Download - Revista Bens & Serviços
Entrevista EspEcialista Em qualidadE dE vida, Emílio moriguchi indica como promovEr a fElicidadE no trabalho
EQUIPES combinação de remuneração fixa e variável
amplia resultados
IncEntIvoS fIScaIS destinação do imposto faz a diferença na sociedade
Governança corporativa ajusta estratéGia à prática
DoSSIê há mais de 50 anos a minissaia revolucionou o
guarda-roupa feminino
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Revista da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul
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Presidente do Sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac
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luiz carlos bohn
Vida longa à empresa e ao empresário
MoMentoS de conFlito ou de turbulência, em geral, exigem respostas rápidas para solucionar dificuldades que foram se assentando ao longo do tempo. A situação econômica enfrentada pelo Brasil exemplifica bem essa condição: desafios que, no passado, foram contornados com soluções promissoras apenas no curto prazo hoje cobram o preço pela falta de visão em relação ao cenário que se consolidaria no futuro. Hoje, apenas apagamos focos de incêndio, sem novamente refletir estrategicamente sobre o que queremos construir daqui para a frente. E assim, decisões são tomadas, atualmente, no nosso contexto macroeconômico, que enfrenta um dos períodos mais turbulentos da sua história.
Esse mecanismo de tomada de decisão deixa lições. A principal delas é a de que o olhar imediatista sobre qualquer aspecto nem sempre é o mais adequado para definir os rumos que iremos tomar. Ou seja, não há nada de errado em agir prontamente diante da dificuldade para solucioná-la. O problema ocorre quando só isso é feito, sem que haja
uma sustentação para mitigar as dificuldades que virão no futuro. Infelizmente, essa estrutura não está apenas na esfera pública. Na iniciativa privada, muitas vezes, empresários pecam por deixar em segundo plano o planejamento de longo prazo. Aliás, até na nossa vida pessoal muitas vezes cometemos esse deslize.
Nesta edição da revista Bens & Serviços, sugerimos a reflexão sobre a adoção de práticas mais sadias tanto para as empresas quanto para quem as comanda. A reportagem especial da publicação trata da governança corporativa, ferramenta cada vez mais buscada pelo empresariado e que traz em sua essência a ampliação dos controles e o planejamento estratégico como caminho para perpetuidade e crescimento.
Já a entrevista especial trata da qualidade de vida no trabalho. O renomado geriatra Emílio Moriguchi, um dos nomes mais vinculados à promoção do bem-estar, destaca que o cuidado com a saúde é fundamental para garantir não só longevidade, mas maior eficiência e produtividade no trabalho e, de forma mais ampla, na vida.
especial / Gestão
revista bens & serviços / 130 / Fevereiro 2016
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Todo empresário quer ver o seu
empreendimenTo se perpeTuar ao
longo do Tempo. perseguir esse
objeTivo é uma Tarefa complexa,
que pressupõe adesão de
práTicas esTraTégicas, mas que
pode se Tornar mais viável com
a adoção de boas práTicas de
governança corporaTiva
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conheça a imporTância de um
plano de remuneração fixa
e variável para melhorar os
resulTados da empresa
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sindicaTo do comércio
aTacadisTa do esTado do rio
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empresas do seTor desde 2001
as consulTorias de gesTão
empresarial podem ser o ponTo
de apoio para dar susTenTação
aos negócios
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Esta revista é impressa com papéis com a certificação FSC® (Forest Stewardship Council), que garante o manejo social, ambiental e economicamente
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Sobre / Coerência
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Coerência
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Em princípio ou na prática, na trilha certa ou na errada, a mais rara de todas as qualidades
humanas é a consistência.“ Bentham filósofo e jurista (1.789 d.C.)
A fim de construir umA empresA forte,
durAdourA e lucrAtivA, o gestor precisA
seguir certos pAdrões que gArAntAm o seu
sucesso. mAnter A coerênciA desses pAdrões
significA estruturAr umA bAse sólidA pArA
pAssAr segurAnçA tAnto Aos colAborAdores
quAnto Aos demAis líderes dA empresA
”“O momento exige
coerência! Toda vez que se instala uma crise, é
necessário mudar com-portamentos e atitudes
e adotar outros que sejam coerentes com
os novos fatos. Mas, o que é coerência? A palavra deriva do latim “co-
haerentia”, que significa conexão ou coesão. Portanto, seu significado está relacionado
com uma qualidade ou estado de harmonia, de lógica entre as coisas. Para que haja coerência é preciso haver uma sequência que dê sentido
e lógica ao fato e evite dúvidas ou contradições sobre ele. Por isso, é possível afirmar que a
coerência é o que sustenta a confiança. ”
marcela claro, doutora em Psicologia Organizacional
“Para entender por que a
coerência é motivador tão
poderoso, é importante reconhecer
que, na maioria das circunstâncias,
a coerência é valorizada e
adaptativa. A incoerência é
geralmente considerada um
traço de personalidade indesejável. A pessoa cujas
crenças, palavras e atos não condizem entre si é
vista como indecisa, confusa, falsa ou até mesmo
doente mental. Por outro lado, um alto nível de
coerência é normalmente associado à força pessoal
e intelectual. A coerência está no cerne da lógica, da
racionalidade, da estabilidade e da honestidade.”
roBert B. cialdini, em O Poder da Persuasão – Você pode ser mais influente do que imagina
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Pequenas emPresas Passam a ter Prioridade
em licitações Públicas Entrou em vigor
no início de janeiro o decreto nº 8.538, que
favorece pequenos negócios em processos de
licitações do governo federal. Aprovada em
outubro, a resolução destina licitações de até
R$ 80 mil exclusivamente para candidatos de
pequeno porte, incluindo micro e pequenas
empresas, agricultores familiares, produtores rurais
(pessoa física), microempreendedores individuais
(MEI) e cooperativas de consumo em todas as
contratações da União. Nas contratações acima
desse valor, a lei abre a possibilidade de criação
de lotes exclusivos para o setor e preferência em
casos de empate. De acordo com o Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão, 16,9% dos
gastos em compras do governo em 2015 foram
destinados a pequenas e médias empresas, e
este número tende a aumentar.
metade dos brasileiros não têm acesso à internetapesar do avanço do uso da internet no planeta, 60% da população mundial (cerca de 4,2 bilhões de pessoas) se-guem sem acesso à rede mundial dos computadores. Ape-sar de ser o quinto país do mundo em número de usuá-rios, o Brasil possui 98 milhões de pessoas offline, quase
metade dos habitantes. As informações foram divul-gadas pelo Banco Mundial no início de janeiro, mos-trando ainda a desigualda-de na distribuição de rede: apenas 31% da população dos países em desenvol-vimento tinham acesso à internet, em comparação com 80% nos países de ren-da alta, de acordo com da-dos de 2014.
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espaço sindical
sindilojas Gravataí recebe Prêmio Pro-
motor da Paz 2015 Mantido pelo sindicato
desde 2007, o projeto Amigos do Planeta, que
promove o descarte correto de óleo de cozinha
e componentes elétricos, foi reconhecido pela
Câmara de Vereadores na categoria Ação de
Preservação do Meio Ambiente.
lançada a camPanha a escolha é sua Após
denúncias de oftalmologistas que indicavam a
marca da lente em receitas médicas, o Procon-
RS e Sindióptica-RS lançaram campanha de
conscientização para alertar consumidores de
seus direitos na compra de lentes de óculos.
entidades se unem Para rePrimir comércio
ambulante ileGal em lajeado Representantes
do Executivo e Legislativo e do Sindilojas Vale do
Taquari, entre outros sindicatos ligados ao co-
mércio de Lajeado, se reuniram em dezembro
na sede da Associação Comercial e Industrial
de Lajeado (Acil) para discutir e reforçar o traba-
lho de fiscalização na cidade.
sindilojas alto uruGuai certifica Primei-
ra formanda no curso Gerentes de loja
Rosângela Ribas França Wilhelm, gerente da
Cali Modas, foi a primeira a completar o curso
Gerentes de Loja, ministrado por Valdecir Ril e
promovido pelo Sindilojas Alto Uruguai. O curso
é um projeto-piloto para a formação de geren-
tes de lojas, com 100 horas de aulas presen-
ciais e a distância.
vendas de natal aPresentam queda na caPital
Gaúcha Levantamento realizado pelo Sindilojas
Porto Alegre mostra que houve queda de 10%
nas vendas da data em relação ao ano passado.
O setor menos prejudicado foi o de brinquedos.
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Previsão de inflação em 2016 é de 7,23%
A inflação oficial no Brasil fechou 2015 em 10,67%, acima do limite
máximo da meta do Governo. Esta é a maior alta de preços anual
desde 2002, que atingiu a marca de 12,53%. A nova meta é reduzir
o índice a 4,5% ao ano, com tolerância de dois pontos para mais
ou para menos. No entanto, segundo as previsões do Boletim Focus
divulgado em janeiro, em 2016 a inflação seguirá elevada, em
7,23%. Já para 2017, a expectativa é de que o IPCA fique em 5,65%.
ibope para VÍdeos sob demandaa internet alterou permanentemente a forma como os brasileiros con-somem produtos audiovisuais. Por isso, a Kantar Ibope Media acaba de lançar um novo plano de medição de audiência de vídeos, incluindo programas assistidos sob demanda como parte do banco de dados de consumo do país. A avaliação contempla a programação das operado-ras de TV por assinatura; conteúdos de laptops projetados na televisão, aplicativos de Smart TVs, como Netflix e YouTube; além de considerar o consumo em aparelhos periféricos, como Playstation, Xbox e blu-rays. Ainda para este ano está prevista a medição de streaming TV, que analisará a audiência do conteúdo de TV assistido em computadores.
turistas brasileiros redescobrem o paÍscom a alta do dólar, o brasileiro está optando pelo turismo na-cional. Pesquisa divulgada pelo Ministério do Turismo informa que 90% dos entrevistados devem viajar dentro do Brasil nas próximas viagens, incluindo as férias de verão e carnaval. O estudo, realizado nas principais capitais, mostra que os turistas com até 35 anos são os mais interessados pelas belezas brasileiras, com 88,9% da inten-ção. Logo atrás aparecem os viajantes entre 35 e 60 anos (82,7%) e com mais de 60 anos (70%). Com poder de compra menor, a faixa etária de até 35 anos também é a que mais recorre à hospedagem
na casa de amigos e/ou pa-rentes para curtir o destino selecionado, com 59,8% da intenção de hospedagem, o maior valor da série histó-rica, apurada desde 2008. As regiões preferidas são Nor-deste e Sudeste, destino de 73% dos entrevistados.
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três perguntas
Formado em Comunicação Social pela
Ufrgs, Adriano Silva foi chefe de redação
do programa Fantástico, da TV Globo, e
editor sênior na Editora Abril. Fez seu MBA
na Universidade de Kyoto, no Japão, e é
autor de quatro livros sobre o mundo dos negócios.
estamos na era do conteúdo. de que forma as
emPresas Podem aProveitar melhor este mo-
mento? Os consumidores querem conversa, querem
diálogo, querem que a empresa se exponha mais,
em conversas mais francas e horizontais, sobre seus
valores e sobre seus produtos. Eis aí por que vivemos
a ‘era do conteúdo’. Marcas que não se adequarem
a essa nova demanda dos consumidores correrão o
risco de não se comunicar.
o consumidor não quer mais só comPrar, quer
fazer Parte de alGo. quais valores são mais im-
Portantes hoje? As pessoas se organizam em tribos.
Cada vez mais a sociedade é um somatório de
comunidades. E essa organização se dá sempre em
torno de valores e crenças em comum. A marca, ao
expor seus valores e suas crenças, estará escolhen-
do com que comunidades falar – e com que tribos
deixar de falar. Não faz mais sentido para as marcas
falar com todo mundo do mesmo jeito.
emPresas estão cada vez mais Presentes nas redes
sociais. como deve ser a relação entre a em-
Presa e o consumidor no atendimento Por estes
canais? Depois de aprender a falar com as pessoas
em tom editorial, e não mais apenas em tom publi-
citário, as marcas vivem hoje o desafio de aprender
a ouvir. Quanto mais aberta a empresa estiver a ouvir
seus consumidores, mais ela aprenderá com eles,
mais ela os fidelizará, economizando, na outra ponta,
um bocado em pesquisa e também no SAC. As redes
sociais são canais cuja grande beleza não é falar para
as pessoas, mas ouvi-las, compreendê-las, dialogar
com elas, a custo relativamente baixo.
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mercado projeta pib em -3,71% para 2015o último Boletim Focus do ano passado, de 31 de dezembro, consagrou a perspectiva de queda do PIB prevista para 2015. Importante relatório do mercado econômico por sintetizar as percepções dos analistas financeiros, o documento con-firmou a trajetória de recuo da expansão, uma característica sentida durante todo o ano. Na projeção final do grupo con-sultado pelo Banco Central, o PIB de 2015 deve sofrer retra-ção de 3,71%. Quatro semanas antes, no início de dezembro, a projeção era de -3,50%. O instrumento de consulta ao mer-cado mostra o agravamento da crise econômica no Brasil em 2015. O primeiro boletim do ano, divulgado na primeira se-gunda-feira de janeiro, indicava a projeção de alta de 0,15% para o PIB de 2016. De um crescimento quase nulo, a geração de riquezas no país regrediu para retração de mais de 3,5%. E o ano de 2016 já começou com projeções negativas. No pri-meiro relatório de mercado deste ano, a expectativa é de PIB em -2,99% para 2016 e de 0,86% em 2017.
noVo estatuto da pessoa com deficiência entra em Vigor
conforme o Instituto Brasi-leiro de Geografia e Estatís-tica (IBGE), em 2015, 6,2% dos brasileiros possuíam algum tipo de deficiência auditiva, visual, física ou intelectual. Porém, nem sempre é oferta-do a esta parcela da popula-
ção o atendimento devido. É isso que procura reparar o Esta-tuto da Pessoa com Deficiência, que entrou em vigor no início do ano. O texto, aprovado em junho de 2015 pelo Congresso Nacional, procura assegurar a inclusão social, unificando di-versas leis e práticas já existentes, como a adaptação de esta-belecimentos comerciais para facilitar a mobilidade de cadei-rantes, com portas e corredores largos e rampas de acesso; o incentivo do ensino e a formação de profissionais tradutores em Libras, e a inclusão de pessoas com deficiência no mer-cado de trabalho, vedando a discriminação em razão de sua condição em qualquer parte do processo de admissão.
