ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Prof. Ricardo Torquesfb.com/direitoshumanosparaconcursos
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ECA
Noções IntrodutóriasAspectos Históricos (internacionais e nacionais), regras constitucionais e disposições preliminares do ECA.
Aspectos Históricos InternacionaisAntiguidade: • ligação com a religião e pautada na criação de laços afetivos.• objeto de direito e patrimônio do Estado e das autoridades
familiares.Idade Média:• reconhecimento da dignidade da pessoa;• crianças havidas fora do casamento – dupla vulnerabilidade
Aspectos Históricos Nacionais
FASE IDEIA CENTRAL PERÍODO
fase da ABSOLUTA INDIFERENÇA Sem normas tutelares. até o início do séc. XVI
fase da MERA IMPUTAÇÃO PENAL
Punição de condutas praticadas por crianças e adolescentes.
do séc. XVI e, especialmente com a
edição do Código Mello Matos em 1927, até o Código de Menores de
1979
Aspectos Históricos NacionaisFASE IDEIA CENTRAL PERÍODO
fase TUTELARProteção de crianças e adolescentes em situação irregular, com assistencialismo e práticas segregatórias.
da edição do Código de Menores de 1979 até a Constituição de 1988
fase da PROTEÇÃO INTEGRAL
Sujeitos de direitos, com direitos próprios, a serem assegurados em conjunto pelo Estado, sociedade e famílias, com absoluta prioridade e em consideração da situação peculiar de pessoa em desenvolvimento.
a partir da CF de 1988
Aspectos Históricos NacionaisASPECTO CÓDIGO DE MENORES ECA
DoutrinárioCaráter
FundamentoCentralidade Local
Competência ExecutóriaDecisório
InstitucionalOrganização
Gestão
Situação IrregularFilantrópico
AssistencialistaJudiciário
União/EstadosCentralizador
EstatalPiramidal Hierárquica
Monocrática
Proteção IntegralPolítica Pública
Direito SubjetivoMunicípioMunicípio
ParticipativoCogestão Sociedade Civil
RedeDemocrática
Regras ConstitucionaisOBRIGAÇÃO TRIPARTIDAPRINCÍPIO DA PRIORIDADE ABSOLUTA e PROTEÇÃO ESPECIAL
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)
ININPUTABILIDADE PENAL:Art. 228. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial.
Regras ConstitucionaisTRABALHO DO MENOR
ASSISTÊNCIA EM CRECHE dos 0 aos 5 anos de idade (Art. 7º, XXV, da CF).
MENOR DE 14
• não se admite o trabalho de forma alguma
A PARTIR DOS 14
• admite-se o trabalho na condição de aprendiz
A PARTIR DOS 16
• admite-se o trabalho, exceto precário
A PARTIR DOS 18
• não há restrição ao trabalho legal, ainda que noturno, perigoso ou insalubre
Disposições Preliminares do ECACONCEITO DE CRIANÇA E ADOLESCENTE
APLICABILIDADE DO ECA A MAIORES• apenas para relações infracionais (não aplica às relações civis);• prática infracional às vésperas de atingir a maioridade; e• STJ.
PRINCÍPIOS BASILARES• princípio da prioridade absoluta• princípio da dignidade• não discriminação
Direitos FundamentaisAspectos Históricos (internacionais e nacionais), regras constitucionais e disposições preliminares do ECA.
Direito à vida e à saúdeLEI 13.1257/2016 – MARCO LEGISLATIVO DA PRIMEIRA INFÂNCIA• Abrange: primeiros 6 anos de vida ou 72 meses.• Programas e políticas voltadas à gestação.
Outros direitos...
ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços
comunitários
opinião e expressão
crença e culto religioso
brincar, praticar esportes e divertir-se
participar da vida familiar e comunitária,
sem discriminação
participar da vida política
buscar refúgio, auxílio e
orientação.
Direito à convivência familiar e comunitáriaDIREITOS
FAMÍLIA
ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL• excepcional• avaliado a cada seis meses• relatórios interdisciplinares• decide-se pela reintegração, manutenção do acolhimento (institucional
ou em família acolhedora) ou colocação em família substituta.• máximo 2 anos
Direito à convivência familiar e comunitáriaADOÇÃO- características:
ATO PERSONALÍSSIMO
ATO IRREVOGÁVEL
ATO INCADUCÁVEL
ATO EXCEPCIONAL
ATO PLENO
SENTENÇA
Direito à convivência familiar e comunitáriaADOÇÃO- requisitos objetivos:1) Idade
2) Destituição/consentimento
3) Oitiva/anuência
Direito à convivência familiar e comunitáriaADOÇÃO- requisitos objetivos:4) Estágio de convivência
Nacional
Obrigatório pelo prazo que o juiz fixar.
Pode ser dispensado.
Internacional
Obrigatório pelo prazo fixado pelo juiz, de no mínimo 30 dias.
Não pode ser dispensado.
Direito à convivência familiar e comunitáriaADOÇÃO5) Cadastramento prévio- determinação da adoção:• Regra - ordem cronológica a contar da habilitação para a adoção• Exceções:• adoção unilateral• adoção por parentes com vínculo de afinidade• adoção por não parentes que tenham tutela/guarda legal e desde
que a criança tenha mais de 3 anos.
