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7/23/2019 Ressarcimento de Honorrios Contratuais - Jurisprudncia
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IDAN70058065152 (N CNJ: 0531142-04.2013.8.21.7000)2013/CVEL
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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIRIOTRIBUNAL DE JUSTIA
APELAO CVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL.HONORRIOS CONVENCIONAIS. CONTRATAODE SERVIOS ADVOCATCIOS PARAAJUIZAMENTO DE AO DECLARATRIA DEINEXISTNCIA DE DBITO. SERVIOS NOCONTRATADOS.INDENIZAO DEVIDA.Procede a pretenso de atribuir parte r aresponsabilidade pelos honorrios advocatcioscontratados por terceiro na presente hiptese, em que
a autora comprovou o proveito econmico dademanda originria e, por conseguinte, o pagamentodo valor da contratao dos servios de advocaciaobjeto do pedido de ressarcimento.RECURSO PROVIDO.
APELAO CVEL QUINTA CMARA CVEL
N 70058065152 (N CNJ: 0531142-04.2013.8.21.7000)
COMARCA DE SANTA ROSA
MARIO FURLANETTO APELANTE
BRASIL TELECOM / OI APELADO
ACRDO
Vistos, relatados e discutidos os autos.
Acordam os Desembargadores integrantes da Quinta CmaraCvel do Tribunal de Justia do Estado, unanimidade, em dar provimento
ao apelo.
Custas na forma da lei.
Participaram do julgamento, alm da signatria, os eminentes
Senhores DES. LUS AUGUSTO COELHO BRAGA (PRESIDENTE) E DES.
JORGE LUIZ LOPES DO CANTO.
Porto Alegre, 25 de maro de 2014.
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DES. ISABEL DIAS ALMEIDA,Relatora.
RELATRIO
DES. ISABEL DIAS ALMEIDA (RELATORA)
Trata-se de apelao cvel interposta por MARIO
FURNALETTO em face da sentena das fls. 135-138, que julgou
improcedente a ao de indenizao ajuizada em desfavor de OI S/A, nos
seguintes termos:
Diante do exposto,JULGO IMPROCEDENTE o pedidocontido na presente ao ajuizada por MRIOFURLANETTO contra BRASIL TELECOM OI S.A.,com fundamento legal no que estabelece o artigo 269,
inciso I, do CPC.
Sucumbente, arcar o autor com as custasprocessuais e os honorrios advocatcios ao patronoda parte requerida, aos quais fixo em 800,00(oitocentos reais), devendo ser corrigidomonetariamente pela variao do IGP-M, a partir dadata da prolao da sentena at o efetivo pagamento,considerando o grau de zelo profissional e o trabalhorealizado, com fora no artigo 20, 4, do Cdigo deProcesso Civil. A exigibilidade das custas fica
suspensa, ante o benefcio da assistncia judiciriagratuita que foi concedido ao autor.
Em suas razes de apelo (fls. 140-148), o autor elabora
resenha dos fatos e sustenta a necessidade da contratao do advogado
para demandar contra a r que passou a praticar ilegalidade, cobrando por
servios nunca contratados. Assevera ter tentado obter o cancelamento
dessas cobranas de forma amigvel, sem lograr sucesso. Esclarece que os
honorrios dos quais busca ressarcimento so os contratuais, presenteprova nos autos da despesa e sua relao com a demanda anterior. Arrola
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jurisprudncia. Ressalta a responsabilidade exclusiva da r pela
necessidade da contratao do advogado resultando no prejuzo financeiro
ora reclamado. Prequestiona artigos legais e pede o provimento.
Com as contrarrazes da demandada (fls. 151-166), subiram
os autos a esta Corte, vindo conclusos para julgamento.
Foi observado o disposto nos artigos 549, 551 e 552 do CPC,
considerando a adoo do sistema informatizado.
o relatrio.
VOTOS
DES. ISABEL DIAS ALMEIDA (RELATORA)
O recurso prprio, tempestivo e est dispensado do
comprovante de pagamento do preparo, porquanto a autora litiga sob o
abrigo da AJG (fl. 138). Sendo assim, passo ao seu enfrentamento.
A matria objeto do presente recurso diz respeito ao
ressarcimento dos honorrios contratuais pagos aos advogados que
patrocinaram anterior e vencedora demanda contra a empresa de telefonia.