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Previsões de temPo mais acuradas em
2016 Boa notícia para os empresários que
trabalham com produtos sazonais: a partir
deste ano as previsões do tempo serão
mais precisas. O Instituto Nacional de Pes-
quisas Espaciais (Inpe) começou a utilizar
um novo equipamento para previsões mais
detalhadas e confiáveis, principalmente
em casos de eventos extremos, como
chuvas intensas e e períodos de seca em
todo o país. O modelo, chamado de BAM
(Brazilian Global Atmospheric Model), será
utilizado também em previsões de ondas
em correntes para a Baía de Guanabara,
durante os Jogos Olímpicos do Rio.
goVerno sanciona marco regulatório de ciência e tecnologiafoi aprovado pela presidente Dilma Rousseff em janeiro o novo Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação, que simplifica as relações entre universidades e empresas privadas. O objetivo da publicação é fomentar um ambiente de inovação no país, com menos burocracia e mais parcerias. A maior alteração para o setor privado é a não obrigatorieda-de de licitação em compras ou contratação de produtos para fins de pesquisa e desenvolvimento. Com a nova legislação, fundações e institutos ligados às universidades públicas que se dediquem à pesquisa poderão participar como sócios minoritários de empresas para buscar medidas inovadoras para a criação de produtos. Outra mudança do Marco Legal é que professores universitários com dedicação exclusiva poderão trabalhar e participar de projetos de pesquisas em em-presas, não excedendo tempo estipulado, desde que não afete seu desempenho nas funções da universidade, seguindo o mesmo modelo utilizado nos Estados Unidos e na Europa.
camPanha da Kit Kat mexe com consumidores
Seguindo seu conceito global Have a Break (faça uma pausa), a marca de chocolates Kit Kat entrou no mercado colombiano de forma diferente. Criada pelas agências Mindshare e J. Walter Thompson, durante um mês a campanha modificou painéis em pontos de ônibus em Bogotá para que, a cada vez que alguém encostasse neles, começasse a vibrar e massa-geasse suas costas por alguns minutos. A ideia era dar um momento de pausa na rotina, já que a cidade é considerada uma das mais estressantes da América Latina.Os anúncios foram acompanhados de uma ação no Twitter que indicava aos usuários onde estavam os painéis massa-gistas mais próximos sempre que algum deles reclamava de cansaço, utilizando a tecnologia Google Charts. Durante a campanha, o reconhecimento da marca subiu de 13% para 21%, o número de seguidores no Twitter subiu 35% e, no Facebook, a iniciativa gerou mais de 2.500 comentários sobre a campanha.
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mercado de beleza em baixa pela primeira Vez em 23 anos
crescendo continuamente em dois dígitos há mais de 20 anos, em 2015 o mercado nacional de higiene e beleza sofreu uma retração no país. Se-gundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cos-méticos (Abihpec), as vendas do setor somaram R$ 42,7 bilhões, 6% a menos que no ano anterior.
O mercado brasileiro é o terceiro maior do mundo, ficando atrás apenas de Estados Unidos e China. A Abihpec aponta a retração econômica, a crise política e hídrica, e o aumento de tributos – principalmente o IPI – como os principais fatores a influenciar a diminuição das vendas, que resultou tam-bém na queda de 2% na geração de empregos no setor. Em 2016, o aumento da alíquota de ICMS em 17 estados (incluindo o RS) deve elevar ainda mais o preço dos produtos, entre 5,9% e 16%, em médica, durante o ano.
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incentivos fiscaisincentivos fiscais
dos quais as pessoas jurídicas podem se valer para destinar impostos que permitem à sociedade realizar projetos. No caso do imposto de renda, as empresas podem contribuir para entidades que apoiam as crianças, jovens e adolescentes, os idosos, a cultura, o esporte e a saúde. Os percentuais dedutíveis são definidos por lei e podem chegar a 6% do valor total a ser pago. A possibilidade de direcio-nar o recurso a beneficiários específicos, entretanto, ainda é pouco praticada.
Para poderem usar os incentivos fiscais federais, cujas deduções são feitas a partir do Imposto de Renda, as empre-sas precisam ser, necessariamente, tributadas com base no lucro real. Se a empresa recolher impostos por lucro pre-
O Brasil dispõe de mecanismOs de incentivO fiscal
mpresas e pessoas físicas
podem destinar parte do
imposto de renda devido
a projetos assistenciais,
beneficiando crianças,
jovens e idosos
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incentivos fiscais
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incentivos fiscaissumido ou arbitrado, ou se for optante do Simples Nacio-nal, não poderá se valer desse tipo de benefício tributário. “Trata-se de uma rara janela de direcionamento da verba do imposto que, em geral, não pode ser destinado a setores específicos”, lembra o coordenador da Pactum Consultoria Empresarial, Rafael Zanotelli.
A companhia tem de providenciar, de início, certidões negativas de débitos. A seguir, deve escolher a área na qual deseja investir de forma incentivada, tendo em vista que há leis fomentando recursos para os diferentes beneficiários e diversos assuntos podem ser englobados. A Lei Rouanet permite a dedução de 4% do imposto devido para cultura e artes. A Lei Federal de Incentivo ao Esporte e o Fundo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Funcriança) permi-tem 1%. O mesmo índice foi estabelecido nas leis do Fundo Nacional do Idoso, Programa Nacional de Apoio à Aten-ção Oncológica (Pronon) e Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (Pronas/PCD). Atenção: o máximo dedutível cumulativo para PJ é de 6% do montante devido. No caso das pessoas físicas, o limite é o mesmo, com o diferencial de que todo o percentual pode ser destinado ao Funcriança.
A empresa define se vai repassar o dinheiro somente para os fundos, e eles decidem então os destinatários, ou se vai destiná-lo a um projeto assistencial específico que rece-ba verbas desta pasta. Cria-se, assim, uma identidade com a iniciativa. Há formulários específicos para isso na decla-ração. “A burocracia é relativamente média, considerando-se os padrões brasileiros”, brinca Zanotelli. Não são muitas as empresas que buscam essa alternativa: apenas uma em cada dez, segundo estimativa do executivo. “Até hoje exis-te medo de cair na malha fina, mas é bobagem, porque há comprovantes para as doações. Outras empresas também não geram imposto a pagar”, lembra.
AcompAnhAmento de perto
O Grupo Dimed, das farmácias Panvel, destina anual-mente parte de seu imposto de renda para três entidades: Hospital Ana Nery (em Santa Cruz do Sul), Associação Bene-ficente Pella Bethânia e Fundação de Atendimento de Defi-ciência Múltipla. “Na escolha, consideramos a idoneidade, a tradição da instituição e a área de atuação da mesma, onde
são privilegiadas as ações destinadas à área de saúde e de projetos de inclusão social”, explica o diretor de Controla-doria, Antônio Napp.
A avaliação da aplicação dos recursos (uma das princi-pais vantagens de iniciativa) é realizada por dois métodos: visitas às instituições para verificar se os objetivos estão sendo atendidos e análise da prestação de contas dos re-cursos captados pela entidade.
Na visão de Napp, o setor privado deve assumir suas responsabilidades sociais, contribuindo para a melhoria dos padrões de vida das comunidades e promovendo a saú-de e o bem-estar. “Além disso, dadas as dificuldades que o Estado possui, em todas as suas esferas, para a imple-mentação de políticas sociais efetivas, seria bem-vinda a possibilidade de ampliar a parcela de imposto que pode ser direcionada para este tipo de projeto, dando à iniciati-va privada mais espaço para escolher os beneficiários que melhor se enquadrem em critérios de transparência e efi-cácia no uso dos recursos.”
ensinAr A pescAr
Cerca de cem empresas contribuem para o sucesso da Fundação Projeto Pescar, que oferece cursos gratuitos so-cioprofissionalizantes a jovens gaúchos e de outros nove estados brasileiros, além de Argentina, Paraguai e Angola. As verbas oriundas de quem optou pela FPP por meio do Funcriança representam 10% do total de receitas. Conforme o superintendente da entidade, Ézio Rezende, apesar do po-tencial de gerar recursos de forma geométrica, a destinação de parte do imposto por parte das pessoas jurídicas e físicas ainda esbarra em obstáculos culturais, como o medo da ma-lha fina. “Falta esclarecimento”, diz.
Um dos planos da fundação é aumentar para 50% o per-centual de arrecadação advinda do imposto de renda das empresas e pessoas físicas. “Vamos fazer um trabalho mais forte de comunicação, pois esse é um dinheiro que já seria pago ao governo, não onera”, argumenta Rezende. Na es-tratégia de convencimento, ele explica que as organizações sociais conseguem entregar resultados mais rapidamente. O Projeto Pescar já formou mais de 25 mil jovens em suas 130 unidades. O índice de empregabilidade dos egressos chega a 97,2%.
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Rentabilidade
retorno garantido
M uitas vezes considerada sinônimo de lucratividade, a rentabilidade é,
na verdade, o retorno sobre o investimento feito na empresa, e não o
lucro obtido nas transações. indicador importante da sustentabilidade
empresarial, ela é o resultado de uma boa gestão
01 02Corte gastos
A rentabilidade está intimamente
ligada à eficiência. E em uma
empresa eficiente não existe
desperdício. Então, não tenha
dúvidas: comece a melhorar a
rentabilidade dos seus investimentos
revendo todas as despesas. A partir
dessa análise você conseguirá
identificar os gastos desnecessários
ou excessivos, que podem ser
eliminados. Seja bastante criterioso e
promova cortes em gastos que não
trarão retorno algum à empresa.
Planeje as finanças
Seguindo a mesma lógica, faça um
planejamento das finanças da empresa.
Dessa forma, é possível conhecer a sua
capacidade de investimento, provisionar
gastos, fazer reservas para alguma
eventualidade e projetar retornos
financeiros. Esse planejamento também
é importante porque evidencia prazos
de pagamento e de recebimento – dois
aspectos que precisam ser observados
com atenção para que sejam evitados
descolamentos entre ingressos e saídas
de recursos.
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avalie tendênCias
O exercício de olhar para o futuro e projetar
mudanças no mercado consumidor não
é simples, mas é fundamental. Dedique
uma parte do seu tempo, diária ou
semanalmente, para avaliar tendências.
Isso é importante porque apresenta novas
oportunidades de investimento, que podem
fazer com que sua empresa se torne mais
rentável. Essa análise de cenário também
indica o momento em que você deve deixar
de investir em uma linha de produtos ou
determinados serviços. De qualquer forma,
você precisa se antecipar aos fatos.
aProveite o PotenCial da equiPe
Capital humano é um dos investimentos mais
importantes de uma organização, por isso,
avalie criteriosamente as suas posições e
certifique-se de que possui as pessoas certas
para cada uma delas. Invista nas pessoas,
com treinamentos, cursos e especializações
que qualifiquem o atendimento aos seus
clientes. Ofereça boas condições de
trabalho e de remuneração para reter
talentos. Mas faça também avaliação
de desempenho, buscando identificar os
resultados quantitativos e qualitativos, além
de aspectos a serem melhorados.
esteja Presente
“É o olho do dono que engorda o
gado”, diz a sabedoria popular, e com
razão. Acompanhar as operações da
empresa garante que você identifique
as falhas de processo que possam
ser corrigidas. Estar presente também
significa participar do seu mercado de
atuação, em encontros e conferências,
além de rodadas de negócios, que
abrem a possibilidade de atingir
um grande número de pessoas
que possam se interessar pelos seus
produtos ou serviços.
divulgue
Para uma empresa ser rentável ela
precisa vender, e muito. Quanto mais
negócios forem fechados, melhor será
a rentabilidade. Portanto, investir em
marketing é fundamental, mesmo que
você opte pelo marketing de baixo
custo, como o que é feito online.
A internet abre inúmeras oportunidades a
serem exploradas, das redes sociais aos
blogs. Se esse trabalho for bem feito,
o contato da sua empresa
com os consumidores será
aprimorado e constante.
Rentabilidade10 passos
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estabeleça ParCerias
Empresários de áreas com afinidades
podem se juntar para oferecer
condições diferenciadas a seus clientes,
de modo que todos saem ganhando. O
mesmo vale para grupos de empresários
que se organizam para obter preços
mais competitivos de matérias-primas.
Outra forma de firmar parcerias é se
associando a grupos e a entidades
empresariais, que costumam oferecer
vantagens aos filiados, como serviços
jurídicos e tributários a um preço
competitivo, por exemplo.
invista Para CresCer
Diante de uma oportunidade
identificada, não hesite em investir se
estiver dentro de suas possibilidades.
Porém, planeje o investimento. Esse
planejamento deve ser como um plano
de negócios, em que você projeta
público-alvo, custos e preços a serem
aplicados, entre outros aspectos. Além
disso, faça também uma projeção de
retorno desse investimento, calculando
se o valor presente desse investimento
corresponde com as projeções de
ganho futuro.
busque diferenCiais
Diante de um mercado competitivo,
possuir diferenciais garante maior
visibilidade para o seu negócio entre
os consumidores. É importante tentar
se diferenciar da concorrência,
oferecendo serviços ou produtos
alinhados com as necessidades dos
clientes. Para isso, conhecer bem o seu
público-alvo é imprescindível, e sempre
gera retornos e oportunidades que se
não forem utilizados por você serão
aproveitados pelos seus concorrentes.
negoCie semPre
Tanto para prazo quanto para os
preços praticados, sempre negocie
com fornecedores condições que
sejam viáveis e que garantam melhor
rentabilidade ao seu negócio. Trabalhe
antecipadamente, buscando menores
custos e prazos de pagamento mais
longos. Essa medida favorece o seu
ciclo financeiro e também vale para
as intermediações bancárias. Negocie
taxas de juros e pacotes alinhados à
sua demanda, que não reflitam em um
custo muito alto.
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A rotAtividAde é um fAtor que gera bas-tante impacto financeiro para as empresas de todos os setores. Num ano de crise econômi-ca isso tende a piorar devido à necessidade de se reduzirem os gastos. Afinal, demitir um funcionário e contratar um novo é bas-tante custoso, além de sobrecarregar outras áreas da empresa com questões de treina-mento e integração do novo profissional.
Soma-se a tudo isso ainda a adaptação que leva em consideração uma série de fatores, como a distância percorrida entre a casa e o local de trabalho, que muitas vezes é esquecida na hora do processo de seleção. Esses são alguns dos motivos que podemos elencar e pelos quais 2016 será o ano do georrecrutamento.
O sistema, muito utilizado por grandes com-panhias brasileiras e multinacionais, indica os candidatos que residem mais próximos, num raio de até quatro quilômetros, contribuindo com a retenção da mão de obra operacional. O conceito está cada vez mais difundido em razão dos benefícios que gera, como diminui-ção do tempo perdido com a abertura de uma nova vaga, colocação do anúncio e seleção, entre outros. Sem contar na questão do impac-to reduzido no custo com vale-transporte.Estudos realizados por nós demonstraram que as empresas podem perder até R$ 200 milhões
com os gastos ocasionados pela rotatividade. Por exemplo, uma empresa de call center, com turnover mensal de 10%, 10 mil funcionários com salário médio de R$ 1.000, conseguiria economizar R$ 22,8 milhões ao ano, utilizando o sistema de georrecrutamento.
Dados de utilização da nossa ferramenta, por exemplo, demonstraram que mais de 80% dos contratados permanecem no tra-balho por mais de seis meses. No caso das empresas que são mais distantes da residên-cia do funcionário, como ocorre quando as empresas contratam por meios tradicionais, essa mesma taxa cai para 60%.
A demanda por mão de obra cresce a cada ano, principalmente, em razão da alta rotatividade ocasionada, em sua maioria pelo tráfego caótico. Neste ano, a palavra de ordem é economizar e eliminar processos que gerem custos. Com o georrecrutamento, as empresas poderão realizar contratações mais eficientes e automatizar as etapas de seleção, reduzindo em até 80% o tempo gas-to pelo recrutador com postagem, triagem, convocação e manutenção de suas bases de dados. Isso garante mais qualidade e rapidez para as companhias que pretendem mudar seus processos e se adaptar à nova realidade econômica.
