mas que gira basicamente em torno de várias verten-tes. Vai desde o trabalho de aumento da cons-cientização interna e externa ao suporte para as áreas funcionais. Em resumo, somos res-ponsáveis pelo período em que as arenas que receberam os Jogos Olímpicos sejam prepara-das para os Paralímpicos. E isso passa até pela certificação da qualidade de adaptações para espectadores e atletas, por exemplo. Há uma transformação, pois até detalhes como a mu-dança de identidade visual, com a troca dos anéis olímpicos pelos agitos paralímpicos em locais de competições.
rBp // São apenas 18 dias separando a Cerimônia de Encerramento Olímpica da Abertura Paralímpica. Qual a chave para o que se pode chamar de transição suave?
mAriAnA // Londres trouxe um conceito muito interessante em que o Rio estará se inspiran-do, que foi o de minimizar o esforço de tran-sição. Isso diz respeito tanto às instalações fí-sicas, em que as arenas já foram planejadas com questões de acessibilidade, quanto a as-pectos mais periféricos como a identidade vi-sual. Chegaram ao ponto de unificar a logo olímpica e paralímpica, algo visto pela primei-ra vez na história, e que não repetiremos no Rio. Também achei muito interessante a ma-neira como Londres lidou com as comunica-ções, mais especificamente a promoção dos dois eventos. A troca de pessoal também foi impressionante, levando-se em conta de que entre os voluntários houve uma troca na or-dem de 70%.
rBp // Que lições foram aprendidas pela Rio 2016?
mAriAnA // A principal foi a de que o planeja-mento é fundamental, mas que nenhum pla-no é imune a alterações. Londres precisou, por exemplo, adaptar uma nova arena em apenas 15 dias para a disputa do Futebol de 5, anexa à Riverbank Arena (Futebol de 7), e que an-teriormente era uma quadra de aquecimen-to para a disputa olímpica do hóquei sobre a grama. Houve ainda mudanças em arenas a pedido do Comitê Paralímpico Internacional (IPC), como rampas de acesso que não exis-tiam no projeto original. Nesse quesito, o fa-to de o Rio ter realizado o Parapan de 2007 é um trunfo, já que a estrutura fez parte da can-didatura do projeto da Rio 2016.
rBp // No que diz respeito ao legado, como você vê a importância dos Jogos Paralím-picos do Rio?
mAriAnA // Trata-se de um grande desafio pa-ra o Rio, uma cidade em que a acessibilida-de ainda não é tão forte como em Londres. Mas a realização dos Jogos tem que ser en-carada com uma oportunidade preciosa pa-ra a melhora da qualidade de vida da popu-lação deficiente. É preciso que também seja um catalizador para uma maior mobilização da população para o esporte paralímpico.
rBp // Isso não foi problema na Paralimpí-ada de Londres, que além de um sucesso comercial também registrou recordes de público. Como repetir esse sucesso?
mAriAnA // O envolvimento do público em Lon-dres foi realmente impressionante. Mas pre-cisamos lembrar que a Grã-Bretanha já tem uma história de Movimento Paralímpico ao ponto de os Jogos terem nascido no país – e não foi por acaso que muitos britânicos consi-deraram que a Paralimpíada estava voltando para casa. O sucesso também se deveu à de-manda por ingressos para os Jogos Olímpicos.
Houve gente que viu na Paralimpíada a chan-ce de participar da festa. Os ingressos pratica-mente se esgotaram, e nenhum deles foi dado de graça ou coisa do gênero. É inegável que os britânicos abraçaram a Paralimpíada.
rBp // O que você pode nos contar sobre como o Rio está se preparando para ten-tar repetir este sucesso?
mAriAnA // O sucesso do Parapan já nos mos-trou que o público gosta do esporte paralím-pico. No momento, nosso planejamento é um trabalho forte educacional. Uma outra razão para estarmos otimistas é que o Brasil tem um time paralímpico forte, que ganha muita me-dalha, o que certamente entusiasma o público. Quermos fazer como Londres, que não preci-sou de plano B para encher as arenas. É sem-pre um desafio mobilizar o público, mas vamos trabalhar forte. A qualidade dos atletas brasi-leiros e o trabalho do CPB vão ajudar muito. É legal lembrar que dois heróis paralímpicos brasileiros, o Daniel Dias e a Ádria dos San-tos, fazem parte do Conselho de Atletas da Rio 2016 e certamente têm muito dizer.
a realização dos
Jogos tem que ser
encarada com uma
oportunidade preciosa
para a melhora da
qualidade de vida da
população deficiente
É preciso que também
seja um catalizador para
uma maior mobilização
da população para
o esporte paralímpico.
diante da complexidade logística em que se transformou a maior festa do esporte mundial, a transição dos Jogos olímpicos para os Jogos paralímpicos é um dos pontos cruciais para o sucesso da organização dos dois eventos. não por acaso, mariana mello foi uma presença constante no parque olímpico de londres 2012. ex-judoca profissional e técnica da seleção Brasileira de Judô Feminino paralímpico, a gerente de integração da rio 2016 acompanhou de perto o trabalho feito pelos anfitriões britânicos, que ela não só define como exemplar, mas identifica muitos paralelos com o projeto carioca. em entrevista ao Brasil paralímpico, mariana fala sobre as lições e desafios que aguardam a realização da primeira paralimpíada na américa do sul.
de olho na integração
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Próxima edição
cobertura completa das
Paralimpíadasescolares
Brasil Paralímpico é uma publicação bimestral do Comitê Paralímpico Brasileiro e esta edição teve 3.500 exemplares impressos em novembro de 2012.
endereço Sede CPBSBN Qd- 2- Bl. F- Lt. 12 Ed. Via Capital – 14º andarBrasília/DF – CEP: 70040-020Fone: 55 61 3031 3030 Fax: 55 61 3031 3023www.cpb.org.brwww.twitter.com/cpboficialwww.youtube.com/cpboficialwww.facebook.com/comiteparalimpico
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Judô para cegos. Um esporte
que, antes de a luta começar,
já tem dois vencedores.
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Através do judô, de�cientes visuais provamque o esporte tem poder de superação e que
impossível é uma palavra que não deveria existir.
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Há 50 anos, para a sorte todo mundo é igual
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