Melhor delimitando a matria posta, adoto o relato da sentena
das fls. 135-138, assim lanado:
MRIO FURLANETTO, devidamente qualificado nainicial, ajuizou ao de reparao de danos materiaisem desfavor de BRASIL TELECOM OI S.A ., tambmqualificada na inicial. O requerente relatou que consumidor dos servios prestados pela r,concernente ao uso da linha telefnica registrada sobn. (55) 3512 6703. Informou que em virtude de aempresa r ter inserido nas faturas telefnicasinmeras cobranas ilegais de servios nocontratados precisou demandar judicialmente paraconseguir estancar os abusos praticados pela
requerida, atravs do processo n. 028/1.09.0006756-9, uma vez que no conseguiu resolver o problema
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administrativamente. Alegou que a sentena da aofoi julgada parcialmente procedente, a qual declarouilegais e inexigveis os servios cobradosabusivamente, condenou a requerida a devolver emdobro os valores pagos pelos servios ilegalmentecobrados, assim como condenou a requerida aopagamento de indenizao ttulo de danos morais.Disse que foi em virtude do mau comportamento daempresa r que precisou demandar judicialmente, e
consequentemente contratar um advogado parapatrocinar a causa. Afirmou que pagou aos advogadosque o representaram a importncia de R$ 5.186,36(cinco mil cento e oitenta e seis reais e trinta e seiscentavos) a ttulo de honorrios. Mencionou ter sofridoprejuzos patrimoniais com o pagamento doshonorrios. Pediu o benefcio da gratuidade da justia.Requereu a condenao da empresa requerida aressarcir integralmente os valores gastos com opagamento dos honorrios advocatcios contratuais noprocesso n 028/1.09.0006756-9, os quais importamem R$ 5.186,36 (cinco mil cento e oitenta e seis reais
e trinta e seis centavos). Postulou a procedncia dopedido (fls. 02/09). Juntou documentos (fls. 10/23).
Foi indeferida a inicial (fls. 24/25).
A parte autora interps recurso de apelao (fls.27/35), sendo provida a apelao e desconstituda asentena (fls. 53/57).
Devidamente citada, a parte r contestou a demanda(fls. 60/76). Insurgiu-se quanto as alegaes da inicial,asseverando inexistir dever de indenizar. Mencionou ainequvoca tentativa de enriquecimento sem causa daparte autora. Colacionou jurisprudncia. Afirmou que aparte demandante optou de forma livre e conscientepor contratar tais profissionais para defender seusalegados direitos e supostamente obteve um benefciopecunirio com isso, e no o contrrio. Colacionoujurisprudncia. Postulou a improcedncia do pedido.
Acostou documentos (fls. 77/125).
Houve rplica (fls. 127/134).
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Vieram os autos conclusos para a sentena.
Pois bem.
Ressalvo, preliminarmente, que j adotei posicionamento
diverso em demandas da espcie, entendendo pelo descabimento do
ressarcimento dos valores despendidos com os honorrios contratuais. Noentanto, seguindo a orientao mais recente do STJ a respeito da matria,
estou modificando meu posicionamento.
Inicialmente, cumpre ressaltar que quando da ocorrncia de um
dano material, pode se constatar duas espcies de danos reflexos: os danos
emergentes, consubstanciado no prejuzo efetivamente causado, ou seja, a
diminuio patrimonial sofrida pela vtima; e os lucros cessantes, isto , o
rendimento provvel que seria auferido e deixou de ganhar em razo do atoilcito.
Seguindo essa linha, a lio de insigne jurista Srgio Cavalieri1:
Consiste, portanto, o lucro cessante na perda doganho espervel, na frustrao da expectativa delucro, na diminuio potencial do patrimnio da vtima.Pode decorrer no s da paralisao da atividadelucrativa ou produtiva da vtima, como por exemplo, a
cessao dos rendimentos que algum j vinhaobtendo da sua profisso, como, tambm, dafrustrao daquilo que era razoavelmente esperado.
Na mesma senda, os ensinamentos de Caio Mrio da Silva
Pereira2:
1
Ibidem, p. 91.2PEREIRA, Caio Mrio da Silva. Instituies de Direito CivilTeoria Geral das Obrigaes.Vol. II. 19 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2001, p. 214.
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So as perdas e danos, portanto, o equivalente doprejuzo que o credor suportou, em razo de ter odevedor faltado, total ou parcialmente, ou de maneiraabsoluta ou relativa, ao cumprimento do obrigado. Hode expressar-se em uma soma de dinheiro, porqueeste o denominador comum dos valores, e nestaespcie que se estima o desequilbrio sofrido pelolesado. A este prejuzo, correspondente perda de umvalor patrimonial, pecuniariamente determinado,
costuma-se designar como dano matemtico ou danoconcreto.