Jacob Rosenbloom Ceo da emprego Ligado
O ANO DO GEORRECRUTAMENTO d
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Emílio Moriguchi
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ApArentemente os problemAs relAcionAdos Ao estresse
estão crescendo. essA percepção do senso comum é
verificAdA nA práticA? Na minha experiência, de 33 anos como médico e atendendo em hospitais e também no meu consultório particular – onde tenho como clientes muitos executivos e políticos –, observo um nível de estresse cada vez maior na faixa etária dos 50 anos, quando as pessoas estão mais estáveis do ponto de vista financeiro. Eu recebo queixas como ‘Doutor, não aguento mais a vida do jeito que estou levando, você tem que me ajudar’. Essa tem sido uma solicitação recorrente. Antigamente, há 10 e 15 anos, isso era mais raro. As pessoas vinham para fazer um check-up, uma consulta de prevenção – relatavam que estavam bem,
trabalhando bem e só queriam confirmar as condições de saúde. Nos últimos anos, a queixa de que o corpo não está tolerando mais o ritmo está crescendo. Inclusive, esse tema deveria ser tratado como uma questão de saúde pública, porque não é uma percepção só minha. Eu acompanho a li-teratura, e o nível de estresse da sociedade como um todo tem aumentado.
como podemos definir quAlidAde de vidA no trAbA-
lho? Eu recorro a um conceito bastante subjetivo, que é, basicamente, o bem-estar da pessoa. Qualidade de vida é algo individual, não é uma definição que se possa fazer coletivamente. Se o indivíduo se sente bem, satisfeito e
ocê é feliz? essa é a pergunta que deve ser feita quando se busca o bem-
estar e uma vida mais equilibrada, sintetiza o geriatra emílio moriguchi,
um dos especialistas mais requisitados no rio grande do sul em relação
à qualidade de vida. nesta entrevista, ele reforça a importância de
melhorar as relações de trabalho e interpessoais para afastar problemas
como o estresse e a depressão, que derrubam a produtividade
Júlio
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vbem-estar é para
todos os momentos
entrevista
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com a autoestima elevada. A expressão certa é ‘sentindo-se feliz com o seu dia a dia’. Isso inclui saúde, trabalho, relacio-namento com a família, qualidade do sono, tudo. Essa tem que ser a nossa prioridade.
A questão de gostAr do que fAz tem umA relAção dire-
tA com os chAmAdos workaholics. é plAusível que umA
pessoA, ApesAr de relAtAr sAtisfAção profissionAl, este-
JA estressAdA? Existe, sim, aquela pessoa que gosta do que faz e que através do seu trabalho se sente recompensada ao final do dia, ou que por fazer o que aprecia dedica até 20 horas ao trabalho. Eu vejo muitos indivíduos na faixa dos 50 a 60 anos de idade e que estão no topo da carreira, são ho-mens e mulheres de sucesso e satisfeitos com o que fazem, mas que sentem falta de alguma coisa. O trabalho é uma faceta, uma parte da vida da gente, mas não é possível se sentir completo só com o trabalho. Sentir-se realizado, feliz na profissão, não preenche todo o escopo da qualidade de vida, que tem vários componentes. Embora o trabalho seja o principal desses componentes em termos de volume, outras coisas são importantes. Somente o trabalho não preenche o espaço da qualidade de vida.
o senhor citou o estresse como um problemA de sAú-
de públicA. mAs diAnte dA iniciAtivA de cAdA empresário
AdotAr um modelo de trAbAlho mAis sAtisfAtório em suA
empresA, o que ele precisA fAzer pArA reduzir essAs quei-
xAs? Eu tenho como objetivo de ação do meu trabalho que as pessoas sejam felizes. É claro que como médico eu trato muito da questão da saúde, não só física mas também men-tal e social. Como cada gestor pode contribuir para que as pessoas se sintam mais em paz e felizes é, exatamente, ou-
vindo os anseios. Essa é uma coisa difícil, sei que é bastante trabalhoso. Eu tenho tentado fazer isso nos dois hospitais em que trabalho. Mensalmente eu faço uma reunião com as minhas equipes de trabalho e eu vejo que, graças a Deus, a parte profissional sempre está bem. Nós, como gestores, temos que prestar atenção, valorizar o que cada um faz, elo-giar o que for positivo. Claro que ninguém é perfeito e se-rão identificadas falhas, também, mas é importante chamar atenção não de forma que gere frustração, mas de forma construtiva. São pequenas questões que vão se acumulando que precisam ser conversadas, a parte financeira é um pon-to importante, mas também existe a questão da segurança, por exemplo. Muitas vezes, infelizmente, nossos colabo-radores sofrem violência ou na chegada ao trabalho ou na saída. Nisso também precisamos contribuir. Eu já entrei em contato com a chefia de policiamento sobre a questão de se-gurança nas áreas em que os colaboradores entram e saem. Ultimamente temos tido uma resposta com o aumento de viaturas na região. Tudo isso é qualidade de vida. Não é só a questão financeira ou de trabalho, mas também de sentir-se seguro. É poder chegar bem ao trabalho e poder voltar com segurança. O gestor tem muitos aspectos a observar.
A queixA em relAção à sensAção de insegurAnçA no
estAdo tem sido crescente, reAlmente, e, emborA não
fAçAmos A relAção diretA imediAtAmente, interfere bAs-
tAnte nA questão dA sAúde... Afeta diretamente. Sou médi-co, mas também sou professor de medicina no Hospital de Clínicas da Ufrgs e coordeno o setor de geriatria do Hospital Moinhos de Vento. Atendemos pessoas de nível social bas-
Emílio Moriguchi
“O trabalho é uma faceta, uma parte da vida da gente, mas não é possível se sentir
completo só com o trabalho.”
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tante diferentes. Infelizmente já tive não somente colabo-radores, mas também pacientes que foram assaltados ou na chegada ou na saída das instituições em que atuo. Os pacien-tes pioram com isso: começam a ter medo de vir, ou vêm com medo. Isso atrapalha a qualidade de vida.
outro problemA de sAúde relAcionAdo Ao estresse e
que pArece ser crescente é A depressão, que Já seriA
umA dAs principAis cAusAs de AfAstAmento do trAbA-
lho. o senhor tAmbém notA no diA A diA o crescimento
dessA queixA? Infelizmente, sim. Sou geriatra, mas minha especialidade técnica é colesterol, então eu atuo no Labo-ratório do Colesterol e Dislipidemia, atendendo inclusive pessoas muito jovens com esse problema. A questão da depressão tem sido muito frequente no nosso trabalho, a ponto de no ano passado ,na clínica de Dislipidemia, a prescrição dos antidepressivos chegar quase aos mesmos níveis da prescrição de medicação para o colesterol, que é o nosso principal foco. Isso é preocupante, porque se cem pessoas que atendemos no Laboratório do Colesterol sa-írem do atendimento com prescrição de medicação para esse problema não há nada de anormal. Mas se dessas pes-soas quase 90 saírem com a prescrição de antidepressivos,
“A questão da depressão tem sido muito frequente no nosso trabalho, a ponto de no ano passado, na clínica
de Dislipidemia, a prescrição dos antidepressivos chegar quase aos mesmos níveis da
prescrição de medicação para o colesterol, que é o nosso
principal foco.” é algo que começa a nos preocupar. Nós fazemos pergun-tas gerais não só relacionadas ao colesterol, existem duas questões que são bastante reveladoras sobre a ocorrência da depressão. Primeiro perguntamos se a pessoa acorda bem disposta para ir ao trabalho. Se a resposta for sim, OK. Se for não, já é um sinal de alerta. A segunda pergunta é se a pessoa tem se sentido triste ou deprimida alguns dias da semana. Se as duas respostas forem afirmativas, provavel-mente o indivíduo está com depressão. Aí, aplicamos um questionário mais completo. E se a pessoa tem depressão não podemos deixar assim, não é?! Não adianta estar com o colesterol bom e deprimido. Então, prescrevemos medi-cação para ajudar essa pessoa. Esse problema na classe tra-balhadora tem sido muito comum.
então, um conselho interessAnte pArA os empresários
é observAr tAmbém essA questão dA motivAção? Os ges-tores podem fazer uma avaliação mensal, periódica, bas-tante simples, com apenas duas perguntas. A primeira é: você acorda indisposto para trabalhar? E depois: você tem se sentido triste na maior parte dos dias da semana? Se ambas as respostas forem positivas, aconselho que o tra-balhador seja encaminhado para um serviço de saúde, pois pode estar com depressão. E se estiver, ele consegue tratar antes de o problema se tornar incapacitante e afetar a vida e o trabalho de forma mais crítica.
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sindicato
e na moder-nização das relações entre capital e trabalho, o Sindicato do Comércio Atacadista do Estado do Rio Grande do Sul (Sindiata-cadistas-RS) atende todas as empresas gaúchas onde inexistem sindicatos específicos da área. São 2,4 mil associados, mas a en-tidade representa legalmente um total de 9 mil companhias, para as quais oferece cursos de qualificação e assessorias técni-cas e ainda estimula a promoção do desenvolvimento sustentá-vel. Fazem parte do Sindiatacadistas-RS outros seis sindicatos do setor: Sindicato do Comércio Atacadista de Gêneros Ali-mentícios de Porto Alegre; Sindicato do Comércio Atacadista de Louças, Tintas e Ferragens de Porto Alegre; Sindicato do Co-mércio Atacadista de Tecidos, Vestuário e Armarinho de Porto Alegre; Sindicato do Comércio Atacadista de Produtos Quími-cos para a Indústria e Lavoura e de Drogas e Medicamentos de Porto Alegre; Sindicato do Comércio Atacadista de Madeiras de Porto Alegre e Sindicato do Comércio Atacadista de Álcool e Bebidas em Geral no Estado do Rio Grande do Sul (Sicabege).
O Sindiatacadistas-RS é presidido pelo empresário Zildo De Marchi, ex-presidente da Lacesa, da própria Fecomércio-
Fundado em 2001, com Foco na integração ao sistema Fecomércio-rs
a ponte entre os
fabricantes e o varejo, o
sindicato do comércio
atacadista do estado
do rio Grande do sul
representa 9 mil empresas
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O meiO de campO dO cOmérciO
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Posse da diretoria
que assumiu a
gestão 2014-2018 do
Sindiatacadistas-RS
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RS, do Sindilat e atual presidente do Conselho de Adminis-tração da Uniagro, importadora e distribuidora de alimen-tos e especiarias gastronômicas sediada em Porto Alegre. Aos 90 anos, ele continua lutando por boas negociações tra-balhistas, pelo desembaraço da malha tributária brasileira e pelas ações de responsabilidade social.
“A área tributária é muito complexa, e por isso temos cober-tura jurídica que nos dá convênios de assessoria permanente”, comenta, citando um dos serviços oferecido aos associados da entidade. “Há mais de 80 itens no sistema tributário nacional, o que cria problemas para todas as empresas, sejam as voltadas ao mercado interno ou as exportadoras e importadoras, e até para as internacionais que aqui queiram trabalhar.” O dirigen-te torce para que, um dia, a propagada reforma tributária seja aprovada no Congresso. No entanto, ele reconhece que exis-tem corporações dificultando os trâmites para um acordo que viabilize a reestruturação necessária do modelo de cobrança de impostos, taxas e contribuições do país.
A modernização da relação capital/trabalho também é uma bandeira da entidade. “A Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) está defasada, precisa ser adaptada aos novos sistemas de convivência”, defende o empresário. “O capital parado é uma potência inerte, e o trabalho sem o capital é uma potência imobilizada, é preciso unir as duas forças. A CLT inibe muitos a avançar em função das suas implicações. Há necessidade de adequação e melhora.” Apesar disso, De Marchi avalia que as convenções coletivas do ramo atacadista vão bem. “Temos ex-periência de longa data e estamos negociando bem com os pro-fissionais. Já passei por batalhas muito mais violentas”, lembra o líder patronal. Na opinião do empresário, é no diálogo que se encontram as soluções para os problemas.
Infraestrutura defIcIente
Outro obstáculo ao trabalho dos atacadistas é o transporte de mercadorias. O custo final da logística representa 20% do preço da carga, quando nos Estados Unidos a média gira em 8% e na Europa é 6%. “Não temos vias férreas nem pluviais para escoar os produtos, só a malha rodoviária. Num país imenso como o nosso, a despesa é alta e enfrentamos grandes dificul-dades para competir com os demais mercados”, reconhece.
De Marchi lamenta, contudo, que o cenário político atual não ofereça muitas perspectivas de melhora a curto prazo.
“Nunca vi um quadro tão constrangedor como esse. É uma falta de respeito à sociedade. A disputa do poder levou os políticos a ficarem de costas para o país de 200 milhões de habitantes”, protesta. “Se dentro de uma empresa os diri-gentes são egoístas e não têm convivência social adequada, baixa a produtividade. A liderança tem a responsabilidade de dar condições para a sociedade se desenvolver e crescer de maneira harmônica, respeitosa e digna.”
unIão que faz a força
Os sete sindicatos sob o guarda-chuva do Sindiatacadistas-RS juntos promovem serviços e projetos de responsabilidade social. Uma dessas iniciativas é o Cicloatividade, mantida com apoio da Bussiness Professional Women (BPW), Super Comuni-cação e Isla Sementes, que procura expandir o uso de bicicletas na cidade, proporcionando condições para sua circulação nas ruas, instalando paraciclos e conscientizando a população para uma melhor convivência de bicicletas e carros no trânsito.
Outra iniciativa envolve o auxílio à Instituição de Educação Infantil e Assistência Social Eugênia Conte, situada no bairro Rubem Berta, em Porto Alegre. A instituição, que ajuda a ti-rar crianças e adolescentes da linha de vulnerabilidade social, recebe patrocínio para a participação dos jovens em campe-onatos esportivos e doação de equipamentos de informática. “A responsabilidade social é um alicerce da sustentabilidade da economia e do custo final de tudo o que nós utilizamos, inse-rindo-se em todas as nossas atividades”, diz De Marchi.
Presidente da entidade, Zildo De Marchi,
lançou, recentemente, livro em que conta
sua trajetória no empreendedorismo gaúcho
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CONGRESSO
ongresso estadual de
relações sindicais e do
trabalho ocorrerá de 31 de março a 2 de abril
nos hotéis garita Park hotel e sesc torres. as
inscrições já estão abertas no site do evento
CGestão sindical e
do trabalho em debate
O muniCípiO de tOrres será palco de um momento de reflexão e debate sobre questões relacionadas ao comércio e serviços. O Congresso Estadual de Relações Sindicais e do Trabalho, promovido pelo Sistema Fecomércio/Sesc/Senac, ocorrerá de 31 de março a 2 de abril, com conferência, painéis e talk-shows. As inscrições estão abertas e podem ser realiza-das no site www.congressofecomercio.eventize.com.br.
A abertura do evento será no Hotel Sesc Torres (R. Plínio Kroef, 465 – Predial) no dia 31, a partir das 19 horas, com o pre-sidente do Sistema Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, e a pre-sidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 4ª Região (Porto Alegre), Beatriz Renck. Em seguida, haverá a conferên-cia inaugural Os limites impostos pela Justiça do Trabalho ao livre exercício da negociação coletiva, com palestrantes a definir.