Direito à convivência familiar e comunitáriaADOÇÃO- requisitos subjetivos:1) Idoneidade do adotante.2) Motivos legítimos e desejo de filiação.3) Reais vantagens para o adotado.- impedimentos para a adoção:• Não podem adotar os ascendentes e irmãos, pois são considerados
família natural/extensa e não caso de adoção.• Não é possível a adoção por tutor, enquanto não prestar contas e
saldar o seu alcance (ou pagar o prejuízo)
Direito à convivência familiar e comunitáriaADOÇÃO- adoção internacional:
1) Pedido formulado perante a autoridade central do país de acolhida (onde residem os pretensos adotantes internacionais)2) Relatório da autoridade central do país de acolhida explicitando que possuem capacidade jurídica e adequação para a adoção.3) Envio da informação à autoridade central brasileiro.4) Se compatíveis as legislações e preenchidos os requisitos será expedido laudo de habilitação para adoção com validade de, no máximo, 1 ano.5) Pedido judicial de adoção perante o Juízo da Vara de Infância em que estiver a criança a ser adotada conforme definição da autoridade central.
Regras GeraisAÇÕES PARA COIBIR A VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇA E ADOLESCENTES• promoção de campanhas educativas. • integração com os órgãos e entidades (Poder Judiciário, MP,
Defensoria, Conselhos Tutelares, Conselhos e ONGs).• formação continuada e a capacitação dos profissionais. • apoio e o incentivo às práticas de resolução pacífica de conflitos.• a inclusão de ações que visem a garantir os direitos da criança e do
adolescente, desde a atenção pré-natal, e de atividades junto aos pais e responsáveis.• a articulação de ações e a elaboração de planos de atuação conjunta
focados nas famílias em situação de violência.
Autorização para ViajarVIAGEM DE CRIANÇAS- poderá ocorrer:• acompanhada dos pais ou responsáveis legais• por autorização judicial (válida por dois anos)
- excepcionalmente, independe de acompanhamento pelos pais/responsáveis ou autorização judicial quando• translado ocorrer entre comarca contígua ou na mesma região
metropolitana (sempre dentro do mesmo Estado).• estiver acompanhada de ascendente ou colateral maior, até o
terceiro grau, comprovado documentalmente o parentesco.• estiver acompanhada de pessoa maior, expressamente
autorizada pelo pai, mãe ou responsável.
Autorização para ViajarVIAGEM NO EXTERIOR• acompanhado dos país.• autorização judicial.• acompanhado de um dos pais, com autorização expressa do outro e
assinatura reconhecida em cartório.
Autorização para ViajarVIAGEM NO EXTERIOR• acompanhado dos país.• autorização judicial.• acompanhado de um dos pais, com autorização expressa do outro e
assinatura reconhecida em cartório.
Medidas de ProteçãoAPLICAM-SE AS MEDIDAS DE PROTEÇÃO QUANDO OS DIREITOS DAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES FOREM VIOLADOS• por ação ou omissão da sociedade ou do Estado• por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável• em razão da própria conduta da criança ou adolescente
ART. 101 DO ECA
Regras GeraisCONCEITO: conduta prevista como crime ou contravenção penal quando praticada por criança ou adolescente.APLICAÇÃO:
OBJETIVOS:
Medidas Socioeducativas
MEDIDAS DE MEIO ABERTO MEDIDAS RESTRITIVAS DE LIBERDADE
AdvertênciaObrigação de reparar o dano
Prestação de serviços à comunidadeLiberdade assistida
SemiliberdadeInternação
Medidas Privativas de LiberdadePRIVAÇÃO DE LIBERDADE
• excepcional.• deverá ser identificado e informado quanto aos seus direitos.• não for liberado, comunicar imediatamente a autoridade judiciária e à
família (ou pessoa indicada pelo adolescente).• internação provisória: decisão judicial fundamentada (45 dias)
SEMILIBERDADE - acompanhamento mais próximo• DIA - executará atividades normais na comunidade, como o estudo e
trabalho• NOITE - deve se recolher à unidade de internação.• ATIVIDADES EXTERNAS: obrigatório e independe de autorização
externa• PRAZO: máximo 3 anos• REAVALIAÇÃO: a cada seis meses
Medidas Privativas de LiberdadeINTERNAÇÃO - Restrição total de liberdadeATIVIDADES EXTERNAS:
• é possível, a critério dos educadores• exceto se houver determinação judicial em sentido contrário
PRAZO: • prazo in/determinado• máximo 3 anos
REAVALIAÇÃO: a cada seis mesesHIPÓTESES• pelo máximo de 3 anos
• ato infracional praticado com grave ameaça ou violência à pessoa• reiteração no cometimento de infrações graves
• pelo máximo de 3 meses (internação-sanção)• descumprimento reiterado e injustificável de medida anteriormente aplicada.
Regras GeraisISENÇÃO DE CUSTAS E EMOLUMENTOS, RESSALVADA a hipótese de litigância de má-fé.COMPETÊNCIA TERRITORIAL• do domicílio dos pais ou responsável; • do lugar onde se encontre a criança ou adolescente, à falta dos pais
ou responsável;• nos casos de ato infracional, será competente a autoridade do lugar
da ação ou omissão, observadas as regras de conexão, continência e prevenção;
COMPETÊNCIA MATERIAL: art. 148