Na sua apurao, h de levar-se em conta que o fatoculposo privou o credor de uma vantagem, deixandode lhe proporcionar um certo valor econmico, etambm o privou de haver um certo benefcio que aentrega oportuna da res debita lhe poderia granjear, eque tambm se inscreve na linha do dano.
No tocante prova necessria ao reconhecimento do direito,
destaca-se que a inicial vem devidamente acompanhada pelo suporte
probatrio, consoante se denota do alvar da fl. 21, contrato de honorrios
da fl. 22 e recibo da fl. 23, demonstrando a despesa de R$ 5.186,36 a ttulo
de honorrios decorrentes da previso contratual do pagamento de 35% do
valor do proveito econmico obtido na demanda judicial, tudo na forma do
art. 186 do Cdigo Civil.
Alm do mais, em que pese o procurador que atuou no feito j
receba honorrios de sucumbncia, cedio que a parte despende
recursos, a fim de defender os seus interesses na demanda proposta, de
sorte que os honorrios contratuais devem ser ressarcidos includos na
parcela dos danos emergentes, visto que importam em decrscimo
patrimonial da parte postulante.
Nessa linha, so os precedentes desta Corte:
APELAO CVEL. SEGURO. VECULO. SALVADOS
NO TRANSFERIDOS. INSCRIO. DVIDA ATIVA.DANOS MORAIS. HONORRIOS CONTRATUAIS.
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CABIMENTO. Dos honorrios advocatcios contratuais1.Danos emergentes. Pleito formulado na petioinicial veio corroborado pelo devido suporte probatrio,consoante se denota do recibo juntado aos autos,correspondente ao recebimento pelo patrono da partedos honorrios contratualmente avenados.Inteligncia do art. 186 do CC. 2.Embora o procuradorque atuou no feito j receba honorrios desucumbncia, cedio que a parte despende
recursos, a fim de defender os seus interesses nademanda proposta, de sorte que os honorrioscontratuais devem ser satisfeitos a ttulo de danosmateriais, pois importam em decrscimo patrimonialda postulante. 3.Princpio da reparao integral,devendo a parte autora ser reparada na totalidade dosprejuzos experimentados, incluindo os honorrios deadvogado contratado para mover demanda diante doinadimplemento voluntrio da obrigao pela parte r.Dos danos morais 4.No que concerne fixao deindenizao por danos morais, cumpre ressaltar que perfeitamente passvel de ressarcimento o referido
dano ocasionado no caso em exame, decorrente dofato de a demandada no ter procedido a transfernciados salvados, resultando na execuo fiscal da parteautora, com todos os problemas ocasionados eprejuzos da decorrentes. 5.O valor a ser arbitrado attulo de indenizao por dano imaterial deve levar emconta o princpio da proporcionalidade, bem como ascondies da ofendida, a capacidade econmica doofensor, alm da reprovabilidade da conduta ilcitapraticada. Por fim, h que se ter presente que oressarcimento do dano no se transforme em ganhodesmesurado, importando em enriquecimento ilcito.