Na sexta-feira (1º/04) as atividades se concentram no Garita Park Hotel (Av. Alfieiro Zanardi, 1017 – Praia da Cau). Às 8h30, o tema do primeiro talk-show é terceirização, que terá media-ção do consultor trabalhista e sindical da Fecomércio-RS Flávio Obino Filho. Na mesa, estarão ainda o desembargador do TRT da 4ª Região Francisco Rossal de Araújo, o presidente da União Geral dos Trabalhadoes (UGT), Ricardo Patah, e o advogado mestre em Ciência Política, Victor Russomano Júnior. Às 10 horas, está previsto o painel As contribuições assistenciais e a intervenção do Governo Brasileiro, com o procurador regional do Trabalho do Ceará, Francisco Gerson Marques de Lima, e os advogados Lidiane Nogueira, da Divisão Sindical do Conselho Nacional do Comércio (CNC), e Sandro Lunard, especialista em normais internacionais pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) do Paraná.
As programações recomeçam às 14 horas com o painel As vantagens e as desvantagens do Salário Mínimo Regional,
com o presidente da Federação dos Empregados no Co-mércio de Bens e Serviços do Rio Grande do Sul (Fecosul), Guiomar Vidor, e o consultor econômico da Fecomércio-RS, Marcelo Portugal. A partir das 16h15 será realizado o talk-show O Tribunal Superior do Trabalho e temas atuais das relações de trabalho, com o presidente da Associação dos Ad-vogados Trabalhistas de Empresas do Estado no Rio Gran-de do Sul (Satergs), Eduardo Caringi Raupp, e mediação de Flávio Obino. Às 20 horas, haverá coquetel e apresentação artística, no Hotel Sesc Torres.
A partir das 8h30 de sábado, ocorrerá o painel Descanso no sétimo dia no comércio, com o consultor trabalhista e sin-dical da Fecomércio-RS Luiz Fernando Moreira, além de ou-tros palestrantes. Às 10h15, está previsto ainda o talk-show Como respeitar diferenças de tamanho e objetivos das empresas nas negociações coletivas. Apresentarão suas considerações sobre o tema a diretora das Lojas Renner Clarice Martins Costa, o gerente do Walmart Brasil Gil Cipelli de Brito e o presidente do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse, com a participação de Flávio Obino.
Data – 31 de março a 2 de abril
Local – Garita park Hotel e Hotel sesc torres (torres/rs)
Inscrições – As inscrições estão disponíveis pelo endereço www.congressofecomercio.eventize.com.br.
Mais informações – (51) 3388-4944 ou e-mail [email protected].
Para ParticiPar
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josé securato Sócio-fundador da Saint Paul Advisors, vice-presidente do Instituto Brasileiro dos Executivos de Varejo & Mercados de Consumo (Ibevar)
As cinco lições que Aprendi com rudolph
GiuliAni
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probabilidade de sucesso e à eficácia de suas ações.
Durante o 11/9, NY não tinha plano para um ataque terrorista, mas outros planos e preparativos foram utilizados para gerenciar a crise, como: plano de evacuação do cone-sul da ilha (gerenciar terremoto/maremoto), plano de transferência de pacientes dos hos-pitais que disponibilizou mais atendimento na região afetada e assim por diante.
5. Trabalho em equipe. Reconheça que você não pode saber tudo e ser expert em tudo. Monte um bom time, confie, pergunte ao seu time. Faça planejamento, defina metas e dê feedback. Quando as coisas vão mal, apoie. Mas Giuliani é genial. Ele transformou as agências de benefícios em agências de empregos, reduzindo o desemprego para índices mínimos. Quando as pessoas se acostumam com o paternalismo, elas se tornam dependentes do sistema e deixam de contribuir. Uma boa intenção se transforma em uma praga. E para refletirmos: “As pessoas gastam dinheiro com mais eficiência que o governo. Aumentar impostos não é a solução, ao contrário.” – R. Giuliani Quanta semelhança com nossos políticos e governantes, não!?
“OlhE nO ESPElhO! Pergunte-se: quais seus defeitos?NENHUM? Pergunte à sua esposa…”Esta paráfrase dá o tom da palestra do R. Giu-liani a que eu tive a honra de assistir. Rudolph Giuliani é incrível. Ele foi o prefeito de NY que conseguiu reverter a “capital do crime” dos EUA na NY que começamos hoje, a NY em que minha filha nasceu. Fez uma palestra exclu-siva para a delegação da GS&MD que partici-pou da maior feira de Varejo & Consumo do mundo, a NRF, em NY. Giuliani prega cinco princípios para gerenciar crises. Acompanhe. 1. Planejamento. A maior parte do seu sucesso na gerência de crises é o planejamento. Para gerenciar uma situação de crise, é preciso ter um plano para cada possível situação. Esta lição foi a base para toda a transformação de NY e se aplica para qualquer empresa. 2. Otimismo. “Você tem que ser um otimista”! É fundamental oferecer esperança. Ninguém quer seguir um pessimista ou um derrotado. 3. Coragem. Não tenha medo de tentar novas iniciativas, novas soluções. Temos que ter a coragem de eventualmente estarmos errados, e aceitarmos que podemos falhar.
4. Prepare-se! As horas de preparo são diretamente proporcionais à
especial
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ransparência, equidade, prestação de contas e
responsabilidade empresarial são os quatro pilares da
governança corporativa, que tendem a ganhar cada vez
mais espaço nas organizações brasileirasTseguem por algum cami-
nho. É claro que quem está à frente da organização espera que seja uma trajetória de crescimento. Porém, nem sempre o percurso a ser seguido está bem claro para todos os que estão dentro desse barco.
A analogia com o meio de locomoção é válida. Focando na figura emblemática do barco, imagine que a tripulação des-conheça completamente a direção, ou então que saiba apenas para onde está indo sem fazer ideia das funções que cada um deve realizar para chegar ao destino. Outra situação, também possível, é a do tripulante que mesmo ciente do trajeto e das suas responsabilidades não as cumpre com o rigor necessá-rio, comprometendo, assim, o desempenho de todos. No final, a embarcação pode não alcançar os objetivos definidos, ou
Todas as empresas, independenTemenTe do porTe e do segmenTo,
ges
tão
Estrutura alinhada às Estratégias
texto marina schmidt
imagem de abertura ©istock.com/dr911
gestão
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demorar um tempo maior para alcançar o intento, gastando mais recursos do que deveria nesta empreitada.
É mais ou menos nessas condições que uma empresa sem governança corporativa corre o risco de navegar. O pior é que ela estará em um mar repleto de empresas que compe-tem entre si. Diante do concorrente e dos tubarões do mer-cado, o seu barco, por mais lindo e promissor que pareça, pode perder totalmente o brilho e atratividade por não ter um comando condizente com a sua estrutura.
Toda essa metáfora justifica a importância da governança corporativa, que nada mais é do que a forma como as organi-zações são dirigidas e como são estabelecidas as relações entre todas as partes que fazem parte dela, direta ou indiretamente. E, acredite, ter processos bem-alinhados, de acordo com o que
pregam as boas práticas de governança, faz toda a diferença na escalada para o sucesso. “Se a gente pensa nos objetivos da governança, como preservação de valor e melhoria de gestão, por exemplo, não há como negar que a adoção dessas medi-das está diretamente relacionada ao resultado”, sintetiza o especialista no tema Fábio Abreu, sócio líder da PwC.
na direção certa
Criar mecanismos que aprimoram processos de tomada de decisões dentro das empresas, bem como o controle de todos os atos, é algo que pode ser incorporado a qualquer empresa. E isso nada mais é do que dar os primeiros passos em direção à governança corporativa. “É o sistema pelo qual
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as organizações são geridas, monitoradas e incentivadas, regrando os relacionamentos dos proprietários, do conse-lho de administração, da diretoria e de órgãos de controle”, descreve Robert Juenemann, conselheiro de Administração do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). “Pode parecer algo complicado, mas não é”, frisa.
O professor de governança do Instituto Superior de Ad-ministração e Economia (ISAE), Carlos Ercolin, sublinha que “toda empresa possui governança. Para começar, basta ter vontade e acreditar que a governança veio para ajudar os empreendedores, e não para burocratizar. Pequenas ações, como profissionalizar a empresa e separar cargos e funções, devem ser adotadas”.
A governança é um processo que modifica a forma de condução do empreendimento, com o objetivo de constituir um modelo de gestão que assegure características vistas com bons olhos por investidores e pelo mercado de uma forma ge-ral. Essas características estão delineadas nos princípios que norteiam a governança: transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa. “A transparência pressupõe que, mais do que prestar informações, é preciso ter uma postura transparente na relação com o que chamamos de partes interessadas, que são as pessoas que gravitam em torno dessa empresa”, orienta Juenemann.
Entrelaçada a esse conceito vem a prestação de contas. “É preciso ter também o conhecimento e a aceitação de que é ne-cessário prestar contas. Se estou ocupando um cargo que me foi delegado eu preciso prestar contas do que estou fazendo”, acrescenta. Esses dois primeiros conceitos atrelados à gover-nança provam que uma coisa não existe sem a outra. Não é possível ser transparente sem prestar contas e não se presta contas com credibilidade sem transparência.
“Outro princípio da governança é a equidade, que indica a necessidade de promover um tratamento muito justo entre todos os sócios e as demais partes interessadas. Ou seja, não se pode prejudicar e nem beneficiar qualquer parte”, classifica o conselheiro do IBGC. Por fim, vem a responsabilidade corpo-rativa: “Tem que se pensar na sustentabilidade do negócio ao longo do tempo, fazendo com que ele gere lucro e recursos su-ficientes para se perpetuar”, esclarece Juenemann. Sustentabi-lidade é um termo amplo, que reflete tanto a junção de condi-ções necessárias para a perpetuação de um empreendimento quanto a preocupação com os impactos socioambientais cau-sados pela atuação da empresa. “É preciso incorporar, sim, na minha visão, práticas em que a empresa esteja em sintonia no ambiente qual ela está situada, com a comunidade, colabora-dores, meio ambiente. É uma visão muito mais abrangente do conceito de propriedade e gestão de negócios”, defende.
Esses quatro princípios devem dar vazão a ações que cor-respondam com os preceitos da boa governança, e tudo precisa ser passado com clareza para todos os entes que integram o empreendimento. Códigos, documentos e processos precisam estar alinhados a essas definições. “Deve-se não apenas im-plantar as boas práticas, mas praticá-las, e para isso é preciso muito treino, com a participação do maior número de colabo-radores”, explica Ercolin.
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Em outras palavras, poderíamos dizer que a
governança corporativa é um regramento entre os titulares
do capital (sócios e acionistas), a gestão do negócio e a própria
família, porque vivemos em um universo basicamente de empresas familiares ou
multifamiliares.”
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robert Juenemann
Conselheiro de administração
do iBgC
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Familiar, mas com governança
“Hoje, o grande foco da governança corporativa está nas empresas familiares”, sinaliza Fábio Abreu, sócio líder da PwC. Os grupos familiares respondem por dois terços das empresas no mundo, segmento que cada vez mais olha para formas de aprimoramento da gestão e dos controles, dois preceitos fundamentais da governança. “Temos, no Brasil, 270 empresas de controle familiar com receitas su-periores a R$ 1 bilhão”, contextualiza Abreu. “É um uni-
verso muito grande de organizações, e todas elas, em di-ferentes graus, vêm se interessando pelo tema e buscando implementar boas práticas.”
O cenário apresentado pelo sócio da PwC mostra que o caminho da governança passa, obrigatoriamente, pe-las empresas familiares, que compõem a maior parte das organizações em todo o mundo. Para elas, no entanto, há um grande desafio, indica o especialista: “Segregar o que é pessoal do que é da empresa”. Robert Juenemann segue na mesma linha. “Em outras palavras, poderíamos dizer que
govErnança corporativa É o sistema pelo qual
as empresas e demais
organizações são
dirigidas, monitoradas e
incentivadas, envolvendo os
relacionamentos entre sócios,
conselho de administração,
diretoria, órgãos de
fiscalização e controle e
demais partes interessadas.
as boas práticas de
governança corporativa
convertem princípios básicos
em recomendações objetivas,
alinhando interesses com
a finalidade de preservar e
otimizar o valor econômico de
longo prazo da organização,
facilitando seu acesso a
recursos e contribuindo para
a qualidade da gestão da
organização, longevidade e
o bem comum. Conheça os
princípios básicos:
Prestação de Contas (accountability)
os agentes de governança devem prestar contas de sua
atuação de modo claro, conciso, compreensível e tempestivo,
assumindo integralmente as consequências de seus atos e
omissões e atuando com diligência e responsabilidade
transparência
Consiste na divulgação de informações do interesse das par-
tes envolvidas e não apenas aquelas impostas por disposições
de leis ou regulamentos. não se deve restringir ao desempenho
econômico-financeiro, contemplando também os demais fato-
res (inclusive intangíveis) que norteiam a ação gerencial
equidade
Caracteriza-se pelo tratamento justo e isonômico de todos os
sócios e também das demais partes interessadas (stakeholders), levando em consideração seus direitos,
deveres, necessidades, interesses e expectativas
responsabilidade Corporativa
os agentes de governança devem zelar pela viabilidade
econômico-financeira das organizações, reduzir as
externalidades negativas de seus negócios e suas operações
e aumentar as positivas, levando em consideração, no
seu modelo de negócios, os diversos capitais (financeiro,
manufaturado, intelectual, humano, social, ambiental e
reputacional, entre outros) no curto, médio e longo prazos
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a governança corporativa é um regramento entre os titu-lares do capital (sócios e acionistas), a gestão do negócio e a própria família, porque vivemos em um universo basica-mente de empresas familiares ou multifamiliares.”
Esse é o caso especialmente do Rio Grande do Sul, apon-ta. “A base econômica do país é formada, basicamente, por empresas familiares de capital fechado. O número de em-presas listadas na bolsa (obrigadas a adotar práticas de go-vernança corporativa) não chega a 500”, contabiliza.
reFerência de mercado
Com capital aberto, a Natura é obrigada a seguir os quatro pilares da governança corporativa para garantir uma relação de credibilidade junto aos investidores. Mas a importância das boas práticas para o grupo sempre es-teve à frente das negociações no mercado acionário. A empresa seguiu uma trajetória incomum, nesse sentido:
consolidou, primeiramente, as boas práticas para só de-pois abrir capital. O diretor de governança corporativa da Natura, Moacir Salzstein, explica que um processo le-vou ao outro.
“Normalmente no mundo da governança corporativa há um entendimento de que você implanta essas práticas quando se cria um Conselho de Administração. Então, eu considero que a governança existe a partir do momento em que o conselho é criado”, conceitua. No caso da Natu-ra, isso ocorreu em 1998. “Eu sempre gosto de destacar que, naquela ocasião, a Natura era um S.A. de capital fe-chado. Então, a empresa não tinha a obrigação de ter uma estrutura como a que ela criou”, explica.
“A companhia julgava que o compromisso assumido seria algo positivo e valioso para empresa. E acabou sen-do”, detalha. O entendimento era o de que seria possível obter benefícios com a governança corporativa. “Com o tempo, a empresa foi analisando os prós e contras de abrir capital, mas já tinha em mente que um dos aspectos com que não teria que se preocupar era a questão da cria-ção do conselho.”
