DistrofiaPrincipais distrofias na infância:• Desnutrição energético-protêica;• Raquitismo carencial;• Anemia ferropriva;• Obesidade.
Desnutrição Energético-Protêica
Definição – OMS:“Conjunto de problemas de saúde
originado da carência simultânea de calorias e proteínas, em proporções variáveis, que atinge com maior freqüência as crianças de baixa idade e está comumente associada a infecções de repetição”
Desnutrição Energético-Protêica
• Desnutrição: percentil de peso para idade inferior a 3
• Risco para desnutrição: percentil de peso para idade entre 3 e 10
Desnutrição Energético-Protêica
Fatores de risco:• Baixa renda familiar;• Desmame precoce;• Introdução tardia das refeições de sal;• Infecções precoces ou recorrentes (tratos
respiratório e gastro-intestinal);• Parasitoses intestinais;• Condições de higiene inadequadas.
Desnutrição Energético-Protêica
Exame físico:• Formas leve a moderada: pele
seca, subcutâneo escasso, hipotrofia muscular;
• Forma grave: Marasmo X Kwashiorkor
Desnutrição Energético-ProtêicaMarasmo:
• Magreza extrema (aspecto envelhecido);
• Peso muito baixo;• Retardo do crescimento;• Ansiedade;• Anemia, xeroftalmia;• Diarréia, infecções
respiratórias, parasitoses, tuberculose.
Kwashiorkor:• Edema;• Retardo do Crecimento;• Hepatomegalia;• Apatia;• Alterações de pele e
cabelos;• Anemia, xeroftalmia;• Anorexia, diarréia,
infecções.
Tratamento:• Esclarecer a família sobre as causas e
conseqüências da desnutrição;• Fortalecer as relações entre família e criança,
estimulando atitudes de maior proteção;• Realizar consultas médicas freqüentes até atingir a
recuperação nutricional e enfatizar a importância destas consultas;
• Envolver o responsável pela criança na oferta dos alimentos;
• Aumentar o aporte energético diário e a variedade de alimentos oferecida;
• Tratar as doenças co-existentes
Desnutrição Energético-Protêica
Raquitismo CarencialDefinição:“Distrofia por deficiência da vitamina D.
Doença generalizada do tecido ósseo em crescimento, caracterizada por mineralização inadequada da matriz óssea e cartilaginosa, com formação normal da matriz óssea e acúmulo de tecido osteóide.”
ColesterolErgosterol
7-dehidrocolesterol
ColecalciferolErgocalciferol
Luz Solar
Fígado25-hidroxilase
CalcidiolRim1,25-hidroxilase
Calcitriol
RaquitismoCalcitriol:• Estimula a absorção
de cálcio e fósforo no intestino;
• Deposita cálcio e fósforo no osso
• Aumenta a reabsorção tubular renal de cálcio e fósforo.
Paratormônio:• Aumenta a
reabsorção óssea, com retirada de cálcio e fósforo do osso;
• Provoca fosfatúria.
RaquitismoEstágio I II III
Cálcio Baixo Normal ou baixo
Muito baixo
Fósforo Normal Baixo Muito baixo
Fosfatase alcalina
Normal Alta Muito alta
Paratormônio
Normal Alto Alto
Radiologia Ausente Presente Presente
RaquitismoQuadro Clínico:• Irritabilidade, anorexia, palidez, atraso do DNPM,
infecções de repetição,atraso na dentição, baixo ganho pôndero-estatural; sudorese na cabeça; tetania/convulsões (hipoCa)
• Frouxidão de músculos e ligamentos;• Alterações ósseas (aumento do PC e fontanela
bregmática, fronte olímpica, craniotabes, rosário raquítico, tórax em quilha, sulco de Harrison, alargamento de epífises, deformidade de diáfises e coluna dorsolombar, fraturas patológicas).
RaquitismoTratamento:• Exposição diária ao sol;• Vitamina D oral ou parenteral600.000 UI em dose única
RaquitismoPrevenção:• Exposição ao sol;• Profilaxia alimentar;• Vitamina D 2 a 4 gotas por dia, até
os 2 anos de idade.
Anemias Carenciais• Anemia: situação clínica em que ocorre
diminuição do número de eritrócitos e/ou da quantidade de hemoglobina neles contida.
• OMS: hemoglobina menor que 11mg/dl em
crianças de 7 meses a 5 anos de idade;hemoglobina menor que 11,5mg/dl de 6 a 9
anos de idade;hemoglobina menor que 12mg/dl em
adolescentes do sexo feminino;Hemoglobina menor que 12,5mg/dl em
adolescentes do sexo masculino.
Anemia FerroprivaEtiologia:• Deficiência prolongada na ingestão
de ferro alimentar;• Desmame precoce;• Baixas reservas no RN;• Perdas sangüíneas agudas ou
crônicas.
Anemia FerroprivaEpidemiologia:• 25% da população mundial;• No Brasil: 50 a 83% dos menores
de 2 anos;• Em São Paulo: 36% da população,
56% dos lactentes.
Anemia FerroprivaQuadro clínico:• Palidez;• Anorexia;• Apatia;• Baixo ganho pôndero-estatural;• Redução da capacidade de atenção e
déficits psico-motores;• Perversão do apetite.
Anemia ferropriva• Exames laboratoriais:• HMG: Hb; VCM; RDW• Reticulócitos• Perfil de ferro: ferro sérico;
saturação de transferrina; capacidade de ligação do ferro; ferritina.
Anemia FerroprivaTratamento:• Objetivo: corrigir o valor da hemoglobina
circulante e repor os depósitos de ferro;• Detectar e corrigir a causa;• 4 a 6 mg de ferro por quilo por dia,
divididos em 2 a 3 tomadas, mantendo o tratamento por 6 semanas após a correção no valor da hemoglobina.
Anemia FerroprivaPrevenção:• Educação alimentar e melhora da
qualidade da dieta oferecida;• Incentivo ao aleitamento materno;• Suplementação medicamentosa;• Fortificação dos alimentos;• Controle de doenças infecto-
parasitárias.