Quantum indenizatrio fixado em R$ 10.000,00 (dezmil reais) que atende aos parmetros precitados. Dadoparcial provimento ao apelo. (Apelao Cvel N70054812227, Quinta Cmara Cvel, Tribunal deJustia do RS, Relator: Jorge Luiz Lopes do Canto,Julgado em 26/06/2013)
APELAO CVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL.DANO MATERIAL EMERGENTE. HONORRIOSCONTRATUAIS. RESSARCIMENTO DEVIDO. Odireito material vai alm das regras de direito
processual, permitindo a recomposio de tudo aquiloque a parte despendeu para fazer valer seus
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interesses (em juzo ou fora dele), inclusive as verbascomprometidas na ao penal com advogado. Odesembolso realizado pela parte autora para a defesade seus direitos em razo da conduta ilcita de agentepblico constitui dano emergente que no pode ficarsem ressarcimento, sob pena da reparao no serintegral. Precedente do STJ. RECURSO ADESIVO.DESCUMPRIMENTO DE ORDEM JUDICIAL.RECUSA DE LEVANTAMENTO DE VALORES
MEDITANTE ALVAR JUDICIAL. FRUSTRADASTENTATIVAS EXTRAJUDICIAIS EM RECEBIMENTODO CRDITO. DANOS MORAIS CONFIGURADOS.Caso dos autos em que a instituio financeirademandada deliberada e injustificadamente recusou-se ao pagamento de crdito que faziam jus s autoras,em descumprimento a alvar judicial autorizando olevantamento dos valores. Frustradas tentativasextrajudiciais para o recebimento do crdito. Evidentedesgaste psicolgico pelo qual passaram as autoras,pelas tentativas para solucionar o impasse, sem xito,tanto que necessitaram ajuizar a demanda para
conseguir a soluo do conflito. Transtorno enfrentadoque ultrapassa o limite de mero dissabor, quebrando asua harmonia psquica, o que se mostra suficientepara caracterizar o abalo moral. Valor da condenao(R$ 5.000,00 para cada uma das autoras) fixado deacordo com as peculiaridades do caso concreto, bemcomo observados os princpios da proporcionalidade erazoabilidade, alm da natureza jurdica daindenizao. APELO DESPROVIDO. APELOADESIVO PROVIDO. UNNIME. (Apelao Cvel N70052192879, Nona Cmara Cvel, Tribunal de Justiado RS, Relator: Tasso Caubi Soares Delabary,
Julgado em 27/02/2013)
Saliente-se que se aplica espcie o princpio da reparao
integral, devendo a parte autora ser reparada na totalidade dos prejuzos
experimentados, estando incluindo os honorrios de advogado contratado
para mover demanda diante do agir da demandada.
Observe-se o atual entendimento do STJ:
DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL.PREQUESTIONAMENTO. AUSNCIA. SMULA
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211/STJ. DISSDIO JURISPRUDENCIAL. COTEJOANALTICO E SIMILITUDE FTICA. AUSNCIA.VIOLAO DA COISA JULGADA. RECLAMAOTRABALHISTA. HONORRIOS CONVENCIONAIS.PERDAS E DANOS. PRINCPIO DA RESTITUIOINTEGRAL. APLICAO SUBSIDIRIA DO CDIGOCIVIL.
1. A ausncia de deciso acerca dos dispositivoslegais indicados como violados, no obstante a
interposio de embargos de declarao, impede oconhecimento do recurso especial. 2. O dissdiojurisprudencial deve ser comprovado mediante ocotejo analtico entre acrdos que versem sobresituaes fticas idnticas. 3. A quitao eminstrumentos de transao tem de ser interpretadarestritivamente. 4. Os honorrios convencionaisintegram o valor devido a ttulo de perdas e danos, nostermos dos artigos 389, 395 e 404 do CC/02. 5. Opagamento dos honorrios extrajudiciais como parcelaintegrante das perdas e danos tambm devido peloinadimplemento de obrigaes trabalhistas, diante da
incidncia dos princpios do acesso justia e darestituio integral dos danos e dos artigos 389, 395 e404 do CC/02, que podem ser aplicadossubsidiariamente no mbito dos contratos trabalhistas,nos termos do artigo 8, pargrafo nico, da CLT. 6.Recurso especial ao qual se nega provido. (STJ Resp 1.027.797 Rel Min Nancy Andrighi - DJ23/02/2011).
Destarte, evidenciando-se a conduta ilcita da r no ato de
adotar postura abusiva passando a cobrar por servios no contratados pelo
contratante, fato que deu causa ao ingresso de ao para vedao da
ilicitude, bem como havendo nexo causal com o prejuzo sofrido pelo autor
ao ter que custear o valor dos honorrios contratuais para receber o que lhe
era devido e assegurado juridicamente, cabe a reparao postulada com
espeque na regra esculpida no art. 186 do Cdigo Civil.
Ante o exposto, dou provimento ao apelo para condenar a
demandar a ressarcir parte autora o valor de R$ 5.186,36 (cinco mil reais,
cento e oitenta e seis e trinta e seis centavos), com correo monetria
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desde o desembolso (data do recibo da fl. 23) e juros de mora desde a
citao.
Como conseqncia, restam invertidos os nus sucumbenciais.
o voto.
DES. JORGE LUIZ LOPES DO CANTO (REVISOR)- De acordo com o(a)
Relator(a).
DES. LUS AUGUSTO COELHO BRAGA (PRESIDENTE)- De acordo com
o(a) Relator(a).
DES. LUS AUGUSTO COELHO BRAGA - Presidente - Apelao Cvel n
70058065152, Comarca de Santa Rosa: "DERAM PROVIMENTO AO
APELO. UNNIME."
Julgador(a) de 1 Grau: MIROSLAVA DO CARMO MENDONCA