A abertura de capital veio em 2004 e foi significati-va porque o grupo resolveu aderir ao Novo Mercado da BM&FBovespa, quando poucas empresas faziam esse mo-vimento. “Isso significava assumir uma série de obriga-ções em relação à formação do conselho de administração e aos tipos de ações negociadas.”
Salzstein acrescenta que esse movimento foi visto com muito bons olhos. “O mercado percebeu que a Natura es-tava disposta a ter uma relação bastante séria com seus acionistas”, avalia. Ao longo dos anos, a empresa vem mantendo essas boas práticas não só para permanecer no Novo Mercado, mas para avançar no aprimoramento da relação com as partes interessadas. “Fazemos um evento anual, no mesmo dia da assembleia geral ordinária e ex-traordinária, em que promovemos um encontro com os acionistas pequenos, os pequenos investidores, para am-pliar a transparência e o diálogo.”
A empresa segue todas as obrigações ligadas à forma-ção do comitê de auditoria, tem diferentes presidentes na empresa e no Conselho de Administração, por exemplo. “À medida que possam surgir novas práticas em relação à governança, certamente a Natura não ficará para trás.”
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Se pensamos nos objetivos da governança, como
preservação de valor e melhoria de gestão, por exemplo, não há como negar que a adoção
dessas medidas está diretamente relacionada ao resultado.”
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sócio líder da pwC
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código dE conduta
Confira recomendações do IBGC para a elaboração do có-digo de conduta e aprimoramento da ética empresarial:
o código de conduta deve ser elaborado segundo os va-
lores e princípios éticos da organização, com intuito de fo-
mentar a transparência, disciplinar as relações internas e
externas da organização, administrar conflitos de interesses,
proteger o patrimônio físico e intelectual
a abrangência do código deve ser definida conjuntamente
pelo conselho de administração e pela diretoria, em função
das características e do estágio de governança da organi-
zação. o documento aplica-se a administradores, sócios,
colaboradores, fornecedores e demais partes interessadas
e abrange, ainda, o relacionamento entre elas
o código de conduta deve também estabelecer um valor
máximo até o qual administradores e funcionários possam
aceitar bens ou serviços de terceiros de forma gratuita
ou favorecida
o conselho de administração deve cobrar da diretoria a
criação e o fomento de uma cultura e valores organiza-
cionais que direcionem as partes interessadas a adotar um
comportamento ético e responsável
a diretoria deve liderar o processo de elaboração do có-
digo de conduta, segundo princípios e políticas definidos
pelo conselho de administração. a participação das partes
interessadas no processo de elaboração do código de con-
duta contribui para sua aceitação e legitimidade
a diretoria deve zelar pelo cumprimento do código de con-
duta aprovado pelo conselho de administração. ela deve
prestar contas ao conselho de administração, tempestiva-
mente, em casos de infringência ao código, bem como das
respectivas ações corretivas ou punitivas tomadas
o código de conduta deve ser divulgado no website da
organização, em local de fácil acesso. programas de edu-
cação continuada para todos os níveis da organização são
uma ferramenta adequada para garantir a efetividade do
código de conduta
aconselhamento proFissional
A experiência da Natura deixa lições para empreende-dores que, mais do que sonhar com a abertura de capital, desejam criar condições adequadas para perpetuação de seus negócios. É claro que as boas práticas de governança contribuem muito para isso e, olhando para os passos da-dos pela Natura, é possível traçar a trajetória inicial rumo a maior credibilidade no mercado, mesmo para empresas de capital fechado.
“O primeiro passo é criar um conselho de qualidade, com pessoas gabaritadas e de confiança”, aconselha Moacir Salzs-tein, diretor da Natura. O segundo ponto, continua, é estabe-lecer claramente o papel dos conselheiros e da administração. “O conselho não pode ser um simples aprovador automático de demandas ou projetos da diretoria, por menor e menos complexa que seja a empresa”, sugere.
É preciso ter ciência de que essa estrutura é constituída para auxiliar nos processos decisórios. “Abrir mão de tomar as decisões no âmbito da diretoria e remetê-las ao conselho é um grande desafio, principalmente para as empresas familiares”, concorda. Porém, ele pondera que vale a pena aprender desde cedo que o conselho tem um papel diferente do da diretoria. “Conselho é independente e tem papel decisor.”
O fortalecimento dessa prática, em geral, resulta na cria-ção de comitês de apoio. “O passo seguinte é que se mantenha disciplina desse processo, o que pressupõe agendas bem-de-finidas, datas, registros formais por meio de pautas e atas de reunião”, define, estabelecendo o receituário básico para se elevar o grau de governança corporativa. “Depois, quando for o caso, se a empresa julgar que é momento de abrir capital, poderá já ingressar no mercado acionário em um nível elevado de governança.”
combate à corrupção
O Código das Melhores Práticas de Governança Corpo-rativa, elaborado pelo IBGC e disponível em www.ibgc.org.br, traz uma série de dicas. Um dos focos interessantes é a importância do código de conduta e o conflito de interesses, questão que ganha evidência diante da crescente insatis-fação dos brasileiros diante da corrupção. De acordo com pesquisa recente da Confederação Nacional da Indústria
(CNI), 65% das pessoas consideram a corrupção o principal problema do Brasil. Um estudo da PwC feito com chefes de empresas de todo o mundo demonstra que a corrupção e o suborno são vistos como principais ameaças aos negócios por 83% dos executivos brasileiros.
saiba
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mais
carreira / competências mais buscadasNo final de 2015, o LinkedIn, rede social para conexões profissionais, divul-gou as competências mais pesquisadas por recrutadores durante o ano. O site analisou as buscas feitas em dez países, incluindo Brasil, Estados Unidos, Fran-ça e Índia. Foram tabuladas as 25 competências mais pesquisadas e a primeira colocada no ranking foi o armazenamento de dados em nuvem e sua distribui-ção. A habilidade mais procurada no Brasil também é o segundo lugar mun-dial, com a análise estatística e mineração de dados. Em terceiro lugar figura a segurança de qualidade de software e teste de usabilidade.
comuNicação / Voz pode ser decisiVaNovas pesquisas mostram que a ma-neira como você usa a sua voz pode interferir nas suas conexões e na im-pressão que as pessoas têm de você e do que você diz. De acordo com uma empresa de análises de comunicação americana, a Quantified Impressions, a entonação de voz de um palestrante
é duas vezes mais importante do que o conteúdo que está sendo falado. Os pesquisadores avaliaram 120 apresentações, usando um software para ana-lisar as vozes dos palestrantes, e depois coletaram opiniões de um grupo de dez especialistas e de mil ouvintes. A qualidade de voz dos ministran-tes foi responsável por 23% das avaliações dos ouvintes, e o conteúdo das mensagens, 11%. Outro estudo, publicado recentemente no Journal of Voice, envolveu 74 adultos e descobriu que, ao escutar gravações de vozes ásperas, fracas, cansadas ou ofegantes, o ouvinte tende a qualificar o falante como uma pessoa tensa, fraca ou passiva. Gravações com vozes normais são cate-gorizadas como bem-sucedidas, sensuais, sociáveis e inteligentes.
mais & menos
Dólar O volume de transações com dólar
caiu 8% em 2015 em relação ao
ano anterior, segundo dados do Banco
Central. A moeda norte-americana
registrou valorização de 48,5%.
aposeNtaDoriaO reajuste de 11,25% concedido aos
beneficiários do INSS que recebem
acima de um salário mínimo irá elevar
os gastos da Previdência Social em
r$ 21,5 bilhões em 2016, de
acordo com cálculos do Ministério do
Trabalho e da Previdência Social.
mei De acordo com pesquisa elaborada
pelo Sebrae Nacional, 45% dos
microempreendedores individuais (MEIs)
eram anteriormente empregados com
carteira assinada. Apenas 22% dos
entrevistados eram empreendedores
informais antes da adesão ao sistema.
Fusões e aquisições O ano de 2015 marcou recorde
histórico mundial de fusões e
aquisições. De acordo com a
consultoria de análise de dados de
mercado Dealogic, as empresas
fecharam aquisições que
somaram us$ 4,7 trilhões no
ano passado.
terceira iDaDe O Índice de Preços ao Consumidor
da Terceira Idade (IPC-3i), que mede
a variação da cesta de consumo
de pessoas com mais de 60 anos
de idade, fechou o ano de 2015 em
11,13% – percentual superior ao
do Índice de Preços ao Consumidor
Brasil (IPC-BR), que mede a inflação
média para todas as faixas etárias e de
renda e que ficou em 10,53%.
FrauDes / cerca De 75% Das empresas globais Foram alvo De algum
tipo De crime em 2015 De acordo com pesquisa global realizada pela
Economist Intelligence Unit, 75% das empresas foram alvo de algum tipo
de fraude em 2015. Além disso, 80% dos entrevistados se sentiram mais
vulneráveis a este tipo de ocorrência em comparação com ano anterior.
A fraude mais apontada foi o roubo de ativos, com 22% das empresas e
com 62% delas se sentindo passíveis a esse tipo de problema. As empresas
brasileiras seguiram as tendências internacionais: três de cada quatro
empresas sofreram algum tipo de fraude no último ano. O crime mais
comum foram os desvios financeiros, atingindo 23% das empresas. O roubo
de ativos ficou em segunda posição, com 17%.
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coNsumo / Gerações mais noVas querem seGuir tradições segundo o estudo global da Nielsen sobre Geração Global, as gerações mais jovens ainda se identificam com certas tradições, como casar e constituir família. A geração Z, que atualmente tem menos de 20 anos, é a que mais se aproxima com a ideia de casamento, com 20% dos entrevistados. Ela é segui-da de perto pela Geração Y, que fechou em 19% de interesse pela tradição. A tendência continua no tópico “ter filhos”, com 15% de preferência para a Geração Z, o que aponta uma prioridade. A aquisição de bens e suces-so financeiro são objetivos de todas as gerações, mas o interesse é mais destacado entre os jovens. Ter um trabalho satisfatório é muito mais im-portante para as Gerações X e Y (com 37% de favorabilidade), enquanto a Geração X tem apenas 19% de interesse, o que não indica uma prioridade. Quando o assunto são os hábitos saudáveis, as gerações mais velhas pa-
recem muito mais interessadas em manter a boa forma: os Baby Boomers e a Geração Silenciosa afirmaram seguir um estilo de vida saudável com uma dieta equilibrada. Além disso, en-quanto as gerações mais velhas preferem alimentos com menos gordura, açúcar e sódio, os mais jovens estão mais propensos à linha de orgânicos, sem glúten e rica em proteínas.
coNsumiDor / porto aleGre é a capital que mais busca conVeniência em farmáciassegundo estudo realizado pelo Instituto Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ), cerca de 83% dos brasileiros frequentam farmácias e drogarias pelo menos uma vez por mês. O ICTQ realizou entrevistas em 16 capitais brasileiras e descobriu que os habitantes de Porto Alegre são os que mais procuram produtos de higiene pessoal e beleza nas drogarias. De acordo com a pesquisa, a tríade preço, localização do estabelecimento e varieda-de de produtos são os principais fatores que levam os consumidores em busca desse tipo de itens às drogarias da capital gaúcha. Além disso, 70% dos entrevistados afirmaram aprovei-tar o atendimento personalizado, com a presença de um profissional que oriente o cliente. Os produtos mais procurados são o creme antienvelhecimento, produtos para depilação, shampoo, sabonete e protetor solar.
Negócios / executivos
preocupaDos com corrupção A rede global PwC, em pesquisa
anual com chefes de empresas
de todo mundo, constatou que
83% dos executivos brasileiros
veem corrupção e suborno como
ameaças aos negócios. O segundo
maior medo dos empresários foi
o custo de energia, apontado por
74% dos brasileiros entrevistados.
Enquanto a média mundial de
confiança no crescimento das
empresas ficou em 35%, os
brasileiros pareceram pessimistas,
com apenas 24%. Apenas um terço
dos executivos brasileiros afirmou
acreditar em mais oportunidades
de crescimento hoje do que há
três anos. A tendência pessimista
se reafirma nos planos para 2016:
93% dos empresários afirmaram
reduzir custos este ano, enquanto
a percentagem mundial ficou em
68% dos executivos.
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João Alves/Sesc-RS
prática de exercícios físicos
é democrática, pode ser
adotada por pessoas de
todas as idades e condições
sociais, como forma
de melhorar a saúde e a
qualidade de vida
Auma pessoa mais ativa. Um tênis simples
já é o suficiente para realizar uma caminhada e gerar ganhos para a saúde. É com essa simplicidade que o Sesc-RS dissemina a prática da atividade física como forma de promoção da quali-dade de vida e do bem-estar. A instituição já começou o ano de 2016 com todo gás, promovendo eventos esportivos consolida-dos no cenário estadual, como o Circuito Verão Sesc de Espor-tes e a Travessia Sesc Torres-Tramandaí.
“O Circuito Verão tem como principal destaque a abrangên-cia: envolvemos mais de cem municípios. Isso o torna o maior evento esportivo do Estado”, contextualiza Marcelo de Campos Afonso, gerente de Esporte e Lazer do Sesc-RS. “Outro fato que o faz ser tão expressivo é a estrutura que montamos para a fi-nal em Torres, com mais de 2,6 mil atletas participando só da
Você não pReciSA de muitoS RecuRSoS pARA Se toRnAR
muito esporte e lazer em 2016
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Festival internacional sesc de Música de 18 a
29 de janeiro, pelotas recebeu intensa programação
musical com concertos e apresentações gratuitos.
Além de incentivar o desenvolvimento da produção
musical, o Festival internacional Sesc de música
fomenta o intercâmbio de bens culturais. consolidado
no cenário cultural da cidade, o evento recebeu 50
espetáculos, entre recitais e concertos, e 21 cursos de
música. Foram mais de 450 profissionais da música,
entre professores, alunos, músicos e técnicos, que
participam de formações, trocas de experiências e
espetáculos artísticos. um intercâmbio de culturas e
aprendizado, representado por mais de 17 países.
travessia torres-traMandaí A prova aconteceu em
30 de janeiro, com a participação de 3 mil atletas.
promovida pelo Sistema Fecomércio-RS/Sesc em
conjunto com o clube de corredores de porto Alegre,
a travessia teve um percurso de mais de 81 km. os
competidores realizarm trajetos individuais, de duplas,
quartetos ou octetos, nas categorias masculino,
feminino, misto e master. os primeiros colocados nas
categorias individual masculino e indiividual feminino
foram Rodrigo cardoso e Roberta nozari. A lista dos
vencedores está no site www.sesc-rs.com.br.
agenda de eventos
15/Fevsesquinhos
o ano letivo nas escolas sesc de educação infan-
til começa com a recepção das crianças de 3 anos
a 5 anos e 11 meses em 18 sesquinhos no rio
grande do sul.
até 21/Fevestação verão
as atividades do estação verão sesc nos litorais nor-
te e sul do estado se estendem até 21 de fevereiro
nas praias de atlântida, Cidreira, imbé, tramandaí,
atlântida sul, Balneário pinhal, torres, Cassino,
são lourenço do sul e laranjal.
etapa final”, acrescenta. Nas etapas classificatórias, mais de 10 mil pessoas participam do Circuito Verão, cuja final ocorre nos dias 27 e 28 de fevereiro.
A Travessia Torres-Tramandaí é um evento tradicional no calendário esportivo. Neste ano, ela chega à sua 12ª edição, com ampla adesão de esportistas de todo o país. “A travessia é um desafio com mais de 80 km percorridos na área. Sai de Torres e chega nas margens do Rio Tramandaí, em Imbé”, afirma Afon-so. A modalidade individual da competição é a que atrai maior número de atletas de ponta, explica. Há ainda a possibilidade de realização da prova em duplas, quartetos e octetos, opções em que os participantes se revezam.
“Esse é um evento que já está consolidado. As 3 mil vagas disponíveis esgotaram em menos de um mês dentro do perío-do de inscrição”, ressalta o gerente de Esporte e Lazer do Sesc-RS. Ele explica que o número de inscritos precisa ser limitado por questões de segurança.
Além desses grandes dois eventos, o calendário esportivo do Sesc-RS prossegue nos meses seguintes com a realização de uma série de atividades. Pelo segundo ano consecutivo, a enti-dade promove a Corrida e Caminhada pela Educação, em abril. Afonso comenta que essa iniciativa é fruto de uma parceria com o Senac-RS, que contou com a participação de mil pessoas em 2015. “Percebemos que as pessoas estão procurando a prá-tica da atividade física como forma de melhorar as condições de saúde. E nós conseguimos promover essas práticas nas mais variadas modalidades para os mais diversificados gostos. Isso ajuda a adoção de hábitos mais saudáveis”, sublinha.
Programação intensa
Há ainda outros eventos que compõem o calendário es-portivo de 2016. Um dos programas de maior duração ao lon-go do ano, por exemplo, tem início agora, no mês de feverei-ro, e se estende até dezembro: é o Circuito Sesc de Corridas. Serão 13 etapas realizadas em cidades distintas e mais a final estadual, que ocorre em 4 de dezembro na capital gaúcha.
Novembro também será um mês de intensas atividades. Entre os dias 12 e 13 acontecem os Jogos Comerciários no Sesc Campestre, em Porto Alegre. E entre 26 e 27 de novembro, Tramandaí recebe a etapa nacional do Sesc Triathlon. Mais informações podem ser obtidas nas Unidades Sesc-RS ou por meio do site www.sesc-rs.com.br/esportesesc.
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equipes
número de pessoas que conse-guiu atingir e até superar os objetivos propostos. Reconhecer esse esforço, por sua vez, é o papel que compete a quem está do outro lado, apontando para o caminho para o sucesso. A fer-ramenta que pode consolidar esse ciclo virtuoso em qualquer organização é a remuneração estratégica.
Caracterizada pela junção entre remuneração fixa mais variável, essa prática está diretamente vinculada ao alcan-ce de metas preestabelecidas, por isso desponta como um bom negócio para todo mundo. “O programa precisa estar muito conectado com as estratégias das empresas”, lembra Henri Barochel, líder da área de Remuneração Executiva da consultoria Korn Ferry Hay Group.
O crescimentO de uma empresa reflete O empenhO, em geral, de um grande
linhado às estratégias
da empresa, um plano de
remuneração fixa e variável
pode ser importante para
o sucesso empresarial
a
Compartilhando os bons resultados
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Essa é a primeira prerrogativa a ser observada: definir as estratégias de médio e longo prazos, para posteriormente con-solidar mecanismos de bônus vinculados aos resultados obti-dos. Do contrário, até é possível ter um plano de remunera-ção fixa e variável, mas isso não significa retorno direto da ação. Já quando adotada como uma ferramenta para atin-gir resultados projetados, de forma estratégica, o potencial para que seja próspera é alto.
O melhor de tudo é que você não vai sentir o peso no bolso. “Custo elevado nunca vai existir, porque os planos são autofi-nanciados. Se paga pelo resultado alcançado”, demonsta Baro-chel. E é com essa mentalidade que a proposta de adotar uma forma diferenciada de remuneração deve ser avaliada. Para quem ainda está se familiarizando com o tema, o diretor da Korn Ferry Hay Group, Gustavo Tavares, orienta: “Identifique os reais objetivos a serem alcançados”. Se está difícil definir o que se quer, ele sugere para começar excluindo da lista tudo o que não se quer da empresa. “A partir daí começa a ficar mais fácil enxergar aonde se quer chegar”, sublinha.
Há boas razões para rever a prática de remuneração da sua empresa. A primeira, já destacada, é a perspectiva de alavancar o crescimento oferecendo bônus aos empregados, como a já tradicional Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Outro ganho para a organização é a retenção de ta-lentos, o que é um argumento valioso se for considerado o custo que o turnover gera à companhia.
A diretora de Remuneração da Associação Brasileira de Re-cursos Humanos no Rio Grande do Sul (ABRH-RS), Flávia Jo-velina Lemos Pereira, explica que a saída de um colaborador prejudica a empresa de várias maneiras. A primeira, e mais óbvia, é o tempo para repor a vaga, o que vem acompanhado do período de adaptação até que o novo contratado obtenha um rendimento profissional no mesmo nível do anterior (esse prazo pode se estender até mais de seis meses).
Tudo isso é custo. “O esforço ou tempo que vai ser des-pendido para desenvolver aquela pessoa para que ela consi-ga chegar ao nível de entrega do colaborador que saiu pre-cisa ser avaliado financeiramente.”
Mensurar para reMunerar
Depois de definidas as estratégias e metas a serem alcança-das, é fundamental identificar de que forma os resultados se-
rão mensurados. “Há uma série de métricas associadas ao que será pago em incentivo. O importante é que os programas se-jam autofinanciados. Na medida em que se atingiu o resultado isso será dividido”, explica Henri Barochel. Dessa forma, se a meta foi alcançada na totalidade, o prêmio pode ser pago in-tegralmente; caso os resultados tenham sido parciais, o bônus também pode ser compensado parcialmente. E, claro, se não houver conquista, nada feito.
O cenário é interessante: você traça um plano, divulga as metas que devem ser alcançadas individual ou coletivamente e, se chegar lá, todos comemoram e usufruem dos ganhos. Pa-rece bem claro que a perspectiva tende a gerar uma satisfa-ção ampla em todo o grupo. É, mas não é bem assim na prá-tica. Os especialistas frisam que os planos de remuneração variável também têm potencial para gerar frustração e até ferir a credibilidade junto aos colaboradores.
Se as metas traçadas estiverem distantes da realidade, isso pode ser um problema. No primeiro ano, objetivos inalcan-çáveis levam o grupo a batalhar para, no fim das contas, não obter retorno. No segundo, se a situação se repete, a ferra-menta cai em descrédito e a proposta pode ruir, podendo até gerar uma insatisfação. Barochel indica que para che-gar a um bom plano a empresa deve iniciar um programa muito simples, adotando apenas um ou dois indicadores coletivos. Depois de algum tempo, de um a três anos, ela já terá amadurecido a ferramenta para traçar metas e bô-nus individuais.
O especialista reforça que os benefícios para a empresa que apostar no método são grandes. “O plano de participação nos lucros é isento do pagamento de encargos sociais e até um determinado valor existe a isenção do imposto de renda. É bom para todo mundo”, sustenta. Ele recomenda que a em-presa trabalhe com metas realistas e esteja disposta a rever as metas se o cenário mudar e inviabilizar o atingimento.
Por fim, mas não menos importante, todo o processo precisa ser estruturado com base em transparência e uma comunicação clara. “Muitas vezes o que notamos é que planos muito bem concebidos, perfeitos do ponto de vista técnico, falham por conta da comunicação”, adverte Gus-tavo Tavares, diretor da Korn Ferry Hay Group. “Tudo vai funcionar melhor quando a empresa tiver o cuidado de ga-rantir a frequência e a assertividade da comunicação desse plano”, aconselha.
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profis-sional em nível técnico. O novo curso técnico de Enfermagem do Senac Gravataí (Av. Dorival Cândido Luz de Oliveira, 480) é oferecido a partir de 2016, em três turmas (manhã e noite). As inscrições estão abertas, com o início das aulas em 2 de março.
Serão cinco módulos de disciplinas teóricas e práticas, que totalizam 1,8 mil horas/aula. A partir da segunda etapa, os alunos terão aulas no laboratório de Enfermagem, no quarto de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) tanto do hospital montado na escola quanto em estabelecimentos convenia-dos. “O plano de ensino está alinhado com as atuais técnicas e teorias, considerando o cenário atual da área da Saúde”, conta a coordenadora pedagógica do Senac Gravataí, Ga-briela Camargo Pereira. A Unidade, segundo a pedagoga, conta com um quadro de profissionais qualificados. “Eles estão preparados para melhor atender os alunos e propor-
A comunidAde dA GrAnde Porto AleGre Possui mAis umA oPção de quAlificAção
Gravataí Ganha curso técnico de enfermaGem
scola do senac conta
com três turmas da nova
formação profissional em
nível técnico. as inscrições
estão abertas, com aulas nos
turnos da manhã e noite, que
se iniciam em março
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Unidade móvel em Tramandaí diversos serviços
gratuitos são oferecidos pelo senac tramandaí, em
parceria com a prefeitura, até 15 de fevereiro. A
unidade móvel, instalada na avenida Beira-mar, ao
lado da estação sesc, conta com 14 computadores
com acesso à internet. o espaço é climatizado,
aberto diariamente das 10h às 18h, e possui um ele-
vador para facilitar a acessibilidade. mais informa-
ções pelo telefone (51) 3661-5674 ou no site www.
senacrs.com.br/tramandai.
Feira de moda e Beleza SUSTenTável em comemo-
ração aos seus 20 anos, o senac canoas promove
a Feira de Moda e Beleza Sustentável – Tendências
muito além da próxima estação. o evento ocorrerá
no dia 20 de fevereiro, das 10h às 20h, na unidade
(r. mathias Velho, 255) e contará com workshops
e oficinas sobre o tema sustentabilidade. Haverá
também estandes para a divulgação de produtos e
serviços e o Brechó desapega, realizado pelos alu-
nos dos cursos de moda, além da venda solidária
de produtos diversos destinados a causas sociais.
contatos pelo telefone (51) 3476-7222 e no site
www.senacrs.com.br/canoas.
aGenda de eventos
cionar uma formação de excelência para a expectativa do mercado”, destaca.
Até então, Gravataí não possuía nenhum curso técnico nessa área , o que não atendia à demanda. O diretor da escola, José Carlos Elyseu, diz que a oferta do novo curso é baseada na manifestação do público da região: “Em diversas ocasiões, recebemos o questionamento sobre a oferta do Técnico em En-fermagem. Após uma pesquisa de mercado, estruturamos um curso qualificado, de referência regional, que conta com toda a experiência do Senac em qualificação profissional”.
A partir do terceiro módulo, os estudantes têm a opor-tunidade de estagiar em estabelecimentos parceiros. Entre eles, estão o Hospital Dom João Becker, Unidades de Pronto Atendimento e Centros de Atenção Psicossocial de Grava-taí – por meio de parceria com a secretaria municipal de Saúde –, que já oferecem espaço para a prática curricular, indispensável à conclusão do curso. Está em tratativas, se-gundo Elyseu, a inclusão de novas vagas na região, como nos hospitais de Cachoeirinha e Santo Antônio da Patrulha. De acordo com levantamento do Senac-RS, em média 84% dos alunos formados pela Instituição conseguem a inserção no mercado de trabalho logo após a formatura.
Como partiCipar
São disponibilizadas 90 vagas para o curso – sendo 60 delas no turno da noite. Pela manhã, as aulas ocorrem das 9h às 12h, e à noite, entre 19h e 22h. Podem participar pessoas a partir de 17 anos e meio completos até o ato da matrícula e que tenham concluído ou estejam cursando o 3º ano do Ensino Médio. Se-gundo Gabriela, a maior procura é para o período noturno, que já fechou mais de 50% das vagas. “É uma surpresa esse núme-ro de inscrições, superior a vários cursos com mais tempo no mercado”, comemora a coordenadora, citando que a iniciativa é um grande diferencial para a escola. “Serão disponibilizados um espaço amplo e adequado às aulas, acompanhamento de um psicólogo e profissionais de ponta, com avaliação integral dos processos desenvolvidos.”
As matrículas são feitas na Unidade, das 8h às 22h. Os inte-ressados devem apresentar RG, CPF e histórico escolar do En-sino Médio. Há 20% de desconto para comerciários, mediante a carteirinha do Sesc-RS. Mais informações pelo telefone (51) 3488-8860 ou via site: www.senacrs.com.br/gravatai.
1º/Fev a 17/Fevinscrições para a Colônia de Férias
crianças de 5 a 12 anos podem participar, de 1º a 17
de fevereiro, da colônia de férias do senac são Luiz
Gonzaga. as atividades ocorrerão das 14h às 18h, na
unidade (r. 13 de maio, 1.297). o investimento é de
r$ 320 e pode ser parcelado em até 12 vezes. mais
informações pelo telefone (55) 3352-7398 ou no site
www.senacrs.com.br/saoluizgonzaga.
4 Fevereiro Formatura de aprendizagem Comercial
cinquenta e cinco alunos do senac novo hamburgo
formam-se pelo curso aprendizagem comercial no
dia 4 de fevereiro. a cerimônia ocorrerá às 19h30,
no hotel union (r. Lima e silva, 107).
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dossiê / Minissaia
m dos principais símbolos
da emancipação feminina
e ícone dos anos 60, a
minissaia ganhou o mundo
há cinco décadas e nunca
mais saiu de moda
ucompletou 50 anos em 2015. Foi em
meados da década de 1960 que o comprimento das saias re-duziu de forma tão evidente. Até então, o parâmetro que mais deixava as pernas das mulheres à mostra era o da al-tura do joelho. Reduzir tanto o tamanho do tecido, eviden-temente, gerou furor, mas a moda pegou para valer. Hoje, a minissaia faz parte do vestuário da maior parte das mulhe-res, que aliam o item aos mais variados estilos. Dependendo das combinações, a minissaia pode representar descontra-ção, romantismo ou ousadia, mas sempre terá a feminilida-de como seu maior símbolo.
Na esfera comportamental, a minissaia foi mais do que o encurtamento do tecido. Na época em que começou a se propagar, a partir de 1965, a peça do vestuário estava en-volta a um contexto de contracultura, que tinha a liberda-de como principal bandeira. A luta das mulheres por maior
a minissaia, uma das peças mais femininas da história da moda,
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Curta, mas poderosa
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espaço na sociedade e poder de decisão também estava em evidência. Por isso, a minissaia é um modelo que representa até hoje a liberdade feminina.
Psicodelia e a renovação da cultura pop trazida pelos Beatles compuseram o contexto que marcou a populariza-ção da minissaia, que ganhou o gosto das mulheres a partir de 1965. A minissaia fez parte de um movimento chamado swinging London, caracterizado pelo vanguarda modernista dos costumes londrinos. A efervescência cultural brintânica chegava para quebrar paradigmas, o que incluía tudo, até mesmo o comprimento das saias. Obviamente, a ousadia surpreendeu a sociedade, embora a luta por mais direitos e liberdade para as mulheres não fosse recente. Desde o início do século 20, a causa feminina vinha avançando em visibili-dade e conquistas.
A minissaia foi mais um degrau nessa escalada. O modelo esteve desde a sua criação intimamente ligado à questão de gênero. Outro contexto que englobava a plural década de 1960 era o do movimento hippie, que chegava para lançar um novo olhar aos conflitos mundiais. Naqueles anos, a Guerra do Vietnã era o principal alvo de contestação política.
Foi um período repleto de acontecimentos que muda-ram as relações sociais dali por diante. Nos Estados Unidos, a fase ficou consagrada como woman’s liberations – mais uma alusão à questão de gênero. Elas davam o que falar: além da saia curta, queimavam sutiãs em público para for-talecer ainda mais a causa.
Além do aspecto político, as minissaias congregavam questões práticas e estéticas, provando que a moda pode ser revolucionária, funcional e elegante. Os relatos da épo-
ca contam que as minissaias eram concebidas pela estilista Mary Quant. De fato, ela contribuiu muito para a populari-zação da peça. Seus modelos eram coloridos, simples, bem co-ordenados e curtos. Porém, a própria estilista refuta o símbolo de criadora da novidade. Mary Quant conta que apenas seguia a
para todos os gostos
Jeans – Versátil, a minissaia jeans é uma peça curinga no guarda-
roupa, pois pode integrar diferentes
combinações, das mais casuais
às mais sofisticadas. ou seja, para
um passeio durante o dia, fica
bem tanto com sandálias baixas e sapatilhas, que dão um
tom mais romântico, quanto com tênis e sapatênis, mais
descolados. para a noite, salto alto é a junção perfeita.
Estampada – as saias
estampadas trazem cor e
formas para o visual. por isso,
as combinações precisam
ser bem pensadas para que
o conjunto seja coerente.
estampas pequenas, como as florais, são caracterizadas
pela delicadeza e pedem adereços que tenham o mesmo
propósito. estampas maiores ou muito coloridas precisam ser
balanceadas com peças simples de cores neutras.
Bandagem – o destaque maior deste
modelo é o formato do seu corpo, portanto
a atenção deve ser grande ao escolher
essa peça. Como se ajusta à silhueta, é
uma saia que evidencia todas as curvas.
para não correr o risco de exagerar no
visual, prefira combinar com peças leves e
casuais, como blusas soltinhas. evite salto
alto, decote e muito brilho.
Godê – famosa pelas
pregas, que dão o contorno
característico da peça,
a minissaia godê é elegante
e nunca sai de moda. É um
símbolo de feminilidade.
É possível adotar a godê nas mais variadas composições,
criando conjuntos que vão do delicado ao mais
descolado, tanto para eventos diurnos quanto noturnos;
basta escolher aquela que mais se encaixa no seu perfil.
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Mary Quant é
consagrada como
a estilista da
minissaia, embora
conte que a moda
veio das ruas
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dossiê / Minissaia
Curiosidades
Elisa primeira mulher a usar minissaia
na tV brasileira foi elis regina, nos
anos 1960. na verdade, foi um
vestido curto, fruto de um “acidente”,
segundo contava Clodovil, estilista
que vestia a cantora. ele relatava que
havia feito um vestido de linho preto
e pediu para a costureira aumentar
16 centímetros. mas em vez de
aumentar, ela diminuiu.
Na tEloNao documentário francês Minissaia,
uma história curta! (original Mini
jupe, tout court!) registra a história
da peça de roupa que mudou
muito mais do que o guarda-roupa
feminino. a produção apresenta
as diversas maneiras de uso da
minissaia e mostra que até hoje a
peça é muito mais do que uma
tendência que nunca sai de moda.
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orientação das garotas da época, que pediam saias mais curtas, pois garantiam mais liberdade de movimentos. Esteticamente, a minissaia garantiu composições de visuais mais femininos, delicados e que valorizam o corpo da mulher.
A estilista, envolta no cenário cultural efervescente da épo-ca, apostava em criações democráticas, voltadas para todas as etnias, classes sociais e idades. E, na prática, foi exatamente isso que os anos seguintes consagraram. A peça ganhou o mun-do se adequando aos mais variados estilos.
Mulheres com as mais distintas características têm a mi-nissaia como algo em comum. O modelo está presente na vida das atletas, como é o caso das tenistas; faz parte do universo estudantil com seus uniformes; é usada com discrição no am-biente de trabalho; e pode ser utilizada de forma mais sofis-ticada, romântica ou descolada. Enfim, é uma peça-chave no guarda-roupa feminino.
E mesmo após ter sido tão disseminada ao longo de dé-cadas, ela ainda mantém viva a sua história, pois permanece como símbolo da liberdade e, não raro, de polêmicas.
Padrãotodos os modelos de saia têm
um comprimento estabelecido
como padrão. Com as míni não
é diferente. no caso delas, o
comprimento é de 20 cm acima
do joelho (pode passar um pouco
disso). peças ainda mais curtas do
que essa, ou seja, que vão muito
além dos 20 cm acima do joelho,
são chamadas de microssaias.
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Futurista
Outro estilista que ganhou notoriedade por suas criações envolvendo a minissaia foi o francês André Courrèges. Depois de largar a engenharia para se dedicar ao mundo da moda, ele encontrou um mercado vasto e aberto à criatividade. Courrè-ges ficou conhecido como um dos estilistas da “era espacial”. Suas criações apostavam nos comprimentos bem curtos e fu-turistas, com formas surpreendentes e tecidos marcantes. Em suas coleções não faltavam linhas retas, botas brancas e as inovadoras cores metálicas e fluorescentes. As modelos que usavam as peças ficaram conhecidas como moon girls.
O estilista abriu espaço para as formas geométricas em suas concepções, misturava listras e círculos nas suas cria-ções, abrindo precedente para um novo momento na moda. Na década de 1960 ele já dizia produzir peças pensando na mulher dos anos 2000. Naquela época ele já frisava que a mu-lher não se distinguia do homem: trabalhava e tinha mil afa-zeres, portanto merecia praticidade.
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Marcelo PortugalConsultor Econômico da Fecomércio-RS
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elevação real é de 132%. Além disso, pas-samos a elevar ainda mais a nossa receita através de saques no caixa único. Infeliz-mente, a maior parte desses recursos aca-bou sendo destinada a gastos correntes.
Entre 2005 e 2012, o nosso governo destinou apenas 4,7% da sua receita corrente líquida para investimentos. Dentre os 27 estados da federação, o Rio Grande do Sul está sempre, ano após ano, entre os que menos investem em termos relativos da sua receita corrente líquida. O problema é que, se investimos pouco, crescemos pouco. Nosso principal gargalo de crescimento econômico é o baixo volume de investimentos do governo do Estado nos últimos 20 anos.
Acomodamo-nos no quarto lugar e fomos ultrapassados pelo Paraná. Podemos, agora, tentar recuperar o terreno perdido ajustando as contas públicas e retoman-do o investimento. Alternativamente, podemos continuar acomodados, agora no quinto lugar. Afinal de contas, Santa Cata-rina e Bahia, que estão em sexto e sétimo lugares, ainda estão bem distantes de nós.
O IBGE dIvulGOu, RECEntEmEntE, que o Rio Grande do Sul não é mais a quarta maior economia do país. Em 2013, fomos ultrapassados pelo Paraná. Esse resultado não é surpresa para aqueles que acompanham a trajetória da economia gaúcha ao longo das últimas décadas. Entre 1985 e 1995 o Rio Grande do Sul era responsável por cerca de 8% do PIB brasileiro. Contudo, nos 20 anos seguintes, o Estado perdeu, paulatinamente, participação no total da economia nacional. Segundo o IBGE, representamos agora apenas 6,2% do PIB brasileiro. Perdemos 1,8 ponto percentual de participação na economia nacional, o que representa R$ 95 bilhões. Esse é o tamanho da nossa perda.
O PIB gaúcho cresce, mas o faz a uma taxa menor a média nacional. Isso causa a nossa perda de participação na economia brasileira. No centro da explicação desse processo está o descontrole das finanças públicas. Entre 1999 e 2014, a arrecadação de ICMS passou de R$ 4 bilhões para R$ 25,9 bilhões. Uma elevação nominal de 545%. Descontada a inflação pelo IPCA, a
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ho Consultorias de gestão
necessário em diferentes setores têm sido a busca de empreendedores, instituições pú-blicas e privadas que contam com consultorias para melhorar a gestão dos seus negócios. Mesmo com a crise que assola o país, a perspectiva da Associação Brasileira de Consultores (ABCO) é de crescimento para o setor, diante das novas con-figurações do mercado tanto em termos econômicos como de reformulação da estrutura patronal. Alguns profissionais projetam aumento de 10 a 30% no número de projetos e clien-tes, reflexo da busca e conquista de novos mercados.
Acredita-se que as raízes das consultorias estejam na Re-volução Industrial, ocorrida entre a metade do século 19 e o início do século 20, a partir da necessidade do surgimento de especialistas para assessorar empresas em assuntos como pro-dução, recursos humanos e gestão. A primeira empresa a atuar
Análise de mercAdo, Auxílio em projetos e o AconselhAmento
esmo com os desafios
impostos pela crise,
consultorias de gestão
empresarial projetam
crescimento de 10 a 30%. o
mercado se mostra
aquecido em meio à
necessidade de inovação
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Setor aquecido com novoS mercadoS
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no ramo foi a de Arthur D. Little – uma consultoria de gestão, criada em Boston (EUA), em 1886, pelo professor do MIT (Ins-tituto de Tecnologia de Massachusetts) de mesmo nome. Um grande salto no setor, porém, foi dado na fundação da norte-americana McKinsey & Company em Chicago, em 1926, por Ja-mes O. McKinsey, um ex-professor de contabilidade da Univer-sidade de Chicago – considerada até hoje uma das três maiores consultorias estratégicas do mundo, assim como a Boston Con-sulting Group (BCG) e a Bain & Company. Com a queda da bolsa de Nova Iorque, em 1929, ampliou-se a demanda por conselhos estratégicos e de gestão para ajudar as empresas a sobreviver e prosperar neste período econômico difícil.
Um dos sócios de McKinsey, o empresário Marvin Bower é considerado o pai do mercado profissional de consultoria. Após a morte de seu mentor, ele assumiu o comando da companhia em 1937, introduzindo uma cultura de profissionalismo, o que melhorou sua reputação e acelerou a expansão do setor.
Mercado brasileiro
No Brasil, houve um rápido desenvolvimento das con-sultorias na década de 1960, junto à ampliação da ativida-de industrial. Com isso, muitos empreendedores passaram a investir na qualificação dos seus serviços, por meio de consultorias nacionais e até mesmo estrangeiras. Ao mes-mo tempo, a série de fusões e aquisições, juntamente com a ocorrência de privatizações das décadas seguintes, ajudou a aquecer esse mercado. De acordo com a pesquisa Perfil da Consultoria no Brasil 2015, divulgada pela ABCO, há hoje cerca de 30 mil profissionais em atuação no país, sendo a maioria homens (55,9%). A faixa etária predominante é de 26 a 30 anos (33,8%), principalmente com especialização (27,5%). O estudo, desenvolvido pelo Laboratório da Consul-toria, também confirma a tendência, inclusive em âmbito internacional, da existência de um número cada vez maior de serviços realizados em parceria com outros consultores.
Um exemplo de aliança e colaboração que vem dando cer-to em solo gaúcho é o da ECR Consultoria, de Canoas. Fundada em 2009 pelos empreendedores Everton Carsten e José Bran-co da Rosa, a empresa é focada em projetos de consultoria, capacitação e aprendizagem em gestão empresarial para or-ganizações de todos os portes. Ela conta com uma rede cola-borativa com dez consultores associados, que atendem mais
de 90 empresas no eixo Sul e Sudeste do país – 40 delas na Região Metropolitana gaúcha. A equipe comercial é formada por dois profissionais, que atuam em conjunto com Carsten.
Mesmo com a difícil situação econômica brasileira, in-clusive do RS, o consultor conta que há uma procura atípi-ca, desde dezembro, de empresas buscando orçamentos nas áreas de estratégia empresarial, controladoria e finanças. “Há um movimento bastante favorável, mas a conversão em negócios é lenta”, afirma o sócio-fundador. A maior deman-da, segundo ele, tem sido por planejamento em geral e ges-tão de custos, além dos outros serviços citados: “Os empre-sários entendam que é importante reagir, buscando alguma solução para a crise do país, inclusive no Estado”.
Desde março de 2015, a ECR vem investindo em outros mercados para driblar a contenção de novos projetos no Es-tado. “Vínhamos há um ano mapeando e buscando relacio-namento com empresas do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Já estamos recebendo demandas da Bahia, Pernambuco e Ceará”, comemora Carsten, citando o uso de ferramentas digitais. Conforme o consultor, a conquista de clientes em outros estados representa 25% do faturamento da empre-sa e 60% das novas oportunidades. “Nossa expectativa é de manutenção da carteira de clientes, com um crescimento de 10% nos projetos nas regiões de MG e RJ.”
clientes de longa data
Prestando consultoria financeira desde 2006, quando ain-da atuava na área bancária, Emerson Alex Smaniotto resolveu abrir o próprio negócio em 2009, em sociedade com a esposa, a designer Amanda Acker. A Expande Soluções Empresariais, de Dois Irmãos, atende empresas de todo o país nas áreas
ECR Consultoria, de Canoas, aposta em
outros estados brasileiros
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ho Consultorias de gestão
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administrativo-financeira, gestão de pessoas, conta-bilidade e design. “Nosso foco de atuação são os Vales do Taquari e do Sinos, além da Região Metropolitana de Porto Alegre. Temos clientes antigos, que abriram filiais fora do Estado, e até em outros países, que aca-bamos atendendo também”, comemora o empreen-dedor. E completa: “Nossa principal propaganda são os próprios clientes, devido à confiança no trabalho. As informações têm que ser muito bem protegidas”.
No ano passado, o casal apostou na abertura de uma filial em Lajeado, ampliando a equipe de consultores, que conta com dois contadores (um para cada unidade), designer e psicóloga, além profissionais das áreas administrativa e financeira. Mes-mo com a crise, o empreendimento registrou crescimento de 30% em 2015. “Desde que começamos, vínhamos dobrando nossa carteira de clientes a cada ano. Esperamos manter o mes-mo resultado do ano anterior”, projeta Smaniotto.
Para ele, a demanda atípica por serviços no início de 2016 mostra que as empresas estão se reinventando e adequando o seu orçamento. “A palavra de ordem é manter o desempenho.” Atualmente, a empresa realiza dez consultorias no Vale do Si-nos e atende mais de 50 clientes na capital gaúcha. “Os projetos são focados em pequenas e médias empresas para a melhoria da gestão. Fazemos o acompanhamento da área técnica, co-mercial e de marketing, além de questões tributárias. Traba-lhamos a contabilidade, aliada a uma consultoria financeira.”
Em Santa Maria, cerca de 40 estudantes da Universi-dade Federal do município (UFSM) têm a oportunidade de colocar em prática lições de finanças, marketing, gestão de pessoas, qualidade e administração. Por meio da Ob-
jetivo Jr., eles prestam consultoria para empreendedores do município e região. A iniciativa, sem fins lucrativos, congrega acadêmicos de diversos cursos sob a orienta-ção de professores. “A aplicabilidade da universidade é o ponto central do nosso trabalho. Ganhamos maturidade no contato com os clientes, sem falar no networking e o desenvolvimento pessoal e profissional”, destaca a vice-presidente da empresa júnior, Melinda Morales.
A partir das demandas verificadas com os clientes, ela conta que é feito um diagnóstico e apresentada uma pro-posta de consultoria para a busca de soluções e melhorias. “Mais da metade de quem procura os nossos serviços já em-preende. Há também os que querem ajuda para tirar algum projeto do papel”, descreve a acadêmica do 5º semestre de Economia, que atua há quase dois anos como consultora. O grupo realiza desde pesquisas de mercado até a montagem do plano de negócios, como também estuda a viabilidade fi-nanceira para a expansão da empresa e o seu planejamento estratégico. “Atuamos em todos os setores dentro da em-presa, com o acompanhamento de dois a três consultores júniores, coordenados por um gerente com experiência em pelo menos um projeto”, descreve.
Melinda conta que no ano passado houve uma desacele-ração nas vendas, mas a procura por serviços de consultoria voltou a crescer em dezembro. “Não temos mais agenda para novos projetos até o final de abril”, comemora. A Objetiva atende em média dez clientes por ano – a metade das consul-torias no 1º semestre, com duração de 2,5 a 3 meses. “Todo o dinheiro que entra com os projetos é devolvido aos associa-dos em forma de investimento, por meio de cursos e outras qualificações. Aprendemos muito com cada projeto.”
Acadêmicos da UFSM atuam
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Soluções Empresariais, de Campo
Bom, conta com equipe multidisciplinar
marcelo Vargas/divulgação expande soluções empresariais
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pelo mundo
GarGalhadas cibernéticas Você sabe como os internautas de cada nacionalidade transcre-vem a sua risada no ciberespaço? A questão foi levantada pelo fórum internacional Reddit, e obteve milhares de respostas, nos mais diferentes idiomas e nacionalidades. Confira algumas delas:
Os tailandeses utilizam “5555” como risada, pois o numeral se pronuncia ‘ha’ na língua, fonetica-mente se aproximando do som de uma gargalhada.
Os japoneses adotam o “wwww” para rir na internet, pois o símbolo usado para risada é pronuncia-do como warai, e a palavra ganhou a abreviação w nos websites.
Provavelmente você está familiarizado com o “LOL”, que os falantes de língua inglesa usam para dar risada na internet: a sigla significa Laughing Out Loud (rindo alto). Os franceses também aderi-ram à moda, e criaram o MDR, que quer dizer Mort De Rire (morto de rir).
Os falantes de língua espanhola são adeptos do “jajaja”, pois em espanhol, a letra J tem som de R, então a expressão fica com som de hahaha.
startup ajuda refuGiadosPara ajudar os refugiados que chegam à Alemanha, os jovens Golde Ebding, Mareike Geiling e Jonas Kakoschke
criaram a startup Flüchtlinge Willkom-men (Bem-vindos, refugiados, em tradu-
ção livre), que encontra alojamento para as pessoas oriundas de áreas de conflito que chegam ao país. A ideia é organizar quartos vagos em residên-
cias de nativos e disponibilizá-los para os imigrantes, mediante inscrição. O processo possui três partes: o usuário
anuncia o seu cômodo vazio, o site con-tata organizações de apoio a refugiados
e eles repassam um nome, que deve ocupar o quarto rapidamente. O custeio do quarto é coberto a partir de doações,
feitas pelo próprio site. O serviço já abrange nove países europeus: Alema-
nha, Áustria, Grécia, Portugal, Espanha, Suécia, Holanda, Polônia e Itália.
Wifi de Graça na biG apple Tendo em vista a dificuldade de comunicação sem fios na cidade de
Nova Iorque, a prefeitura da cidade resolveu substituir milhares de telefones públicos por hot spots de WiFi
gratuito. O projeto veio da necessidade de comunicação dentro da cidade, uma vez que a telefonia móvel é muito
cara e a internet móvel não pega bem por causa dos grandes edifícios que impedem o sinal. Cada ponto de WiFi ficará sobre uma caixa de três metros de altura,
envolta por telas eletrônicas que exibirão publicidade. Juntamente ao totem, haverá um tablet que poderá ser
usado para fazer ligações gratuitas e navegar na internet. De acordo com o projeto, Nova Iorque deverá receber 500 hot spots até julho e 7500 ao todo. A prefeitura da cidade
anunciou que a ação será financiada por publicidade e terá o custo inicial de US$ 800 milhões.
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O primeirO anO dO gOvernO SartOri foi marcado pelo paradoxo existente entre o progressismo de suas ações junto ao parla-mento e a sociedade e uma dose de conserva-dorismo na formação do governo e na gestão política de seu governo. Mesmo com medidas polêmicas, o governador chega ao início do segundo ano em condições melhores do que as de governos anteriores, no mesmo período.
Com exceção do aumento das alíquotas de ICMS – que sofreu resistência das entidades empresariais, preocupadas com o aumento da carga tributária –, o governador Sartori enviou à Assembleia Legislativa projetos de lei que foram amplamente contestados pelo funcionalismo público, mas reconhecidamente necessários para a garantia do funcionamento do Estado, no futuro. A reforma da previdên-cia pública estadual, a lei de responsabilidade fiscal e a aprovação da lei que autoriza o Poder Executivo a privatizar ou extinguir a Compa-nhia Estadual de Silos e Armazéns (CESA) sem a necessidade de plebiscito foram algumas de suas iniciativas que, se tivessem sido tomadas quando começaram a ser discutidas, já esta-riam surtindo efeitos positivos nas contas públicas. Mas como nenhum outro governo decidiu propô-las por temer a pressão das corporações, teremos que esperar mais de uma década para começarmos a perceber os seus resultados.
RodRigo giacometConsultor político da Fecomércio-rS
Análise sobre o primeiro Ano do governo sArtori
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Porém, ao mesmo tempo que avança em al-gumas medidas, o governo Sartori possui um modus operandi bastante singular, que mantém seus aliados e opositores em permanente expectativa. Costuma aliar a transparência do anúncio de medidas com antecedência com a prudência de agir somente no momento em que considera oportuno. Para isso, utilizou uma estratégia diferente ao compor o seu governo, convocando quadros com experi-ência política, ao contrário de seus anteces-sores, que privilegiaram quadros técnicos para funções-chave.
Em respeito à habilidade política e experiên-cia do governador, não é possível contestar suas estratégias de governo. O governo tem o mérito de conseguir comunicar à sociedade os fatores estruturais dos problemas do Esta-do, mostrando que seus problemas são mais antigos do que parecem. Porém, a situação deficitária das contas públicas, aliada a uma conjuntura de baixo desenvolvimento econômico, requer reformas mais profundas na administração pública estadual, como a ampliação e aceleração do processo de privatizações de empresas e publicização de serviços públicos, por exemplo. A alta taxa de governabilidade do governo estadual criou o ambiente ideal para essas reformas, e o governador ainda tem, no mínimo, três anos para realizá-las. A sociedade aguarda.
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monitor de juros mensal
O Monitor de Juros Mensal é uma publicação que objetiva auxiliar as empresas no processo de tomada de
crédito, disseminando informações coletadas pelo Banco Central junto às instituições financeiras.
O Monitor compila as taxas de juros médias (prefixadas e ponderadas pelos volumes de concessões na primeira
semana do mês) praticadas pelos bancos com maior abrangência territorial no Rio Grande do Sul, para seis
modalidades de crédito à pessoa jurídica.
Capital de Giro Com prazo até 365 dias
Cheque espeCial
anteCipação de Faturas de Cartão de Crédito
no
tas
Capital de Giro Com prazo aCima de 365 dias
Conta Garantida
desConto de Cheques
Na modalidade de capital de giro
com prazo até 365 dias, o Citibank
voltou a ter suas informações
disponíveis e, com isso, retomou o
primeiro posto, seguido pelo HSBC.
Santander e Itaú, com taxas
semelhantes, apresentam as
menores médias entre os bancos
de maior abrangência no Estado.
Na modalidade de cheque
especial, Banrisul, Bradesco e Banco
Safra se destacaram em janeiro pela
elevação em suas taxas médias.
Apesar disso, o Banrisul manteve a
primeira colocação da lista.
O Santander, por sua vez, permanece
com a maior taxa média de concessão
da modalidade.
Na modalidade de antecipação de
faturas de cartão, o Banco Safra
permanece com a menor taxa
média de concessão. Entre os
bancos de maior abrangência,
o Banco do Brasil registrou
elevação em janeiro e perdeu
sua posição para o Santander.
Na modalidade de capital de giro
com prazo acima de 365 dias, com a
ausência de informações relativas ao
Citibank, a Caixa manteve a primeira
colocação em janeiro, seguida por
Banco do Brasil e Santander. O Banco
Safra, por sua vez, registrou a
maior taxa média de concessão da
modalidade no mês.
Na modalidade de conta
garantida, o Citibank manteve a
primeira colocação em janeiro.
Entre os bancos de maior
abrangência, Banrisul e Banco do
Brasil, agora acompanhados mais de
perto pelo Santander, permanecem
com as menores taxas médias de
juros da modalidade.
Na modalidade de desconto
de cheques, o Banco Safra registrou
redução em sua taxa média e se
manteve no primeiro posto em
janeiro. Entre os bancos de maior
abrangência, o Banrisul segue
com a menor taxa de juros
média, enquanto o Itaú seguiu
na última colocação.
1) A fonte das informações utilizadas no Monitor de Juros Mensal é o Banco Central do Brasil, que as coleta das instituições financeiras. Como cooperativas de crédito e financeiras não prestam essa classe de informações ao Banco Central, elas não são contempladas no Monitor de Juros Mensal.2) As taxas apresentadas referem-se ao custo efetivo médio das operações, incluindo encargos fiscais e operacionais incidentes sobre elas.3) Período de coleta das taxas de juros: 04/01/2016 a 08/01/2016.
Instituição
Instituição
Instituição
Instituição
Instituição
Instituição
Taxa de juros(% a.m.)
Taxa de juros(% a.m.)
Taxa de juros(% a.m.)
Taxa de juros(% a.m.)
Taxa de juros(% a.m.)
Taxa de juros(% a.m.)
dez
–
2,53
2,32
2,40
2,25
2,71
2,57
2,75
dez
8,18
10,59
11,40
11,46
11,95
11,60
12,93
13,44
dez
1,84
2,75
2,60
3,21
3,42
3,76
dez
2,26
3,25
2,37
2,34
2,36
2,42
2,34
3,31
dez
2,47
2,65
2,78
2,77
3,02
3,32
4,93
9,74
Citibank
HSBC
Banco Safra
Santander
Itaú
Banrisul
Bradesco
Caixa
Banrisul
Banco Safra
Itaú
Caixa
Banco do Brasil
Bradesco
HSBC
Santander
Banco Safra
Santander
Banco do Brasil
Bradesco
HSBC
Itaú
Caixa
Banco do Brasil
Santander
Bradesco
HSBC
Itaú
Banrisul
Banco Safra
Citibank
HSBC
Banrisul
Banco do Brasil
Santander
Itaú
Bradesco
Banco Safra
Banco Safra
Banrisul
Santander
Caixa
Bradesco
Banco do Brasil
HSBC
Itaú
Jan
1,48
1,93
2,16
2,57
2,58
2,72
2,80
2,85
Jan
9,17
11,02
11,63
11,67
11,94
12,59
12,93
13,43
Jan
1,97
2,67
2,86
3,16
3,53
3,75
Jan
2,30
2,41
2,43
2,52
2,54
2,71
2,74
2,89
Jan
2,50
2,72
2,76
2,78
2,91
3,52
5,12
6,48
Jan
2,08
2,59
2,93
2,98
3,25
3,28
3,30
3,39
dez
2,40
2,52
2,78
2,96
3,25
2,99
3,14
3,27
É permitida a reprodução total ou parcial deste conteúdo, elaborado pela Fecomércio-RS, desde que citada a fonte. A Fecomércio-RS não se responsabiliza por atos/interpretações/decisões tomados com base nas informações disponibilizadas por suas publicações.
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EmprEEndEdorismo à prova A série Shark Tank: nadando com tubarões apresenta um desafio que tem como objetico central conven-cer investidores a apostarem em planos de negócios. Cada episódio conta com um grupo de multimilionários – chamados de tubarões – e empreendedores que apresentam suas ideias. Ao final de cada exposi-ção, os tubarões decidem se bancam o projeto ou não, justificando suas escolhas. Se mais de um tubarão gostar do projeto, eles disputam en-tre si, oferecendo oportunidades e modelos de investimento baseados
em suas experiências de sucesso, e o participante toma sua decisão final. Criada pelo produtor britânico Mark Burnett, o mesmo de Survivor e O Aprendiz, já é sucesso de audiên-cia há sete temporadas nos Estados Unidos e exportou seu formato para Austrália, Itália e Portugal. Mais do que um reality show competitivo, o programa é uma ótima opção para entender o processo de decisão de grandes investidores, com dicas valiosas para pôr em prática em qualquer empresa.
DICAS DO MÊS
mudança dE hábito Escrito pelo repórter do jornal New York Times Charles Duhigg, o livro O poder do hábi-to investiga por que algumas pessoas e empresas têm tanta dificuldade em
mudar, enquanto outras conseguem se adaptar às mais diferentes circunstân-
cias. A chave do mistério, de acordo com o autor, é detectar padrões em nosso comportamento, e atacá-los com precisão, alterando, dessa for-ma, hábitos enraizados e mudando a forma de pensar sobre eles. Com
base na leitura de centenas de artigos acadêmicos, entrevistas com mais de 300 cientistas e executivos, além de pesquisas realizadas em dezenas de empresas, a obra é fruto de 20 anos
de pesquisa ao lado de neurologistas, psicólogos, sociólogos e publicitários. Investigando a fundo experiências de sucesso, como o do maior medalhista olímpico da História, Michael Phelps,
e do diretor executivo da Starbu-cks, Duhigg mostra que transformar pequenos hábitos pode significar a
diferença entre o fracasso e o sucesso de qualquer empreendimento,
pessoal ou empresarial.
Livro
Apl
icativo transformando caLorias Em vantagEns Como
incentivar mais pessoas a se exercitarem? Essa foi a questão le-vantanda pelo grupo de brasileiros que criou o aplicativo Mova
Mais, em 2013. A resposta é simples: trazendo vantagens além da boa forma. Basta se inscrever de forma gratuita, conectar-se a um dos apps suportados pelo serviço e começar a se exercitar.
O usuário pode caminhar, correr ou pedalar, e o Mova Mais detecta o movimento automaticamente. As atividades físicas
geram pontos que podem ser repassados para programas de
fidelidade parceiros e depois convertidos em milhas de
passagens aéreas, diárias em hotéis e mais de 500 mil opções
de produtos e serviços.
Ficha técnicaTíTulo: O poder do hábito
auToR: Charles Duhigg
EdiToRa: Objetiva
aNo: 2012
Rep
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ulg
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@iStock.com/Jacob Ammentorp Lund
Ficha técnicaTíTulo: Shark Tank: nadando com tubarões
caNal: TLCHoRáRio: Segundas-feiras, 23h10
duRação: 45 min